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Ficha para Identificação da Produção Didático-Pedagógica – Turma 2016 
Título: 
Leitura e análise de contos: Uma proposta de ensino de Literatura através do Método 
Recepcional. 
Autor: Edna dos Santos Pepineli de Araújo 
 
Disciplina/Área: (ingresso no 
PDE). 
 
Língua Portuguesa 
Escola de Implementação do 
Projeto e sua localização: 
 
Colégio Estadual “Adaucto da Silva Rocha. ” 
Ensino Fundamental e Médio. 
Município da escola: 
 
Luiziana 
Núcleo Regional de Educação: 
 
Campo Mourão 
Professor-Orientador: 
 
SANDRO ADRIANO DA SILVA 
Instituição de Ensino Superior: 
 
UNESPAR – Campus de Campo Mourão 
Resumo: 
 
Esta unidade didática tem como objetivo propiciar 
ao aluno o desenvolvimento de práticas prazerosas 
de leitura de textos literários, articulando teoria e 
prática para melhoria do processo ensino e 
aprendizagem. Diante disso, propõe-se um trabalho 
com leitura e análise de contos, bem como a 
reflexão de como se configura neles a temática 
amor, ciúmes e traição, em diferentes períodos 
históricos e literários. De acordo com orientação das 
DCEs de Língua Portuguesa, a metodologia que 
embasará teoricamente esse trabalho será a 
Estética da Recepção”, de Hans Robert Jauss 
(1994), e sua aplicação seguirá as orientações do 
Método Recepcional, de Bordini e Aguiar (1993). O 
público objeto desta intervenção será constituído 
por alunos do 3º ano do Ensino Médio de uma 
escola pública. Como suporte pedagógico, a 
presente unidade contará com leitura e análise de 
contos, poemas, notícias, e proposição de 
atividades que privilegiem o diálogo com canções e 
vídeos, para reflexões e apropriação do conteúdo 
suscitado nos contos. 
Palavras-chave: 
 
Leitura; Gênero Conto; Método Recepcional; 
Formato do Material Didático: 
 
Unidade Didática 
Público: 
 
Alunos do 3º ano do Ensino Médio. 
 
1. Apresentação 
Após percorrer toda a trajetória da primeira etapa, ou seja, formação nos 
cursos e eventos do Programa PDE, aprofundamentos em leituras para fundamentação 
teórico-práticas com a orientação do professor da IES, o presente trabalho culminou na 
produção de uma Unidade Didática para a implementação desta ao retorno na escola. 
Nesse sentido sabemos que há uma necessidade do professor em repensar a 
sua práxis para se ter uma certa autonomia em relação à produção do material 
didático. 
O objetivo do trabalho é dar subsídios aos alunos para melhorarem 
as habilidades de ler e interpretar textos literários, a fim de levá-los a refletir sobre 
a sua posição social e as relações surgidas em sua vida. 
O grande embate hoje nas escolas é desenvolver nos alunos o 
prazer da leitura, sabendo que o ato de ler é complexo, pois requer do leitor bem 
mais do que somente decodificar sinais. Desse modo as DCE de Língua 
Portuguesa, na concepção de linguagem privilegia a interação, que busca o 
diálogo entre os conhecimentos presentes no ambiente escolar e também 
aqueles trazidos pelos alunos. 
As Diretrizes preconizam a leitura “como um ato dialógico, 
interlocutivo, que envolve demandas sociais, históricas, políticas, econômicas, 
pedagógicas e ideológicas de determinado momento” (PARANÁ, 2008, p. 56). 
A proposta desta unidade será incentivar a leitura dos alunos do 
terceiro ano do Ensino Médio, através de temas relevantes e próximos à sua 
realidade, desafiando-os a realizarem “grandes” leituras. As atividades propostas 
partem do gênero Conto e seguem as etapas do Método Recepcional. 
Nessa perspectiva, a importância dada ao papel do leitor (e não 
mais ao autor ou à obra) confere um outro enfoque ao ensino de literatura. Assim 
sugere as DCE de Língua Portuguesa. 
Sob esse enfoque sugere-se, nestas Diretrizes, que o ensino da 
literatura seja pensado a partir dos pressupostos teóricos da Estética 
da Recepção e da Teoria do Efeito, visto que essas teorias buscam 
formar um leitor capaz de sentir e de expressar o que sentiu, com 
condições de reconhecer, nas aulas de literatura, um envolvimento de 
subjetividades que se expressam pela tríade obra/autor/leitor, por meio 
de uma interação que está presente na prática de leitura. A escola, 
portanto, deve trabalhar a literatura em sua dimensão estética. 
(PARANÁ, 2008, p. 58) 
 
2. MÉTODO RECEPCIONAL 
 
Dentro desse ponto de vista, um dos métodos de ensino que 
atende aos anseios de propiciar o encontro do indivíduo com o texto literário é o 
método recepcional. Nele, a obra literária é entendida como um espaço escrito, 
cheio de indeterminações que são atualizadas pelo leitor. Essa atitude de 
interpretação tem como pré-requisito o fato de que o leitor e o texto possuem 
horizontes históricos, às vezes, distintos e defasados no tempo e espaço e que 
precisam fundir-se para que a comunicação ocorra (BORDINI & AGUIAR, 1993, p. 
83). 
A partir dos pressupostos da Estética da Recepção voltados para 
atividades de leitura, o método recepcional, proposto por Bordini & Aguiar, 
centraliza suas premissas na participação ativa dos alunos no momento de 
interação com os textos, abordando o texto literário como um objeto que reflete 
tanto o contexto de produção quanto o momento histórico em que é lida e 
estudada. 
O conceito de historicidade da teoria recepcional é o de relação de 
sistema de eventos comparados num aqui-e-agora específico: a obra 
é um cruzamento de apreensões que se fizeram e se fazem dela nos 
vários contextos históricos em que ela ocorreu e no que agora é 
estudada (BORDINI & AGUIAR, 1993, p. 81). 
Desse modo, a obra só é valorizada pelo método recepcional se 
ampliar o horizonte de expectativa do leitor, pois será mais valiosa a obra 
literária, aquela que causar maior estranhamento em quem a ler (Zilberman, 
1989, p. 19). Esses horizontes de expectativas são frutos dos valores sociais, 
ideológicos, intelectuais, literários e linguísticos que influenciam a formação do 
leitor durante a sua vida. 
Esse método será desenvolvido em cinco etapas. A primeira 
consistirá em determinar o horizonte de expectativas, baseando-se nas 
aspirações, valores, familiaridades dos alunos com respeito à literatura. 
 A segunda etapa que consistirá no atendimento das 
expectativas, isto é, propiciar o ato de leitura à classe com textos literários que 
correspondam ao esperado. 
 Na próxima etapa, ocorrerá a ruptura do horizonte de 
expectativas pela apresentação de material literário diferente daquele que os 
alunos já conhecem, mas que deverá manter a relação com o anterior em algum 
aspecto, seja na forma, no tema ou na linguagem. 
 Na sequência, teremos o questionamento do horizonte de 
expectativas. Nessa parte, o aluno será instigado a contrastar etapas 
anteriores, levando-o a refletir sobre o tema, sobre as dificuldades encontradas, 
sobre o quanto seus conhecimentos de mundo facilitaram o entendimento do (s) 
texto (s) ou deram pistas para preencher as lacunas do texto. Essa etapa poderá 
ser desenvolvida por meio de debates em grupos, registros das constatações 
individuais ou coletivas, implicando sempre na retomada dos textos utilizados até 
a execução desses passos do método. 
Ao propiciar a reflexão sobre as relações entre leitura e a vida, será 
necessário proporcionar a ampliação do horizonte de expectativas. Nesse 
momento o papel do professor será o de provocar seus alunos e dar condições 
para que eles comparem, avaliem o que foi aprendido e o que, ainda, têm de 
alcançar. 
Como já vimos o papel da escola e do professor na formação 
literária do aluno é de suma importância. Para Zilberman (1991, p. 16), a 
formação escolar do leitor passa pelo crivo da cultura em que se enquadra, e 
também menciona que antes de formalizar o estudo dos textos, tornando as 
leituras impositivas, informando aos alunos técnicas ou períodos literários é 
preciso que esses alunos vivenciem muitas obras para que essas venham a 
preencher as estruturas conceituais. 
A literatura não trata de temas distantes de nós, são temas 
humanos comoAmor, Morte, Solidão, traição e muitos outros. Esses tipos de 
relações já foram temas de vários textos literários ao longo da História. Para 
observar esse fato, esta unidade promoverá a leitura de contos clássicos e 
contemporâneos que enfocam as relações surgidas entre os homens no decorrer 
de suas histórias, em um determinado momento histórico que influenciou, de 
algum modo, o contato entre os seres. 
3. O Conto 
O homem sempre se reuniu para contar qualquer tipo de estórias, 
seja em volta da mesa, e durante as refeições ou perto do fogão, lareira e etc., 
essa era uma forma de transmitir sua história, cultura e criatividade, ou seja, seus 
mitos, ritos, tradições e ao mesmo tempo criando uma atmosfera de 
entretenimento. 
Assim, a história do conto literário evoluiu do oral para o registro de 
estórias de forma escrita, onde não há obrigação com a verdade dos fatos 
narrados, o narrador assume a função de contador-criador-escritor o que torna 
essa narrativa em um conto literário diferente de limitar apenas a um relato, ou 
seja, recontar um fato. 
O conto é um gênero que tenta atingir o máximo de efeito em uma 
leitura. Segundo Edgar Allan Poe (apud GOTLIB, 1990), o contista defende a 
ideia de que é preciso dosar a obra, a fim de que, “a uma só assentada”, o leitor 
faça a leitura do conto, por isso, nem breve demais e nem extenso demais – a 
extensão, para Poe é imperdoável. 
Para Gotlib (1990, p. 82), cada conto traz um compromisso selado 
com sua origem: o da estória. Os elementos que caracterizam esse gênero 
discursivo na sua forma composicional e que são mais recorrentes são a 
brevidade, a compactação, o efeito único ou impressão total, a intensidade e a 
tensão. 
 Como suporte pedagógico, a presente unidade contará com leitura 
e análise de contos, poemas, notícias, e proposição de atividades que privilegiem 
o diálogo com canções e vídeos, para reflexões e apropriação do conteúdo 
suscitado nos contos. 
 
