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CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA
UNICARIOCA
CURSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
Atualização de Conhecimentos Pedagógicos
MATERIAL DE APOIO
 
PLANEJAMENTO EDUCACIONAL
2014
CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA
Curso de Extensão Universitária - Atualização de Conhecimentos Pedagógicos
PLANEJAMENTO EDUCACIONAL
FUNDAMENTOS DO PLANEJAMENTO
A alteração da realidade é o grande desafio do homem, uma vez que por esta atividade o ser humano continua se fazendo, se constituindo, se transformando também. Neste contexto mais amplo é que se coloca a tarefa de planejar.
Portanto, se o homem se constitui enquanto tal por sua ação transformadora no mundo pela mediação de instrumentos, o planejamento – quando instrumento metodológico – é um privilegiado fator de humanização! Se o trabalho está na base da formação humana, e tem uma dimensão de consciência é intencionalidade, podemos concluir que o planejar é elemento constituinte do processo de hominização: o homem se faz pelo projeto! (VASCONCELLOS,2006, p.68)
Planejamento: é um processso mental que envolve análise, reflexão e previsão. Plano: é o resultado do processo mental do planejamento. (HAYDT, 2006, p.95)
Planejar, em sentido amplo, é um processo que "visa a dar respostas a um problema, estabelecendo fins e meios que apontem para sua superação, de modo a atingir objetivos antes previstos, pensando e prevendo necessariamente o futuro", mas considerando as condições do presente, as experiências do passado, os aspectos contextuais e os pessupostos filosófico, cultural, econômico e político de quem planeja e com quem se planeja. (PADILHA, 2001, p. 63). 
Planejamento Educacional é "processo contínuo que se preocupa com o 'para onde ir' e 'quais as maneiras adequadas para chegar lá', tendo em vista a situação presente e possibilidades futuras, para que o desenvolvimento da educação atenda tanto as necessidades da sociedade, quanto as do indivíduo" (PARRA apud SANT'ANNA et al, 1995, p. 14).
Afinal, para que planejar? Para evitar a improvisação e estabelecer caminhos que possam nortear a execução da ação educativa, prever o acompanhamento e a avaliação da própria ação, assim, planejar e avaliar andam de mãos dadas.
O Planejamento e as tendências pedagógicas:
 
