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Diego Rivera Capitalismo Gênese e desenvolvimento figu eie d o .ken ia@ gm ail.co m - m aterial FH TM 1 - U n B Contexto político,econômico e social Capitalismo Modo de produção antagônico e contraditório que instituiu-se como um divisor de águas na história e na relação entre os homens. Portanto, não está presente apenas no modo de produção, mas define as relações entre os homens. A Alienação é um elemento fundante da existência social no mundo capitalista. figueiredo.kenia@gmail.com - material FHTM1 - UnB Revolução Industrial Mobilizou os trabalhadores das aldeias para as cidades. A existência de força de trabalho e a garantia da rápida reprodução dos trabalhadores foram pré-requisitos para a expansão do capitalismo. Ampliar a classe trabalhadora era ampliar as possibilidades de expansão do capitalismo. Símbolo do capitalismo em sua fase industrial: a concorrência entre os trabalhadores. figueiredo.kenia@gmail.com - material FHTM1 - UnB Estratégias da burguesia neste período (séc. XVIII e XIX): Articulação para a revogação: • Estatuto dos Aprendizes: O trabalhador não podia se associar e estava subordinado ao Senhor Feudal • Estatuto dos Residentes e Lei do Assentamento: impedido de se deslocar de sua aldeia sem permissão por escrito • Lei dos Pobres * (Séc. XIV): A Lei dos Pobres implicava na destituição da cidadania, sendo a pobreza considerada uma questão de caráter. Eram confinados e eram obrigados a trabalharem independente de salário e oficio figueiredo.kenia@gmail.com - material FHTM1 - UnB Estratégias da burguesia neste período (séc. XVIII e XIX) Na legislação dos pobres estava previsto caso houvesse fuga ou resistência as seguintes punições: enforcamento; marcação dos pobres com ferro em brasa. Na legislação trabalhista a repressão era mais velada: fome; desabrigo e miséria. figueiredo.kenia@gmail.com - material FHTM1 - UnB Estratégias da burguesia neste período (séc. XVIII e XIX) - Barateamento das mercadorias e gêneros alimentícios, para conservar os salários baixos; -Garantia de acesso aos alimentos básicos para manutenção da energia para o trabalho; Proporcionar condições mínimas de subsistência ao exército industrial de reserva. -Manutenção do Estatuto dos trabalhadores (1349) que proibia reclamações de salário e condições de trabalho*. *No século XVII os trabalhadores ficaram 40 anos sem reajuste de salário. figueiredo.kenia@gmail.com - material FHTM1 - UnB Estratégias da burguesia neste período (séc. XVIII e XIX) Fim das Casas de Correção. Instituição das Casas do Trabalho e das Caixas dos Pobres (concessão de auxilio semanal ou mensal). Revificação da figura do Inspetor dos Pobres: o atendimento implicava assumir-se dependente do poder público, significando estar subordinado totalmente as normas e regulamentos. Identificação com a Escola Filantrópica*: * Escola Humanitária: lastima o lado mau das relações de produção; Escola Filantrópica: Nega a necessidade de antagonismos; quer converter todos os homens em burgueses. figueiredo.kenia@gmail.com - material FHTM1 - UnB Surgimento da Sociedade de Organização da Caridade – (l869). Dá origem ao Serviço Social: prática humanitária, sancionada pelo Estado e protegida pela Igreja, como uma mistificada ilusão de servir. A origem do Serviço Social tem a marca do capitalismo: alienação, contradição e antagonismo. figueiredo.kenia@gmail.com - material FHTM1 - UnB Surgimento da Sociedade de Organização da Caridade – (1869). “A burguesia procurava atemorizar o proletariado com a imagem de um bloco monolítico de poder resultante de sua fortalecida aliança com o Estado e com a Igreja, fazendo da Sociedade de Organização da Caridade e de seus agentes os modernos guardiões da “questão social”. figueiredo.kenia@gmail.com - material FHTM1 - UnB Estratégias dos trabalhadores Movimento pela revogação da Lei dos Pobres e pelo reposicionamento das bases da assistência pública, eliminando de seu contexto a exclusão da cidadania. 