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Nutriçâo Relatório de Estágio Curricular Estágio Em Nutrição Clínica Santo André - SP 2018 Suellen Priscila Nunes da Silva ra: 312966615749 Relatório de Estágio Curricular Estágio Em Nutrição Clínica Relatório de Estágio apresentado pelo aluno Suellen Priscila Nunes da Silva à Supervisão de Estágio do Curso de Nutrição da Universidade Anhanguera de São Paulo, Professora Maria Tereza Amaral dos Santos. Santo andré - SP 2018 Relatório de Estágio Curricular Estágio Em Nutrição Clínica Santo André, 17 de Dezembro de 2018. Conceito: _________________________________ _________________________________________ Assinatura do Professor Orientador Dedicatória Dedico este trabalho, em primeiro lugar a Deus que me capacitou a trilhar meu caminho com sabedoria. Em segundo lugar aos meus familiares que sempre me apoiaram e acreditaram em minha capacidade. AgradecimentoS A esta universidade, bem como a seu corpo docente, direção e administração que proporcionam um ambiente amigável de aprendizado e conquistas para todos. A meus professores, que com muita gratificação transmitiram seus conhecimentos para que hoje eu possa realizar todos os meus sonhos. resumo Estudo realizado no Centro Hospitalar do Município de Santo André, na qual foi feito o acompanhamento da paciente pelo período de 9 dias dando inicio no dia 15/10/2018 até o dia 23/10/2018. E.C.C.S.G é um paciente Mulher de 48 anos, diagnosticada com Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e suspeita de Doença Renal Crônica (DRC), apresentando Risco Nutricional de Grau 3, passou por diversos exames físicos e bioquímicos após entrada no Cento Hospitalar, sendo confirmada a suspeita de DRC, 3 dias após estadia no leito. Foram utilizados em seu tratamento clínico, medicamentos relativos às patologias envolvidas, previamente com acompanhamento da evolução, em seus dados bioquímicos a paciente apresentou baixos níveis de Hemoglobina, Hematócrito, Leucócitos e Plaquetas, mostrando melhoria do quadro ao decorrer de seu tratamento. A Triagem Nutricional foi aplicada no dia seguinte de sua admissão hospitalar, onde foi possível observar o grau de risco; foram feitas visitas diárias pela nutricionista para avaliação geral da aceitação da conduta adotada, na qual foi determinada a Dieta Geral Hipossódica. Para o levantamento dos dados abordados nesse caso foram aplicados diversos métodos avaliativos nutricionais assim como também questionários com a paciente. Ao longo do período de internação de E.C.C.S.G, sua evolução clínica e nutricional respondeu de forma positiva a todas as condutas adotadas, trazendo assim melhorias nos quadros bioquímicos e nutricionais. Palavras-chave: Hipertensão Arterial, HAS, Doença Renal Crônica, DRC, Insuficiência Renal, Nutrição. LEGENDA DAS SINGLAS AVC Acidente Vascular Cerebral AINES Anti-inflamatório Não Esteroidais AGPI Ácido Graxo Poli-insaturado AJ Altura do Joelho BEG Bom Estado Geral BT Bilirrubina Total BD Bilirrubina Direta CB Circunferência do Braço CMB Circunferência Muscular do Braço CP Circunferência da Panturrilha CC Circunferência da Cintura CA Circunferência do Abdômen CQ Circunferência do Quadril DRC Doença Renal Crônica DCV Doença Cardiovascular DCSE Dobra Cutânea Subescapular DCT Dobra Cutânea Tricipital DCB Dobra Cutânea Bicipital DCSI Dobra Cutânea Supra ilíaca E.C.C.S.G Nome da Paciente FA Fibrilação Arterial GGT Goma Glutamil Transferase HAS Hipertensão Arterial Sistêmica IMC Índice de Massa Corporal MID, MED, MAX Mínimo, Médio, Máximo NRS Normas Regulamentadoras PA Pressão Arterial RCQ Referência Cintura/Quadril TGO Transaminase Glutâmica Oxalacética TGP Transaminase Glutâmica Pirúvica UPA Unidade de Pronto Atendimento Sumário INTRODUÇÂO Uma alimentação equilibrada pode trazer diversos benefícios ao funcionamento do organismo como um todo e pode promover o melhoramento do ritmo dos vasos sanguíneos e da musculatura do coração, por tanto, é importante entender que o consumo excessivo de gorduras, carboidratos refinados e sal, juntamente com a falta de alguns nutrientes, podem favorecer o surgimento precoce da Hipertensão Arterial Sistêmica; com tudo, vale ressaltar que uma alimentação adequada e a aplicação de condutas nutricional combinada à atividade física, são capazes de retardar o surgimento dessa patologia (FREIRE; SIMONE CARDOSO, 2016). A Hipertensão Arterial Sistêmica é uma doença crônica não transmissível, de origem multifatorial, ou seja, depende de fatores genéticos e de fatores ligados ao próprio indivíduo, não apresenta sintomas até que tenha causado danos em órgãos nobres por suprimento sanguíneo inadequado (MIGUEL; ALICE DE QUEIROZ CONSTANTINO, 2015). A Doença Renal crônica é definida por lesão renal, caracterizada por alterações estruturais ou funcionais dos rins, podendo ou não apresentar redução da taxa de filtração glomerular, manifestadas por alterações patológicas ou indícios de lesão renal em exames de sangue, de urina ou de imagens, essa doença esta intimamente ligada a Hipertensão Arterial (BORTOLOTTO; LUIZ APARECIDO, 2008). De acordo com dados sociodemográficos, observou-se que a maior proporção de casos diagnosticados com Hipertensão Arterial Sistêmica, foi em mulheres, representando 24,2%, e em homens com 18,3%; com relação à faixa etária, pessoas de 18 a 29 anos representaram proporção de 2,8%, de 30 a 59 anos proporção de 17,8%, de 60 e 64 anos 44,4%, 65 a 74 anos 52,7% e de 75 anos ou mais apresentaram 55% de casos diagnosticados com HAS (IBGE, 2013). Para que o diagnóstico da HAS possa ser feito, é importante que em todas as consultas o médico faça a avaliação do peso, a circunferência abdominal, a pressão arterial (PA), a frequência cardíaca e calcule o IMC (Índice de Massa Corporal) do paciente e que também realize a avaliação dos exames bioquímicos, para que se possa determinar o grau e risco no qual a pessoa se encontra (MIGUEL; ALICE DE QUEIROZ CONSTANTINO, 2015). A Hipertensão é acompanhada por diversas alterações funcionais do sistema nervoso autônomo simpático, sistema renal e sistema renina angiotensina, além desses, essa patologia também acomete outros mecanismos, sendo eles, humorais e disfunção endotelial. Assim, devido essas alterações, a hipertensão acaba resultando em mudanças estruturais do sistema cardiovascular que tanto amplificam o estímulo hipertensivo, como também causam dano cardiovascular (ENNES; GUILHERME CERVANTES, 2017). O HAS é um dos principais fatores de risco relacionado a diversas doenças, entre as principais consequências associadas a essa patologia, podemos destacar, infartos do miocárdio com 40%, Acidente Vascular Cerebral (AVC) com 80%, e 25% para os casos de Doença Renal Crônica (VICENTINI; EDGARD, 2016). O tratamento da HAS é feito através da ingestão de medicamentos anti-hipertensivos receitados pelo médico ou cardiologista, na qual devem ser tomadas diariamente, além disso, o tratamento inclui medidas