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3. INTERPRETAÇÃO CLÍNICA DE HEMOGRAMA

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Prof. Phelipe Barros
HEMOGRAMA
 Avaliação quantitativa e qualitativa do sangue;
 Pode ser subdividido em 3 partes:
 Eritrograma: Estuda as alterações nos eritrócitos, na
hemoglobina, no hematócrito, nos índices globulares e
na morfologia eritrocitária;
 Leucograma: Estuda a contagem total de leucócitos,
assim como as fórmulas percentuais e absolutas e o
estudo da morfologia;
 Plaquetograma: Faz uma estimativa do número de
plaquetas e estuda sua morfologia.
AVALIAÇÃO CLÍNICA
 Eritrócitos = Qtde de hemácias;
 Hb = Hemoglobina;
 Ht = Hematócrito;
 VCM = Volume Corpuscular Médio;
 HCM = Hemoglobina Corpuscular Média;
 CHCM = Concentração de Hemoglobina Corpuscular
Média;
 RDW (Red Cell Distribution Width) = é um índice que
indica a anisocitose (variação de tamanho), sendo o
normal de 11 a 14%, representando a percentagem de
variação dos volumes obtidos. Nem todos os laboratórios
fornecem o seu resultado no hemograma.
MORFOLOGIA ERITROCITÁRIA
 Macrocitose: Facilmente notada de VCM > 110. Tem
como causa comum o álcool. Gravidez e
Envelhecimento. (Déficit de Ác. Fólico ou Vit B12);
 Microcitose ou Hipocromia: Deficiência na síntese de
Hb;
 Anisocitose: presença de macro e micro ao mesmo
tempo;
 População Dupla: eritrócitos normais e anormais ao
mesmo tempo;
 Policromasia e Reticulose: Eritrócitos jovens com
coloração diferente. A reliculose significa aumento da
eritropoiese.
MORFOLOGIA ERITROCITÁRIA
 Poiquilocitose: Alteração da forma das hemácias;
 Esferócitos: defeito na membrana por alteração genética na
espctrina (Esferocitose Hereditária) ou agressão por anticorpos
(Anemia auto-imune, após transfusão);
 Eliptócitos ou Ovalócitos: Defeito hereditário da membrana
(Eliptocitose Hereditária) ou adquirido (Anemias Megaloblásticas,
Hipocrômicas e Síndromes Mieloproliferativas);
 Estomacitose: apresentam uma fenda, ou estoma, linear central.
Geralmente artefato. Sem significado Clínico (doenças hepaticas,
uso de asparaginase);
 Drepanócitos: geralmente homozigoto da HbS. 
 Esquinócitos: são hemácias crenadas;
MORFOLOGIA ERITROCITÁRIA
 Acantócitos: hemácias espiculadas (Hepatopatias, 
esplenectomizados);
 Leptócitos: em forma de sino;
 Draciócitos: em forma de lágrima. Encontrados na 
anemia megaloblastica e em pacientes com 
mielofibrose;
 Hemácias Fragmentadas: lesão por colisão em fluxo 
violento:
 Queratócitos: mordidas ou em forma de capacete 
(Anemias Hemolíticas, defeito enzimático, uso de 
medicações como acetaminofen, sulfa)
 Esquizócitos: em forma de meia-lua, triangulares ou de 
esférulas.
MORFOLOGIA ERITROCITÁRIA
 Eritroblastos: hemácias nucleadas. Aparecem nas
grandes regenerações eritróide, na metaplasia
mielóide do fígado e baço e na invasão da medula.
 Reação Leucoeritroblástica;
MORFOLOGIA ERITROCITÁRIA
 Coloração Usual – Inclusões:
 Corpos de Howell – Jolly: (cromossomas aberrantes
de mitoses anormais em esplenectomizados ou
asplenia);
 Pontilhado Basófilo: (vários pontos roxos dentro da
hemácia, pela precipitação dos ribossomos ricos em
RNA): aparecem na talassemia beta, intoxicação por
chumbo, anemia hemolítica por deficiência de
pirimidina-5-nucleotidase.
