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LISTA DE EXERCIOS MARX

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LISTA DE EXERCÍCIOS 
 Goiânia, _____ de _________________ de 2015. 
 Série: 2 º ano 
 Aluno(a):______________________________________________________________ 
 Disciplina: Sociologia  Professora: Rafael  e-mail: rafaelgargano@gmail.com 
 
Karl Marx 
Profº: Rafael Gargano 
 
Principais conceitos 
 
Mais-Valia 
 
 Em 2012, a marca Coca-Cola Zero desenvolveu a campanha 
“Descubra a sua Coca-Cola Zero”, criando embalagens 
customizadas com os nomes de seus consumidores. Ela também 
criou um aplicativo no Facebook, em que o usuário poderia 
imprimir o nome que quisesse na embalagem do refrigerante. 
Através desse aplicativo, criaram uma embalagem com o 
seguinte texto: 
 
 
 
A imagem faz referência ao conceito de “mais-valia”, 
elaborado por Karl Marx. O conceito de mais-valia serve para 
Karl Marx, em seu livro O Capital, explicar a forma como o 
capitalista obtém lucro a partir da produção e venda de 
mercadorias. Dessa maneira, a crítica que está sendo feita é a 
de que essa campanha da Coca-Cola não está interessada no 
consumidor de seus produtos, mas somente na obtenção da 
mais-valia; ou seja, ela está interessada em fazer a empresa 
lucrar cada vez mais a partir da exploração do trabalho de seus 
funcionários. 
 
 
A mais-valia é a base da exploração do sistema capitalista e a 
charge mostra perfeitamente a diferença entre o valor produzido 
pelo trabalho do operário e o valor pago por seu patrão. 
 
Alienação 
 
 
O trabalhador é estranho ao produto de sua atividade, que 
pertence a outro. Isto tem como consequência que o produto se 
consolida, perante o trabalhador, como um “poder 
independente”, e que, “quanto mais o operário se esgota no 
trabalho, tanto mais poderoso se torna o mundo estranho, 
objetivo, que ele cria perante si, mais ele se torna pobre e 
menos o mundo interior lhe pertence”; 
 
Fetichismo da Mercadoria 
 
 
 
Fetichismo da mercadoria é um conceito da economia marxista, 
segundo o qual, nas condições da produção mercantil baseada 
na propriedade privada dos meios de produção, desenvolve-se 
a ilusão ou representação ideológica de que as mercadorias 
são dotadas de propriedades inatas, forças extra-humanas 
que terminam por influir no destino das pessoas. Trata-se, 
portanto, de algo análogo ao fetichismo religioso, no qual o 
homem religioso diviniza os objetos por ele mesmo produzidos. 
Reificação 
 
 
O segundo momento do fetichismo, mais importante, é o 
seguinte: assim como o fetiche religioso (deuses, objetos, 
símbolos, gestos) tem poder sobre seus crentes ou adoradores, 
os domina como uma força estranha, assim também a 
mercadoria. O mundo se transforma numa imensa 
fantasmagoria. Como, então, aparecem as relações sociais de 
trabalho? Como relações materiais entre sujeitos humanos e 
como relações sociais entre coisas. E Marx afirma que as 
relações sociais aparecem tais como efetivamente são. Que 
significa dizer que a aparência social é a própria realidade 
social? Significa mostrar que no modo de produção capitalista 
os homens realmente são transformados em coisas e as coisas 
são realmente transformadas em “gente”. Com efeito, o 
trabalhador passa a ser uma coisa denominada força de 
trabalho que recebe uma outra coisa chamada salário. O 
produto trabalho passa a ser uma coisa chamada mercadoria 
que possui uma outra coisa, isto é, um preço. O proprietário das 
condições de trabalho e dos produtos do trabalho passa a ser 
uma coisa chamada capital, que possui uma outra coisa, a 
capacidade de ter lucros. Desapareceram os seres humanos, ou 
melhor, eles existem sob a forma de coisas (donde o termo 
usado por Lucaks: reificação; do latim: res, que significa 
coisa). 
 
