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Planejamento Tributário

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Departamento de Desenvolvimento Profissional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Planejamento Tributário – Conceitos e Práticas 
Luiz Alves 
Lalves01@gmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
Julho de 2014 
 
 
 
 
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Planejamento Tributário – Conceitos e Práticas 
 
Programa: 
1 – Informações Iniciais Básicas 
1.1 - Objetivos e Conceitos 
1.2 - Elisão e Evasão Fiscal 
1.3 - Norma Anti-Elisão 
 
2 - Lucro Presumido – Apuração IRPJ e CSSL 
2.1 – Objetivos do Lucro Presumido 
2.2 – Pessoas Jurídicas autorizadas a optar 
2.3 – Deduções Permitidas na Formação da Base de Cálculo 
2.4 - Percentuais de Presunção 
 
3 - Lucro Real – IRPJ e CSSL 
3.1 - Adições e Exclusões ao Lucro Real 
3.2 - Adições e Exclusões Temporárias e Permanentes 
3.3 – Prejuízo Fiscal e Base Negativa de Contribuição Social 
3.4 – Lalur – Livro de Apuração do Lucro Real 
 
4 - Aplicações Práticas de Planejamento Tributário 
4.1 - Outras Modalidades de Tributação – Lucro Arbitrado e Simples Nacional 
4.2 - Escolha da Melhor Opção (Real x Presumido) 
4.3 - Planejamento no Lucro Presumido 
4.4 - Distribuição de Lucro no Lucro Presumido 
4.5 - Aspectos Relacionados com a Redução da Carga Tributária 
4.6 – Utilizando a tributação a seu Favor 
4.7 - Juros sobre Capital Próprio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Planejamento Tributário – Conceitos e Práticas 
 
Conceito de Planejamento Tributário 
A despeito da grande importância de todo o seu conjunto de atribuições, o contador tem 
principalmente nas atividades de planejamento tributário a grande oportunidade de dar 
enormes contribuições à alta direção da empresa. 
 
Discute-se a urgente mudança de nosso sistema tributário e a adoção de novos mecanismos 
para simplificação das rotinas tributárias. Enquanto isso não ocorre, as empresas necessitam, 
cada vez mais, de um planejamento tributário criterioso e criativo, que possa resguardar seus 
direitos de contribuinte e, ao mesmo tempo, proteger seu patrimônio. 
Redução de custos é a estratégia que mais se ouve ser empregada nos dias atuais, em todo o 
mundo globalizado. Sem dúvida, para obter o melhor resultado numa economia já não tão 
instável como a brasileira, um dos mais significativos instrumentos de que dispõe as 
empresas, para que possam racionalizar seus custos tributários, sem afrontar as diversas 
legislações que regem os mais diversos tributos, é o planejamento tributário, em todas as fases 
da cadeia de valores do ciclo produtivo e comercial. 
 
Entende-se por planejamento tributário uma forma lícita de reduzir a carga fiscal, o que exige 
alta dose de conhecimento técnico e bom – senso dos responsáveis pelas decisões estratégicas 
no ambiente corporativo. Trata-se do estudo prévio à concretização dos fatos administrativos, 
dos efeitos jurídicos, fiscais e econômicos de determinada decisão gerencial, com o objetivo 
de encontrar alternativa legal menos onerosa para o contribuinte. 
 
Segundo Nilton Latorraca: 
“O Planejamento tributário é a atividade empresarial que, 
desenvolvendo-se de forma estritamente preventiva, projeta os atos e 
fatos administrativos com o objetivo de informar quais os ônus 
tributários em cada uma das opções legais disponíveis. O Objeto do 
planejamento tributário é, em última análise, a economia tributária. 
Cotejando as várias opções legais, o administrador, obviamente 
procura orientar os seus passos de forma a evitar, sempre que 
possível, o procedimento mais oneroso do ponto de vista fiscal”. 
Também, na opinião de Humberto Bonavides: 
“a natureza ou essência do Planejamento Fiscal – ou Tributário – 
consiste em organizar os empreendimentos econômico-mercantis da 
empresa, mediante o emprego de estruturas e formas jurídicas 
capazes de bloquear a concretização da hipótese de incidência 
tributária ou, então, de fazer com que sua materialidade ocorra na 
medida ou no ponto que lhe sejam mais propícios. Trata-se, assim, de 
um comportamento técnico-funcional, adotado no universo dos 
negócios, que visa excluir, reduzir ou adiar os respectivos encargos 
tributários”. 
Dessa maneira, torna-se claro o entendimento de que o planejamento tributário é o estudo das 
alternativas lícitas de formalização jurídica de determinada operação, antes da ocorrência do 
fator gerador, para que o contribuinte possa optar pela que apresente o menor ônus tributário. 
 
 
 
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Planejamento tributário não se confunde com sonegação fiscal. Planejar é escolher, entre duas 
ou mais opções lícitas, a que resulte no menor imposto a pagar. Sonegar, por sua vez, é 
utilizar meios ilegais, como fraude, simulação, dissimulação etc., para deixar de recolher o 
tributo devido. Entende-se ainda por sonegação, toda a ação ou omissão dolosa tendente a 
impedir ou a retardar, total ou parcialmente, o conhecimento por parte da autoridade 
fazendária da ocorrência do fato gerador da obrigação principal. 
 
 
 
Condições necessárias para o Planejamento Tributário Legal 
Qualquer que seja a forma de tributação escolhida pela empresa, pode-se verificar que a falta 
de planejamento estratégico tributário pode deixar a empresa mal preparada para 
investimentos futuros, devido a uma possível insuficiência de caixa, gerando um desgaste 
desnecessário de investimentos forçado para cobertura de gastos que não estavam previstos. 
Para a correta execução das tarefas inerentes ao planejamento tributário, o contador precisa 
aplicar todos os seus conhecimentos sobre a legislação do tributo a ser reduzido, para que, a 
partir desses cenários, possa planejar com bastante antecedência a melhor alternativa para a 
empresa executar suas operações comerciais. 
A finalidade principal de um bom planejamento tributário é, sem dúvida, a economia de 
impostos, sem infringir a legislação. Trata-se do conceito de tax saving, bastante praticado 
pelos norte-americanos. Para alcançar êxito nessa atividade, o contador precisa, com 
profundidade: 
 Conhecer todas as situações em que é possível o crédito tributário, principalmente 
com relação aos chamados impostos não cumulativos – ICMS e IPI; 
 Conhecer todas as situações em que é possível o diferimento (postergação) dos 
recolhimentos dos impostos, permitindo melhor gerenciamento do fluxo de caixa; 
 Conhecer todas as despesas e provisões permitidas pelo fiscocomo dedução de 
receita; 
 Ser oportuno e aproveitar as lacunas deixadas pela legislação, para tanto ficando 
atento às mudanças nas normas e aos impactos nos resultados da empresa. 
 
 
Legislação Tributária e Planejamento Tributário Legal 
De acordo com os preceitos tributários, a vontade das partes não pode ser alterada ou 
modificada, após o fato gerador ter ocorrido. Contudo, nada impede que o contribuinte 
antecipe a ocorrência do fato gerador e comece a projetá-lo e a dimensiona-lo, objetivando a 
economia de impostos. Com esse procedimento, o contribuinte tem a vantagem de adotar, 
entre as opções legais disponíveis, as que com certeza lhe forem mais satisfatórias. 
Fato gerador é a obrigação tributária principal, que tem como objetivo o pagamento tributo; 
é a situação descrita em lei que, uma vez ocorrida, concretamente localizada no tempo e no 
espaço, determina a transferência jurídica, em favor do Estado, da titularidade de certa 
quantia. Nesse mesmo momento, deixa de ser titular dessa mesma quantia. 
 
Num planejamento tributário estratégico, a empresa passa a desenvolver suas atividades de 
forma estritamente preventiva. Também procura projetar de forma clara os atos e fatos 
administrativos, de modo a deixar transparentes para todos os envolvidos, as informações 
sobre os ônus tributários em cada uma das opções legais disponíveis. 
 
 
 
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O planejamento tributário estratégico tem como objetivo fundamental a economia tributária 
de impostos, procurando atender às possíveis formas da legislação fiscal, evitando perdas 
desnecessárias para a organização. Para poder usufruir em toda a sua plenitude de todas as 
formas legais de planejamento tributário, é necessário que o contribuinte esteja bem 
assessorado por uma equipe especializada que saiba realizar o planejamento de tributos sem 
distorcer, alterar ou esconder as obrigações quando o fato gerador assim o exigir. 
De uma forma geral o Planejamento Tributário concentra-se na apuração do Imposto de 
Renda e Contribuição Social da Pessoa Jurídica. É ai, nessa o esforço de redução da carga 
tributária tem se concentrado nas modalidades que apuração esses tipos de tributos. Em 
particular, as modalidades do Lucro Presumido e do Lucro Real costumam ser o alvo do 
esforço para a redução desses tributos. 
 