(FONTE: VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: Projeto de Ensino- Aprendizagem e Projeto 
Político- Pedagógico – elementos metodológicos para a elaboração e a realização. 16ª ed. São Paulo: Libertad, 
2006 (1995). (Cadernos Pedagógicos do Libertad; v.1)
O PLANEJAMENTO COMO PROPOSTA ENSINO – APRENDIZAGEM
A construção das propostas de planos, projetos e ações na escola deve garantir uma gestão demacrática que pressupõe a participação da comunidade escolar nos processos de implementação, acompanhamento e avaliação. O planejamento é um instrumento de trabalho que norteia as transformacões desejadas. Segundo Gandin, o planejamento participativo é um processo vivo e não se resume ao preenchimento de formulários, mas numa análise da realidade: “Qual realidade sonhamos vivenciar?” “Que tipo de pessoas formamos?” “Que educação queremos?” 
Uma aranha executa operações semelhantes às do tecelão, e a abelha supera mais de um arquiteto ao construir sua colmeia. Mas o que distingue o pior arquiteto da melhor abelha é que ele figura na mente sua construção antes de transformá-la em realidade. No fim do processo de trabalho aparece o resultado que já existia antes idealmente na imaginação do trabalhador. Ele não transforma apenas o material sobre o qual opera; ele imprime ao material o projeto que tinha conscientemente em mira o qual constitui a lei determinante do seu modo de operar e ao qual tem de subordinar sua vontade. (Marx apud VASCONCELLOS,2006,p.67)
TIPOS DE PLANEJAMENTO
Para Vasconcellos (1995, p. 53), "o planejamento do Sistema de Educação é o de maior abrangência (entre os níveis do planejamento na educação escolar), correspondendo ao planejamento que é feito em nível nacional, estadual e municipal", incorporando as políticas educacionais. 
Planejamento Escolar é o planejamento global da escola, envolvendo o processo de reflexão, de decisões sobre a organização, o funcionamento e a proposta pedagógica da instituição. "É um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social" (LIBÂNEO, 1992, p. 221).  
Fases: sondagem da realidade escolar (comunidade, clientela, recuroso humanos, materiais, avaliação de situacões-problemas); definicão de objetivos e prioridades; organizacão geral da escolar; plano de curso; sistema disciplinar; funções da equipe escolar; curto prazo (um ano letivo) 
O planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. O planejamento é um meio para se programar as ações docentes, mas é também um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado à avaliação
Planejamento Curricular é o "processo de tomada de decisões sobre a dinâmica da ação escolar. É previsão sistemática e ordenada de toda a vida escolar do aluno". Portanto, essa modalidade de planejar constitui um instrumento que orienta a ação educativa na escola, pois a preocupação é com a proposta geral das experiências de aprendizagem que a escola deve oferecer ao estudante, através dos diversos componentes curriculares (VASCONCELLOS, 1995, p. 56). 
Sobre o planejamento curricular: 
Segundo Coll (2004), definir o currículo a ser desenvolvido em um ano letivo é uma das tarefas mais complexas da prática educativa e de todo o corpo pedagógico das instituições.
De acordo com Sacristán (2000), “[...] planejar o currículo para seu desenvolvimento em práticas pedagógicas concretas não só exige ordenar seus componentes para serem aprendidos pelos alunos, mas também prever as próprias condições do ensino no contexto escolar ou fora dele. A função mais imediata que os professores devem realizar é a de planejar ou prever a prática do ensino.”
Fases: concepção filosófica; conteúdos significativos; núcleo comum. (PCN/ RCNEI e Diretrizes Curriculares Nacionais).
O problema central do planejamento curricular é formular objetivos educacionais a partir daqueles expressos nos guias curriculares oficiais. Nesse sentido, a escola não deve simplesmente executar o que é prescrito pelos órgãos oficiais. Embora o currículo seja mais ou menos determinado em linhas gerais, cabe à escola interpretar e operacionalizar estes currículos. A escola deve procurar adaptá-los às situações concretas, selecionando aquelas experiências que mais poderão contribuir para alcançar os objetivos dos alunos, das suas famílias e da comunidade.
Planejamento de Ensino é o processo de decisão sobre atuação concreta dos professores, no cotidiano de seu trabalho pedagógico, envolvendo as ações e situações, em constante interações entre professor e alunos e entre os próprios alunos (PADILHA, 2001, p. 33). Na opinião de Sant'Anna et al (1995, p. 19), esse nível de planejamento trata do "processo de tomada de decisões bem informadas que visem à racionalização das atividades do professor e do aluno, na situação de ensino-aprendizagem".   
Podemos dizer que o planejamento de ensino é a especificação do planejamento de currículo. Consiste em traduzir em termos mais concretos e operacionais o que o professor fará na sala de aula, para conduzir os alunos a alcançar os objetivos educacionais propostos. Um planejamento de ensino deverá prever:
Objetivos específicos estabelecidos a partir dos objetivos educacionais.
Conhecimentos a serem aprendidos pelos alunos no sentido determinado pelos objetivos.
Procedimentos e recursos de ensino que estimulam, orientam e promovem as atividades de aprendizagem.
Procedimentos de avaliação que possibilitem a verificação,a qualificação e a apreciação qualitativa dos objetivos propostos, cumprindo pelo menos a função pedagógico-didática, de diagnóstico e de controle no processo educacional.
Planejamento Político-Social tem como preocupação fundamental responder as questões "para quê", "para quem" e também com "o quê". A preocupação central é definir fins, buscar conceber visões globalizantes e de eficácia; serve para situações de crise e em que a proposta é de transformação, em médio prazo e/ou longo prazo. "Tem o plano e o programa como expressão maior" (GANDIN, 1994, p. 55). 
No Planejamento Operacional, a preocupação é responder as perguntas "o quê", "como" e "com quê", tratando prioritariamente dos meios. Abarca cada aspecto isoladamente e enfatiza a técnica, os instrumentos, centralizando-se na eficiência e na busca da manutenção do funcionamento. Tem sua expressão nos programas e, mais especificamente, nos projetos, sendo sobretudo tarefa de administradores, onde a ênfase é o presente, momento de execução para solucionar problemas (GANDIN, 1994, p.56).
CONSIDERAÇÕES FUNDAMENTAIS SOBRE O PLANEJAMENTO ESCOLAR:
O planejamento é um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social. A escola, os professores e os alunos são integrantes da dinâmica das relações sociais; tudo o que acontece no meio escolar está atravessado por influências econômicas, políticas e culturais que caracterizam a sociedade de classes. Isso significa que os elementos do planejamento escolar – objetivos, conteúdos, métodos – estão recheados de implicações sociais, têm um significado genuinamente político. Por essa razão, o planejamento é uma atividade de reflexão acerca das nossas opções e ações; se não pensarmos detidamente sobre o ruma que devemos dar ano nosso trabalho, ficaremos entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses dominantes na sociedade. 
A ação de planejar é uma atividade consciente de previsão das ações docentes, fundamentadas em opções político-pedagógicas, e tendo como referência permanente situações didáticas concretas (isto é, a problemática social, econômica, política e cultural que envolve a escola, os professores, os alunos, os pais, a comunidade, que interagem no processo de ensino). O planejamento escolar tem, assim, as seguintes funções:
Explicitar princípios, diretrizes e procedimentos de trabalho docente que assegurem a articulação entre as tarefas da escola e as exigências do contexto social e do processo de participação democrática.
Expressar os vínculos entre o posicionamento filosófico, político-pedagógico e profissional, as ações efetivas que o professor irá realizar em sala de aula, através de objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas de ensino.
Assegurar a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente, de modo que a previsão das ações docentes possibilite ao professor a realização de um ensino de qualidade e evite a improvisação e rotina.
Prever objetivos, conteúdos e métodos a partir da consideração das exigências propostas pela realidade social, do nível de preparo e das condições sócio-culturais e individuais dos alunos.
Assegurar a unidade e a coerência do trabalho docente, uma vez que torna possível inter-relacionar, num plano, os elementos que compõem o processo de ensino: os objetivos (para que ensinar), os conteúdos (o que ensinar), os alunos e suas possibilidades (a quem ensinar), os métodos e técnicas (como ensinar) e a avaliação, que está intimamente relacionada aos demais.
Atualizar o conteúdo do plano sempre que é revisto, aperfeiçoando-o em relação aos progressos feitos no campo de conhecimentos, adequando-os às condições de aprendizagem dos alunos, aos métodos, técnicas e recursos de ensino que vão sendo incorporados na experiência cotidiana.
Facilitar a preparação das aulas: selecionar o material didático em tempo hábil, saber que tarefas professor e alunos devem executar, replanejar o trabalho frente a novas situações que aparecem no decorrer das aulas.
Para que os planos sejam efetivamente instrumentos para a ação, devem ser como um guia de orientação de devem apresentar ordem seqüencial, objetividade, coerência, flexibilidade.
ETAPAS
CONHECIMENTO DA REALIDADE:
Para poder planejar adequadamente a tarefa de ensino e atender às necessidades do aluno é preciso, antes de qualquer coisa, saber para quem se vai planejar. Por isso, conhecer o aluno e seu ambiente é a primeira etapa do processo de planejamento. É preciso saber quais as aspirações, frustrações, necessidades e possibilidades dos alunos. Fazendo isso, estaremos fazendo uma Sondagem, isto é, buscando dados.
Uma vez realizada a sondagem, deve-se estudar cuidadosamente os dados coletados. A conclusão a que chegamos, após o estudo dos dados coletados, constitui o Diagnóstico. Sem a sondagem e o diagnóstico corre-se o risco de propor o que é impossível alcançar ou o que não interessa ou, ainda, o que já foi alcançado.
REQUISITOS PARA O PLANEJAMENTO
Objetivos e tarefas da escola democrática: estão ligados às necessidades de desenvolvimento cultural do povo, de modo a preparar as crianças e jovens para a vida e para o trabalho.
Exigências dos planos e programas oficiais: são as diretrizes gerais, são documentos de referência, a partir dos quais são elaborados os planos didáticos específicos.
Condições prévias para a aprendizagem: está condicionado pelo nível de preparo em que os alunos se encontram em relação ás tarefas de aprendizagem
ELABORAÇÃO DO PLANO
A partir dos dados fornecidos pela sondagem e interpretados pelo diagnóstico, temos condições de estabelecer o que é possível alcançarem o que julgamos possíveis e como avaliar os resultados. Por isso, passamos a elaborar o plano através dos seguintes passos:
Determinação dos objetivos.
Seleção e organização dos conteúdos.
Análise da metodologia de ensino e dos procedimentos adequados.
Seleção de recursos tecnológicos.
Organização das formas de avaliação.
Estruturação do plano de ensino.
EXECUÇÃO DO PLANO:
Ao elaborarmos o plano de ensino, antecipamos, de forma organizada, todas as etapas do trabalho escolar. A execução do plano consiste no desenvolvimento das atividades previstas. 
Na execução, sempre haverá o elemento não plenamente previsto. Às vezes, a reação dos alunos ou as circunstâncias do ambiente dispensa o planejamento, pois, uma das características de um bom planejamento deve ser a flexibilidade.
AVALIAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DO PLANO:
Ao término da execução do que foi planejado, passamos a avaliar o próprio plano com vistas ao replanejamento.
Nessa etapa, a avaliação adquire um sentido diferente da avaliação do ensino-aprendizagem e um significado mais amplo. Isso porque, além de avaliar os resultados do ensino-aprendizagem, procuramos avaliar a qualidade do nosso plano, a nossa eficiência como professor e a eficiência do sistema escolar.
PLANO 
É um documento utilizado para o registro de decisões do tipo: o que se pensa fazer, como fazer, quando fazer, com que fazer, com quem fazer. Para existir plano é necessária a discussão sobre fins e objetivos, culminando com a definição dos mesmos, pois somente desse modo é que se pode responder as questões indicadas acima. 
O plano é a "apresentação sistematizada e justificada das decisões tomadas relativas à ação a realizar" (FERREIRA apud PADILHA, 2001, p. 36). Plano tem a conotação de produto do planejamento. 
Plano é um guia e tem a função de orientar a prática, partindo da própria prática e, portanto, não pode ser um documento rígido e absoluto. Ele é a formalização dos diferentes momentos do processo de planejar que, por sua vez, envolve desafios e contradições (FUSARI, op. cit.). 
Exemplo: Plano Nacional de Educação é "onde se reflete toda a política educacional de um povo, inserido no contexto histórico, que é desenvolvida a longo, médio ou curto prazo" (MEEGOLLA; SANT'ANNA, 1993,p. 48). O PNE - Plano Nacional de Educação é o resultado do Planejamento Educacional da União. 
Plano Escolar é onde são registrados os resultados do planejamento da educação escolar. "É o documento mais global; expressa orientações gerais que sintetizam, de um lado, as ligações do projeto pedagógico da escola com os planos de ensino propriamente ditos" (LIBÂNEO, 1993, p. 225). 
Plano de Curso é a organização de um conjunto de matérias que vão ser ensinadas e desenvolvidas em uma instituição educacional, durante o período de duração de um curso. Segundo Vasconcellos (1995, p. 117), esse tipo de plano é a "sistematização da proposta geral de trabalho do professor naquela determinada disciplina ou área de estudo, numa dada realidade". 