 
Ideologia 
 
Ideologia é um sistema ordenado de ideias ou representações e 
das normas e regras como algo separado e independente das 
condições materiais, visto que seus produtores – os teóricos, os 
ideólogos, os intelectuais – não estão diretamente vinculados à 
produção material das condições de existência. E sem perceber, 
exprimem essa desvinculação ou separação através de suas 
ideias” (CHAUI, 1997, p.65). 
 
O cartum faz referência a três classes sociais no Brasil: a classe 
alta, a classe média e a classe baixa. A conclamação “povo 
brasileiro!” tem caráter ideológico na medida em que anula as 
diferenças de classe e procura unificar todas as pessoas em 
uma única massa: a do “povo brasileiro”. No fundo, o cartum 
corresponde a uma crítica ao caráter arbitrário e ideológico da 
forma como a identidade nacional é construída. 
 
 
“As idéias podem parecer estar em contradição com as relações 
sociais existentes, com o mundo material dado, porém essa 
contradição não se estabelece realmente entre as ideias e o 
mundo, mas é uma consequência do fato de que o mundo social 
é contraditório. Porém, como as contradições reais permanecem 
ocultas (são as contradições entre as relações de produção ou as 
forças produtivas e as relações sociais), parece que a 
contradição real é aquela entre as idéias e o mundo. Assim, por 
exemplo, faz parte da ideologia burguesa afirmar que a 
educação é um direito de todos os homens. Ora, na realidade 
sabemos que isto não ocorre. Nossa tendência, então, será a de 
dizer que há uma contradição entre a ideia de educação e a 
realidade. Na verdade, porém, essa contradição existe porque 
simplesmente exprime, sem saber, uma outra: a contradição 
entre os que produzem a riqueza material e cultural com seu 
trabalho e aqueles que usufruem dessas riquezas, excluindo 
delas os produtores. Porque estes se encontram excluídos do 
direito de usufruir os bens que produzem, estão excluídos da 
educação, que é um desses bens. Em geral, o pedreiro que faz a 
escola; o marceneiro que faz as carteiras, mesas e lousas, são 
analfabetos e não têm condições de enviar seus filhos para a 
escola que foi por eles produzida. Essa é a contradição real, da 
qual a contradição entre a ideia de “direito de todos â 
educação” e uma sociedade de maioria analfabeta é apenas o 
efeito ou a consequência” (CHAUI, Marilena. O que é 
ideologia. Brasiliense, 1997) 
 Luta de Classes 
 
Marx busca com este termo definir o confronto entre duas 
classes distintas, a burguesia, e o proletariado, que atuariam 
como classes antagônicas em meio ao modo de produção 
capitalista. Pretendendo caracterizar não apenas uma visão 
econômica da história, mas também uma visão histórica da 
economia, a teoria marxista também procura explicar a 
evolução das relações econômicas nas sociedades humanas ao 
longo do processo histórico. O caráter antagônico das relações 
de produção e distribuição origina interesses contraditórios que 
se manifestam na luta de classes, quer entre as próprias classes 
dominantes, aristocracia e burguesia, quer entre estas classes e 
os produtores individuais ou os trabalhadores. Este 
antagonismo assume, por vezes, a forma de conflitos violentos. 
 
1. (Enem 2013) Na produção social que os homens realizam, 
eles entram em determinadas relações indispensáveis e 
independentes de sua vontade; tais relações de produção 
correspondem a um estágio definido de desenvolvimento das 
suas forças materiais de produção. A totalidade dessas relações 
constitui a estrutura econômica da sociedade — fundamento 
real, sobre o qual se erguem as superestruturas política e 
jurídica, e ao qual correspondem determinadas formas de 
consciência social. 
 
- 3 - 
 
 
MARX, K. “Prefácio à Crítica da economia política.” In: 
MARX, K.; ENGELS, F. Textos 3. São Paulo: Edições Sociais, 
1977 (adaptado). 
 
