Buscar

fertilização da primeira semana

Prévia do material em texto

20/03/2019
1
FERTILIZAÇÃO E 1° SEMANA DE 
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
Prof. MSc. Lucas Machado Moreira
SDE3907 – Período Acadêmico 2019.1
EMBRIOLOGIA
Estudo que visa à compreensão das etapas do DESENVOLVIMENTO
EMBRIONÁRIO;
Desenvolvimento embrionário – período desde a fertilização até a 40°
semana após a formação do zigoto;
Estudos em embriologia permitem:
• Redução de riscos no período gestacional;
• Compreensão das diferentes causas das alterações do
desenvolvimento intrauterino humano;
• Uso das células embrionárias – células tronco totipotentes e
pluripotentes, em terapias celulares;
20/03/2019
2
EMBRIOLOGIA
Após a FERTILIZAÇÃO, o estudo do DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
pode ser divido em três grandes eventos gerais:
I. PROLIFERAÇÃO CELULAR – para formar novas células de
divisões mitóticas;
II. DIFERENCIAÇÃO CELULAR – especialização genética para
realizar funções específicas;
III. ORGANIZAÇÃO CELULAR – interação entre células
semelhantes, formando tecidos e órgãos;
EMBRIOLOGIA
FECUNDAÇÃO – processo em que há formação do ZIGOTO UNICELULAR
devido a união do espermatozoide com o ovócito → marco inicial da
desenvolvimento embrionário;
Clínica Médica – último período menstrual normal (UPMN);
Fecundação X Fertilização
Fecundação: fusão dos gametas masculino e feminino;
Fertilização: capacidade do ovócito em gerar uma vida após a
ocorrência da fecundação;
20/03/2019
3
FECUNDAÇÃO
Pode ser definida como o encontro e a fusão de duas células gaméticas;
O zigoto formado é único – processo resultante da variabilidade genética
(cromossomos de origens distintas e crossing-over);
Apenas gêmeos monozigóticos terão o mesmo genoma;
Grandes desafios para a fecundação:
* encontro dos gametas;
* reconhecimento;
* ativação do metabolismo;
FECUNDAÇÃO
Os espermatozoides são moldados para ir ao encontro do ovócito, mas,
enquanto estão nos testículos, falta-lhes uma MOTILIDADE POTENCIAL;
• transportado até a tuba – contrações musculares uterinas;
• na tuba uterina – gradiente térmico (termotaxia);
• Corona radiata (líquido folicular) – gradiente químico (quimiotaxia);
A motilidade aumentada dos espermatozoides nas proximidades da
ampola pode ser devido à sua capacitação;
AMPOLA
20/03/2019
4
FECUNDAÇÃO
1º Etapa: Passagem do
espermatozoide através da corona
radiata
Ocorre por ação enzimática –
Hialuronidase secretada pela porção
acrossômica do espermatozoide;
Hialuronidase – digere o ácido
hialurônico componente da matriz
celular das células da corona radiata;
FECUNDAÇÃO
Associado ao movimento caudal do mesmo;
Promovem a separação e dispersão das células foliculares da corona
radiata;
20/03/2019
5
FECUNDAÇÃO
2º Etapa: Penetração do espermatozoide na Zona Pelúcida (ZP)
Reação acrossômica;
Despolarização → entrada de Ca2+ no espermatozoide → gradiente
osmótico que leva água para o interior para seu interior;
Fusão da membrana plasmática e da membrana acrossomal adjacente;
Após a ligação do espermatozoide com a ZP há liberação das enzimas
esterases, acrosina e neuraminidase → promover a penetração no
ovócito;
FECUNDAÇÃO
20/03/2019
6
FECUNDAÇÃO
O contato entre as membranas plasmáticas do espermatozoide e o
ovócito → o influxo de cálcio que irá despolarizar sua membrana
