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DIREITO PENAL II, resumo matéria 3 ano.

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DIREITO PENAL II
José Nabuco
10/02/2014
Bem jurídico 
Tutelado = Tipo (protege o bem jurídico)
Violado = conduta concreta (viola o bem jurídico)
Sujeito 
Ativo = quem pode figurar como autor do crime
Passivo = aquele que pode sofrer
Tipo 
Objetivo = elementos descritivos, trata do local onde é praticado, meio, instrumentos. A conduta é o verbo (ação ou omissão) que o tipo exige.
Resultado
Elemento normativo = tem uma amplitude, que exige uma valoração
Subjetivo = dolo (regra) elemento subjetivo do tipo, culpa (exceção)
17/02/2014
O dolo não precisa vim expresso na lei, visto que é a regra, por sua vez a culpa, por ser exceção, precisa vim expresso.
Dolo = implícito + elemento subjetivo do tipo (pois está na cabeça do sujeito), há uma finalidade na tipificação “para; fim; intuito” ex.: art. 159
“Art. 159. Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate”.
A conduta vem com o verbo núcleo do tipo no artigo.
A maioria dos crimes, possuem apenas o dolo, poucas vezes aparecem o elemento subjetivo do tipo, ou seja, a finalidade.
Consumação / Tentativa
Qual é o bem jurídico protegido?
Quem são os sujeitos do crime? (passivo /ativo)
Qual o tipo objetivo?
Qual o tipo subjetivo?
Consumação e tentativa. Quando ocorre? (momento consumativo)
Saberá o momento da consumação, quando ocorrer o verbo núcleo do tipo do crime.
Art. 121 – crime comum, que tem como bem jurídico a vida extra-uterina.
“Art. 121. Matar alguém”
Bem jurídico = Vida 
Sujeito: 
Ativo: qualquer pessoa
Passivo: qualquer pessoa
Tipo Objetivo: (material, aquilo que pode ver)
Matar - significa uma ação livre que dê causa ao resultado morte.
É um crime Comissivo, porém um garante pode praticar o crime comissivo por omissão.
Tipo Subjetivo: (está no ânimo da pessoa, não pode ser visto)
Dolo ≠ Culposo
Momento consumativo: Morte
24/02/14
Consumação e tentativa
Consumação 
Resultado: morte
Tentativa 
Precisa analisar se a tentativa é possível.
Iniciar a execução do crime, mas por motivo alheio ao autor não conseguiu consumá-lo.
Tentativa branca ou cruenta: branca= não houve ferimento; cruenta= houve ferimento
Desistência voluntária: desistir de praticar o crime por vontade própria.
Arrependimento eficaz: conseguir de forma eficaz que o crime não seja consumado.
Crime impossível (impropriedade absoluta do objeto, no caso da vida, dar tiro em uma pessoa morta). Pode haver o meio ineficaz, ou seja, utilizar um meio que para o ser humano é ineficaz para matar.
Animus necanti (vontade de matar)
≠ entre tentativa e lesão corporal
o que torna um diferente do outro é o dolo de matar.
Se não houver a vontade de matar será lesão corporal
Por outro lado se houver, será tentativa.
ESPÉCIES DE HOMICÍDIO
Homicídio simples
Art. 121. Matar alguém
Pena: reclusão de seis a vinte anos
É residual, ou seja, é por exclusão
Homicídio privilegiado
“Art. 121. § 1.º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço”.
O motivo será o fato, a circunstância que ensejará a vontade de praticar o crime.
Três hipóteses:
Motivo de relevante valor social: coletiva. (livrar a coletividade de determinada situação)
Motivo de relevante valor moral: individual (sofrimento de determinada pessoa, a pessoa sofre um dano grande) de forma mais permanente.
Violenta emoção: motivo que tire a capacidade de discernimento no momento do crime, pois está dominado por violenta emoção. Precisa atender aos 3 requisitos abaixo:
Emoção intensa (domínio)
Injusta provocação da vítima: provocação da vítima que não seja legal, como por exemplo, o despejo efetuado por um oficial de justiça.
Reação imediata
Homicídio qualificado
Maior reprovabilidade
Agravantes: bis in idem
Pode haver agravante, desde que não esteja no tipo que qualifica o crime.
Não qualificam
Parricídio: não há crime que aborde tal ação, não é nem crime autônomo, nem é qualificador, uma vez que o que importa para o Direito Brasileiro é o que motivou.
Matar o parente
Premeditação: não existe qualificadora de premeditação.
Art. 121 “§ 2.º Se o homicídio é cometido:
				I – mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; (motivo) subjetivo. 
Mediante paga / recompensa (crime mercenário)
Mandante/ executor
Uma corrente diz que aplica aos dois
Outra corrente diz que aplica apenas ao executor. Pois o executor possui o motivo da paga para que execute o homicídio. Precisa avaliar o motivo do mandante, pois pode ser motivo torpe ou até mesmo de relevante valor moral, sendo dessa forma privilegiado. Visto que é uma qualificadora de caráter subjetivo, ou seja, o motivo, sendo no caso a paga. A paga é motivo apenas para o executor e não ao mandante que terá outro motivo.
Motivo torpe
Repugnante, vil, contraria o senso ético predominante na sociedade.
Ex.: matar a filha para viver com o namorado em outro local. Matar para ocupar um cargo em uma empresa. Matar para receber o seguro de vida.
Circunstância excepcional. 
Matar para obter vantagem.
Diferente de injusto e de fútil. 
Fútil é menor que torpe.
				II – por motivo fútil; (motivo) subjetivo
Desproporção entre o motivo e o crime.
Ex.: matar por conta de uma banana. Matar por que outra pessoa está com camisa do time adversário. 
Dívida de tráfico não é fútil é torpe, por conta do motivo, a pessoa vive para isso.
No crime fútil, a motivação é pequena.
Desproporcional 
Diferente de injusto
Vingança – depende do motivo da vingança. Depende do fato concreto que motivou a vingança.
Ciúme - 
Motivo fútil mediato ou imediato
Mediato – indireto, não qualifica. Houve outra circunstância entre o início e o resultado.
Imediato – Direto, qualifica. O resultado está direitamente ligado ao início da circunstância, ou seja, a ação motivou o resultado.
				III – com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; (meio) objetivo
Modo que utiliza para provocar a morte
Meio insidioso
Veneno
Ministrado à força (não é mais insidioso, portanto, não é qualificador)
Outro meio insidioso (o meio não é venenoso)
Açúcar para diabético
Objetos cortantes na comida
Meios cruéis
Fogo
Explosivo – mesmo sendo morte instantânea é meio cruel, pois causa perigo eminente a outras pessoas.
Asfixia (esganamento = uso das mãos, estrangulamento = uso de objeto, enforcamento = o próprio peso do corpo causa o fechamento das vias respiratórias).
Tortura (sofrimento prolongado no tempo)
Outro meio cruel – aquele que causa um sofrimento além do necessário para atingir o homicídio. Não pode confundir com a forma pela qual se deu o crime. O sujeito precisa ter desejado o modo de sofrimento para a pessoa e não qualifica quando algum ferimento estende o momento até a morte, a pessoa fica agonizando, isso não é meio cruel.
