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Estudos Socioantropologicos UNID4

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Estudos
Socioantropológicos
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O Mundo 
Globalizado
Estudos Socioantropológicos Graduação | UNISUAM 
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Unidade 04 O Mundo Globalizado
Nesta Unidade consideraremos as transformações que emergem a partir da 
experiência socioeconômica advinda do contexto de globalização. Assim, 
temos como objetivos:
Apresentar o conceito de globalização e suas implicações sociais;
Desenvolver o debate sobre a inserção do Brasil no contexto da globalização, 
abordando a concepção de pós-modernidade e modernidade líquida que 
caminham e direcionam a sociedade atual para a construção da ideia de um 
mundo conectado, que cada vez mais tece as redes locais e constrói suas 
diferentes comunidades virtuais. 
Todas essas dinâmicas que resultam de intensas trocas econômicas, sociais 
e comunicacionais envolvem-se pelo real sentido da era da sociedade do 
conhecimento e da informação que os indivíduos vivenciam na atualidade e 
reforçam laços de necessárias interações e colaborações. Por isso, organizados 
em tópicos, estudaremos os seguintes assuntos:
T1. A Inserção do Brasil no Contexto da Globalização.
T2. Pós-modernidade ou a Modernidade Líquida.
T3. Sociedade em Rede: localismos e comunidades virtuais.
T4. A Sociedade do Conhecimento e da Informação.
Vamos ao aprendizado?
A Inserção do Brasil no 
Contexto da Globalização
Em contextos de globalização, o Brasil também se desenvolve como um país 
que ingressa na era de um modelo econômico neoliberal, que se caracteriza 
pela mínima intervenção do Estado na economia. No entanto, tal situação 
não trouxe de fato a retirada do Brasil da condição de subdesenvolvimento 
e dependência econômica em que se encontrava. 
Segundo Fedrigo (2001), é importante considerar que as políticas 
de orientação neoliberal permitiram ao Brasil experimentar grandes 
mudanças, mas não foram suficientes para trazê-lo aos centros produtivos 
mais dinâmicos e posicioná-lo na rota do crescimento econômico e do 
desenvolvimento.
A adoção do neoliberalismo possibilitou a abertura de capitais com 
presença forte de multinacionais no cenário empresarial e industrial 
brasileiro. Tal situação permitiu que essas empresas e indústrias 
buscassem mercados consumidores de suas matérias-primas e mão de 
obra barata. 
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Estudos Socioantropológicos Graduação | UNISUAM 
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O que leva a muitas oportunidades de empregos, no entanto, com ocorrência 
de trabalho precarizado, com jornadas extensas e muitas vezes mal 
remuneradas. 
A tendência do mundo produtivo neoliberal é diminuir custos de produção e 
desvencilhar-se dos impostos alfandegários. Para isso, elas adotavam a prática 
de elaborar o processo de produção em países de fora. No Brasil, realizavam 
apenas a montagem dos produtos, pois, a mão de obra por aqui, como país 
subdesenvolvido, apresentava-se muito mais barata. 
Neto (2012) nos mostra que as medidas neoliberais dos anos 90 no Brasil 
enfatizam o setor privado em prejuízo das políticas sociais públicas. Segundo 
ele, trata-se de transferir os recursos destinados à Seguridade Social para o 
Capital, havendo uma mercantilização da saúde e da previdência, que antes 
eram de responsabilidade do Estado. 
Enxerga-se também, em seu olhar, uma fragilização dos sindicatos, 
fragmentações na classe trabalhadora e ações conservadoras, como 
individualização, a filantropia, bem como práticas de voluntariado. 
Todas essas mudanças, para o autor, configuram as condições materiais 
para o capitalismo flexível no Brasil, o que traz à cena flexibilização, 
desregulamentação e privatização, próprias do avanço da globalização em si. 
Como consequências de todo esse processo, vemos que apesar da oferta 
de vagas de emprego e venda de produtos tecnológicos, há também uma 
intensa precarização das condições de trabalho, acompanhada de aguda 
concentração de renda. 
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Unidade 04 O Mundo Globalizado
Uma outra situação, presente também nesse contexto, vem a ser o aumento 
do desemprego. O Brasil exporta produtos e importa com facilidade, sendo 
participante ativo no mercado internacional, e quase sempre os produtos 
importados têm preços baixos em comparação com os brasileiros. Tal fato acarreta 
a falência de empresas nacionais, com forte impacto em nossa economia. 
Um ponto importante a ser debatido é que se amplia a informalidade, a 
chamada informalidade da globalização, como marca Noronha (2012), 
considerando esta como situações de informalização fomentadas por 
empresas e governos estaduais em processo de terceirização. 
Sem registro formal e também com formas de contratações variadas, como 
cooperativas, empreiteiras, agências de trabalho temporário, prestadoras 
de serviços e outros contratos atípicos, o Estado vai se retirando cada vez 
mais da regulação das relações capital-trabalho. Assim, o Supremo Tribunal 
Federal (STF) brasileiro aprova a Lei da Terceirização, que libera a efetivação de 
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O PROCESSO DE INFORMALIDADE COMO UMA 
REORGANIZAÇÃO DO MUNDO DO TRABALHO ASSALARIADO.
Confira o artigo de Alegretti e Oliveira (2018), 
publicado na Folha de São Paulo, sobre o aval 
do STF à terceirização irrestrita.
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mercado/2018/08/maioria-dos-ministros-
do-supremo-da-aval-a-terceirizacao-
irrestrita.shtml
saiba mais?
Estudos Socioantropológicos Graduação | UNISUAM 
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contratos terceirizados de forma irrestrita. Mais um duro golpe da globalização 
e o cenário neoliberal, na luta de defesa dos trabalhadores em prol de seus 
direitos sociais conquistados historicamente. 
Outro ponto que compromete a inserção do Brasil 
no contexto da globalização são os empregos que 
passam a exigir demandas que os estrangeiros 
muitas vezes, mais bem qualificados, vêm para 
o Brasil para ocupá-las. Além disso, há uma 
valorização de produtos e da cultura norte-
americana em detrimento da nacional. Pelos 
meios de comunicação de massa, começa a 
se constituir uma ideologia de mistificação dos 
produtos americanos. Assim, a cultura brasileira 
é posta em segundo plano e a americana 
supervalorizada, pois “vem de fora”, formando uma 
ideia de que o que é mais caro é melhor.
Vejamos algumas vantagens e desvantagens da inserção do Brasil na 
globalização.