como, a prática de atividade física, alimentação saudável, combate ao tabagismo e redução da ingestão de bebida alcoólica (LIMA; ANA LUIZA, 2007). OBJETIVOS OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO Compreender e aprofundar os conhecimentos teóricos e práticos respectivos às patologias envolvidas no caso clínico apresentado, a fim de buscar uma evolução adequada para os mesmos, é o objetivo deste trabalho. OBJETIVO ESPECÍFICO OU SECUNDÁRIO Compreender as patologias e suas relações com o estadonutricional do paciente; Aplicar as diferentes técnicas nutricionais para obtenção de resultados; Definir as possíveis soluções para o bem estar pessoal e nutricional do paciente. Indentificação do paciente E.C.C.S.G é uma mulher de 48 anos (nascida no dia 06/04/1970), casada e com três filhos, natural de Santo André/São Paulo; cursou até o ensino médio e hoje trabalha como cabeleireira, encontrasse atualmente internada no Hospital Municipal de Santo André, com admissão no dia 02/10/2018 no leito 0822 da clínica médica, apresentou diagnostico clinico de Hipertensão Arterial Sistêmica, Infarto Agudo do Miocárdio e esta com suspeita de Doença Renal Crônica, o período de acompanhamento desta paciente foi de 9 dias. 2 HISTÓRICO SOCIAL E.C.C.S.G é uma cabeleireira católica de 48 anos, que reside com seu marido e seus três filhos em um apartamento com condomínio; ela diz já ter praticado diversas modalidades esportivas como, Karatê, natação, capoeira e ginástica, não faz consumo de bebidas e nem de cigarros, e a mesma alega que seus gastos alimentares são consideravelmente medianos e que sempre se preocupou com sua saúde e seu estado físico. 3 HISTÓRICO DA MOLÉSTIA ATUAL E.C.C.S.G apresentou quadros de fraqueza, vômitos e náuseas desde julho, procurou a Unidade de Pronto Atendimento na ocasião e realizou um tratamento com 2 antibióticos por 1 mês, em 02/09 apresentou edema de face, sem eritema ou prurido, associado a edema de membros inferiores; procurou novamente a UPA e ficou internada por suspeita de insuficiência renal, após alta teve piora nos quadros de náuseas e vômitos, perda ponderal de 20kg em 3 meses, foi á nefrologista que atribuiu lesão renal e indicou o uso prolongado de losartana e Anti-inflamatório não Esteroidais (AINES), no qual fez uso esporádico. Há uma semana vômitos se intensificaram e a paciente buscou a UPA mais uma vez, sendo transferida a área verde do Hospital Municipal de Santo André, que logo em seguida foi dirigida para a clínica médica para melhor acompanhamento do seu estado com relação à presença do HAS e à hipótese de existência de DRC. De acordo com Wille Ogman (2014) a hipertensão arterial de evolução acelerada está associada com quadros de sonolência, confusão mental, distúrbio visual, náuseas e vômitos, caracterizando a encefalopatia hipertensiva. Segundo Frida Plavnik (2014) a hipertensão arterial provoca maior pressão de bombeamento do sangue, pois as artérias estão menos complacente, oferecendo assim, maior resistência à passagem do sangue; esta força acomete as artérias e arteríolas renais resultando em perda progressiva da função excretora do órgão, ou seja, na medida em que os vasos renais são lesionados, ocorrem alterações na capacidade de excretar o volume que deveria ser eliminado, gerando por fim a DRC. 4 ANTECEDENTES MÉDICOS Na infância E.C.C.S.G, alegou não apresentar nenhum tipo de comorbidades, em sua adolescência a paciente apenas apresentava quadros de problemas comuns como, dores de cabeça, cansaços e gripes com febre, foi quando chegou aos seus 20 anos, que foi diagnosticada com HAS, e a dois anos foi diagnosticada com Infarto Agudo do Miocárdio. Segundo Fabiana Cambricoli (2017) dados de pesquisas levantadas pelo ministério da saúde apresentou que, cerca de 10% da população brasileira entre 20 a 34 anos tem apresentado diagnósticos de hipertensão arterial e na faixa dos 35 aos 44 anos, esse índice sobe para 19%. De acordo com Carlos Wollmann (2014) a hipertensão tem afetado muitos jovens e crianças, apresentando quadros com resultados elevados de ocorrência em comparação com a população mais idosa, mudança essa provocada pelo estilo de vida das pessoas, na qual inclui a grande correria do dia-a-dia com altos índices de estresse, alimentação irregular, e cada vez mais preferência por fast foods. Os sintomas do HAS são raros e, normalmente, só surgem quando a pressão arterial está acima de 140x90 mm Hg, chegando a provocar, enjôos, tonturas, dor de cabeça forte, cansaço excessivo e problemas cardiovasculares como infarto agudo do miocárdio (LIMA; ANA LUIZA, 2007). 5 ANTECEDENTES FAMILIARES Os pais de E.C.C.S.G não apresentam nenhum histórico de doenças graves, apenas sua avó, que tem hipertensão alta e sua tia que apresenta hipotireoidismo. Segundo Heno Ferreira Lopes (2014) a genética é um componente importante como causa para uma parte dos hipertensos, e a interação desses indivíduos provenientes da genética patológica em contato com o meio ambiente, seja ele corrido ou com alto índice de estresse, é responsável pela maioria dos casos de hipertensão arterial diagnosticados. 6 ACHADOS CLÍNICOS NA ADMISSAO No dia da internação de E.C.C.S.G, sua pressão arterial era de 145x96-100x80 mm Hg (hipertensão estagio 1), sua frequência cardíaca de 96-75 bpm, frequência respiratória de 26 irpm, dextro de 85 mg/dl (normal), apresentava temperatura afebril, diurese 1x e evacuação não tinha nada referido. Seus exames físicos apontaram bom estado geral (BEG), descorada, hidratada, eupnéica em ar ambiente, afebril, acianótica, anictérica; Neurológico: pupilas isocóricas fotoreagentes, sem déficits motores ou sensitivos; Aparelho Cardiovascular: ruído cardíaco regular em 2 tempo sem sopros; Anátomo Patológico: murmúrio vesicular + bilateralmente sem ruído adventício; Abdômen: plano, flácido, indolor, ruído hidroaéreo sem visceromegalia palpáveis; Exsanguineo Transfusão: edema até o joelho, sem sinais de trombose venosa profunda, pulsos presentes; Pele e Anexo: máculas acastanhadas em região malar e frontal, presenças de manchas ao redor dos olhos e algumas regiões da pele. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (2016) a avaliação do paciente para estimativa da presença da patologia, inclui a confirmação dos diagnósticos através da identificação da causa, a avaliação do risco cardiovascular, as lesões de órgão-alvo, doenças associadas e os exames físicos; através desses métodos é possível se classificar o estágio no qual se encontra a doença de E.C.C.S.G, e de acordo com os parâmetros observados a doença se classifica como Hipertensão estágio 1 (PAS 140 – 159 mm Hg/ PAD 90 – 99 mm Hg). 