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SUPRA PRINCÍPIOS (implícitos) - supremacia e INDISPONIBILIDADE do Interesse Público. Esta indisponibilidade 
significa que a atuação do agente público, mesmo valendo-se da supremacia do interesse público, deve observância 
às regras e princípios. 
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS (ler art. 3°, caput): 
 
Mnemônico dos princípios básicos: 5 + 4 
 
LIMPE 
(Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência) – art. 37, CF 
 
IGUALDADE (parece Isonomia, mas não é) + Pode VIr JUnto 
Probidade Administrativa 
VInculação ao Instrumento Convocatório 
JUlgamento Objetivo 
 
 
Publicidade: todos os atos que compõem o procedimento licitatório devem ser públicos; e as sessões, realizadas 
de portas abertas (ler art. 4°). O princípio da publicidade se desdobra, ainda, na obrigatoriedade de realização de 
audiência pública, antecedendo licitações e envolvendo objetos de grande valor (ler art. 39), e no dever de 
publicação do resumo do instrumento convocatório na imprensa (ler art. 40). A ampla divulgação dos atos da 
licitação encontra importante exceção no dever de manutenção do sigilo das propostas (ler art. 3º, § 3º). 
 
Constituem princípios específicos aplicáveis ao procedimento licitatório: 
 
a) princípio da isonomia: impõe que a comissão de licitação dispense tratamento igualitário a todos os 
concorrentes. Em decorrência do princípio da isonomia, o art. 3º, § 1º proíbe preferências ou distinções em 
razão da naturalidade, da sede ou do domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente 
ou irrelevante para o específico objeto do contrato. 
 
b) princípio da competitividade: a busca pela melhor proposta é uma das finalidades da licitação. Por isso, não 
podem ser adotadas medidas que comprometam decisivamente o caráter competitivo do certame. Assim, as 
exigências de qualificação técnica e econômica devem se restringir ao estritamente indispensável para 
garantia do cumprimento das obrigações (art. 37, XXI, CF). 
 
c) princípio da vinculação ao instrumento convocatório: a Administração Pública e os participantes do certame, 
além de cumprirem as regras legais, não podem desatender às normas e condições presentes no instrumento 
convocatório (art. 41). Daí falar que o edital é a lei da licitação. 
 
d) princípio do julgamento objetivo: o edital deve apontar claramente o critério de julgamento a ser adotado 
para determinar o licitante vencedor. Assim, a análise de documentos e a avaliação das propostas devem se 
pautar por critérios objetivos predefinidos no instrumento convocatório, e não com base em elementos 
subjetivos. O edital deve estabelecer de forma clara e precisa qual o critério de seleção (TIPOS DE LICITAÇÃO). 
 
e) princípio da inalterabilidade do edital: em regra, o edital não pode ser modificado após sua publicação. 
Porém, havendo necessidade de alteração de algum dispositivo, tornam-se obrigatórias a garantia de ampla 
publicidade e a devolução dos prazos para não prejudicar os potenciais licitantes que eventualmente tenham 
deixado de participar do certame em razão da cláusula objeto da modificação. 
 
f) Sigilo de proposta: as propostas devem vir em envelopes lacrados, as propostas são sigilosas e só devem ser 
conhecidas em sessões públicas previamente designadas para isso (43, § 1º). A fraude ao sigilo configura 
crime (art. 93 e art. 94) e improbidade administrativa (art. 11 da Lei nº 8.429/92). A única modalidade que 
não observa o sigilo de proposta é o leilão, pois os lances são verbais. 
 
g) princípio do formalismo procedimental (ler art. 4°): as regras aplicáveis ao procedimento licitatório são 
definidas diretamente pelo legislador, não podendo o administrador público descumpri-las ou alterá-las 
livremente. Importante enfatizar, no entanto, que o descumprimento de uma formalidade só causará nulidade 
se houver comprovação de prejuízo. Desse modo, segundo a jurisprudência, o postulado pas de nullité sans 
grief (não há nulidade sem prejuízo) é aplicável ao procedimento licitatório. 
 
h) Competitividade, obrigatoriedade de licitação, etc. 
 
 
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1. Nem sempre a realização de uma licitação é a melhor maneira de se atender ao interesse público (falta o 
PRESSUPOSTO JURÍDICO). 
 
2. Nem sempre a realização de uma licitação é possível, em razão das características do objeto e dos fornecedores 
(falta o PRESSUPOSTO LÓGICO). 
 
3. Nem sempre a realização de uma licitação é possível, em razão de não haver concorrentes interessados (falta o 
PRESSUPOSTO FÁTICO) 
 
A CONTRATAÇÃO DIRETA ocorre em situações que, com observância da lei, conclui-se pela DISPENSA (prescinde) ou 
INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO. Quando isso ocorrer, o procedimento de contratação será o fundamento da não 
realização da licitação, substituindo o procedimento licitatório. O ADMINISTRADOR PÚBLICO NÃO PODE CONCLUIR 
QUE A LICITAÇÃO É INADEQUADA SEM AMPARO LEGAL!!! 
 
