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As Lutas na Educação Física Escolar

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CHARLES CARLOS DUTRA
ISAMARA SCHIOCHET GAUER
PRISCILA PEREIRA DIAS
MARCOS FELIPE RAYZEL
Sistema de Ensino Presencial Conectado
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Campos Novos
2018
AS LUTAS ENQUANTO CONTEÚDO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
 
	
 CHARLES CARLOS DUTRA
ISAMARA SCHIOCHET GAUER
PRISCILA PEREIRA DIAS
MARCOS FELIPE RAYZEL
AS LUTAS ENQUANTO CONTEÚDO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
Trabalho de Portifólio em grupo ao Curso de educação fisica licenciatura da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial obtenção de média bimestral as disciplinas de: Fisiologia do Exercício; Metodologia do Ensino de handebol; Metodologia do Ensino do Futsal e Futebol; Metodologia do Ensino de Lutas; Seminários da Prática: Metodologia do Ensino da Educação Física - Jogos coletivos e Lutas
Orientador: Prof. Lúcio Caldeira; Prof. Raphael Testa; Prof. Márcio Teixeira; Prof. Anderson Nascimento; Prof. Douglas Kratki. 
Tutor de sala: Artemio Greef Junior
Tutor Eletrônico: Franciele Fernanda Souza Ferreira
 
Campos Novos
2018
1. INTRODUÇÃO
 Desde muitos períodos os indivíduos vêm transformando a cultura, onde a história se carregou de manifestações, demonstrando as mais variadas formas e estilos da humanidade. Em meio a tantas modalidades de esportes, jogos coletivos e individuais trabalhados na área da Educação Física Escolar, os esportes de combates, como lutas e artes marciais também podem colaborar com a formação sociocultural, histórico-crítico, físico e competitivo dos alunos.
 As lutas são disputas em que os oponentes se utilizam de artifícios e estratégias de equilíbrio/desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão, de um espaço de combate, caracterizando‐se por uma regulamentação específica, com o fim de punir caráteres de violência e deslealdade para o desenvolvimento de ações de ataque e defesa (PCNs 1998).
 O termo arte marcial refere-se às técnicas de combate ligadas à guerra. Nesse sentido, as artes marciais mais populares são: Judô, Karatê, Tae-kwon-do, Kung‐fu, Muai Thay, Jiu-jítsu e a Capoeira, os quais possuem distintas interpretações.
 A grande diferença entre as lutas na escola para as artes marciais seria que não existem técnicas pré‐estabelecidas. Logo, conforme o aluno vai lutando, vai desenvolvendo suas próprias técnicas, sendo que para alcançar o objetivo de a criança ser um ser ativo, encontrando seus próprios métodos, faz-se necessário que desvincule as lutas escolares das artes marciais.
Outra grande diferença entre as lutas escolares e as artes marciais é que o resultado do combate não tem grande valor e a rivalidade deve perder importância em relação às experiências corporais. 
 Isto posto, a finalidade básica deste trabalho é verificar as modalidades de lutas e artes marciais que são modalidades olímpicas e também os membros das capacidades motores existentes na modalidade de lutas e artes marciais.
2. DESENVOLVIMENTO
Com a grande ampliação das armas de guerra, os duelos físicos foram rareando e as Artes Marciais foram “migrando” para o esporte, perdendo inclusive muitas de suas distinções.
O Judô (que significa caminho da suavidade) não tem praticamente mais nada de suave. O atleta quando golpeado, em vez de empregar as práticas de queda e amortecimento que foram criadas para enfraquecer o choque da queda, tenta de toda forma apoiar uma mão, o ombro ou outras partes do corpo para descaracterizar o “Ippon” que é o nocaute do judô e assim como resultado dessas ações, aparecem as graves contusões de clavícula, antebraço e punho.
De outro lado, o boxe apesar de também ser uma luta, ultimamente tem um conceito mais ligado a uma prática esportiva. 
