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Resumão Penal - Crimes Contra Liberdade Individual e Contra Dignidade Sexual

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Avaliação Abrangente- Direito Penal III
Acadêmica: Maria Eduarda Wesendonck 
Crimes Contra a Liberdade Individual (art.146 a 149, CP)
Crime contra Liberdade Pessoal 
Crime contra Inviolabilidade do Domicílio
Crime contra a Inviolabilidade da Correspondência
Crime contra a Inviolabilidade dos Segredos
O bem tutelado nesses artigos, é a liberdade pessoal. Compreende a liberdade de agir (autodeterminar-se), dentro dos limites estabelecidos pelo Direito, não podendo ser compelido ou ameaçado por outrem para cometer ato contrário à sua vontade.
a.1) CONSTRANGIMENTO ILEGAL 
Art.146- Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa
Ação Penal Pública Incondicionada
Sujeito Ativo: qualquer pessoa
Sujeito Passivo: qualquer pessoa capaz de decidir sobre os seus atos. O delito está relacionado com a liberdade de vontade, não se configura se o SP não possuir (menores de idade; loucos; embriagados; etc.).
Conduta: é a de constranger; forçar; obrigar.
O Constrangimento deve ser ilegítimo. Porque se for legítimo, a tipicidade será do art.345, CP. (Ex: deixar de passar em uma rua)
	
	Meios de Execução
	
	Violência (física)
	Grave Ameaça 
Violência Moral 
(mal injusto grave)
	Outro meio capaz de reduzir a resistência da vítima 
(violência imprópria)
	Força física com o fim de cercear a liberdade de escolha. 
direta (imediata) 
 OU 
indireta (mediata)
	Promessa, oral ou escrita, da prática de um mal, iminente ou futuro, capaz de intimidar.
	ex: hipnose, álcool, narcótico. 
Sextorsão: agente constrange outra pessoa se valendo de imagens ou vídeos eróticos que envolva as partes de alguma forma. Pode se dar de três hipóteses: 
constrangimento ilegal: se simplesmente constrange a não fazer o que a lei permite ou fazer o que ela não manda; 
extorsão: constrange com o intuito de obter para si ou para outrem vantagem econômica;
estupro: constrange à praticar atividade sexual.
Tipo Subjetivo: Dolo de coagir com a finalidade especial de que a vítima faça o que a lei não determina ou não faça o que ela manda. Sendo irrelevante o motivo que animou o crime, não admite forma culposa. 
Consumação: quando a vítima age ou deixa de agir - independe o tempo da coação - crime material
Tentativa: admite. 
Aumentos: 
 *A pena aumenta cumulativamente(reclusão+multa) e em dobro, quando forem reunidas +3 pessoas ou há uso de arma. 
- No mínimo 4 pessoas. Se contam os co-autores ou participes.
- É necessário que a arma seja usada na execução e não bastando o porte da mesma. Além da não inclusão do porte da arma de brinquedo, para a causa de aumento. 
Concurso de Crimes: Se do constrangimento resultar em lesão corporal.
a.2) AMEAÇA
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
Ação Penal é pública condicionada à representação. 
Sujeito Ativo: qualquer pessoa
Se for funcionário público, responde pela Lei n. 4.898/65, art.3°
Sujeito Passivo: pessoa física, certa e determinada, capaz de entender o mal prometido.
Condição: obrigatória que a vítima apresente condições de tomar consciência do mal, excluídos, portanto, os menores, os loucos, os ébrios e pessoas indeterminadas.
Conduta: promessa de causar mal injusto e grave. 
Injusto: não tem apoio legal para realizar (ex: dizer que sequestrar alguém). 
Mal Possível. Não configura se ameaça de forma vaga ou imputando-lhe uma praga (ex: farei com que um raio parta sua cabeça). 
*Somente se procede mediante representação. 