     
Plano de Ensino "é o plano de disciplinas, de unidades e experiências propostas pela escola, professores, alunos ou pela comunidade". Situa-se no nível bem mais específico e concreto em relação aos outros planos, pois define e operacionaliza toda a ação escolar existente no plano curricular da escola. (SANT'ANNA, 1993, p. 49). 
Plano de Aula: instrumento de trabalho do professor que contém o detalhamento dos objetivos de aprendizagem, conteúdos, tipos de atividades/ estratégias e avaliação, ou seja, é a concretização do plano de curso e da unidade. 
PROJETO 
O projeto busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sociopolítico com os interesses reais e coletivos da população majoritária. É político no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade. "A dimensão política se cumpre na medida em que ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica" (Saviani 1983, p. 93). Na dimensão pedagógica reside a possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. Pedagógico, no sentido de definir as ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade. (VEIGA, 2002, p. 120) 
Na opinião de Gadotti (apud Veiga, 2001, p. 18): 
”Todo projeto supõe ruptura com o presente e promessas para o futuro.” Projetar significa sair da zona de conforto e trilhar um caminho novo, desconhecido, por vezes, instável, na busca pela estabilidadeque em função de um vir melhor do que o presente.
Para Veiga (2001, p. 11) o projeto pedagógico deve apresentar as seguintes características:
 a) ser processo participativo de decisões; 
b) preocupar-se em instaurar uma forma de organização de trabalho pedagógico que desvele os conflitos, as contradições; 
 c) explicitar princípios baseados na autonomia da escola, na solidariedade entre os agentes educativos e no estímulo à participação de todos no projeto comum e coletivo;   
 d) conter opções explícitas na direção de superar problemas no decorrer do trabalho educativo voltado para uma realidade específica;     
e) explicitar o compromisso com a formação do cidadão.   
f) nascer da própria realidade , tendo como suporte a explicitação das causas dos problemas e das situações nas quais tais problemas aparecem;   
g) ser exeqüível e prever as condições necessárias ao desenvolvimento e à avaliação;     
h) ser uma ação articulada de todos os envolvidos com a realidade da escola;   
 i) ser construído continuamente, pois como produto, é também processo.
 
Projeto Político-Pedagógico da escola precisa ser entendido como uma maneira de situar-se num horizonte de possibilidades, a partir de respostas a perguntas tais como: "que educação se quer, que tipo de cidadão se deseja e para que projeto de sociedade?" (GADOTTI, 1994, P. 42). Dissociar a tarefa pedagógica do aspecto político é difícil, visto que o "educador é político enquanto educador, e o político é educador pelo próprio fato de ser político" (GADOTTI, FREIRE, GUIMARÃES, 2000, pp. 25-26). 