Por sua vez, a capoeira é uma expressão cultural brasileira que combina luta, dança, cultura popular, música, esportes, artes marciais e até brincadeira. Uma particularidade que a caracteriza da maioria das outras artes marciais é o caso de ser acompanhada por música. A música é essencial na capoeira e é ela que determina o estilo do “jogo”. Capoeira não se “luta”, capoeira se “joga”. Os movimentos podem ser vagarosos ou rápidos, de ataque ou defesa, mas estão continuamente sendo realizados no ritmo da música, que é tocada pelos próprios capoeiristas.
Nessa senda, indaga-se: Quais são as lutas que estão nas Olimpíadas presentemente? 
A lutas e artes marciais dos Jogos Olímpicos são: o Judô, Taekwondo, Boxe, Luta (dividida em dois tipos de luta: "Wrestling" ou Luta Livre e Luta Greco-Romana). Alguns consideram também o combate com armas: a Esgrima, que utiliza três armas (florete, sabre e espada) e armas sem combate (tiro com arco e flecha e tiro com arma de fogo e ar comprimido). 
Veja-se, a seguir, as modalidades: 
2.1 JUDÔ 
Ao contrário de algumas modalidades cuja história não consegue distinguir quem é o “inventor” do esporte, o judô tem DNA irrefutável: seu “gerador” é o Japonês Jigoro Kano. Em 1882, ele fundou o Instituto Kodokan, que, desde o início, pregou que a evolução técnica do praticante do judô estivesse ligada a um avanço espiritual, com base nos ensinamentos orientais que determinam que “muitas vezes é preciso ceder para vencer”. 
O esporte chegou ao Brasil por volta de 1922, quando Eisei Maeda – ou o Conde de Koma, como era chamado fez sua primeira apresentação no país, em Porto Alegre, depois partindo para Rio de Janeiro e São Paulo. Apesar do esforço de Maeda e de outros mestres, foram necessários vários anos até que o Judô se divulgasse no Brasil. 
O procedimento teve início em 1938, quando um grupo de japoneses desembarcou no Brasil. Liderados pelo professor Riuzo Ogawa, eles constituíram a Academia Ogawa, que passou a lecionar a modalidade. A partir dali o judô foi ganhando força e foi incluído pela primeira vez nas Olimpíadas em Tóquio, em 1964, como demonstração. Afastado na edição seguinte, Cidade do México 1968, a modalidade retrocedeu quatro anos depois, em 1972 nos Jogos Olímpicos de Munique, quando adveio a valer medalha, sendo disputada até os dias atuais. Nessa mesma edição, o japonês naturalizado brasileiro Chiaki Ishii subiu ao pódio para ganhar a medalha de bronze na categoria meio - pesado, e assim colocando seu nome na história como o primeiro praticante de judô do país a conquistar uma medalha olímpica. 
Ressalta-se que somente em Barcelona no ano de 1992, aproximadamente 20 anos depois é que as mulheres foram aceitas para começarem a competir. As categorias eram definidas conforme o peso, e a demarcação dos ganhadores das medalhas de ouro e prata eram claras após os combates em eliminação simples, seguindo o cruzamento. Duas medalhas de bronze são distribuídas no sistema de repescagem. Golpes no rosto ou que possam ocasionar lesões no pescoço ou vértebras no judô não são permitidos. Quando ocorre um desses golpes citados acima, o lutador é penalizado, e com reincidência da ação pode posteriormente ser desclassificado.
2.2 BOXE
O boxe é um esporte de combate no qual os boxeadores usam tão-somente os punhos, tanto para defesa, como para o ataque. A palavra deriva de inglês box, que significa bater, ou pugilismo (bater com os punhos). 