Conceito de Elisão Fiscal 
A economia tributária resultante da adoção de alternativas legais menos onerosas ou de 
lacunas da lei denomina-se Elisão Fiscal. Portanto, a elisão fiscal é legitima e lícita, pois é 
alcançada por escolha feita de acordo com o ordenamento jurídico, adotando-se a alternativa 
legal menos onerosa ou utilizando-se de lacunas da lei. 
 
É dever de todo administrador maximizar os lucros e minimizar as perdas. Por essa razão, o 
planejamento tributário é um instrumento tão necessário para ele quanto qualquer outro 
planejamento, seja de marketing, de vendas, de qualificação de pessoal, de comércio exterior 
e etc. 
 
A legislação tributária sofre quase que semanalmente, alterações torrenciais, usando e 
abusando da edição e reedição de medidas provisórias, uso e abuso que vem sendo tolerados, 
de forma inexplicável, pelo Legislativo e pelo Judiciário. Essas constantes alterações geram 
confusão e insegurança jurídica. Além disso, essa legislação se contradiz, com frequência, em 
muitos pontos, produzindo diversas alternativas e abrindo lacunas da lei. 
 
Se o agente econômico não for bem assessorado na parte jurídica e contábil, ele não 
conseguirá cumprir infindáveis exigências detalhadas da lei. Sem um bom planejamento 
tributário, será muito difícil competir num mercado globalizado e garantir um bom retorno 
para o capital investido. 
 
Conceito de Evasão Fiscal 
A evasão fiscal, ao contrário da elisão, consiste em prática contrária à lei. Geralmente, é 
cometida após a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária, objetivando reduzi-la ou 
oculta-la. A evasão fiscal está prevista a capitulada na Lei dos Crimes Contra a Ordem 
Tributária, Econômica e Contra as Relações de Consumo (Lei no. 8.137/90). 
 
A citada lei define que constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo 
mediante as condutas discriminadas no seu texto, das quais ressaltam-se as seguintes: 
 
 Omitir informação ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias; 
 Fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo 
operações de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal; 
 Falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda ou qualquer outro 
documento relativo a operação tributável; 
 
 
 
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 Elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documentos que saída ou deva saber 
falso ou inexato; 
 Utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito 
passivo da obrigação tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, 
por lei, fornecida à Fazenda Pública; e 
 Fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar 
outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, do pagamento de tributo. 
 
 
Alterações do CTN - A Lei Anti-elisão 
A lei Complementar no. 104, de 10-01-2001, alterou vários dispositivos do CTN, com a 
finalidade de combater a elisão fiscal. Por meio dessa lei complementar, foi acrescentado ao 
art. 116 do CTN, que dispõe sobre a ocorrência do fato gerador, desconsiderando atos e 
negócios jurídicos. A esse artigo foi acrescentado o seguinte parágrafo único: 
 
 
“A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados 
com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos 
elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem 
estabelecidos em lei ordinária.” 
 
As disposições contidas nesse novo parágrafo único atribuem, à primeira vista, enorme poder 
à autoridade administrativa. 
 
As discussões no meio jurídico tributário, não destaque a expressão dissimular utilizada no 
novo artigo, que na verdade, já se encontram capituladas na legislação tributária. O 
Verdadeiro objetivo foi de questionar os procedimentos , mesmo que legais, utilizados na 
redução de tributo, ou seja, evitar a Elisão Fiscal. 
 
 
 
Lucro Presumido 
O Lucro Presumido é a forma de tributação simplificada do Imposto de Renda (IRPJ) e da 
Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL). A pessoa jurídica cuja receita bruta total, no ano 
calendário anterior, tenha sido igual ou inferior a 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de 
reais), ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicados pelo numero 
de meses de atividade do ano calendário anterior, quando inferior a 12 meses poderá optar 
pelo regime de tributação com base no lucro presumido. 
O Lucro Presumido é um regime tributário das pessoas jurídicas em que o objetivo principal, 
como o próprio nome diz, se trata de uma presunção do lucro para se apurar o tributo devido 
(IRPJ e CSLL). Apresunção citada é estabelecida pela Receita Federal do Brasil de acordo 
com cada ramo de atividade do contribuinte. 
As pessoas jurídicas só poderão optar pelo Lucro Presumido se não estiverem obrigadas ao 
Lucro Real, conforme definido pelo art. 14 da Lei no. 9.718/99, a seguir: 
 
Artigo 14 – Estão obrigadas à apuração do Lucro Real as pessoas jurídicas: 
 
 
 
 
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I – cuja receita bruta total, no ano calendário anterior seja superior ao limite de R$ 
78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais), ou proporcional ao numero de meses do 
período, quando inferior a 12 meses, a partir de janeiro de 2014. 
 
II – cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de 
desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamentos e 
investimentos, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores 
mobiliários e câmbio, distribuidoras de titulos e valores imobiliários, empresas de 
arrendamento mercantil, cooperativa de crédito, empresas de seguros privados e de 
capitalização e entidades de previdências privada aberta; 
 
III – que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; 
 
IV – que autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à 
isenção ou redução do imposto; 
 
V – que no decorrer do ano calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de 
estimativa, na forma do art. 2º. Da Lei no. 9.430/96. 
 
 
 
VI – que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de 
assessoria creditícia, mercadologia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de 
contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de venda mercantis a 
prazo ou de prestação de serviços (factoring). 
 
Momento de opção pelo Lucro Presumido 
Quando a empresa opta pelo Lucro Presumido, essa decisão é definitiva para todo o ano 
calendário. O art. 26 da Lei no. 9.430/96 define que a adesão ao Lucro Presumido dar-se-á 
com o pagamento da primeira e única quota do imposto devido, correspondente ao primeiro 
período de apuração de cada ano-calendário. 
 
Base de Cálculo para Apuração dos Tributos no Lucro Presumido 
Para identificar a base de cálculo do IRPJ das empresas tributadas pelo Lucro Presumido 
deve-se aplicar ao valor considerado como receita bruta os percentuais divulgados em lei de 
acordo com cada ramo de atividade da empresa. 
 
O art. 15 da Lei no. 9.249/95 e art. 25º. Da Lei 9.430/96 determinam os percentuais a 
serem aplicados: 
Percentual - 
% 
Tipo de Receita 
1,6 Na revenda de combustíveis derivado de petróleo, álcool etílico e gás 
natural; 
8 Na venda de mercadorias e produtos; 
8 Na prestação de serviços de transporte e cargas; 
8 Na prestação de serviços hospitalares; 
 
 
 
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8 Na venda de imóveis das empresas com esse objeto social; 
8 Nas industrias gráficas; 
8 Na construção civil por empreitada com emprego de materiais 
16 Na prestação de serviços de transporte, exceto de cargas; 
16 Na prestação de serviços em geral pelas pessoas jurídicas com receita bruta 
anual de até R% 120.000,00, exceto de serviços hospitalares, transporte e 
prof. Regulamentadas. 
32 Na prestação de demais serviços não incluídos nos incisos anteriores 
Fonte: Hiromi Higuchi, 2009. 
 
O Lucro Presumido é determinado, ainda, pela adição em 100% de outras parcelas, além do 
valor resultante da aplicação desses percentuais mencionados, conforme o inciso II do art. 25 
da Lei no. 9.430/96, abaixo descrito: 
 
Os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras, 
as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas pelo inciso 
anterior e demais valores determinados nesta Lei, auferidos naquele mesmo período. 
 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL 
No caso da CSLL, conforme o art. 29 da Lei no. 9.430/96, o percentual de presunção do lucro 
(base positiva), corresponde a 12%, para as empresas comerciais e industriais, da receita 
bruta, e como no IRPJ, o resultado da presunção será acrescido de ganhos de capital, de 
rendimentos de aplicações financeiras e de demais receitas e resultados auferidos no trimestre. 
Já para as empresas prestadoras de serviços de um modo geral, o percentual a ser aplicado 
será de 32%. Tanto na apuração do IRPJ quanto da CSLL, quando uma empresa possui vários 
tipos de atividades, as bases deverão ser montada separando-se as diversas atividades. 
 