Não existe crime se o agente prometer realizar um mal justo. Porque seria legitimo (ex. cobrar um cheque)
Tipo Subjetivo: vontade de amedrontar a vítima, manifestando idônea intenção maléfica, mesmo que o agente não queira cumprir o mal anunciado.
Consumação: é formal - consuma-se quando a vítima toma conhecimento do mal prometido, independentemente da real intimidação. 
Tentativa: a maioria da doutrina admite apenas na modalidade escrita. 
a.3) SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO 
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado: 
Pena - reclusão, de um a três anos. 
Sujeito Ativo: qualquer pessoa. 
Sujeito Passivo: qualquer pessoa. O conhecimento válido e consciente exclui o crime.
Conduta: privação total ou parcial de liberdade de alguém.
 
O que seria sequestro? Local que não há confinamento, que a vítima pode se mover (ex. fazenda)
E cárcere? Se trata de um tipo de sequestro- recinto fechado, um confinamento. 
Execução Livre: pode ser praticado mediante violência, grave ameaça ou mesmo fraude (induzir a erro). Por Ação ou Omissão (ex: médico que não concede alta para paciente já curado). 
Tipo Objetivo: é o Dolo, vontade de privar a liberdade de locomoção. 
Consumação: com a privação da liberdade. Questiona-se a respeito do tempo de duração: 
*Se configura no momento que a vítima deve sua locomoção subtraída
*A privação momentânea é mera tentativa ou constrangimento ilegal
Qualificadora: Reclusão 2- 5anos.
- se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta) anos; 
Em 2005, a Lei 11.106 inseriu o companheiro para abranger a união estável. Não abrange os colaterais, por afinidade, padrasto e madrasta. 
- se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital; 
- se a privação da liberdade dura mais de 15 dias; 
Considerou o maior sofrimento da vítima. Conta-se do momento da privação até a liberação da vítima. 
- se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos; 
- se o crime é praticado com fins libidinosos. 
Esse inciso era o rapto (art. 219), que foi abolido formalmente pela Lei 11.106/2005. Não houve abolitio criminis porque permaneceu materialmente típica a conduta, apenas reajustou formalmente a tipificação 
Qualificadora: Reclusão de 2-5anos.
Se a vítima sofrer grave sofrimento físico ou moral, em razão dos maus-tratos (privação de alimentos) ou da natureza da detenção (trancar em sala escura). 
a.4) TRÁFICO DE PESSOAS 
Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade de: (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) 
I- Remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo; 
II - Submetê-la a trabalho em condições análogas à de escravo; 
III - Submetê-la a qualquer tipo de servidão; 
IV- Adoção ilegal; ou 
V- exploração sexual. 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. 
Ação Penal Pública Incondicionada
Sujeito Ativo: qualquer pessoa. 
Sujeito Passivo: homem ou mulher. 
Conduta: mista, constitui oito nucleares. 
Tipo Subjetivo: dolo+ finalidade especial (alternativa) de traficar para...
Meios de execução: grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso. 
*O consentimento da vítima exclui o crime, pois não existem os meios de execução que são necessários.
Consumação: com a realização das ações, independe do real fato que promove o agente.
*Admite a tentativa.
•	Se o agente, além de traficar pessoas, retira-lhe ilegalmente órgãos, existe concurso de crimes entre os arts. 149-A e o 14 da Lei 9.434/97. 
Aumentos: De 1/3 até a metade se
- cometido por funcionário público na função ou a fim de exercê-lo; 
- contra criança, adolescente ou pessoa idosa ou com deficiência; 
- agente prevalecer de relações de parentesco, domésticas, hospitalidade, dependência econômica, autoridade ou de superioridade hierárquica inerente ao exercício de emprego, cargo ou função;
- a vitima do tráfico de pessoas for retirada do território nacional. 
Minorante: Será reduzida de 1/3 a 2/3 se o agente for primárioe não participar de organização criminosa. 
Associação com 4 ou mais pessoas ordenada pela divisão de tarefas, a fim de obter vantagem de qualquer natureza, mediante praticas de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 anos ou que sejam de caráter transnacional. 