1829 – Criação do Sindicato dos Tecelões; 1830 – Criação da Associação Nacional de Proteção ao Trabalho; 1834 – Criação do Sindicato Geral Nacional Consolidado. (Fluxo irregular visto as prisões e mortes dos lideres). 1836 – Criação da Associação Geral dos Trabalhadores. figueiredo.kenia@gmail.com - material FHTM1 - UnB Estratégias dos trabalhadores 1838 - Luta pela aprovação no parlamento da Carta do Povo – movimento do cartismo. Propunha: – Sufrágio universal para todos os homens adultos,sãos de espírito e não condenados por crime; – Renovação anual do parlamento; – Fixação de remuneração parlamentar, para que os candidatos sem recursos possam igualmente exercer o mandato; – Eleições por escrutínio secreto; – Circunscrições eleitorais iguais, possibilitando representações eqüitativas; – Abolição da disposição que dá elegibilidade apenas para os proprietários de terra, dando a todos o direito à elegibilidade. figueiredo.kenia@gmail.com - material FHTM1 - UnB Estratégias dos trabalhadores Realização de várias greves que levaram à conquista de: – Regulação da jornada de trabalho infantil e a extensão de 10 horas para todos os operários fabris ingleses; – Criação de tribunais de oficio para cuidar de causas trabalhistas, especialmente aquelas envolvendo menores – Educação básica elementar assumida pelo Estado. figueiredo.kenia@gmail.com - material FHTM1 - UnB Estratégias dos trabalhadores Consciência de classe“em si” e “para si”. Em Si = reconhecimento de sua situação de classe diante do capital. Para Si = classe política. Ultrapassa as questões internas, especificas e assume conscientemente seu sentido histórico de classe, lutando por seus ideais. 1863 – Surgimento da Associação Internacional dos Trabalhadores Organização dos Partidos Trabalhistas Nacionais figueiredo.kenia@gmail.com - material FHTM1 - UnB Questão Social Já se expressava de forma contundente em duas faces; Política: representada pelo avanço do movimento dos trabalhadores; Social: representada pela acumulação da pobreza, pela generalização da miséria. LUTA DE CLASSES figueiredo.kenia@gmail.com - material FHTM1 - UnB Contexto político, econômico e social - as bases históricas para a gênese do Serviço Social Primeira Grande Depressão (1873-1896) ou II Revolução Tecnológica Marca a transição do capitalismo concorrencial ao capitalismo monopolista. figueiredo.kenia@gmail.com - material FHTM1 - UnB De 1760 a 1830, a Revolução Industrial ficou limitada à Inglaterra, a oficina do mundo. Para manter a exclusividade, era proibido exportar maquinário e tecnologia. Mas a produção de equipamentos industriais superaria logo as possibilidades de consumo interno e não seria possível conter os interesses dos fabricantes. Além disso, as nações passaram a identificar o poderio de um país com seu desenvolvimento industrial. E o processo se difundiu pela Europa, Ásia e América. figueiredo.kenia@gmail.com - material FHTM1 - UnB A tecnologia industrial avançou, a população cresceu, os movimentos imigratórios se intensificaram. No fim do século XIX, sobreveio a primeira Grande Depressão (1873 - 1896), que fortaleceu as empresas pela centralização e concentração do capital. Iniciou-se aí nova fase do capitalismo,a fase monopolista ou financeira, que se desdobrou na exportação de capitais e no processo de colonização da África e da Ásia. figueiredo.kenia@gmail.com - material FHTM1 - UnB Capitalismo Concorrêncial Segundo Tavares (2009) a empresa era familiar e a divisão do trabalho se constituia apenas na decomposição das atividades artesanal, sendo que o trabalho coletivo era a combinação de muitos trabalhadores parciais e já se potencializava a produção e a mais valia. Entre a gênese e o capitalismo industrial ou concorrêncial passaram-se 300 anos. A acumulação era pequena, mas o suficiente para em 100 anos passar