Remontando aos séculos XVIII e XIX, quando de seu surgimento na Inglaterra, o boxe era praticado com as mãos despidas. Essas lutas com as mãos descobertas eram repetidamente brutais, de modo que o boxe acabou passando por mudanças, em 1867, com a formulação das regras, que previam rounds de três minutos, separados por um intervalo de um minuto, além do uso obrigatório das luvas. Essas regras ingressaram em vigor em 1872. 
O boxe foi inicialmente avaliado como um esporte olímpico, na 23ª olimpíada; onde o vitorioso foi (Onomastus de Esmirna), que foi quem definiu as regras do esporte.Em seguida, quando do ressurgimento dos jogos olímpicos da era moderna, nas olimpíadas de 1896, em Atenas, o boxe não foi incluído como uma das modalidades da competição. A partir das olimpíadas de 1904, em St. Louis voltou a ser incluído, e desde então foi praticado em todas suas edições futuras, com exceção às olimpíadas de 1912, em Estocolmo. 
Em relação a aplicação dos golpes e técnicas do boxe, e para que as metodologias sejam aproveitadas com agilidade, é necessário ao competidor habilidades em suas capacidades motoras, como por exemplo; velocidade, força e coordenação, e não são permitidos golpes baixos (abaixo da linha da cintura).
Tem- se então, como os seus principais golpes dentro desse esporte o soco cruzado (aplicado na lateral da cabeça do adversário), o “Jab” (golpes preparatórios de baixo impacto e rápidos), o direto (soco frontal) e o “upper” (também conhecido como gancho, ocorre de baixo para cima atingindo o queixo). 
2.3 TAEKWONDO 
Surgiu a milhares de anos e nos primórdios talvez tenha sido usado como meio de defesa dos ataques de animais selvagens. Foram desenvolvidos vários movimentos de defesa pessoal e contra-ataque, em que estas defesas se baseavam em sistemas de blocagens e os ataques em pontapés e socos, que é agora o significado de Taekwondo. 
O surgimento do Taekwondo na sua forma mais recente ocorreu em 1960, onde foi considerado como membro oficial da Associação Amadora Desportiva da Korea em 1961, e foi admitido como um acontecimento oficial pela primeira vez nos 43º Jogos Nacionais na Korea nos de 1962. Neste mesmo ano deu -se o primeiro Campeonato Mundial de Taekwondo, em que mais de 200 campeões de sete nações competiram entre si neste grande acontecimento, e foi onde resultou que o Taekwondo começou a ser reconhecido internacionalmente. 
O Taekwondo foi introduzido no Comitê Olímpico Internacional em julho de 1980. Em 1982 o Comitê Olímpico Internacional determinou uma demonstração oficial de Taekwondo nos Jogos Olímpicos de 1988, em Seul, Coreia do Sul. Demonstração repetida posteriormente em Barcelona 1992. No dia 4 de setembro de 1994, o Taekwondo foi admitido como modalidade olímpica oficial para o ano 2000, nas 27ª Olimpíadas de Sidney. A sua inclusão no programa Oficial dos jogos olímpicos foi votada na 103ª Reunião do Comitê Olímpico Internacional. Esse é talvez o momento mais alto da história do Taekwondo, sua presença nos Jogos Olímpicos de Seul, na condição de demonstração do esporte nacional (um velho costume dos Jogos Olímpicos, entretanto extinto). O sucesso dessa presença levou à sua repetição, com o mesmo estatuto, em 1992 (Barcelona), até que o Taekwondo foi oficialmente adotado como modalidade olímpica em Sidney, em 2000. Constitui, a par do Judô (e num sentido mais lato, do Boxe e da Luta Livre), o restrito leque de artes marciais com esse estatuto.
2.4 GRECO ROMANA OU LUTA LIVRE 
A luta livre teve sua origem na Grécia Antiga. A luta livre era um esporte de grande importância nos festivais gregos. Era parte do Pentatlo na Grécia Antiga, um campeonato atlético que também incluía corrida, saltos, lança e lançamento de discos.