Morte instantânea 	não qualifica o crime.
				IV – à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; (modo de execução) objetivo
				V – para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: (finalidade) subjetivo
				Pena – reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos”
17/03/14
Meios de execução
Meios de que resultam perigo comum 
Expõem número indeterminado de pessoas ao perigo.
Fogo
Explosivo
Outro meio que possa resultar perigo comum. (qualquer meio que cause a indeterminado número de pessoas, perigo). Ex.: um desmoronamento proposital. 
Forma de Execução do crime
		IV – à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;
A pessoa precisa ser impossibilitada em se defender, por exemplo, ser atacado pelas costas
Traição 
Material - (é atacado por alguém de forma inesperada, não é necessário que tenhaalguma relação com a pessoa) / Moral - (não espera a agressão de determinada pessoa, pois há uma relação íntima com a pessoa)
Emboscada – não tem nenhuma possibilidade de se defender. 
Dissimulação – amostra de um sentimento inexistente. Faz uma encenação e nela esconde a intenção hostil. Ex.: vendedor de algo e a pessoa abre a porta para o vendedor e o convida para entrar, o vendedor então ao entrar pega uma arma e mata a pessoa. 
Outro recurso – impossibilita a defesa da vítima de diversas formas. Ex.: matar a pessoa enquanto dorme.
O USO DE ARMA NÃO DIFICULTA OU TORNA IMPOSSÍVEL A DEFESA DO OFENDIDO, SENDO ASSIM NÃO QUALIFICA O HOMICÍDIO.
Finalidade
V – para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
Homicídio com conexão com outro crime.
O que pretendia com este crime?
Conexão teleológica (futuro)
Pratica um crime para assegurar a execução de outro ato ilícito. 
Deseja estuprar uma menina, mas a mãe dela está em casa, então ele mata a mãe para que consiga consumar o estupro contra a menina. Mesmo que ele não estupre a menina, continua a qualificadora, visto que a finalidade do crime de homicídio foi para assegurar o estupro, o que interessará no caso, visto que deve-se levar em conta o aspecto subjetivo, será a finalidade. O nexo causal do primeiro crime continua o mesmo, mesmo que não seja consumado o outro.
Assegura a execução
 
Conexão consequencial (passado)
Pratica um crime para ocultar um crime passado, para dessa forma garantir a impunidade,ou garantir a vantagem de outro crime, para ficar ou ampliar a vantagem, comete o homicídio. Ex.: caso de comparsas em um assalto, onde um mata o outro para ficar com a parte do roubo.
Ocultação – pretende que o crime já praticado não seja descoberto, sendo assim, pratica outro, para que a ocultação seja garantida. 
Impunidade
vantagem
É possível homicídio qualificado-privilegiado?
Se forem compatíveis as formas, sim, é possível.
Privilégio – circunstâncias subjetivas
Qualificadoras – objetivas e subjetivas
Não pode ser duas formas subjetivas, pois o motivo não pode ser 2 ao mesmo tempo, ex.: relevante valor moral e motivo torpe, ou seja, são totalmente incompatíveis. 
O motivo será apenas 1.
Terá apenas 1 finalidade.
Poderá haver um crime triplamente qualificado, motivo torpe, fogo, para receber herança.
Qualificadoras compatíveis
III – meios
IV – modo 
Ex:
Valor moral / emboscada
Valor social / meio cruel
Aumento de pena
				§ 4.º No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.
Homicídio Culposo
Elementos do crime culposo
Inobservância de um dever de cuidado objetivamente devido
Produção de um resultado
Nexo causal
Previsibilidade objetiva do resultado
Conexão entre o desvalor da ação e do resultado.
Primeira parte do 4º
Inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente
Deixa de prestar imediato socorro à vítima. (não cabe em caso de morte instantânea).
Não procura diminuir as consequências do seu ato.
Foge para evitar prisão em flagrante.
Perdão judicial
“§ 5.º Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária”.
As consequências do crime causa sofrimento muito grande ao agente, sendo assim a pena é desnecessária. Não é exclusiva para pessoas com relação de parentesco.
Ex.: pais que se descuidam e a criança morre afogada em uma piscina.
24/03/14
PARTICIPAÇÃO EM SUICÍDIO
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio
				“Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça:
				Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.
				Parágrafo único. A pena é duplicada:
				Aumento de pena
				I – se o crime é praticado por motivo egoístico
				II – se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência”.
A conduta do suicídio é atípica e ilegal, mas não será punível.
A vida não é um bem disponível.
O Sujeito tem direito a vida e não sobre a vida, ou seja, ninguém pode tirar a vida e nem mesmo abrir mão dela.
A coação exercida para impedir o suicídio não é ilícito.
O ato executório será punido e não o pacto e/ou consentimento.
Apenas haverá punição se houver lesão corporal de natureza grave.
Sujeito Passivo - Qualquer pessoa com discernimento, para que possa entender o que é suicídio.
O Suicídio é definido como a destruição voluntária e consciente da própria vida.
Induzir – criar uma vontade inexistente. (ex.: movimento fanático religioso) (participação moral)
Instigar – a pessoa está propensa a cometer o suicídio e a outra pessoa reforça. Se a pessoa está decidida a cometer o suicídio, não haverá instigação, apesar de ser difícil de saber. (participação moral)
Auxiliar – apoio material
No tipo subjetivo precisa haver Dolo.
31/3/2014
INFANTICÍDIO – ART 123.
A mãe, sob influência, do estado puerperal mata o filho durante o parto ou logo após o parto.
Sujeito ativo – Mãe, sob influência do estado puerperal (bio-psíquico). Bio = hormonal, psíquico= surto, resulta na diminuição da reprovabilidade.
Sujeito Passivo – Filho recém nascido.
Tipo Objetivo: 
Parto – Durante
	Logo Após (a Jurisprudência entende que o tempo pode ser em até 2 dias)
Para saber se está no estado Puerperal, a perícia terá um papel fundamental.
Não há previsão de Infanticídio Culposo.
Terceiro que instiga, auxilia ou indus ao Infanticídio – devido ao artigo 29 do CP, por conta da teoria monista, será então condenado por infanticídio.
Art. 30 CP – comunicabilidade das circunstâncias pessoais, são como regra incomunicáveis, exceto quando é elementar ao crime, ou seja, é elemento constitutivo do crime, sendo assim são comunicáveis.
ABORTO
“Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento
			Art. 124. Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:
			Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.
Aborto provocado por terceiro
			Art. 125. Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:
			Pena – reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos.
			Art. 126. Provocar aborto com o consentimento da gestante:
			Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
			Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de 14 (quatorze) anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência”.
Destruição da vida, até o início do parto
Iniciado o parto
Infanticídio 
Homicídio 
Vida do ser humano em formação
Ovo
Embrião
Feto
Independentemente da condição 
Início da Vida
Nidação
Implantação do óvulo fecundado do útero
Não concepção
Pílula do dia seguinte não é aborto.
