Logo Passei Direto
Buscar

Prova sociologia III

Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

Leia o trecho a seguir: VEJA – Vê uma atitude racista no culto à mulata ou reafirma sua tese de que esse culto está uma prova da ausência de problemas raciais no Brasil? O Brasil é, realmente, uma democracia racial perfeita? GF (Gilberto Freyre) – Perfeita, de modo algum. Agora, que o Brasil é, creio que se pode dizer sem dúvida, a mais avançada democracia racial do mundo de hoje, isto é, a mais avançada nestes caminhos de uma democracia racial. Ainda há, não digo que haja racismo no Brasil, mas ainda há preconceito de raça e de cor entre grupos de brasileiros e entre certos brasileiros individualmente. (Trecho de entrevista de Gilberto Freyre, publicada na revista Veja de 14 de abril de 1970).
É possível afirmar que a resposta de Gilberto Freyre:
a. desrespeita a figura da mulata.
b. ignora a história do passado escravista brasileiro.
c. incita o ódio entre as raças.
d. pondera a questão do racismo no Brasil com a evidência de que há democracia racial, ainda que imperfeita.
e. reforça o preconceito racial dos antigos senhores escravocratas.

Entre as contribuições sociológicas da obra Casa grande e senzala, inclui-se
A) a denúncia do discurso sobre a existência de uma suposta democracia racial brasileira.
B) a abordagem economicista para explicar as relações entre índios, negros e portugueses no Brasil Colonial.
C) a defesa do branqueamento da população brasileira como resposta ao dilema das relações raciais.
D) o entendimento da formação histórica do Brasil como movimento propiciador de uma sociedade híbrida, em uma positiva experiência de relações humanas.

O pensamento social brasileiro de fins do século XIX esteve em grande medida voltado para a questão racial. Intelectuais da época apontavam a mistura das raças como uma das causas do “atraso” nacional. Tal ponto de vista é combatido em obra teórica por:
A) Euclides da Cunha.
B) Manuel Bonfim.
C) Sílvio Romero.
D) Nina Rodrigues.
E) José de Alencar.

A partir dos anos 70 do século passado, a questão quilombola foi recolocada no contexto nacional com a 'descoberta das comunidades quilombolas', devido, em grande parte, ao movimento negro contemporâneo e ao exercício intelectual de autores como Abdias do Nascimento, Clóvis Moura, Beatriz Nascimento, Lélia Gonzalez, Joel Rufino e Kabengele Munanga, entre outros. Ao lado disso, é importante mencionar a mobilização política que culminou na publicação do artigo 68 das Disposições Constitucionais Transitórias (Constituição Federal de 1988), que dá aos quilombolas o direito à titulação das terras por eles ocupadas.
Considerando o tema do texto antecedente e os vários aspectos antropológicos a ele relacionados, julgue o item que se segue. Apesar de a ‘descoberta das comunidades quilombolas’ referida no texto ter-se iniciado a partir de 1970, Nina Rodrigues é considerado por muitos intelectuais como um dos precursores dos estudos sobre populações afro-brasileiras, a despeito de suas formulações racistas.
A) Certo
B) Errado

Leia o texto a seguir: A identidade cultural é um conjunto vivo de relações sociais e patrimônios simbólicos historicamente compartilhados, que estabelece a comunhão de determinados valores entre os membros de uma sociedade. Sendo um conceito de trânsito intenso e tamanha complexidade, podemos compreender a constituição de uma identidade em manifestações que podem envolver um amplo número de situações que vão desde a fala até a participação em certos eventos.
Sobre esse tema, assinale a alternativa INCORRETA.
A) As discussões sobre desigualdade de gênero e diversidade sexual são importantes para se compreender a identidade cultural de um grupo social.
B) A cultura tem um papel importante na compreensão das personalidades, nos padrões de conduta e nas características próprias de cada indivíduo ou grupo.
C) A cultura como mercadoria é um elemento importante para a formação da identidade cultural de um indivíduo ou grupo, pois diferencia os que possuem e os que não possuem cultura por meio do acúmulo intelectual.
D) A identidade cultural contribui para que o indivíduo possa se adaptar à organização de seu grupo social, e isso permite um equilíbrio entre o mundo sociocultural e os indivíduos que vivem nele.
E) A capacidade de um indivíduo se identificar com sua cultura não pode ser compreendida como um fenômeno composto por valores morais fixos, pois estes devem ser associados às transformações históricas do grupo.