*Competência da Justiça Estadual, salvo tiver caráter transnacional, que será da Justiça Federal. 
b.1) VIOLAÇÃO A DOMICÍLIO 
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências: Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
Sujeito Ativo: qualquer pessoa, inclusive proprietário (ex. ingressa sem autorização do inquilino)
Sujeito Passivo: qualquer pessoa que esteja na posse do imóvel.
*Caso colidir a vontade das pessoas que sejam SP, prevalece à proibição. 
Conduta: de entrar ou permanecer; (Clandestinamente: sem o consentimento; Astuciosamente: com emprego de fraude; Contra vontade expressa: certa e precisa ou tácita: deduzida pelas circunstâncias)
Consuma: quando entrar completamente nas dependências ou quando sabendo que deve sair, permanece no local. Entrar (instantâneo) e Permanecer (permanente). 
Casa: compartimento habitável, não aberto ao público. Abrange também, o jardim, garagem, salão de festas. 
Rol Exemplificativo: 
Noite: período entre 18h e 6h; ou ausência de luz. 
Lugar Ermo: isolado, sem morador, casa de interior; 
Emprego de Violência: força física contra pessoa ou coisa 
Arma: qualquer espécie | Não qualifica se for arma de brinquedo (Súmula 174 STJ, analogamente).
 2 ou mais pessoas: executado - coautoria.
Aumento: 1/3 - se cometido por funcionário público, fora dos casoslegais, ou com inobservância das formalidades necessárias.
d.1) INVASÃO DE DISPOSITIVO INFORMÁTICO
Art. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. 
 
Ação Penal Pública Condicionada a Representação (regra).
Será Ação Penal Pública Incondicionada se cometido contra (exceção):
a) A administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios; 
b) Empresas concessionárias de serviços públicos.
Bem Jurídico: privacidade, gênero das espécies de intimidade e a vida privada.
Sujeito Ativo: pessoa comum que não tenha permissão.
Sujeito Passivo: dono do aparelho.
Elemento Subjetivo: Dolo que deve se único com a vontade de agir. Ou seja, a invasão deve ocorrer com o objetivo de: 
a) Obter, adulterar ou destruir dados ou informações do titular do dispositivo; 
b) Instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita. 
Consuma: Crime Formal. Se consuma com a simples invasão, não exige resultado algum.
*Somente configura o crime, se a invasão ocorrer com a violação de mecanismo de segurança imposto pelo usuário do dispositivo (protegido por senha)
Aumento: 1/6 a 1/3 se da invasão resultar prejuízo econômico.
Quando apenas da invasão, resultar qualquer prejuízo. Ou caso a vítima teve seu celular estragado. 
*Se a vítima sofreu prejuízo porque o agente SUBTRAIU valores, haverá o furto qualificado e não causa de aumento.
 
OU 1/3 a 2/3 se houver divulgação, comercialização, transmissão a terceiros de dados ou informações obtidas a partir da invasão. 
a) Comunicações eletrônicas privadas (e-mails, SMS, diálogos em programas de conversas, etc);
b) Segredos comerciais ou industriais;
c) Informações sigilosas. 
Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 154-A, somente se procede mediante representação, salvo se o crime é cometido contra a administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios ou contra empresas concessionárias de serviços públicos.
•	Crimes Contra o Patrimônio (art. 155 a 180, CP)
a)	Furto
b)	Roubo
a.1) FURTO
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Ação Penal Pública Condicionada a Representação da Vítima
Sujeito Ativo: Qualquer pessoa pode ser salvo o possuidor da coisa. Não existe furto de coisa própria. 
Sujeito Passivo: Proprietário, possuídor da coisa móvel. Pode ser tanto pessoa física como pessoa jurídica. 
Conduta: É a de retirar, subtrair a coisa de outrem.