Algumas vantagens da globalização
• O produto importado que, acompanhado da globalização, ganha 
mais qualidade e o seu preço fica mais baixo;
• A facilidade da comunicação é uma grande vantagem da 
globalização, pois hoje em dia podemos falar com pessoas em 
tempo real, por chamada de voz, vídeo e mensagens instantâneas. 
Alguns anos atrás a troca de informação era bem mais lenta, por 
e-mails e cartas, entre outros;
• Os meios de transportes também elevaram a globalização. Devido 
à tecnologia, eles estão melhorando cada vez mais, atrelados em 
encurtar distâncias com conforto e qualidade de vida.
Algumas desvantagens da globalização
• Consumo excessivo, em que o surgimento de uma nova tecnologia 
faz com que você esteja sempre atrasado. Um exemplo é o celular, 
mesmo o seu ainda sendo bastante funcional, em poucos meses 
ele já fica desvalorizado, dando origem a um novo modelo lançado 
no mercado;
• Maior competitividade por vagas de emprego;
• Desemprego ocasionado por estrangeiros mais bem preparados. As 
empresas procuram melhores formações profissionais, o que torna 
cada dia mais difícil conseguir um bom emprego.
Tais considerações sobre o Brasil, no contexto de globalização, nos fazem 
pensar que a sociedade se transforma e se moderniza, mas, ao mesmo tempo, 
deixa de considerar os aspectos humanos e as necessidadesde qualificação 
profissional, para o preparo educacional de seus trabalhadores. 
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Conheça os quatro principais estágios que subdividem a globalização no artigo 
“Fases da Globalização”, publicado por Rodolfo Pena, na Mundo Educação.
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/fases-globalizacao.htm
saiba mais?
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Unidade 04 O Mundo Globalizado
Pós-Modernidade ou a 
Modernidade Líquida 
Bauman (1999), ao apresentar o conceito de globalização, destaca essa 
como um processo intensificado de trocas comerciais, culturais, sociais e 
políticas, que impactam diretamente nas formas de vida, costumes, tradições 
e valores, trazendo o reconhecimento de que todos estamos inseridos e 
imersos nesse caminho. 
O autor sinaliza que a globalização, ao mesmo tempo em que aproxima culturas 
e mundos diferentes, também exclui, discrimina e segrega espacialmente os 
indivíduos e grupos. Em seu olhar, os centros de produção de significado e 
valor são hoje extraterritoriais e emancipados de restrições locais. O mesmo 
não vem acontecendo em relação à condição humana, a qual esses valores 
e significados devem fornecer sentido.
Um outro autor que discute a era da globalização vem a ser Giddens (1991), 
que mostra as transformações globais nas sociedades modernas a partir do 
seguinte raciocínio: Em condições de modernidade, uma quantidade cada vez 
maior de pessoas vive em circunstâncias nas quais instituições desencaixadas, 
ligando práticas locais a relações sociais globalizadas, organizam os aspectos 
principais da vida cotidiana. 
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Com tal pensamento, Giddens define as características das sociedades 
modernas do ponto-de-vista das relações sociais que se travam entre 
os diferentes atores sociais. Ele toma como referência a organização 
social que existia nas sociedades pré-modernas, apontando quais as 
transformações que operam na construção do sujeito social e suas 
relações nas sociedades modernas.
Ainda, para o autor, a sociedade moderna organiza-se em função do 
distanciamento tempo-espaço, querendo com isto dizer que antes, nas 
sociedades pré-modernas, as relações entre os indivíduos estavam 
pautadas nas referências locais. A própria explicação para os eventos que 
ali se processavam estava dada pelo conhecimento e interação cotidianos 
da organização das redes de confiança que era depositada nos laços de 
parentesco e alianças firmados. 
Já nas sociedades modernas, vemos, segundo ele, que essas construíram seu 
esquema de funcionamento social voltadas para uma relação de confiança 
dos indivíduos em sistemas abstratos, fichas simbólicas, que podem ser 
compreendidos e imersos no contexto do desenvolvimento do conhecimento 
técnico e científico. Em resumo, nas sociedades modernas, os indivíduos 
depositam as suas expectativas de continuidade da ordem social, e mesmo 
de sua existência, na relação de confiança que travam com o progresso dos 
sistemas simbólicos.
Todo esse debate merece consideração especial, se vamos tratar do 
fenômeno da globalização em um nível mais simbólico, mais abstrato, nos 
interessa aqui compreender que alterações reais esse fenômeno proporciona 
no cotidiano dos indivíduos. Sob essa perspectiva, podemos elencar o 
seguinte questionamento:
O que de fato podemos entender por esse processo que se cunhou 
denominar globalização? 
Para alcançar este conhecimento, precisamos situar as transformações 
econômicas ao longo do processo histórico e compreender o processo da 
internacionalização da economia ao nível mundial. No entanto, nossa pretensão 
é tentar compreender o conceito de globalização.
Na obra a Globalização da Pobreza, Chossudovsky (1999) aponta que devemos 
começar refletindo simbolicamente o próprio conceito de globalização nos 
círculos acadêmicos e na sociedade como um todo, que apresenta desafios 
e grandes questionamentos por conta de seus desdobramentos na vida dos 
indivíduos. Com esta visão, voltamos a lembrar que todos nós estamos vivendo 
em um mundo globalizado, que se pretende ser sem fronteiras de produção 
e consumo, com novas formas de organização do trabalho, o que caracteriza 
o chamado:
Desemprego estrutural, ou seja, aumento de produtividade e redução de 
mão-de-obra. 
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Unidade 04 O Mundo Globalizado
Com tais transformações, muitas funções trabalhistas tornaram-se obsoletas 
e tenderam ou tendem a desaparecer. A economia cresceu, mas boa parte da 
população economicamente ativa vai ficando fora do mercado de trabalho. Essa 
vem a ser uma questão central do argumento de Chossudovsky (1999) sobre 
a globalização da pobreza, na qual ele trata que, desde o começo dos anos 
80, os programas de “estabilização macroeconômica” e de “ajuste estrutural” 
impostos pelo FMI e pelo Banco Mundial aos países em desenvolvimento 
(como condição para a renegociação da dívida externa) têm levado milhões 
de pessoas ao empobrecimento.