A desagregação do regime escravocrata e senhorial operou-se, no Brasil, sem que se cercasse a destituição dos antigos agentes de trabalho escravo de assistência e garantias que os protegessem na transição para o sistema de trabalho livre. Os senhores foram eximidos da responsabilidade pela manutenção e segurança dos libertos, sem que o estado, a igreja ou outra qualquer instituição assumissem encargos especiais para prepará-los para o novo regime de organização da vida e do trabalho. [...] Em suma, a sociedade brasileira largou o negro ao seu próprio destino, deitando sobre seus ombros a responsabilidade de reeducar-se e de transformar-se para corresponder aos novos padrões de ideais de homem criados pelo advento do trabalho livre, do regime republicano e do capitalismo.
O abandono e o descuido para com esse grupo étnico, descrito por Florestan Fernandes, podem ser apontados nos dias atuais como respons
a) pelo baixo índice de escolaridade, preconceito e exclusão social do negro no Brasil.
b) pelo aumento do sentimento de pertencimento nacional dos grupos afrodescendentes.
c) pela separação entre brancos e negros nos espaços públicos e no mercado de trabalho brasileiro.
d) por um dinamismo cultural que integrou a população brasileira em torno de valores oriundos da África.
e) pela integração do negro na sociedade brasileira, independentemente de ações afirmativas e políticas públicas.

A ideia da existência de uma democracia racial no Brasil foi desconstruída pelos estudos de Florestan Fernandes, sobretudo, em seu livro A integração do negro na sociedade de classes. Nesta obra de 1965, o autor argumenta que a democracia racial na sociedade brasileira é um mito na medida em que a abolição da escravatura libertou os negros “oficialmente”, mas não os incluiu na sociedade como cidadãos, mantendo, assim, a discriminação e a submissão da população negra aos brancos, permanecendo, portanto, as desigualdades sociais entre negros e brancos.
A democracia racial no Brasil, de fato, ainda se constitui como um mito, identificado na fala cotidiana brasileira com expressões de preconceito racial, a exemplo de
a) “Vamos acabar com essa negrinhagem”; “serviço de preto”; “Respeito à diversidade”.
b) “Cabelo de palha de aço”; “Todas as pessoas nascem iguais.”; “Lápis cor de pele”.
c) “Nasceu com um pé na cozinha”; “Inveja branca”; “A primeira igualdade é a justiça”.
d) “Da cor do pecado”; “Ser diferente é legal”; “Não sou tuas negas”.
e) “A coisa tá preta”; “Cabelo ruim”; “Negro de alma branca”.

Falar de Multilticulturalismo é falar de diversidade, é falar de diferenças. Nem sempre reconhecidas, nem sempre respeitadas e valorizadas. Em contraponto ao Multiculturalismo, podemos constatar a existência de outras políticas culturais ligadas intimamente ao nacionalismo e que visam a assimilação pelos imigrantes, da cultura dominante nos países de acolhimento.
Sobre o multiculturalismo e a diversidade cultural da sociedade brasileira, marque a resposta correta.
a) O nosso país é uma mistura de culturas. A miscigenação dos credos e culturas ocorre no Brasil desde os tempos da colonização.
b) O Brasil tem duas culturas bem definidas: a cultura dos ricos e a cultura dos pobres.
c) O processo imigratório não teve influência na formação da diversidade cultural brasileira.
d) O nosso país é homogêneo em cultura. não há miscigenação dos credos e culturas no Brasil desde os tempos da colonização.
e) O processo de colonização do Brasil não favoreceu a mestiçagem.

Assinale a alternativa que APRESENTA os principais grupos (ou matrizes) raciais que compõem o 'brasileiro', de acordo com Gilberto Freyre.
a) Português, inglês e negro.
b) Negro, indígena e europeu.
c) Mouro, indígena e africano.
d) Português, mouro e indígena.
e) Português, indígena e negro.