Para o autor, a relação entre economia e política estabelecida no 
sistema capitalista faz com que 
a) o proletariado seja contemplado pelo processo de mais-valia. 
b) o trabalho se constitua como o fundamento real da produção 
material. 
c) a consolidaçãodas forças produtivas seja compatível com o 
progresso humano. 
d) a autonomia da sociedade civil seja proporcional ao 
desenvolvimento econômico. 
e) a burguesia revolucione o processo social de formação da 
consciência de classe. 
 
2. (Ufu 2013) E se, em toda ideologia, os homens e suas 
relações aparecem invertidos como numa câmara escura, tal 
fenômeno decorre de seu processo histórico de vida, do mesmo 
modo porque a inversão dos objetos na retina decorre de seu 
processo de vida diretamente físico. 
MARX, Karl, A ideologia alemã. São Paulo: Hucitec, 1987. p. 
37. 
 
 
Com essa famosa metáfora, Marx realiza a definição de 
ideologia como inversão da realidade, da qual decorre para ele 
a) a alienação da classe trabalhadora. 
b) a consciência de classe dos trabalhadores. 
c) a existência de condições para a práxis revolucionária. 
d) a definição de classes sociais. 
 
3. Segundo a concepção materialista da história, na produção da 
vida os homens geram também outra espécie de produtos que 
não têm forma material: as ideologias políticas, concepções 
religiosas, códigos morais e estéticos, sistemas legais, de 
ensino, de comunicação, o conhecimento filosófico e científico, 
representações coletivas de sentimentos, ilusões, modos de 
pensar e concepções de vida diversos e plasmados de um modo 
peculiar. 
QUITANEIRO, T. Um toque de clássicos: Marx, Weber e Durkheim. 2.ed. rev. amp. Belo 
Horizonte: Editora UFMG, 2002, p. 37. 
Na abordagem marxista, essa outra espécie de produtos 
imateriais que são derivados da produção da vida material 
humana corresponde à: 
a) Infraestrutura da sociedade. 
b) Superestrutura da sociedade. 
c) Ideologia. 
d) Luta de classes. 
e) Representação coletiva. 
 
4. Leia. 
 
Tá vendo aquele edifício, moço? 
Ajudei a levantar. 
Foi um tempo de aflição, 
eram quatro condução, 
duas pra ir, duas pra voltar. 
Hoje depois dele pronto, 
olho pra cima e fico tonto, 
mas me vem um cidadão 
e me diz desconfiado: 
"Tu tá aí admirado? Ou tá querendo roubar?" 
Meu domingo tá perdido, 
vou pra casa entristecido, 
dá vontade de beber. 
E pra aumentar meu tédio, 
eu nem posso olhar pro prédio 
que eu ajudei a fazer. 
(...) 
RAMALHO, Zé. Composição: Lucio Barbosa. Cidadão. Frevoador. Columbia (Sony 
Music) [CD], 1992. 
A música Cidadão, interpretada por Zé Ramalho, apresenta 
uma situação na qual um trabalhador conta sobre a sua 
experiência de ser impedida de contemplar o fruto do seu 
trabalho. Qual conceito sociológico é o mais adequado para 
compreendermos essa relação entre trabalhador e mercadoria? 
a) Fetichismo da mercadoria. 
b) Fato social. 
c) Alienação. 
d) Socialização. 
e) Ação social. 
 