     
Falar da construção do projeto pedagógico é falar de planejamento no contexto de um processo participativo, onde o passo inicial é a elaboração do marco referencial, sendo este a luz que deverá iluminar o fazer das demais etapas. Alguns autores que tratam do planejamento, como por exemplo Moacir Gadotti, falam simplesmente em referencial, mas outros, como Danilo Gandin, distinguem nele três marcos: situacional, doutrinal e operativo.
Princípios do Projeto Político Pedagógico (PPP): A abordagem do projeto político-pedagógico, como organização do trabalho da escola como um todo, está fundada nos princípios que deverão nortear a escola democrática, pública e gratuita:
Igualdade de condições para acesso e permanência na escola. Saviani alerta-nos para o fato de que há uma desigualdade no ponto de partida, mas a igualdade no ponto de chegada deve ser garantida pela mediação da escola. Igualdade de oportunidades requer, portanto, mais que a expansão quantitativa de ofertas; requer ampliação do atendimento com simultânea manutenção de qualidade.
Qualidade que não pode ser privilégio de minorias econômicas e sociais. O desafio que se coloca ao projeto político-pedagógico da escola é o de propiciar uma qualidade para todos. A qualidade que se busca implica duas dimensões indissociáveis: a formal ou técnica e a política. Uma não está subordinada a outra; cada uma delas tem perspectivas próprias. A primeira enfatiza os instrumentos e os métodos, a técnica. A qualidade formal não está afeita, necessariamente, a conteúdos determinados. Demo afirma que a qualidade formal: "( ...) significa a habilidade de manejar meios, instrumentos, formas, técnicas, procedimentos diante dos desafios do desenvolvimento" (1994, p.14). A qualidade política é condição imprescindível da participação. Está voltada para os fins, valores e conteúdos. Quer dizer "a competência humana do sujeito em termos de se fazer e de fazer história, diante dos fins históricos da sociedade humana" (Demo 1994, p.14). A escola de qualidade tem obrigação de evitar de todas as maneiras possíveis a repetência e a evasão. Tem que garantir a meta qualitativa do desempenho satisfatório de todos. Qualidade para todos, portanto, vai além da meta quantitativa de acesso global, no sentido de que as crianças, em idade escolar, entrem na escola. É preciso garantir a permanência dos que nela ingressarem. Em síntese, qualidade "implica consciência crítica e capacidade de ação, saber e mudar" (Demo 1994, p.19). O projeto político-pedagógico, ao mesmo tempo em que exige dos educadores, funcionários, alunos e pais a definição clara do tipo de escola que intentam, requer a definição de fins. Assim, todos deverão definir o tipo de sociedade e o tipo de cidadão que pretendem formar. As ações especificas para a obtenção desses fins são meios. Essa distinção clara entre fins e meios é essencial para a construção do projeto politico- pedagógico.
Gestão democrática é um princípio consagrado pela Constituição vigente e abrange as dimensões pedagógica, administrativa e financeira. Ela exige uma ruptura histórica na prática administrativa da escola, com o enfrentamento das questões de exclusão e reprovação e da não-permanência do aluno na sala de aula, o que vem provocando a marginalização das classes populares. Esse compromisso implica a construção coletiva de um projeto político-pedagógico ligado à educação das classes populares. A gestão democrática exige a compreensão em profundidade dos problemas postos pela prática pedagógica. Ela visa romper com a separação entre concepção e execução, entre o pensar e o fazer, entre teoria e prática. Busca resgatar o controle do processo e do produto do trabalho pelos educadores. A gestão democrática implica principalmente o repensar da estrutura de poder da escola, tendo em vista sua socialização. A socialização do poder propicia a prática da participação coletiva, que atenua o individualismo; da reciprocidade, que eliminaa exploração; da solidariedade, que supera a opressão; da autonomia, que anula a dependência de órgãos intermediários que elaboram políticas educacionais das quais a escola é mera executora. A busca da gestão democrática inclui, necessariamente, a ampla participação dos representantes dos diferentes segmentos da escola nas decisões/ações administrativo-pedagógicas ali desenvolvidas. 
Liberdade é outro princípio constitucional. O princípio da liberdade está sempre associado à ideia de autonomia. O que é necessário, portanto, como ponto de partida, é o resgate do sentido dos conceitos de autonomia e liberdade. A autonomia e a liberdade fazem parte da própria natureza do ato pedagógico. O significado de autonomia remete-nos para regras e orientações criadas pelos próprios sujeitos da ação educativa, sem imposições externas. Por isso, a liberdade deve ser considerada, também, como liberdade para aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a arte e o saber direcionados para uma intencionalidade definida coletivamente.
Valorização do magistério é um principio central na discussão do projeto político-pedagógico. A qualidade do ensino ministrado na escola e seu sucesso na tarefa de formar cidadãos capazes de participar da vida socioeconômica, política e cultural do país relacionam-se estreitamente a formação (inicial e continuada), condições de trabalho (recursos didáticos, recursos físicos e materiais, dedicação integral à escola, redução do número de alunos na sala de aula etc.), remuneração, elementos esses indispensáveis à profissionalização do magistério. A melhoria da qualidade da formação profissional e a valorização do trabalho pedagógico requerem a articulação entre instituições formadoras, no caso as instituições de ensino superior e a Escola Normal, e as agências empregadoras, ou seja, a própria rede de ensino. A formação profissional implica, também, a indissociabilidade entre a formação inicial e a formação continuada. O reforço à valorização dos profissionais da educação, garantindo-lhes o direito ao aperfeiçoamento profissional permanente, significa "valorizar a experiência e o conhecimento que os professores tem a partir de sua prática pedagógica" (Veiga e Carvalho 1994, p. S1). A formação continuada é um direito de todos os profissionais que trabalham na escola, uma vez que não só ela possibilita a progressão funcional baseada na titulação, na qualificação e na competência dos profissionais, mas também propicia, fundamentalmente, o desenvolvimento profissional dos professores articulado com as escolas e seus projetos.
Construção do Projeto Político Pedagógico: a) Finalidade: missão, valores e objetivos institucionais; b)Estrutura organizacional (recursos humanos e materiais); c) Currículo; d) Tempo escolar; e) O processo de decisão: associacão de pais, e professors, grêmios, conselhos,…; f) Relação de trabalho; g) Avaliação.
Finalidade: Como é perseguida sua finalidade cultural, ou seja, a de preparar culturalmente os indivíduos para uma melhor compreensão da sociedade em que vivem? Como a escola procura atingir sua finalidade política e social; ao formar o indivíduo para a participação política que implica direitos e deveres da cidadania? Como a escola atinge sua finalidade de formação profissional, ou melhor, como ela possibilita a compreensão do papel do trabalho na formação profissional do aluno? Como a escola analisa sua finalidade humanística, ao procurar promover o desenvolvimento integral da pessoa?