Podemos, então, começar a pensar quais seriam as mais notáveis 
consequências do processo de globalização apontadas por Chossudovsky 
(1999). A globalização da pobreza, conceito elaborado pelo autor, refere-se a um 
processo de empobrecimento global, o qual se manifestou no mundo em finais 
do século XX. Tal processo, de acordo com sua reflexão, pode ser marcado 
pelo colapso dos sistemas produtivos nos países em desenvolvimento, a 
falência das instituições nacionais e a desintegração dos programas de saúde 
e educação. Em outras palavras, o poder de compra interno decaiu, a fome 
eclodiu, hospitais e escolas foram fechados, entre outras coisas.
Chossudovsky (1999) coloca em xeque a perspectiva de que o aumento do 
potencial e da capacidade dos sistemas econômicos em produzir bens e 
serviços correspondem à redução dos níveis de pobreza mundial. Segundo 
ele, a nova ordem econômica internacional alimenta a pobreza humana e 
leva cada vez mais ao barateamento da mão-de-obra do trabalhador, ao 
aumentar as taxas de desemprego e diminuir os salários dos trabalhadores 
urbanos e campesinos. Ainda para ele, a questão do desemprego com a 
globalização vem se mostrando crucial, pois tanto os países desenvolvidos 
quanto os em desenvolvimento têm assistido ao fenômeno chamado de 
internacionalização do desemprego. 
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O autor, ao pensar a reestruturação econômica dada pela globalização, 
também está atento às profundas divisões que se criam entre 
nacionalidades, classes sociais e grupos étnicos. A fragmentação do 
mercado de trabalho, de acordo com ele, leva a intensas divisões 
de classes sociais entre trabalhadores brancos e negros, jovens e 
velhos, empregados em tempo total, empregados em tempo parcial e 
desempregados.
Mas o que está sendo produzido neste novo sistema? 
Segundo Chossudovsky (1999), o que está ocorrendo é uma estagnação 
nos setores de produção de bens e serviços de primeira necessidade, e 
um redirecionamento da produção para bens econômicos de luxo. Além 
disso, há muitas especulações financeiras em transações fraudulentas, que 
podem levar a crises nos mercados financeiros mundiais. Assim, podemos 
começar a entender onde está o embrião da chamada globalização da 
pobreza suscitada pelo autor.
Se os salários estão sofrendo sensíveis reduções e não existem empregos 
para absorver o grande exército de reserva de mão-de-obra, que se forma 
nesse contexto, e se vem se direcionando a produção para bens de consumo 
de luxo, temos, portanto, aí, um impasse consolidado: 
Não há emprego, não há salário, não pode haver potencial de consumo. 
Chossudovsky (1999) aponta que essa é uma das contradições centrais da 
globalização, ou seja, os mercados mundiais têm uma ilimitada capacidade 
de produzir e limitada capacidade de consumir. 
Nos paísesem desenvolvimento, diz o autor, filiais de indústrias que 
produziam para abastecer o mercado interno são eliminadas em contexto 
da globalização. O setor informal, que historicamente se colocou como uma 
importante saída e mesmo uma fonte de criação de empregos, vai sendo 
destruído aos poucos como resultado da liberação das importações. 
A reestruturação da economia mundial, orientada pelas instituições 
financeiras, sediadas em Washington, vai arruinando a economia dos países 
em desenvolvimento, já que nega o desenvolvimento individual desses 
países, bem como a possibilidade de construção de uma economia nacional. 
A internacionalização da política macroeconômica transforma países em 
territórios econômicos abertos e economias nacionais em “reservas” 
de trabalho barato e recursos naturais. Além disso, o aparelho estatal 
apresenta-se desestabilizado, a indústria voltada para o mercado interno 
é destruída, as empresas nacionais abrem falência, as leis que regulam o 
salário mínimo tendem a ser eliminadas, bem como os investimentos em 
programas sociais.
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Unidade 04 O Mundo Globalizado
Finalizando seus argumentos, Chossudovsky (1999) nos leva a considerar um 
aspecto importante no que se refere ao papel do intelectual formado nas 
universidades, nas mais diferentes correntes econômicas. Esse intelectual, 
segundo ele, está muito conduzido a justificar essa nova ordem econômica 
entendida como global e neoliberal (que busca cada vez mais mercados 
fornecedores de mão-de-obra barata e mercados consumidores). 
O questionamento que o autor estabelece é exatamente acerca da falta 
de perspectiva crítica desses estudiosos, principalmente os de Terceiro 
Mundo, que acabam por levar adiante discursos moralizadores e éticos 
sobre “desenvolvimento sustentável” e “diminuição da pobreza”, que a partir 
do desenvolvimento da reestruturação econômica global seriam práticas 
positivas para os países em desenvolvimento. Tal compromisso implica em 
um escamoteamento das relações reais entre as questões políticas referentes 
à pobreza, à proteção ao meio ambiente e aos direitos sociais das mulheres.
As discussões até aqui representam o contexto de desdobramento do conceito 
de globalização para a compreensão do mundo pós-moderno que vivemos. 
Tal compreensão inicia-se com a ideia de que a pós-modernidade nasce 
ESQUEMA ANALÍTICO DA REESTRUTURAÇÃO METROPOLITANA
Fonte: Soares (2015 baseado em MATTOS, 1999).
Assista ao vídeo de Zygmunt Bauman sobre o mundo 
pós-moderno e o mal-estar na civilização
https://www.youtube.com/watch?v=I_VJFr0Ale8
saiba mais?
Estudos Socioantropológicos Graduação | UNISUAM 
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com a reflexão do mal-estar, deixada pelos modelos sociais e econômicos, 
os quais devem ser superados. Assim, essa ideia de ser pós (pós-industrial, 
pós-estruturalismo, pós-fordismo, pós-comunismo, pós-marxismo, pós-
hierárquico, pós-liberalismo, pós-imperialismo, pós-urbano, pós-capitalismo) 
pode ser consolidada pela busca da renovação.
A pós-modernidade traz à cena a lógica cultural que valoriza o relativismo e 
edifica uma configuração de traços sociais, que levam a um movimento de 
descontinuidade da condição moderna: mudanças dos sistemas produtivos e 
crise do trabalho; crise da historicidade e do individualismo; e força da cultura 
narcisista de massa. Algumas características desse período histórico e social 
datado do final do século XX são: 
• Domínio de consciências e pensamentos pelas mídias eletrônicas;
• Colonização do universo dos indivíduos pelo mercado;
• Consumo como a grande estrela da satisfação pessoal;
• Pluralidade cultural;
• Polaridade social, construída por distanciamentos e pela forma como é 
feita a distribuição da renda;
• Crise das metanarrativas, tais como, as que nasceram com a Revolução 
Francesa: liberdade, igualdade e fraternidade;
• Descontinuidade da condição moderna.
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Unidade 04 O Mundo Globalizado
Lyotard (1986) indica que a pós-modernidade pode ser considerada como 
a culminação de seu descontentamento longamente expresso com os 
princípios da modernidade. Para ele, esse conceito expressa uma reação 
contra o que se percebe como doenças da modernidade, do que constitui 
uma construção positiva original construída em torno de novas noções 
e visões.
Em seu olhar, percebemos um individualismo extremado e de múltiplas 
identidades fragmentadas. Ele indica que a noção de grupo social e de 
coletivo são desconstruídas. 
O mundo pós-moderno para Lyotard (1986) é um mundo de possibilidades 
diversas com combinações e recombinações constantemente em fluxo. 
A diferença infindável funda-se na lógica do antidiferenciacionismo que 
caracteriza o pensamento e a ação.
Com isso, vemos que a pós-modernidade tem predomínio do instantâneo, 
da perda de fronteiras, procurando direcionar que o mundo está menor a 
partir do avanço da tecnologia. Reforça-se um mundo virtual, imagem, som 
e texto em uma velocidade voraz.
Hall (2000), ao abordar a questão da identidade do sujeito em contextos de 
pós-modernidade, afirma que há uma “fragmentação” do sujeito e de sua 
identidade cultural, o que afeta diretamente a identidade nacional construída 
na modernidade. Para ele, uma cultura nacional vive entre passado e futuro, 
ora se dirigindo ao passado e suas glórias, ora tentando avançar em direção 
à modernidade. As identidades estão sendo descentradas, passando por um 
processo complexo. O que mostra é que a identidade dos povos e nações 
se encontra fragmentada, plural. 
Modernidade Líquida
Bauman (2001), ao estudar o contexto da pós-modernidade, procura definir 
o termo “modernidade líquida” para considerar a fluidez das relações no 
mundo contemporâneo. Ele usa este conceito para estabelecer o conjunto 
de relações e dinâmicas que se apresentam no mundo contemporâneo e 
que se diferenciam das que se estabeleceram no mundo anterior, que ele 
chama de “modernidade sólida”. Pois, segundo ele, há fixidez nas relações 
sociais entre sujeitos e instituições sociais, construção do sentimento de 
nacionalismo, como ponto de apoio da formação da identidade do sujeito 
neste contexto. 
Nesse sentido, o autor procura demonstrar que ao chegar à modernidade 
líquida, a estrutura social montada em torno da relativa fixidez moderna 
dilui-se. As relações modificam-se, tornam-se voláteis na medida em que 
os referenciais de categorização dissolvem-se. Ocorre a individualização do 
mundo, em que o sujeito agora se encontra “livre”, em certos pontos, para 
A antropóloga Lilia Moritz Schwarcz comenta sobre 
a identidade nos dias de hoje e todos os seus 
personagens, que decorrem da sociabilização humana. 
Confira abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=rbg8NyUxCic
saiba mais?
Estudos Socioantropológicos Graduação | UNISUAM 
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ser o que conseguir ser mediante suas próprias forças. A liquidez presente 
nas reflexões de Bauman (2001) significa a inconstância e incerteza que a 
falta de pontos de referência socialmente estabelecidos e generalizadores 
agora nos traz.
Modernidade Líquida
•	 Mobilidade e fluidez.
•	 Instituições e mentalidades adaptam-se a novos contextos e demandas 
em rearranjos velozes.
•	 Sem compromisso com permanência ou durabilidade. 
Exemplos: carreira e relacionamento.
O que vemos, assim, é que o pós-moderno significa pluralidades de mundos 
reais que podem estar coexistindo, conflitando e até, interpenetrando-se. 
Não há, nesse sentido, uma concepção de totalidade. Foca, assim, uma 
ideia de convivência entre códigos e vivências, um reconhecer do outro 
em sua heterogeneidade que está posta na realidade do contemporâneo, 
mas que busca sua legitimidade de forma permanente. 
Não há uma identidade social fixa, mas sim, a possibilidade de ser muitos 
em diferentes contextos, o que pode confundir a ideia do fortalecimento 
do eu. A identidade é construída no jogodas relações sociais e acionam-se 
diferentes papéis para diferentes momentos sociais.
Essa forma de olhar o mundo a partir da individualização, da não fixação 
de fronteiras e do redimensionamento entre o local e o global, com o 
avanço das tecnologias de informação e comunicação, nos mostram novas 
configurações sociais em que pesam a própria construção de teias de 
relacionamentos reais e virtuais. Nascem, assim, as redes de comunicação 
virtual, em uma realidade na qual os sujeitos apresentam identidades 
fragmentadas e que não têm certeza dos próximos acontecimentos para 
o futuro. 
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Unidade 04 O Mundo Globalizado
Sociedade em Rede: 
localismos e comunidades virtuais
Castells (1999) elaborou o conceito de sociedade informacional, global e em 
rede, para significar uma nova forma de economia, que surgiu em escala 
global no final do século XX, seguindo a revolução tecnológica da informação, 
e oferecendo a base material necessária para sua criação. Segundo ele, a 
emergência de um novo paradigma tecnológico organizado em torno de 
novas tecnologias da informação, mais flexíveis e poderosas, possibilita que 
a própria informação se torne o produto do processo produtivo.
A reflexão de Castells (1999) conduz nosso olhar para o fato de que as redes 
de interação, ao serem multiplicadas pelo avanço da ciência e tecnologia 
em si mesmos, estão criando cada vez mais novas formas e canais de 
comunicação, moldando a vida e, ao mesmo tempo, sendo moldadas por ela. 
Sua forma de descrever a sociedade em rede foi criada e moldada a partir da 
busca da lucratividade pelas empresas e a mobilização das nações a favor 
da competitividade. Assim, a sociedade em rede introduziu novos arranjos 
variáveis na nova relação entre a tecnologia e a produtividade.
A conexão às redes sociais em um mundo virtual é a forma de interação que 
superou outras, que foram preponderantes em séculos e décadas anteriores: 
as cartas, o telefone e até mesmo, mais recentemente, os e-mails e chats. 
Conjugadas às tecnologias móveis dos celulares e aos diversos aplicativos hoje 
disponíveis, não é de estranhar que jovens e tecnologias sejam inseparáveis.
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Para Castells (2002, p. 498), as redes, que dão forma atualmente às relações 
sociais, “são instrumentos apropriados para: a economia capitalista baseada 
na inovação, globalização e concentração descentralizada; para o trabalho, 
trabalhadores e empresas voltadas para a flexibilidade e adaptabilidade; 
para uma cultura de desconstrução e reconstrução contínuas”. O autor ainda 
afirma que a informação é essencial para a construção do conhecimento, que 
associada à tecnologia é a propulsora dessa nova sociedade, que ele chama 
de pós-industrial. 
