Buscar

Slides de Farmacotécnica 1 - Prof. Luengo

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
Prof. Antonio Luengo Garcia
Unifal-MG - 2015
*
 I. AGENTES CONSERVANTES
1. Introdução
Conservantes são substâncias dotadas de ação 
germicida ou germistática que se destinam a 
evitar as alterações que possam ocorrer numa 
preparação medicamentosa, proveniente da 
proliferação de microorganismos.
*
 I. AGENTES CONSERVANTES
Exigências:
Ser compatível com a substância ativa e com os aditivos empregados;
Possuir uma estabilidade fisico-química e capacidade de ação;
Ter eficiência em um amplo intervalo de pH e não alterar o pH da preparação;
Não interferir atividade farmacológica ou fisiológica;
Não possuir sabor ou odor;
Ser facilmente veiculada na formulação;
Deve apresentar uma fraca tendência a ser absorvido pela substância ativa, aditivo ou material de envase;
Deve ser atóxico e não produzir irritação ou sensibilização
*
 Conservantes Concentração usual 
Álcool etílico 5 – 20% 
Benzoato de sódio 0,1 – 0,2% 
Glicerina 20 – 40% 
Propilenoglicol 5 – 20% 
Ácido sórbico 0,05 – 0,2% 
Nipagin (metilparabeno) 0,05 – 0,25% 
Nipazol (propilparabeno) 0,02 – 0,04% 
CONSERVANTES PARA USO INTERNO
*
Conservantes para produtos de uso externo
Denominação Denominação Espectro pH de Incompatibi- Conc.
 Química Comercial de ação estabili// lidade usual
Ácido sórbico Ác. sórbico Fungos, leveduras, 2,5 – 6,0 Tween 80 0,05 a 0,2% 
 pouca atividade
 microbiana
2-bromo-2- Bronopol G+; G- (+ativo) 5,0 – 7,0 Cisteína , tiogli- 0,01 – 0,1% 
nitropropano- Fungos (-ativo) colato, tiosulfato 
1,2 diol metabissulfito 
Bisguanida Chlorhexidina G+, G -, 5,0 – 8,0 Tens. Aniônicos, 0,03–0,5% 
catiônica Pseudom. (-ativo), alginatos de Na, 
 Fungos (-ativo) parcialte inativado
 lecitina e tween 80 
Imidazolil uréia Germall 115 G+, G - 3,0 – 9,0 Avobenzona 0,03–0,5% 
Metilparabeno Nipagin Fungos, leveduras 3,0 – 9,5 Gelatina , MC, 0,02 – 0,3% 
 proteína, Tween 80 
Propilparabeno Nipazol Fungos, leveduras 3,0 – 9,5 Gelatina , MC, 0,01 – 0,6% 
 proteína, Tween 80 
*
 II. AGENTES ANTIOXIDANTES
1. Introdução
Existem numerosas substâncias que estão sujei-
tas a alteração de caráter oxidativo por ação 
do oxigênio molecular. 
Estas alterações são devidas a reações em ca-
deia e são fatores a temperatura, luz, concen-
tração de oxigênio, presença de catalizadores e 
pH do meio.
As preparações de compostos auto-oxidáveis 
devem ser protegidas, recorre-se ao uso de anti-
oxidantes que podem ser hidrossolúveis ou lipo-
ssolúveis.
Antioxidante é toda substância capaz de inibir 
a oxidação e pode ser adicionada com esta 
finalidade a produtos farmacêuticos exposto a 
processos oxidativos. 
*
 II. AGENTES ANTIOXIDANTES
2. Características:
Um antioxidante ideal deve ser:
Estável e ativo dentro de um amplo valor de pH;
solúvel na forma oxidada;
incolor;
nem tóxico, nem irritante;
solúvel na concentração de emprego;
estável durante a fabricação e esterilização pelo calor;
compatível com recipiente;
compatível com a fórmula;
ativo a baixa concentração;
quimicamente inerte;
não volátil;
*
 II. AGENTES ANTIOXIDANTES
3. Mecanismo de ação:
Atuam cadeias de radicais livres:
BHA, BHT, Vit. E, Propilgalato, etc
Atuam sofrendo oxidação:
Metabissulfito Na, bissulfito Na, Vit. C, Palmita-
to de ascorbila
 Atuam por mecanismos preventivos
Ácido cítrico, EDTA, Cisteína, Glutation, Metio-
nina
*
 
