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* * Tumores de Estômago Luigi Rodrigues Brianez * * * * Carcinoma do Estômago * * Incidência Adenocarcinoma: 95% neoplasias malignas estômago 2ª causa morte por CA Decréscimo incidência em todo mundo Tx mortalidade variável de um país para outro Japão: programa detecção em massa e melhora tto Idade: 50-70anos Sexo: H:M = 2:1 Variação com classe econômica: nos EUA prevalência 2x> hispânicos americanos e negros do que em brancos * * Etiologia Nenhum fator isolado comprovado. Variedade de fatores: Fatores Ambientais ≠ países e regiões Inalação ou ingestão de alimentos carcinogênicos Grupos com situação socioeconômica mais baixa * * Etiologia Fatores Genéticos Grupo sang. A Parentes 1ºgrau: 2-3x Polipose adenomatosa familiar CA colorretal não-polipose familiar Polipose juvenil Mutação gene p53 Fatores raciais – alta incidência Japão (influência importante de fatores ambientais?) * * Etiologia Fatores dietéticos Ingestão amido, vegetais em conserva, peixe salgado, peixe fervido, carne, alimentos e bebidas muito quentes, alto consumo sal Proteção: ingestão vegetais frescos, vitaminas A e C, leite integral, alimentos refrigerados Dieta rica em nitratos – nitritos / nitrosamina Hipocloridria/acloridria – alta conc. Nitritos Fumo: 2x Álcool: sem relação AAS: papel protetor * * Condições pré-cancerosas Adenoma gástrico Hipocloridria/acloridria com anemia perniciosa Gastrite atrófica com metaplasia intestinal * * Condições pré-cancerosas Pós-gastrectomia Infecção H. pylori: risco 2x> Dça. Ménétrier – hipertrofia céls. mucosas superficiais e atrofia céls. parietais e principais >>> espessamento mucosa fúndica, gastropatia perdedora prot. e hipocloridria * * Patologia Mais 95% TU malignos estômago adenoca A partir células mucosas (qualquer local) Localização: Piloro e antro (terço inf): 26% Corpo (terço med): 14% Fundo e cárdia (terço sup): 31% Todo estômago (difuso): 10% * * Classificação Histológica Lauren, 1965 * * Classificação Histológica OMS Papilífero Tubular Mucinoso “Células em anel de sinete” Bem diferenciado Moderadamente diferenciado Pouco diferenciado * * “Carcinoma gástrico precoce” Carcinoma limitado à mucosa ou submucosa, não levando em consideração a presença ou ausência de envolvimento de linfonodos. Sociedade Japonesa de Endoscopia Gastroenterológica, 1962 * * Classificação Macroscópica CA gástrico precoce – Sociedade Japonesa de Endoscopia Gastroenterológica, 1962 Protuso Escavado Superficial elevado Superficial plano Superficial deprimido * * Classificação Macroscópica Borrmann, 1926 – CA avançado Polipóide Ulcerado Ulcerado-infiltrativo Infiltrativo * * Quadro clínico Dor epigástrica (40-70%) – constante, sem irradiação, sem alívio após alimentação Emagrecimento (40-60%) Plenitude gástrica (30-40%) Desconforto epigástrico Hiporexia Náusea/vômito Fadiga Disfagia Hematêmese/melena com anemia crônica Normal – estágio inicial Massa abdominal Hepatomegalia Ascite Icterícia Nódulo de Virchow TU de Krukemberg Prateleira de Blumer Nódulo da Irmã Mary Joseph Sd. Paraneoplásicas: tromboflebites, neuropatias, sd. nefrótica, CIVD, acantose nigricans, dermatose seborréica SINTOMAS EXAME FÍSICO * * TNM * * Classificação Japonesa do Câncer Gástrico (JCGC) Linfonodos classificados em grupos 1,2 e 3, dependendo da localização do TU primário * * * * Classificação Japonesa do Câncer Gástrico (JCGC) Linfonodos classificados em grupos 1,2 e 3, dependendo da localização do TU primário * * * * Diagnóstico Programa de detecção do CA gástrico Japão endoscopia Diagnóstico carcinoma estomago em 0,04 a 0,25% dos pacientes examinados 50% CA detectados são precoces Ocidente avaliar grupos de risco: >40anos; adenoma gástrico; anemia perniciosa; gastrite crônica atrófica; gastrectomia prévia... * * Endoscopia Digestiva Alta Visualização TU; Material para estudo histológico; Ressecção endoscópica * * CA gástrico antro CA gástrico cardia * * CA gástrico cardia Úlcera gástrica benigna Pré-pilórica Bem circunscrita Pregas irradiando p/ base * * . US endoscópico Importante na identificação de CA precoce Resolução melhor para tumores com menos de 2cm. Boa acurácia para estagiamento local (variação de acordo com os estágios) Maior acurácia que TC p/ estadiamento local (92% vs 42%) e para linfonodos regionais (78% vs 48%). Auxilia na determinação do prognóstico e