7 EXAMES DE DIAGNÓSTICOS Foram feitos os exames de endoscopia digestiva alta, ultrassonografia abdominal, raio x do tórax e urina tipo 1. De acordo com Pedro Pinheiro (2018) a endoscopia digestiva alta tem como objetivo visualizar a parte superior do trato gastrointestinal, composta pelo esófago, estômago e o duodeno, ela é indicada para investigar quadros de dor no abdome superior, avaliar a gravidade da doença do refluxo gastresofágico, rastrear câncer em pacientes com diagnóstico prévio de esôfago de Barrett, investigar quadros de náuseas e vômitos, avaliar quadros de sangramentos do trato gastrointestinal superior, investigar varizes no esôfago, investigar quadros de anemia por carência de ferro, avaliar gravidade da lesão do esôfago em pacientes que ingeriram substância corrosiva e por fim avaliar cura ou evolução de pólipos, tumores ou úlceras encontradas em endoscopias anteriores. Segundo Elaine Aires (2018) a ultrassonografia abdominal, tem como objetivo identificar alterações no abdômen, ela utiliza ondas sonoras de alta frequência para verificar órgãos internos, e é indicada para identificar a presença de tumores, cistos, nódulos ou massas no abdômen, observar a presença de cálculos na vesícula e vias urinárias, detectar alterações na anatomia dos órgãos abdominais, identificar inchaço ou alterações sugestivas de inflamação nos órgãos e observar lesões nos tecidos e músculos que compõe o abdômen. O raio x do tórax serve para auxiliar no diagnostico e avaliação da resposta aos tratamentos das patologias, e tem como indicação nos casos de tosse, dificuldades respiratórias, avaliação previa de cirurgias e em casos de doenças cardíacas (CAETANO; BEATRIZ, 2018). O exame de urina tipo 1 tem como objetivo avaliar os aspectos físicos e químicos, sendo ele de forma física, a cor, pH, densidadee aspecto, e de forma química, a presença de urobilinogênio, proteínas, nitrito, corpos cetônicos, pigmentos biliares, e a presença de elementos que normalmente não fazem parte da excreção urinária, como bactérias, cilindros, cristais, muco, hemoglobina e células epiteliais (GEOVANA; NICOLE, 2017). 7.a. Exames Laboratoriais Os exames laboratoriais de E.C.C.S.G apresentaram as seguintes informações: Endoscopia Digestiva Alta 29/09: esofagite erosiva distal, hérnia hiatal de pequenas proporções e gastrite enantemática discreta do antro; Ultrassonografia do Abdômen 01/10: rins tópicos com forma, contornos e dimensões preservadas, observam-se aumento de ecogenicidade do parênquima salientando as regiões medulares sugerindo nefropatia crônica incipiente, vias excretoras sem dilatações; Raio X do Tórax 28/09: sem consolidações; Urina Tipo 1 01/10: amarelo claro, D 1020, PH 6,0, proteína +++, glicose +, leucócitos 160,000, hemácias 7000, células epiteliais moderadas, urato amorfo + e bactérias +; Laboratorial 01/10: hemoglobina 6,9, hematócrito 21, leucócitos 1800 (N 725, E 4, L 896, M 63), plaquetas 29.000, Ureia 74,1, creatinina 3,1, sódio 126, potássio 3,4, TGO 78, TGP 68, FA 215, GGT 92, BT 0,4, BD 0,3, amilase 100, glicose 122; Laboratorial 05/10: vitamina B12 136 (VR: 145), ácido fólico 12,0 (VR: 4,0); Laboratorial 10/10: T4 livre 0,83; Ultrassonografia de Rins e Vias Urinárias 06/10: 8,4 x 4,9 cm rim direito e 8,9 x 5,0 cm rim esquerdo. Com perda da diferenciação parênquima sinual bilateral, com diminuição do parênquima renal ao exame. Tabela: Exames Laboratoriais de Admissão Exames Valores de Referência (WIDOCTOR, 2018) Resultados 02/10/2018 Classificação Hemoglobina 11,5 - 16,4 g/dL M 6,9 Abaixo Hematócrito 41 – 53 % M 21 Abaixo Leucócitos 5 – 9 mil/ mm3 1800 Abaixo Plaquetas 200 – 400 mil/ mm3 29.000 Abaixo Ureia 20 – 40 mg/dL 74,1 Elevado Creatinina 1 – 2 mg/gL 3,1 Elevado Sódio 135 a 145 mEq/L 126 Abaixo Potássio 3 a 5,5 mEq/L 3,4 Adequado TGO 0 a 35 U/L 78 Elevado TGP 0 a 35 U/L 68 Elevado FA 30 a 120 U/L 215 Elevado GGT 1 a 94 U/L 92 Adequado BT 0,3 a 1,0mg/dL 0,4 Adequado BD 0,1 a 0,3 mg/dL 0,3 Adequado Glicose 70 a 100mg/dL 122 Elevada Fonte: Centro Hospitalar do Município de Santo André, 2018. 8 DIAGNÓSTICO DEFINITIVO OU HÍPOTESE DIAGNOSTICA Os diagnósticos definitivos de E.C.C.S.G, apontaram que a mesma apresenta Insuficiência renal aguda Insuficiência Renal Aguda do Átrio Esquerdo, síndrome nefrotica, Hipertensão Arterial Sistêmica e apresenta suspeitas de Doença Renal Crônica. 9 MEDICAMENTOS UTILIZADOS EM DOMICÍLIO Tabela: Medicamentos Utilizados pela paciente em domicílio DROGA INDICAÇÃO (Minha Vida, 2018) EFEITOS COLATERAIS (Minha Vida, 2018) TEMPO DE USO POSOLOGIA INTERAÇÃO NUTRICIONAL (Arq. Ciênc. Saúde, 2017) Atenolol Pressão alta; dor no peito; arritmias cardíacas; Alergia; Bradicardia; Choque cardiogênico; Hipotensão; Acidose metabólica. 1 mês 50 mg 12/12 H Laranja/Atenolol: Reduz a absorção do atenolol. Losartana Tratamento da pressão Alta, insuficiência cardíaca, reduz surgimento de AVC ou infarto cardíaco. Tonturas; diminuição da pressão arterial; cansaço excessivo; dor de cabeça; diminuição do açúcar no sangue; excesso de potássio no sangue ou anemia. 3 meses 50 mg 12/12H Potássio/ Losartana: aumenta o risco de hipercalemia; Toranja/ losartana: redução da formação do metabólito ativo da losartana por inibição da CYP3A4. 10 DETERMINAÇÃO DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS 10.a. Necessidade energética diária: TMB= 665+(9,6x56,75)+(1,8x159)-(4,7x48) IMC= 56,75/1,59/1,59 665+544,8+286,2-225,6 22,45 Kg/m² 1.496-225,6 Eutrófica 1.270,4 Kcal GET= 1.270,4x1,64 = 2.083,46 ≈ 2.100 Kcal Fonte: UNICAMP. Manual de Terapia Nutricional. São Paulo, 2014. O peso utilizado para a base de cálculos, foi o peso atual de E.C.C.S.G, na qual apresenta 56,75 Kg, o critério adotado foi o fator de atividade (FA), pois a mesma trabalha como cabelereira, sendo assim, representado por FA=1,64 moderado, seu valor energético total foi de 2.083,46 Kcal, sendo arredondado para aproximadamente 2.100 Kcal. 10.b. Distribuição de macronutrientes Tabela 1: Distribuição de Macronutrientes para HAS Patologia (Hipertensão Arterial Sistêmica) Nutrientes g/Kg PA/dia g/dia Kcal % GET Proteína 0,9 52,5 210 10% Carboidrato 5,5 315 1260 60% Lipídeos 1,2 70 630 30% Fonte: PIRES, Bruna; LIMA, Silvia. Rev. Cienc. Saúde. 2011. O consumo de proteínas de até 100g/dia segundo pesquisa publicada em 2014 pela American Journal, mostrou que, 40% dos riscos de pressão alta podem ser reduzidas (ALENCAR; MARÌLIA, 2015). Deve se estabelecer a porcentagem de carboidratos entre 45-65%, pois seu consumo elevado pode causar aumento do risco cardíaco e complicações ainda mais graves de pressão alta, é o que aponta uma pesquisa feita pelo cientista James DiNicolantonio (COSTA; FRANCISCO FLÁVIO, 2017). As recomendações atuais de 15-30%, para a composição lipídica da dieta, objetivam ajudar a controlar o peso e diminuir o risco de DCV, deve-se ressaltar que o consumo de ácidos graxos AGPI da série n-3 não é enfatizado, pois isso não parece reduzir a pressão arterial (ADA, 2009). Tabela 2: Distribuição de Macronutrientes para DRC Patologia (Doença Renal Crônica) Nutrientes g/Kg PA/dia g/dia Kcal % GET Proteína 0,9 52,5 210 10% Carboidrato 5,5 315 1260 60% Lipídeos 1,2 70 630 30% Fonte: COZZOLINO, Silva; COMINETTI, Cristiane. Bases Bioquímicas e Fisiológicas da Nutrição. 