		 Antioxidantes para Sistemas Aquosos 
ÁCIDO ASCÓRBICO: pó cristalino ou ligeiramente
amarelado, inodoro. Escurece gradualmente quando
exposto à luz. Razoavelmente estável no estado seco, 
mas oxida em solução.
Solubilidade: 1g/3mL de água, 1g/30 mL de álcool.
Concentração efetiva: 0,05 – 3,0%
 
BISSULFITO DE SÓDIO: pó ou cristais branco ou branco 
amarelado. Com odor característico: dióxido sulfúrico
Sabor desagradável. Instável no ar, perdendo SO2 e 
gradualmente oxidando para sulfato.
Solubilidade: 1g/4mL de água, 1g/70mL de álcool
Concentrações efetivas: 0,1%
 
 
 
*
 Antioxidantes para Sistemas Aquosos 
 
METABISSULFITO DE SÓDIO: pó branco ou cristais 
incolores com um odor sulfuroso. Sabor ácido e salino. 
Oxida lentamente a sulfato quando exposto ao ar e a 
umidade.
Concentrações efetivas: 0,02 – 1,0%
Nota: os sulfitos são conhecidos por causar alergia, o 
ânion HSO -3 é dotado de certa reatividade.
 
TIOSSULFATO DE SÓDIO: pó cristalino ou cristais 
incolores grandes. É eflorescente no ar seco em 
temperaturas acima de 33oC, levemente deliqüescente
em ar úmido. 
Soluções aquosas são neutras ou levemente alcalinas.
Solubilidade: 1g/0,5 mL de água, insolúvel em álcool.
Concentração efetiva: 0,05%
*
 Antioxidantes para Sistemas Aquosos 
 
ESTERES DO ÁCIDO GÁLICO: 
Galato de metilo, etilo e propilo
Comercializados com o nome de Progallins.
São solúveis em água, mas não tem uma ação anti- 
oxidante acentuada quando em contato com
Tensoativos.
Concentração efetiva: 0,005 a 0,1%
*
 
		Antioxidantes para Sistemas Oleosos 
ASCORBIL PALMITATO: pó branco ou branco-amarelado 
com odor característico.
Solubilidade: muito levemente solúvel em água e em 
óleos vegetais; solúvel em álcool.
Concentração efetiva: 0,01 – 0,2%
 
BUTILHIDROXIANISOL (BHA): 
Cera sólida branca amarelada. Com fraco odor.
Solubilidade: insolúvel em água, facilmente solúvel em 
álcool e propilenoglicol.
Concentrações efetivas: 0,005 – 0,01%
 
 
*
 
		Antioxidantes para Sistemas Oleosos 
 BUTILHIDROXITOLUENO (BHT): 
Sólido cristalino branco com um fraco odor.
Solubilidade: insolúvel em água e em propilenoglicol e 
facilmente solúvel em álcool.
Concentração efetiva: 0,03 – 0,1%
ALFA-TOCOFEROL (VIT. E): 
Óleo viscoso, claro, amarelo ou amarelo esverdeado. 
Praticamente inodoro. Instável à luz e ao ar.
Solubilidade: insolúvel em água, solúvel em álcool, 
miscível com acetona e óleos vegetais.
Concentração efetiva: 0,05 – 2%
 
 
 
*
 
		Antioxidantes para Sistemas Oleosos 
 ÁCIDO NOR-DIIDROGUAIARÉTICO (NDGA): 
Tetrafenol de origem natural.
Bom protetor de óleos e gorduras, resiste a ação do 
calor e da luz.
Bom protetor da vitamina A.
Concentração efetiva: 0,01%
ÉSTERES DO ÁCIDO GÁLICO: 
 