 
UNIDADE DIDÁTICA 
 
 
1ª PARTE 
Nesse primeiro momento serão expostos aos alunos o conteúdo do 
projeto, sua importância, os objetivos, esclarecendo o porquê da escolha do 
gênero textual “Conto”. 
 
CONVERSA COM O PROFESSOR: 
 
1- Determinação do horizonte de expectativas 
Nessa primeira etapa os alunos serão questionados sobre 
suas aspirações, valores, familiaridades e preferências quanto 
aos temas e gêneros de textos literários. Para isso, 
apresentaremos aos alunos, os seguintes questionamentos, que 
deverão ser respondidos por escrito: 
 
A- Leia atentamente as questões abaixo e responda: 
1- A leitura tem um papel relevante em sua vida? 
2- Seus pais costumam ler jornais, revistas, obras literárias? 
3- Qual o último livro que você leu ou está lendo? 
4- Que tipo de histórias você mais gosta de ler? (Romance, drama, policial, 
outros.) 
5- Na sua opinião, as aulas de Literatura são importantes e prazerosas? 
6- Aponte alguns pontos positivos e negativos nas aulas de Literatura. 
Conversa com o professor 
7- Qual é o gênero textual que você mais se identifica? Dê exemplos: 
8- Já ouviu falar sobre o gênero conto? 
9- Você se lembra de ter lido algum conto? Você gosta desse tipo de leitura? 
10- O que levou você a escolher esse gênero textual? 
11- Quais foram os contos mais marcantes para você? 
12- Quais outros tipos de textos que você mais aprecia? 
13- Quais os temas que mais lhes chamam a atenção na leitura de romances? 
 
 
 
 
Continuando essa primeira etapa “Determinação do horizonte 
de expectativas”, os alunos serão questionados sobre suas 
aspirações, valores, familiaridades e preferências quanto ao 
tema: “amor, ciúmes e traição”. 
Essa etapa se faz necessário, pois a temática discutida será 
abordada nos contos que serão analisados na sequência. 
 
 
Exibição de slides: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por que cultivas/ 
As sem perfume/e 
Agressivas/flores do 
Ciúme 
Carlos Drummond de 
Andrade 
 
Se todo animal inspira 
ternura, o que houve, 
então, com os 
homens? 
 
Guimarães Rosa 
 
 
“Nos ciúmes existe 
mais amor-próprio do 
que verdadeiro amor”. 
 
François La Rochefoucauld 
 
 
Quem ama não mata, 
quem mata não ama” 
Daminhão experiença 
 
http://pensador.uol.com.br/autor/francois_la_rochefoucauld/
B- Agora responda: 
 
1- Você concorda com as afirmações acima? 
2- Como você lida com esses sentimentos: O amor e o ciúme? 
3- Quem ama sente ciúmes? 
4- Até que ponto esses sentimentos, o amor e o ciúme presentes em um 
relacionamento podem ser saudáveis? 
5- Relembre filmes, obras, canções que trata desse tema e em seguida faça 
um breve comentário se você concorda com a maioria deles quanto ao 
desfecho. 
6- Esse tema é universal, ou seja, vários autores já escreveram romances, 
contos, novelas, poemas e outros gêneros textuais, que tratam dessa 
temática, e hoje, você acha que esses temas ainda são interessantes? 
Explique: 
 
Cenas peculiares de situações que representam as emoções e 
comportamentos das pessoas em relação ao ciúme. 
Apresentação de slides. 
 
Disponível em: http://dorquemata.blogspot.com.br/2010/09/ciume-sentimento-
inutil.html. Acesso em: 15/08/2016. 
 
Disponível em: http://dorquemata.blogspot.com.br/2010/09/ciume-sentimento-
inutil.html. Acesso em: 15/08/2016. 
 
 
 
C- Faça uma leitura das imagens e responda: 
 
1- Nas imagens apresentadas que tipos de sentimentos são retratados? 
2- Esses sentimentos e atitudes estão próximos da nossa realidade? 
3- Quais os problemas que estão relacionados a esse tipo de 
comportamento? 
4- Existem soluções para amenizar os danos causados pelo ciúme? 
 
 
http://dorquemata.blogspot.com.br/2010/09/ciume-sentimento-inutil.html
http://dorquemata.blogspot.com.br/2010/09/ciume-sentimento-inutil.html
http://dorquemata.blogspot.com.br/2010/09/ciume-sentimento-inutil.html
http://dorquemata.blogspot.com.br/2010/09/ciume-sentimento-inutil.html
Conversa com o professor 
2ª Parte 
 
CONVERSA COM O PROFESSOR 
 
Pedir para os alunos trazerem para a próxima aula: 
- Contos e letras de canções que falam de amor, ciúmes e traição. 
- Notícias de jornal que retratam a temática debatida anteriormente. 
 
 
 
 
 
2- Atendimento do horizonte das expectativas 
Propiciar o ato de leitura à classe com textos literários que 
correspondam ao esperado e através de tarefas com 
procedimentos conhecidos dos alunos e de seu agrado. 
Nesse momento será apresentada uma canção de Robson Biolo, 
intitulada “Só minha”. Essa atividade atenderá ao horizonte de 
expectativas da turma, já que o estilo, linguagem, tema, melodia 
e outras características desse gênero fazem parte da sua 
realidade. 
 
A- Após assistir ao vídeo e fazer a leitura da letra da canção 
“Só minha” de Robson Biollo, Responda: 
 
Vídeo: Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ZwtGC2h6DEU. 
Acessado em 15/08/2016. 
 
“Se eu sinto ciúmes é porque me importo 
Se brigo às vezes é que não suporto 
Que alguém olhe pra ti” 
 
https://www.youtube.com/watch?v=ZwtGC2h6DEU
Para visualizar a letra da canção na íntegra acesse: Disponível em: 
https://www.letras.mus.br/robson-biollo/so-minha/. Acessado em 15/08/2016. 
 
 
Agora é a sua vez: 
1- Vocês já ouviram essa música? 
2- Conhecem o cantor? 
3- A letra desta canção aborda que temática? 
4- É o tema atual? É interessante? 
5- No quarto verso da primeira estrofe da letra desta canção, temos: “Além 
de mim você é minha, só minha, só minha”. Responda: 
 
A- Pronomes Possessivos, são palavras que, ao indicarem a pessoa 
gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa 
possuída). No verso acima o pronome “minha” remete a essa mesma 
ideia? Hipoteticamente falando quem seria o possuidor e quem seria a 
coisa possuída? 
B- No início de um relacionamento tudo é maravilhoso, e os envolvidos veem 
o “ciúme” como umsentimento positivo. Nessa canção, como você 
caracteriza as personagens? Quem você acha que é mais ciumento (a), 
“quem mais sente ciúmes, é também quem ama mais? ” Explique com 
passagens do texto: 
6- Leia para o seu colega as notícias de jornal que você selecionou, 
contendo como tema “crime passional”, depois de uma breve discussão 
em relação à notícia, responda: 
a- Você encontrou dificuldades para encontrar a notícia sobre crime 
passional? 
b- Ao ligar a televisão ou ler um jornal nos deparamos com notícias de um 
marido ciumento, ou um ex inconformado, mas o que mais assusta é a 
banalidade ao se tratar desse assunto, é como se fosse um 
acontecimento comum, ou seja, não causa estranheza. É correto tratar 
desse assunto com tanta naturalidade? Comente: 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.letras.mus.br/robson-biollo/so-minha/
Poema: “Tragédia Brasileira” de Manuel Bandeira. 
 
Sobre o autor: 
 
Manuel Bandeira é um poeta reconhecido na literatura nacional, fez 
parte do modernismo brasileiro. Uma de suas poesias, inclusive, foi 
declamada por Ronald de Carvalho na abertura da Semana de Arte 
Moderna de 1922, em São Paulo. [...]. Com extensa obra literária, é 
possível perceber o tradicionalismo e a liberdade em diferentes 
poemas. A morte, o amor e a solidão estão presentes na sua 
poesia, da mesma forma que o erotismo e a infância. 
 
 
Disponível em: http://educacao.globo.com/literatura/assunto/autores/manuel-
bandeira.html. Acesso em 23/08/2016. 
 
B- Leia o poema “Tragédia Brasileira” de Manuel Bandeira. 
“Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade, 
conheceu Maria Elvira na Lapa – prostituída, com sífilis, dermite 
nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de 
miséria. ” 
 
Disponível em: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/manuel-
bandeira/poemas-manuel-bandeira.php#64. Acesso em: 15/08/2016. 
 
Atividades: Como você já sabe, um texto narrativo deve responder a 
algumas perguntas básicas: 
 
O QUÊ? - O (s) fato (s) que determina (m) a história; 
QUEM? - A personagem ou personagens; 
COMO? - O enredo, o modo como se tecem os fatos; 
ONDE? - O lugar ou lugares da ocorrência; 
QUANDO? - O momento ou momentos em que se passam os fatos; 
http://educacao.globo.com/literatura/assunto/autores/manuel-bandeira.html
http://educacao.globo.com/literatura/assunto/autores/manuel-bandeira.html
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/manuel-bandeira/poemas-manuel-bandeira.php#64
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/manuel-bandeira/poemas-manuel-bandeira.php#64
POR QUÊ? - A causa do acontecimento. 
 
1.O texto que você acabou de ler é do tipo narrativo. Assim sendo, destaque os 
elementos pontuados acima: 
- O quê? 
- Quem? 
- Como? 
- Onde? 
- Quando? 
- Por quê? 
 
2. Convencionalmente, o enredo da narração pode ser assim estruturado: 
•exposição (apresentação das personagens e/ou do cenário e/ou da época), 
•desenvolvimento (desenrolar dos fatos apresentando complicação e clímax) e 
•desfecho (arremate da trama). 
Entretanto, há diferentes possibilidades de se compor uma trama, seja iniciá-la 
pelo desfecho, construí-la apenas através de diálogos, ou mesmo fugir ao nexo 
lógico de episódios. Escritores (romancistas, contistas, novelistas) não compõem 
um texto estritamente narrativo. O que eles produzem é um tecido literário em 
que aparecem, além da narração, segmentos descritivos e dissertativos. As 
narrativas mais longas podem explorar mais detalhadamente as noções de 
tempo – cronológico (marcado pelas horas, por datas) ou psicológico (marcado 
pelo fluxo do inconsciente) – e de espaço (cenário, paisagem, ambiente). O 
envolvimento de várias personagens e os múltiplos núcleos de conflito em torno 
de uma situação também são comuns nas narrativas extensas. 
Quanto à estrutura da narrativa convencional, destaque do texto Tragédia 
Brasileira os seguintes trechos: 
•a exposição 
•o desenvolvimento 
•o desfecho 
Disponível em: 
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22430. Acesso 
em 19/11/2016. 
3- Volte na questão de número 1 e destaque os mesmos elementos na notícia 
de jornal que você pesquisou. 
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22430
Sobre o autor 
 
As Sem Razões do Amor- Carlos Drummond de Andrade 
 
 
 
Este consagrado poeta brasileiro nasceu em Itabira, Minas 
Gerais no ano de 1902. Tornou-se, pelo conjunto de sua obra, 
um dos principais representantes da literatura brasileira do 
século XX. [...]os principais temas retratados nas poesias de 
Drummond são: conflito social, a família e os amigos, a 
existência humana, a visão sarcástica do mundo e das pessoas 
e as lembranças da terra natal. 
 
Para saber mais sobre o autor: 
Disponível em: http://www.suapesquisa.com/biografias/drummond.htm. 
Acessado em 03/09/2016. 
 
1- Procure no dicionário a definição da palavra “Amor” e “Paixão”: Você 
consegue diferenciá-las facilmente? 
 
2- Agora você vai ler um poema de Carlos Drummond de Andrade e depois 
vamos conversar sobre como o poeta retrata no seu texto esse sentimento 
“Amor”. 
 
Eu te amo porque não amo 
bastante ou de mais a mim. 
Porque amor não se troca, 
não se conjuga nem se ama. 
 
 
 
Para ver o poema na íntegra acesse: Disponível em: 
http://www.citador.pt/poemas/as-sem-razoes-do-amor-carlos-drummond-de-
andrade. Acesso em 03/09/2016. 
 
 
http://www.suapesquisa.com/biografias/drummond.htm
http://www.citador.pt/poemas/as-sem-razoes-do-amor-carlos-drummond-de-andrade.%20Acesso%20em%2003/09/2016
http://www.citador.pt/poemas/as-sem-razoes-do-amor-carlos-drummond-de-andrade.%20Acesso%20em%2003/09/2016
Exibição do vídeo 
Título: “Amor, traição, ciúme patológico” – No Divã com Taty Ades. 
Descrição: Entrevistas sobre amor patológico, ciúme doentio, 
traição (Record, Rede TV, gazeta, CNT). 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=VyNVpS9epnc. Acesso em 
21/11/2016. 
 
c- Agora em círculo vamos realizar um debate sobre a 
entrevista: 
 
Vou lançar duas perguntas para começar, e na sequência cada aluno irá 
elaborar uma questão para um (a) colega: 
 
1- Nesse vídeo ouvimos várias entrevistas sobre os temas amor patológico, 
ciúme doentio e traição. Comente para seus colegas qual parte da 
entrevista chamou mais a sua atenção e por quê? 
 
 
2- Você se identificou com alguns exemplos citados durante a entrevista? 
 
Conhecendo o gênero discursivo Conto 
 
CONTO 
Conversa com o professor: 
Capítulo 18 – Conto – retirado do livro PORTUGUÊS – CONTEXTO, 
INTERLOCUÇÃO E SENTIDO – Volume 3 - 
O trabalho realizado ao longo deste capítulo favorece o desenvolvimento das 
competências de área 1 e 5 e das habilidades H1, H3, H15, H16 E H17. (MATRIZ 
DO ENEM 2009). 
 
OBJETIVOS 
Ao final do estudo deste capítulo, o aluno deverá ser capaz de: 
https://www.youtube.com/watch?v=VyNVpS9epnc
1- Reconhecer as características estruturais do conto. 
2- Compreender de que modo o contexto de circulação e o perfil de 
interlocutor afetam a estrutura desse gênero. 
3- Reconhecer as características dos elementos da narrativa que participam 
da estrutura do conto: foco narrativo, personagens, espaço, tempo e 
enredo. 
4- Compreender as relações entre esses elementos. 
5- Perceber a importância do conceito de verossimilhança para a construção 
dos elementos da narrativa. 
6- Saber escolher os recursos linguísticos adequados ao conto. 
As narrativas ficcionais sempre seduziram leitores de todas as épocas 
e lugares. No mundo contemporâneo, muitos leitores apreciam as narrativas 
curtas, que focalizam um único conflito e apresentam a sua solução em um breve 
espaço de tempo. Essas narrativas são conhecidas como CONTOS. 
 
CONTO: DEFINIÇÃO E USOS 
O conto é uma narrativa curta que apresenta os mesmos elementos do 
romance: narrador, personagens, enredo, espaço e tempo. Diferencia-se do 
romance pela sua concisão, linearidade e unidade:o conto deve construir uma 
história focada em um conflito básico e apresentar o desenvolvimento e a 
resolução desse conflito. 
 
 
Vários temas, vários contos 
O gênero conto, por suas próprias características, admite uma grande 
diversidade temática. Alguns autores acabam por se especializar na criação de 
contos voltados para temas determinados. É o caso, por exemplo, do argentino 
Julio Cortázar e do brasileiro Murilo Rubião, que escreveram contos 
fantásticos, ou seja, narrativas em que a realidade é bruscamente invadida por 
algum elemento extraordinário sem que haja qualquer preparação ou explicação 
para isso. 
Além dos contos fantásticos, podemos identificar ainda os seguintes tipos, 
definidos pela temática abordada: contos policiais (ou de suspense), contos 
eróticos, contos românticos e contos de ficção científica. 
 