 
Alíquota do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ 
Determinada a base de cálculo de acordo com o tópico anterior, deve-se aplicar as alíquotas 
fixadas na legislação vigente. No caso do IRPJ, o art. 3º. Da Lei no 9.245/95 dispõe que o 
valor do imposto a recolher será mediante a aplicação, sobre a base de cálculo, da alíquota de 
15%. 
 
Adicional do IRPJ – Adc. IRPJ 
No caso de o montante identificado como o lucro presumido ultrapassar o limite fixado pelo 
art. 3º. & 1º. Da Lei no. 9.249/95 de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) multiplicados pelo número 
de meses do respectivo período de apuração há incidência do adicional do Imposto de Renda à 
alíquota de 10%, sobre o valor excedente. 
 
Alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL 
Já na CSLL a alíquota será de 9% aplicada ao montante da base positiva (lucro) presumida 
conforme redação do art. 37 da Lei no. 10.637/02. É importante ressaltar que não há adicional 
para essa contribuição. 
 
 
 
 
 
 
 
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Remuneração dos Sócios no Lucro Presumido 
 
Os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados a partir do Mês de 
janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, 
presumido ou arbitrado, não estão sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte, nem 
integrarão a base de cálculo do imposto de renda do beneficiário, pessoa física ou jurídica, 
domiciliado no país ou no exterior. 
No caso de pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido ou arbitrado, poderá 
ser distribuído, a título de lucros, sem incidência de imposto: 
I) O valor da base de cálculo do imposto, diminuída de todos os impostos e 
contribuições a que estiver sujeita a pessoa jurídica; 
II) A parcela dos lucros ou dividendos excedentes ao valor determinado no item I, 
desde que a empresa demonstre, através de escrituração contábil feita com 
observância das lei comercial, que o lucro efetivo é maior que o determinado 
segundo as normas para apuração da base de cálculo do imposto pela qual 
houver optado, ou seja, o lucro presumido ou arbitrado. 
 
Exemplo: 
Valor da base de cálculo do imposto de renda: $ 50.000,00. 
Caso a empresa, tributada pelo Lucro Presumido,não tenha escrituração contábil, poderá 
distribuir o seguinte valor, por exemplo: 
Lucro Presumido= 50.000,00 
(-) Irpj do trimestre (7.500,00) 
(-) Cssl do trimestre (6.750,00) 
(-) Pis/Cifins do trimestre (18.500,00) 
= Valor que pode ser distribuído sem Imposto de Renda na Fonte = 13.250,00 
 
Pelo exemplo acima, observa-se que, para fins de planejamento tributário, é interessante 
manter a escrituração completa, até para fins de avaliação dos resultados e 
acompanhamento da vantagem de optar-se pelo Lucro Presumido. Se por exemplo, o 
Lucro apurado contabilmente, no trimestre, fosse r$ 60.000,00, então, além do R$ 
13.250,00 citados no exemplo, poderiam ser distribuídos, sem Imposto de Renda na Fonte, 
o valor de excedesse, ou seja (R$ 60.000,00 – R$ 13.250,00) = r$ 46.750,00. 
 
Aspectos a considerar no Planejamento Tributário no Lucro Presumido 
O lucro presumido pode permitir planejamento fiscal, desde que sejam consideradas suas 
limitações e restrições específicas, advindas da legislação: 
 
 
Como o percentual do lucro é fixo, o planejamento deve levar em conta: 
1- Se o percentual de cada atividade pode ser reduzido, dentro da tabela, que vai de 1,6 
a 32% de presunção de lucro; 
2- Se os balanços/balancetes demonstram que esta sistemática é vantajosa ou não; 
3- A nova alíquota do Pis (1,65%) e da Cofins (7,6%), para os optantes pelo Lucro Real ; 
e 
4- Se há como reduzir o adicional de 10% do IRPJ, para o lucro presumido trimestral 
acima de R$ 60.000,00, mediante desmembramento em nova empresa. 
 
 
 
 
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Sobre esse item, uma Reflexão: 
Se um negócio tiver 2(duas) ou mais atividades, e uma delas puder ser submetida ao Simples 
Federal, interessante criar uma nova empresa com a participação societária exclusiva das 
pessoas físicas. Neste tipo de planejamento, deve-se levar em conta, a limitação relativa á 
receita bruta anual, conjunta para as 2 empresas, de r$ 3.600.000,00 por ano, a partir de 2012. 
 
Então, 
Cálculo Presumido Simples 
Receita Bruta Anual 480.000,00 480.000,00 
Simples Federal (não 
contribuinte do IPI) alíquota 
média= 8,7% 
 41.760,00 
INSS (valor folha/ano = 
120.000,00 
34.560,00 - 
PIS e COFINS 17.520,00 - 
IRPJ = base 32% 23.040,00 - 
CSSL = base 32% 13.824,00 - 
Total da Tributação 88.944,00 41.760,00 
Diferença / ano até R$ 47.184,00 
 
 
 
 
 
Avaliação de opção tributária quando houver atividades distintas 
As empresas que têm diversas atividades precisam estar atentas á possibilidade de economia 
tributária, especialmente com a elevação da carga fiscal da CSLL no Lucro Presumido, que 
passou de 1,08% para 2,88% sobre o faturamento das empresas prestadoras de serviços. 
Uma das circunstâncias que pode ocorrer é que os resultados, sendo tributado pelo Lucro 
Presumido, estejam onerando os custos do IRPJ e CSLL, sob este regime: 
Imagine-se uma empresa com 2 (duas) atividades: uma, de serviços advocatícios (lucrativa) e, 
outra, de serviços de cobrança (pequeno lucro, mas faturamento alto). 
Admitindo-se que a atividade de serviços advocatícios gere 35% de lucro sobre as receitas, e 
que a receita de cobrança gere um lucro de apenas 5%. 
Se a atividade de cobrança fatura R$ 480.000,00 por ano, o desdobramento da atividade em 2 
(duas) empresas, uma tributada pelo lucro presumido(serviços advocatícios) e outra tributada 
pelo lucro real (cobrança) poderá representar até R$ 31.104,00 por ano de economia fiscal. 
 
 
Cálculos: 
1) Custo IRPJ e CSLL das receitas de cobrança pela modalidade do Lucro Presumido: 
R$ 480.000,00 x 32% = R$ 153.600,00 
IRPJ R$ 153.600,00 x 15% = R$ 23.040,00 
 
CSLL  R$ 153.600,00 x 9% = R$13.824,00 
 
Custo Total pela modalidade do Lucro Presumido= r$ 23.040,00 + r$ 13.824,00 = r$ 
36.864,00 
 
 
 
 
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2) Custo IRPJ e CSLL pela modalidade do Lucro Real: 
Base para o Lucro Real - R$ 480.000,00 x 5% (média do lucro) = r$ 24.000,00 
  R$ 24.000,00 x 24% (15% de IRPJ + 9% CSLL) = R$ 5.760,00 
 Diferença entre as modalidades Presumido e Real= R$ 36.864,00 – R$ 5.760,00 = 
31.104,00 
 
 
Lucro Real 
A Legislação, para disciplinar a sistemática de apuração dos lucro tributáveis ou prejuízos 
posteriormente compensáveis, impõe algumas regras para harmonizar o resultado societário 
ao resultado fiscal. 
Desta forma, por exemplo, algumas despesas, custos, receitas e ganhos embora sejam 
contabilizados para fins societários devem ter os seus efeitos anulados para a apuração do 
resultado fiscal, originando assim ajustes ao lucro contábil, mediante exclusões e adições 
previstas na legislação, para fins de determinar o chamado “Lucro Real”. 
Lucro Real é o lucro líquido do período de apuração (apurado contabilmente) ajustado pelas 
adições, exclusões e compensações, quando houver, prescritas na legislação, para fins de 
determinar o chamado “Lucro Real”. 
 
Exemplo de Prejuízo Fiscal, apurado a partir do lucro contábil: 
1 – Lucro Contábiil apurado na escrituração 20.000,00 
2- Adições - Despesas não dedutíveis + 10.000,00 
3- Exclusões – Receita de Dividendos - (40.000,00) 
4 – Prejuízo Fiscal (1 + 2 + 3) (10.000,00) 
 
Utilização do Lucro Real 
A apuração do IRPJ pelo lucro real é mais comumente feita por médios e grandes 
contribuintes, dado sua relativa onerosidade, pois os controles contábeis exigidos são mais 
amplos que os demais sistemas de tributação (lucro presumido, arbitrado ou Simples). 
 
À opção do contribuinte, a adoção do lucro real pode ser mediante estimativa 
(recolhimento mensal) ou por trimestre. 
 