2016. Pág.1015. O consumo de proteínas entre 0,6-0,9g/Kg/dia pode melhorar os sintomas uréticos e prevenir ou tratar muitas das complicações da DRC, pacientes em pré-diálise recomenda-se entre esses mesmos valores, sendo que pelo menos 60% seja de alto valor biológico (KRAUSE, 2013). É recomendado que pacientes em pré-diálise, faça uma dieta rica em carboidratos entre 50 – 60% do valor calórico total, devendo privilegiar o consumo de alimentos ricos em carboidratos complexos, e em relação aos lipídeos são geralmente recomendados 30 – 40% do valor calórico total, sendo mais ricos em gorduras monoinsaturadas e gorduras polinsaturadas, e esta recomendação depende sempre dos valores do potássio e do fósforo de cada caso (BATISTA; MARCELO, RODRIGUES; CASSIO, 2004). 10.c. Distribuição de micronutrientes e fibras Micronutrientes e Fibras Recomendação / dia Justificativa Cálcio 1000mg O aumento da ingestão de cálcio atenua a sensibilidade ao sal e reduz a pressão sanguínea. Ferro 18mg Deficiência de Ferro pode conduzir à anemia, e esta tem associação ao quadro de IC; consequentemente aumenta a PA. Sódio 1500mg Manutenção do volume de fluido extracelular, osmolaridade sérica, equilíbrio do acidobásico, atividade muscular e nervosa. Potássio 4,7g Reduz o volume de sangue e pressão sanguínea através do aumento da excreção de sódio pelos rins. Vitamina A 900mg Evita o estreitamento das artérias no interior da parede arterial, evitando assim doenças cardiovasculares. Vitamina C 75mg Antioxidantes que eliminam os radicais livres, evita o risco de hipertensão e doenças cardíacas e cardiovasculares. Vitamina E 15mg Reduz a hipertensão e o risco de doenças cardiovasculares. A vitamina E diminui o colesterol LDL, principal causa do entupimento das artérias, e aumenta o colesterol HDL. Gorduras Saturadas 20gDeve-se manter um consumo adequado, pois as gorduras saturadas aumentam o LDL, prejudicando o quadro de doenças cardíacas e placas nos vasos sanguíneos, podendo agravar o quadro de HAS. Colesterol 300mg O consumo deve ser moderado, em níveis elevados pode causar o entupimento das artérias obstruindo os vasos. Fibras 25g Auxiliam na redução das taxas de colesterol e pressão sanguínea. Fonte: KRAUSE. Alimentos, Nutrição e Dietoterápica 13ª Edição. 2013. 11 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ALIMENTAR Baseado no dia habitual da alimentação de E.C.C.S.G, foi recolhido em leito todas as informações necessárias para o levantamento dos seguintes dados: Tabela 1: Dia Alimentar Habitual da paciente Refeição Alimentos Medida Caseira Gramas/ mL (Tabela de pesos e Medidas, 2018). Porção (Nutrição na Palma da Mão, 2018) Café Da Manhã Café com açúcar 1 xícara de café 100ml Média Leite 1 copo 165ml Média Torradas 3 unidades 18g Pequena Requeijão 1 colher de sopa 30g Pequena Colação Banana Prata 1 unidade 55g Pequena Almoço Arroz 1 Xicara 100g Média Feijão 1 Concha 140g Média Carne moída 3 colher de sopa 75g Pequena Omelete 1 unidade 100g Pequena Farofa 2 colher de sopa 30g Pequena Lanche da Tarde Bolo Caseiro 1 fatia grande 100g Média Café com açúcar 1 xícara de café 100ml Média Lanche da Noite Pão de queijo 2 unidades G 80g Média Café com açúcar 1 xícara de café 100ml Média Leite 1 copo 165ml Pequena Fonte: Centro Hospitalar do Município de Santo André, 2018. OBS: Segue Anexo dos valores de composição do cardápio Página I Anexo 1. Tabela 2: Análise quantitativa da alimentação usual do paciente Grupo Alimentar Recomendações (Pirâmide dos alimentos, 2014) Porções Consumidas Cereais, Raízes, Tubérculos 5-9 porção 3 porção Hortaliças 4-5 porção 3 porção Frutas 3-5 porção 2 porção Leguminosas 1 porção 2 porção Carnes e ovos 1-2 porção 2 porção Leite e derivados 3 porção 2 porção Óleos e gorduras 1-2 porção 1 porção Açúcares e doces 1-2 porção 1 porção Fonte: Centro Hospitalar do Município de Santo André, 2018. OBS: Segue Anexo do Questionário de Frequência Alimentar Página IV Anexo 4. As recomendações nutricionais são definidas tradicionalmente como a quantidade de energia e nutrientes que atendem ás necessidades da maioria das pessoas de uma população, do ponto de vista dietético, as recomendações nutricionais podem significar escolhas alimentares, ou seja, o individuo tem a total liberdade de escolher e selecionar o conjunto de alimentos que promoveram a sua saúde (PHILIPPI; SONIA TUCUDUVA, 2014). Portanto as diferentes variações nas porções de consumo de E.C.C.C.G. em comparação com as recomendadas, não atendem as necessidades nutricionais diárias, isso é devido à seleção feita pela própria paciente. Tabela 3: Distribuição dos Macros e micronutrientes de acordo com a Dieta Habitual Nutrientes Gramas Porcentagem Recomendação (Krause, 2013) Classificação CHO 192,5266 45% 50 à 60 % Abaixo Lipídio 70,7675 37% 25 à 30 % Elevado Proteína 66,9121 15% 10 à 15 % Adequado Fibras 28,1785 * 20g à 35g Adequado Cálcio 842,173 * 1.000mg à 2.500mg Abaixo Ferro 9,22815 * 18 mg/ dia Abaixo Sódio 2934,579 * 500 mg à 2.400 mg Elevado 12 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL Para a avaliação do estado nutricional de E.C.C.C.G., foi utilizada a ficha de triagem de risco nutricional - NRS 2002; a paciente deu entrada no leito da clinica médica no dia 02/10/18 e sua triagem foi realizada no dia seguinte, as informações colhidas foram: Peso Aferido de 62,53 kg, Estatura Aferida de 1,59 apresentando IMC de 24,34 kg/ m², foram colhidas também, informações a respeito de perda de peso nos últimos 3 meses e se estavam com redução na ingestão dos alimentos, logo após foram recolhidos os dados diagnósticos da paciente e feita sua classificação de risco na qual apresentou 3 com risco nutricional. 12.a. Avaliação de sinais clínicos E.C.C.C.G apresentou sinais de boca seca, e algumas manchas na região ocular e na pele, a paciente ainda comentou que muitas vezes chega a apresentar visão turva. A Hipertensão Arterial pode levar à lesão dos vasos sanguíneos que irrigam os olhos, causando perda progressiva da visão e para que se possa chegar a uma conclusão diagnóstica, utiliza-se o exame de fundo de olho, na qual irá revelar lesões precoces que ainda não causam sintomas, é um exame simples na qual o médico dilata a pupila do paciente e depois observa o olho com uma lanterna especifica (PERIOTTO; ANA CATARINA DE MEDEIROS, 2017). Tabela: Análise dos sinais clínicos encontrados no paciente Local Sinais associados à desnutrição (Tatiana Zanin, 2007) Sinais encontrados no paciente Possível doença ou deficiência (Semiologia Nutricional, 2018) Cabelo Fraco/ Quebradiços Normais Minerais Olhos Fundos Manchas/Turvos Vitamina A Boca Seca Pouco Seca Vit A/ Complexo B Pele Manchas Poucas Manchas Vit A C E/ B6 e B3 Tecido subcutâneo Escassez Normal Desnutrição energético-proteica Unhas Descoloridas/ Fracas Normais Ferro/ Selênio Fonte: Centro Hospitalar do Município de Santo André, 2018. 