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Resenha critica o outro

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FACULDADE RUY BARBOSA
NADILZA ALVES BASTOS
O outro: O equívoco 
SALVADOR
2015
NADILZA BASTOS
O outro: O equívoco 
Resenha crítica do conto O outro apresentado ao curso de Sistemas de Informação da Faculdade Ruy Barbosa, como trabalho acadêmico da disciplina Português
Orientadora: Karina Rego Nascimento 
SALVADOR
2015
Sumário
1.	INTRODUÇÃO	4
2.	O CONTO E A GRAMATICA	4
2.1. 	ANALISE GRAMATICAL	5
2.2. 	O USO DOS PRONOMES	6
2.3. 	PONTUAÇÃO	7
2.4.	COESÃO E COERÊNCIA	7
3.	A ESTRUTURA DO CONTO	8
3.1. 	DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO	8
3.2. 	O AUTOR E A LITERATURA	9
4.	ANALISE CRITICA DO CONTEÚDO	10
5.	CONSIDERAÇÕES FINAIS	10
6.	REFERENCIAS	11
1. INTRODUÇÃO
	O texto tem como foco analisar o conto '' O outro'' de Rubem Fonseca que faz parte da obra Feliz Ano Novo. ''Contista, romancista, ensaista, roteirista e cinegrafista Jose Rubem Fonseca'' foi consagrado pela crítica como um dos maiores prosadores brasileiro contemporâneo, sua obra possui violência, erotismo, irreverência é o tipo de leitura que consegue deixar o leitor compenetrado até a última frase dos contos ,nunca se sabe o que esperar ate chegar o ponto final da obra.
	
	Feliz Ano Novo foi considerado um dos principais livros do autor, são críticas voltada a sociedade que ainda perduram ate os dias de hoje o livro e composto por catorze contos muito interessante entre elas está o conto '' O outro'' que será o foco da resenha critica. 
	Assim como a maioria dos contos composto pelo autor esta obra e feita pelo narrador contado a sua história. O primeiro personagem começa narrando o início do seu dia, falando do trabalho e de como era ser uma pessoa do nível dele, no conto deixa claro ser pessoa de poder aquisitivo alto. Já o segundo personagem apelidado de sujeito trata-se de pessoa de baixo poder aquisitivo que vivia pedindo esmolas na rua. 
	O conto mostra a diferença entre as sociedades, a desigualdade, e a violência onde o personagem principal e um executivo muito bem-sucedido e o personagem secundário e um mendigo que vive de esmolas o texto apesar de ter mais de quadro décadas demostra a sociedade do mundo atual e nos faz perceber que nada mudou. 
2. O CONTO E A GRAMATICA
2.1 ANALISE GRAMATICAL
A gramática normativa prescreve, avalia.
A gramática normativa é aquela que prescreve as regras, normas gramaticais de uma língua. Ela admite apenas uma forma correta para a realização da língua, tratando as variações como erros gramaticais. Atualmente é muito criticada pelos gramáticos, pois já se admitem outras gramáticas como a descritiva, a gerativa Gramática Normativa é uma disciplina e tem por finalidade codificar o uso do idioma, induzindo as normas que representam o ideal da expressão correta. Estes escritores optam por utilizar a linguagem corente, aquela que está dentro dos padrões da norma culta. As regras da gramática normativa são fundamentadas nas obras dos grandes escritores, onde é colocado um ideal de perfeição da língua como se não houvessem variações de pessoa para pessoa, dependendo do meio e do contexto. É nela que se espelha o uso idiomático que se consagrou.
	No conto de '' o Outro de Jose Rubem fica claro que o autor segue as regras gramaticais normativas “Como todo executivo, eu passava as manhãs dando telefone­mas, lendo memorandos, ditando cartas à minha secretária e me exasperando com problemas. Quando chegava a hora do almoço, eu havia trabalhado duramente. Mas sempre tinha a impressão de que não havia feito nada de útil.” 
	A escrita do autor faz com que o leitor possa interpretar o texto com mais facilidade, pois as concordâncias verbais e nominais estão de acordo a gramática, não ha erros ortográficos, nem gírias. A escrita do conto e de forma padronizada possuindo lógica e bom senso 
2.2 USO DOS PRONOMES
	Os pronomes são palavras que se referem aos seres, apontando-os como a pessoas que faz o discurso sendo ela;
	A primeira pessoa (emissor) aquela que fala. “Eu chegava todo dia no meu escritório”. O conto e escrito na maioria das vezes na primeira pessoa.