5. (...) a mercadoria tem uma dupla determinação: ela é uma 
coisa útil, um valor de uso e assim destinada a servir a uma 
dada necessidade; mas é também uma coisa que foi produzida 
para ser vendida, comercializada, sendo, portanto, um valor de 
troca. Surge, por isso, uma antítese entre essas duas 
determinações da mercadoria: enquanto valor de uso a 
mercadoria se destina ao consumo; enquanto valor de troca ela 
é produzida para o mercado, para a venda. Ocorre, então, uma 
separação entre utilidade das coisas para as necessidades 
imediatas e sua utilidade para a troca. 
TEIXEIRA, Francisco José Soares. Pensando com Marx: uma leitura crítico-comentada de 
O Capital. São Paulo: Ensaio, 1995, p. 65. 
A partir do texto acima, é possível afirma que: 
a) A mercadoria, em uma sociedade feudal, assume dois 
valores: o valor de uso e o valor de troca. É essa divisão que, 
segundo Marx, determina o surgimento do capitalismo como 
sistema econômico. 
b) A mercadoria tem papel fundamental no sistema econômico 
capitalista. Mais do que seu valor de uso, o que importa para o 
capitalista é seu valor de troca, que, posteriormente, estará 
relacionado com o lucro que será adquirido com a venda da 
mercadoria. 
c) Os estudos sobre a mercadoria foram levados a cabo, 
principalmente, por Max Weber, em seu livro A Ética 
protestante e o espírito do capitalismo. Nesse livro, o autor 
analisa como o processo produtivo determinou as relações 
sociais no sistema capitalista de produção. 
d) O fetichismo da mercadoria é um conceito importantíssimo 
para a análise marxista. Ele está relacionado com a forma como 
a mercadoria se torna depositária dos interesses de classe no 
sistema de produção capitalista. 
e) No capitalismo avançado, a mercadoria perde importância e 
a única forma de obtenção de lucro se torna o investimento 
feito em Bolsa de Valores. 
 
6. No dia 12/07/2012, no Programa “Na Moral”, de Pedro Bial, 
Pedro Cardoso comentou sobre a invasão de privacidade e a sua 
relação com os paparazzi. Leia abaixo um trecho de seu 
comentário: 
 
Pedro Cardoso – Pedro [Bial], olha só, aqui falta um 
personagem, que ele até citou, que é o personagem – na minha 
opinião – mais importante disso tudo. Falta o capitalista que 
produz a profissão dele. Porque é o cara que paga pela foto que 
ele tira. O meu inimigo não é ele ou outra pessoa que, 
infelizmente, ganha a vida de uma maneira medíocre. Não, meu 
inimigo é o cara que contrata esse serviço, o cara que, sendo 
um empresário, põe dinheiro numa coisa que é a minha vida 
particular. 
Programa Na Moral apresentado em 12/07/2012. [transcrição] Disponível em: 
<http://tvg.globo.com/programas/na-moral...i/2038750/>. Acesso em 15/07/2012. 
Dada a forma como Pedro Cardoso constrói seu raciocínio, é 
correto afirmar que: 
a) Pedro Cardoso não somente constrói um argumento 
sociológico, como também refuta a ideia marxista de que o 
motor da história é a luta de classes. 
b) Pedro Cardoso expressa uma opinião que em nada se 
aproxima da abordagem sociológica. Sua argumentação é toda 
baseada em estereótipos. 
c) Pedro Cardoso demonstra ter profundos conhecimentos da 
abordagem sociológica weberiana. A forma como ele define o 
capitalista apresenta muitos elementos da ética do trabalho 
evocada por Weber. 
d) A argumentação de Pedro Cardoso tem como princípio a 
noção de fato social evocada por Bourdieu, em seu livro Os 
paparazzi são um fato social. 
e) Pedro Cardoso constrói uma argumentação que se aproxima 
à abordagem marxista. Na relação de produção, o capitalista 
compra um trabalho alienado (o dos paparazzi) que “coisifica” 
as relações humanas. 
 
7. (Ufrgs 2012) Tanto Augusto Comte quanto Karl Marx 
identificam imperfeições na sociedade industrial capitalista, 
embora cheguem a conclusões bem diferentes: para o 
 
