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CASO CONCRETO AULA 5

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CASO CONCRETO AULA 5 
 
JONATAS, 28 anos, aproveitando-se do caos que se instalou no Estado do 
Espírito Santo, por conta da manifestação de greve da polícia militar, 
subtraiu de um grande estabelecimento empresarial varejista, na cidade de 
Vitória, uma televisão de 40 polegadas. Sua atividade ilícita foi filmada por 
câmeras da Prefeitura e passada em Programa Jornalístico de grande 
audiência nacional. O jovem, envergonhado perante seus familiares, 
deliberadamente no dia seguinte devolve a res furtiva, sendo processado 
criminalmente pelo seu ato. O Juiz, no momento da aplicação da penal 
criminal, entendendo que ao caso concreto nenhuma pena seria necessária 
ao réu, considerando a vergonha que este passou, deixou de aplicar a pena 
tendo em vista que o CP, no seu art. 59 preconiza que o juiz estabelecerá 
conforme seja “necessário” e “suficiente” para reprovação e prevenção do 
crime. Considerando o caso acima, aponte, fundamentadamente, a legalidade 
da decisão judicial. 
 
Resposta: A decisão está equivocada, não está previsto no art. 107 CP, o perdão 
judicial para crimes de furto (Art. 155 CP). O juiz agiria corretamente se 
considerasse atenuante que recai sobre o agente, pelo cometimento do crime sob a 
influência de multidão e tumulto, art. 65, III. 
 
A decisão fere o principio da inderrogabilidade da pena, uma vez constatada a 
prática do crime, a pena não pode deixar de ser aplicada por liberalidade do juiz ou 
de qualquer outra autoridade e fere o princípio da legalidade, isto é, não há pena sei 
lei.

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