	Segunda pessoa (receptor) e a com que fala e nos dirigimos. “Aliás, nesse mesmo dia, ao chegar pela manhã ao escritório surgiu ao meu lado, na calçada, um sujeito que me acompanhou até a porta dizendo doutor, doutor, será que o senhor podia me ajudar?”
	Terceira pessoa (destinatário) a quem se fala, a quem nos referimos.“Ele era mais alto do que eu, forte e ameaçador.” 
Os pronomes pessoais podem ser retos, oblíquos e de tratamento. 
	O Sujeito de uma oração pode ser descoberto através de perguntas do tipo o que ? Quem ? Antes do verbo. Ex ''Eu chegava todo dia no meu escritório às oito e trinta da manhã. O carro parava na porta do prédio e eu saltava, andava dez ou quinze passos, e entrava.''
	No caso do conto '' O outro'' ele e iniciado com o pronome o pessoal de caso reto, eles exercem via de regra, a função de sujeito .
Pronome pessoal do caso oblíquos
	Eles exercem via de regra, e função complementar. Os pronomes oblíquos exercem a função de objeto direto ou indireto ele e identificado através de perguntas que? Quem? Depois do verbo. 
Pronome pessoal de tratamento.
	São formas de tratamento empregadas a pessoas de autoridade senhor e senhora também são pronomes de tratamento. Segue abaixo alguns pronomes de tratamento.
VOSSA EXCELENCIA (V.ex.ª) – Para autoridades superiores, como o presidente da república, ministros, senadores, etc. 
VOSSA SENHORIA (V.S.ª) - Para chefes de departamento, superintendente, inspetores, oficiais administrativo para qualquer pessoa mesmo que não seja autoridade. 
VOSSA SANTIDADE (V.S) – Aplica exclusivamente ao Papa.
VOSSA EMINECIA (V.Em.ª) –Aplica-se apenas aos cardeais. 
	No conto o perseguidor usa muito do termo Doutor. Ex: “Doutor, doutor será que o senhor podia me ajudar?” Não e um pronome de tratamento e sim um título acadêmico.
2.3 PONTUAÇÃO
	A pontuação uma das características mais marcantes do texto . Ele apresenta muitos sinais de pontuação onde e mais utilizado a vírgula e o ponto final. O Ponto de continuação é usado no final da frase informando uma pausa total no texto. A vírgula e usada para separar as funções sintáticas e separar as expressões.
“Os sinais de pontuação representam os recursos atribuídos à escrita. Dentre suas muitas finalidades, está a de reproduzir pausas e entonações da fala. No geral, para representar pausas na fala, nos casos do ponto, vírgula e ponto e vírgula; ou entonações, nos casos do ponto de exclamação e de interrogação, por exemplo. Além de pausa na fala e entonação da voz, os sinais de pontuação reproduzem, na escrita, nossas emoções, intenções e anseios.”
	No texto Rubem Fonseca usa em exerço de pontuação transmitindo ao autor a ideia de ação e emoção na sua narrativa. “Como todo executivo, eu passava as manhãs dando telefone­mas, lendo memorandos, ditando cartas à minha secretária e me exasperando com problemas. Quando chegava a hora do almoço, eu havia trabalhado duramente. Mas sempre tinha a impressão de que não havia feito nada de útil.”
	
	O autor em nenhum momento utiliza a pontuação de maneira incorreta. O conto também apresenta muitas vírgulas utilizando períodos curtos fazendo com que sua obra tenha coerência textual, fazendo com que a escrita seja lógica e tenha significado.
2.4 COESÃO E COERÊNCIA
	Neste tópico faremos uma análise do Conto de Rubem Fonseca, apontando se há aspectos coesivos e coerentes presentes no conto.
“Coesão é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto. Percebemos tal definição quando lemos um texto e verificamos que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um dando continuidade ao outro. Os elementos de coesão determinam a transição de ideias entre as frases e os parágrafos.”
“Quando havia um feriado, no meio da semana, eu me irritava, pois era menos tempo que eu tinha. Levava diariamente trabalho para casa, em casa podia produzir melhor, o telefone não me chamava tanto”. 