TIPO SUBJETIVO 
Dolo
Dolo direto
Art. 124
Sujeito ativo 
Gestante
Crime de mão própria
Não admite coautoria
Admite participação
Sujeito Passivo 
Produto da concepção 
Ovo, Embrião, Feto
Estado – Mirabete – Fragoso
Aquele que é partícipe será condenado pelo mesmo crime que a gestante, como no exemplo de o namorado instigar ou induzir à pratica do aborto, a mulher vai ao médico e este pratica o aborto. A Gestante e o namorado responderão pelo 124 e o médico pelo 126, ele tento alguma assistente, essa também responderá pelo 126.
Conduta
Provocar o aborto (1ª parte do art. 124)
Realizar manobras abortivas
Instrumentos pontiagudos
Consentir o aborto (2ª parte do art. 124)
Permitir que outrem pratique o aborto
ART. 125 E 126
Sujeitoativo 
Qualquer pessoa
Exceto a gestante
Sujeito passivo
 Sujeito Passivo
O feto – produto da concepção 
No 125, também a gestante
Conduta
Provocar aborto
Interromper a gravidez 
Matar o feto 
Crime de ação livre
Remédios
Métodos cirúrgicos 
Instrumentos
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
CONSUMAÇÃO 
Morte do ovo, feto ou embrião 
Não importa onde tenha morrido
Dentro do ventre materno 
Ou fora dele
Com ou sem a expulsão do feto
TENTATIVA
Possível – Fez todos os procedimentos mas o feto não morreu.
iter criminis fracionável
Mesmo no auto-aborto 
Crime impossível – supõe que está grávida e toma remédio abortivo, porém não estava, sendo assim o crime é impossível. Assim como usar um remédio que não seja abortivo.
FORMAS MAJORADAS 
aplicáveis aos arts. 125 e 126
lesão grave
aumento 1/3
morte
duplicada
inaplicáveis ao art. 124. – pois não se pune auto lesão.
EXCLUDENTES ESPECIAIS DE ILICITUDE
“Art. 128. Não se pune o aborto praticado por médico:
				Aborto necessário
				I – se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
				Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
				II – se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal”.
Aborto humanitário – estupro
Feito por médico
Conflito de interesses
Dignidade da gestante
Vida do feto
Prevalece a dignidade da gestante
Não precisa de autorização judicial.
Aborto em feto anencéfalo
STF – ADPF 54
Conduta atípica
Não há vida a ser tutelada
Prevalece a dignidade da gestante
Lei de Transplante de órgãos
Lei 9.434/97
“Morte cerebral”
Demais órgãos vivos
Se não há mais vida do nascido 
Não há do feto
07/04
LESÃO CORPORAL ART. 129 CP
Bem protegido é a integridade física e a saúde da pessoa
Sujeito ativo e passivo – qualquer pessoa
Tipo Objetivo:
- ofender 
Crime de ação livre.
Não se configura o eritema (vermelhidão) 
A dor não configura também
Ofensa à saúde 
Tipo subjetivo:
Dolo 
Animus vulnerandi: Vontade de ofender a integridade física ou saúde.
Culpa 
Consumação
Resultado naturalístico.
Tentativa 
É possível pois pode fracionar o inter criminis, mas o ato precisa ser unívoco o dolo (ter um único sentido)
Vias de fato
Injúria real art 140 CP
Lesão corporal leve x grave
Leve: não é uma classificação subjetiva. 3 meses a um ano
Grave: pena 1 a 5 anos
Gravíssima: pena de 2 a 8 anos
§ 4º
I – Incapacidade
 desnecessário o dolo e causar o afastamento
II – perigo de vida
Houve uma lesão e dessa lesão houve o resultado de perigo.
Preterdolosa Eficiência diminuída
III – Debilidade permanente de membro (pernas e braços), sentido (visão, tato, paladar, olfato e audição – não é em relação ao órgão) ou função (função dos órgãos duplos).
Torna o membro enfraquecido, de forma permanente, conforme diagnóstico da medicina atual (para a perspectiva da medicina atual, não há chance de cura, não pode querer prever que o avanço da medicina poderá no futuro curar a debilidade).
Figura preterdolosa.
05/05/14
CRIME DE PERIGO
Mero ato de expor um bem jurídico a perigo
Sujeito passivo
- crime de perigo individual art. 130 ss
Perigo a uma pessoa determinada.
Mesmo que o ato se repita contra várias pessoas, o crime será individual.
- Crime de perigo coletivo art. 255 ss
Coloca o coletivo em perigo
- Concreto: a Lei exige a demonstração de um risco real, de um perigo efetivo.
- Abstrato: crime de perigo presumido, a lei presume que a conduta é perigosa. A lei descreve uma ação e presume que ela seja perigosa.
--
“Art. 130. Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa
§ 1.º Se é intenção do agente transmitir a moléstia:Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (qualificada por questão do tipo subjetivo)
§ 2.º Somente se procede mediante representação”.
Bem protegido - saúde
Sujeito ativo – qualquer pessoa contaminada
Sujeito passivo – qualquer pessoa não contaminada
Tipo Objetivo 
Conduta: ato sexual
			 Ação Vinculada
Doença venérea. O ministério da saúde determina as doenças venéreas.
Tipo Subjetivo: 
- Dolo de perigo (vontade de causar a situação perigosa).
Mesmo que não tenha vontade de causar o perigo, mas o fato de ser ter o dolo de perigo não desqualifica o crime.
- dolo direito em causar o dano.
Consumação: prática do ato sexual.
Tentativa: possível.
12/05/14
Perigo de contágio de moléstia grave
“Art. 131. Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está contaminado, ato capaz de produzir o contágio:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa”.
Prática capaz de produzir o contágio
- crime de perigo abstrato.
Sujeito ativo: aquele que possui uma moléstia grave.
Sujeito passivo: aquele que não possui a moléstia e pode ser contaminado.
Tipo subjetivo: dolo de dano.
O sujeito realiza a conduta perigosa com dolo de contágio.
Consumação: ato (ato capaz de transmitir a moléstia)
Tentativa: possível, pois há possibilidade de fracionar o inter crimilis.
EXPOR A VIDA OU A SAÚDE DE OUTREM A PERIGO
“Art. 132. Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, se o fato não constitui crime mais grave
Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço) se a exposição da vida ou da saúde de outrem a perigo decorre do transporte de pessoas para a prestação de serviços em estabelecimentos de qualquer natureza, em desacordo com as normas legais.”
Crime subsidiário = existe um crime principal, que acontece, mas o subsidiário só será utilizado se o primeiro não for configurado.
Este é subsidiário, pois ele só será configurado se não houver outro.
Tipo Objetivo
Expor a perigo = crime de perigo concreto
Só será configurado se expor a vida ou saúde a perigo.
Crime individual - O crime deve ser praticado contra pessoa determinada. 
Tipo subjetivo – Dolo de perigo. (vontade de expor a perigo a vida ou saúde de alguém), sem intenção de praticar o ato.
Se houver dolo de dano, será homicídio tentado, ou lesão corporal tentada ou consumada.
“Art. 133. Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos.
§ 1.º Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos.
§ 2.º Se resulta a morte:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.Aumento de pena
§ 3.º As penas cominadas neste artigo aumentam-se de um terço:
I - se o abandono ocorre em lugar ermo;
II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima;
III - se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos”.