Os gregos adotavam a luta livre como uma excelente forma de desenvolver a desenvoltura física e mental. E todo este apreço pela modalidade fez com que passasse a ser um esporte oficial nos Jogos Olímpicos a partir de 704 a.C. 
As competições de luta livre são mencionadas na literatura grega, incluindo a Odisseia de Homero, que data de 800 a.C. A moderna luta greco-romana foi desenvolvida na França no início do século 19, e era parte do treinamento dos soldados de Napoleão. 
Em sua versão moderna, a luta livre é mais um esporte que uma arte marcial. No entanto, não se deve confundí-la com a luta livre, pois a luta grego-romana segue um estilo rigidamente centrado na parte superior do corpo, em que o competidor pode usar somente os membros superiores e atacar o oponente acima da cintura. O objetivo é imobilizar os dois ombros de um adversário até a rendição. Os principais golpes são takedown e suplê. 
Não são permitidos: joelhadas, cotoveladas, puxar o cabelo, atingir os olhos, estrangulamentos, entre outros de caráter violento ou desleal. A luta greco-romana integra os Jogos Olímpicos modernos desde 1896, mas nos últimos anos a luta livre e a greco-romana têm entrado em declínio. Muitas instituições retiraram o esporte do currículo, e ainda corre o risco de ser eliminada dos Jogos Olímpicos devido a modificações em sua estrutura. 
2.5 ESGRIMA 
O nome Esgrima significa "proteger". É um esporte que evoluiu da antiga forma de combate, em que o objetivo é tocar o adversário com uma lâmina, ao mesmo tempo que se evita ser tocado por ele. A Esgrima é considerada uma arte marcial de origem militar com utilização de arma, que poder ser o florete, a espada e o sabre. 
 Os esgrimistas usam roupas especiais de proteção para o combate, com o propósito de evitar com que os oponentes se machuquem. Máscara metálica, luvas e colete protetor são equipamentos obrigatórios para os homens. Além destes equipamentos, as mulheres usam também protetores para os seios. A Federação Internacional de Esgrima só foi criada em 1913. O primeiro Campeonato mundial da modalidade aconteceu em 1921, em Paris, mas a história da esgrima nos Jogos Olímpicos começou antes. Já em Atenas (1896) houveram provas do esporte. Desde então, a esgrima nunca deixou de estar presente em uma edição das Olimpíadas. 
Os jogos olímpicos é uma grande oportunidade para os atletas mostrarem suas modalidades de lutas, nas suas categorias de lutas e artes marciais.
3. A CAPACIDADE FÍSICA DE FORÇA NAS LUTAS E ARTES MARCIAIS
 
Na educação física escolar são aprendidos diversos gestos motores de diferentes modalidades esportivas como, por exemplo, o futsal, vôlei, handball e o basquetebol. Além dos esportes coletivos, o conteúdo das lutas faz parte da cultura corporal de movimento vislumbrado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s).
É possível verificar que existem diferentes tipos de força muscular e qual o tipo de força mais desenvolvida ao praticar lutas e artes marciais e quais são as quatro principais capacidades física, quais sejam: Resistência (capacidade que temos de realizar um esforço por um período prolongado), Flexibilidade (amplitude de movimento máxima de uma articulação), Velocidade (capacidade de deslocar o corpo ou um membro do corpo num menor espaço de tempo possível) e Força (capacidade de vencer uma resistência oposta ao movimento executado). 
Acerca da força muscular é necessário saber que ao treinar a força, é preciso ter em mente qual é o objetivo desejado no treinamento, se é ganhar massa muscular, ganhar força, ter mais potência, melhorar a resistência, etc., pois em cada sessão ou aula precisa-se estabelecer qual será esse objetivo para que os resultados sejam mais eficientes. 
Vamos conhecer os regimes e tipos de força. 