Tipo Subjetivo: Além de subtrair a coisa, exige a finalidade de ter a coisa pra si ou para outrem.
Deve ter a intenção de NÃO devolver a coisa ao dono.
Consuma: Se consuma com a posse do objeto, ainda que por breve espaço de tempo e seguida de perseguição do agente. 
Tentativa: É admitida, quando a pessoa está na tentativa de pegar o objeto.
 
O Furto apresentado no caput, é o furto simples. 
Majorante: aumenta-se de 1/3 se o crime for praticado a noite.
Furto Mínimo(privilégio): diminui-se a pena de 1/3 a 2/3; altera para detenção ou aplica-se pena de multa:
- criminoso for réu primário, e é de pequeno valor (até 1 sal. Mínimo) a coisa furtada. 
Qualificadora (aumenta a pena base): paraf. 4. 2- 8anos e multa se for cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; 
(quebra o vidro do carro para pegar o som)
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
(agente viola a confiança nele depositada; via anormal de entrada; utilização de dote)
III - com emprego de chave falsa;( todo o instrumento, com ou sem a forma de chave, destinado a abrir fechaduras)
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
Paraf. 4-A *4-10 anos e multa se: Houver emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
Paraf. 5 *3-8anos se: a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
Paraf. 6 *2-5anos se: subtração for de semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local da subtração (Incluído pela Lei nº 13.330, de 2016)
Furto Qualificado: 4-10anos e multa se: subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
OBS: Ladrão que furta Ladrão pratica furto, tendo como vítima, porém, o real dono da coisa (legítimo possuidor)
- Coisa alheia não pode ser objeto material de furto. 
a.2) FURTO DE USO: ocorre quando a pessoa subtrai algo, para uso e tem desde o início a intenção de devolver. 
- Não pode ser consumível (dinheiro)
- A restituição deve ser imediata e integral da coisa ao local que foi subtraído.
a.3) FURTO FAMÉLICO: trata do furto movido pela necessidade de o agente mitigar/exterminar a fome. (estado de necessidade)
- Comportamento lesivo seja inevitável.
-Os recursos do agente sejam insuficientes ou que tenha impossibilidade de trabalhar.
-A coisa subtraída tenha aptidão para contornar diretamente a emergência. 
b.1) ROUBO 
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, salvo o possuidor da coisa. 
Sujeito Passivo: Proprietário, possuidor ou mero detentor da coisa.
Existem 3 meios de execução: a) de violência; b) grave ameaça; c) qualquer outro meio capaz de impossibilitar a vítima de resistir ou defender-se.
Violência: lesão ou vias de fato.
Grave Ameaça: grande numero de agentes contra a vítima. 
Aumentos: 1/3 até 1/2 se: 
I-	se há o concurso de duas ou maisou mais pessoas; 
II-	se a vítima está em serviço de transportede valores e o agente conhece tal circunstância.
III-	se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; 
IV-	se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. 
V-	se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
Roubo Impróprio (paraf.1): Furto que se transforma em roubo e virtude das circunstâncias do caso. 
- Sem redução da capacidade de resistência 
Roubo Próprio
 Consuma-se com o apoderamento da coisa mediante violência ou grave ameaça, dispensando posse mansa e pacífica (teoria da ‘amotio’). Basta a simples retirada do bem da esfera de disponibilidade da vítima.
Roubo Impróprio
Consuma-se com o emprego da violência ou grave ameaça para assegurar o sucesso da empreitada criminosa, dispensando posse mansa e pacífica da coisa.
 A pena aumenta-se em 2/3:
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo; 
II – se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum.
Se da violência resultar:
I - lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a dezoito anos, além da multa; 
II - morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, e multa. 
 - Se da violência resulta lesão grave: Pena de 7 a 18 + multa. 
- Se da violência resulta morte (latrocínio): Pena de 20 a 30 + multa.
