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Planejamento Urbano - Estatuto da Cidade PUR II – PLANEJAMENTO URBANO e REGIONAL – ESTATUTO DA CIDADE A cidade brasileira O planejamento e a gestão territorial no Brasil ocorrem em contexto marcado por POBREZA, PROFUNDAS DESIGUALDADES SOCIOTERRITORIAIS E GRANDE CONCENTRAÇÃO DE RIQUEZA E PODER. ▪ Contraste entre a cidade formal e a cidade informal ▪ A estrutura e a forma urbana reafirmam e reproduzema desigualdade ▪ Regiões de preservação ambiental ameaçadas pela ilegalidade e ocupação precária Padrão de urbanização excludente e predatório Insustentabilidade que gera: ▪Depredação dos recursos naturais. ▪Risco de enchentes, deslizamentos e erosões. ▪Longos deslocamentos dentro das cidades. ▪Pressão sobre atividades agrícolas próximas das cidades. ▪Desperdício de infraestrutura, equipamentos e serviços urbanos. Paraisópolis, São Paulo Rio de Janeiro – Rocinha Precariedade e informalidade e áreas “nobres” (bairro do Morumbi – SP) Rio de Janeiro Complexo do Alemão São Paulo Guarapiranga O planejamento territorial tradicional ▪ Planejamento, regulação e controle do uso e ocupação do solo: estabelecimento de padrões ideais ou adequados de urbanização, mas sem vínculo com a realidade local ▪ Legitimação das desigualdades existentes ▪ Separação entre o Planejamento e a Gestão Movimento Nacional pela Reforma Urbana ▪ Fortalece-se na década de 80, com a redemocratização e a organização de movimentos sociais por melhorias urbanas ▪ Durante o processo de construção da Constituição de 1988; ▪ Emenda Popular pela Reforma Urbana (mais de 200.000 assinaturas, FNRU) ▪ Constituição Federal de 88: descentralização e fortalecimento do município ▪ Inclusão do Capítulo de Política Urbana na CF: ▪ Artigo 182: institui a política de desenvolvimento urbano que visa ordenar a elaboração das funções sociais da cidade e da propriedade. ▪ Artigo 183: institui a usucapião urbana, possibilitando a regularização de extensas áreas ocupadas por favelas, vilas, alagados, invasões ou loteamentos clandestinos ▪ Década de 1990 e 2000: aprofundamento de experiências democráticas no planejamento e gestão municipal. Projeto de Lei 181/89 ▪ Projeto de autoria do Senador Pompeu de Souza (PMDB) ▪ Origem do Estatuto da Cidade ▪ Aprovado no Senado em 1990 ▪ Início da tramitação na Câmara em Dezembro de 1990 (PL 5.788/90) ▪ Oposição de setores ligados aos proprietários urbanos ▪ Paralisação da tramitação (1990-1997) Aprovação do Estatuto da Cidade ▪ Pressão permanente do Fórum Nacional Pela Reforma Urbana ▪ Aprovação no Congresso em junho de 2001 ▪ Sanção Presidencial em 10 de Julho de 2001 Aprovação do Estatuto da Cidade ▪ O Estatuto da Cidade estabelece para todo o país um referencial comum de como gerir o território urbano, regulamentando o que era somente conceito: a Função Social da Propriedade. ▪ Estabelece instrumentos para o desenvolvimento organizado das cidades e solução de conflitos urbanos. ▪ A aplicação da maior parte dos instrumentos depende de previsão no Plano Diretor Municipal e de regulamentação em lei específica. Função Social da Cidade e da Propriedade Urbana O Estatuto da Cidade estabelece que a propriedade urbana precisa cumprir uma função social, ou seja, a terra urbana deve servir para o benefício da coletividade, e não apenas aos interesses de seu proprietário. A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE incide nos conteúdos doDIREITO DE PROPRIEDADE. Não são contraditórios. A aprovação do Estatuto da Cidade não garante, por si só, a democratização da gestão das cidades. O Estatuto da Cidade ressalta a importância dos municípios, onde ocorre grande parte das disputas e tensões. Como aplicar o Estatuto da Cidade? ▪ Para aplicar a maior parte dos instrumentos urbanísticos que o Estatuto da Cidade prevê, o Poder Executivo municipal deve, obrigatoriamente, produzir um Plano Diretor, ou seja, uma lei que deve ser aprovada na Câmara e que é o instrumento básico da política municipal de desenvolvimento e expansão urbana. ▪ Outros instrumentos, como a Regularização Fundiária e o Estudo de Impacto de Vizinhança, podem ser utilizados sem a necessidade de um Plano Diretor ou por meio de lei específica. Instrumentos do Estatuto da Cidade ▪Instrumentos de Democratização da Gestão Urbana ▪Instrumentos de Indução e financiamento do Desenvolvimento Urbano ▪Instrumentos de Regularização Fundiária Primeiro Bloco: estabelece um conceito de Política Urbana e de Gestão democrática da cidade ▪participação da comunidade; ▪obrigatória vinculação entre o Plano Diretor e o orçamento; ▪gestão orçamentária participativa; ▪sanções por improbidade administrativa, no caso de mau uso dos instrumentos urbanísticos. Instrumentos do Estatuto da Cidade Segundo Bloco: indução e financiamento do desenvolvimento urbano ▪ criados a fim de regular o mais adequado uso do solo ▪ pensados para se criar situções de proteção para garantia do direito a cidade (ZEIS) ▪Busca repartir onus e bonus da urbanização ▪Criar mecanismos de financiar o investimento na cidade Instrumentos do Estatuto da Cidade Terceiro Bloco: Regularização fundiária instrumentos que privilegiam o espaço urbano enquanto valor de uso Instrumentos que garantam o direito a posse Instrumentos para reconhecimento do direito a cidade Instrumentos do Estatuto da Cidade REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FEDERAL, Senado. Estatuto da Cidade. Guia para implementação pelos municípios e cidadãos. Brasília, 2001. Estatuto da Cidade: guia para implementação pelos municípios e cidadãos http://polis.org.br/publicacoes/estatuto-da-cidade-guia-para-implementacao-pelos- municipios-e-cidadaos/ http://www.capacidades.gov.br/biblioteca O Estatuto da Cidade Comentado http://www.capacidades.gov.br/biblioteca/detalhar/id/167/titulo/o-estatuto-da- cidade--comentado- Planos Diretores Municipais pós Estatuto das Cidades: Balanço Crítico e Perspectivas http://www.capacidades.gov.br/biblioteca/detalhar/id/352/titulo/planos-diretores- municipais-pos-estatuto-das-cidades-balanco-critico-e-perspectivas
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