O ser humano possui dois regimes de força: Estático (quando é realizada uma contração muscular contínua, isto é, sem realizar movimento. Por exemplo, ao se manter numa determinada postura como a “postura do cavalo” no Kung-Fu) e Dinâmico (quando se realiza contração e relaxamento um após o outro, ou seja, com movimentação articular). São movimentos dinâmicos como flexões de braço, chutes, socos, etc. No momento, é o regime de força dinâmico que vai nos interessar. 
Dentro deste regime, existem quatro tipos de forças: a) Força Pura ou Máxima: É a maior sob recarga possível que um músculo pode suportar. Este tipo de força é normalmente treinado pelos levantadores de peso, que levantam durante alguns segundos o máximo de peso que conseguem; b) Força de Resistência: é o treinamento com menos sobrecarga e com maior tempo de duração dos exercícios. Necessário desenvolver esta capacidade em corredores maratonistas, por exemplo; c) Força Dinâmica: este tipo de treinamento tem como objetivo aumentar a massa muscular. Utilizado geralmente para fins estéticos e saúde; e, d) Força de Explosãoou Rápida: relacionada à potência muscular, que é a capacidade de exercer um ato de força com a maior energia possível num menor tempo possível. Em boa parte dos esportes é o tipo de força utilizada predominantemente, inclusive nas lutas e artes marciais. 
Ademais, na modalidade de lutas é utilizado, na maioria das vezes, a força de explosão. Num combate é preciso ser forte e rápido ao golpear, esquivar ou contra-atacar o oponente. Na execução das rotinas os movimentos são baseados nas técnicas de diversos tipos de golpes, portanto devem ser executados com velocidade e firmeza.
Portanto, um treinamento para melhorar a força de explosão deve ser realizado de maneira semelhante aos movimentos executados numa luta: os exercícios devem ser executados com maior velocidade, com peso moderado e com intervalos de tempo suficientes para recuperar as fontes de energia do músculo. Se um praticante de artes marciais quiser complementar o seu treinamento com musculação, deve deixar bem claro quais são os objetivos para o professor capacitado, para que ele possa planejar o treino de acordo com as necessidades, pois então o que poderia ajudar o praticante acabaria atrapalhando seu desenvolvimento dentro da arte marcial. 
Além desses citados se trabalham outras capacidades físicas nas artes marciais. É preciso desenvolver resistência para conseguir manter o “fôlego” durante uma luta e na execução de rotinas mais longas e etc., e dependendo da modalidade que se pratica, o desenvolvimento de alguma capacidade física vai predominar mais do que a outra. 
4. ENTREVISTA 
 
1.Qual método ou abordagem de ensino você utiliza em suas aulas para o desenvolvimento do aprendizado de modalidades coletivas? 
R: Abordagem humanista, está centrado nos interesses dos alunos e no seu desenvolvimento geral. 
2. Por que você considera este o método mais adequado para o desenvolvimento destas modalidades? 
R: Por focar não exclusivamente no aprendizado das atividades, mas sim no aprendizado humanista para que no futuro os alunos sejam bons cidadãos. 
3. Você também considera aspectos importantes de outros métodos d e ensino, além do que você costuma utilizar, para tornar o aprendizado dos alunos um processo mais prazeroso e eficaz? 
R: Com certeza, trabalhamos com vários alunos, neste contexto, cada um tem sua forma de aprender, por isso, a necessidade de se uti lizar diferentes métodos de ensino que serão mais adequados para cada um deles. 
4. Além do método que você utiliza com maior frequência, sobre quais outros métodos você têm conhecimento? 
R: Método construtivista, método de Paulo Freire centrado no aluno, na participação, na autonomia e nos interesses dos mesmos. 
5. Na sua graduação, você teve alguma disciplina que abordasse os diferentes métodos de ensino de modalidades coletivas? 
R: Sim, mas não era de uma forma muito aprofundada. 