A promessa da Era da Informação representa o desencadeamento de uma 
capacidade produtiva jamais vista, mediante o poder da mente: Penso, 
logo produzo. 
Com isso, temos tempo disponível para fazer experiência com a espiritualidade 
e oportunidade de harmonização com a natureza sem sacrificar o bem-estar 
material de nossos filhos. Todavia, para o autor, há enorme defasagem entre 
nosso excesso de desenvolvimento tecnológico e subdesenvolvimento 
social. Nossa economia, sociedade e cultura são construídas com base em 
interesses, valores, instituições e sistemas de representações que, em termos 
gerais, limitam a criatividade coletiva, confiscam a colheita da tecnologia da 
informação e desviam nossa energia para o confronto autodestrutivo.
Aprendizagem em Rede
O mundo está conectado em rede. Assim, a própria dimensão da aprendizagem 
torna-se possível pela mediação das redes sociais. Vygotsky (1989) demonstra 
que a aprendizagem se faz em rede a partir da interação e das relações 
praticadas nos diversos ambientes sociais. A linguagem, capacidade específica 
do ser humano, é a via de saída das aquisições cognitivas adquiridas ao longo 
de um processo de aculturação. 
Com a emergência do mundo pós-moderno e a presença do virtual nas 
sociedades e vidas das pessoas como um constante, vemos a necessidade 
de destacar também como a educação e a formação dos sujeitos sociais 
para inserir-se nesse universo vem acontecendo. Sobre essa questão 
da aprendizagem em rede e por meio das interações virtuais, Siemens 
(2004) apresenta a teoria do Conectivismo, na qual percebemos como se 
desenvolvem tendências para a aprendizagem.
Confira abaixo uma estratégia de aprendizagem em rede apresentada 
pela professora e pesquisadora Ana Lúcia Guimarães (2017):
http://proceeding.ciki.ufsc.br/index.php/ciki/article/view/291/141
saiba mais?
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Unidade 04 O Mundo Globalizado
• Muitos aprendizes vão se mover por uma variedade de áreas diferentes, 
possivelmente sem relação uma com as outras, durante o curso de suas vidas. 
• A aprendizagem informal é um aspecto significativo de nossa experiência 
de aprendizagem. A aprendizagem agora, ocorre de várias maneiras – por 
meio de comunidades de prática, redes pessoais e através da conclusão 
de tarefas relacionadas ao trabalho.
• A aprendizagem é um processo contínuo, durando por toda a vida. 
• Aprendizagem e atividades relacionadas ao trabalho não são mais 
separadas. Em muitas situações, são as mesmas.
• A tecnologia está reestruturando nossos cérebros. As ferramentas que 
usamos definem e moldam nosso modo de pensar. 
• A organização e o indivíduo são ambos organismos que aprendem. O 
aumento da atenção à gestão do conhecimento ressalta a necessidade de 
uma teoria que tente explicar a ligação entre a aprendizagem individual e 
organizacional. 
• Muitos dos processos anteriormente tratados pelas teorias de aprendizagem 
(especialmente no processamento cognitivo de informações) agora podem 
ser descarregados para ou suportados pela tecnologia. 
• Saber como e saber o que está sendo suplementado pelo saber onde (o 
conhecimento de onde encontrar o conhecimento que se necessita).
Vantagens 
Sobre a aprendizagem que pode ocorrer com as redes sociais, destacamos o 
uso delas para obter informação, acompanhar notícias de interesse, aprender, 
ensinar, conectar pessoas e se conectar a elas rapidamente, possibilitando 
uma troca e um contato rápido, coisa que pessoalmente ou por telefone 
seria muito complexo, uma vez que este tipo de contato requer outro padrão 
de comunicação. Na rede social essa conexão é mais fácil, por não ser real 
time, a pessoa irá te responder no momento em que estiver disponível, além 
disso, com a possibilidade de verificar amigos e interesses em comum, fica 
muito mais fácil descobrir a melhor maneira de conseguir contato com uma 
determinada pessoa ou empresa. 
É a possibilidade de se conectar e expandir seu mundo na direção que quiser. 
Não existe mais impedimento, você pode descobrir rapidamente quem é o 
gerente de marketing de uma empresa e propor uma parceria, por exemplo.
Entenda como a comunicação mediada pela internet cria espaços virtuais 
que estabelecem relações pela aglutinação de um grupo de indivíduos com 
interesses comuns que trocam experiências e informações. Confira no link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=Xm_7RdifX0c
saiba mais?
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Desvantagens
Como ponto negativo da rede social, podemos falar da falta de qualidade 
no conteúdo gerado e do entretenimento em pequenas doses, inesgotáveis, 
ou seja, a pessoa entra em um ciclo de ver vídeos e fotos seguidas, e acaba 
perdendo horas com isso. Além disso, há um imenso encantamento com a 
fama própria, todos viraram celebridade, e postam suas vidas particulares 
como se estivessem editando uma matéria sobre si mesmos, em revista de 
fofoca, esquecendo que na internet nenhum conteúdo é apagável.
Tais debatessobre estarmos todos e todas em um mundo no qual perdemos 
a relação entre o local e o global, as aprendizagens e trocas comunicacionais 
nos dão outras oportunidades de concepção de espaço, territorialidade e 
proximidade. Assim são descontruídos conceitos de localidade e apresentados 
conceitos de cibercultura e comunidades virtuais. 
Para Lévy (1998), o conceito de Cibercultura se prende à ideia de uma 
suposta cultura do ciberespaço, que resultaria da interconexão mundial 
dos computadores. Gómez (2012) aponta que todos podem ser docentes e 
aprendizes em uma comunidade que se apresenta como local e global, onde 
há uma profunda interação entre sujeito e conhecimento. 
O autor infere que devemos celebrar a inovação, a resolução de problemas, 
e experimentação, a criatividade, a autoexpressão e o trabalho em equipe, 
pois tais mudanças oferecem condições apropriadas para a aprendizagem, 
desenvolvendo cada sujeito na sua forma de aprender e tornando-o capaz 
de intervir na transformação da sociedade em que vive.
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Unidade 04 O Mundo Globalizado
Cibercultura é a cultura que emerge a partir da introdução do computador 
e de outras ferramentas tecnológicas, possibilitando a comunicação virtual, 
a indústria do entretenimento e o desenvolvimento do comércio eletrônico. 