ressecabilidade * * * * TC abdome Avaliação doença metastática Tx global detecção meta intra-abdominal: 85% * * Radiografia contrastada (SEED) Presença ou ausência de qualquer anormalidade no estomago Análise: tamanho; forma; alterações mucosa; pregueamentos mucosos; aparência úlcera; distensibilidade da parede CA gástrico infiltrativo (região incisura) * * Laparoscopia Detecção meta oculta Sensibilidade 95% Evita “laparotomia desnecessária” Evita retardo na QT em paciente com dça. metastática e expectativa vida limitada * * Tratamento Cirúrgico Clínico Rt e Qt Única terapêutica curativa * * * * Ressecção Cirúrgica Curativa Radical/curativa: gastrectomia + linfadenectomia + omentectomia +/- resseção de órgãos adjacentes Margem no mínimo 5cm Gastrectomias: Lesões antrais e pilóricas: subtotal. Lesões de terço médio: subtotal ou total. Lesões de terço proximal: total. Linfadenectomia D2 Ideal: mínimo 15 linfonodos * Ressecções no terço inferior * * Gastrectomia Subtotal Gastrojejunostomia (Billroth II) * Ressecções do terço médio * Ressecções do terço proximal * * Gastrectomia total Esofagojejunostomia em Y de Roux * * Ressecção Cirúrgica Paliativa Paliativa para melhor qualidade vida Obstrução Sangramento Perfuração Resseção ou derivação trânsito (gastrojejunostomia) * * Indicações: CA gástrico precoce restrito a mucosa Sem invasão linfática/vascular TU < 2cm Ausência ulceração Ressecção Endoscópica * * Ressecção Cirúrgica Laparoscópica Vantagem: menos dor; realimentação oral mais precoce; alta hospitalar mais precoce Desvantagem: linfadenectomia mais difícil Experiência (curva aprendizado) X princípios oncológicos * * Tratamento Paliativo Melhorar sobrevida ou aliviar sintomas Quimioterapia e Radioterapia Cirurgia: ressecção ou derivação Endoscopia: dilatação ou stent * * Prognóstico Depende: tipo cirurgia; histologia TU; tamanho TU; estágio Sobrevida global: < 25% Cirg. potencialmente curativa: sobrevida 5anos 24% a 57% Taxa cura CA precoce: > 80% Mais de 50% pacientes apresentam-se com dça. localmente avançada ou metástase. Melhor: diagnóstico precoce * * Linfoma Gástrico * * Linfoma Estômago: local mais comum de linfoma extra-nodal – mais da metade dos linfomas do TGI Origem: Primária Secundária (sistêmico) Incidência mais alta Diagnóstico e tratamento similares ao linfoma sistêmico * * Etiologia Desconhecida Sem aparente relação com ingestão de alimentos carcinogênicos Precursores desconhecidos Incidência: H > M (1,7:1,0) Pico: 50-55 anos * * Patologia Frequentemente multicêntrico: 20-25% têm mais de 1 foco no estômago Elevada incidência meta linfonodos perigastricos Macroscopia: 5 tipos (nodular, polipóide, ulcerativo, infiltrativo, combinado) Microscopia: linfoma não-Hodgkin (mais comum); linfoma Hodgkin; plasmocitoma * * Quadro clínico Sintomas semelhantes adenocarcinoma gástrico e úlcera benigna Massa palpável 20-30% pacientes Diagnóstico Análise histológica Métodos imagem – estadiamento Biópsia endoscópica pode ser ineficaz para amostra de tecido de lesões em submucosa Bx medula óssea – exclusão linfoma sitêmico * * Tratamento Quimioterapia: tto. escolha Radioterapia (associada a QT ou pós-gastrectomia) Cirurgia: dça. gástrica limitada; falha tto.; complicações (sangramento, obstrução, perfuração) Linfoma MALT (mucosa-associated lynphoid tissue): Erradicação H.pylori: remissão completa mais de 75% casos Alguns casos: cirurgia, radiação, QT Prognóstico: melhor do que no adenocarcinoma * * TU estromal gastrintestinal (GIST) * * Tumor mesenquimal mais frequente do estômago Estômago sítio mais frequente dos GIST no TGI Originam-se das células de Cajal (plexo mioentérico – motilidade intestinal) Incidência pouco maior em homens. Qualquer idade. Geralmente >50 anos Expressão c-kit (proto-oncogene CD117) * * Variabilidade de apresentação e curso clínico: TU pequeno benigno X Grandes massas com necrose, hemorragia e metástase Quadro clínico: sangramento; dor/desconforto abdominal; perfuração; massa palpável Diagnóstico Imagem: EDA; US endoscópico; TC abd Exame imuno-histoquímico com pesquisa do CD117 (c-kit) * * Tratamento Ressecção cirúrgica: principal terapêutica Imatinib: Adjuvante resseção (prevenir recidiva) Lesões irressecáveis ou metastáticas Prognóstico Tamanho do tumor (> 5,0 cm) Índice mitótico Infiltração locorregional Metástase
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