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AVALIAÇÃO DOS CARBOIDRATOS, LIPÍDIOS E PROTEÍNAS

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Como avaliar:
CARBOIDRATOS, LIPÍDIOS E PROTEÍNAS
Carboidratos
Carboidratos
Falando de uma maneira simples, os carboidratos são a fonte de combustível do corpo. São as fontes primárias de energia utilizadas pelos músculos e pelo cérebro durante todo o tempo e, principalmente, durante as atividades físicas.
Os carboidratos são também chamados de hidratos de carbono, pois são compostos orgânicos que contém carbono, hidrogênio e oxigênio. Outro termo para carboidratos é glicídeos. Esses nutrientes são encontrados em diversos alimentos e são diversos os tipos existentes.
Tipos de carboidratos
Carboidratos Simples
São chamados de açúcares e são monossacarídeos ou dissacarídeos. Normalmente são encontrados em doces e açúcares, entretanto, também estão presentes em frutas, hortaliças e no leite. Os monossacarídeos mais comuns são a glicose, frutose e a lactose.
É interessante observar que as frutas contém diferentes tipos de açúcares e que todos eles precisam ser transformados em glicose antes de serem utilizados como energia pelo organismo. Quando ingeridos carboidratos simples, estes são rapidamente digeridos, diminuindo o período de saciedade, ou seja, a pessoa sente fome mais rapidamente.
Carboidratos Complexos
Esses são considerados complexos porque são formados quando três ou mais moléculas de glicose se combinam, dando origem a um polissacarídeo. Dois exemplos típicos de polissacarídeos são o amido (das plantas) e o glicogênio (presente nos músculos e fígado). Esses carboidratos por serem complexos são mais lentamente digeridos, o que prolonga o período de saciedade, fazendo a pessoa sentir fome em intervalos maiores de tempo.
Diagnóstico de diabetes
Há várias maneiras de confirmar o diagnóstico de pré-diabetes e diabetes. Os exames mais usados pelos profissionais de saúde são: 
Exame de glicemia em jejum
Devido à facilidade de utilização do método, à boa aceitação por parte dos pacientes e ao baixo custo, este exame é o mais usado para diagnosticar o diabetes. Neste caso, é necessário jejum de no mínimo 8 horas.
Glicemia entre 100 mg/dl e 125 mg/dl, confirma o pré-diabetes. Isso significa que o indivíduo está mais propenso a desenvolver o diabetes tipo 2.
Glicemia igual ou superior a 126 mg/dl, confirmada por repetição do teste em outro dia, é diagnóstico de diabetes.
Teste de glicemia plasmática em jejum: mede a glicose no sangue após pelo menos 8 horas de jejum. Este teste é usado para detectar diabetes ou pré-diabetes.
Teste oral de tolerância à glicose: este tipo de exame mede a glicose no sangue em dois momentos: após pelo menos 8 horas de jejum e após 2 horas da ingestão de um líquido com quantidade conhecida de glicose. Este teste também é usado para detectar diabetes ou pré-diabetes.
Teste oral de tolerância a glicose com curva glicêmica:
O teste oral de tolerância a glicose (TOTG) é uma versão modificada da glicemia pós-prandial, usada para o diagnóstico do diabetes que se desenvolve na gravidez, chamado diabetes gestacional. É normalmente realizado entre a 24ª e 28ª semanas de gestação.
O teste é feito da seguinte maneira. Uma primeira amostra de sangue é colhida em jejum. É, então, oferecido uma bebida com 100g de glicose. Novas amostras de sangue são coletadas após 1, 2 e 3 horas. 
O diabetes gestacional é diagnosticado quando os resultados excedem dois ou mais dos seguintes valores:
•Glicemia de jejum maior que 95 mg/dL
•Glicemia de 1 hora maior que 180 mg/dL
•Glicemia de 2 horas maior que155 mg/dL
•Glicemia de 3 horas maior que 140 mg/dL
Este tipo de exame só tem valor em grávidas.
Glicemia pós pandeal
O paciente deve alimentar-se com refeição contendo ao menos 50g de carboidratos (massas, arroz, pão, doces).
Não ingerir bebidas alcoólicas durante essa refeição.
A refeição mais prática é o almoço.
A amostra precisa ser coletada duas horas após o término da refeição (almoço) ou conforme solicitação médica.
No atendimento da coleta para Glicemia Pós Prandial, o paciente deve retornar ao laboratório 1 hora e 30 minutos após o término do almoço (se alimentando como de costume) ou do café (sendo que o café tem que ser bem reforçado).