Estrutura organizacional: A escola, de forma geral, dispõe de dois tipos básicos de estruturas: administrativas e pedagógicas. As primeiras asseguram praticamente, a locação e a gestão de recursos humanos, físicos e financeiros. Fazem parte, ainda, das estruturas administrativas todos os elementos que têm uma forma material como, por exemplo, a arquitetura do edifício escolar e a maneira como ele se apresenta do ponto de vista de sua imagem: equipamentos e materiais didáticos, mobiliário, distribuição das dependências escolares e espaços livres, cores, limpeza e saneamento básico (água, esgoto, lixo e energia elétrica). As pedagógicas, que, teoricamente, determinam a ação das administrativas, "organizam as funções educativas para que a escola atinja de forma eficiente e eficaz as suas finalidades" (Alves 1992, p. 21). As estruturas pedagógicas referem-se, fundamentalmente, às interações políticas, às questões de ensino-aprendizagem e às de currículo. Nas estruturas pedagógicas incluem-se todos os setores necessários ao desenvolvimento do trabalho pedagógico.
Currículo: é um importante elemento constitutivo da organização escolar. Currículo implica, necessariamente, a interação entre sujeitos que têm um mesmo objetivo e a opção por um referencial teórico que o sustente. Currículo é uma construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização dos meios para que esta construção se efetive; a transmissão dos conhecimentos historicamente produzidos e as formas de assimilá-los, portanto, produção, transmissão e assimilação são processos que compõem uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar, ou seja, o currículo propriamente dito. Neste sentido, o currículo refere-se à organização do conhecimento escolar.
Tempo escolar: O tempo é um dos elementos constitutivos da organização do trabalho pedagógico. O calendário escolar ordena o tempo: determina o inicio e o fim do ano, prevendo os dias letivos, as férias, os períodos escolares em que o ano se divide, os feriados cívicos e religiosos, as datas reservadas à avaliação, os períodos para reuniões técnicas, cursos etc. O horário escolar, que fixa o número de horas por semana e que varia em razão das disciplinas constantes na grade curricular, estipula também o número de aulas por professor. Tal como afirma Enguita (1989, p. 180).
Processo de decisão: Na organização formal de nossa escola, o fluxo das tarefas das ações e principalmente das decisões é orientado por procedimentos formalizados, prevalecendo as relações hierárquicas de mando e submissão, de poder autoritário e centralizador. Uma estrutura administrativa da escola adequada à realização de objetivos educacionais, de acordo com os interesses da população, deve prever mecanismos que estimulem a participação de todos no processo de decisão. Isto requer uma revisão das atribuições especificas e gerais, bem como da distribuição do poder e da descentralização do processo de decisão. Para que isso seja possível há necessidade de se instalarem mecanismos institucionais visando à participação política de todos os envolvidos com o processo educativo da escola. Paro (1993, p. 34 sugere a instalação de processos eletivos de escolha de dirigentes, colegiados com representação de alunos, pais, associação de pais e professores, grêmio estudantil, processos coletivos de avaliação continuada dos serviços escolares etc.
Relação de trabalho: É importante reiterar que, quando se busca uma nova organização do trabalho pedagógico, está se considerando que as relações de trabalho, no interior da escola deverão estar calcadas nas atitudes de solidariedade, de reciprocidade e de participação coletiva, em contraposição à organização regida pelos princípios da divisão do trabalho da fragmentação e do controle hierárquico. É nesse movimento que se verifica o confronto de interesses no interior da escola. Por isso todo esforço de se gestar uma nova organização deve levar em conta as condições concretas presentes na escola. Há uma correlação de forças e é nesse embate que se originam os conflitos, as tensões, as rupturas, propiciando a construção de novas formas de relações de trabalho, com espaços abertos à reflexão coletiva que favoreçam o diálogo, a comunicação horizontal entre os diferentes segmentos envolvidos com o processo educativo, a descentralização do poder. A esse respeito, Machado assume a seguinte posição: "O processo de luta é visto como uma forma de contrapor-se à dominação, o que pode contribuir para a articulação de práticas emancipatórias" (1989,p. 30).
Avaliação: Acompanhar as atividades e avaliá-las levam-nos a reflexão com base em dados concretos sobre como a escola organiza-se para colocar em ação seu projeto político-pedagógico. A avaliação do projeto político- pedagógico, numa visão crítica, parte da necessidade de se conhecer a realidade escolar, busca explicar e compreender ceticamente as causas da existência de problemas bem como suas relações, suas mudanças e se esforça para propor ações alternativas (criação coletiva). Esse caráter criador é conferido pela autocrítica. Avaliadores que conjugam as idéias de uma visão global, analisam o projeto político-pedagógico, não como algo estanque desvinculado dos aspectos políticos e sociais. Não rejeitam as contradições e os conflitos. A avaliação tem um compromisso mais amplo do que a mera eficiência e eficácia das propostas conservadoras. Portanto, acompanhar e avaliar o projeto político-pedagógico é avaliar os resultados da própria organização do trabalho pedagógico.
Pedagogia de Projetos: são projetos a partir de necessidades de aprendizagem que aparecem na tentative de resolver situações problemáticas, significativas e contextualizadas, articulando diferentes áreas de conhecimento, e assim, provocam situações de aprendizagem reais e diversificadas onde os alunos podem decider, opinar e debater. Para tal, requer planejamento com etapas específicas.
Etapas específicas: 1) problematizacão e justificativa; 2) disciplinas envolvidas no Projeto; 3) objetivos, ações e atividades; 4) produto final e 5) avaliação.
Interdisciplinaridade e Projetos: utilização de metodologias e conhecimentos de várias disciplinas.
PONTOS RELEVANTES PARA A ELABORAÇÃO DO PLANEJAMENTO EDUCACIONAL:
Objetivos: A formulação de objetivos de ensino consiste na definição de todos os comportamentos que podem modificar-se como resultado da aprendizagem. Os tipos de objetivos podem ser gerais e específicos. Os objetivos gerais são proposições gerais sobre mudanças comportamentais desejadas. Decorrem de uma filosofia da educação e surgem do estudo da sociedade contemporânea e do estudo sobre o desenvolvimento do aluno e sobre os processos de aprendizagem. Já os específicos, consistem numa maior especificação dos objetivos educacionais e numa operacionalização dos mesmos. Os objetivos instrucionais, portanto, são proposições específicas sobre mudanças no comportamento dos alunos, que serão atingidos gradativamente no processo ensino-aprendizagem.
A elaboração dos objetivos específicos ajuda o professor a:
Definir os conteúdos a serem dominados, determinando os conhecimentos e conceitos a serem adquiridos e as habilidades a serem desenvolvidas para que o aluno possa aplicar o conteúdo em sua vida prática;
Estabelecer os procedimentos de ensino e selecionar as atividades e experiências de aprendizagem mais relevantes a serem vivenciadas pelos alunos, para que eles possam adquirir as habilidades e assimilar os conhecimentos previstos como necessários, tanto para sua vida como para a continuação dos estudos; 
Determinar o que e como avaliar, isto é, especificar o conteúdo da avaliação e construir os instrumentos mais adequados para avaliar o que pretende;
Fixar padrões e critérios para avaliar o próprio trabalho docente;
Comunicar de modo mais claro e preciso seus propósitos de ensino aos próprios alunos, aos pais e a outros educadores. 