•	Crime contra a Dignidade Sexual (art. 213 a 234-B)
a)	 Estupro (art. 213);
b)	Violação sexual mediante fraude (art. 215);
c)	 Importunação Sexual (art. 215-A);
d)	 Assédio Sexual (art. 216-A);
e)	 Estupro de vulnerável (art. 217-A);
f)	 Corrupção de Menores (art. 218);
g)	 Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente (art. 218-A);
h)	Favorecimento da Prostituição ou de outra forma de Exploração Sexual de Criança e Adolescente ou Vulnerável (Art. 218-B);
i)	Divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia (Art. 218-C)
j)	Ação Penal nos crimes contra a dignidade sexual e Aumento de Pena (art. 225 e 226);
k)	Disposições Gerais (majorantes) nos crimes contra a dignidade sexual (art. 234-A e 234-B).
a)	ESTUPRO (HEDIONDO)
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: Pena – reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.
Atualmente o estupro que está na legislação, consome demais atos como por exemplo: Conjunção Carnal+ Atos Libidinosos= Atos de Libidinagem.
a)	CONJUNÇÃO CARNAL 
Sujeito Ativo: Qualquer pessoa 
Sujeito Passivo: Qualquer pessoa
*Esses que devem ser de sexos opostos
 b) ATOS LIBIDINOSOS
Sujeito Ativo: Qualquer pessoa 
Sujeito Passivo: Qualquer pessoa
*Nesse fato, não importa o sexo
Crime BICOMUM: qualquer pessoa pode ser Sujeito Ativo ou Passivo.
Constranger (núcleo do tipo: forçar, obrigar, coagir) violência e grave ameaça. 
*O contato físico é imprescindível. 
Tipo Subjetivo: crime punido a titulo de DOLO, caracterizado pela vontade de constranger e praticar atos de libidinagem.
Não se pune na modalidade culposa. 
Bem Jurídico: liberdade sexual da vítima.
Consuma: Com os atos de libidinagem
Tentativa: É admitida
Qualificadora: 
* 8-12 anos 
É preterdolosa, ou seja, o agente tem dolo no estupro e culpa no resultado qualificador. 
-Se o gente quis ou aceitou os resultados, esqueça a qualificadora (responderia por concurso de crimes, estupro+ lesão/homicídio). 
- Se a vitima menor de 14anos, responde por estupro de vulnerável.
- Se maior de 14 e menor de 18, responde pelo 213 + paraf. 1.
- Se maior de 18anos responde por estupro. 
*12-30anos
Se resultar em morte.
b)	VIOLAÇÃO SEXUAL MEDIANTE FRAUDE 
Art. 215- Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. 
Sujeito Ativo: qualquer pessoa
Sujeito Passivo: qualquer pessoa
Crime Bicomum (deve ser pessoa certa)
*Vítima menor de 14 anos, é estupro de vulnerável.
Tipo Objetivo: SEM emprego de violência ou grave ameaça, pratica atos de libidinagem com a vítima, mediante fraude ou outro
meio que dificulte sua livre manifestação de vontade
Meios de Execução: Fraude ou outro meio que dificulte a manifestação da vontade. 
Exemplos: Irmãos Gêmeos, Ginecologista. 
Tipo Subjetivo: é o Dolo, caracterizado pela vontade de praticar atos de libidinagem mediante fraude ou outro meio. 
c)	IMPORTUNAÇÃO SEXUAL 
Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o
objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro: Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais grave. (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
O agente praticar contra a vítima ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou de terceiros. 
- Sem agressão ou grave ameaça. 
Lascívia é o prazer sexual, o prazer carnal.
- Frotteurismo(esfregar): consiste em tocar, esfregar em uma pessoa sem o seu consentimento. 
Crime BICOMUM
Se a vítima for menor de 14anos, caracteriza-se o art. 218-A.
Elemento Subjetivo: punido a titulo de DOLO
Não se admite modalidade culposa. 
Tentativa: é possível.
Sujeito Ativo: qualquer pessoa
Sujeito Passivo: deve ser pessoa determinada
d)	ASSÉDIO SEXUAL 
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.