- 4 - 
 
positivismo de Comte, os conflitos entre trabalhadores e 
empresários são fenômenos secundários, deficiências, cuja 
correção é relativamente fácil, enquanto, para Karl Marx, os 
conflitos entre proletários e burgueses são o fato mais 
importante das sociedades modernas. A respeito das 
concepções teóricas desses autores, é CORRETO afirmar: 
a) Comte pensava que a organização científica da sociedade 
industrial levaria a atribuir a cada indivíduo um lugar 
proporcional à sua capacidade, realizando-se assim a justiça 
social. 
b) Comte considera que a partir do momento em que os homens 
pensam cientificamente, a atividade principal das coletividades 
passa a ser a luta de classes que leva necessariamente à 
resolução de todos os conflitos. 
c) Marx acredita que a história humana é feita de consensos e 
implica, por um lado, o antagonismo entre opressores e 
oprimidos; por outro lado, tende a uma polarização em dois 
blocos: burgueses e proletários. 
d) Para Karl Marx, o caráter contraditório do capitalismo 
manifesta-se no fato de que o crescimento dos meios de 
produção se traduz na elevação do nível de vida da maioria dos 
trabalhadores embora não elimine as desigualdades sociais. 
e) Tanto Augusto Comte quantoKarl Marx concordam que a 
sociedade capitalista industrial expressa a predominância de um 
tipo de solidariedade, que classificam como orgânica, cujas 
características se refletirão diretamente em suas instituições. 
 
8. (Unicentro 2011) Teria orgulho, sim, e estava seguro de que 
um dia teria mesmo esse orgulho, se a luta e o sofrimento 
fossem não para preservar um Brasil onde muitos trabalhavam 
e poucos ganhavam, onde o verdadeiro povo brasileiro, o povo 
que produzia, o povo que construía, o povo que vivia e criava, 
não tinha voz e nem respeito, onde os poderosos encaravam sua 
terra apenas como algo a ser pilhado e aproveitado sem nada 
darem em troca, piratas de seu próprio país; [...] teria orgulho se 
essa luta tivesse sido, como poderia ser, para defender um 
Brasil onde o povo governasse, um grande país, uma grande 
Pátria, em que houvesse dignidade, justiça e liberdade! 
RIBEIRO, J. U. Viva o povo brasileiro. Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 1984. 
Os escritos de Karl Marx refletem o seu interesse pelas 
mudanças do tempo moderno, principalmente as ligadas ao 
desenvolvimento do capitalismo e a seus principais elementos: 
o capital e a mão de obra assalariada. Nesse sentido, pode-se 
utilizar esse recorte de texto do clássico de João Ubaldo Ribeiro 
para exemplificar o conceito de 
a) mais-valia, que, ao desvalorizar o trabalho, aumenta o valor 
do produto e gera diferenças sociais. 
b) luta de classes, as quais, no capitalismo, estabelecem 
desigualdades e relações de antagonismo e exploração. 
c) dominação, em que a economia mecanicamente determina 
todas as demais esferas da sociedade. 
d) trabalho visto como a única força capaz de fazer um grupo se 
sobrepor ao outro, impondo a sua vontade como verdade. 
e) alienação, em que os operários não percebem o produto final 
como resultado do seu trabalho por causa das desigualdades 
sociais. 
 
9. (Ufu 2009) Um dos conceitos fundamentais da teoria 
marxista sobre a sociedade capitalista é o de alienação. Marx 
parte das contribuições filosóficas de Hegel, reformulando-as e 
desenvolve, a partir desse conceito, uma interpretação 
aprofundada do sentido das relações dos homens com o seu 
mundo, natural e social, no contexto das sociedades divididas 
em classes. 
Em relação ao conceito marxista de alienação, marque a 
alternativa incorreta. 
a) A alienação implica, no plano político, a ausência do 
controle efetivo do Estado pelas classes trabalhadoras. 
b) A alienação implica a cisão entre o trabalhador e os meios e, 
também, os resultados objetivos do seu trabalho. 
c) A alienação corresponde a uma situação de ausência ou de 
pouca efetividade das normas, orais ou escritas, que regulam o 
funcionamento da vida social. 
d) A alienação tem uma dimensão subjetiva, uma vez que o 
indivíduo se torna estranho a si mesmo, privado de suas 
qualidades essenciais. 
 