Pessoas Jurídicas obrigadas ao Lucro Real 
A partir de 1999 estão abrigadas à apuração do lucro real, e , portanto, não podem optar pelo 
Lucro Presumido, as pessoas jurídicas ( Lei no. 9.718/98, art. 14); 
 
I – cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, seja superior a r$ 78.000.000,00 
(setenta e oito milhões de reais), ou a r$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) 
multiplicados pelo numero de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior 
a 12 (doze) meses, a partir de janeiro de 2014. 
 
 
 
II – cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de 
desenvolvimento, caixas econômicas, sociedade de crédito, financiamento e investimento, 
sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e 
câmbio, distribuidora de títulos e valoresmobiliários, empresas de arrendamento mercantil, 
 
 
 
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cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de 
previdência privada aberta; 
 
III – que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundo do exterior; 
 
 
Notas: com base no Ato Declaratório Interpretativo 5/2001 SRF: 
1) Não confundir rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior, com receitas de 
exportação. As exportadoras podem optar pelo Lucro Presumido, desde que não estejam nas 
hipóteses de vedação. A restrição deste item alcança aquelas empresas que tenham lucros 
gerados no exterior (como empresas off shore, filiais controladas e coligadas no exterior, 
etc...). 
 
2) A prestação direta de serviços no exterior (sem a utilização de filiais, sucursais, agências, 
representações, coligadas, controladas e outras unidades descentralizadas da pessoa jurídica 
que lhes sejam assemelhadas) não obriga á tributação do lucro real. 
IV – que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à 
isenção ou redução do imposto; 
 
Nota: como exemplo de benefícios fiscais: o programa BEFIEX (isenção do lucro de 
exportação), projetos incentivados pela SUDENE e SUDAM, etc... 
 
V – que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de 
estimativa, na forma do art. 2 da Lei 9.430/1996; 
 
Nota: O regime de estimativas é a opção de pagamento mensal, estimado, do Imposto de 
Renda, para fins de apuração do Lucro Real em Balanço Anual. 
 
VI – que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria 
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e risco, administração de contas a pagar e 
a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de 
prestação de serviços (factoring). 
Também estão obrigadas ao Lucro Real as empresas imobiliárias, enquanto não concluídas as 
operações imobiliárias para as quais haja registro de custo orçado (IN SRF 25/1999). O custo 
orçado é a modalidade de tratamento contábil dos custos futuros de conclusão de obras. 
As Sociedades de Propósitos Específicos (SPE), constituídas por Micro Empresas e Empresas 
de Pequeno Porte, optantes pelo Simples, deverão apurar o imposto de renda das pessoas 
jurídicas com base no lucro real, conforme estipulado no art. 56 & 2, IV da Lei Complementar 
123/2006. 
 
Lucro Real Trimestral 
A maioria das empresas brasileiras tem fraco movimento comercial nos meses de janeiro e 
fevereiro de cada ano. Isto provoca distorções tributárias, que devem ser levadas em conta na 
hora de optar pelas modalidades oferecidas pelo Regulamento do Imposto de Renda. 
Na opção pelo Lucro Real Trimestral, há limitações específicas e a empresa pode acabar 
pagando mais IR e CSLL. Isto porque, se no 1º. Trimestre do ano houver prejuízo fiscal, o 
mesmo só poderá ser compensado em até 30% do Lucro Real dos trimestres seguintes. Então, 
para este caso, utilizando-se da forma de estimativa mensal (balancetes de suspensão), paga-
se menor imposto. 
 
 
 
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Reflexão: 
1ª. Opção – Lucro Real Trimestral 
Prejuízo Fiscal no 1º. Trimestre – 20x1= R$ 500.000,00 
Lucro Real no 2º. Trimestre 20x1 = R$ 100.000,00 
Prejuízo Compensável – 30% de r$ 100.000,00 = R$ 30.000,00 
Lucro Real após a compensação de prejuízo do 1º. Trimestre = r$ 70.000,00 
IRPJ = R$ 70.000,00 x 15% = R$ 10.500,00 
ADC. IRPJ = R$ 70.000,00 – R$ 60.000,00 = R$ 10.000,00 x 10% = 1.000,00 
 IRPJ + Adicional = r$ 10.500,00 + r$ 1.000,00 = r$ 11.500,00 
CSLL =R$ 70.000,00 x 9% = R$ 6.300,00 
Carga Tributária Total = (IRPJ + CSLL) = R$ 11.500.00 + r$ 6.300,00 = R$ 17.800,00 
2ª. Opção – Lucro Real Anual (com balancete de suspensão mensal) 
Se a empresa optasse pelo Lucro Real Anual, poderia levantar balancetes mensais, 
suspendendo o IRPJ e a CSLL. Neste caso, o prejuízo em 30.06.20x1 seria de: 
R% 500.000,00 ( 01.01.20x1 à 31.03.20x1) menos R$ 100.000,00 ( de 01.04.20x1 à 
30.06.20x1) = R$ 400.000,00 de prejuízo. 
Carga Tributária Total = ZERO 
 
 
Reflexão: 
Considere os resultados fiscais abaixo apurados no 1º. Semestre de 20x1, e apure a carga 
tributária (Irpj e Csll) equivalente a 34%, tanto pelo Lucro Real Trimestral, quanto pelo Lucro 
Real Anual identifique a melhor opção e faça comentários: 
 
Janeiro = Prejuízo de $ 50.000,00 
Fevereiro = Prejuízo de $ 40.000,00 
Março= Lucro de $ 60.000,00 
Abril = Lucro de $ 40.000,00 
Maio = Lucro de $ 30.000,00 
Junho = Prejuízo de $ 20.000,00 
Julho = Lucro de $ 25.000,00 
Agôsto = Lucro de $ 30.000,00 
Setembro = Lucro de 35.000,00 
Outubro = Prejuízo de $ 15.000,00 
Novembro = Lucro de $ 20.000,00 
Dezembro = Lucro de $ 35.000,00 
 
 
Apuração da Base de Calculo do Lucro Real 
De acordo com o que já estudamos, a base de cálculo do Lucro Real é encontrada a partir do 
Resultado Contábil, que deve ser apurado de acordo com a aplicação irrestrita das regras 
contábeis. Então, esse Resultado Contábil, que pode ser lucro ou prejuízo, deverá sofrer 
alterações (adições e exclusões), as quais deverão estar sempre, referendadas na legislação 
fiscal:. 
 
 
 
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Valores que deverão ser adicionados: 
Depreciação – O fisco limita os índices de depreciação do imobilizado das empresas, 
impondo uma determinada vida útil para os itens do imobilizado. A seguir alguns exemplos, 
de taxas de depreciação admitidas pela Receita Federal, de acordo com o Regulamento do 
Imposto de renda (RIR): 
 
 Máquinas e Equipamentos – Vida útil de 10 anos – correspondendo a 10% de 
depreciação ao ano; 
 Veículos – Vida útil de 5 anos – correspondendo a 20% de depreciação ao ano; 
 
 Móveis e Utensílios – Vida útil de 10 anos – correspondendo a 10% de depreciação 
ao ano; 
 Computadores e Periféricos – Vida útil de 5 anos – correspondendo a 20% de 
depreciação ao ano; 
 Edifícios e Benfeitorias – Vida útil de 25 anos – correspondente a 4% de depreciação 
ao ano; 
 Motociclos – Vida útil de 4 anos – correspondente a 25% de depreciação ao ano. 
 
Provisões de Despesas - No que diz respeito a provisões de despesas, as únicas que a 
Receita Federal reconhece com dedutíveis são: Férias e encargos, 13º. Salário e encargos e as 
provisões técnicas das empresas de capitalização e seguros. 
Despesas de Brindes – Esse tipo de despesa, efetuado pelas empresas, não é admitida pela 
Receita Federal. Ela entende que esse tipo de gasto não é uma despesa necessária para a 
execução da atividade da empresa. 
Documentos Irregulares – Referem-se a documentação comprobatória dedespesas que não 
são admitidas pela Receita Federal, tendo em vista que as mesmas não incorporam a condição 
de documento hábil. Entre documentos não hábeis, podemos citar: ticket de máquina 
registradora, notas de balcão que não identifiquem o beneficiário e recibos que venham a 
substituir notas fiscais regulares. 
 