Comercializados com o nome de Progallins, e designa-
dos por letras que indicam sua constituição.
Galato de octilo e Galato de laurilo. 
Concentração
efetiva: 0,005 a 0,1%
 
 
 
*
 Antioxidantes por mecanismo preventivo 
 
 Ácido cítrico 
Atua como sinérgico de vários inativadores de 
radicais livres.
 EDTA
É um agente quelante usado em titulação com-
plexométrica de metais, pode ser desprovido de 
toxicidade, é usado na desativação de metais.
 Ácido fosfórico e derivados
Com poder desativante face aos principais cata-
lisadores de processos auto-oxidantes.
 Aminoácidos
A cisteína e metionina podem originar comple-
xos com certos metais inibindo, deste modo, a 
sua ação catalítica. 
 
 
*
 III. CORRETIVOS DE pH
1. Importância do ajuste do pH:
 pH e solubilidade de certos fármacos
Exemplos: 
alcalóides se solubilizam em pH ácido;
 
sulfamidas e antibióticos se solubilizam em pH alcalino (favorece a formação de sais que são solúveis na maioria dos veículos);
carbocisteína (ambroxol) é insolúvel em pH neutro e água, tem que alcalinizar com car-bonato de sódio.
 
*
 III. CORRETIVOS DE pH
Manutenção da estabilidade tanto química como farmacodinâmica de preparações farma-cêuticas;
Exemplos:
 Vitamina B1 – em pH 4 é estável durante 6 meses a 1 ano
 
Vitamina B2 – estável em solução nitidamen-te ácida, em pH 5 destroe-se 1,2% ao mês
Vitamina B12 – estável em pH 4,5/5,0, a 121ºC perde 3% em 1 hora, em pH 7,0 a perda é de 12%
Ácido ascórbico – estável em pH 5/6, em pH 7 é rapidamente destruído
*
 III. CORRETIVOS DE pH
Prevenção do desenvolvimento de fenômenos irritativos provocados por certos fármacos;
Exemplos: 
Ácido glicólico (pH 2) – provoca irritação
Na via auricular, o pH alcalino provoca desen-volvimento de microorganismos (tem que ser ácido)
Via intramuscular tem uma tolerância maior, intraraquídea e endovenosa já tem problemas com pH.
*
 III. CORRETIVOS DE pH
 Obtenção de um efeito terapêutico adequado.
Temos produtos que só tem ação num determi-
nado pH
Exemplo: 
Ácido glicólico: pH 4 – renovador celular
 pH 7 – hidratante
*
 IV. AGENTES ANTI-HIDROLÍTICOS
Muito usados em soluções aquosas. 
Nada mais são do que poliálcoois que mistura-
dos na água diminuem o poder de reação da 
água.
Exemplos: 
 Glicerina, 
 Propilenoglicol, 
 Sorbitol (sol. 10 a 60%), 
 Alguns tensoativos aniônicos ou catiônicos 
*
 V. AGENTES SOLUBILIZANTES
A) Formação de complexos moleculares hidros-solúveis
Exemplos:
 cafeína = benzoato ou salicilato de sódio
 ácido bórico = glicerina, manitol, sorbitol
 iodo = iodeto de sódio
 teobromina = acetato de sódio
 teofilina = etilenodiamina 
*
 V. AGENTES SOLUBILIZANTES
B) Solubilização por Agentes Tensoativos
Um sólido insolúvel no líquido, o tensoativo 
atua na tensão interfacial, diminuindo a inso-
lubilidade.
Exemplos:
 laurilssulfato de sódio
 
 oleato de sódio
 miristato de potássio
 polissorbatos (tweens 20, 80)
*
 V. AGENTES SOLUBILIZANTES
C) Solubilização em misturas de água com um ou mais líquidos
Exemplos: 
Fenobarbital , esteróis, heterosídeos(digitália): 
insolúvel em água – cte dielétrica = 80, mas 
solúvel numa mistura de álcool, glicerina e 
água cuja cte dielétrica gira em torno de 40)
D) Solubilização por ajuste pH
E) Introdução de radicais hidrofílicos na molécu-la (Química Farmacêutica)
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais