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Tipo ósseos para implantes Bianca Cavalari Elza Ishizaka Thais Paviani Wesley Siqueira Conhecendo a classificação da Densidade Óssea O sucesso dos implantes vai depender, entre outros fatores, da estabilidade primária. Essa consiste na estabilidade mecânica obtida imediatamente após o posicionamento do parafuso em contato com a superfície óssea. Um dos fatores que influencia na estabilidade primária é a Densidade Óssea do local de inserção, que representa a qualidade e a quantidade de osso que suportará os dispositivos para ancoragem esquelética. Classificação de misch Misch (1990) descreveu uma classificação para quatro tipos ósseos, baseada na classificação de Lekholm e Zarb (1985), que é bastante abrangente. A classificação de Misch é a mais encontrada na implantodontia e se baseia na espessura da cortical óssea presente, assim como na constituição e na espessura da trabécula medular. Constituinte do osso Componetes celulares Osteoblasto Osteoclasto Osteócito Matriz Celular Fibras colágenas Cristais de hidroxiapatita Sgrott & Moreira, 2010. Componentes do tecido ósseo Osso Cortical: Compacto Matriz óssea calcificada Maior resistência à fresagem Menos vascularizado Sgrott & Moreira, 2010. Componentes do tecido ósseo Osso Trabecular: Espaços comunicantes Densidade óssea importante Osseointegração segura Sgrott & Moreira, 2010. tipos ósseos e onde se encontra Os autores categorizam o osso em quatro grupos quanto à qualidade óssea, baseando-se em exames clínicos e radiográficos (percepção tátil subjetiva do cirurgião durante a perfuração do sítio implantável; e as radiografias panorâmicas, periapicais e cefalométricas). Cada tipo ósseo pode ser encontrado em áreas específicas. Para a implantodontia é necessário uma boa estabilidade, com irrigação sanguínea suficiente para que o metabolismo local não seja prejudicado e facilite a cicatrização e, consequente, a osseointegração. Tipo i Caracteriza-se por apresentar uma cortical bastante densa e, este tipo de osso, quase nunca é observado na maxila. Na mandíbula, ele pode ser encontrado mais comumente na região anterior, na sínfise. Melhor para se realizar carga imediata, pois terá uma resistência muito maior. Tipo ii Caracteriza-se por apresentar uma cortical espessa e densa, em menor grau que o anterior e com certo grau de porosidade na crista do rebordo. Apresenta um osso trabecular fino no interior. Esse tipo de osso é o mais comumente encontrado na mandíbula. Tipo iii Caracteriza-se por apresentar uma cortical porosa e fina no rebordo, envolvendo um osso trabecular também fino. Este tipo de osso é muito comum na maxila, principalmente na área anterior. Também pode ser encontrado na área posterior da mandíbula. Tipo iv Caracteriza-se por apresentar uma constituição trabecular fina e praticamente a ausência de cortical, uma cortical bem delgada. É o menos denso de todos os tipos de osso e é normalmente encontrado na região posterior da maxila, região de túber. Após enxerto de seio maxilar, é comum encontrar este tipo de osso. Não é comum na mandíbula. piores tipos ósseos para se instalar um implante Os tipos ósseos I e IV desta classificação não são bons candidatos à colocação de implantes. Tipo I: por possuir uma cortical muito densa, dificulta a irrigação sanguínea, apesar de ser excelente para a estabilidade primária; Tipo IV: apesar da boa irrigação, por ser totalmente de osso trabecular, é desvantajoso em relação à estabilidade primária, muitas vezes é necessário realizar a sub-fresagem neste osso para que a estabilidade primária seja atingida. Melhores tipos ósseos para se instalar um implante Os tipos II e III são considerados os melhores para osseointegração, pois apresentam qualidade em osso cortical e esponjoso. Sendo assim, o ideal seria a colocação de implantes em osso tipo II e tipo III. Considerações gerais A colocação dos implantes depende da qualidade e quantidade óssea remanescente. A proporção osso cortical/osso esponjoso vai determinar a dureza óssea. Comparação dos tipos: Mais comumente encontrados: Referências 1. Misch CE. Implantes dentários contemporâneos. 2. ed. São Paulo: Ed.Santos; 2000. p.21-3; 2. http://perioclinic.blogspot.com.br/p/nocoes-basicas-de-implantodontia.html; 3. http://www.imgrum.net/media/1246021125552413311_2164298013; 4. http://cetrobh.com/2012/08/Mini-implante-Conhecendo-a-classificacao-da-Densidade-ossea.html; OBRIGADA! 17