 Anel de Cabot (forma de uma anel ou em oito dentro
da hemácia, por restos nucleares): em anemias
hemolíticas severas.
ANEMIAS
 Sinais e sintomas:
 fadiga e fraqueza
 palidez cutâneo-mucosa (pele, conjuntiva)
 dificuldade de concentração
 vertigens e tonturas
 palpitações e taquicardia
 claudicação (dores nas pernas)
 dispnéia (falta de ar)
 inapetência ocorre freqüentemente em crianças
 Ferropriva: Fe 2 + VCM HCM 
 Verminoses?
 Falciforme: Ht > 15%,eritroblastos, leucocitose...
 Hemolítica: Ht , megaloblastose...
VALORES DE REFERÊNCIA
ERITROGRAMA VALORES DE REFERÊNCIA
Eritrócito/Hemácias 4,50 – 6,50 milhões/mm³
Hemoglobina/Hb 13,50 a 18 g/dl
Hematócrito/Ht 40,0 a 54,0 %
VCM 80,00 a 100,00 fl
HCM 26,00 a 34,00 pg
CHCM 31,00 a 36,00 %
RDW 11,50 a 14,50%
Fonte:
BRAUNWALD, E.; FAUCI, A.S.; KASPER, D.L.; HAUSER, S.L.; LONGO, D.L.; JAMESON, 
J.L (ed): Harrison`s Principles of Internal Medicine, 15th edição. New York, Ed. 
McGraw-Hill; 2001.
LEUCOGRAMA
 É o estudo da série branca (ou leucócitos), faz-se
uma contagem total dos leucócitos.
 Contagem diferencial de leucócitos: Em um
paciente normal as células encontradas são:
 Monócitos: uma das maiores células da série
branca, têm citoplasma azulado, núcleo irregular
(indentado, lobulado, em C ou oval) podem ter
vacúolos (pela recente fagocitose). Quando estão
aumentados usa-se o termo monocitose e ocorre em
infecções virais, leucemia mielomonocítica crônica e
após quimioterapia.
LEUCOGRAMA
 Linfócitos: se pequenos têm citoplasma escasso,
núcleo redondo; se grandes têm citoplasma um
pouco mais abundante. Podem ter grânulos. É a
célula predominante nas crianças. Seu aumento é
chamado de linfocitose. Em adultos, seu aumento
pode ser indício de infecção viral ou leucemia
linfocítica crônica.
 Eosinófilos: citoplasma basofílico que não é
visualizado por causa da presença de grânulos
específicos (de coloração laranja-avermelhada),
com núcleo com 2-3 lóbulos. Quando seu número
aumenta é chamado de eosinofilia, e ocorre em
casos de processos alérgicos ou parasitoses.
LEUCOGRAMA
 Basófilos: citoplasma cheio de grânulos preto-
purpúreos que cobrem o citoplasma. Em um
indivíduo normal, só é encontrado até uma célula
(em termos percentuais), seu aumento causa
processos alérgicos.
 Neutrófilos Segmentados: citoplasma acidófilo
(róseo), núcleo com vários lóbulos (2-5 lóbulos)
conectados com filamento estreito. É a célula mais
encontrada em adultos. Seu aumento pode indicar
infecção bacteriana, mas pode estar aumentada em
infecção viral.
LEUCOGRAMA
 Células que também podem ser encontradas:
 Blastos: 
 Linfoblasto: 
 L1: célula pequena, citoplasma basofílico e escasso. 
Encontrada nas leucemia linfóide aguda tipo L1.
 L2: célula de tamanho médio, citoplasma de tamanho e 
basofilia variada. Encontrada na leucemia linfóide aguda 
tipo L2.
 L3: célula grande ou média, citoplasma com intensa 
basofilia e com vacúolos. Aparece no linfoma de Burkitt.
LEUCOGRAMA
 Mieloblasto: possui citoplasma escasso, azulado
(basofílico), núcleo redondo ou oval, com um ou mais
nucléolos evidentes. Pode apresentar grânulos no seu
citoplasma e bastão de Auer (forma de agulha). Os
mieloblastos aparecem em casos de leucemia
mielóide e podem aparecer na síndrome
mielodisplásica ou na reação leucemóide (infecção
grave).