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Questões resolvidas

Leia o trecho a seguir: VEJA – Vê uma atitude racista no culto à mulata ou reafirma sua tese de que esse culto está uma prova da ausência de problemas raciais no Brasil? O Brasil é, realmente, uma democracia racial perfeita? GF (Gilberto Freyre) – Perfeita, de modo algum. Agora, que o Brasil é, creio que se pode dizer sem dúvida, a mais avançada democracia racial do mundo de hoje, isto é, a mais avançada nestes caminhos de uma democracia racial. Ainda há, não digo que haja racismo no Brasil, mas ainda há preconceito de raça e de cor entre grupos de brasileiros e entre certos brasileiros individualmente. (Trecho de entrevista de Gilberto Freyre, publicada na revista Veja de 14 de abril de 1970).
É possível afirmar que a resposta de Gilberto Freyre:
a. desrespeita a figura da mulata.
b. ignora a história do passado escravista brasileiro.
c. incita o ódio entre as raças.
d. pondera a questão do racismo no Brasil com a evidência de que há democracia racial, ainda que imperfeita.
e. reforça o preconceito racial dos antigos senhores escravocratas.

Entre as contribuições sociológicas da obra Casa grande e senzala, inclui-se
A) a denúncia do discurso sobre a existência de uma suposta democracia racial brasileira.
B) a abordagem economicista para explicar as relações entre índios, negros e portugueses no Brasil Colonial.
C) a defesa do branqueamento da população brasileira como resposta ao dilema das relações raciais.
D) o entendimento da formação histórica do Brasil como movimento propiciador de uma sociedade híbrida, em uma positiva experiência de relações humanas.

O pensamento social brasileiro de fins do século XIX esteve em grande medida voltado para a questão racial. Intelectuais da época apontavam a mistura das raças como uma das causas do “atraso” nacional. Tal ponto de vista é combatido em obra teórica por:
A) Euclides da Cunha.
B) Manuel Bonfim.
C) Sílvio Romero.
D) Nina Rodrigues.
E) José de Alencar.

A partir dos anos 70 do século passado, a questão quilombola foi recolocada no contexto nacional com a 'descoberta das comunidades quilombolas', devido, em grande parte, ao movimento negro contemporâneo e ao exercício intelectual de autores como Abdias do Nascimento, Clóvis Moura, Beatriz Nascimento, Lélia Gonzalez, Joel Rufino e Kabengele Munanga, entre outros. Ao lado disso, é importante mencionar a mobilização política que culminou na publicação do artigo 68 das Disposições Constitucionais Transitórias (Constituição Federal de 1988), que dá aos quilombolas o direito à titulação das terras por eles ocupadas.
Considerando o tema do texto antecedente e os vários aspectos antropológicos a ele relacionados, julgue o item que se segue. Apesar de a ‘descoberta das comunidades quilombolas’ referida no texto ter-se iniciado a partir de 1970, Nina Rodrigues é considerado por muitos intelectuais como um dos precursores dos estudos sobre populações afro-brasileiras, a despeito de suas formulações racistas.
A) Certo
B) Errado

Leia o texto a seguir: A identidade cultural é um conjunto vivo de relações sociais e patrimônios simbólicos historicamente compartilhados, que estabelece a comunhão de determinados valores entre os membros de uma sociedade. Sendo um conceito de trânsito intenso e tamanha complexidade, podemos compreender a constituição de uma identidade em manifestações que podem envolver um amplo número de situações que vão desde a fala até a participação em certos eventos.
Sobre esse tema, assinale a alternativa INCORRETA.
A) As discussões sobre desigualdade de gênero e diversidade sexual são importantes para se compreender a identidade cultural de um grupo social.
B) A cultura tem um papel importante na compreensão das personalidades, nos padrões de conduta e nas características próprias de cada indivíduo ou grupo.
C) A cultura como mercadoria é um elemento importante para a formação da identidade cultural de um indivíduo ou grupo, pois diferencia os que possuem e os que não possuem cultura por meio do acúmulo intelectual.
D) A identidade cultural contribui para que o indivíduo possa se adaptar à organização de seu grupo social, e isso permite um equilíbrio entre o mundo sociocultural e os indivíduos que vivem nele.
E) A capacidade de um indivíduo se identificar com sua cultura não pode ser compreendida como um fenômeno composto por valores morais fixos, pois estes devem ser associados às transformações históricas do grupo.