Incapaz que no caso específico não pode se defender.
Bem jurídico = vida e integridade à saúde
Sujeito ativo = quem tem o dever de cuidado, sob autoridade, vigilância.
Sujeito Passivo = pessoa que esteja sob a guarda do sujeito ativo.
Na situação específica a pessoa precisa ser incapaz, mesmo que em outra situação não seja.
Ex.: ser “largado” pelo guia turístico no meio da selva.
Tipo Objetivo = abandonar, ou seja, deixar a pessoa, largar, levar a algum lugar e se ausentar em uma condição perigosa.
O comportamento cotidiano não configura crime.
A pessoa precisa ser abandonada em um local onde seja incapaz de se defender.
Tipo Subjetivo = dolo de perigo.
Consumação = se da com a situação de perigo concreto.
Deixar uma criança em local que sabe que será encontrado, não configura o crime.
Tipo Qualificado 
	Dolo
	Abandono
	Abandono
	Culpa
	Lesão grave
	Morte
Art. 19
Se houver dolo no resultado = art. 129, §§1º e 2º ou art. 121.
Havendo dolo que a criança morra, será homicídio. Ex.: mãe que larga o filhono meio da fazenda no frio.
ABANDONAR RECÉM-NASCIDO
“Art. 134. Expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar desonra própria:Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos
1.º Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.
§ 2.º Se resulta a morte:Pena - detenção, de 2 (dois) a 6 (seis) anos”.
Sujeito Passivo – recém-nascido
Elemento subjetivo do tipo – fim de ocultar a desonra própria (como a sociedade enxerga o filho).
A pena é menor, devido à pressão dos valores sociais, uma vez que haverá uma repercussão social da gravidez.
Sujeito ativo – mãe.
Aquele que auxiliar, responderá pelo mesmo crime.
19/05/14
OMISSÃO DE SOCORRO
“Art. 135. Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública”
Bem Jurídico protegido: vida e integridade da saúde
Sujeito ativo: por ser um crime comum, pode ser praticado por qualquer pessoa, não precisa ter qualificação especial.
Sujeito passivo: 
Criança extraviada (perdida) ou abandonada
Pessoa inválida ou ferida ao desamparo 
Pessoa em grave ou iminente perigo.
Aquele que já está socorrido não precisa ser amparado por outra pessoa.
Tipo Objetivo: deixar de prestar assistência. Crime omissivo próprio (todo crime omissivo, pressupõe a possibilidade de agir, sem que haja risco pessoal). E deixar de avisar a autoridade.
Tipo Subjetivo: dolo de perigo.
Consumação: com a simples omissão.
Tentativa: não é possível. 
Morte instantânea: quando há morte instantânea não haverá omissão de socorro, pois não haverá perigo, nem bem jurídico a ser tutelado, sendo assim, não existe crime.
MAUS TRATOS
“Art. 136. Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina”
Bem Jurídico – tutela a vida, integridade física e saúde.
Sujeito ativo – pessoa que exerce a guarda, a vigilância e a pessoa que exerce a autoridade sobre o indivíduo.
Sujeito passivo – pessoa que esteja sob a guarda ou vigilância do sujeito ativo.
Tipo Objetivo – Expor a perigo 
Privando a vítima de cuidados indispensáveis
Privando de alimentação 
Submissão a trabalho excessivo (quantidade) ou inadequado (qualidade)
Abusando dos meios de correção ou disciplina. Não necessariamente à força física.
Tipo Subjetivo – Dolo de perigo
Consumação – se dá com perigo concreto.
Tentativa – possível.
CRIMES CONTRA A HONRA
Honra objetiva – reputação. O conceito que a sociedade tem de certa pessoa. Tutelada nos crimes de calúnia e difamação. Precisa um terceiro ouvir.
Honra subjetiva - diz respeito à autoestima. Ato que fere a autoestima, fere a dignidade. Tutelada na injúria.
Honra Especial – determinado grupo de pessoa. (profissão, esporte, ideologia)
Honra Geral – comum, qualquer pessoa.
Ainda que a pessoa tenha a honra ferida, será tutelada.
02/06/14
Crimes Contra a Honra
Meios:
- Escrita 
- Palavra
- Gestos
- Mímicas
- Símbolos
- Implícita: ex.: gosto de caipira, mas de caipira honesto. Deixa sentido implícito na fala.
Nos crimes contra a honra, precisa ser observado o contexto, não apenas o que e o modo que foi dito.
Ofensa reflexa: ofensa proferida a uma pessoa e ofende outra. Ex.: Alega que o advogado comprou a sentença. Automaticamente ofende ao Juiz também.
CALÚNIA
Imputar ato criminoso a alguém.
O ato precisa ser criminoso.
Interesse público em saber a verdade em relação ao crime.
A imputação tem que ser falsa.
Difamação
Imputar a alguém ato ofensivo a sua reputação que não necessariamente é crime.
Diz respeito à intimidade da pessoa, não há interesse público em saber se é ou não verdade.
A imputação não necessariamente precisa ser verdadeira. Mas mesmo que seja verdadeiro é ofensivo à honra.
Características da Calúnia e da Difamação:
Bem jurídico protegido: Proteção à honra objetiva, ou seja, reputação social.
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito Passivo: qualquer pessoa determinada. Os desonrados podem sofrer crime contra a honra.
*Pessoa Jurídica: não pode ser nem caluniada nem difamada. Há, no entanto doutrinadores que entendem de outra forma.
Imputar fato – o fato imputado precisa ser determinado. Quando o fato for vago, indeterminado, não será nem calúnia, nem difamação.
Tipo Subjetivo – dolo 
Consumação – quando terceiro toma conhecimento do ato ofensivo.
Tentativa – quando por escrito
Contra os mortos existe apenas a calúnia
Injúria
Bem jurídico – proteção à honra subjetiva.
Sujeito ativo – qualquer pessoa
Sujeito Passivo – Pessoa com discernimento. A pessoa precisa ter capacidade para entender a ofensa.
Tipo Objetivo – Ofender a dignidade, através de expressões ofensivas (corno, fdp, não cumprimentar uma pessoa em público durante uma solenidade..) podendo ser por escrito, fala ou mímica.
Tipo Subjetivo – Dolo 
Consumação – momento em que o ofendido toma conhecimento da ofensa.
2º SEMESTRE
INJÚRIA 
AVILTAR – pode ser com o emprego de violência.
Ex.: Esbofeteou o sujeito, que ao cair, também foi urinado pelo agressor.
Injúria Discriminatória – Injúria Racial
Para saber se há a injúria, é necessário analisar o emprego das palavras. Ex.: o sujeito ofende alguém chamando-o de “turco ladrão”. O Ofensor utilizou a palavra “ladrão” para atingir uma etnia “turco”. A Associação entre “ladrão” e “turco”, configura-se uma injúria discriminatória.
A Diferença entre Injúria e Racismo
- Racismo é uma segregação. Lei 7.716/89 – a ofensa é dirigida não apenas ao indivíduo, mas uma raça.
- Injúria é dirigida diretamente a uma pessoa, só ao ofendido.