Irá realizar um repouso prévio de 30 minutos no Laboratório, totalizando o prazo de 2 horas após o término do almoço ou do café.
Se a glicemia de jejum também tiver sido solicitada e a coleta da glicemia pós-prandial não for possível no mesmo dia, o intervalo máximo entre as duas deve ser de até 48 horas.
Atenção: O uso de medicamentos para diabetes não deve ser suspenso, a não ser que exista informação contrária do médico solicitante.
Sempre informar medicações em uso e motivo do exame.
Teste aleatório de glicose plasmática: análise da glicose no sangue sem levar em conta o que foi consumido na última refeição. Este teste, juntamente com uma avaliação dos sintomas, é usado para diagnosticar diabetes, mas não o pré-diabetes.
No caso de resultado positivo, recomenda-se repetir o teste de glicose em jejum ou o teste oral de tolerância à glicose em outro dia.
Glicemia casual igual ou superior a 200mg/dl associada a presença de um ou mais dos sintomas abaixo pode detectar a presença de diabetes: 
•Aumento do volume urinário 	
•Sede excessiva 
•Muita fome 
•Perda de peso inexplicável 
•Fadiga
•Visão turva
•Feridas que demoram para cicatrizar
Glicemia entre 140 mg/dl e 199 mg/dl confirma o pré-diabetes, também chamado de intolerância à glicose. Isso significa que o indivíduo está mais propenso a desenvolver o diabetes tipo 2.
 
Glicemia igual ou superior a 200mg/dl, confirmada por repetição do teste em outro dia, é diagnóstico de diabetes.
Hemoglobina Glicada (HbA1c): 
O teste de hemoglobina costumava ser utilizado apenas como método de acompanhamento do diabetes. Desde julho de 2009, porém, foi estabelecido também como um dos métodos de diagnóstico. A HbA1c reflete o histórico da glicemia de 120 dias, aproximadamente, e os valores se mantêm estáveis após a coleta.
Como funciona a hemoglobina glicosilada?
A hemoglobina é a principal proteína das nossas hemácias (glóbulos vermelhos). Quando a taxa de glicose no sangue encontra-se elevada, parte da hemoglobina começa a ligar-se à esse excesso de glicose circulante, transformando-se em hemoglobina glicosilada, ou seja, hemoglobina ligada a glicose. Como as hemácias tem uma vida de 3 a 4 meses, este é o tempo em que cada uma fica exposta a glicose no sangue, fazendo com que a hemoglobina glicada seja um espelho da glicemia média nos últimos 3 meses.
Os valores normais de hemoglobina glicosilada, para pessoas sem diabetes, ficam entre 4% e 6%. Um diabetes bem controlado é aquele que apresenta valores abaixo de 7%. Níveis acima de 7% estão associados a um maior risco de complicações como doenças cardiovasculares, renais, dos nervos periféricos e dos olho.
A partir dos valores da hemoglobina glicosilada é possível estimar a taxa média de glicose nos últimos 3 meses:
HbA1c - Glicemia média (variação):
5% - 97 (76–120)
6% - 126 (100–152)
7% - 154 (123–185)
8% - 183 (147–217)
9% - 212 (170–249)
10% - 240 (193–282)
11% - 269 (217–314)
12% - 298 (240–347)
 Frutosamina:
Outras proteínas além da hemoglobina sofrem glicosilação, ou seja, ligação com a glicose. Frutosamina é o nome que damos a esse complexo proteína-glicose, sendo a principal proteína a albumina.
A dosagem da frutosamina nos fornece uma estimativa da glicemia nas últimas 4 a 6 semanas, pois a vida média de uma albumina é de apenas 1 mês, não sendo assim, tão bom quanto a hemoglobina glicosilada. A frutosamina, porém, pode ser muito útil nos pacientes com anemia, em uso de eritropoietina, doenças da hemoglobina ou insuficiência renal crônica, situações que podem causar erros na medição da hemoglobina glicada.
Glicemia capilar: 
A glicemia capilar é aquele exame onde avaliamos a glicemia do momento através de uma pequena gota de sangue e um aparelhinho para a leitura da concentração de glicose sanguínea. 
Este é excelente e prático modo de avaliar mais de uma
vez ao dia a variação da glicemia, permitindo fazer ajustes pontuais na dose e no horário dos medicamentos anti-diabéticos, principalmente da insulina.