plasmática → reação é denominada de bloqueio rápido a
poliespermia;
Reação cortical do ovócito → exocitose das enzimas contidas nos
grânulos corticais localizados na periferia do ovócito;
FECUNDAÇÃO
As enzimas liberadas durante a reação
cortical provocam modificações na ZP,
promovendo seu endurecimento e
inativação dos receptores;
Reação zonal → bloqueio lento a
poliespermia;
A entrada do primeiro espermatozoide
na zona pelúcida promove assim
alterações químicas na membrana
plasmática tornando-a impermeável
aos demais espermatozoides;
20/03/2019
7
FECUNDAÇÃO
3º Etapa: Fusão das membranas
plasmáticas do ovócito e
espermatozoide
Ocorre através da interação de
moléculas de superfície presentes
na cabeça do espermatozoide;
Heterodímero de fertilina α/β
Complexo proteico - tetraspanina CD9 e as 
integrina α3β1, α5β1 e α6β1
FECUNDAÇÃO
20/03/2019
8
FECUNDAÇÃO
4º Etapa: Termino da segunda divisão meiótica e formação do pronúcleo
feminino
A penetração do espermatozoide no ovócito estimula esse a realizar a
segunda divisão meiótica que irá gerar o ovócito maduro e o segundo corpo
polar;
Os cromossomos maternos se descondensam e o núcleo do ovócito maduro
gera o pronúcleo feminino;
FECUNDAÇÃO
5º Etapa: Formação do pronúcleo masculino
Aumento do núcleo do espermatozoide no meio citoplasmático do ovócito;
Degeneração da cauda do espermatozoide;
Morfologicamente, os pronúcleos são idênticos;
O ovócito contendo dois pronúcleos haploides é chamado de oótide;
20/03/2019
9
FECUNDAÇÃO
FECUNDAÇÃO
6º Etapa: Formação do zigoto
Ocorre a lise das membranas pronucleares que irá favorecer a fusão dos 
pronúcleos, seguido, da agregação dos cromossomos - ZIGOTO; 
O zigoto, geneticamente, representa a base da herança biparental e da 
variabilidade gênica presente na espécie humana;
20/03/2019
10
FECUNDAÇÃO
1º Passagem do espermatozoide
através da corona radiata;
2º Penetração do espermatozoide na
Zona Pelúcida (ZP);
3º Fusão das membranas plasmáticas
do ovócito e espermatozoide;
4º Termino da segunda divisão
meiótica e formação do pronúcleo
feminino;
5º Formação do pronúcleo masculino;
6º Etapa: Formação do zigoto;
CLIVAGEM DO ZIGOTO
A clivagem do zigoto é caracterizada
pela ocorrência de sucessivas
divisões mitóticas, responsável pelo
aumento de número de células, em
progressão aritmética;
Clivagem → deslocamento desse para 
a tuba uterina em direção ao útero;
20/03/2019
11
CLIVAGEM DO ZIGOTO
As células embrionárias em
formação pela divisão mitótica são
denominadas → BLASTÔMEROS;
A cada nova divisão, os
blastômeros vão progressivamente
se tornando menores → zona
pelúcida;
Compactação dos blastômeros, o que corresponde à aglomeração do conjunto celular 
mediado por glicoproteínas de adesão de superfície celular;
A compactação permite, assim, o maior contato célula-célula e é um pré-requisito para 
formação da massa celular interna do blastocisto;
12 – 32 blastômeros - MÓRULA
20/03/2019
12
MÓRULA
A mórula corresponde ao aglomerado composto de 12 a 32 blastômeros;
Formação da massa celular interna as quais estão circundadas por uma
camada de massa celular externa;
Sua formação ocorre cerca de três dias após a fertilização e atinge a
porção uterina entre 4 a 5 dias após da fertilização;
MÓRULA
Útero → processo de dissolução da zona pelúcida, o que permitirá o
aumento de tamanho do conjunto celular;
