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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL - Campus Chapecó
OFICINA DE PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA
Djaina Sibiani Rieger
Sobre ciência e sapiência
ALVES, Rubem - Sobre ciência e sapiência - Jornal Folha de São Paulo – 28/09/2004. 
Em seu artigo “sobre ciência e sapiência”, publicado no jornal Folha de São Paulo em setembro de 2004, o psicanalista, educador, teólogo e escritor brasileiro Rubem Alves reflete e critica o desmerecimento que a sapiência, embasando-se na literatura e na arte, recebe em relação ao conhecimento científico. Apesar de possuir grandes obras, muitos não gostam daquilo que o autor escreve, justificando por vezes o fato de que suas obras são literatura e não ciência. É lamentável que somente a ciência tenha dignidade acadêmica, pois concordo com o autor quando diz que “[...] nem tudo o que é real pode ser pescado com as redes metodológicas da ciência. Há objetos que escapam pelos buracos de suas malhas [...]”, ou seja, a ciência pode ter uma significativa importância e ser imprescindível para o crescimento e desenvolvimento de uma sociedade, contudo, é dispensável possuir uma função ou um instrumento, seja um nariz, olhos ou um violão, sem um olfato, para identificar e apreciar o delicioso perfume das diferentes espécies de flores ou repugnar o mau cheiro que sobe pela boca de lobo da rua ao lado; ou um olhar, seja ele de dor, alegria ou coragem; ou ainda, habilidosos dedos para distinguir e harmonizar o som das cordas deste violão. Frente a isso, considero a existência de um vínculo dissociável entre o conhecimento cientifico e literário, uma vez que, ambos se relacionam e faz-se necessária a literatura e a arte para abrilhantar e dar significado a ciência, por exemplo, em geral, quando se tem um impedimento em relação as suas habilidades, como a de andar, aquele que sofre, não clama para voltar a andar somente porque as pernas são bonitas, fazem parte do corpo ou são estruturadas em uma ordem entendida e dominada pela ciência, mas sim, clama e lamenta não poder andar e sentir-se livre ou ainda estar impossibilitado de correr e sentir o vento tocar em suas pernas e bagunçar seus cabelos, com isso, evidenciando o quanto a arte é primordial e dá relevância a ciência. Acredito que, se poderia considerar a arte e a literatura ou sapiência, como um elemento estruturante e fundamental da ciência, enquanto que engloba por meio de diferentes dizeres os conhecimentos científicos e analisa-os em prática, a sapiência também é elemento que potencializa o conhecimento e entendimento do ser, visto que, apesar de que todos possuímos dois olhos, construímos diferentes olhares em relação ao universo. Em conclusão, ressalta-se que o artigo de Rubem Alves faz-se interessante à àqueles que estão dispostos a refletir a significância que a sapiência agrega a ciência, e identificar o vinculo de ambos os elementos presente em nossa rotina.

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