A glicemia capilar não deve ser usada para o rastreio do diabetes na população sadia. Sua relação com os resultados da glicemia pela análise laboratorial do sangue não são tão corretas uma vez que vários fatores podem levar a uma leitura errada, como uma mão não propriamente limpa, um mau armazenamento das tiras, sujeira no aparelho, mãos muito frias etc... Além disso, a glicemia nos capilares dos dedos costuma estar sempre um pouco mais alta que a glicemia do sangue nas veias.
Portanto, a glicemia capilar serve para o seguimento do diabetes, mas não para o seu diagnóstico.
Lipídios
Chamamos de lipídios todos aqueles compostos que possuem uma estrutura molecular bem variada, o que significa que eles não possuem uma função orgânica única, e sim, que apresentam diversas atividades diferentes de acordo com especialidade de cada um.
Alguns lipídios são responsáveis por reservar energia, o que serve como uma fonte para aqueles animais que costumam hibernar por muito tempo, outros atuam como um isolante térmico, principalmente nos mamíferos, além de possuírem uma grande importância na composição da membrana plasmática das células, os chamados fosfolipídios.
Classificação dos Lipídios
ÓLEOS: são líquidos à temperatura ambiente, portanto ricos em ácidos graxos insaturados. Quando aquecidos em altas temperaturas e por tempo prolongado perdem a qualidade nutricional e se tornam impróprios para o consumo.
GORDURAS: são sólidas à temperatura ambiente, portanto ricas em ácidos graxos saturados. Quando aquecidos se tornam líquidos, mas uma vez na corrente sanguínea voltam à forma natural, sólida, podendo causar entupimento de vasos sanguíneos.
Tipos de lipídios
Cerídeos: classificamos como cerídeos aqueles que chamamos de lipídios simples. Podem ser encontrados na cera produzida pelas abelhas, na construção da colmeia; na superfície das folhas, cera de carnaúba e dos frutos, como a manga. Ela possui a função de impermeabilização e proteção. Não devemos esquecer dos depósitos de cera que se formam nas nossas orelhas externas como função protetora.
Fosfolipídios: São moléculas anfipáticas, o que significa que elas  possuem uma região polar, que chamamos de cabeça hidrofílica, tendo afinidade por água, e outra região apolar, chamada de calda hidrofóbica, que é responsável por repelir a água.
Glicerídeos: Esses lipídeos podem ser sólidos, as gorduras, ou líquidos, os óleos, à temperatura ambiente.
Esteroides: São lipídios formados por longas cadeias carbônicas dispostas em quatro anéis ligados entre si. São amplamente distribuídos nos organismos vivos constituindo os hormônios sexuais, a vitamina D e os esteróis (colesterol).
Exames de colesterol (DIAGNÓSTICO)
Colesterol total e frações
 Exame de sangue que mede as taxas de colesterol e de suas frações – HDL (o “colesterol bom”), LDL (o “colesterol ruim”) e triglicerídeos na corrente sanguínea. Produzida pelo fígado, essa substância está envolvida em diversos processos vitais do organismo e seu excesso no sangue está relacionado a um maior risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Para que serve
A avaliação dos níveis do colesterol permite ao médico detectar o risco aumentado de doenças cardiovasculares e adotar medidas para reduzir as taxas dessa substância no sangue. Isso pode ser feito com mudanças nos hábitos (alimentação pobre em gorduras e atividade física) ou com medicações específicas, como as estatinas.
O colesterol é um tipo de gordura naturalmente presente no nosso organismo. O colesterol serve para produção de bile, membranas celulares, de hormônios e no metabolismo de vitaminas, como a vitamina D. A maior parte do colesterol é produzida no fígado (70%), e o restante (30%) é proveniente da alimentação.
O colesterol elevado não provoca apenas infarto e derrame, mas na verdade esta obstrução pode ocorrer em qualquer artéria de nosso corpo.
Podemos apresentar além do derrame e infarto, impotência sexual (sexo masculino), insuficiência renal e doença arterial periférica, que é obstrução das artérias das pernas e provoca dor e risco de amputação. 
Por fim, colesterol pode acumular no fígado, provocando uma situação conhecida como esteatose hepática e, se não controlada, pode evoluir para cirrose hepática. 
Quais os tipos de colesterol?
O colesterol total é a combinação dos níveis de colesterol bom (HDL) e o ruim (LDL) e dos triglicérides.
O LDL é conhecido como o colesterol ruim, pois ele se deposita nas artérias e junto com as plaquetas diminui o diâmetro das artérias e o fluxo de sangue para os órgãos. Assim o tecido não recebe nutriente e oxigênio e morre. Se ocorrer no coração, chamamos de infarto; se no cérebro, derrame. O LDL provém do fígado (70%) e dos alimentos (30%) ricos em gorduras, como as carnes, frituras, salgadinhos etc. 