Nesta fase, observa-se a secreção de fluidos pelos blastômeros para o
interior da mórula, formando assim a cavidade blastocística ou
blastocele;
20/03/2019
13
BLASTOCISTO
A formação da blastocele separa os
blastômeros em:
EMBRIOBLASTO
↳ porção central responsável por dar
origem ao embrião;
TROFOBLASTO
↳ camada celular externa responsável por
formar a placenta;
BLASTOCISTO
O processo é denominado
blastogênese;
Toda a blastogênese ocorre
no útero e, o blastocisto,
neste momento, se encontra
livre e suspenso nas
secreções uterinas por cerca
de dois dias;
20/03/2019
14
NIDAÇÃO OU IMPLANTAÇÃO
Cerca de seis dias após a fertilização
ocorre adesão do blastocisto ao
epitélio endometrial;
Assim que ocorre a adesão ao
epitélio, o trofoblasto começa a
proliferar rapidamente e se diferencia
em duas camadas:
NIDAÇÃO OU IMPLANTAÇÃO
CITOTROFOBLASTO – camada interna
de células, uninucleada;
SINCICIOTROFOBLASTO – a camada
externa que consiste em uma massa
protoplasmática multinucleadaformada
pela fusão das células;
20/03/2019
15
NIDAÇÃO OU IMPLANTAÇÃO
O processo digitiformes do
sinciciotrofoblasto se estendem através
do epitélio endometrial e invadem o
tecidos conjuntivo endometrial;
A invasão tecidual ocorre a partir da
secreção de enzimas – possibilitam a
implantação do blastocisto dentro do
endométrio;
NIDAÇÃO OU IMPLANTAÇÃO
O citotrofoblasto e o sinciciotrofoblasto
secretam Hormônio Gonadotrofina
Coriônica (hCG) – responsável pela
manutenção do corpo lúteo e de
favorecer o processo de nidação e
diferenciação dos trafoblasto;
Ao final da primeira semana, surge uma
camada de células cubóides, chamada
HIPOBLASTO;
20/03/2019
16
CONCEITOS BÁSICOS DE REPRODUÇÃO 
ASSISTIDA
ISEMINAÇÃO INTRAUTERINA
FERTILIZAÇÃO IN VITRO CONVECIONAL
INTRACYTOPLASMIC SPERM INJECTION
INSEMINAÇÃO INTRAUTERINA
Indicação:
 Integridade tubária;
 Concentração de espermatozoides
móveis pós-processamento > 5
milhões;
 Não ter como antecedente
terapêutico falhas de 4 ou mais
ciclos de IIU;
20/03/2019
17
FERTILIZAÇÃO IN VITRO CONVENCIONAL
Punção folicular via transvaginal com auxílio da ultra-sonografia;
Localizar, classificar e preparar os ovócitos recuperados sob a lupa
simultaneamente a punção folicular
O líquido folicular é examinado no estereomicroscópio à 37°C e 5 % CO2;
FERTILIZAÇÃO IN VITRO CONVENCIONAL
Indicação:
• Fator tubária;
• Oligozoospermia moderada;
• Fator ovulatório;
Os ovócitos são colocados em microgotas de
30μl em placa de Petri sob óleo mineral;
Cada microgota deve receber 100.000
espermatozoides móveis por ovócito;
Estufa 5% CO2 à 37°C;
Verificação da fertilização em 16-18h.
20/03/2019
18
INTRACYTOPLASMIC SPERM INJECTION
Punção folicular via transvaginal com auxílio da ultra-sonografia;
Localizar, classificar e preparar os ovócitos recuperados sob a lupa
simultaneamente a punção folicular
O líquido folicular é examinado no estereomicroscópio à 37°C e 5 % CO2;
INTRACYTOPLASMIC SPERM INJECTION
Indicação:
• Fator masculino grave;
• Falha de fertilização in vitro convencional;
• Falha de IIU;
Incubação de 2-8 h a 37º C e 5% CO2;
Denudação: mecânica e hialuronidase;
Classificação de acordo com a maturação
nuclear;
20/03/2019
19
FERTILIZAÇÃO E 1° SEMANA DE 
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
Prof. MSc. Lucas Machado Moreira
SDE3907 – Período Acadêmico 2019.1

Continue navegando