A desagregação do regime escravocrata e senhorial operou-se, no Brasil, sem que se cercasse a destituição dos antigos agentes de trabalho escravo de assistência e garantias que os protegessem na transição para o sistema de trabalho livre. Os senhores foram eximidos da responsabilidade pela manutenção e segurança dos libertos, sem que o estado, a igreja ou outra qualquer instituição assumissem encargos especiais para prepará-los para o novo regime de organização da vida e do trabalho. [...] Em suma, a sociedade brasileira largou o negro ao seu próprio destino, deitando sobre seus ombros a responsabilidade de reeducar-se e de transformar-se para corresponder aos novos padrões de ideais de homem criados pelo advento do trabalho livre, do regime republicano e do capitalismo.
O abandono e o descuido para com esse grupo étnico, descrito por Florestan Fernandes, podem ser apontados nos dias atuais como respons
a) pelo baixo índice de escolaridade, preconceito e exclusão social do negro no Brasil.
b) pelo aumento do sentimento de pertencimento nacional dos grupos afrodescendentes.
c) pela separação entre brancos e negros nos espaços públicos e no mercado de trabalho brasileiro.
d) por um dinamismo cultural que integrou a população brasileira em torno de valores oriundos da África.
e) pela integração do negro na sociedade brasileira, independentemente de ações afirmativas e políticas públicas.

A ideia da existência de uma democracia racial no Brasil foi desconstruída pelos estudos de Florestan Fernandes, sobretudo, em seu livro A integração do negro na sociedade de classes. Nesta obra de 1965, o autor argumenta que a democracia racial na sociedade brasileira é um mito na medida em que a abolição da escravatura libertou os negros “oficialmente”, mas não os incluiu na sociedade como cidadãos, mantendo, assim, a discriminação e a submissão da população negra aos brancos, permanecendo, portanto, as desigualdades sociais entre negros e brancos.
A democracia racial no Brasil, de fato, ainda se constitui como um mito, identificado na fala cotidiana brasileira com expressões de preconceito racial, a exemplo de
a) “Vamos acabar com essa negrinhagem”; “serviço de preto”; “Respeito à diversidade”.
b) “Cabelo de palha de aço”; “Todas as pessoas nascem iguais.”; “Lápis cor de pele”.
c) “Nasceu com um pé na cozinha”; “Inveja branca”; “A primeira igualdade é a justiça”.
d) “Da cor do pecado”; “Ser diferente é legal”; “Não sou tuas negas”.
e) “A coisa tá preta”; “Cabelo ruim”; “Negro de alma branca”.

Falar de Multilticulturalismo é falar de diversidade, é falar de diferenças. Nem sempre reconhecidas, nem sempre respeitadas e valorizadas. Em contraponto ao Multiculturalismo, podemos constatar a existência de outras políticas culturais ligadas intimamente ao nacionalismo e que visam a assimilação pelos imigrantes, da cultura dominante nos países de acolhimento.
Sobre o multiculturalismo e a diversidade cultural da sociedade brasileira, marque a resposta correta.
a) O nosso país é uma mistura de culturas. A miscigenação dos credos e culturas ocorre no Brasil desde os tempos da colonização.
b) O Brasil tem duas culturas bem definidas: a cultura dos ricos e a cultura dos pobres.
c) O processo imigratório não teve influência na formação da diversidade cultural brasileira.
d) O nosso país é homogêneo em cultura. não há miscigenação dos credos e culturas no Brasil desde os tempos da colonização.
e) O processo de colonização do Brasil não favoreceu a mestiçagem.

Assinale a alternativa que APRESENTA os principais grupos (ou matrizes) raciais que compõem o 'brasileiro', de acordo com Gilberto Freyre.
a) Português, inglês e negro.
b) Negro, indígena e europeu.
c) Mouro, indígena e africano.
d) Português, mouro e indígena.
e) Português, indígena e negro.