 Monoblasto: similar a outros blastos mas com núcleo
mais contorcido ou irregular que o mieloblasto.
Aparece na leucemia mielomonocítica aguda ou na
leucemia monocítica aguda.
LEUCOGRAMA
 Promielócitos neutrofílicos: O mieloblasto evolui
para promielócito, célula maior que o mieloblasto,
citoplasma basófilo, grânulos de coloração vermelho-
púrpura (grânulos primários), núcleo oval com uma
pequena identação.
 Mielócitos neutrofílico: O promielócito evolui para
mielócito, célula com citoplasma acidófilo (rosa), mais
abundante que o promielócito e com poucos grânulos
e já não são mais visualizados os nucleólos.
 Metamielócitos neutrofílicos: citoplasma acidófilo,
núcleo identado com forma de feijão, poucos
grânulos.
LEUCOGRAMA
 Bastonetes Neutrofílicos: citoplasma acidófilo,
núcleo em forma de S ou C. Não é comum seu
achado em sangue de pacientes normais, mas
aparecem em número aumentado em casos de
infecção.
 Linfócitos atípicos: citoplasma mais basofílico que o
linfócito normal, núcleo irregular. Aparece em
infecções virais. Em grande número na mononucleose
infecciosa, na infecção por citomegalovírus, na
toxoplasmose.
LEUCOGRAMA
 Células plasmáticas: citoplasma basofílico, tamanho
moderado e núcleo excentrico. Pode aparecer no mieloma
múltiplo.
 Células linfomatosas: citoplasma em quantidade variada,
núcleo dobrado, convoluto, clivado ou dobrado. Com um ou
mais nucleólos. Aparece em linfomas. Hairy cells: citoplasma azul páildo, com projeções
citoplasmáticas. Aparece somente nas leucemias mais
graves.
 Célula cerebriforme: núcleo escuro contendo fendas e
dobras (aparência de cérebro). Aparece na síndrome de
Sézary.
VALORES DE REFERÊNCIA
LEUCOGRAMA
VALORES ABSOLUTOS 
%
VALORES DE 
REFERÊNCIA
Global leucócitos - 3.500 a 10.000 mm³
Mielócitos 0,00 0,00 a 0,00 mm³
Bastonetes 1-4 0,00 a 500,00 mm³
Segmentados 40-70 1.890,00 a 6.200,00 mm³
Eosinófilos 1-6 70,00 a 500,00 mm³
Linfócitos 18-48 700,00 a 3.500,00 mm³
Basófilos 0-3 0,00 a 100,00 mm³
Monócitos 3-10 105,00 a 800,00 mm³
Fonte:
BRAUNWALD, E.; FAUCI, A.S.; KASPER, D.L.; HAUSER, S.L.; LONGO, D.L.; JAMESON, 
J.L (ed): Harrison`s Principles of Internal Medicine, 15th edição. New York, Ed. 
McGraw-Hill; 2001.
REFERÊNCIAS
 BRAUNWALD, E.; FAUCI, A.S.; KASPER, D.L.; HAUSER, S.L.; LONGO,
D.L.; JAMESON, J.L (ed): Harrison`s Principles of Internal Medicine, 15th
edição. New York, Ed. McGraw-Hill; 2001.
 MILLER, O.; GONÇALVES, R.R.: Laboratório para o clínico, 8ª edição.
São Paulo, Editora Ateneu;1995.
 HARDMAN, J.G.; LIMBIRD, L.E. (ed): Goodman`s and Gilman`s The
Pharmacological basis of Therapeutics, 9th edition. New York , Ed.
McGraw-Hill; 1996.
 LÓPEZ, M.; LAURENTYS-MEDEIROS, J.: Semiologia Médica, 4ª edição.
Rio de Janeiro, Editora Revinter; 1999.
 COTRAN, R.S.; KUMAR, V.; ROBBINS, S.L.: Patologia Estrutural e
Funcional, 5ª edição. Rio de Janeiro, Ed. Guanabara Koogan; 1996.

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