CONTEXTO DE CIRCULAÇÃO 
Contos costumam ser escritos para publicação em livros. Além disso, 
circulam em revistas especializadas e também em sites. 
 Há diferentes tipos de livro em que os contos aparecem: aqueles 
idealizados pelo autor, que reúne vários textos organizados a partir de um critério 
pessoal; edições planejadas para divulgar os melhores textos de um mesmo 
autor; ou; ainda, antologias com contos de diferentes autores, organizados 
tematicamente (contos de humor, contos de mistério, etc.) ou por sua qualidade. 
OS LEITORES DE CONTOS 
Leitores de contos são, em primeiro lugar, leitores de narrativas. 
Pessoas que encontram, nas narrativas ficcionais, um espaço para reflexão 
sobre a realidade, que buscam os cenários criados pela imaginação alheia como 
modo de escapar da realidade estressante em que vivem ou que leem pelo 
prazer propiciado pelos textos ficcionais. 
 Além dessas características, comuns a todos os amantes dos textos 
literários em prosa, os leitores de conto apresentam uma outra, constitutiva do 
mundo contemporâneo: a falta de tempo, que faz com que busquem 
narrativas mais curtas. 
O século XIX viu as narrativas longas reinarem absolutas na 
preferência dos leitores. Os romances, que se estendiam por muitos capítulos e 
eram publicados em periódicos, tinham um público fiel. No século XXI, em plena 
era de informação e em um mundo no qual a imagem representa o apelo mais 
sedutor, as narrativas longas foram, aos poucos, perdendo espaço e o conto 
conquistou a preferência dos leitores. Sua estrutura mais enxuta e sua 
capacidade de apresentar, desenvolver e solucionar um conflito em tempo 
relativamente curto parecem ser as principais razões do sucesso dos contos 
entre os leitores contemporâneos. 
ESTRUTURA 
O conto é uma narrativa curta, o que torna essencial o planejamento 
cuidadoso da articulação dos elementos narrativos. Como se trata de uma 
narrativa ficcional, deve apresentar uma história na qual atuam personagens em 
um espaço e tempo definidos. Um narrador em 1ª ou 3ª pessoa será encarregado 
de contar o que acontece com tais personagens, revelando, para o leitor, de que 
modo espaço e tempo afetam os fatos narrados. 
 Cabe ao autor decidir exatamente que função foco narrativo, 
personagens, espaço e tempo deverão desempenhar na história a ser criada, 
determinando o entrelaçamento dos elementos narrativos. O enredo, resultado 
da articulação precisa desses elementos, deve ser linear, porque o conto não 
prevê um longo desenvolvimento da história. Em outras palavras, ao começar, o 
conto já está prestes a terminar. 
Em termos do plano geral, o conto deve apresentar uma determinada 
ordem (criada pelos elementos das narrativas), que será desequilibrada pelo 
surgimento de um conflito. A resolução desse conflito promoverá a restauração 
da ordem. O objetivo do contista, portanto, é apresentar ao leitor uma situação 
ficcional em que a estabilidade é desestruturada por um conflito cujo 
desenvolvimento e solução serão o foco da história contada. 
De modo geral, a estrutura do conto pode ser vista como o espaço 
narrativo entre dois momentos de equilíbrio: um que precede o conflito 
tematizado e outro que segue esse conflito. Por esse motivo, essas narrativas 
curtas costumam começar pela apresentação de uma situação estável que será 
perturbada por alguma força. Essa força desencadeia um processo de 
desequilíbrio do universo narrativo apresentado. 
Para atender às exigências estruturais do conto, é necessário dominar 
os elementos constitutivos da narrativa, porque o modo como serão 
apresentados e articulados garantirá a qualidade da história criada. 
FOCO NARRATIVO 
O primeiro dos elementos narrativos a ser considerado no momento 
de definir a estrutura de um texto ficcional é o narrador, ou seja, quem irá contar 
a história. O narrador estabelece o ponto de vista a partir do qual a história será 
contada: trata-se do foco narrativo. 
FOCO NARRATIVO é a perspectiva a partir da qual uma história será 
contada. O foco narrativo pode ser de 1ª pessoa ou de 3ª pessoa. 
 
 
 
O ponto de vista (ou perspectiva) explicita, nos textos narrativos, o “olhar” 
adotado pelo narrador para apresentar a seus leitores um acontecimento, 
personagem ou espaço sobre o qual vai falar. A adoção de uma determinada 
perspectiva afeta o modo como a história contada é interpretada por seus 
leitores. 
 
Analisar as palavras escolhidas por um narrador para caracterizar 
uma personagem ou situação permite identificar a perspectiva a partir da qual 
ele conta a história. 
O NARRADOR TESTEMUNHA 
Sempre que uma história é contada por um narrador em 1ª pessoa, o 
leitor encontra-se diante de uma perspectiva claramente subjetiva. A 
subjetividade do foco em 1ª pessoa decorre de sua associação imediata a uma 
personagem. Se o narrador é uma das personagens, todos os acontecimentos, 
motivações e demais personagens são apresentados a partir do seu ponto de 
vista particular. Observe este trecho de um conto policial. 
............................................................................................................................. 
[...] A convivência com Holmes não era difícil. Ele tinha hábitos tranquilos e 
regulares. Era raro vê-lo em pé depois das dez horas da noite, e invariavelmente já havia 
feito o seu desjejum e saído quando eu me levantava de manhã. [...] 
À medida que passavam as semanas, meu interesse nele e minha 
curiosidade quanto a seus objetivos na vida iam gradualmente aumentando e se 
aprofundando. Até seu físico era tal que despertava a atenção do mais descuidado 
observador. Quanto à estatura, passava de um metro e oitenta, mas era tão magro que 
parecia mais alto ainda. Os olhos eram agudos e penetrantes, salvo durante aqueles 
intervalos aos quais fiz alusão, e o nariz delgado, aquilino, dava a sua expressão um ar 
de vigilância e decisão. Também o queixo, quadrado e forte, indicava nele o homem 
resoluto. [...] 
DOYLE, Artur Conan. Um estudo em vermelho. Tradução de Louisa Ibañez e Arnaldo Viriato 
Medeiros. São Paulo: Abril, 1984. P. 17-18. (Fragmento.) 
 
Nesse texto, somos apresentados a um dos mais conhecidos e 
admirados detetives dos romances policiais: Sherlock Holmes. Quem descreve 
o famoso investigador inglês é seu amigo e assistente, Dr. Watson. Dizemos que 
esse tipo de foco narrativo em 1ª pessoa é construído a partir de um narrador 
testemunha. Ou seja, os acontecimentos são contados por uma personagem 
que, embora participe da história, não é o protagonista. 
Tudo o que é contado passa pelo “filtro” do seu olhar. Suas 
impressões sobre os fatos, o espaço e as demais personagens são reveladas 
não apenas a partir da seleção do que é contado, mas também das 
caracterizações que faz. 
O NARRADOR ONISCIENTE 
Quando um escritor pretende que seus leitores acompanhem o que 
pensam e sentem as personagens de uma história, constrói um foco narrativo 
em 3ª pessoa e escolhe trabalhar com um narrador onisciente. 
Esse narrador tem conhecimento total dosfatos. Ele acompanha 
todos os acontecimentos e penetra no íntimo das personagens, revelando suas 
motivações, desejos e sentimentos pessoais. Observe. 
............................................................................................................................... 
 
 
[...] 
Sara respirava ruidosamente, em parte por causa do esforço físico, mas também por 
causa da irritação que estava sentindo. Não era porque o telefone estivesse 
interrompendo aquele primeiro momento de quietude, quando todo movimento cessa. 
Era mais porque ela queria muito que não fosse Robin, seu agente, pois não só ainda 
não estava preparada para perdoá-lo, como ficava irritada por antecipação só de pensar 
que poderia ser ele do outro lado da linha. Quando ela alcançou o telefone, suas pernas 
tremiam e seu corpo ainda suava. Ao pegar o aparelho, o plástico morno e liso 
escorregou de sua mão molhada, caiu no chão e quicou contra a ponta do fio espiralado, 
girando no ar e batendo na cômoda. Quem quer que estivesse do outro lado da linha 
provavelmente imaginaria que ela tinha atirado o telefone contra a parede, de modo 
que não havia a menor possibilidade de parecer equilibrada e razoável agora. 
[...] 
JOSS, Morag. Música fúnebre. Tradução de Sonia Moreira. São Paulo: Companhia das 
Letras, 2003. P. 17. (Fragmento). 
 
 
Nesse trecho do romance, apesar de o narrador aparentemente não 
estar associado a nenhuma personagem, podemos constatar que o olhar de uma 
personagem sobressai em relação ao que é contado. Isso acontece porque, em 
qualquer narrativa, sempre será estabelecido um ponto de vista predominante. 
Nesse caso, o narrador onisciente constrói o ponto de vista de Sara, 
a personagem principal. Sabemos, por exemplo, que sua irritação se deve 
principalmente à possibilidade de o seu agente, com quem ela não deseja falar, 
estar do outro lado da linha. Os trechos destacados são um exemplo de como o 
narrador explicita os sentimentos e as motivações da personagem. 
 
 
 
A imparcialidade do narrador em 3ª pessoa é relativa, porque o texto sempre 
irá revelar diferentes pontos de vista sobre os acontecimentos narrados. 
Como um narrador em 3ª pessoa não é uma personagem, não representa, na 
verdade, uma perspectiva única, particular, associada a uma só visão de 
mundo. Ele funciona como uma lente mais ampla, que capta e transmite, para 
o leitor, os sentimentos, emoções e pensamentos mais privados de diferentes 
personagens. Ao fazer isso, explicita pontos de vista variados sobre os 
acontecimentos narrados. 
 