Perdão Judicial
O Juiz pode deixar de aplicar a lei, se a provocação foi motivada por provocação e retorção imediata.
				Ofende no mesmo momento em que foi ofendido.
Exposições Gerais
- Causas de aumento de pena Art. 141, CP.
Meios que facilitam a difamação da pessoa: panfletos, meios de comunicação, redes sociais.
Especificamente sobre redes sociais, compartilhar ofensas dirigidas a terceiro. Apenas clicar em “curtir” pode não caracterizar crime, mas compartilhamento sim.
- Mediante paga ou promessa de recompensa.
Art. 142, CP.
É Necessário haver relação com a causa.
Art. 144, CP
Art. 145, CP
Significado dizer que o sujeito tem que constituir advogado defendê-lo.
- Prazo decadencial não se suspende, interrompe ou possui exceção.
25/08/14
CRIMES CONTRA A LIBERDADE
CONSTRANGIMENTO ILEGAL
ART. 146
Obriga alguém a fazer algo.
“Art. 146. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa”.
Sujeito ativo – qualquer pessoa
Sujeito Passivo – qualquer pessoa
Conduta 
Constranger
Obrigar, coagir
Verbo bitransitivo
Objeto direto
Alguém 
Indireto
A não fazer
O que a lei permite
A fazer
 O que a lei não manda.
Meios
Violência – emprego na força física contra a vítima.
Grave ameaça – prometer o mal injusto e grave
Perde a capacidade de resistir – mas que não seja com o uso da violência ou grave ameaça, como por exemplo, substâncias químicas.
Tipo subjetivo
Dolo
Consumação 
Quando se concretiza o verbo-núcleo do tipo
Constranger
Se completa com o objeto indireto (quando a pessoa faz aquilo que não é permitido)
Tentativa
Possível 
Crime plurissubsistente.
Aumento de pena
§ 1.º As penas aplicam-se cumulativamente (a pena é aplicada mutuamente a detenção e a multa) e em dobro, quando, para a execução do crime, se reúnem mais de três pessoas, ou há emprego de armas.
Cumulativamente 
Pena de detenção e multa
Duplica-se a pena
Circunstânciasalternativas
Concurso de mais de três pessoas
Emprego de armas.
“§ 2.º Além das penas cominadas, aplicam-se as correspondentes à violência”.
Concurso formal de crimes
Pena cumulativa
Lesão corporal e constrangimento ilegal
Constrangimento ilegal não absorve o crime-meio é a lesão corporal.
“§ 3.º Não se compreendem na disposição deste artigo:
I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada por iminente perigo de vida; (transfusão de sangue)
II - a coação exercida para impedir suicídio”.
Direito à vida e não sobre a vida.
O suicídio não é um ato lícito, apenas não foi tipificado.
AMEAÇA
“Art. 147. Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa”.
Crime subsidiário, ou seja, aquele que apenas existe se não configurar o crime principal.
É punido pela ameaça quando ela não for meio para praticar outro crime.
Apenas é punido se for praticado autonomamente.
Bem jurídico Protegido
Liberdade psíquica – na ameaça ele não é punido preventivamente e sim pois afeta a liberdade psíquica.
Sujeito ativo e passivo – qualquer pessoa
Conduta
Ameaçar
De causar mal
Injusto e 
Grave
Meios
Palavra
Oral
Escrito
Carta, pichação, e-mail, etc...
Gesto 
Dedo no pescoço, imitação de gatilho
Outro meio simbólico
Envio de coroa de flores, caixão ou peixe (Tradição siciliana)
Verossimilhante – aparência de verdade
Precisa ter a capacidade de intimidar.
Tipo subjetivo
Dolo direto
Dolo eventual
Consumação
No instante em que o ameaçado toma conhecimento
Tentativa
Impossível
Verbal 
Possível 
Escrito, etc... (quando interceptado antes que o ameaçado tome conhecimento)
SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO
Art. 147. Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Bem Jurídico
Liberdade Física
Ir e vir
Sujeito Ativo e passivo
Qualquer pessoa
Conduta
Privar a liberdade
Tolher, restringir
Detenção – deslocamento
Retenção – próprio local
Qualquer meio
Violência, grave ameaça, fraude, sonífero.
Sequestro
Menor restrição 
“enclausuramento”
Chácara, casa, ilha deserta
Cárcere Privado
Maior restrição 
“confinamento”
Cubículo, quarto, banheiro, porta-malas
Dolo
Inexiste elemento subjetivo do tipo (apenas a vontade de sequestrar)
Presente alguma finalidade (finalidade que pode qualificar outro crime)
Extorsão mediante sequestro – art. 159
A finalidade neste tipo é a obtenção de resgate, mas a conduta é a mesma (privar alguém de sua liberdade)
Sequestro para fim de tortura – art. 1º, §3º, III – Lei 9.455/97
A finalidade é a tortura.
Prática de atos libidinosos – qualificado – art. 148, § 1º.
Consumação e tentativa
Consumação 
Privar de liberdade
Tempo juridicamente relevante
Não há tempo estipulado.
Crime permanente – o crime se prolonga no tempo.
Consumação se protrai no tempo
Flagrante
Tentativa
Possível – desde que tenha tentado privar a liberdade da pessoa e não tenha conseguido.
Consentimento – no caso de consentimento da outra pessoa, não haverá crime.
Liberdade é um bem disponível
Consentimento desconfigura o crime 
Figuras qualificadas
“§ 1.º A pena é de reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos:
I - se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta) anos;
II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital;
III - se a privação da liberdade dura mais de 15 (quinze) dias;
IV - se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos;
V - se o crime é praticado com fins libidinosos”.
Qualquer pessoa – Independente do sexo
Qualificadora é formal – basta o fim libidinoso
Consumação do ato sexual
Concurso material com estupro
Fim libidinoso – sedução, não precisa ter a conjunção carnal para que se qualifique, basta que tenha esta finalidade.
Quando o estupro ocorre durante o sequestro, serão os dois crimes.
“§ 2.º Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos”.
Não pode haver bis in idem 
Exemplos:
Lugar úmido, sem ventilação
Ratos ou baratas.
Só pode haver esta qualificação quando for extraordinário ao tipo penal. (Plus)
Um desconforto além daquele que é sofrido em um sequestro.
REDUÇÃO A CONDIÇÃO ANÁLOGA À DE ESCRAVO
“Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência”.
Análoga, pois a escravidão não é legal.
Reduzir alguém a uma condição parecida a de escravo.
É necessário que transforme a pessoa em uma condição de escravo.