6. Você se sente preparado para trabalhar o ensino de modalidades coletivas com seus alunos? 
R: Sim, embora com algumas dificuldades encontradas no espaço, eu sempre busco me capacitar e embrenhar-se nas diferentes modalidades coletivas. 
7. Como você prepara os exercícios e atividades que propõe em sua aula? Você trabalha com a progressão dos movimentos para a construção pedagógica de suas aulas? 
R: Analiso as atividades em etapas, alongamentos, aquecimentos, fundamentos. Busco entender a desenvoltura motora de cada aluno, para após ir progredindo nas atividades
5. CONSIDERAÇÕES DO GRUPO SOBRE A ENTREVISTA
Em geral, concluímos a discutir sobre a entrevista, que em muitas escolas ainda a disciplina de lutas não é desenvolvida, no entanto, essa instituição onde realizamos nossa pesquisa, o esporte tem grande consideração e apoio pelos profissionais. O professor entrevistado pratica artes marciais a muitos anos, e como citado nas respostas, atua além de na escola, na academia de artes marciais da cidade, e nos apresentou seus títulos de “faixa preta” e de campeonatos que participa assim como seus alunos na modalidade que desenvolve na escola.
A escola conta com estrutura, os materiais básicos necessários, e a adesão dos funcionários e alunos para que se desmistifique a visão que as pessoas têm sobre essa disciplina na escola, fazendo com que a educação física se torne mais completa e diversificada.
6.CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Fazendo uma passagem pelo mundo das lutas e das artes marciais e Olímpicas, descobrimos que elas são compostas de vários aprendizados e áreas do conhecimento, onde uma determinada modalidade pode trazer dentro dela a noção sobre o corpo, respeito, condicionamento físico, saúde, história, cultura, arte, entre outros aprendizados. 
As lutas e artes marciais estão de forma crescente presentes em nosso dia-a-dia e as crianças estão conhecendo este esporte cada vez mais cedo através de programas nas escolas, especialmente na disciplina de educação física, onde podemos perceber como são importantes essas modalidades para o desenvolvimento dos alunos.
Outrossim, estudos sobre as artes marciais e lutas vem aumentando de forma considerável e vários recursos como artigos, livros e revistas contribuem para que as artes marciais sejam um conteúdo da Educação Física Escolar, já que está dentro da proposta de prática corporal de movimento dos parâmetros curriculares nacionais.
Sabe-se que as lutas devem fazer parte da educação física escolar pelo seu enorme potencial pedagógico, podendo ser abordada de várias formas dentro das aulas, sendo utilizadas como atividade de lazer, defesa pessoal, exercício de aptidão física e coordenação motora, visando que os alunos possam vivenciar as artes marciais e lutas como uma prática pedagógica, aprimorando seus aspectos motores, sociais e cognitivos. 
Dessa forma, a arte marcial é um caminho para compreender que não dá para separarmos o nosso corpo ou trabalharmos somente alguns aspectos e não outros, especialmente quando nos referimos ao corpo, falando tanto do aspecto físico quanto o mental e também o cultural.
 
7. REFERÊNCIAS
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física. Brasília: Secretaria de Educação Fundamental, MEC/SEF, 1998. 
DRIGO, A. Lutas e escolas de ofício: analisando o judô brasileiro. Motriz, Rio Claro, v.15, n. 2, abr./jun. 2009.
FERREIRA, Heraldo Simões; As Lutas na Educação Física Escolar. Fortaleza: Revista de Educação Física, n. 135, 2006. 
NASCIMENTO, P. R.B.; ALMEIDA, L. A tematização das lutas na Educação Física Escolar: restrições e possibilidades. Movimento. Porto Alegre, v.13, n.03, 2007.
OLIVIER, Jean Claude. Das Brigas aos Jogos com Regras: enfrentando a indisciplina na escola. Porto Alegre, Artes Médicas, 2000.
SILVA, José Milton Ferreira da. A Linguagem do Corpo na Capoeira. Rio de janeiro: Sprint, 2003.

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