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FICHAMENTO PAZ PERPÉTUA KANT

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A PAZ PERPÉTUA: Um Projecto Filosófico- Immanuel Kant
Primeira sessão: artigos preliminares para a paz perpetua entre os estados.
Kant divide “Paz Perpetua” em duas partes. Na primeira, menciona os artigos preliminares à paz perpetua entre Estados e na segunda fala sobre três artigos definidos e dois suplementos.
Em seus artigos preliminares, Kant fala em quais seriam as condições para a paz. Em primeiro está que “não deve viger nenhum tratado de paz como tal sido feito com a reserva secreta de matéria para uma futura guerra”, pois não é possível que haja paz quando o outro está se preparando para uma futura guerra.
Em segundo, Kant menciona que nenhum estado independente pode ser adquirido por outro, pois as pessoas que neles vivem, por terem autonomia, não devem ser vendidas, trocadas ou doadas.
Em seu terceiro artigo preliminar, é mencionado que os exércitos permanentes devem desaparecer completamente com o tempo. Além dos grandes investimentos para sua manutenção, eles são usados como a finalidade de matar ou de morrer por propósitos do Estado, usando-os como mero instrumento.
No quarto artigo, Kant fala sobre que não se deve fazer uma dívida pública em relação a conflitos exteriores do Estado. Aqui ele condena o uso de recursos público para o financiamento de guerras, tanto para inicia-las como mantê-las. 
Em seu quinto artigo preliminar, o mesmo diz que nenhum Estado se deve imiscuir pela força na constituição e no governo de outro Estado. Ou seja, a autonomia de um povo deve ser respeitada, assim a invasão de um estado, tanto em assuntos internos, como a constituição e o governo, por outro provoca uma certa instabilidade generalizada. 
Por último, o sexto artigo fala sobre nenhum Estado em guerra com outro deve permitir tais hostilidades que tomem impossível a confiança mútua na paz futura. Apesar da guerra ser uma forma de impor direitos atrás da força, é necessário que haja certa confiança em seu adversário, senão a guerra se torna apenas uma guerra de extermínio. Kant diz “paz perpetua somente no grande cemitério do gênero humano” (p.30).
Segunda sessão: artigos definitivos para a paz perpetua entre os estados.
 Nessa parte, Kant fala que a Constituição civil em cada Estado deve ser republicana. Onde a constituição deve ser fundada a partir dos princípios da liberdade das pessoas, da sua dependência a uma legislação comum e sua igualdade como cidadãos. Assim quando é reconhecida a cidadania, é implicada a participação nas decisões.
No segundo artigo é explicito que o direito das gentes deve ser fundado sobre um federalismo de Estados livres. Para ter um estado de paz é sugerido que haja uma liga de povos, para conservar e ter sua individualidade. Enquanto um tratado de paz determina o fim da guerra, uma liga de paz buscaria evitar todas as hostilidades. Kant acreditava que existe algo mal nas pessoas e por isso o estado de natureza é o da guerra. Porém, pode haver paz no conflito mas não na violência. Necessita-se de uma construção pra o processo da paz, tanto da razão como do individual de cada cidadão e coletivamente
Em relação ao terceiro, diz respeito ao direito cosmopolita deve ser limitado as condições de hospitalidade universal. Trata-se de o estrangeiro não ser tratado como hostilidade no pais do outro. Pois originalmente nenhum tem mais direito que o outro de estar em algum lugar da Terra. Sendo necessária a tolerância mutua. Que não é uma lei escrita mas é um direito público da humanidade.
SUPLEMENTO PRIMEIRO:DA GARANTIA DA PAZ PERPÉTUA
Segundo Kant a paz perpetua é como “a grande artista, a Natureza, de cujo curso mecânico transparece com evidência uma finalidade: através da discórdia dos homens, fazer surgir a harmonia, mesmo contra a sua vontade”. Nela ele cita como a natureza integra o homem ao meio ambiente. Proporcionando condições de vida, e utilizou-se da guerra, e suas conseguintes migrações para assegurar que todos tivessem habitat apesar das condições. Para os comerciantes ofereceu uma nova oportunidade de estabelecer relações de paz entre os povos. A natureza tem diferentes idiomas e religiões porem, de outro lado também tem o ódio e a intolerâncias.
SUPLEMENTO SEGUNDO: ARTIGO SECRETO PARA A PAZ PERPETUA
Partindo da ideia que “a posse do poder inevitavelmente corrompe o livre julgamento da razão” Kant fala que o artigo secreto para a negociação de situações conflituosas entre os Estados, a consulta aos filósofos, lhes permite falar e ouvir as reflexões sobre paz, pois “essa classe é incapaz, segundo a natureza, de ajuntamentos e alianças de clubes, insuspeitos de uma propaganda por meio de boato”.
APENDICES
Kant ainda acrescenta dois apêndices, “sobre a discrepância entre a moral e a Política à respeito da paz perpetua” e “Da harmonia da política com a moral segundo o conceito transcendental no direito público”. Aproximando o princípio teórico com os empíricos do direito e da politica. Fala também das condições necessárias de toda possibilidade empírica de estabelecimento de paz na sociedade e entre estados.
 Em relação ao primeiro, ele trata das condições necessárias de paz no sentido de objetivo da ação, de um imperativo moral no campo pratico da consciência do dever próprio a razão.
Já nesse apêndice, caracteriza o parâmetro empírico da instituição e manutenção da paz, assentando-a sobre o princípio moral da condução política, que lhe caracteriza sua existência na base do direito público como uma instancia reguladora das diferentes relações entre individuo de um estado e de outro.

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