Bem jurídico – liberdade individual e a dignidade do trabalhador
Sujeitos do crime
Sujeito ativo
Qualquer pessoa
Tanto o empregador, como o preposto, capataz etc
Crime comum – pode ser praticado por qualquer pessoa
Sujeito passivo 
Qualquer pessoa
Conduta
Reduzir (núcleo do tipo. Objeto direito)
Converter, transformar, diminuir a pessoa
À condição análoga
Semelhante, igual
Não se trata de escravidão, pois esta é um estado de direito, mas um estado similar
A de escravo
Meios
Submetendo-o
Coagir física ou moralmente à obediência 
Submetendo-o à jornada exaustiva
Jornada desumana, que leva ao exaurimento físico. Não apenas uma jornada cansativa
Submetendo-o (obrigando, constrangendo)
Restringindo 
Limitando, impedindo
Por qualquer meio
Sua locomoção
Movimentação, principalmente sua saída
Em razão de dívida contraída
Elemento normativo
Venda de comida ou instrumentos, hospedagem
Com o empregador ou preposto
Consentimento – O que acontece é uma ilusão
Irrelevante 
Alienação da liberdade humana
CUIDADO COM CASOS DUVIDOSOS
Tipo subjetivo 
Dolo - em praticar o ato
Terceirização
Empresário que terceirizou
 Consciência do crime pelo terceirizado
Responsabilidade penal subjetiva
Não pode dizer que o dono de lojas que utilizam este tipo de trabalho sejam responsabilizados, pois precisa haver dolo.
Consumação 
Crime permanente
Não basta uma jornada exaustiva ou degradante
Tempo juridicamente relevante (Bitencourt)
Vítima é reduzida ao “estado completo de submissão” (Mayrink)
Tentativa
Teoricamente possível
CONCURSO APARENTE DE NORMAS
Absorve os seguintes crimes
Serem elementares do tipo
Constrangimento ilegal
Ameaça
Sequestro e cárcere privado
Perigo para a vida e ou a saúde de outrem
Frustração dos direitos trabalhistas
Não absorve a lesão corporal
“§ 1.º Nas mesmas penas incorre quem:
I - cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho;”
Lugares ermos
Barcos
Dolo e o elemento subjetivo do tipo
“com o fim de retê-lo no local do trabalho”
*saída impossível, pois é o empregador o responsável pelo transporte.
“II - mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho”.
Vigilância semelhante à escravidão
Dolo e o elemento subjetivo do tipo
“com o fim de retê-lo no local de trabalho”
Causas de aumento de pena
“§ 2.º A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido:
I - contra criança ou adolescente; 
Definição do ECA
0-12 e 12-18
II - por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem”.
É preciso que seja a motivação
Normalmente a motivação é econômica
*será um crime por pessoa
VIOLAÇÃO DE DOMICÍLIO
 “Art. 150. Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheiaou em suas dependências:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.
§ 1.º Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego de violência ou de arma, ou por duas ou mais pessoas:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, além da pena correspondente à violência.
§ 2.º Aumenta-se a pena de um terço, se o fato é cometido por funcionário público, fora dos casos legais, ou com inobservância das formalidades estabelecidas em lei, ou com abuso do poder. Não basta ser funcionário público, ele precisa ter se prevalecido de ser funcionário público, para violar o domicílio. (é mais grave pois viola um dever profissional, o crime acontece quando ele usa a sua profissão para violar o domicílio, fora das hipóteses legais) (ABUSO / PREVALECIMENTO) não é pelo simples fato de ser funcionário público e sim se houver algum tipo de prevalecimento ou abuso em decorrência do cargo público que exerce.
Haverá este crime se houver uma violação de dever inerente ao cargo.
§ 3.º Não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas dependências:
I - durante o dia, com observância das formalidades legais, para efetuar prisão ou outra diligência;
II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na iminência de o ser.
CF, 5º, XII
“XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre (entra para socorrer), ou para prestar socorro (nem sempre ocorre desastre para prestar socorro), ou, durante o dia, por determinação judicial (jamais pode ser feito durante a noite, pois a constituição é clara e será caracterizado invasão de domicílio)”
§ 4.º A expressão "casa" compreende:
I - qualquer compartimento habitado;
II - aposento ocupado de habitação coletiva; (motel, hotel [quarto ocupado, não no momento, mas que ele esteja ocupado], prostíbulo, pensão, cortiço, pousada)
III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade. (Escritório, consultório, atelier, escritório de uma oficina.
Não há crime nas partes abertas, como recepção).
§ 5.º Não se compreendem na expressão "casa":
I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do n. II do parágrafo anterior; (Aberto ao público)
(o hotel não é casa, salvo o apartamento ocupado, mesmo que no momento não tenha ninguém, pois ele está ocupado, não será casa, se alguém invadir as dependências comuns do hotel.)
II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero. (bar em geral)
Bem jurídico protegido – inviolabilidade de domicílio, conforme determinado na Constituição Federal art. 5º, XI
Sujeito ativo – qualquer pessoa
Sujeito Passivo
“quem tem direito”
Proprietário ou inquilino (morador)
Tipo Objetivo
Conduta
Entrar
Completa
Permanecer 
Quando tenha entrado com consentimento
Entrou de forma amigável, convidado, autorizado, mas não saiu, permaneceu.
Entrada sem consentimento
Permanência é mero exaurimento
Quando entrar na casa sem autorização e permanece, a permanência é apenas exaurimento, ou seja o crime já se consumou.
Tipo subjetivo – dolo, precisa haver dolo, no caso de entrar em casa errada por engano, não haverá crime, pois há ausência de dolo (conduta atípica por falta de dolo)
Erro de tipo 
Formas
Clandestina
Escondido, oculto
Astuciosa
Fraude, dissimuladamente (entregador de pizza...)
Ostensiva
Às claras
Sem consentimento
Tácito ou expresso
Casa:
A expressão “casa” compreende:
I – qualquer compartimento habitado;
Casa, apartamento, barraco, cabine de caminhão (a parte usada para dormir) ou barco.
Desabitada.
*invadir uma fazenda não necessariamente será casa, apenas a casa da fazenda será interpretada como casa, salvo se forem as partes produtivas.
CONSUMAÇÃO
Entrada (crime instantâneo)
Permanência (crime permanente)
TENTATIVA
Possível – pode fracionar o inter criminis
CONCURSO APARENTE DE NORMAS
O crime é subsidiário – normalmente a invasão é meio para que outro seja cometido, nesse caso ele é simples meio. Sendo assim, ele ocorrerá apenas se não for praticado crime meio.
FORMAS QUALIFICADAS – condições alternativas
Cometido durante a noite – parametrizado a partir do pôr do sol (natural) – ratio legis – nestes momentos há uma maior vulnerabilidade. (quando há festiva vigília [festa] não se aplica, pois as pessoas não estão vulneráveis)
Cometido em lugar ermo – lugar despovoado (vulnerabilidade)
Cometido com emprego de violência 
1ª corrente defende que é violência contra a pessoa ou coisa.
2ª corrente defende que a violência é contra a pessoa.
Poderá ser qualificado pelo uso da parede, não é arma, pois não da para manusear, mas qualifica por uso da violência.
Cometido com uso de arma (algo que possa manusear) 
Arma Própria – aquela que foi feita para o ataque ou defesa. (arma de fogo, punhal, adaga...)
Arma Imprópria – aquilo que é adaptado para o ataque. (faca de cozinha, ácido..)
Cometido por 2 ou + pessoas 
Uma das pessoas é inimputável – o imputável será condenado a crime de invasão de domicílio e será qualificado, pois mesmo que não seja imputável, caracteriza a forma qualificadora.