Multas por Infração Fiscal – Esse tipo de multa, também não é considerado pela Receita 
Federal como um gasto identificado com a operação da empresa. Exemplos: Multa de 
Transito, Multas Trabalhistas aplicadas em função do descumprimento de normas emanadas 
pelo MTB. 
Portanto, todas as despesas que não atenderem aos limites estabelecidos ou se enquadrarem 
como não admitidas deverão ser ADICIONADAS para a formação da base de cálculo Lucro 
Real. 
Por outro lado, existem algumas receitas que a Receita Federal admite sua exclusão da 
apuração da base de cálculo do Lucro Real, tendo em vista basicamente, que essas já foram 
tributadas em algum outro momento. Seguem alguns exemplos: Dividendos Recebidos e 
Ganho de Equivalência Patrimonial. 
 
 
 
 
Calculo do IR e da CSLL na Sistemática do Lucro Real: 
 
 
 
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Apuração do Imposto de Renda - Ao Lucro Real apurado, aplica-se o 15%. Se esse Lucro 
Real anual ultrapassar o valor de $ 240.000,00, aplica-se ao valor excedente mais 10%. A 
soma dessas duas parcelas será o Imposto de Renda. 
Apuração da Contribuição Social – A base encontrada aplica-se 9%. 
 
Reflexão: 
A Empresa Só Real Ltda., enquadra-se na obrigatoriedade de apura o IRPJ e a CSLL, com 
base no Lucro Real. Ao final do exercício de Xo., apresentou as seguintes saldos em suas 
conta de resultado: A partir dessas informações, apure o lucro contábil e logo após a base de 
cálculo do IR/CSLL. 
 
 Itens $ 
Receita de Vendas de Mercadorias 3.200.000,00 
Receita de Prestação de Serviços 2.500.000,00 
Dividendos Recebidos 70.000,00 
Perda de Equivalência Patrimonial 180.000,00 
Custo das Mercadorias Vendidas e dos Serviços Prestados 1.950.000,00 
Impostos Indiretos 997.000,00 
Despesas Administrativas 340.000,00 
Despesas Comerciais e de Marketing 480.000,00 
 
 
As despesas administrativas incluem um montante de $ 120.000,00 de depreciação de 
veículos, para os quais é adotada uma vida útil de (2) dois anos. Ainda nas despesas 
administrativas, estão incluídos $ 5.000,00 de despesas diversas comprovadas através de 
ticket de caixa e uma despesa no valor de $ 8.000,00 de compra de suprimentos de 
informática, comprovadas através de recibo emitido pela empresa vendedora. 
 
As despesas comerciais incorporam um valor de $ 25.000,00, registrados como brindes e $ 
35.000,00 como despesas promocionais. Ainda no grupo de despesas comerciais encontra-se 
uma provisão para devedores duvidoso no valor de $ 65.000,00 e um registro de perdas em 
clientes, no valor de $ 15.000,00 contabilizadas de acordo com a (Lei 9.430/96, art. 9º., & 1º. 
– art. 340 do Decreto 3.000/1999 - RIR). 
 
Outras informações: O Lalur registra o valor de $ 250.000,00, como Prejuízo Fiscal 
Acumulado de exercícios anteriores e o mesmo valor para a Base Negativa da Contribuição 
Social também de exercícios anteriores. 
 
 
Outra Reflexão: 
Considere os seguintes dados: 
 Receita de vendas de mercadorias 9.200.000,00 
 Receita de prestação de serviços 3.500.000,00 
 Devolução de venda de mercadorias 300.000,00 
 Adições ao Lair 800.000,00 
 Receita financeira 70.000,00 
 
 Lair 1.570.000,00 
 
 
 
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 Outras receitas 100.000,00 
 Exclusões ao Lair 350.000,00 
 Saldo de Prejuízo Fiscal 550.000,00 
 Ganho de Mep 250.000,00 
 
 
Sob uma perspectiva anual, apure: 
 
a) O imposto de renda com base no lucro real; 
b) A contribuição social com base no lucro real; 
c) O imposto de renda com base lucro presumido; e 
d) A contribuição social com base no lucro presumido 
 
(*) Para o calculo do Lucro Presumido considere que as receitas ocorreram de forma 
uniforme durante o ano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Adições e Exclusões Temporárias e Permanentes 
 
 
 
 
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É comum uma empresa apurar lucro contábil diferente do lucro tributável (lucro real e base de 
calculo da CSSL). As diferenças são facilmente explicadas quando nos lembramos que na 
apuração do resultado contábil, as receitas e despesas são reconhecidas, obrigatoriamente, 
segundo os princípios fundamentais de contabilidade, os quais representam a essência das 
doutrinas e teoria relativas a Ciência da Contabilidade, enquanto para a apuração do resultado 
tributável devem ser observadas as regras trazidas pela legislação fiscal. 
 
As diferenças entre o lucro contábil e o lucro tributável podem ser temporárias ou 
permanentes. A diferença é que as temporárias afetarão a apuração do lucro tributável em 
período futuro, enquanto que às permanentes não. 
 
Como exemplo de diferença temporária, podemos citar contingências decorrentes de 
expectativa de perda futura sobre processo trabalhista, a qual deve ser adicionada quando da 
apuração do resultado tributável, conforme determinam as regras fiscais. Quando essa 
provisão se realizar, quer por pagamento do processo trabalhista ou por reversão contábil em 
virtude de alguma alteração na expectativa de perda do processo, é necessário efetuar o ajuste 
(exclusão) na apuração do resultado tributável. 
 
Uma das origens do IRPJ e CSLL diferidos e sua consequente contabilização é exatamente 
estas diferenças temporárias. Vejamos então o cálculo do IRPJe CSLL diferidos sobre uma 
provisão para contingências no valor de $ 20.000,00. 
 
Provisão para Contingências = $ 20.000,00; 
IRPJ e CSLL Diferidos = 34% => $ 6.800,00; 
 
Registro Contábil: 
Débito : Ativo Fiscal Diferido ( Conta de Ativo) 
Crédito: Provisão para IRPJ e CSLL ( Conta de Resultado) $ 6.800,00 
 
A contabilização do IRPJ e da CSLL proporcionará uma diminuição no valor dessa despesa. 
Na verdade, não se trata de uma simples diminuição no resultado contábil do período, e sim, 
do registro de um crédito fiscal oriundo de uma diferença temporária gerada na apuração dos 
tributos incidentes sobre o lucro. 
 
 
Agora vamos supor que no período seguinte, o valor de $ 20.000,00 relativo à provisão para 
contingência seja totalmente realizada pelo seu pagamento. Assim, temos o seguinte reflexo 
contábil. 
 
Débito : Provisão para IRPJ e CSLL (Resultado) 
Crédito : Ativo Fiscal Diferido (Ativo) $ 6.800,00 
 
Reflexão: 
Vamos considerar que a empresa se utilizou de um incentivo fiscal baseado na exclusão de base 
para o calculo do lucro real. Supondo que esse incentivo consistisse em dobrar a depreciação 
desse item incentivado. Considere que o valor de depreciação é de R$ 20.000,00, demonstre 
como essa exclusão afetará a apuração do IR. 
 
Perdas no Recebimento de Créditos: 
 
 
 
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As perdas no recebimento de créditos decorrentes das atividades da pessoa jurídica poderão ser 
deduzidas como despesas, para determinação do lucro rel. Poderão ser registrados como perdas 
os créditos ( Lei 9.430/96, art. 9º., & 1º.). 
a) Em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência do devedor, em 
sentença emanada do Poder Judiciário: 
b) Sem garantia de valor: 
1- Até R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por operação, vencidos a mais de 6 (seis) 
recebimento; 
2- Acima de R$ 5.000,00 ( cinco mil reais) até R$ 30.000,00 ( trinta mil reais), por 
operação, vencidos a mais de (1) ano, independentemente de iniciados os 
procedimentos judiciais para o seu recebimento, porém, mantida a cobrança 
administrativa; 
3- Superior a R$ 30.000,00 ( trinta mil reais), vencidos há mais de 1 (um) ano, 
desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para seu 
recebimento; 
c) Com garantia, vencidos há mais de 2 (dois) anos, desde que iniciados e mantidos os 
procedimentos judiciais para seu recebimento ou o arresto das garantias; 
d) Contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica declarada concordatária, 
relativamente à parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a 
pagar. 
 