Conteúdos: Os conteúdos possibilitam o desenvolvimento de operações cognitivas, hábitos, habilidades e atitudes. A escolha de conteúdos: Diretrizes curriculares do sistema de ensino/ Programa escolar oficial /Programa pessoal do professor (Parâmetros Curriculares Nacionais/ Referencial curricular Nacional de Educação Infantil).
Organização de conteúdos: vertical (plano temporal - organização sequencial ao longo de vários anos) e horizontal (plano de um mesmo ano).
Critérios a serem considerados na escolha: continuidade (ordenação vertical), sequência (tópicos partem dos anteriores) e integração (relacionamento entre as áreas do currículo). 
Os conteúdos desdobram-se na prática escolar e implicam sobre “o que” se quer ensinar ou “o que” o aluno precisa aprender.
A definição sobre qual ou quais conteúdos mais indicados, não se norteia em uma simples listagem de itens na elaboração do planejamento, mas na inclusão de uma avaliação pensada e pautada na coerência entre o que o professor faz e o que se diz.
De acordo com Zabala (1996), “aprendizagem é a construção pessoal que o aluno realiza com a ajuda que recebe de outras pessoas”. Para uma aprendizagem supõe-se uma reflexão sobre:
1) As atividades permitem ao professor conhecer os conhecimentos prévios dos alunos? 
2) Os conteúdos são significativos e funcionais para o aluno? 
3) São adequados para o nível de desenvolvimento dos alunos? 
4) São desafios acessíveis para os alunos? 
5) Provocam conflito cognoscitivo e atividade mental no aluno que o faça relacionar conteúdos novos aos prévios? 
6) São motivadores? 
7) Estimulam a auto-estima e o autoconceito? 
8) Ajudam o aluno a aprender a aprender?
Todas essas questões devem estar presentes a cada planejamento didático ou de aula do professor. É por intermédio delas que ele reflete e avalia constantemente sua atuação pedagógica.
No livro O construtivismo na sala de aula, no capítulo “Os enfoques Didáticos”, escrito por Antoni Zabala (1996), o autor organiza os conteúdos e as atividades de aprendizagem dividindo-os em quatro diferentes tipos: 
2.1. Conteúdos referentes a fatos (factuais) 
São conteúdos com estratégias de aprendizagem simples (memorização por repetição verbal). Há conhecimentos que precisamos ter memorizados, por exemplo, nomes de rios, datas, locais etc, e não há outra maneira de aprendê-los se não pela memorização. Estes, se relacionados a outros conteúdos, suas estratégias de aprendizagem deixam de ser simplesmente mecânicas. O tempo dedicado a estes conteúdos será, geralmente, de curta duração e diferente para diferentes alunos. 
2.2. Conteúdos referentes a conceitos e princípios (conceituais) 
São conteúdos que exigem a atividade cognoscitiva do aluno para realmente conhecer conceitos e princípios. A escola, durante muito tempo e não compatível com a concepção construtivista de ensino e aprendizagem pautou-se ou pauta-se em seus planejamentos apenas na aprendizagem desses conteúdos. Muitas vezes, de forma mecânica e por repetição verbal, o que não garante a significatividade da aprendizagem. Um bom exemplo é “decorar a tabuada”. 
As estratégias de aprendizagem dos conteúdos conceituais devem colocar o aluno diante de experiências ou situações que potencializem a atividade cognoscitiva ou que lhe permita compreender os conceitos e princípios em pauta. 
Há para esses conteúdos uma exigência de estratégias de aprendizagem mais complexas. Há também uma necessidade de maior tempo para, inclusive, novas “leituras” (visitas, comparações entre elementos do que se está aprendendo etc). 
2.3. Conteúdos procedimentais 
Trata-se de aprendizagens de ações (desenhar, ler mapas ou gráficos, medir). O que sabemos fazer em um caso e o que sabemos em outro. Mas não se trata de aprender ações pela descrição e sim pela realização destas. As estratégias de aprendizagem dos conteúdos consistem na execução compreensiva e nas repetições contextualizadas e significativas e não mecânicas. 
2.4. Conteúdos referentes a valores, normas e atitudes (atitudinais) 
Desenvolver esses conteúdos não é uma tarefa cuja realização garanta a obtenção de objetivos. O conhecimento de valores, normas e atitudes não assegura as suas introjeções por abranger aspectos subjetivos como os cognitivos, os comportamentais e os afetivos (no sentido de “afetar”). Isso não quer dizer que professores e escola não os devam levar em consideração, pelo contrário, experiências com elaboração de regras pelo grupo, assembléias, demonstração de coerência nos atos dos professores, por exemplo, devemser vividas no ambiente escolar. Somente através dessas atividades experienciais é possível, de uma forma clara, o estabelecimento de vínculos afetivos. 
O quadro a seguir poderá ajudar na compreensão dos conteúdos e das atividades de aprendizagem
	CONTEÚDOS
	APRENDIZAGEM
	FACTUAIS 
	FATOS, telefones, datas comemorativas, nomes... 
Uso da memória, exercitar e repetir várias vezes. 
	CONCEITUAIS 
	CONCEITOS E PRINCÍPIOS, Sistema Alfabético; Fotossíntese; Divisão.
CONSTRUÇÃO PESSOAL, Pensar, comparar, compreender, estabelecer relações. 
	PROCEDIMENTAIS 
	PROCEDIMENTOS, APLICAÇÕES, EXERCÍCIOS
Dirigir carro, cozinhar, grafia de letras... 
FREQÜÊNCIA, receber ajuda daquele que sabe. 
	ATITUDINAIS 
	VALORES, NORMAS E ATITUDES, responsabilidade, hábito de leitura, solidariedade, coerência, vivenciar situações que representam valores.
 Métodos e técnicas de ensino: formas de intervenção na sala de aula para alcançar um objetivo previsto que devem conduzir a aprendizagem. 
A escolha de um procedimento de ensino: adequação aos objetivos estabelecidos para o ensino e a aprendizagem; a natureza do conteúdo a ser ensinado e o tipo de aprendizagem a efetivar-se; as características dos alunos: faixa etária, nível de desenvolvimento mental, grau de interesse, expectativas; condições físicas e tempo disponível. 
Classificação dos métodos de ensino: 
Métodos individualizantes de ensino: atendimento às diferenças individuais, adequação do conteúdo ao nível de maturidade, ritmo de aprendizagem de cada aluno (Exemplos: trabalhos com fichas, estudo dirigido, ensino programado e aula expositive.); 
Métodos socializantes: ênfase na interacão social e aprendizagem em grupo (Exemplos: trabalhos em grupo, dramatizacão, estudo de caso, jogos e sociograma); 
Métodos socioindividualizantes: integram atividades individuais e em grupo (Exemplos: solução de problemas, projetos, unidades didáticas).
Avaliação: é a orientadora da prática pedagógica e do processo ensino aprendizagem. De um lado, o aluno pode perceber seus avanços e suas dificuldades, e de outro, o professor percebe a necessidade de replanejar ou não o trabalho docente.
“Avaliar é um processo de coleta e análise de dados, tendo em vista verificar se os objetivos propostos foram atingidos. No âmbito escolar, a avaliação se realiza em vários níveis: do processo ensino aprendizagem, do currículo, do funcionamento da escolar.”												(HAYDT, 2006, p.288)
Testar: verificar o desempenho através de situações previamente organizadas (testes)
Medir: descrever um fenômeno do ponto de vista quantitativo
Avaliar: interpretar dados quantitativos e qualitativos para obter um parecer ou julgamento de valor tendo por base padrões ou critérios
Princípios da avaliação: é um processo contínuo e sistemático; é funcional porque se realiza em função de objetivos; é orientadora porque indica avanços e dificuldades; é integral porque investiga todas as dimensnoes da aprendizagem (cognitiva, afetiva e psicomotora);
Funções da avaliação: conhecer os alunos; identificar as dificuldades de aprendizagem; determinar se os objetivos propostos foram atingidos ou não; aperfeiçoar o processo ensino aprendizagem e promover os alunos.
 