 
O NARRADOR OBSERVADOR 
Outra possibilidade, associada a um foco narrativo em 3ª pessoa, é a 
do narrador que, como um observador distante, narra os acontecimentos. 
....................................................................................................................... 
Aquele foi um verão diferente, único. Um verão que começou antes da hora 
e que desde o princípio deixou estabelecido que se estenderia pelo tempo, atropelando 
calendários, previsões e memórias. 
A casa erguia-se branca no meio da encosta, rodeada de grandes 
amendoeiras. A encosta descia no rumo do mar, suave no princípio, abrupta no final. Na 
casa, a rotina estabeleceu-se com os primeiros dias de sol, quando a força do verão 
mostrou-se com toda a sua pertinência. 
Todos os dias, pouco depois das oito da manhã, o motorista saía no carro 
branco e ia até a aldeia, seguindo veloz pelos quatro quilômetros da estrada que corria 
sobre as rochas, beirando o mar. Voltava sempre às nove trazendo pão, a 
correspondência que recolhia no correio e, algumas vezes, um pacote de laranjas. 
Quarta-feira era o dia em que a cozinheira gorda, negra e tranquila ia com ele. Sentava-
se no banco da frente, ao seu lado, e viajava em silêncio, suspirando e olhando o mar. 
Na volta, trazia duas grandes sacolas de verduras e frutas e um peixe embrulhado em 
papel claro. Nesse dia, o automóvel branco demorava um pouco mais para voltar. 
A casa era silenciosa e tinha grandes janelões e duas varandas enormes que 
se abriam para o mar. [...] 
NEPOMUCENO, Eric. As três estações. Coisas do mundo. São Paulo: Companhia das 
Letras, 1994, p. 109. (Fragmento). 
 
Por meio da narração em 3ª pessoa, a cena vai sendo apresentada 
ao leitor de modo detalhado, com informações sobre tempo (era verão), espaço 
(a ação se passa em uma casa de praia) e personagens (o motorista, a 
cozinheira). O leitor acompanha os acontecimentos rotineiros na vida dessas 
personagens como se estivesse assistindo a uma cena que se desenrola diante 
de seus olhos. 
Por mais minuciosa que seja a apresentação feita pelo narrador 
observador, ela não nos informa sobre alguns elementos essenciais para que 
possamos compreender o que se passa. Poderíamos perguntar, por exemplo, o 
que sentem aquelas pessoas que circulam pela casa de praia ou em que pensa 
a cozinheira quando olha o mar e suspira. Essas respostas não são dadas no 
texto e isso é uma característica de um narrador que apresenta o que observa 
e nada além disso. 
PERSONAGENS: OS SERES DE FICÇÃO 
Toda narrativa apresenta uma série de acontecimentos, contados por 
um narrador. Os seres que vivenciam esses acontecimentos são as 
personagens. Por esse motivo, dizemos que a personagem é um “ser de ficção”, 
ou seja, um ser criado para participar de um contexto ficcional, interagindo com 
os demais elementos narrativos e produzindo, como resultado final, o enredo. 
Se as personagens, como o narrador, são seres de ficção, isso 
significa que devem ser criadas pelo autor do texto. No caso dos contos, sua 
extensão mais curta faz com que as personagens sejam apresentadas aos 
leitores como seres já inteiramente criados, de cuja vida se pode acompanhar 
somente um recorte: aquele que é apresentado naquela narrativa. 
É importante que o comportamento das personagens seja compatível 
com as informações que o narrador oferece ao leitor sobre elas. Os leitores do 
conto só acreditarão na situação narrativa criada caso o comportamento do 
protagonista seja verossímil. 
 
A CRIAÇÃO DE PERSONAGENS VEROSSÍMEIS 
 
 
 
 
 
Lembre-se 
 
 
Verossímil é aquilo que parece verdadeiro. No caso das narrativas 
ficcionais, a verossimilhança é muito importante, porque é ela que 
garante a coerência da história contada. Ainda que todos os 
elementos de uma narrativa sejam fruto da imaginação de um autor 
e não tenham qualquer relação com a realidade, o texto será 
verossímil se o leitor aceitar que a história contada poderia ser real, 
porque parece verdadeira. 
 
 
No momento de planejar um texto narrativo, alguns aspectos devem 
ser considerados para garantir que as personagens criadas sejam verossímeis. 
A primeira providência a ser tomada pelo autor é garantir que ele 
conheça as personagens criadas tão bem quanto as pessoas com as quais 
convive há muito tempo (seus pais, irmãos, amigos, etc.). 
Além das características mais objetivas de uma personagem, o autor 
deve também conhecê-la com relação a seus traços psicológicos, porque deles 
virá a motivação para suas ações e reações. 
A melhor maneira de compreender os motivos (ou desejos) por trás 
das ações das pessoas é observá-las nos seus comportamentos rotineiros. 
Podemos imaginar, por exemplo, uma pessoa que adora promover festas. Não 
apenas festas de aniversário, mas festas semanais, reuniões de pessoas 
conhecidas e não tão conhecidas assim. Que sentido tem o comportamento 
dessa pessoa? O que será que ela pretende com tantas festas? Será que 
procura reconhecimento dos outros? Será que procura carinho? Será que teme 
a solidão? 
As respostas a perguntas como essas permitirão “conhecer” mais 
profundamente essa pessoa meramente imaginada. Aos poucos nos sentiremos 
mais íntimos dela, saberemos quais as razões que tem para promover tantas 
festas, o que deseja alcançar com isso. Quando esse conhecimento ocorrer, 
podemos transformá-laem personagem de um texto, porque saberemos como 
ela irá se comportar em diferentes circunstâncias narrativas. 
O ESPAÇO 
Quando fazemos referência ao espaço, em um texto narrativo, 
podemos identificar dois tipos diferentes. 
O espaço físico: conjunto de elementos da paisagem exterior; trata-
se do cenário criado pelo autor no qual será ambientada a ação. 
O espaço interior (psicológico): as vivências da personagem, seus 
sentimentos, seus sonhos, seus pensamentos, aquilo que permite ao leitor 
conhecer a motivação para seus comportamentos. 
As principais funções do espaço físico são identificar o “lugar” em que 
transcorre a ação, auxiliar na caracterização das personagens (com elas 
interagindo, ou sendo por elas transformado) e contribuir para a construção do 
tempo da narrativa. 
Definir o espaço somente como lugar em que se passa a ação, 
portanto, é insuficiente: ele também define uma ambientação para a narrativa. 
Para identificar como se dá a ambientação, precisamos perceber de que maneira 
o espaço estabelece uma atmosfera, um clima para os acontecimentos a serem 
narrados. Além da caracterização específica do espaço, participam também da 
criação desse ambiente aspectos morais, psicológicos, culturais e 
socioeconômicos das personagens. Todos esses aspectos compõem o que se 
chama espaço psicológico da narrativa. 
Observe como a narradora deste romance estabelece, desde o início 
da história, um tom narrativo mais leve ao criar uma associação entre o local 
onde está e a tomada de uma decisão muito importante em sua vida. 
............................................................................................................................... 
Estou num estacionamento em Leeds quando digo a meu marido que não 
quero continuar casada com ele. David nem sequer está no estacionamento comigo; 
está em casa cuidando das crianças, e eu só liguei para lembra-lo de que precisa escrever 
um bilhete para a professora da Molly. O resto meio que...escapole. É um erro, 
obviamente. Embora aparentemente eu seja – para minha imensa surpresa – uma 
pessoa capaz de dizer ao marido que não quer continuar casada com ele, nunca pensei 
que fosse uma pessoa capaz de dizer isso pelo telefone celular, num estacionamento. É 
claro que este item específico da minha auto avaliação deve ser revisto. Por exemplo, 
eu posso me descrever como uma pessoa que não esquece nomes, pois já lembrei de 
nomes milhares de vezes e me esqueci de apenas um ou dois. Mas a maioria das pessoas 
diz apenas uma vez – se é que chega a isso – que quer acabar um casamento. Quem 
escolhe dizer isso pelo telefone celular num estacionamento em Leeds não pode depois 
afirmar que uma ocasião como essa não tenha sido representativa, assim como Lee 
Harvey Oswald não podia afirmar que matar presidentes não era uma característica sua. 
Às vezes nós temos que ser julgados pelas coisas que só fazemos uma vez. 
 [...] 
HORNBY, Nick, Como ser legal. Tradução de Paulo Reis. 
 Rio de janeiro: Rocco, 2002. P. 9 (Fragmento). 
 