Um deles é absolvido – não impede a condenação do outro pela forma qualificada. (quando há certeza que duas pessoas estavam no local) 
CUMULAÇÃO
150 + 129 = lesão corporal – aplicação cumulativa.
A lesão foi meio para invasão do domicílio, então cumulará as penas e causou lesão corporal.
15/09/14
FURTO 
Art. 155.
“Art. 155. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa”.
Não necessariamente não será visto, o crime é praticado sem violência ou grave ameaça, você pode ver o crime, mas não sofrer violência ou ameaça, ainda sim será furto.
Bem jurídico protegido 
Patrimônio
Econômico 
Sentimental? – não poderá ser objeto deste crime se for bem exclusivamente sentimental. 
Sujeitos do crime – crime comum 
Sujeito ativo
Qualquer pessoa
Com exceção do possuidor - Se a pessoa já tiver posse do bem, não será sujeito ativo deste crime e sim de apropriação indébita. ex.: Office boy vai depositar algum dinheiro, não será sujeito ativo, se ele ficar com o dinheiro será apropriação indébita.
Se há posse, não haverá furto.
Detenção vigiada – caixa de uma loja, que é vigiado e pega o dinheiro, será furto, pois não está na posse da coisa. 
Sujeito passivo
Qualquer pessoa
Proprietário 
Possuidor – aquele que possui a posse da coisa.
Exceto aquelas pessoas que não possuem nada.
Tipo Objetivo 
Conduta	
Subtrair – entrar em contato com a coisa. Retirar a coisa da esfera de disponibilidade da pessoa.
Objeto material 	
Coisa
Substância corpórea
Tangível
Animais – não são vítimas de sequestro.
Cadáver?
Sim: anatomia (subtração de um cadáver de uma faculdade de medicina será furto) – não: Sepultamento (se ele já foi sepultado, acontecerá o crime contra os mortos ou ocultação de cadáver)
Ser humano –não
Sim: banco de sangue (deixa de ser parte do ser humano e passa a ter valor econômico).
Não: cabelo (lesão) – faz parte do corpo e não poderá ser passível de furto, apenas quando já está cortado, como para doação ou para venda, por não está mais no corpo e está coisificado, poderá ser objeto de furto.
Cheque
Sim: preenchido 
Controverso: em banco – a jurisprudência se divide. (o cheque não preenchido é um papel e em si não tem valor, poderá ser utilizado em crime futuro, mas não em relação ao papel) (a potencialidade que há nele é suficiente para que haja crime de furto). 
Alheia 
O que pertence a outrem
Imprescindível que tenha dono
Não:
Res nullius – aquilo que nunca teve dono. Nunca pertenceu a ninguém.
Res derelicta – coisa abandonada.
Res deperdicta: 169, Parágrafo único, II. – coisa perdida, não é passível de furto. Seria apropriação de coisa achada e não furto.
Coisas de uso comum: água, ar
Salvo se destacados do meio ambiente.
Objetos sepultados– não será crime de furto, pois não será de mais ninguém. Será crime de violação de sepultura. (violação de respeito aos mortos)
Móvel
Transportável
Originalmente imóvel – mobilizado
Árvores, estátuas, telhas
Originalmente não é móvel, mas por algum processo é mobilizado, através de partição, destruição...
Barcos e aeronaves
CC (art. 1473, VI e VII) – equipara à imóvel – hipoteca – para efeito de hipoteca são equiparados a bens imóveis.
No entanto para o Direito Penal, será bem móvel e passível de furto.
Princípio da insignificância - quando a lesão ao bem jurídico é muito pequeno, será aplicado este princípio e não será crime.
Art. 155, §3º - FURTO DE ENERGIA
“§ 3.º Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico”.
Equiparação – se há equiparação é porque não é originariamente e deseja o mesmo tratamento.
Energia elétrica
Outra de valor econômico 
Energia telefônica 
Controverso: sinal de TV a cabo.
Tipo Subjetivo
Dolo
(erro de tipo) – supor que a coisa é dela ou que tem autorização para levar o objeto.
Elemento subjetivo do tipo – precisa ter uma finalidade. Serve para indicar que o furto apenas é configurado se quiser ser o senhor da coisa.
“Para si ou para outrem” 
Fim de assenhoreamento (animus furandi)
Não configura
Furto de uso
Subtração para destruir
Consentimento da vítima
*obs.: Furto de uso não é crime – pois pega a coisa, para uso e depois devolve nas mesmas condições. Não houve desejo em ser dona da coisa.
Consumação e Tentativa
Consuma-se
Posse mansa e tranquila da coisa – não tem vigilância nem perseguição. Não importa o tempo ou distância percorridos.
Na medida em que há perseguição ou vigilância, não será consumado o crime. (ex.: pessoa que furta algo dentro do supermercado, mas está sob vigia o tempo todo e ele é pego fora do mercado).
Fora da esfera de disponibilidade da vítima – a vítima não possui mais a posse da coisa, não está mais disponível à vítima.
Tentativa 
Admissível (crime material)
Está sob vigia ou ocorre perseguição e consegue pegar o bem furtado, sendo assim o crime será tentado.
Há início do crime, mas não é consumado. Não ocorre a posse mansa e pacífica da coisa.
Crime impossível
Quando a vítima não possui objeto pacífico de furto. (art. 17)
Furto Majorado
Repouso noturno
Moradores da localidade repousam
Distinto do art. 150, §1º
Cabível
Estabelecimento Comercial fechado
Casa de Veraneio
Incabível 
Casa em festa
Formas qualificadas
Em via pública
Estabelecimento comercial aberto
Furto Privilegiado 
Requisitos
Primário
Não reincidente
Pequeno valor
Critério objetivo
Independe da condição da vítima
Não superior a um salário mínimo
Distinto de prejuízo
Consequências 
Substituição
Da reclusão por detenção
Redução de 1/3 a 2/3
Aplicação exclusiva de multa
Furto Qualificado
“§ 4.º A pena é de reclusão de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa, se o crime é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
III - com emprego de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas”.
Obstáculos
Destruição ou rompimento de obstáculo à coisa (intensidade do dolo ao cometer o furto, sendo mais reprovável)
Controvérsia 
Própria coisa – vidro do carro (não é um corpo estranho ao carro, sendo assim é irrelevante, mas quando for para pegar uma bolsa sim)
Remoção de telhas
Prova Pericial – precisa ser feito para que alguém possa ser acusado de furto qualificado.
Exame de corpo delito
Vestígios do crime (art. 158,CPP)
Abuso de confiança – não basta uma relação empregatícia, mas sim uma relação subjetiva. Precisa se prevalecer da confiança, precisa prevalecer desta confiança para praticar o crime.
Relação subjetiva
Mediante Fraude – não é estelionato, aqui a fraude é usada para que a outra parte entregue as coisas. 
A fraude é usada para praticar o furto.
 (furto em uma loja de roupa, enquanto a outra pessoa simula que está comprando)
Meio para a subtração
Escalada
Como no rompimento de obstáculo, a escalada intensifica q reprovabilidade do crime.
É preciso que o acesso se dê verticalmente.
A escalada precisa ser feita por meio de um esforço extraordinário. 
Pode ser com corda, escada...