Mesmo a licitação sendo viável (presentes os pressupostos lógicos e fáticos) a lei pode AUTORIZAR ou DETERMINAR a 
sua não realização. 
 
LICITAÇÃO DISPENSADA 
 
Hipóteses (ROL TAXATIXO/EXAUSTIVO) em que a Administração Pública dispõe de bens e a própria lei determina que 
a licitação não deve ocorrer. 
 
Para alienar bens IMÓVEIS da Administração é preciso: (1) autorização legislativa, (2) avaliação prévia do valor do bem, 
(3) licitação na modalidade CONCORRÊNCIA. (ler art. 17, I). A licitação será DISPENSADA nos casos de: 
a) Dação em pagamento; 
b) Doação; 
c) Permuta (justificada por necessidades de instalação e localização, ler art. 24, X); 
d) Investidura (ler art. 17, § 3°); 
e) Venda a outro órgão ou entidade da Administração Pública; 
f) Alienação gratuita ou onerosa (...) para programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse 
social; 
g) Alienação gratuita ou onerosa (...) de bens de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m2; 
h) Legitimação de posse. 
 
Os bens IMÓVEIS também poderão ser licitados na modalidade LEILÃO quando: o imóvel for adquirido em PROCESSO 
JUDICIAL ou DAÇÃO EM PAGAMENTO, desde que comprovada a necessidade ou a utilidade da alienação (ler art. 19). 
 
Para alienar bens MÓVEIS da Administração é preciso apenas: (2) a avaliação prévia do valor do bem, não estando 
definida a modalidade de licitação e não sendo necessária autorização legislativa (ler art. 17, II): 
a) Doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social; 
b) Permuta, entre órgãos e entidades da Administração Pública; 
c) Venda de ações; 
d) Venda de títulos. 
e) Venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Administração Pública; 
f) Venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administração Pública. 
 
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL 
 
Hipóteses (ROL TAXATIXO/EXAUSTIVO) em que a Administração Pública geralmente quer adquirir bens ou serviços e 
a lei oferece margem de discricionariedade ao administrador que dispensará a licitação se julgar OPORTUNO e 
CONVENIENTE (ler art. 24): 
a) Obras e serviços de engenharia no valor de até 10% do limite do Convite (R$ 150.000,00, agora R$ 330.000,00, 
Decreto 9.412/18), isto é, 33 mil reais, e outras compras e serviços (R$ 80.000,00, agora R$ 176.000,00), isto 
é 17,6 mil reais. O valor de sobe para 20% do Convite nos casos de contratação de consórcio público (chegando 
até 30% para os casos em que há mais de 3 entes), Sociedade de Economia Mista, Empresas Públicas e 
Autarquias e Fundações qualificadas como Agência Executiva (Contrato de Gestão) (ler art. 24, § 1°). 
b) Guerra ou grave perturbação da ordem (III). 
c) Emergência ou calamidade pública, desde que os serviços possam ser concluídos em 180 dias (IV). 
d) LICITAÇÃO DESERTA (tem que justificar o prejuízo em repetir a licitação e tem que manter as condições 
preestabelecidas) (V). 
e) União tiver que intervirno domínio econômico (VI). 
f) LICITAÇÃO FRACASSADA, com preços manifestamente superiores ou incompatíveis com os órgãos oficiais (Ex. 
TCU), até inabilitação das empresas (VII) (ler art. 48 – novas propostas em 8 dias úteis, Convite, 3 dias). 
g) Aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens ou serviços de órgão ou entidade anterior a 
L. 8.666/93 (VIII) 
h) Comprometimento da segurança nacional (IX); 
i) Imóvel destinado ao atendimento de finalidade específica da Administração, localização condiciona a escolha, 
devendo ter avaliação prévia e valor compatível com o mercado (X). 
j) (...) 
 
LICITAÇÃO INEXIGÍVEL 
 
Se for IMPOSSÍVEL HAVER UMA COMPETIÇÃO, o caso em análise é uma hipótese de INEXIGIBILIDADE (art. 25, rol 
EXEMPLIFICATIVO), seja porque os objetos são INCOMPARÁVEIS, seja porque há apenas um vendedor ou um 
representante etc. 
 
I – produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca (...); 
 
II – serviços técnicos de natureza SINGULAR, exceto publicidade e divulgação, com profissionais ou empresas de 
NOTÓRIA ESPECIALIZAÇÃO; 
 
III – Profissional de qualquer setor ARTÍSTICO CONSAGRADO PELA CRÍTICA ESPECIALIZADA OU OPINIÃO PÚBLICA. 
 
 
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