12.b. Avaliação subjetiva global Foi aplicado com a E.C.C.C.G, a avaliação subjetiva global, na qual a paciente respondeu uma série de questionários, sendo classificada ao final como: risco nutricional sendo necessário a intervenção de um nutricionista; ela apresentou perda de peso equivalente a 9,2% e a mesma alegou não ter mudanças na ingestão, porém, comentou que um dos motivos de não comer as vezes é pela falta de gosto e falta de sal, sua alimentação é de consistência solida (dieta geral) e não apresenta nenhuma limitação de acordo com suas atividades e funções. É importante fazer a redução da quantidade de sódio na alimentação de pacientes hipertensos hospitalizados, para que se possa manter o estado estável, porém a redução do sal, muitas vezes não é bem aceita pelos pacientes, onde consequentemente reduzem a ingestão dos alimentos, alegando ser por falta de sabor, provocando assim possível perda de peso relacionada à alimentação, para se evitar isso, recomenda-se investir em temperos como ervas aromática e condimentos (LIMA; ANA LUIZA, 2016). OBS: Segue Anexo da Avaliação Subjetiva Global Página III Anexo 3. 12.c. Avaliação antropométrica Mulher de 48 anos, peso habitual de 60 kg, peso atual de 56,75 kg, estatura de 1,59 m, seu peso ideal é (MIN 46,81 kg, MED 55,66 kg, MAX 62 kg), IMC atual de 22,45 Kg/m² e IMC habitual de 23,73 Kg/m², Dobras cutâneas de (DCSE 18mm, DCT 13mm, DCB 12mm, DCSI 27mm, Circunferências de (CB 26cm, CMB 20,88cm, CP 35cm, AJ 46cm, CC 47cm, CA 90,5cm, CQ 95cm, Punho 15,4cm, Coxa 49,5cm, Antebraço 22,8cm, perda de peso de 9,2%. Através das informações colhidas na avaliação antropométrica, podemos avaliar E.C.C.C.G como: Peso atual classificado como médio; IMC de 22,45 Kg/m², sendo classificada como eutrófica; 9,2% de perda de peso classificada como, perda grave de peso em 3 meses; % de adequação de peso de 91,5%, classificada como eutrofia; % de adequação da CB de 86,9%, classificada como desnutrição leve; % de adequação da DCT de 64,8%, classificada como desnutrição moderada; % de adequação da CMB de 94,9%, classificada como eutrofia; Sem risco de morbidades de acordo com a classificação da cintura; RCQ de 0,49%, classificada sem risco; Percentual de gordura de 35%, classificada como alta; A adoção de hábitos saudáveis e redução de peso de forma adequada são vitais para evitar consequências mais graves da pressãoalta, uma alimentação balanceada com menor teor calórico e menos sal, além das práticas de atividades físicas, promoverá um equilíbrio entre oferta e consumo necessários à manutenção adequada do peso, isso vai refletir em melhora da tolerância da glicose, do perfil lipídico e do aumento da tolerância ao exercício, por tanto desde que sua redução de peso se mantenha no perfil ideal junto à boa conduta alimentar, os riscos de pressão alta serão menores (JÙNIOR; RUBENS MATTAR, 2017). 13 DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL Paciente mulher de 48 anos apresenta peso médio com IMC eutrofico de 22,45 Kg/m², perda grave de 9,2% em três meses, risco de desnutrição leve e moderada de acordo com a CB e DCT respectivamente, estado nutricional eutrofico de acordo com a CMB, não apresenta risco de morbidades de acordo com a CC e a RCQ, esta classificada como alto percentual de gordura e de acordo com os parâmetros bioquímicos, a paciente apresenta ureia, creatinina elevadas e hemoglobina, hematócrito, leucócito e plaquetas abaixo do valor recomendável. A manutenção do índice de massa corporal entre 18,5 e 24,9 kg/m2 é o ideal para pacientes que se encontram com HAS, além disso, é importante que a circunferência da cintura não seja superior a 102 cm para os homens e 88 cm para as mulheres, pois o mesmo pode classificar o risco de morbidades e quando houver sobrepeso ou obesidade, a perda de 5% a 10% do peso inicial é consideravelmente benéfica (SBC, 2007). 14 ACOMPANHAMENTO DE CONDUTA DIETOTERÁPICA A conduta dietoterápica de E.C.C.C.G é baseada na dieta geral hipossódica, na qual é indicada para portadores de doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, restrição hídrica, ascite, edema, hepatopatias, hipertensão portal e tratamentos com cortisona, ela se caracteriza pela restrição de sódio, na qual sugere consumo de verdura e legumes frescos, preparações com ervas naturais e consumo de carnes magras, sendo recomendado 4 g de sódio por dia de acordo com a OMS (GAMEDII, 2015). Foi utilizado o cardápio mais usual, na qual representa a maior parte de alimentos consumidos pela paciente durante sua estadia em leito; baseando-se na necessidade energética diária de E.C.C.C.G que é igual a 2.083,46 Kcal/dia, os valores representados nas tabelas seguintes totalizadas através de cálculos aparte da tabela de composição dos alimentos de Sonia Tucunduva, apontou nível adequado de composição calórica para suprir as necessidades de E.C.C.C.G, mas com relação a distribuição dos macros e micronutrientes é necessário que se faça uma reavaliação das distribuições, pois o mesmo apresentou níveis abaixo do recomendado de carboidrato, Lipídeos, cálcio e ferro. Tabela 1: Distribuição dos Macros e micronutrientes de acordo com a Dieta Hospitalar Nutrientes Gramas Porcentagem Recomendação (Krause, 2013) Classificação CHO 235,3438 46% 50 à 60 % Abaixo Lipídio 55,5497 24% 25 à 30 % Abaixo Proteína 73,4433 14% 10 à 15 % Adequado Fibras 26,9517 * 20g à 35g Adequado Cálcio 177,8862 * 1.000mg à 2.500mg Abaixo Ferro 8,12492 * 18 mg/ dia Abaixo Sódio 1465,413 * 500 mg à 2.400 mg Adequado Tabela 2: Dieta Hospitalar da paciente Refeição Alimentos Medida Caseira Gramas/ mL (Tabela de pesos e Medidas, 2018). Porção (Nutrição na Palma da Mão, 2018) Café Da Manhã Pão Francês 1 unidade 50g Pequena Margarina 1 colher de sobremesa 5g Pequena Chá 1 xicara de café 240ml Média Açúcar refinado 2 colher de chá 7g Pequena Mamão 1 fatia 100g Pequena Colação Suco de Maracujá 1 copo 250ml Média Almoço Arroz branco 4 colheres de sopa 200g Média Feijão carioca 2 colheres de sopa 100g Média Frango assado 1 Filé 100g Pequena Cenoura cozida 2 colher de sopa 80g Pequena Salada de Pepino 3 colher de sopa 120g Média Gelatina (Morango) 1 copo sobremesa 120g Média Lanche da Tarde Chá 1 xicara de café 240ml Média Açúcar refinado 2 colher de chá 7g Pequena Bolacha água e sal 3 unidades 18g Pequena Jantar Arroz branco 4 colheres de sopa 200g Média Feijão carioca 2 colheres de sopa 100g Média Carne moída 3 colher de sopa 120g Pequena Rúcula refolgada 2 colher de sopa 20g Pequena Batata cozida 1 colher de sopa 30g Pequena Ceia Chá 1 xicara de café 240ml Média Açúcar refinado 2 colher de chá 7g Pequena Bolacha água e sal 3 unidades 18g Pequena Fonte: Centro Hospitalar do Município de Santo André, 2018. OBS: Segue Anexo dos Valores de Composição do Cardápio Página II Anexo 2. 