Identifique no relatório abaixo, as contas a receber passiveis de serem reconhecidas em 
perdas, utilize a data de 31/05/X1, como base para o reconhecimento de perdas. 
 Valor- $ Vencimento 180 Dias 360 dias 
Cliente A 4.500,00 31/10/x0 
Cliente A 4.900,00 31/09/x0 
Cliente A 6.000,00 31/12/x0 
Cliente B 10.000,00 28/02/x0 
Cliente B 15.000,00 31/05/x0 
Cliente C 10.000,00 31/01/x0 
Cliente C 12.000,00 30/06/x0 
 
Participação dos Trabalhadores nos Lucros 
A pessoa jurídica poderá deduzir como despesa operacional as participações atribuídas aos 
empregados nos lucros ou resultados, dentro do próprio exercício de sua constituição. Assim, 
não há necessidade que a participação esteja “paga” para que seja dedutível, podendo ser 
contabilizada nos balancetes ou balanço, segundo o regime de competência. 
 
Exemplo: 
Balancete de Suspensão de 30 de junho: 
Lucro Líquido do Período: R$ 1.000.000,00 
Participação dos Trabalhadores no Lucro Líquido: 10% 
Valor contabilizável como despesa operacional: R$ 100.000,00 
 
Lançamento: 
Débito: Participações dos Trabalhadores no Lucro Líquido (Conta de Resultado) 
Crédito: Participações a Pagar (Passivo Circulante ) 
100.000,00 
 
 
 
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Contratos com Entidades Governamentais: 
Nos contratos de prazo de vigência superior a 12 (doze) meses, qualquer que seja o prazo de 
execução de cada unidade, em empreitada ou fornecimento contratado com pessoa jurídica de 
direito público, ou empresa sob seu controle, empresa pública, sociedade de economia mista 
ou sua subsidiária, o contribuinte poderá diferir a tributação do lucro até sua realização, 
observadas as seguintes normas ( Decreto Lei 1.598/77, art. 10, & 3º., e Decreto Lei 1.648/78, 
art. 1º. Inciso I). 
 
I – Poderá ser excluída do lucro líquido do período de apuração, para efeito de determinar o 
lucro real, parcela do lucro da empreitada ou fornecimento computado no resultado do 
período de apuração, proporcional à receita dessas operações consideradas nesse resultado e 
não recebidas até a data do balanço de encerramento do mesmo período de apuração; e 
II – A parcela excluída nos termos do inciso I deverá ser computada na determinação do lucro 
real do período de apuração em que a receita for recebida. 
Em síntese, a aplicação desta legislação permite o diferimento do lucro, via LALUR, até o 
recebimento da correspondente receita (tributação pelo( “regime de caixa”). 
 
Exemplo: 
Valores a receber em 31/12 de entidades governamentais: R$ 950.000,00; 
Custo e despesas correspondentes às parcelas de valores a receber em 31/12 das respectivas 
entidades governamentais: R$ 450.000,00; 
Parcela do lucro a diferir de valores a receber em 31/12: r$ 950.000,00 – r$ 450.000,00 = r$ 
500.000,00; 
Lucro líquido apurado no Exercício: R$ 1.200.000,00 
Resultado tributável pelo IRPJ: R$ 1.200.000,00 - R$ 500.000,00 = r$ 700.000,00. 
O valor de R$ 500.000,00, excluídos da tributação, deverá ser adicionada, via LALUR, no 
período em que a receita for recebida, proporcionalmente à mesma. 
 
Venda a prazo de Ativo Imobilizado 
Nas vendas de bens do Ativo Imobilizado para recebimento do preço, no todo ou em parte, 
após o término do ano-calendário seguinte ao da contratação, o contribuinte poderá, para 
efeito de determinar o lucro real, reconhecer o lucro na proporção da parcela do preço 
recebida em cada período de apuração. Caso o contribuinte tenha reconhecido o lucro na 
escrituração comercial no período de apuração em que ocorreu a venda, os ajustes e o controle 
decorrentes da aplicação do disposto serão efetuados no Livro de Apuração do Lucro Real – 
LALUR. 
 
 É importante ressaltar que as vendas em longo prazo devem ter As datas recebimento 
pactuadas em contrato, não se beneficiando do diferimento da tributação aquela venda cujo 
recebimento se verifica após o término do ano-calendário seguinte ao da contratação em 
virtude de atraso no pagamento do todo ou das prestações. 
 
Exemplo: 
Uma empresa tributada pelo lucro real alienou um terreno em 29.11.2010, pelo valor de R$ 
200.000,00, constante de seu ativo imobilizado, registrado na contabilidade por r$ 
110.000,00.As condições de pagamento contratadas foram: no ato da venda o valor de r$ 50.000,00; em 
29.11.2011, R$ 50.000,00 e em 29.11.2012 o valor de r$ 100.000,00. 
 
 
 
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Contabilização: Pela Venda 
Débito: Caixa 50.000,00 
Débito: Contas a Receber 150.000,00 
Crédito: Receita de Venda de Imobilizado 200.000,00 
 
 
Contabilização: Pela Baixa 
Débito: Baixa de Imobilizado 
Crédito: Terrenos 110.000,00 
 
O Lucro Contábil decorrente da venda do terreno é de r$ 90.000,00 ( 200.000,00 – 
110.000,00): 
 
Porém, em vista da possibilidade do diferimento do lucro concedido pela legislação, e 
considerando que no ano base de 2010 foi recebida o valor de equivalente a 25% do preço de 
venda, para fins fiscais é possível excluir 75% do lucro da operação, ou seja, r$ 90.000,00 
x75% = R$ 67.500,00 
 
Portanto, será excluído do lucro líquido o valor de R$ 67.500,00 para fins de determinação do 
Lucro Real, no ano de 2010. Tal valor será controlado na parte B do LALUR e será feita 
uma adição quando do recebimento das outras parcelas. 
 
Custo de aquisição de bens do ativo imobilizado até R$ 1.200,00 
Poderá ser deduzido como despesa operacional, o custo de aquisição de bens do ativo 
imobilizado, cujo prazo de vida útil não ultrapasse um ano ou de valor unitário não superior a 
R$ 1.200,00, desde que atinja a utilidade funcional individualmente, isto é, não seja 
empregado em conjunto. Base art. 301 do Decreto no. 3.000/1999 – RIR. 
 
 
Depreciação de bens usados 
A taxa de depreciação de bens adquiridos usados poderá ser calculada considerando como 
prazo de vida útil o maior dentre: 
1- Metade do prazo de vida útil admissível para o bem adquirido novo; e 
2- Restante da vida útil do bem, considerada esta em relação à primeira instalação para 
utilização. 
 
 
Variação Cambial 
O reconhecimento das variações cambiais ativas e passivas na determinação da base de 
cálculo do IRPJ e CSLL, é pelo regime de caixa, ou seja, na liquidação da operação. A pessoa 
jurídica poderá optar pelo regime de competência para esses tributos, desde que a opção seja 
exercida no mês de janeiro, com comunicação nesse mês para a Receita Federal. 
 
A pessoa jurídica que permanecer no regime de caixa não precisa fazer comunicação, mas 
não pode alterar para o regime de competência. A empresa que optar, no mês de janeiro, pelo 
regime de competência somente pode alterar para regime de caixa no decorrer do ano se 
ocorrer elevada oscilação da taxa de câmbio fixada pelo Poder Executivo. A alteração deverá 
ser comunicada para a Receita Federal. 
 
 
 
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A IN no. 1.079 de 03/11/2010, disciplinou a matéria. A empresa que adotar o regime de caixa, 
nada impede que a variação cambial passiva seja contabilizada pelo regime de competência 
com adição no Lalur. A variação cambial ativa não pode ser contabilizada pelo regime de 
competência com exclusão no Lalur, por falta de autorização em lei ou ato administrativo na 
forma do art. 250 RIR/99. 
(Lei no. 12.249/2010). 
 
 
 
 
Simples Nacional - Tributação das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte 
A Constituição Federal de 1988 definiu em seu artigo 179 que “a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim 
definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação 
de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela 
eliminação ou redução destas por meio de lei”. 
Por sua vez, o assunto foi regulamentado na Lei 9.841/99, que instituiu o estatuto da 
microempresa e da empresa de pequeno porte, que assegurava a elas tratamento jurídico 
diferenciado e simplificado nos campos administrativo, tributário, previdenciário, 
trabalhista, creditício e de desenvolvimento empresarial. 
O Estatuto, contudo, não tinha aplicação prática no campo tributário, que era regido pela Lei 
9.317/96, com suas alterações posteriores. No final de 2006 foi publicada a Lei 
Complementar no. 123, que REVOGOU as Leis no. 9.317/96 e 9.841/99 a partir de julho de 
2007. O problema é que uma parte significativa da LC 123/2006 dependia de regulamentação, 
que foi transferida para o COMITÊ GESTOR DE TRIBUTAÇÃO DAS MICROEMPRESAS 
E EMPRESAS DE PEQUEN O PORTE – CGSN, criado pelo Decreto no. 6.038, publicado 
no D.O.U. em 07/02/2007 e que publicou seu primeiro normativo efetivo apenas no dia 30 de 
maio de 2007, ou seja, praticamente 30 dias antes do SIMPLES NACIONAL, entrar em 
funcionamento. Esse fato causou muita indignação na classe Contábil tendo em vista o 
pequeno espaço de tempo para conhecer uma nova legislação extremamente complexa. 
 