Prévia do material em texto

1) É correto dizer que Gilberto Freyre procurou pensar a formação da sociedade patriarcal brasileira, a partir da publicação de Casa Grande & Senzala, influenciado:
a) pelas teorias raciais do nazismo.
b) pela antropologia de Franz Boas.
c) pelo marxismo britânico dos anos 1920.
d) pela teoria crítica da Escola de Frankfurt.
e) pelo pensamento autoritário do fascismo italiano.
2) Leia o trecho a seguir:
VEJA – Vê uma atitude racista no culto à mulata ou reafirma sua tese de que esse culto está uma prova da ausência de problemas raciais no Brasil? O Brasil é, realmente, uma democracia racial perfeita?
GF (Gilberto Freyre) – Perfeita, de modo algum. Agora, que o Brasil é, creio que se pode dizer sem dúvida, a mais avançada democracia racial do mundo de hoje, isto é, a mais avançada nestes caminhos de uma democracia racial. Ainda há, não digo que haja racismo no Brasil, mas ainda há preconceito de raça e de côr entre grupos de brasileiros e entre certos brasileiros individualmente.
(Trecho de entrevista de Gilberto Freyre publicada na revista Veja de 14 de abril de 1970).
É possível afirmar que a resposta de Gilberto Freyre:
a) reforça o preconceito racial dos antigos senhores escravocratas.
b) desrespeita a figura da mulata.
c) pondera a questão do racismo no Brasil com a evidência de que há democracia racial, ainda que imperfeita.
d) incita o ódio entre as raças.
e) ignora a história do passado escravista brasileiro.
3) Entre as contribuições sociológicas da obra Casa grande e senzala, inclui-se
A) a denúncia do discurso sobre a existência de uma suposta democracia racial brasileira.
B) a abordagem economicista para explicar as relações entre índios, negros e portugueses no Brasil Colonial.
C) a defesa do branqueamento da população brasileira como resposta ao dilema das relações raciais.
D) o entendimento da formação histórica do Brasil como movimento propiciador de uma sociedade híbrida, em uma positiva experiência de relações humanas.
4) O pensamento social brasileiro de fins do século XIX esteve em grande medida voltado para a questão racial. Intelectuais da época apontavam a mistura das raças como uma das causas do “atraso” nacional. Tal ponto de vista é combatido em obra teórica por:
A) Euclides da Cunha.
B) Manuel Bonfim.
C) Sílvio Romero.
D) Nina Rodrigues.
E) José de Alencar.
5) A partir dos anos 70 do século passado, a questão quilombola foi recolocada no contexto nacional com a "descoberta das comunidades quilombolas", devido, em grande parte, ao movimento negro contemporâneo e ao exercício intelectual de autores como Abdias do Nascimento, Clóvis Moura, Beatriz Nascimento, Lélia Gonzalez, Joel Rufino e Kabengele Munanga, entre outros. Ao lado disso, é importante mencionar a mobilização política que culminou na publicação do artigo 68 das Disposições Constitucionais Transitórias (Constituição Federal de 1988), que dá aos quilombolas o direito à titulação das terras por eles ocupadas.
Joseane Maia Silva Santos. Comunidades quilombolas, suas lutas, sonhos e utopias. Internet: (com adaptações).
Considerando o tema do texto antecedente e os vários aspectos antropológicos a ele relacionados, julgue o item que se segue. 
Apesar de a ‘descoberta das comunidades quilombolas’ referida no texto ter-se iniciado a partir de 1970, Nina Rodrigues é considerado por muitos intelectuais como um dos precursores dos estudos sobre populações afro-brasileiras, a despeito de suas formulações racistas.
Certo
Errado
Parte superior do formulário
6) Leia o texto a seguir:
 
A identidade cultural é um conjunto vivo de relações sociais e patrimônios simbólicos historicamente compartilhados, que estabelece a comunhão de determinados valores entre os membros de uma sociedade. Sendo um conceito de trânsito intenso e tamanha complexidade, podemos compreender a constituição de uma identidade em manifestações que podem envolver um amplo número de situações que vão desde a fala até a participação em certos eventos.
Disponível em: http://www.mundoeducacao.com.br/sociologia
A Sociologia tem grande interesse pelo assunto discutido no texto, pois, na vida social, os indivíduos compartilham a mesma cultura, e isso os caracteriza como membros do grupo social.
Sobre esse tema, assinale a alternativa INCORRETA.
As discussões sobre desigualdade de gênero e diversidade sexual são importantes para se compreender a identidade cultural de um grupo social.
A cultura tem um papel importante na compreensão das personalidades, nos padrões de conduta e nas características próprias de cada indivíduo ou grupo.
A cultura como mercadoria é um elemento importante para a formação da identidade cultural de um indivíduo ou grupo, pois diferencia os que possuem e os que não possuem cultura por meio do acúmulo intelectual.
A identidade cultural contribui para que o indivíduo possa se adaptar à organização de seu grupo social, e isso permite um equilíbrio entre o mundo sociocultural e os indivíduos que vivem nele.
A capacidade de um indivíduo se identificar com sua cultura não pode ser compreendida como um fenômeno composto por valores morais fixos, pois estes devem ser associados às transformações históricas do grupo.
7) A desagregação do regime escravocrata e senhorial
operou-se, no Brasil, sem que se cercasse a destituição dos
antigos agentes de trabalho escravo de assistência e garantias
que os protegessem na transição para o sistema de trabalho
livre. Os senhores foram eximidos da responsabilidade pela
manutenção e segurança dos libertos, sem que o estado, a igreja
ou outra qualquer instituição assumissem encargos especiais
para prepará-los para o novo regime de organização da vida e do
trabalho. [...]
     Em suma, a sociedade brasileira largou o negro ao seu
próprio destino, deitando sobre seus ombros a responsabilidade
de reeducar-se e de transformar-se para corresponder aos novos
padrões de ideais de homem criados pelo advento do trabalho
livre, do regime republicano e do capitalismo.
FERNANDES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes. 5. ed. São Paulo: Globo, 2008.
 