Essa é a abertura do romance, o primeiro contato que o leitor tem com 
a personagem. É muito significativo, portanto, que o autor decida apresentá-la 
em um estacionamento quando comunica ao marido que quer se separar dele. 
Há uma clara incompatibilidade entre o local em que ela se encontra 
(e também o fato de estar ligando de um celular) e a gravidade da decisão 
tomada. É justamente o absurdo da situação que é explorado nessa passagem. 
O que poderia ser uma decisão dramática, carregada de emoção, é apresentado 
pela narradora como algo que “escapole” no meio da sua conversa com o 
marido. A situação é tão inesperada, que ela mesma observa: “nunca pensei que 
fosse uma pessoa capaz de dizer isso pelo telefone celular, num 
estacionamento”. O clima narrativo criado pela cena inicial dará o tom do 
romance, que trata de questões bastante sérias de modo leve. 
O exemplo apresentado ilustra, portanto, a importância do 
planejamento prévio do espaço da narrativa. 
 
O TEMPO 
O tempo de uma narrativa é caracterizado pela duração da ação nela 
apresentada. Há diferentes “tempos” quando se considera uma narrativa. 
 O tempo cronológico: quando os fatos são narrados de acordo com a 
ordem em que acontecem. 
 O tempo psicológico: quando a rememoração do passado desencadeia 
a narrativa. Nesses casos, é frequente a utilização de analepse. 
 O tempo histórico: referente ao momento histórico em que se situam os 
fatos narrados. 
 
 
 
Para saber mais: O tempo da diegese: 
[...] A diegese é a realidade própria da narrativa ("mundo ficcional", "vida 
fictícia"), à parte da realidade externa de quem lê (o chamado "mundo real" 
ou "vida real"). O tempo diegético e o espaço diegético são, assim, o tempo 
e o espaço que decorrem ou existem dentro da trama, com suas 
particularidades, limites e coerências determinadas pelo autor. 
Disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/ensaios/2299123. Acessado 
em 08/12/21016. 
 
 
A marcação de tempo é estabelecida, em uma narrativa, com a ajuda 
de elementos linguísticos (flexão de tempo dos verbos, advérbios e 
expressões temporais). São esses os elementos que permitem ao leitor 
reconstituir, em termos cronológicos, o desenvolvimento de uma determinada 
ação. 
 
 
 
 
http://www.recantodasletras.com.br/ensaios/2299123
Lembre-se 
 
Como no filme “Flashback” é o nome que se dá ao recurso de 
fazer com que a narrativa volte no tempo por meio das 
recordações do narrador. 
 
 
Algumas narrativas, em função do tempo histórico em que se passam, 
chegam a tematizar a marcação do tempo. Veja. 
 
......................................................................................................................... 
“Sempre que me acontece alguma coisa importante, está ventando” – 
costumava dizer Ana Terra. Mas entre todos os dias ventosos de sua vida, um havia 
que lhe ficara para sempre na memória, pois o que sucedera nele tivera a força de 
mudar-lhe a sorte por completo. Mas em que dia da semana tinha aquilo 
acontecido? Em que mês? Em que ano? Bom, devia ter sido em 1777: ela se 
lembrava bem porque esse fora o ano da expulsão dos castelhanos do território do 
Continente. Mas na estância onde Ana vivia com os pais e os dois irmãos, ninguém 
sabia ler, e mesmo naquele fim de mundo não existia calendário nem relógio. Eles 
guardavam de memória os dias da semana; viam as horas pela posição do sol; 
calculavam a passagem dos meses pelas fases da lua; e era o cheiro do ar, o aspecto 
das árvores e a temperatura que lhes diziam das estações do ano. Ana Terra era 
capaz de jurar que aquilo acontecera na primavera, porque o vento andava bem 
doido, empurrando grandes nuvens brancas no céu, os pessegueiros estavam 
floridos e as árvores que o inverno despira, se enchiam outra vez de brotos verdes. 
 [...] 
VERISSIMO, Erico. O tempo e o vento. Porto Alegre: 
 Globo, 1978. V. 1. P. 73. (O Continente). (Fragmento). 
 
O romance de onde o trecho foi retirado reconstitui um momento do 
passado histórico da ocupação da região sul do Brasil, no século XVIII. 
Naquele tempo, era comum as pessoas serem analfabetas e não terem 
instrumentos para marcar o tempo (não tinham acesso a calendário nem 
relógio). 
Nesse caso, é o espaço que fornece os indícios a partir dos quais Ana 
Terra e seus familiares procuram “marcar” a passagem do tempo: o vento, o 
cheiro do ar, o aspecto das árvores, a temperatura, a posição do Sol, as fases 
da Lua são as referências mais concretas da mudança das estações do ano. 
Se for necessária uma maior precisão, as personagens terão de 
recorrer a acontecimentos muito importantes (a expulsão dos castelhanos em 
1777, por exemplo), para localizarem, no tempo histórico, algum 
acontecimento. 
 
A RELAÇÃO ENTRE ESPAÇO E TEMPO 
Em narrativas históricas e de ficção científica, a caracterização do 
espaço auxilia na construçãodo tempo, porque torna mais “visível” para o 
leitor o mundo criado, definindo, assim, um determinado momento no 
passado ou no futuro. Nesses textos, tempo e espaço se definem e 
completam, de modo a criarem a ambientação perfeita para a ação que irá 
se apresentar. 
Da integração harmoniosa de todos os elementos narrativos 
(narrador, personagem, espaço e tempo) surge o enredo, a história contada. 
O enredo só se forma quando o leitor é capaz de visualizar o conjunto 
resultante da análise de cada um desses elementos, percebendo como 
interagem e atuam uns sobre os outros, de modo a garantir que o quadro final 
esclareça as relações de causalidade entre os diversos fatos narrados. 
LINGUAGEM 
A linguagem dos contos tem como característica essencial algo 
comum à linguagem dos textos literários: ela deve ser trabalhada pelo autor 
do texto de modo a alcançar o maior nível e significação. 
Como a palavra é o elemento essencial da arte literária, os textos 
ficcionais são um espaço privilegiado para o trabalho com a criação de 
imagens significativas, que permitirão ao leitor criar ricas representações 
mentais do que está sendo contado. As narrativas são também o espaço para 
o uso conotativo da linguagem, porque o poder simbólico das construções 
metafóricas favorece a construção de diferentes possibilidades de 
interpretação. 
Outro aspecto a ser considerado é o nível de liberdade na utilização 
da linguagem. Embora se espere que narrativas ficcionais sejam escritas de 
acordo com as regras de uso da variedade culta da língua portuguesa, 
admite-se um uso mais livre quando a linguagem se torna uma das 
características definidoras das personagens. Observe. 
......................................................................................................................... 
“[...] Cinco minutos é tempo de sobra pra uma pessoa pegar no sono, quer 
ver? Vou pegar no sono em cinco minutos. Boa noite. Estou quase dormindo. Quase. 
Dormi. Não dormi? Acho que não. Mas vou dormir agora. Senão os pensamentos 
começam a entrar na minha cabeça e aí, minha filha, nunca mais. Um pensamento 
puxa outro, que puxa outro, parece até que pensamento tem corda. O negócio é não 
deixar entrar o primeiro, tá vendo? Foi só começar a pensar em não pensar e quando 
eu vi já estava pensando em pensamento com corda. [...]” 
 
FALCÃO, Adriana. O doido da garrafa. 
 São Paulo: Planeta, 2003. P. 113-114. (Fragmento). 
.................................................................................................................. 
Nessa passagem, observamos diversas ocorrências de expressões 
características da linguagem coloquial. É muito importante que elas estejam 
presentes nesse texto, porque a situação narrativa criada é de total 
descontração da personagem: à noite, na cama, tentando dormir, ela vai 
encadeando pensamentos. 
Trata-se de um fluxo de consciência. Pois bem, se esse conto 
tivesse sido escrito de modo a se conformar inteiramente às características 
de variedade culta do português, o fluxo de consciência da personagem 
deixaria de ser verossímil, porque ninguém se preocupa em submeter o 
pensamento a uma linguagem formal. Nesse sentido, a linguagem pode ser 
um elemento a mais na caracterização das personagens e, 
consequentemente, na construção da verossimilhança da narrativa. 
 
ABAURRE, Maria Luiza M. Português: contexto, interlocução e sentido/ Maria 
Luiza M. Abaurre, Maria Bernadete M. Abaurre, Marcela Pontara. – 2. ed. – São Paulo: 
Moderna, 2013. p. 334 – 345. 
 
3ª Parte 
 
 CONVERSA COM O PROFESSOR 
 
A ruptura do horizonte de expectativas: Apresentação de 
material literário diferente daquele que os alunos já conhecem, 
mas que mantém a relação com o anterior em algum aspecto, 
seja na forma, no tema ou na linguagem. 
 
Objetivos específicos: 
- Ler e analisar o gênero conto refletindo como se configura a temática - 
amor, ciúmes e traição – em diferentes períodos históricos e literários. 
 - Discutir os possíveis desfechos para problemáticas que enfocam as 
relações estabelecidas entre os homens ao longo da história e verificar as 
influências dessa na produção literária. 
 