ROTEIROS SUGESTIVOS DE PLANEJAMENTO
Projeto Politico Pedagógico
1. INTRODUÇÃO
 
Apresentação do Projeto. Comentários sucintos sobre os objetivos de sua elaboração, circunstâncias em que foi elaborado, ideias centrais, relevância etc.
 
2. DIAGNÓSTICO
Contexto da escola
 
Ambiente social, cultural e físico: a comunidade em que a escola está inserida - características da população, costumes, lazer, grupos comunitários, lideranças comunitárias, associações, clubes, igrejas, acesso a meios de comunicação etc; localização física da escola – características do bairro, ruas, praças, espaços de lazer, equipamentos comunitários, instituições educativas, meios de acesso, sistema de transporte, situação das residências, saneamento, serviços de saúde, comércio.
 
Situação socioeconômica e educacional da comunidade: ocupações principais, níveis de renda, condições de trabalho, acesso a bens de consumo, níveis de escolaridade da população, crianças fora da escola, principais setores de atividade econômica, perfil profissional dos pais, acesso aos serviços de saúde e de assistência social, condições de habitação, etc. População atendida pela escola: nível de instrução dos pais e irmãos, qualificação profissional, hábitos alimentares e de higiene, lazer etc.
 
Caracterização da escola (identidade)
 
Histórico da escola: fundação, denominação, lideranças históricas, vínculos com egressos, participação na comunidade.
 
Situação física da escola: condições da edificação, dimensões, dependências, espaços para atividades pedagógicas e de lazer, biblioteca, estado de conservação, instalações hidráulicas e sanitárias, paisagismo, conforto ambiental (iluminação, ventilação, etc); adequação de salas de aula.
 
Recursos humanos e materiais: quantitativos do corpo docente, discente, administrativo e de apoio; vínculos funcionais; distribuição de funções e tarefas; nível de formação inicial e acesso à formação continuada (qualificação). Características dos alunos. Condições de trabalho e estudo de professores na escola. Condições de trabalho dos servidores da escola. Direitos e deveres. Recursos materiais disponíveis e sua adequação: móveis, equipamentos, material didático. 
Gestão da escola: forma de provimento da direção; estilo de gestão; conselho escolar; associação de pais e mestres; grêmio escolar; gerenciamento de recursos materiais e financeiros: política adotada para o atendimento da demanda (oferta de vagas); funcionamento de biblioteca; funcionamento da secretaria; sistema de coleta e registro de dados.
 
Organização da escola e do ensino: estatuto, regimento, planos e projetos existentes; distribuição e ocupação do tempo e dos espaços pedagógicos; constituição de turmas; número de turmas; períodos ou turnos de funcionamento; organização em séries ou ciclos; existência de classes de aceleração; sistema de recuperação; distribuição do tempo escolar; condições de atendimento a portadores de necessidades especiais; condições de atendimento a jovens e adultos. 
Relações entre a escola e a comunidade: formas de participação da comunidade educativa (pais, autoridades locais, associações de moradores, clubes de mães); parcerias com entidades, órgãos públicos e empresas; parcerias com organizações da sociedade civil; relacionamento com outras escolas; utilização dos espaços da escola pela comunidade; trabalho voluntário; relacionamento escola-família (APM); participação dos alunos (Grêmio); relações da escola com o órgão gestor da educação (Secretaria Municipal de Educação). 
Currículo: Verificar como a escola vem trabalhando: o atendimento à base nacional comum; como está posta a parte diversificada; forma de composição curricular; definição de conteúdos curriculares; interdisciplinaridade (integração de disciplinas) e transversalidade (definição de temas transversais); distribuição do tempo pelos componentes curriculares; orientação didática adotada; atividades didáticas integradas; adequação dos materiais da biblioteca ao currículo; materiais didáticos adotados: escolha e adequação; parâmetros de avaliação adotados; instrumentos de avaliação. 
Resultados educacionais
Desempenho escolar dos alunos: aprovação, reprovação e evasão. Relação entre idade e série. Medidas que estão sendo tomadas para a melhoria do desempenho dos alunos.
Desempenho global da escola: avaliação do desempenho global da escola: índices alcançados em relação a outras escolas do município e do estado. Dados do censo escolar. Medidas que estão sendo tomadas em relação a problemas. Relações institucionais e com a comunidade atendida.
 
Convivência na escola
 
Relações interpessoais na escola. Formas de tratamento de questões de violênciaexterna, interna; indisciplina.
 