14.a. Análise da dieta oferecida ao paciente em relação às necessidades nutricionais Nutrientes NE (Krause, 2013) Consumo Usual % de adequação Classificação Lipídeo 70g 55,55g 79% Abaixo Gord. Sat. 20g 18,48g 92% Abaixo Colesterol 300g 130,1g 43% Adequado Fibras 20g à 35g 26,95g 74% Adequado Cálcio 1000mg 177,89mg 0,1% Abaixo Ferro 18mg 8,12mg 45% Abaixo Sódio 1500mg 1465,41mg 97% Adequado Potássio 4,7g 2,11g 44% Abaixo Fonte: Centro Hospitalar do Município de Santo André, 2018. Devido à baixa aceitação das dietas hipossódicas oferecidas nos leitos hospitalares, a possibilidade de se atingir os valores adequados da necessidade energética diária do paciente se tornam mais inatingíveis, representando assim, porcentagem inadequadas de macros e micros nutrientes (SANTOS; CAMMERER; MARCADENTI, 2012). 14.b. Avaliação da aceitação do paciente em relação à conduta adotada e a necessidade nutricional Para a avaliação da aceitação de E.C.C.C.G, foi utilizada uma tabela na qual esta representado as 6 refeições diárias e as datas das visitas feitas ao leito para recolher os dados juntamente com a porcentagem de aceitação da paciente com relação a cada refeição oferecida, os dados foram levantados através de um recordatório de 24h. Zero Nenhuma aceitação 25% Menos da metade da refeição oferecida 50% Aceitação de metade da refeição oferecida 75% Mais da metade da refeição oferecida 100% Aceitação de toda a refeição oferecida Tabela: Avaliação da aceitação do paciente em relação à conduta adotada e a necessidade nutricional Aceitação Diária Refeições 03/10 08/10 16/10 22/10 26/10 28/10 30/10 Média dos dias Desjejum 75% 50% 75% 50% 75% 75% 75% 67,86% Colação 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25% Almoço 50% 25% 100% 100% 100% 100% 100% 82,14% Lanche 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25% Jantar 50% 50% 100% 100% 100% 100% 100% 85,71% Ceia 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25% Média 41,67% 33,33% 58,33% 54,17% 58,33% 58,33% 58,33% Fonte: Centro Hospitalar do Município de Santo André, 2018. A dieta hipossódica não é bem aceita por indivíduos hospitalizados, pois a característica de redução de sal é o principal responsável pela sua baixa aceitação, fazendo assim, com que a ingestão inadequada de nutrientes afeta o estado nutricional do enfermo, aumentando a prevalência de desnutrição e a taxa de morbimortalidade, porém estudos indicam que a utilização de ervas natural como temperos, pode melhorar o quadro de aceitação do paciente (MATTOS; BARBOSA, 2015). Se repararmos bem, o consumo diário de E.C.C.C.G passou a ter quadros de melhorias aparte do dia 16/10 chegando a 100% da aceitação das principais refeições, isso por que segundo a paciente, ouve melhorias no quadro do sabor assim como na diversificação dos alimentos oferecidos. 15 EVOLUÇÃO DOS EXAMES No dia 23/10 foram refeitos novos exames com a E.C.C.C.G, sendo eles, exames de endoscopiadigestiva alta, ultrassonografia abdominal, raio x do tórax e urina tipo 1, os mesmos feitos no dia de sua admissão, para que pudesse verificar se houve quadros de melhoras com a paciente. 15.a. Exames laboratoriais Tabela: Avaliação de parâmetros bioquímicos indicativos do estado nutricional Exames Valores de Referência (WIDOCTOR, 2018) Resultados 23/10/2018 Classificação Hemoglobina 11,5 - 16,4 g/dL M 12,3 Adequado Hematócrito 41 – 53 % M 44 Adequado Leucócitos 5 – 9 mil/ mm3 4000 Abaixo Plaquetas 200 – 400 mil/ mm3 357 Adequado Uréia 20 – 40 mg/dL 56 Elevado Creatinina 1 – 2 mg/gL 1,7 Adequado Sódio 135 a 145 mEq/L 140 Adequado Potássio 3 a 5,5 mEq/L 3,3 Adequado TGO 0 a 35 U/L 67 Elevado TGP 0 a 35 U/L 48 Elevado FA 30 a 120 U/L 203 Elevado GGT 1 a 94 U/L 90 Adequado BT 0,3 a 1,0mg/dL 0,7 Adequado BD 0,1 a 0,3 mg/dL 0,3 Adequado Glicose 70 a 100mg/dL 96 Adequada Fonte: Centro Hospitalar do Município de Santo André, 2018. Testes simples, como o que mede a taxa de creatinina no sangue e o exame de urina I, são uns dos pontos de partida para o diagnóstico precoce de doenças renais crônicas; o teste de creatinina é feito com coleta de sangue e avalia a quantidade de creatinina, essa substância, é eliminada somente pelos rins e funciona como um marcador da função renal, por tanto, quando o rim não está funcionando bem, o nível de creatinina fica elevado; o teste de urina tipo 1 são coletadas amostras de urina pela manhã produzidas no dia anterior, a partir daí, são analisados a densidade, o ph e a presença de elementos como proteínas, glicose e nitritos, o que sinaliza existência de bactérias (NETO;ELIAS DAVID, 2014). A hipertensão arterial é uma doença multifatorial que envolve orientações voltadas para muitos objetivos, logo, um dos principais fatores para a melhoria do quadro clinico do paciente é a abordagem de uma equipe multiprofissional para que haja melhor êxito do tratamento, assim deve-se pregar as condutas de consumo consciente do sódio e buscar sempre acompanhar o quadro do paciente através dos exames físicos e bioquímicos, para que se possa atribuir condutas respectivas a cada objetivo de melhora ( NEVES; LEILA REGINA LELIS, 2013). 16 MEDICAMENTOS UTILIZADOS NA INTERNAÇÂO Cianocobalamina Indicação: Cianocobalamina (substância ativa) é indicada como terapêutico coadjuvante de neuropatias sensoriais. Efeitos Colaterais: Raramente provoca toxicidade em indivíduos com função renal normal. Pode provocar erupção cutânea ou prurida, sibilâncias (reação anafilática após a administração parenteral). Tempo de uso: 1x por semana Posologia: 100mg Interação Nutricional: As formulações contendo potássio de liberação lenta, bem como os aminosalicilatos, colestiramina, colchicina e neomicina podem reduzir a absorção da vitamina B12 no trato gastrintestinal. O ácido ascórbico pode degradar a vitamina B12. O uso simultâneo com cloranfenicol pode antagonizar a resposta hematopoiética à vitamina B12. Furosemida Indicação: Hipertensão arterial leve a moderada, edema devido a distúrbios cardíacos, hepáticos e renais e edemas devido à queimaduras. Efeitos Colaterais: Distúrbios eletrolíticos, incluindo sintomáticos; desidratação e hipovolemia, especialmente em pacientes idosos; aumento nos níveis de creatinina e triglicérides no sangue. Tempo de uso: Pela Manhã Posologia: 40 mg Interação Nutricional: Pode potencializar a toxicidade de antibióticos aminoglicosídicos e de outros fármacos tóxicos. Visto que os efeitos resultantes sobre a audição podem ser irreversíveis, esta combinação de fármacos deve ser restrita à indicação médica. Hidralazina Indicação: Como adjunto para outros agentes anti-hipertensivos no tratamento da hipertensão moderada a grave. Efeitos Colaterais: Taquicardia, palpitação, sintomas de angina, cefaleia, vertigens, congestão nasal e distúrbios gastrintestinais, são comumente observados no início do tratamento, especialmente se a posologia for aumentada rapidamente. Tempo de uso: 8/8 horas Posologia: 50 mg Interação Nutricional: O tratamento concomitante com outros vasodilatadores, antagonistas de cálcio, inibidores da ECA, diuréticos, anti-hipertensivos, antidepressivos tricíclicos e tranquilizantes maiores, assim como o consumo de álcool, podem