Acessar lugares altos ou baixos de modo extraordinário
Destreza 
Hábil. 
Habilidade especial com as mãos que o agente usa para praticar o furto.
Habilidade extraordinária, especialmente com as mãos; ligeira de movimentos.
* configurará quando o celular é abruptamente retirado da vítima. (arrebatar = pegar e sair correndo)
* há tentativa por destreza, desde que a vítima não tenha percebido.
Chave Falsa
Falso é o que não é verdadeiro
Houaiss 
Contrário à realidade ou à verdade; inexato, sem fundamento
Em que há mentira, fingimento, dolo
Que não é verdadeiro; fictício, enganoso
Mixa, gazua
Posição do Noronha
Chave encontrada – a chave verdadeira encontrada é dada como falsa.
Concurso de pessoas
Duas ou mais
Presença física na execução
Controvérsia
Jurisprudência – predominância que não é imprescindível – não precisa estar os dois no mesmo local.
Coautor inimputável
Configuração da qualificadora – não importa, o maior será condenado por furto qualificado.
Não identificado o coautor – será condenado por furto qualificado, visto que não há dúvida da presença de outra pessoa.
Absolvição do coautor.
Não admite presunção.
06/10/2014
Roubo
Semelhante ao furto (Conduta, objeto Material, elemento subjetivo do tipo)
Art. 157
Bem jurídico
Crime Pluriofensivo
Patrimônio 
Incolumidade física
Liberdade individual
Sujeito ativo e passivo
Qualquer pessoa
Violência – vis absoluta
Força física
Contra a pessoa
Questões Controversas
Trombada
Pode ser furto ou roubo
Arrebatamento
Retirar a coisa da mão ou do corpo da vítima
Grave ameaça – vis relativa
Promessa de mal grave e iminente
Direta = à própria vítima
Indireta = a terceiros
Configura-se
Simulação de arma
Arma de brinquedo 
É uma ameaça. 
Promessa de algo que tem o poder de intimidar
“é um assalto, passa a grana!”
Violência Imprópria
“ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência”
É necessário que o autor retire a capacidade de resistir da vítima.
Fórmula genérica
Sonífero
Hipnose
A denúncia deve especificar qual o meio utilizado
Insuficiente a mera repetição do texto da lei
O agente deve ter dado causa (comparar §1º, 217-A)
Se a vítima se coloca na situação = não configura
Tipo subjetivo
Dolo
Consumação e tentativa
Consumação
Com a posse tranquila
Tentativa
Possível, se o agente usa violência ou grave ameaça, mas não obtém a coisa.
Questões especiais
“roubo de uso”
Mesmo que ele não queira se assenhorar, configurará o crime, por ser pluriofensivo.
Crime pluriofensivo
Conduta típica
Princípio da insignificância
Crime pluriofensivo
Não é aceito
Crime impossível
Ocorre no roubo quando a vítima não possui nada que possa ser subtraído no roubo.
Roubo Impróprio
§1º art. 157
Violência utilizada para a impunidade ou garantir a posse da coisa.
Requisitos 
Subtração anterior
Iniciou a execução de um furto
Uso imediato da violência ou grave ameaça
Logo depois da subtração
Mesmo contexto fático
Finalidade de garantir a impunidade ou detenção.
Momento consumativo
Com o emprego da violência ou grave 
Independentemente de se atingir o fim desejado
Impunidade
Detenção 
Tentativa 
Possível 
Tenta usar a violência
(fragoso)
Impossível
Não há como tentar usar a violência ou grave ameaça
Hungira, Noronha, Damasio, Rios Gonçalves, STF e STJ)
Se o agente não consegue subtrair e na fuga usa violência
Tentativa de furto e crime contra a pessoa
Pode haver prática de lesão corporal.
Não há roubo impróprio nesse caso
13/10/14
Roubo Majorado
§2º, art. 157
Crime com aumento de pena.
1/3 – 1/2
1 – Roubo praticado com emprego de arma. Precisa haver o uso, se ele portar a arma, mas não utiliza, nãoé causa de majoração.
- arma:
- Própria: aquilo que é feito para o ataque ou para a defesa, pode ser de fogo ou branca (punhal, adaga). Ex.: arma de fogo.
- Imprópria: objeto que não foi feito para o ataque ou defesa, mas é utilizado para esse fim. Ex.: faca.
- Simulacro: não majora. Posição do STF é que não majora. Súmula 174-STJ.
- A arma desmuniciada (não é majorante, pois há falta de potencialidade lesiva) quebrada – inapta (não configura a causa de aumento de pena, pois há falta de potencialidade lesiva).
- Arma não periciada (não foi submetida a perícia) – é possível a configuração da majorante se houver outro meio de prova. (questão probatória). Qualquer meio de prova é aceito desde que prove que a arma era apta.
Concurso porte de arma de fogo (porte de arma)
Posse transitória, apenas para o roubo – o roubo absorve o porte, pois o porte é apenas um crime meio para execução do crime fim.
Posse preexistente – responde por concurso material. Art 69 do CP. Roubo + Porte de arma.
Inciso II, 157 – concurso de pessoas – mesma regra do furto
Inciso III, 157 – Serviço de transporte de valores.
O autor deve conhecer tal circunstância.
Ex.: quando rouba alguém que carrega valores mas o autor não sabe. (não configura)
Inciso IV, 157 – quando leva o veículo para outro local – mesma regra do furto.
Inciso IV, 157 – Liberdade Restrita. 
Seu poder – o autor do crime exerce poder sobre a vítima. 
Não haverá se a pessoa for amarrada, pois não estará sob o seu poder. ELA PRECISA ESTAR SOB PODER DO AGENTE.
Sempre há no roubo a restrição de liberdade, podendo ser transitório ou haver tempo significativo dessa restrição de liberdade.
Ex.: privar a pessoa de liberdade para que ela forneça alguma informação, haverá majorante, devido ao estresse e pressão.
Ex.: quando tranca a pessoa no quarto para roubar a casa, não configura.
Roubo Qualificado – diz que a pena será de tanto a tanto.
§3º, 157
7-15 anos – roubo qualificado por lesão grave.
20-30 anos – roubo qualificado pela morte – latrocínio.
Ex.: o autor aponta a arma para um senhor de idade, o autor não usa nenhum tipo de violência e ele acaba tendo um infarto, isso não é qualificado.
 a morte precisa ser decorrente da violência física.
Art. 159,§2º - diferença (fato que resulta lesão).
SÃO INAPLICÁVEIS AO §2º
As majorantes são aplicáveis aos parágrafo primeiro e ao caput.
O §3º NÃO É APLICÁVEL AO §2º.
 mas a qualificadoras são aplicáveis tanto ao roubo próprio ou ao impróprio.
Ex.: pessoa que comete furto de botijão de gás e o proprietário aparece, o autor atira o botijão e acaba acertando a cabeça da vítima na cabeça a matando. Ele pratica roubo impróprio, mas como a vítima morreu, será latrocínio.
Resultado:
Dolo
Culpa – ex.: Pessoa morre após ser amarrada, não há dolo em matar a pessoa, apenas em cometer o roubo.

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