Enfim, é uma cultura fundada com as relações virtuais.
Sobre as comunidades virtuais, Rheingold (1996) identificou a existência de 
“contratos sociais entre grupos humanos – imensamente mais sofisticados, 
embora informais” – que nos permitem agir como agentes inteligentes uns 
para os outros. Assim, nos apresentou o conceito de inteligência coletiva, em 
que se constroem saberes em grupo, para o benefício de cada indivíduo, 
pertencente àquele grupo. 
Para ele, as comunidades virtuais são constituídas por diferentes profissionais 
que constroem diretamente o conhecimento, fornecendo informação 
específica, com opinião especializada. Funciona como uma enciclopédia viva, 
dinâmica, auxiliando os membros da comunidade a lidar com a abundância 
de informações e com a filtragem das mesmas. 
Uma comunidade virtual é uma rede social em que cada um dos membros 
proporciona o conhecimento para a rede. 
Dessa forma, podemos considerar que hoje o local é onde você está e de 
onde você consegue acessar a virtualidade, para estabelecer uma relação 
que possibilite seu aprendizado ou atualização das informações, que possa 
promover contatos com pessoas que conhece, que não conhece, mas que 
deseja conhecer. Enfim, o desenvolvimento de um mundo que não demanda a 
presença física e a localidade fixa para criar contratos, trocas e contatos sociais. 
Com o desenvolvimento das ferramentas tecnológicas, podemos acessar recursos 
de qualquer lugar do mundo. Não existe, portanto, a dependência direta de 
livros ou de buscas de informações pela internet. O conhecimento é construído 
socialmente, as trocas de saberes mediante a internet estão cada vez mais vivas 
e presentes nas escolas e em todas as residências e espaços públicos e privados. 
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As escolas também iniciam preparando conteúdos, metodologias e professores 
para ingressarem nas novas formas de ensinar e aprender na era digital. Assim, 
não podemos deixar de abordar a educação a distância (EaD) e seus avanços 
em tempos atuais.
Vianney et al. (1998) nos mostram que os objetivos gerais da EaD se referem à 
democratização do acesso à educação, a capacidade de oferecer uma educação 
autônoma e relacionada à experiência a promoção e o incentivo de um ensino 
inovador, de qualidade, que colabora também para redução de custos. Para 
Zanoto (2009), a EaD pressupõe o princípio do aprender fazendo e o fazer 
consciente e crítico. Segundo ele, significa uma forma de educar sistemática e 
organizadamente, que estabelece a comunicação por via dupla, onde professor 
e aluno comunicam-se, interagem e possibilitam a formação do conhecimento.
Piletti (2000) também ao abordar o tema, infere que a educação deve ser 
entendida como um processo de âmbito universal, ao qual todo ser humano 
está sujeito, não sendo estático nem determinístico, mas variando de acordo 
com a sociedade em que o indivíduo está inserido. 
Assim, em contextos de EaD, as transformações no mundo do trabalho, a busca 
de formação de profissionais, para um mercado de ocupações e profissões 
futuras, o conhecimento e a preparação dos sujeitos sociais encontram nesse 
modelo educacional perspectivas de inovação e empreendedorismo.
A Sociedade do Conhecimento 
e da Informação 
A partir do olhar de que as sociedades avançam levando em conta sentidos e 
significados, construídos para organizar sua vida cotidiana, suas necessidades 
econômicas e culturais locais, devemos considerar como a cultura dos 
indivíduos pós-modernos está sendo recriada através da vida digital, com 
novos saberes na sociedade do conhecimento.
A sociedade contemporânea tem como grande característica o papel que 
o conhecimento ocupa. Não estamos falando somente do fato de que 
informação é poder e que quem tem mais informação tem mais poder, estamos 
falando mesmo na posse e decodificação desta informação ao ponto de ser 
transformada e processada como conhecimento. 
A transformação da informação em conhecimento é de real importância em 
tempos contemporâneos.
21
Unidade 04 O Mundo Globalizado
Temos muita necessidade em definir a relação tempo-espaço em que estamos 
situados contextualmente, porque temos que admitir que a presença da 
virtualidade vem colaborando para a promoção de informação e conhecimento 
na vida social e cultural dos diferentes povos do planeta. Isso é um fato 
consumado, por isso, a necessidade de traçar e estabelecer aprendizados 
e relações processuais que ajudem os sujeitos sociais a se moverem nesta 
órbita de rápidas e constantes transformações. 
Mas, há de se perguntar: se a cultura já não é algo dinâmico, que sempre está 
em adaptação e redefinição, então, por que tanto se tem falado de vivermos a 
sociedade do conhecimento e a era da cibercultura se suas bases já vinham 
sendo desenhadas ao longo de sucessivas redefinições socioeconômicas e 
políticas historicamente arrumadas? No final dos anos 70 do século XX, Popper 
(1978) mostrava que a realidade deveria ser muito mais percebida como um 
sistema instável do que como uma nuvem. Uma sociedade que se pauta no 
incerto, no duvidoso, no preparar-se para o que tiver que acontecer. Sociedade 
do conhecimento é também sociedade das possibilidades e da concepção 
de que informação e conhecimento são circuláveis para todos os cantos do 
planeta e que o investimento na capacidade que a tecnologia pode oferecer 
para este fim é uma certeza absoluta.
Bauman (1997) chama de modernidade líquida, como vimos, a fase humana 
em que os atores de seu tempo vivem mudando em um curto espaço, o que 
deixa pouca possibilidade de consolidação de rotinas e hábitos. Com estas 
considerações, vemos que Lévy (1998) enfatiza o momento em que vivemos, 
no qual a gestão do conhecimento exige das pessoas responsabilidade e 
criatividade, pois elas devem ser educadas e preparadas para atuarem com 
pensamento crítico. Não somente consumindo informações prontas, mas 
sendo capazes de encontrar a informação que buscam e também gerar 
informações para serem consumidas em escala mundial. 
Lévy (1998), ao abordar o tema dos rumos da sociedade contemporânea, 
observa as transformações que se processam no savoir-faire, mostrando que 
devemos estar atentos a compartilhar valores e aprendizados em redes de 
inovação. Pois, para ele, as nações e sociedades precisam aprender a navegar 
no espaço do saber.