A- Antes de ler o texto na íntegra, relacione o título do conto “VENHA VER 
O PÔR DO SOL” com a imagem a seguir e responda: 
 
Lygia Fagundes Telles nasceu em 1923 e é membro da Academia 
Brasileira de Letras desde 1982, onde ocupa a cadeira de número 28. 
Seu primeiro romance, Ciranda de Pedra foi publicado em 1952, o 
qual já fez parte da dramaturgia brasileira. Mas é em As meninas que 
a autora se consagra popularmente. Em 2003, esta obra completou 
30 anos e recebeu homenagens. A escritora, em 2003, recebeu o 
prêmio Camões, o mais importante da literatura em língua 
portuguesa. Segundo Ernani Terra e José de Nicola, em Gramática & 
Literatura, Lygia é considerada uma das mais significativas contistas 
da contemporaneidade. O conto a ser analisado, “Venha ver o pôr-do-
sol”, é considerado um dos mais famosos. Contos da autora, o qual faz 
parte do livro Antes do Baile verde. 
 
 
Disponível em: https://pixabay.com/pt/cemit%C3%A9rio-assustador-lua-lobo-
395953/. Acesso em 27/11/2016. 
 
1- Há coerência entre a imagem de um cemitério com o título do conto? 
2- O que estaria implícito nesse encontro amoroso, faça as suas deduções 
e depois comprove ao ler o conto de Lygia Fagundes Telles. 
 
 
 
Vamos ler o Conto: “ Venha ver o pôr do Sol” de Lygia Fagundes 
Telles. 
Sobre a autora: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disponível em: http://keylapinheiro.blogspot.com.br/2009/09/venha-ver-o-por-
do-sol-de-lygia.html. Acesso em 22/08/2016. 
 
https://pixabay.com/pt/cemit%C3%A9rio-assustador-lua-lobo-395953/
https://pixabay.com/pt/cemit%C3%A9rio-assustador-lua-lobo-395953/
http://keylapinheiro.blogspot.com.br/2009/09/venha-ver-o-por-do-sol-de-lygia.html
http://keylapinheiro.blogspot.com.br/2009/09/venha-ver-o-por-do-sol-de-lygia.html
Texto I 
Venha ver o pôr do Sol – Lygia Fagundes Telles 
“ELA SUBIU sem pressa a tortuosa ladeira. À medida que 
avançava, as casas iam rareando, modestas casas espalhadas 
sem simetria e ilhadas em terrenos baldios. No meio da rua 
sem calçamento, coberta aqui e ali por um mato rasteiro, 
algumas crianças brincavam de roda. A débil cantiga infantil 
era a única nota viva na quietude da tarde. ” 
Disponível em: http://www.beatrix.pro.br/index.php/venha-ver-o-por-do-sol-
lygia-fagundes-telles/. Acesso em:15/08/21016. 
 
B- Agora responda: 
 
1- Qual a importância do cenário nesta narrativa, levando em 
consideração o fato do narrador descrever minuciosamente 
todos os detalhes do ambiente, onde as personagens vão se 
encontrar? 
2- Qual a temática abordada no conto? 
3- A temática abordada nos trabalhos de Lygia Fagundes Telles 
evidencia o desequilíbrio, a tensão e a insatisfação do 
homem em suas relações, principalmente as afetivas. Os 
textos da autora que abordam esses temas foram escritos há 
meio século, para você esses temas ainda chamam a atenção 
do leitor? Explique: 
4- As personagens que aparecem nas obras de Lygia Fagundes 
Telles na maioria das vezes são: pessoas solitárias, 
rejeitadas ou loucas, com base nessa afirmação, descreva 
“Ricardo”: 
5- Ricardo ao longo do texto tenta explicar e tranquilizar Raquel 
quanto à escolha do lugar para o encontro amoroso, para isso 
ele utiliza alguns argumentos. Quais seriam esses 
argumentos? Na sua opinião esses argumentos são 
convincentes? 
6- É possível afirmar que Ricardo planejou, pensou com 
antecedência, ou seja, premeditou o crime? Comprove com 
passagens do texto sua resposta. 
http://www.beatrix.pro.br/index.php/venha-ver-o-por-do-sol-lygia-fagundes-telles/
http://www.beatrix.pro.br/index.php/venha-ver-o-por-do-sol-lygia-fagundes-telles/
7- Comparando o passado e o presente de Raquel e Ricardo, 
fica evidente como era a condição social e econômica de 
ambos antes eagora. Retire do texto exemplos destas 
mudanças. Até que ponto essas diferenças podem afetar um 
relacionamento? 
8- Agora em dupla releia o conto e preencha o quadro abaixo: 
(Se necessário volte no texto “Conhecendo o gênero 
discursivo Conto”). Em seguida compare o resultado com 
outros alunos. 
 
 
Contexto de circulação 
 
 
Público alvo (os leitores de 
contos) 
 
 
 
Foco narrativo 
 
 
Personagens 
 
 
Enredo 
 
 
Espaço 
 
 
 
Tempo 
 
 
Linguagem 
 
 
 
 
 
 
 
Texto 2 
Desenredo – Conto de Guimarães Rosa 
Sobre o autor: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disponível em: 
http://educacao.globo.com/literatura/assunto/autores/guimaraes-rosa.html. 
Acesso em:15/08/2016. 
 
 
Vamos ler o conto “Desenredo“, que está no último livro publicado em vida por 
João Guimarães Rosa, “Tutaméia: Terceiras Estórias. Antes da leitura, é preciso 
observar que o texto de Rosa é muito influenciado pela linguagem popular, ele 
chegava a inventar palavras (neologismos). 
 
Desenredo 
“Do narrador seus ouvintes: 
– Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o 
cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas 
quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-
se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó 
Joaquim apareceu. ” 
Guimarães Rosa foi um dos principais representantes do 
regionalismo brasileiro, característica da terceira fase do 
modernismo. Com uma linguagem fiel à popular, o escritor 
conseguiu inovar a literatura. Como atuou como médico e diplomata, 
Rosa começou a publicar seus textos mais tarde, apenas com 38 
anos. 
Ocupou a cadeira nº 2 na Academia Brasileira de Letras por apenas 
três dias, já que atrasou a cerimônia de posse por quatro anos, tinha 
medo de se emocionar demais. Pela importante obra literária, chegou 
a ser indicado para o prêmio Nobel de Literatura, mas morreu no 
mesmo ano e a sua indicação foi impedida. 
 
http://educacao.globo.com/literatura/assunto/autores/guimaraes-rosa.html
 
Disponível em: http://contobrasileiro.com.br/desenredo-conto-de-guimaraes-
rosa/ Acesso em: 15/08/2016. 
 
Atividades: 
 
A- Para se ter uma compreensão global do texto de João 
Guimarães Rosa, é necessário que o leitor fique atento aos 
mínimos detalhes. Nesse conto a escolha dos nomes dos 
personagens foram minuciosamente pensados. Com base 
nessa afirmação e depois de assistir ao vídeo, responda: 
 
 
Áudio Resumo - O Livro de Jó: 
 
Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=cphTj44K0Ug. 
Acessado em: 08/12/2016. 
 
 
 
1- Sendo Jó uma personagem bíblica que se caracteriza pela 
paciência. Jó Joaquim do conto se assemelha em que aspecto 
ao Jó bíblico? 
2- O autor utiliza quatro nomes diferentes para se referir à mulher 
amada de Jó, Livíria, Rivilia, Irlívia e, finalmente, Vilíria. Que 
relação existe entre o comportamento e o caráter da 
personagem e as variações de seu nome? 
Verifique no texto como esses personagens se caracterizam: 
 
 
Livíria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rivilia Irlívia Vilíria 
 
Professor, perguntar aos alunos 
se eles conhecem a história de Jó. 
(História bíblica). Fazer uma 
breve discussão e logo depois, 
assistir ao vídeo – Áudio Resumo 
– O Livro de Jó. 
http://contobrasileiro.com.br/desenredo-conto-de-guimaraes-rosa/
http://contobrasileiro.com.br/desenredo-conto-de-guimaraes-rosa/
https://www.youtube.com/watch?v=cphTj44K0Ug
 
3- O narrador acumula duas funções: 
contador de estórias e a de comentarista 
que analisa as situações, filosofa sobre o 
assunto. 
 
a- Releia o texto e destaque cada um, 
conforme a legenda: 
 
- Contador de estórias: (vermelho); 
- Comentarista: (azul); 
4- Leia com atenção a caixa de texto ao lado 
e na dúvida sobre os significados das 
palavras listadas, peça ajuda ao professor. 
E depois, juntamente com seu colega 
monte um quadro explicativo, levando em 
consideração a afirmação abaixo: 
Nos textos de Guimarães Rosa, é 
possível encontrar: Neologismos, 
regionalismo e uso de provérbios. 
Aponte no texto “Desenredo” essas 
marcas. 
 
Disponível em: http://www.dicio.com.br/. Acesso em 
22/08/2016 
 
 
5- Considerando que os provérbios são 
enunciados curtos que expressam uma 
verdade extraída da experiência popular: 
que relação há entre os provérbios 
alterados e as ações de Jó Joaquim? 
 