Trata-se da insistência inoportuna de alguém em posição privilegiada, que usa dessas vantagens para obter favores sexuais. 
Crime BIPRÓPRIO
Sujeito Ativo: Hierárquico ou exercer ascendência sobre a vítima. 
Sujeito Passivo: Deve ser subordinado.
Majorante: pena aumentada em até 1/3 se a vítima for menor de 18anos
Tipo Subjetivo: dolo de constranger, finalidade de obter vantagem ou favorecimento sexual 
O crime se consuma com o simples constrangimento, independente da obtenção de vantagem. 
Não precisa ser habitual. 
e)	ESTUPRO DE VULNERÁVEL 
Art. 217-A Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
Sujeito Ativo: qualquer pessoa
 
Sujeito Passivo: jovem menor de 14anos; alguém que tenha falta de discernimento mental ou que não possa oferecer resistência. (vitima própria)
*È irrelevante o consentimento da vitima menor de idade, porque se presume, vulnerabilidade absoluta. 
NÃO exige violência ou grave ameaça.
O agente deve ter ciência da vulnerabilidade da vítima. 
Qualificadora: preterdolosa.
f)	CORRUPÇÃO DE MENORES “Lenocínio contra Vulnerável”
Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
Sujeito Ativo: É o mediador que induz alguém a satisfazer a lascívia de outrem. Chamado LENÃO, pode ser qualquer pessoa. 
Sujeito Passivo: menor de 14anos, e determinado. 
Destinatário: aquele que terá a lascívia satisfeita (NÃO É PUNIDO) 
Não é crime habitual 
Consuma: quando o destinatário satisfazer sua lascívia
Admite-se tentativa.
g)	SATISFAÇÃO DE LASCIVIA MEDIANTE PRESENÇA DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE
Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
Deve ter a presença FÍSICA da criança ou adolescente.
Sujeito Ativo: qualquer pessoa
Sujeito Passivo: menor de 14 anos 
O menor não pode PARTICIPAR dosatos, sob pena de configurar o art. 217-A. 
Consuma: com a prática dos atos
Tentativa: é admitida
h)	FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO OU DE OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇA E ADOLESCENTE.
Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone: Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos.
Sujeito Ativo: qualquer pessoa.
Sujeito Passivo: vulnerável, menor de 18 anos, enferma ou que não tenha discernimento para a prática do ato. 
São seis as condutas (crime de conduta mista e variável): submeter: sujeitar; induzir: inspirar, instigar; atrair: aliciar; facilitar: proporcionar meios, afastar dificuldades; impedir: opor-se; dificultar: criar obstáculos.
A conduta pode ser tanto comissiva como omissiva. 
Tipo Objetivo: dolo, além de não exigir finalidade.
Agravante Especial: quando também se tem finalidade de lucro, é apenado com multa. 
Consuma: quando a vítima passa a se dedicar a prostituição. 
Incorre nas mesmas penas do caput:
I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14(catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo;
II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo.
i)	DIVULGAÇÃO DE CENA DE ESTUPRO, DE ESTUPRO DE VULNERÁVEL, DE SEXO OU PORNOGRAFIA
Art. 218-C. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio - inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou telemática -, fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia: Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o fato não constitui crime mais grave.
 
 
*Se a vítima for menor de 18 anos, o delito será o art. 241 ou 241-A do ECA.
Aumento: de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) se o crime é praticado por agente que mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim de vingança ou humilhação. “Revenge Porn”. 
Não há crime quando o agente pratica as condutas descritas no caput deste artigo em publicação de natureza jornalística, científica, cultural ou acadêmica com a adoção de recurso que impossibilite a identificação da vítima, ressalvada sua prévia autorização, caso seja maior de 18 (dezoito) anos.
j)	AÇÃO PENAL NOS CRIMES SEXUAIS
Os crimes aqui tratados processam mediante ação penal pública incondicionada

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