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Castells (1999), embora aponte que a tecnologia é a sociedade em tempos 
atuais, chama a atenção para que não se reduza a compreensão da 
sociedade apenas por suas ferramentas tecnológicas. Ele considera que a 
tecnologia é um dos pilares mais importantes do desenvolvimento social, 
por isso, devemos considerar que o Estado e a sociedade existem a partir 
da planificação da tecnologia. 
O autor ainda indica que os destinos e a evolução das nações dependerão da 
condição de habilidade delas para dominarem as tecnologias da informação e 
comunicação. Nesse formato, o Estado tem papel significativo para manusear 
e desenvolver políticas de implementação das tecnologias da informação e 
comunicação. Também Ntambue (2005) refere-se que uma sociedade deve 
primar por distribuir todos os esforços nela desenvolvidos, considerando que o 
poder que o conhecimento tem hoje deve atravessar os diferentes segmentos 
sociais de forma que todos desfrutem destas benesses.
Vemos que estar vivendo na era da informação, conhecimento, tecnologia 
e cibercultura nos suscitam algumas características fundamentais: a de 
compreensões sobre habilidades e competências que os sujeitos sociais 
devem possuir ou desenvolver para conseguirem lidar com estas dinâmicas 
de convívio social.
Para entender a relação entre sociedade do conhecimento e globalização é 
preciso considerar que Bauman (1999) defende que a globalização, ao mesmo 
tempo em que aproxima culturas e mundos diferentes, também exclui e 
segrega espacialmente os indivíduos e grupos. Segundo ele, os centros de 
produção de significado e valor são hoje extraterritoriais e emancipados de 
restrições locais, o que, em seu olhar, não acontece em relação à condição 
humana, a qual esses valores e significados devem dar sentido. 
Todo esse distanciamento tempo-espaço sugerido pelos autores pode ser 
encurtado na medida em que a sociedade do conhecimento institui novos 
valores e práticas sociais com a aplicação das tecnologias que permitem a 
concretização dessa realidade. 
Unidade 04 O Mundo Globalizado
23
Nesse sentido, a Internet e suas mais diferentes formas de comunicação e 
aplicação redefinem culturas e ressignificam identidades sociais.
Para Nagel (2002), o conceito de sociedade do conhecimento vem a ser uma 
expressão advinda do meio empresarial, para dar conta dos investimentos 
racionais planejados para o mundo globalizado no que se refere ao 
impacto do avanço científico e tecnológico, e traz de imediato facilidades 
e transtornos por meio das redes de comunicação digital. Com isso, vemos 
que a própria empresa tem o interesse em investir em uma sociedade das 
tecnologias digitais.
A sociedade do conhecimento, sob essa ótica, aponta ao mundo do trabalho 
atual para uma perspectiva inserida em uma reflexão própria ao darwinismo 
social do início do século XIX. Analisa a sociedade a partir da ideia de que 
conforme as sociedades vão evoluir, vão alcançar o progresso científico, os 
indivíduos que sobreviverão a esse avanço serão “os mais fortes, os mais 
adaptáveis”. Aqueles que forem capazes de perceber e internalizar valores de 
uma educação continuada, de uma aprendizagem ao longo da vida. Portanto, 
a sociedade do conhecimento institui uma corrida para alcançar o pódio, que 
entendemos ser “um lugar ao sol” no mundo capitalista global, conforme nos 
apontam os autores apresentados. 
De uma forma mais direta, segundo esse olhar, não basta ao indivíduo 
buscar aumentar seu grau de escolaridade por meio da incessante busca 
de credenciais para auferir os lucros da era da informação, é preciso mais 
que isso para “manter-se vivo” nessa sociedade. É preciso saber assimilar que 
as atividades em destaque são aquelas que se voltam para a produção e 
distribuição de informação e conhecimento, isto é, entender as necessidades 
da sociedade atual, fazendo uma leitura do código de barras correspondente 
às novas exigências desse mundo em edificação.
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Think tanks são instituições que procuram 
fazer a ponte entre o conhecimento específico 
e as políticas públicas, por meio de pesquisas 
aplicadas aos problemas da sociedade. 
Confira mais sobre Think tanks no vídeo “O 
que são Think Tanks?” no link abaixo:
h t t p s : // w w w . y o u t u b e . c o m /
watch?v=Cs5o7IazYhQ
Design Thinking é a forma de pensar do 
designer, mas por que isso é importante 
para as empresas? Porque, o designer 
é crítico e criativo, está sempre olhando 
para os problemas como oportunidades, 
construindo variedades de soluções para 
aquele problema. 
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Olhando mais de perto essas características, conseguiremos refletir sobre as 
habilidades e competências para transitar na realidade atual. Esse contexto 
possibilita a abertura da vida das pessoas à cultura e suas vertentes criativas, 
de maneira que ideias e conhecimentos circulam, mesmo que sejam diferentes 
ou tradicionais, cujas misturas dão os novos ares da inovação. Assim, torna-
se uma sociedade baseada no capital humano, na capacidade que o capital 
intelectual possui de criar e forjar novas informações e realidades. 
Sobre o aspecto da preparação dos indivíduos para acompanharem tais 
demandas e transformações sociais, é importante destacar que os sujeitos 
sociais valorizam a esfera do pensar para marcar suas diferenças educacionais. 
Em alguns países surgem os think thaks, grupos ou centros de pensamento 
para discussão e geração de ideias, conforme nos mostra Lucci (2000), o que 
emerge uma geração que começa a ser formada a partir da aprendizagem 
do design thinking, com a ideia de projetar soluções inovadoras, de forma 
rápida, responsável e eficiente. Inaugura-se assim, a era do pensar coletivo 
para a aprendizagem colaborativa, com fins de produzir respostas sustentáveis.
Como sociedade da informação, temos também que pontuar o que nos diz 
Kurz (2002), que destaca o verdadeiro significado de “informação”. Em seu olhar, 
deve-se considerar sociedade da informação em um sentido mais amplo, ligado 
também a procedimentos mecânicos, isto é, tudo aquilo que faz parte do nosso 
cotidiano, como, por exemplo, o som da buzina, a mensagem automática da 
próxima estação do metrô, a campainha de um despertador, o panorama do 
noticiário na TV, o alto-falante do supermercado, entre outros. Diante disso, o 
autor ressalta que informação é tudo aquilo que nos traz um dado. 
A ideia de estarmos vivendo a era da sociedade da informação deve 
ser compreendida a partir da velocidade com que sabemos dos fatos e 
ainda divulgamos para outras pessoas, a partir das trocas trazidas pelas 
possibilidades da comunicação via Internet. No entanto, devemos entender 
que a informação, por ser um dado, gera poder para quem a possui e manipula, 
mas sobretudo ela também pode ser apenas efêmera e infecunda, caso não 
tenhamos uma utilidade, uma percepção de transformá-la em conhecimento, 
pois informação e conhecimento são conceitos diferentes, mas que podem 
ser complementares.