potencializar o efeito redutor da pressão arterial de hidralazina. Atenolol Indicação: Indicado para o controle da hipertensão arterial, controle da anginapectoris, controle de arritmias cardíacas, infarto do miocárdio e tratamento precoce e tardio após infarto do miocárdio. Efeitos Colaterais: Bradicardia, mãos e pés frios, alterações gastrointestinais e fadiga. Tempo de uso: 12/12 horas Posologia: 50 mg Interação Nutricional: O uso combinado de betabloqueadores e bloqueadores do canal de cálcio com efeitos inotrópicos negativos, como por exemplo, verapamil e diltiazem, podem levar a um aumento destes efeitos, particularmente em pacientes com função ventricular comprometida e/ou anormalidades de condução sinoatrial ou atrioventricular. Isso pode resultar em hipotensão grave, bradicardia e insuficiência cardíaca. O principal tratamento para a pressão alta é a mudança de estilo de vida, porém, o uso de remédios para pressão alta é recomendado principalmente para os casos mais avançados, e existem diversos tipos de medicamentos aprovados para o controle do HAS, entre eles temos os medicamentos diuréticos como: hidroclorotiazida, clortalidona, indapamida e metolazona; medicamentos inibidores da enzima conversora angiotensina como: benazepril, captopril, enalapril, lisinopril, perrindopril e o ramipril e os medicamentos antagonistas do receptor da angiotensina II como: candesartana, a irbesartana, a losartana, a olmesartana, a telmisartana (LEITE; PATRICIA, 2018). 17 AVALIAÇÂO DA EVOLUÇÂO CLÌNICA Tabela 1: Análise da evolução clinica Parâmetros Avaliados 02/10 04/10 05/10 06/10 Temperatura 37,9º 37º 36,2º 37,3º Frequência Cardíaca 96-75 83-96 75-97 68-94 Dextro 85 88 98 114 Pressão Arterial 145x96-100x80 145x96-100x80 117x145-77x90 100x60-110x70 Frequência Respiratória NR NR NR NR Diurese 1x 1x 1x 1x Evacuação NR 1x NR NR Fonte: Centro Hospitalar do Município de Santo André, 2018. Tabela 2: Análise da evolução clinica Parâmetros Avaliados 15/10 16/10 17/10 18/10 Temperatura 37º 36,7º 37º 37,4º Frequência Cardíaca 78-100 88-108 79-92 96-101 Dextro 71 92 NR 76 Pressão Art. 117x120-61x80 94x119-59x71 120x130-70x80 111x140-80x94 Frequência Respiratória 26 NR 25 NR Diurese 3x NR 3x NR Evacuação 2x NR NR NR Fonte: Centro Hospitalar do Município de Santo André, 2018. Tabela 3: Análise da evolução clinica Parâmetros Avaliados 19/10 20/10 21/10 23/10 Temperatura 37,9º 36,4 36,5º 36,1º Frequência Cardíaca 83-97 72-87 74-85 67-97 Dextro NR NR NR NR Pressão Arterial 120x130-77x90 119x137-75x86 130x140-80x93 140x160-90x99 Frequência Respiratória NR NR NR NR Diurese NR NR 1x 3x Evacuação NR NR NR 1x Fonte: Centro Hospitalar do Município de Santo André, 2018. Legenda: Nada Referido (NR). 18 ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL DE ALTA A conduta adotada para E.C.C.C.G é, uma dieta geral Hipossódica, Normoprotéica com valores de 0,8 à 1,3 g/Kg PA/dia, normocalórica, para que se possa manter o VET ideal, normoglicídica e normolipídica, deve se priorizar o consumo de gorduras polinsaturadas e mono insaturadas e não mais de 300mg de colesterol por dia. Orientações De Alta Hospitalar Para Sr.(a): E.C.C.C.G Orientação Nutricional – DoençaRenal Crônica Evitar: Alimentos ricos em sódio como embutidos em geral (salsicha, salames, presunto, bacon, paio, linguiça, mortadelas) ou carnes processadas. Temperos comerciais, sopas desidratadas, caldos de carne ou galinha concentrados, catchup, extrato e molho de tomate, mostarda, maionese, margarina ou manteiga com sal, molho de soja. Defumados (carnes, aves e peixes), peixes enlatados (sardinha, atum), bacalhau, carne seca. Vegetais enlatados (palmito, ervilha, milho, picles, cogumelos, azeitonas). Bolacha água e sal, salgadinhos industrializados (chips, amendoim), salgados (coxinha, quibe, pastel). Evitar o consumo de chá preto, chá mate e refrigerantes a base de cola. Dica de alimentos para temperar suas refeições: Azeite de oliva Noz moscada Pimenta Gengibre Manjericão Orégano Cebolinha Louro Alho Canela Salsinha Vinagre Alecrim Cebola Suco de Limão Hortelã Preferir: Consumir de forma moderada os alimentos ricos em cálcio e fósforo como derivados do leite, carnes, ovos, legumes e a casca dos cereais. Consumir proteínas de ovos, peixes, soja. Quando consumir, opte por um pedaço pequeno ou médio de carne. Consumir de maneira moderada alimentos ricos em potássio como: Acelga, couve, espinafre, couve-flor, vagem, quiabo, brócolis, berinjela, abobrinha, beterraba, batata, mandioquinha, abóbora. Banana nanica ou prata, melão, laranja, kiwi, abacate, mexerica, água de coco, mamão. Amendoim, castanhas, nozes. Feijão, lentilha, grão-de-bico. Consumir alimentos com baixo ou médio teor de potássio: Alface, pepino, agrião, repolho, pimentão, tomate, cenoura. Laranja-lima, banana-maçã, caqui, maçã, abacaxi, jabuticaba, morango, melancia, manga, pera, pêssego, limão. Tabela 1: Exemplo de Cardápio para DRC. Desjejum 8:30 Hs 1 xícara pequena de café (55ml) 1 fatia de bolo simples de milho (100g) 7 unidades de uvas (25g) Colação 10:00 Hs 1 fatia de abacaxi assado com canela e cravinho (90g) Almoço 12:00 Hs 1 bife grelhado (120g) 2 buquês de couve-flor cozido (60g) 2 colheres de arroz com açafrão (190g) 1 unidade de pêssego em lata (60g) Lanche da tarde 15:00 Hs 1 tapioca (60g) 1 colher de chá de geleia de maçã sem açúcar (20g) Jantar 18:00 Hs 1 concha de espaguete com alho picado (100g) 1 coxa de frango assado (120g) Salada de alface temperada com vinagre de maçã (120g) Ceia 21:00 Hs 2 torradas com 1 colher de chá de manteiga (65g) 1 xícara pequena de chá de camomila (60ml) Fonte: ZANIN; TATIANA. O que comer na DRC, 2018. Tabela 2: Cálculo de composição do cardápio para DRC, 2100 Kcal. Alimentos Gramas Kcal CHO Proteínas Lipídeos Fibras Sódio Café infusão com açúcar 55 5 0,8 0,4 0 0 0,6 Bolo Simples de Milho 100 311,4 45,1 4,8 12,4 0,7 133,8 Uvas 25 13,2 3,4 0,2 0,1 0,2 0 Abacaxi assado/ canela 90 46,5 11,1 0,8 0,1 0,9 0 Bife Grelhado 120 349,5 0 28,4 25,4 0 99,4 Couve-flor cozido 60 11,5 2,3 0,7 0,2 1,3 1,1 Arroz com açafrão 190 243,7 53,3 4,8 0,4 3 2,3 Pêssego em lata 60 37,9 10,1 0,4 0 0,6 1,9 Tapioca 60 208,7 38,2 0,1 6,5 0 94,5 Geléia de Maçã 20 53,2 13,1 0 0 0 0 Espaguete / alho Picado 100 348 72 13,5 0,7 0 151 Frango Assado 120 258,1 0,1 34,2 12,4 0 113,8 Salada de alface/ vinagre maçã 120 12,8 2 1,6 0,2 2,2 4,1 Torrada com Manteiga 65 245,3 48,5 6,8 2,1 2,2 539,2 Chá de camomila 60 0,8 0,2 0 0 0 0,4 Total 1245 2100,1 289,75 96,71 60,6 11,08 1142 Fonte: TUNCUDUVA; SONIA, 2013. Tabela de composição de Alimentos. Orientações De Alta Hospitalar Para Sr.