10. (Uel 2008) No capitalismo, os trabalhadores produzem 
todos os objetos existentes no mercado, isto é, todas as 
mercadorias; após havê-las produzido, entregam-nas aos 
proprietários dos meios de produção, mediante um salário; os 
proprietários dos meios de produção vendem as mercadorias 
aos comerciantes, que as colocam no mercado de consumo; e os 
trabalhadores ou produtores dessas mercadorias, quando vão ao 
mercado de consumo, não conseguem comprá-las. [...] Embora 
os diferentes trabalhadores saibam que produziram as diferentes 
mercadorias, não percebem que, como classe social, 
produziram todas elas, isto é, que os produtores de tecidos, 
roupas, alimentos [...] são membros da mesma classe social. Os 
trabalhadores se veem como indivíduos isolados [...], não se 
reconhecem como produtores da riqueza e das coisas. 
(CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. 13 ed. São Paulo: Ática, 2004. p. 387.) 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre alienação e 
ideologia, considere as afirmativas a seguir: 
a) A consciência de classe para os trabalhadores resulta da 
vontade de cada trabalhador em superar a situação de 
exploração em que se encontra sob o capitalismo. 
b) É no mercado que a exploração do trabalhador torna-se 
explícita, favorecendo a formação da ideologia de classe. 
c) A ideologia da produção capitalista constitui-se de imagens e 
ideias que levam os indivíduos a compreenderem a essência das 
relações sociais de produção. 
d) As mercadorias apresentam-se de forma a explicitar as 
relações de classe e o vínculo entre o trabalhador e o produto 
realizado. 
e) O processo de não identificação do trabalhador com o 
produto de seu trabalho é o que se chama alienação. A 
ideologia liga-se a este processo, ocultando as relações sociais 
que estruturam a sociedade. 
 
11. (Ufu 2008) Em O Dezoito Brumário, de Luís Bonaparte, 
Karl Marx sustenta que 
 
... os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como 
querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim 
sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e 
transmitidas pelo passado. 
MARX, K. O Dezoito Brumário de Luís Bonaparte. In Manuscritos econômico-filosóficos 
e outros textos escolhidos. (Seleção de textos: José Arthur Giannotti). São Paulo, Abril 
Cultural, 1978. p. 329. 
Coleção Os Pensadores 
Sobre essa concepção de “fazer histórico”, marque a alternativa 
correta. 
a) A sociedade é o resultado da práxis humana, que expressa, a 
partir de cada causalidade, os projetos ou as visões de mundo 
que prevaleceram nas lutas de classe. 
b) O passado é irresistível e sua reprodução é a regra nas 
relações sociais, no sentido de reiteração da ordem posta. 
c) As transformações históricas decorrem da intervenção da 
vontade, independentemente, das circunstâncias existentes. 
d) A história é imutável, quando muito cíclica, pois os 
movimentos possíveis não podem romper a existência de 
classes sociais. 
 
12. (Uel 2007) Karl Marx exerceu grande influência na teoria 
sociológica. Segundo o autor: “[...] na produção social da sua 
existência, os homens estabelecem relações determinadas, 
necessárias, independentes da sua vontade, relações de 
produção... O conjunto destas relações de produção constitui a 
estrutura econômica da sociedade, a base concreta sobre a qual 
se eleva uma superestrutura jurídica e política e à qual 
correspondem determinadas formas de consciência social”. 
Fonte: MARX, K. Contribuição à crítica da economia política. Tradução de Florestan 
Fernandes. São Paulo, Ed. Mandacaru, 1989, p. 28. 
De acordo com o texto e os conhecimentos sobre o autor, é 
correto afirmar que: 
a) A superestrutura jurídica e política é o resultado do modo 
como as pessoas se organizam para produzir a subsistência 
material em determinada sociedade. 
b) A superestrutura jurídica e política é o resultado da 
consciência social dos líderes políticos e independe do modo de 
produção em dada sociedade. 
c) A superestrutura política é o resultado do modo como as 
pessoas se organizam para produzir a subsistência material em 
determinada sociedade, mas a esfera jurídica depende da 
consciência social. 
 
- 5 - 
 
d) A superestrutura jurídica é o resultado do modo como as 
pessoas se organizam para produzir a subsistência material em 
determinada sociedade, mas a esfera política depende da 
consciência social. 
e) A superestrutura jurídica e política é o resultado da 
consciência social dos homens. 
 