Justificativas para criação do SIMPLES 
As justificativas apresentadas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil – SRFB, para a 
instituição do regime simplificado para as ME´s e as EPP´s, são as seguintes: 
a) Estas empresas possuem baixo potencial arrecadatório; 
b) O regime simplificado destina-se a buscar um ambiente mais competitivo entre 
grandes e pequenas empresas e não conceder privilégios; 
c) Minimização dos custos tributários, dessas empresas, em função da sua importância 
para a economia (geração de empregos, inovação tecnológica, competição no 
mercado e etc...). 
d) A relação entre o contribuinte e o Estado, sempre que possível, deve ser única, a 
despeito da existência de distintos níveis de governo e administração tributária 
envolvidos. 
A legislação do SIMPLES teve como grande diferencial a inclusão ao recolhimento único 
dos encargos previdenciários, reduzindo o custo de pessoal e incentivando a contratação de 
mão –de-obra. Além disso, a ideia original era estender o SIMPLES para os tributos estaduais 
e municipais, notadamente ICMS e ISS. Todavia, os estados e os principais municípios do 
 
 
 
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país não aderiram ao modelo federal. Já no SIMPLES NACIONAL, o ISS e o ICMS são 
incluídos obrigatoriamente, facilitando consideravelmente o controle e a parte burocrática das 
empresas. 
 
Redução da Burocracia 
Os artigos 4º. E 11 da LC no. 123/96, com alterações da LC 128/2008, tratam dos aspectos 
legais envolvendo a abertura e o fechamento de empresas, embora os dispositivos precisem de 
novos atos para facilitar efetivamente o processo que envolve o inicio de atividade desse tipo 
de empresas. Está prevista a utilização de princípios expressos, oriundos do projeto do 
REDESIM (Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legislação de Empresas e 
Negócios), que definam diretrizesobjetivas para a implantação do cadastro unificado, entrada 
única de documentos, na exigência de vistorias prévias para atividades sem risco, dentre 
outros aspectos burocráticos. 
 
Formalização da Opção pelo Simples Nacional 
A formalização da opção pelo SIMPLES NACIONAL permanece sendo feita pela internet, 
sendo irretratável para todo o ano-calendário. O prazo para inscrição de empresas no 
SIMPLES NACIONAL permanece sendo o último dia útil do mês de janeiro, valendo a 
inscrição já para o próprio ano-calendário. Quem se inscrever em janeiro de 2011 será 
enquadrado no regime simplificado em todo o ano de 2011. No momento da opção, o 
contribuinte deverá prestar declaração de que sua atividade não é proibida de optar pelo 
SIMPLES NACIONAL. A SRFB disponibilizará aos Estados, Distrito Federal e Municípios 
relação dos contribuintes que fizeram opção para verificação quanto à regularidade para a 
opção pelo Sistema, e, posteriormente, a relação dos contribuintes que tiveram a sua opção 
deferida. 
 
Livro Caixa e Escrituração Contábil 
O contribuinte fica desobrigado, para fins fiscais, da escrituração contábil, bastando escriturar 
o livro caixa e o livro registro de inventário, no qual deverão constar os estoques existentes no 
final de cada ano. É importante frisar que, embora a legislação fiscal permita a não 
escrituração contábil das empresas tributadas pelo SIMPLES NACIONAL e pelo LUCRO 
PRESUNMIDO, toda e qualquer empresa deve manter escrituração contábil por vários 
motivos, dentre os quais: 
a) O Código Comercial Brasileiro exige escrituração contábil completa para servir de 
instrumento de prova em juízo e em eventuais acertos de direitos dos sócios, 
acionistas, seus herdeiros ou sucessores; 
b) No Livro Caixa somente poderá ser contabilizada a movimentação financeira, não se 
registrando as compras e vendas a prazo, os empréstimos e demais valores a pagar e 
a receber; 
c) O levantamento de balancetes e balanços de forma adequada, reduzindo a 
insegurança e os prejuízos que podem ser acarretados pela falta de registro de seus 
direitos e suas obrigações. 
 
Novos limites da Receita Bruta Anual a partir de janeiro de 2012 
a) Microempresas - r$ 360.000,00 por ano; 
b) Empresa de Pequeno Porte – r$ 3.600.000,00 por ano e também foi criado um Limite 
Extra para exportação de mercadorias de r$ 3.600.000,00 por ano. 
 
 
 
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Obs: O limite extra não se aplica para as receitas advindas da exportação de 
serviços. 
 
Reflexões: 
 A EPP que auferiu receita bruta anual em 2011 superior a R$ 2.400.000,00 mas não 
ultrapassou de R$ 3.600.000,00. De acordo com o artigo 79-E da Lei Complementar no. 123 
de 2006 (alterada pela Lei Complementar no. 139 de 2011), continuará no Simples Nacional. 
a) Empresa antiga que ultrapassou o limite de r$ 2.400.000,00, mas não ultrapassou o o 
novo limite de R$ 3.600.000,00. 
 
Empresa Alfa, aberta em 2004, e optante pelo Simples Nacional desde 01/01/2009, 
auferiu receita bruta anual total no ano de 2011 de R$ 3.000.000,00 (três milhões de 
reais). Por ter ultrapassado em 2011 o limite de receita bruta de R$ 2.400.000,00, 
estaria excluída a partir de 01/01/2012. Contudo, considerando o novo limite de 
receita bruta estabelecida a partir de 01/01/2012 e a previsão legal antes citada, a 
empresa Alfa permanece no Simples, ressalvado o direito de exclusão por 
comunicação do optante. 
b) Empresa em inicio de atividade que ultrapassou em menos de 20% o limite proporcional de 
2011. 
Empresa Delta, aberta em 15/11/2011, e optante pelo Simples desde então, auferiu receita 
bruta total no ano de 2011 de r$ 450.000,00 (quatrocentos e cinquenta mil reais). Em 2011, 
por estar no ano de inicio de atividade, sujeita-se ao limite proporcional de R$ 400.000,00 ( 
R$ 200.000,00 x numero de meses em funcionamento no período). Como a empresa Delta não 
ultrapassou o limite proporcional em mais de 20%, ela estará excluída somente a partir de 
01/01/2012 (&& 10 e 12 do artigo 3º. Da LC 123 de 2006, na sua redação original). Contudo, 
considerando o novo limite proporcional de receita bruta estabelecido a partir de 01/01/2012, 
a empresa Delta permanece no Simples. 
 
c) Empresa em inicio de atividade que ultrapassou em mais de 20% o limite proporcional de 
2011. 
Empresa Gama, aberta em 15/11/2011, e optante pelo Simples desde então, auferiu receita 
bruta total no ano de 2011 de r$ 500.000,00 (Quinhentos mil reais). Em 2011, por estar no ano 
de incio 
 
de atividade, sujeita-se ao limite proporcional de R$ 400.000,00 (Quatrocentos mil reais) ou ( 
R$ 200.000,00 x numero de meses em funcionamento no período. Como a empresa Gama 
ultrapassou o limite proporcional em mais de 20%, os efeitos da exclusão retroagem ao inicio 
da atividade, 15/11/2011 (&& 10 e 12 do artigo 3º. Da Lei Complementar 123, de 2006, na 
sua redação original. Neste caso, a empresa deverá efetuar a comunicação obrigatória de 
exclusão com efeitos a partir de 15/11/2011. 
 
 
Limite extra para exportação de mercadorias (art. 2º. &1º. E art. 3º.) 
A partir de 01/01/2012 foi criado um limite adicional para as empresas que obtém receitas 
com exportação de mercadorias. 
Para fins de opção e permanência do Simples Nacional poderão ser auferidos em cada ano-
calendário receitas no mercado interno até o limite de R$ 3.600.000,00 ou até o limite 
proporcional (R$ 300.000,00 x o numero de meses em funcionamento). Adicionalmente, 
 
 
 
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receitas decorrentes da exportação de mercadorias, desde que as receitas de exportação 
também não excedam os referidos limites. 
Empresa Alfa, aberta em 15/11/2011, auferiu, em 2011, receita bruta no mercado interno de 
R$ ultrapassou nenhum limite (no mercado interno e externo), poderá optar pelo Simples em 
2012. 
Observações: 
* Para fins de determinação da alíquota, inclusive sua majoração, e da base de cálculo será 
considerada a receita bruta total da empresa nos mercados interno e externo; 
* A partir de janeiro de 2012, todas as faixas de receitas dos Anexos I a V da LC 123/06 
foram reajustadas em 50%; 
* As alíquotas das diversas faixas não sofreram alterações. 
 