para a fase do capitalismo monopolista. figueiredo.kenia@gmail.com - material FHTM1 - UnB Grande Deflação: “nenhum período foi mais drasticamente deflacionário que 1873-1896.” Hobsbawm (1998) A agricultura foi particularmente penalizada: o preço dos produtos agrícolas despencou. Em 1894 o preço do trigo era cerca de dois terços inferior ao registrado em 1867. Os trabalhadores agrícolas, (maioria esmagadora da força de trabalho masculina na maioria dos paises – Itália, Espanha, Austria-Hungria - a exceção da Inglaterra) migraram para terras bem distantes (migrações ultramarinas) figueiredo.kenia@gmail.com - material FHTM1 - UnB A fotografia Migrant Mother, uma das fotos estadunidenses mais famosas da década de 1930. Mostra uma mãe de sete crianças, de 32 anos de idade, na California, em busca de um emprego ou de ajuda social para sustentar sua família. Seu marido havia perdido seu emprego em 1931, e morrera no mesmo ano. figueiredo.kenia@gmail.com - material FHTM1 - UnB • Gestação dos elementos que conformaram a IIª Revolução industrial: aço, motor a combustão interna, química fina e eletricidade, com a incorporação da ciência aos processos de produção; • Aumento das escalas de produção, com a consequente centralização do capital produtivo e o controle dos mercados por grandes empresas; • Concentração do sistema bancário; • Difusão das sociedades anônimas como forma de organização das empresas; • Estreitamento das relações entre bancos e indústria por meio do crédito de capital (Alemanha) e da fusão de interesses entre os negócios bancários e industriais (EUA); • Convergência explícita entre economia e política por meio da ação do Estado na imposição de tarifas protecionistas, na promoção dos negócios e na corrida imperialista. figueiredo.kenia@gmail.com - material FHTM1 - UnB Primeira Grande Depressão ↓ 1a grande Guerra (1914 a 1918) Revolução de 1917 na Rússia; - Crise de 1929 (Grande Depressão); - 2a Guerra Mundial (1939 a 1945). figueiredo.kenia@gmail.com - material FHTM1 - UnB Caracterização da QUESTÃO SOCIAL • Indices de desemprego crescentes; • Generalização do pauperismo e suas consequencias; • Alteração da estrutura social ( crescimento dos impérios econômicos – solidez do capitalismo monopolista – generalização da miséria; • Proletariado fortalecido Proletariado e classe dominante circundados por uma massa de trabalhadores famintos já expulsos do mercado figueiredo.kenia@gmail.com - material FHTM1 - UnB Capitalismo Monopolista Há um a reorganização da vida social, alterando papéis femininos, transferindo para o mercado quase todas as atividades tradicionalmente a cargo da família. Com isto aumenta a necessidade de instituções como escolas, hospitais, prisões, manicômios e também, de assistência social (Tavares, 2009) Os métodos de produção inaugurados - Fordismo, Taylorismo, Keynesianismo articulam um modelo de desenvolvimento que entra em crise a partir da década de 1970, sendo substituido por outro modelo – o Toyotismo. figueiredo.kenia@gmail.com - material FHTM1 - UnB Bibliografia • MARTINELLI, Maria Lúcia. Serviço Social: identidade e Alienação. 2ª ed. São Paulo. Cortez, 1991. pgs 53 a 113 • TAVARES, Maria Augusta. Acumulação, trabalho e desigualdades sociais. In: Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: Cfess/Abepss, 2009. figueiredo.kenia@gmail.com - material FHTM1 - UnB GENTE “... Gente quer comer Gente quer ser feliz Gente quer respirar ar pelo nariz Não meu nego, não traia nunca essa força, não Essa força que mora em seu coração...” caetano veloso figueiredo.kenia@gmail.com - material FHTM1 - UnB Responda as seguintes questões: 1- Explique: • o que é Questão Social. • como a Igreja contribuiu para o desenvolvimento e fortalecimento do capitalismo. • a relação entre a origem do Serviço Social e o capitalismo. 2- O Serviço Social é uma evolução da ajuda? Por que? figueiredo.kenia@gmail.com - material FHTM1 - UnB