	No conto e apresentado coesão textual, pois o mesmo tem harmonia com as partes do texto, e tem uma sequência lógica deixando o texto com significado fazendo com que o leitor receba a mensagem pretendida. As ideias são ligadas umas as outras fazendo com que o leitor tenha facilidade em compreender o que está sendo passado.
“Coerência textual é a relação lógica entre as ideias, pois essas devem se complementar, é o resultado da não contradição entre as partes do texto. A coerência de um texto inclui fatores como o conhecimento que o produtor e o receptor têm do assunto abordado no texto, conhecimento de mundo, o conhecimento que esses têm da língua que usam e intertextualidade.1”
	“Eu chegava todo dia no meu escritório às oito e trinta da manhã. O carro parava na porta do prédio e eu saltava, andava dez ou quinze passos, e entrava. Como todo executivo, eu passava as manhãs dando telefone­mas, lendo memorandos, ditando cartas à minha secretária e me exasperando com problemas.”.
	O conto de “O outro” de Jose Rubem possui coerência textual a historia e iniciada com principio, meio, e fim. O autor usa as pontuações corretas e suas ideias não entram em contradição. O texto possui lógica e se mandem na ordem cronológica dos fatos 
3.0 A ESTRUTURA DO CONTO
3.1 CONOTAÇÃO E DENOTAÇÃO.
Conotação é o emprego de uma palavra tomada em um sentido figurado, que depende do contexto. A conotação depende muito do leitor e de que parte ele começou a ler o texto. “Voltei, abri a porta e ele ao me ver disse "não faça isso, doutor, só tenho o senhor no mundo". Não acabou de falar ou se falou eu não ouvi, com o barulho do tiro. Ele caiu no chão, então vi que era um menino franzino, de espinhas no rosto e de uma palidez tão grande que nem mesmo o sangue, que foi cobrindo a sua face, conseguia esconder.”
Denotação é o emprego de palavra(s) no seu sentido próprio, comum, habitual, preciso, aquele que consta nos dicionários. 
	O conto “O outro”o autor usa a denotação, a linguagem do texto apresenta sentido comum e usual, possibilitando o entendimento do que foi passado ao leitor, fazendo com que a interpretação fique mais fácil. Um dia comecei a sentir uma forte taquicardia. Aliás, nesse mesmo dia, ao chegar pela manhã ao escritório surgiu ao meu lado, na calçada, um sujeito que me acompanhou até a porta dizendo doutor, doutor, será que o senhor podia me ajudar?
	No conto o autor emprega as palavras fazendo com que tenha sentido figurado, tendo palavras que possam ter mais de um significado e que cada um interpreta de uma forma diferente, Rubem Fonseca faz com que o receptor sinta a mensagem. 
3.2 O AUTOR E A LITERATURA
	Conto são obras de criações fantasiosas ou acontecimentos onde o texto apresenta personagens enredo e um narrador. Ele e definido como texto de estrutura pequena, menor que uma novela ou um romance em “ O Outro” o conto e narrado pelo protagonista um executivo que se desgasta muito no seu trabalho. Ele tinha que viver correndo contra o tempo para poder fazer todas as atividades que lhe era direcionada e muitas vezes não conseguia terminá-la e ele ia acumulando trabalho dia a dia. Constantemente ele levava o trabalho para casa e vivia em tensão e sobrecarregado.
	Sua estrutura e uma narrativa curta escrita em prosa. Para um escritor que faz da sua escrita, arte, a trama/o enredo não tem muita importância; o que mais importa é como (forma) contar e não o que (conteúdo) contar. “Júlio Cortázar (1914-1984) diz que não há temas bons nem temas ruins; há somente um tratamento bom ou ruim para determinado tema. A história tem que ter início, meio e fim”.
	Os personagens do conto e o excecutivo e o pedinte. O dia do executivo acabou tornando pior quando o pedinte começou a fazer parte da vida dele no primeiro dia da abordagem ele sofreu um mal-estar fazendo com que tivesse que comparecer a uma clínica onde foi constatado que ele sofria de estresse elevado o médico orientou a ele fazer caminhadas e cuidar da saúde pois já estava sofrendo de obesidade foi quando ele começou a notar o outro que ele o descrevia como o homem grande e forte que estava lhe seguindo.
	O Foco narrativo e quando o conto transmite uma única expressão ao leitor  O contista deve estar preocupado com o começo, pois das primeiras linhas depende o futuro do resto, do que terminar. O começo está próximo do fim. E o contista não pode perder tempo com delongas que enfastiam o leitor, interessado no âmago da história. O início é a grande escolha.