Receitas alcançadas pelo SIMPLES NACIONAL 
O SIMPLES NACIONAL tributa apenas a receita bruta da pessoa jurídica, não alcançando as 
demais receitas eventualmente obtidas. Podem ser excluídas da receita bruta: 
 As devoluções de vendas e as vendas canceladas; 
 Os desco9ntos incondicionais (comerciais, concedidos na nota fiscal); e 
 IPI e ICMS ST, quando registrado em receita bruta. 
Não são incluídas no SIMPLES NACIONAL as receitas financeiras. Contudo, o imposto de 
renda retido na fonte sobre receitas será considerada como tributação definitiva, sendo tratado 
como despesa. 
No caso do Ganho de Capital, esse será terá tributação definitiva a razão de 15%. A ME e 
EPP deverá provar na contabilidade ou em planilhas esse ganho de capital. 
 
 
 
Distribuição do Lucro 
Os rendimentos distribuídos aos sócios ou ao titular das empresas inscritas no SIMPLES 
NACIONAL, são considerados isentosdo imposto de renda na fonte e na declaração de ajuste 
anual do beneficiário. Contudo, o artigo 14 da LC 123/06 diz que a distribuição somente será 
isenta com escrituração contábil caixa, a distribuição com isenção de IR será limitada ao lucro 
presumido para fins de IR (percentual de presunção sobre a receita bruta) menos o valor do 
imposto de renda incluído no SIMPLES NACIONAL pago, de acordo com a regulamentação 
dada pela Resolução no. 14 do Comitê Gestor do Simples Nacional). 
Reflexão: 
Uma Microempresa comercial, com faturamento mensal de R$ 25.000,00, pagará de SIMPLES 
em agosto de 2007 o valor de R$ 1.710,00 ( alíquota de 6,84%). Caso não tenha escrituração 
contábil regular (livro diário e razão), poderá distribuir apenas R$ 1.922,50 de lucro para seus 
sócios, sem tributação, conforme quadro a seguir: 
 
 
 
Faturamento do Mês: r$ 25.000,00 
Lucro Presumido – 8% r$ 2.000,00 
(-) SIMPLES – 0,31% IR r$ 77,50 
Distribuição Vl. Máximo r$ 1.922,50 
 
Tributos Unificados no Simples Nacional 
 
 
 
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O SIMPLES NACIONAL consiste em fazer um único recolhimento mensal, aplicando-se um 
percentual estabelecido na Lei, abrangendo os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, 
INSS, além de IPI para as empresas industriais ou equiparadas, ICMS e ISS para empresas 
contribuintes destes impostos. 
 
Cálculo do Simples Nacional 
O SIMPLES NACIONAL tem o cálculo regulamentado na Lei Complementar no. 123/2006 e 
pela Resolução no. 51/2008 do CGSN (com alterações de outras resoluções) e de simples esse 
cálculo não tem nada, pois a interpretação é bastante complexa. Como a legislação separou o 
cálculo em diversas atividades, a opção será apresenta-lo por segmento, para tornar a leitura 
menos árida. 
 
Empresas Comerciais 
Uma empresa comercial enquadrada no SIMPLES como ME ou como EPP e que apresente 
apenas receita com revenda de mercadorias, seguirá a tabela constante do anexo I da LC 128/08 
e que apresentamos a seguir, inclusive com a destinação dos tributos, que é feita pela Receita 
Federal do Brasil. 
 
Alíquota e partilha do Simples – Comércio 
RB – 12 meses – R$ Alq. Irpj Csll Cofin
s 
Pis Inss Icms 
Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,21% 0,74% 0,00% 1,80% 1,25% 
De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,36% 1,08% 0,00% 2,17% 1,86% 
De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,31% 0,31% 0,95% 0,23% 2,71% 2,33% 
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xx 
Xxxxx Xxxx
x 
Xxxx
x 
Xxxx
x 
Xxxx
x 
Xxxx
x 
Xxxx
x 
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42
% 
0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51
% 
0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 
De 3,420.000,01 a 3.600.000,00 11,61
% 
0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 
 
Obs: O cálculo mensal do Simples Nacional é diferente do modelo anterior, pois será utilizada 
a receita bruta dos doze meses anteriores ao mês de apuração. Com isso, a tendência é que ME 
ou EPP com faturamento constante paguem a mesma alíquota durante todo o ano. 
 
Empresas Industriais 
As empresas industriais que podem optar pelo SIMPLES seguem, basicamente, as mesmas 
regras utilizadas para as empresas comerciais, apenas com acréscimo na alíquota de 0,5% em 
cada uma das faixas previstas na tabela aplicada às empresas comerciais. As tabelas encontram-
se no Anexo II da Resolução no. 51/2008 do CGSN. 
 
Empresas Prestadoras de Serviços 
Para esse tipo de empresa a opção pelo SIMPLES NACIONAL dependerá de algumas 
variáveis, tais como: 
a) Prestadores com INSS incluso no SIMPLES; 
b) Prestadores com INSS pago em função da Folha de Pagamento; 
 
 
 
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c) Prestadores com Alíquota dependendo da Folha de Salários. 
Enfim, dependendo dessas variáveis, a opção pelo SIMPLES tomará um contorno 
diferenciado. 
 
 
 
Planejamento Fiscal nas Empresas Comerciais e Industriais 
A questão que sempre é colocada por pequenos empresários, resume-se no seguinte: A 
empresa pagará menos tributos no modelo simplificado em relação a outras opções de 
tributação? Em regra geral, sim. A comparação com o Lucro Presumido ou o lucro real 
depende fundamentalmente de dois fatores: os encargos com o INSS que a empresa deve pagar 
e as alíquotas do ICMS. 
 
 
Planejamento Fiscal nas Empresas de Serviço 
Nas empresas prestadoras de serviços, com INSS incluso, o Simples Nacional deve ser a 
melhor alternativa em quase todos os casos. Deve-se ter atenção em relação a folha de 
pagamento e ao recolhimento do PIS e COFINS. 
 
 
 
Microempreendedor Individual 
A Lei Complementar no. 128/08 definiu que o Microempreendedor Individual (MEI) poderá 
optar pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidas pelo SIMPLES NACIONAL 
em valores fixos mensais, independentemente da receita bruta por ele auferida no mês. 
 
Será o Microempreendedor Individual (MEI), o empresário individual que tenha auferido 
receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 60.000,00, optante pelo SIMPLES 
NACIONAL e que não esteja impedido de optar pela sistemática. 
 
A Lei Complementar no. 128/08 também estabeleceu outras regras com relação aos MEI, 
dentre as quais destacam-se: processo de registro; redução a zero dos valores referentes à taxas, 
emolumentos e demais custos relativos à abertura, à inscrição, ao registro, ao alvará, à licença, 
ao cadastro e aos demais itens relativos ao seu registro; concessão de Alvará de Funcionamento 
Provisório. 
 
O Microempreendedor Individual recolherá, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor, valor 
fixo mensal correspondente à soma das seguintes parcelas: 
 
 a) R$ 45,65 de contribuição para o INSS (*) 
b) R$ 1,00, caso seja contribuinte do ICMS; e 
c) R$ 5,00, caso seja contribuinte do ISS. 
 
(*) Esse valor foi reduzido para R$ 27,25 conforme Medida Provisória 529/2011. 
 
 
 
 
 
 
 
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Lucro Arbitrado 
É basicamente, uma faculdade exercida pelo fisco, prevista para os casos em que a pessoa 
jurídica não mantém escrituração na forma das leis comerciais e fiscais: 
a) deixa de elaborar as respectivas demonstrações financeiras; 
b) tem sua escrituração desclassificada pelo fisco; 
c) optou indevidamente pela tributação com base no lucro presumido e 
d) se não mantém arquivo de documentos. 
Em qualquer das hipóteses acima, o fisco poderá arbitrar o lucro, cujas regras de 
arbitramento estão tornando-se cada vez mais severas. A autoridade fiscal poderá fixar o 
lucro arbitrado por um percentual da receita bruta, quando conhecida, ou com base: no 
valor do ativo, do capital social, do patrimônio liquido, da folha de pagamento

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