O abandono e o descuido para com esse grupo étnico, descrito por Florestan Fernandes, podem ser apontados nos dias atuais como respons
pelo baixo índice de escolaridade, preconceito e exclusão social do negro no Brasil.
pelo aumento do sentimento de pertencimento nacional dos grupos afrodescendentes.
pela separação entre brancos e negros nos espaços públicos e no mercado de trabalho brasileiro.
por um dinamismo cultural que integrou a população brasileira em torno de valores oriundos da África.
pela integração do negro na sociedade brasileira, independentemente de ações afirmativas e políticas públicas.
8) A ideia da existência de uma democracia racial no Brasil foi desconstruída pelos estudos de Florestan Fernandes, sobretudo, em seu livro A integração do negro na sociedade de classes. Nesta obra de 1965, o autor argumenta que a democracia racial na sociedade brasileira é um mito na medida em que a abolição da escravatura libertou os negros “oficialmente”, mas não os incluiu na sociedade como cidadãos, mantendo, assim, a discriminação e a submissão da população negra aos brancos, permanecendo, portanto, as desigualdades sociais entre negros e brancos.
 
A democracia racial no Brasil, de fato, ainda se constitui como um mito, identificado na fala cotidiana brasileira com expressões de preconceito racial, a exemplo de
“Vamos acabar com essa negrinhagem”; “serviço de preto”; “Respeito à diversidade”.
“Cabelo de palha de aço”; “Todas as pessoas nascem iguais.”; “Lápis cor de pele”.
“Nasceu com um pé na cozinha”; “Inveja branca”; “A primeira igualdade é a justiça”.
“Da cor do pecado”; “Ser diferente é legal”; “Não sou tuas negas”.
“A coisa tá preta”; “Cabelo ruim”; “Negro de alma branca”.
9) Falar de Multilticulturalismo é falar de diversidade, é falar de diferenças. Nem sempre reconhecidas, nem sempre respeitadas e valorizadas. Em contraponto ao Multiculturalismo,podemos constatar a existência de outras políticas culturais ligadas intimamente ao nacionalismo e que visam a assimilação pelos imigrantes, da cultura dominante nos países de acolhimento. Sobre o multiculturalismo e a diversidade cultural da sociedade brasileira, marque a resposta correta. 
a) O nosso país é uma mistura de culturas. A miscigenação dos credos e culturas ocorre no Brasil desde os tempos da colonização. 
b) O Brasil tem duas culturas bem definidas: a cultura dos ricos e a cultura dos pobres.
c) O processo imigratório não teve influência na formação da diversidade cultural brasileira.
d) O nosso país é homogêneo em cultura. não há miscigenação dos credos e culturas no Brasil desde os tempos da colonização.
e) O processo de colonização do Brasil não favoreceu a mestiçagem.
10) Assinale a alternativa que APRESENTA os principais grupos (ou matrizes) raciais que compõem o "brasileiro", de acordo com Gilberto Freyre. 
a) Português, indígena e negro.
 b) Mouro, indígena e africano. 
c) Português, mouro e indígena. 
d) Negro, indígena e europeu. 
e) Português, inglês e negro. 
Gabarito:

Mais conteúdos dessa disciplina