13. (Uel 2006) O misterioso da forma da mercadoria reside no 
fato de que ela reflete aos homens as características sociais do 
seu próprio trabalho, como características objetivas dos 
próprios produtos do trabalho e, ao mesmo tempo, também da 
relação social dos produtores com o trabalho total como uma 
relação social existente fora deles, entre objetos. 
(Adaptado: MARX, Karl. O Capital. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 71.) 
Com base no texto e nos conhecimentossobre o tema, é correto 
afirmar que, para Marx: 
a) As mercadorias, por serem objetos, são destituídas de 
qualquer vinculação com os seus produtores. 
b) As mercadorias materializam a harmonia presente na 
realização do trabalho alienado. 
c) Os trabalhadores, independentemente da maneira como 
produzem a mercadoria, são alijados do processo de produção. 
d) As mercadorias constituem-se em um elemento pacificador 
das relações entre patrões e trabalhadores. 
e) A mercadoria, no contexto do modo capitalista de produção, 
possui caráter fetichista, refletindo os aspectos sociais do 
trabalho. 
 
14. (Uel 2005) “Cascavel – Uma pequena cidade no interior do 
Paraná está provando que machismo é coisa do passado. Com 
15 mil habitantes, conforme o IBGE, Ampére (a 150 
quilômetros de Cascavel), no Sudoeste, tem fartura de emprego 
para as mulheres. Ex-donas de casa partiram para o trabalho 
fixo, enquanto os homens, desempregados ou não, passaram a 
assumir os serviços domésticos. Assim, elas estão garantindo 
mais uma fonte de renda para a família, além de eliminar 
antigos preconceitos. A situação torna-se ainda mais evidente 
quando os homens estão desempregados e são as mulheres que 
pagam as contas básicas da família. Conforme levantamento 
informal, em Ampére, o número de homens sem vínculo 
empregatício é maior do que o de mulheres. Para driblar as 
dificuldades, eles fazem bicos temporários e quando não há 
serviço, tornam-se donos de casa. O motivo para essa mudança 
de comportamento é a [...] Industrial Ltda., uma potência no 
setor de confecções que dá emprego a 1200 pessoas, das quais 
80% são mulheres. Com a fábrica, famílias migraram do 
interior para a cidade. As mulheres abandonaram o posto de 
donas de casa ou de empregadas domésticas, aprendendo a 
apostar na capacidade de competição”. 
 (Costa, Ilza Costa. Papéis trocados. Gazeta do Povo,Curitiba, 01 out. 1999. p. 14.) 
O fenômeno da troca de papéis sociais, relatado no texto, ilustra 
a base da tese usada por Karl Marx (1818-1883) na explicação 
geral que formula sobre a relação entre a infraestrutura 
e a supraestrutura na sociedade capitalista. Com base no texto e 
nos conhecimentos sobre essa tese de Karl Marx, é correto 
afirmar: 
a) Na explicação das mudanças ocorridas no comportamento 
coletivo, deve-se privilegiar o papel ativo do indivíduo na 
escolha das ações, ou seja, o que importa é a motivação que 
inspira suas opções. 
b) É a imitação que constitui a sociedade, enquanto a invenção 
abre o caminho das mudanças e de seu progresso. A invenção, 
produtora das transformações sociais, é individual, dependendo 
de poucos; enquanto a imitação, coletiva, necessita sempre de 
mais de uma pessoa. 
c) A família é a verdadeira unidade social; é a célula social que, 
em seu conjunto, compõe a sociedade. Portanto, a sociedade 
não pode ser decomposta em indivíduos, mas em famílias. É a 
família a fonte espontânea da educação moral, bem como a 
base natural da organização política. 
d) Há uma relação de determinação entre a maneira como um 
grupo concreto estrutura suas condições materiais de existência 
– chamada de modo de produção – e o formato e conteúdo das 
demais organizações, instituições sociais e ideias gerais 
presentes nas relações sociais. 
e) A organização social deve fundar-se na separação dos 
ofícios, inerente à divisão do trabalho social e na combinação 
dos esforços individuais. Sem divisão do trabalho social, não há 
cooperação e, portanto, a coesão social entre as classes torna-se 
impossível.

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