O HDL é o “colesterol bom”. Ele recolhe o colesterol das artérias e órgãos e leva ao fígado, onde este colesterol é reutilizado ou eliminado através da bile e fezes. Por isso, quanto mais alta sua taxa, melhor. Valores elevados de HDL são considerados protetores de infarto. 
O Triglicéride (TG) são gorduras produzidas no fígado a partir de alimentos ricos em carboidratos (açúcares, arroz, massas, pães, etc.), bebidas alcóolicas e gorduras. 
São os mesmos alimentos que aumentam a taxa de glicemia (açúcar) no indivíduo com Diabetes Mellitus. Por isso, quando o Diabetes Mellitus está elevado , aumenta também a taxa de TG. 
Portanto, a mesma dieta para diminuir o açúcar do sangue, diminui o TG. Assim como o LDL, níveis elevados de TG levam a infarto, derrame e outras complicações decorrentes de obstrução das artérias. 
Valores muito altos de triglicérides podem provocar pancreatite, que por sua vez pode levar a um tipo de diabetes por destruição das células pancreáticas ou a morte.
Quais os valores saudáveis de colesterol?
Os valores de colesterol variam com a idade e com a condição de saúde. Caso o indivíduo apresente Diabetes Mellitus ou alguma doença arterial, os valores de colesterol LDL devem ser mais baixo do que o resto da população, visto que o risco de apresentar um infarto é mais elevado nestas pessoas. 
Portanto, quando for avaliar seu nível de colesterol, não adianta olhar o colesterol total, mas deve-se prestar atenção às suas frações (LDL, TG, HDL).
Qual a relação do colesterol, Diabetes Mellitus e hipertensão?
Estas três doenças fazem parte do que chamamos de Síndrome Metabólica. O corpo não metaboliza corretamente os açúcares e o colesterol, e temos resistência ao funcionamento da insulina, situação chamada de resistência insulínica. Geralmente apresentamos esta síndrome quando estamos acima do peso. Ela acelera o processo de aterosclerose e suas complicações. Por este motivo, devemos tratar as três situações conjuntamente e, se necessário, perder peso.
Proteínas
Proteínas totais e frações
Geralmente utilizado na avaliação das condições nutricionais e de edemas. Essencial para todas as funções fisiológicas, as proteínas são constituídas de aminoácidos e regulam processos metabólicos e a imunidade. O exame é conhecido como Proteínas Totais e Frações (albumina e globulina) devido as proteínas do soro estarem em dois grandes grupos, as albuminas e as globulinas.
Albuminas representam por volta de 60% do total de proteínas séricas e as globulinas cerca de 40%. O resultado alterado, aumentado ou diminuído indica variações orgânicas que em conjunto com outros testes e sintomas podem elucidar uma suspeita clínica do médico.
O teste que verifica a proteína total, albumina e globulina por dosagem bioquímica é relativamente barato, fornece boas informações para o diagnóstico. Valores das proteínas totais variam em função das frações. 
Um dos exames solicitados para a avaliação das proteínas é a eletroforese de proteínas, o exame é caro, mas oferece mais informações.
Aumento das proteínas
ocorrem em condições relacionadas a desidratação e doença hepática e uso de alguns medicamentos. 
Resultados abaixo do normal estão presentes na gravidez, cirrose, imobilização por longo período, queimaduras, perdas proteicas, anemias. A albumina apresenta resultados baixos na cirrose, glomerulopatias, infecções agudas, caquexia, queimaduras e doenças inflamatórias intestinais.
Valores normais das Proteínas totais situam se entre: 6,4 a 8,3 g/dL,
Já em prematuros: 3,6 a 6,0 g/dL, 
No caso de Recém-Nascidos: 4,4 a 7,6 g/dL, 
Com 7 meses a 1 ano: 5,0 a 7,3 g/dL, 
De 1 a 3 anos: 5,6 a 7,5 g/dL
Valores normais para a albumina: 3,2 a 5,0 g/dL,
Nos Recém-Nascidos: 2,8 a 4,4 g/dL, 
Em jovens até 14 anos de 3,8 a 5,4 g/dL.
Para globulina valores normais são: 2,0 a 3,9 g/dL, e a relação A/G : maior ou igual a 1.
Para realizar um exame de sangue com o intuito de medir a quantidade de proteínas existentes no organismo, deve-se procurar um laboratório de confiança para realizar o teste. O exame é muito simples, não tem dificuldades no preparo para a coleta de sangue, apenas jejum por 4 horas, não mais que 8 horas.

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