Entenda um pouco mais sobre o que é informação no vídeo 
“Sociedade da Informação: benefícios, angustias e possibilidades”.
https://www.youtube.com/watch?v=YcCFZUlqBNc&t=12s
saiba mais?
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Unidade 04 O Mundo Globalizado
Historicamente, foi ao longo do século XX que as mudanças em relação ao 
armazenamento e disseminação das informações alcançaram maior rigor, 
muito por conta das guerras mundiais, da expansão industrial, da dinâmica 
trazida pela globalização e sem dúvida, pelo crescimento, investimento e 
amplitude das tecnologias da informação e comunicação.
Existem autores que sinalizam a passagem de uma ideia de sociedade da 
informação para sociedade da comunicação, levando em conta as trocas 
comunicacionais diárias e necessárias das pessoas. Gonçalves (2009) destaca 
o fato de quea maioria das atividades realizadas nos espaços virtuais são de 
comunicação, as pessoas vêm usando cada vez mais esses espaços para este 
fim. Muitas têm até produzido e compartilhado informações falsas, conhecidas 
como Fake News, resultando em prejuízos a outras pessoas, por não analisar 
o conteúdo antes de compartilhar
É extremamente importante checar a fonte das notícias e informes antes 
compartilhá-las.
Já Drucker (1993) procura mostrar que o conhecimento, mais do que o capital ou 
trabalho, é recurso econômico mais importante da sociedade pós-capitalista, 
ou sociedade do conhecimento, e que a informação aparece como sendo 
cada vez mais o ponto crucial para o sucesso e desenvolvimento de empresas.
A Universidade Del Mar, ao realizar estudos sobre qual a importância do 
conhecimento no século XXI, indica que o conhecimento é o recurso mais 
significativo das sociedades atuais e os trabalhadores de conhecimento serão 
a grande maioria da força de trabalho. Ela ainda procurou demonstrar quais 
as principais características dessa sociedade:
1. Ausência de fronteiras - porque o conhecimento se 
desloca com menos esforço até do que o dinheiro;
2. Mobilidade para cima - disponível para todos por meio 
de uma educação formal facilmente adquirida;
3. Potencial para o fracasso, assim como para o sucesso 
- Qualquer um pode adquirir os ‘meios de produção’, isto 
é, o conhecimento exigido para a tarefa, mas nem todos 
podem vencer (SHINYASHIKI, 2016)
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Tais reflexões nos remetem ao fato de que o trabalhador do conhecimento 
será o que hoje se chama de inovador, aquele que sai em busca de respostas 
para problemas sociais ou individuais. Aquele que transforma a informação 
em um dado de pesquisa e este em conhecimento. Conhecimento é poder 
e, portanto, é a grande moeda de ouro destes tempos atuais.
Por outro lado, é um mundo que exclui e segrega aqueles que não possuem as 
devidas credenciais, que vão desde o acesso à tecnologia até as dificuldades 
de leitura e interpretação de dados e produção de saberes críticos, para usufruir 
das benesses de valorização deste conhecimento. Assim, vemos que quem 
não sabe interagir e colaborar nesta sociedade do conhecimento, isto é, quem 
não troca informações e não resolve problemas em grupo, fica sem espaço 
para pertencer e atuar neste mercado contemporâneo do conhecimento. 
Sociedade da Informação
Acesso democratizado, universal, global e total à informação e 
ao conhecimento, pelos meios de comunicação e equipamentos 
eletrônicos. A Internet inaugura uma nova sociedade chamada 
Sociedade da Informação.
 
Sociedade do Conhecimento
Produziu-se a partir das redes sociais, das interações e colaborações, 
entre os indivíduos membros. São pessoas discutindo questões, 
refletindo sobre elas, ensinando e aprendendo, umas com as outras, 
em todas as áreas de conhecimento.
Com estas informações, vemos que a educação, sociedade e os grupos sociais 
primam cada vez mais por valores que passam pelas ideias de interatividade, 
colaboração e inovação. No século XXI, a interação é a palavra mais destacada, 
pois, o que de mais valoroso se tem a trocar é a capacidade de interação e 
colaboração dos indivíduos.
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Unidade 04 O Mundo Globalizado
A educação dos indivíduos, para se incluírem nesse novo modelo de sociedade, 
passa pelo entendimento de que escola e tecnologias digitais estreitam cada 
vez mais sua parceria para a formação do projeto de indivíduo que atende ao 
desenho de mundo aqui apresentado. O indivíduo precisa estudar sempre, com 
formação continuada, e não se colocar em uma posição de que está pronto. 
Para isso, utiliza-se das interações nas redes sociais não apenas como aquele 
que consome, mas que também, atua como participante de diferentes grupos 
de estudos da área de atuação profissional que se inclui. 
Desenvolver o hábito de construir uma imagem positiva de si mesmo, para 
se apresentar no mundo virtual, também é uma grande recomendação, com 
a ideia de que precisamos ser vistos de forma a dar uma conotação de que é 
alguém capaz de agregar, bem como de criar, promover o outro e se promover. 
Além disso, saber ouvir e experimentar a vivência e troca colaborativa, sem 
omitir sua opinião, e deixar de ser protagonista nas situações que demandam 
proatividade e criatividade são atitudes recomendadas. A omissão é um fator 
a ser excluído de qualquer valorização nesta sociedade. 
Conclusão 
Procuramos demonstrar como os impactos que as transformações trazidas 
pela globalização e a configuração da sociedade pós-moderna colaboram para 
uma percepção de que os indivíduos estão vivendo experiências múltiplas e 
fragmentadas, buscando a satisfação de seus desejos e a felicidade. 
Felicidade é poder de consumo. Consumir também é conectar-se com o 
sentido das trocas via Internet, seja pelas redes sociais ou pelas formas como 
se constroem modelos de interação e colaboração, que sinalizam a inserção 
das pessoas na sociedade do conhecimento e informação. Assim, é possível 
ter educação e trabalho voltados para o uso das tecnologias digitais. 
Surgem, portanto, novas formas de ensinar e aprender, mas todas elas levam à 
compreensão da necessidade de transformar informação em conhecimento. A 
palavra adaptação indica que os indivíduos precisam se preparar para consumir 
e produzir conteúdo e trocas na sociedade digital.
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