3. DEFINIÇÃO DAS BASES DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO OU PROPOSTA PEDAGÓGICA
 
Diretrizes
 
Tendo em vista os resultados do diagnóstico, definição dos compromissos gerais a serem assumidos pelo coletivo da escola. Concretização da Política Educacional do Sistema no âmbito da unidade escolar, tendo em vista o atendimento de suas características particulares, quanto a gestão (aspectos administrativos, financeiros e pedagógicos) e ação docente e atividades de apoio.
Fundamentos
 
Concepções, conceitos e princípios que fundamentarão o trabalho da escola: conceito de educação, papel da educação, papel da escola pública, concepção de aprendizagem, concepção de avaliação, perfil do cidadão a ser formado etc.
 
Dispositivos legais
 
Dispositivos legais e normativos a serem considerados e o que eles determinam em relação à educação escolar. Ver: Constituição federal de 1988, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9934/96), Plano Nacional de Educação, Plano estadual de Educação, Plano Municipal de educação, Parâmetros Curriculares Nacionais, disposições do CNE, e do CEE e do CME, regimento da escola.
 
Currículo
 
Concepção de currículo a ser trabalhada. Objetivos gerais e específicos a atingir Base comum. Definição da parte diversificada. Definição da forma de composição curricular. definição de conteúdos curriculares e sua distribuição no tempo. Definição da orientação pedagógica a ser adotada. Definição de parâmetros, critérios e formas de avaliação da aprendizagem. Definição de critérios para elaboração, escolha e uso de material didático. Definição de espaços pedagógicos interdisciplinares e temas transversais. Aspectos ou áreas prioritárias no que diz respeito à aprendizagem.
 
4. PLANO DE ATIVIDADES
Prioridades
 
Considerar os problemas mais urgentes ou mais graves detectados no diagnóstico, em relação a: contexto da escola, características da escola, resultados educacionais e convivência na escola.
 
Objetivos 
Definir objetivos gerais e específicos em relação aos problemas definidos, quanto a: contexto da escola, características da escola, resultados educacionais e convivência na escola.
 
Metas
Para cada objetivo específico, definir metas. Metas são desdobramentos dos objetivos que indicam os resultados esperados em termos quantitativos e em determinados prazos. 
Previsão e provisão de recursos
 
Definir a necessidade de recursos para o alcance de objetivos ou metas.
 
5. IMPLEMENTAÇÃO do PPP
Acompanhamento e assistência à execução
 
Prever o modo pelo qual a equipe de direção da escola deverá acompanhar a execução do Plano, bem como o trabalho dos professores, apoiando-os nas dificuldades que surgirem, provendo os recursos necessários, etc. Poderão ser previstas reuniões periódicas para discussão do andamento do projeto.
 
Avaliação
 
O projeto deve ser objeto de avaliação contínua para permitir o atendimento de situações imprevistas, correção de desvios e ajustes das atividades propostas. Podem ser previstos momentos de avaliação (semestral, anual, bianual), com participação de toda a comunidade escolar.
PLANO DE ENSINO
PROGRAMA ANUAL
CURSO: 
DISCIPLINA:					PROFESSORA: 
TURNO:					CARGA HORÁRIA: horas/aula
SÉRIE:					 	TURMA:	 			ANO: 
EMENTA
JUSTIFICATIVA
OBJETIVOS
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1º Bimestre
2º Bimestre
3º Bimestre
4º Bimestre
METODOLOGIA DE ENSINO
RECURSOS TECNOLÓGICOS (DIDÁTICOS)
AVALIAÇÃO
REFERENCIAL TEÓRICO
INDICAÇÃO DE LEITURAS PARA ALUNOS�
PROJETO INTERDISCIPLINAR
1-Etapa da Educação Infantil / Ano de escolaridade:
2-Duração do Projeto: 
3-Tema: 
4-Subtema:
5-Componentes Curriculares envolvidos (mínimo três):
6-Problema / Justificativa:
7-Produto final:
8-Objetivos:
9-O que o professor deve garantir no decorrer do Projeto:
10-Etapas previstas (organizar sequências de atividades semanais ideais para aprendizagem em questão):
11-Recursos:
12-Avaliação do aluno e do professor:
13-Referências:
PLANO DE AULA
	Tema central:
Objetivos:
Conteúdo:
	Procedimentos de ensino
	Recursos
	Procedimentos de avaliação
	
	
	
	Escola: Disciplina: Data:
Série: Professor:
	Unidade didática:
	Objetivos Específicos
	Conteúdos
	Nº aulas
	Desenvolvimento Metodológico
	
	
	
	Preparação:
Introdução do assunto:
Desenvolvimento e estudo ativo do assunto:
Sistematização e aplicação:
Tarefas para casa:
	Avaliação:
	Referencial teórico:
(Modelo de José Carlos Libâneo (Pedagogia crítico-social dos conteúdos).
REFERÊNCIAS
BORDENAVE, Juan Díaz; PEREIRA, Adair Martins. Estratégias de ensino-aprendizagem. 11 ed. Petrópolis: Vozes, 1989. p. 117-118.
GADOTTI, M.; FREIRE, P.; GUIMARÃES, S. Pedagogia: diálogo e conflito. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2000. 


GANDIN, D. A prática do planejamento participativo. 2.ed. Petrópolis: Vozes, 1994. 

_________ . Planejamento como prática educativa. 7.ed. São Paulo: Loyola, 1994.
LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão escolar: teoria e prática. 4. ed. Goiânia: Editora alternativa, 2001
________. Didática. São Paulo: Cortez, 1991. 
LÜCK, H. Planejamento em orientação educacional. 10. ed. Petrópolis: Vozes, 1991. 


MARTINS, José do Prado. Didática geral. São Paulo: Atlas, 1988.
NÉRICI, Imídeo G. Introdução a Didática Geral. Rio de Janeiro: Ed. Científica.
PADILHA, R. P. Planejamento dialógico: como construir o projeto político-pedagógico da escola. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2001.
PILETTI, Claudino. Didática Geral. 23 ed. rev. São Paulo: Ática, 2003. 
SANT'ANNA, F. M.; ENRICONE, D.; ANDRÉ, L.; TURRA, C. M. Planejamento de ensino e avaliação. 11. ed. Porto Alegre: Sagra / DC Luzzatto, 1995. 
VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: plano de ensino-aprendizagem e projeto educativo. São Paulo: Libertad, 1999. 
VEIGA, I. P. (Org.). Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. 13. ed. Campinas: Papirus, 2001.

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