(a): E.C.C.C.G Orientação Nutricional – Hipertensão Arterial Sistêmica Orientações gerais: Organize os horários de sua alimentação (ideal a cada três horas). Leia sempre os rótulos dos produtos industrializados, pois podem conter alto teor de sódio. Mantenha o peso adequado. O excesso de peso está diretamente relacionado com o aumento da pressão. Evite o cigarro. Tente levar a vida sem estresse. Cuidado com os adoçantes, eles podem ter muito sódio. Beba pelo menos dois litros de água por dia, preferencialmente nos intervalos das refeições. Preferir: Reduzir a quantidade de sal no preparo das refeições. Trocar o pão de sal por pães doces. Alimentos com pouca gordura e sal. Retirar a gordura aparente das carnes. Prefira carnes magras, assadas, grelhadas ou cozidas. Consumir verduras, legumes e frutas diariamente. Alimentos pobres em sódio como feijão, ervilha, vegetais de cor verde-escuro, banana, melão, cenoura, beterraba, frutas secas, tomate, batata, laranja. Temperos naturais como limão, ervas, alho, cebola, salsa e cebolinha em substituição ao sal. Evitar: Leite em pó integral, queijo amarelo, cremosos e nata. Levar o saleiro para a mesa. Isso evita o maior consumo de sal. Produtos industrializados com alto teor de sódio como molhos prontos, sopas em pó, embutidos (presunto, mortadela, salsicha, linguiça), conservas, enlatados, defumados e salgados de pacotes. Consumir chá preto, chá mate, guaraná natural, refrigerante a base de cola. Consumir carne seca e bacalhau. Alimentos em conserva, como milho, ervilha, azeitona, palmito. Caso os consuma, retire a conserva e lave o produto antes de consumir. Consumo de bebidas alcoólicas. Carne gorda e frituras. Leite e iogurte desnatados. Queijo branco. Peixes como sardinha, atum, salmão, arenque. Semente de linhaça dourada: 2 colheres sopa por dia. Caldos de carnes, temperos prontos, sopas desidratadas. Tabela 3: Exemplo de Cardápio para HAS Desjejum 8:30 Hs Leite desnatado (250ml) Pão integral com queijo (65g) Colação 10:00 Hs Suco de morango (250ml) 4 Torradas integrais (20g) Almoço 12:00 Hs Frango Assado (180g) 4 col de sopa de arroz (190g) 2 col de sopa de feijão (100g) Salada crua de alface, tomate e pepino. (120g) Lanche da tarde 15:00 Hs Iogurte desnatado com linhaça (120g) 4 torradas integrais com ricota (24g) Jantar 18:00 Hs Frango Assado (180g) 4 col de sopa de arroz (190g) 2 col de sopa de feijão (100g) Salada crua de alface, tomate e pepino (120g) Ceia 21:00 Hs Leite desnatado (250ml) 4 biscoitos maisena (25g) Fonte: ZANIN; TATIANA. Dieta para controlar a Hipertensão, 2018. Tabela 4: Cálculo de composição do cardápio para HAS, 2100 Kcal. Alimentos Gramas Kcal CHO Proteínas Lipídeos Fibras Sódio Leite Desnatado 250 55,3 8,3 4,8 0,8 0 102,3 Pão integral com queijo 65 164,6 32,5 6,1 2,4 4,5 329 Suco de Morango 250 60 9,8 2,3 1,4 0 21,8 Torrada Integral 20 17,9 3,5 0,6 0,1 0,3 22,2 Frango Assado 180 337,2 0 50,4 13,5 0 126,5 Arroz cozido 190 243,7 53,3 4,8 0,4 3 2,3 Feijão Cozido 100 76,4 13,6 4,8 0,5 8,5 1,8 Salada de alface/tomate/pepino 120 14,3 2,4 1,6 0,2 2,4 4,3 Iogurte desnatado com linhaça 120 49,8 6,9 4,6 0,4 0 71,6 Torrada com ricota 24 20,1 5,5 1,3 1,2 0,5 27,2 Frango Assado 180 337,2 0 50,4 13,5 0 126,5 Arroz cozido 190 243,7 53,3 4,8 0,4 3 2,3 Feijão Cozido 100 76,4 13,6 4,8 0,5 8,5 1,8 Salada de alface/tomate/pepino 120 14,3 2,4 1,6 0,2 2,4 4,3 Leite Desnatado 250 55,3 8,3 4,8 0,8 0 102,3 Biscoito Maisena 25 110,7 18,8 2 3 0,5 88 Total 2204 2103,1 264,4 149,7 42,8 32,8 1335,1 Fonte: TUNCUDUVA; SONIA, 2013. Tabela de composição de Alimentos. 19 CONCLUSÃO O desenvolvimento do presente estudo possibilitou uma análise de como a aplicação dos métodos avaliativos nutricionais, proporcionaramuma evolução do caso relacionado com as patologias da paciente E.C.C.S.G., foram por tanto avaliados quadros de melhorias para ambas as patologias, sendo elas Hipertensão Arterial Sistêmica e Doença Renal Crônica, como também a aceitação da dieta hospitalar visando sempre comparativos com a literatura. Através das avaliações abordadas ao decorrer desse estudo de caso, foi possível verificar as complexidades das patologias, os processos pertinentes a cada uma delas e a importância dos procedimentos nutricionais para busca da evolução da paciente; dadas as informações, o estudo nos permitiu assim, que os objetivos propostos foram realmente alcançados. A aplicação dos métodos através dos questionários conseguiu nos mostrar a situação da paciente antes e durante sua estadia no hospital, apresentando possíveis causas que a levaram a um quadro de internação. Para mais, foi evidenciado que alguns dos hábitos de E.C.C.S.G. necessitavam de intervenção nutricional, o que nos ajudou a justificar o fato de sua internação. Dada à importância do assunto, foram então, elaboradas condutas nutricionais para que se pudessem atingir as necessidades da paciente, buscando o melhor controle de sua alimentação, estabilizando assim, o quadro na qual se encontrava e proporcionando hábitos saudáveis para não gerar possíveis agravamentos relacionados. Nesse sentido, a utilização dos métodos nutricionais permitiu que a paciente obtivesse uma evolução do seu quadro de forma saudável, além disso, proporcionou novos hábitos alimentares, motivando assim, a melhoria do estado nutricional na qual se encontrava. 20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AUGUSTO, Luiz. 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Consequências da Desnutrição, 2007. 21 ANEXOS Anexo 1: Cálculo da Dieta Habitual Anexo 2: Cálculo da Dieta Hospitalar Anexo 3: Avaliação Subjetiva Global Categoria da ANSG Bem Nutrido: 1 a 7 Pontos Risco Nutricional: 8 a 16 Pontos Desnutrição Moderada: 17 a 22 Pontos Desnutrição Grave: > 22 Pontos Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ANSG) ANAMNESE Peso Corpóreo (x) Mudou nos últimos 6 meses (x) Continua perdendo atualmente (1) ( ) Perda até 10% (x) Perda maior que 10% Total Parcial de Pontos: 4 pontos Dieta Mudança da dieta (x) Sim ( )Não A mudança foi para: ( ) Dieta Hipocalórica ( ) Dieta Pastosa Hipocalórica ( ) Dieta Liquida 15 dias ou solução de infusão intravenosa > 5 dias ( ) Jejum > 5 dias ( ) Mudança persistente > 30 dias Total Parcial de Pontos: 1 ponto Sintomas Gastrointestinal( persistem por mais de 2 semanas em dias consecutivos) ( ) Disfagia e/ou odinofagia (x) Náuseas (x) Vômitos ( ) Diarreia ( ) Anorexia (Distensão abdominal, dor abdominal). Total Parcial de Pontos: 2 pontos Capacidade Funcional Física (Por mais de 2 semanas). (x) Abaixo do Normal ( ) Acamado Total Parcial de Pontos: 1 ponto Diagnóstico (x) Baixo Stress (Ex: Pneumonia Simples). ( ) Moderado Stress (Ex: Gastrectomia sem Complicação). ( ) Alto Stress (Ex: AIDS, Politrauma, Câncer). Total Parcial de Pontos: 1 ponto EXAME FÌSICO Normal (1) Leve/Moderado Depleção (2) Grave Depleção ( ) Perda de gordura Subcutânea ( ) Edema Sacral ( ) Edema Tornozelo (1) Edema Tornozelo ( ) Músculo estriado ( ) Ascite Somatória do Total de Pontos: 10 Pontos (Risco Nutricional) Elaborado or Detsky et al. 1987 e publicado po Waitzberg DL. Anexo 3: Avaliação Subjetiva Global Anexo 3: Avaliação Subjetiva Global Anexo 3: Avaliação Subjetiva Global Anexo 4: Questionário de Frequência Alimentar
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