Seu perseguidor sumiu por alguns dias, mais em um belo dia após o retorno do almoço o outro voltou a aborda-lo informando que precisava de mais dinheiro pois a mãe havia morrido o executivo cedeu novamente fazendo um cheque de cinco mil reais ali mesmo e informou para o seu perseguidor “ Agora chega”.
Em um certo dia quando o executivo estava indo ao trabalho viu o seu perseguidor na espreita o aguardando para lhe pedir mais dinheiro, o homem ameaça-lhe, dizendo que ele teria, sim, essa obrigação e que se ele não lhe desse o dinheiro ele não saberia o que lhe poderia acontecer. "É a última vez", eu disse, parando e dando dinheiro para ele, não sei quanto. O executivo resolveu para de trabalhar uns tempos, porem um determinado dia quando estava indo ao seu passeio habitual quando o pedinte apareceu implorando dinheiro mais uma vez.
O momento mais culminante do texto o climax e a tensao que o ocorre atinginto o ponto máximo entre o executivo e o pedinte. Ele disse “espere aqui" quando sai atira no pedinte que lhe dissera para não fazer aquilo pois ele era a única pessoa que ele tinha no mundo. Após o tiro o pedinte cai o executivo ver pela primeira vez o seu rosto “um menino franzino, de espinhas no rosto e de uma palidez tão grande que nem mesmo o sangue, que foi cobrindo sua face, conseguia esconder” (FONSECA, 2015, p. 90).
4.0 ANALISE CRITICA DO CONTEÚDO
	O conto deixa bem claro que e uma situação de desigualdade social, desde o século XVIII, o capitalismo teve um grande crescimento, com a ajuda da industrialização,  dando origem assim as relações entre o  capital e o trabalho, então o capitalista, que era o grande patrão (TOMAZI). No conto o executivo fazia de tudo só para não ser mais incomodado por seu perseguidor. Para ele a única maneira de se livrar era dar dinheiro e cada dia mais era aumentada essa quantia, porém o outro continuava a aborda-lo dizendo que sua mãe estava morrendo e que só ele podia ajudar. Ele por sua vez sempre sedia, pois, dar dinheiro era a única maneira de se livrar do seu perseguidor.
	A situação chegou a ser critica para o executivo chegando a um ponto culminante do conto onde ele por achar que seu perseguidor era um monstro atirou nele e aparentemente sem nenhum arrependimento, e nem sabemos se ele foi punido. A realidade e essa, muitas vezes pessoas de alto poder aquisitivo aproveita do poder para passar por cima da lei.
	O conto mostra a realidade depois de muitos anos a desigualdade continua aumentando e quem tem dinheiro significa ter poder.
5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Essa resenha me permitiu a olhar de forma critica o conto e analisar todos os aspectos do texto, tanto as narrativas quanto as regras gramaticais. O conto ele passa a nossa realidade, as situações descritas no texto acontece todos os dias e a maioria das vezes passamos despercebidos.
	Foi uma reflexão e um alerta para como vivemos e quem e como tratamos quem está ao nosso redor. Jose Rubem deixou muito claro que além da desigualdade as pessoas jugam e muito alem disso cometem grandes equívocos “um menino franzino, de espinhas no rosto e de uma palidez tão grande que nem mesmo o sangue, que foi cobrindo sua face, conseguia esconder”. O mostro assustador que o outro tanto falava era apenas uma criança. 
6.0 REFERENCIAS
http://www.revistaliteraria.com.br/contos.htm.
Acesso em 29 de Agosto de 2015;
http://educacao.globo.com/literatura/assunto/autores/rubem-fonseca.html. Acesso em 29 de Agosto de 2015; 
http://www.brasilescola.com/redacao/pontuacao.htm . Acesso em 30 de Agosto de 2015;
http://www.infoescola.com/biografias/rubem-fonseca/ Acesso em 30 de Agosto de 2015;
http://www.releituras.com/rfonseca. Acesso em 30 de Agosto de 2015;
http://lounge.obviousmag.org/palavras_desconcertantes/2015/02/o-outro.html. Acesso em 30 de Agosto de 2015;
https://books.google.com.br/books/gramatica Acesso em 31 de Agosto de 2015;

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