6- Por duas vezes uma única palavra forma 
um parágrafo no texto: Mas e Mais 
(conjunção adversativa e advérbio de 
intensidade respectivamente). Localize-as 
no texto e observe em que ponto a 
Significado de 
Neologismo 
s.m.[Linguística] Utilização 
de novas palavras, 
compostas a partir de 
outras que já existem (num 
mesmo idioma ou não). 
Ação de atribuir novos 
significados (ou sentidos) a 
palavras que já existem na 
língua. A palavra (ou 
expressão) formada a partir 
dos processos acima 
citados. 
Significado de Provérbio 
s.m.Frase, ou ditado curto 
de origem popular, que 
resume um conceito moral, 
uma norma social: "só 
percebemos o valor da 
água depois que a fonte 
seca”. [Cristianismo] 
segundo os textos bíblicos, 
frase que possui o intuito 
de educar ou aconselhar; 
pensamento 
Significado de 
Regionalismo 
s.m.Característica daquilo 
que é particular e próprio 
de determinada região; 
qualidade do que expressa 
costumes e tradições 
regionais. 
[Linguística] Palavra, 
expressão, locução ou 
significado específico que 
traz particularidades 
linguísticas próprias de 
uma região, geralmente 
provenientes de uma 
cultura particular. 
[Literatura] Caráter da 
obra, ou texto literário, que 
se fundamenta nos hábitos 
tradicionais e costumes 
regionais, caracterizada 
pela linguagem local. 
Doutrina política que 
defende os interesses 
regionais. 
 
 
 
http://www.dicio.com.br/
narrativa está, em cada situação em que elas são empregadas. 
Em seguida, explique sua importância para a continuidade da 
narrativa. 
 
7- O conto "Desenredo" provoca muitas inquietações no leitor e 
convida a pensar as relações humanas, em que se inclui o 
sentimento amoroso, por ângulos inusitados, ao mesmo tempo 
consegue levar o possível leitor a uma reflexão crítica sobre os 
comportamentos humanos na sociedade atual? Explique: 
 
 
 
4ª Parte 
 
 
CONVERSA COM O PROFESSOR 
 
Questionamento e ampliação do horizonte de 
expectativas. Nessa etapa, o aluno será 
instigado a contrastar etapas anteriores, 
levando-o a refletir sobre o tema, sobre as 
dificuldades encontradas, sobre o quanto seus 
conhecimentos de mundo facilitaram o 
entendimento do (s) texto (s) ou deram pistas 
para preencher as lacunas do texto. 
 
 
 
Objetivos específicos: 
- Levar o aluno a transformar os próprios horizontes de expectativas. 
- Incentivar os alunos a construírem sua identidade social e individual, a 
partir de comparações com problemáticas atuais e de outros tempos. 
 
Essa etapa pode ser 
desenvolvida por 
meio de debates em 
grupos, registros das 
constatações 
individuais ou 
coletivas, implicando 
sempre na retomada 
dos textos utilizados 
até a execução 
desses passos do 
método. 
 
 
Atividades: 
A- Formem grupos de 4 alunos (as) e discutam as seguintes 
questões: 
1- Comparando as leituras anteriores, mencione qual delas exigiu 
maior grau de dificuldade e qual lhes proporcionou maior 
satisfação? 
2- Que tipo de linguagem foi utilizada nos contos lidos? 
3- Cite algumas características do gênero Conto? 
4- Após fazer uma reflexão e relacionar os contos, a poesia, a 
música e o vídeo, é possível que a temática e situações 
existentes neles façam parte de nossas vidas? Escreva as suas 
conclusões no diário e depois leia-as para os colegas da 
classe. 
5- A leitura dos Contos proporcionou a você apenas uma leitura 
rápida e prazerosa ou também permitiu uma reflexão sobre a 
complexidade do tema (amor, ciúmes e traição). 
6- Quais foram os desafios enfrentados e como você superou os 
obstáculos textuais(leitura e interpretação dos textos)? 
7- Quais aspectos ainda oferecem dificuldades durante a leitura 
de contos? 
8- Quais conhecimentos escolares ou situações vivenciadas no 
seu cotidiano facilitaram o entendimento dos textos? 
9- Releia os contos “Tragédia Brasileira”, “Venha ver o Pôr do Sol” 
e “Desenredo”, e preencha o quadro abaixo: 
 
Contos 
 
“Tragédia 
Brasileira” 
“Venha ver o 
pôr do Sol” 
“Desenredo” 
Papel desempenhado 
pelo personagem 
masculino 
 
Papel desempenhado 
pelo personagem 
feminino 
 
Semelhanças 
 
Diferenças 
 
 
 
Desfecho 
 
 
 
CONVERSA COM O PROFESSOR 
5ª Parte 
 
 
Ao propiciar a reflexão sobre as relações 
entre leitura e a vida, será necessário 
proporcionar a ampliação do horizonte 
de expectativas. Nesse momento o papel 
do professor será o de provocar seus 
alunos e dar condições para que eles 
comparem, avaliem o que foi aprendido e 
o que, ainda, têm de alcançar. 
 
 
 
 
 
JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS
 
 
O final dessa etapa é o início 
de uma nova aplicação do 
método, que evolui em 
espiral, sempre permitindo 
aos alunos uma relação mais 
consciente com a literatura e 
com a vida. [...] o aluno torna-
se agente de aprendizagem, 
determinando ele mesmo a 
continuidade do processo, 
num constante 
enriquecimento cultural e 
social. (BORDINI & AGUIAR, 
1993, p. 91). 
 
 
Galerias de Imagens: Literatura - Imagem de Machado de Assis, um dos maiores 
escritores brasileiros. De estilo Realista, retratou as contradições da sociedade 
carioca do final do século XIX. 
Disponível em: 
http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php? 
Foto=486&evento=9. Acesso em 22/11/2016. 
 
Para saber mais assista ao vídeo sobre Machado de Assis 
“Neste vídeo, o professor Marlus apresenta a aula de Literatura, tendo como foco 
os períodos Realismo, Naturalismo e Parnasianismo. Nesta parte o professor 
fala sobre Machado de Assis, sua história, características e produções artísticas 
das fases Romancista e Realista, esta última onde mais se destacou com as 
obras "Memórias Póstumas de Brás Cubas", "Quincas Borba", "Dom Casmurro", 
"Esaú e Jacó" e "Memorial de Aires". O professor cita também seus contos de 
maior importância: "A cartomante" e "Missa do Galo". “ 
Disponível em: 
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=
14125. Acesso em 23/11/2016. 
 
 
Você é curioso? Então acesse “Machado de Assis em 25 
curiosidades”. 
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1 839, 
na cidade do Rio de Janeiro. O futuro escritor foi batizado na mesma 
igreja onde seus pais casaram. 
O pai de Machado de Assis era um descendente de escravos que 
trabalhava como pintor de paredes. A mãe, portuguesa de Açores, 
faleceu quando Machado tinha 10 anos. Sua única irmã morreu 
vítima de sarampo com sete anos de idade. 
 
http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?%20Foto=486&evento=9.%20
http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?%20Foto=486&evento=9.%20
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=14125
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=14125
 
Disponível em: http://www.maiscuriosidade.com.br/machado-de-assis-em-25-
curiosidades/.Acesso. Acesso em 22/11/2016. 
 
Estante de Gustavo Bernardo 
“Contos de amor e ciúme de Machado de Assis foi publicado pela editora Rocco 
em 2008, na esteira das comemorações do centenário de morte de Machado de 
Assis. ” 
 
“Os romancistas sempre falaram do amor, apontando-o como aquele sentimento 
que num momento leva as pessoas ao céu (quando estão apaixonadas e são 
correspondidas) mas que no outro instante as joga no inferno (quando elas se 
sentem abandonadas ou traídas). Na descida para o inferno, como sabem os 
que sofrem, o amor se transforma em ciúme. O ciúme é um daqueles assuntos 
que frequenta tanto a conversa na mesa do bar quanto o romance do escritor 
consagrado. Isso acontece porque o sentimento do ciúme talvez revele alguns 
dos segredos que se encontram na sombra do amor. ” 
Gustavo Bernardo 
 
 
Disponível em: http://www.gustavobernardo.com/ciumemachado.html. 
Acessado em 04/10/2016. 
 
 
 
Atividades: 
A- Pesquisar sobre o escritor Gustavo Bernardo Krause, e listar algumas de 
suas obras. (Ficções, Ensaios, Coletâneas e Contos). 
 
http://www.maiscuriosidade.com.br/machado-de-assis-em-25-curiosidades/.Acesso
http://www.maiscuriosidade.com.br/machado-de-assis-em-25-curiosidades/.Acesso
http://www.gustavobernardo.com/ciumemachado.html
 
“Nasci no meio do século passado, na cidade do Rio de Janeiro, como o 
mais velho de quatro irmãos – e a nossa mãe queria só uma menina. 
Quando aprendi a ler, queria entrar dentro dos livros e me tornar personagem. 
Como isso não é possível, resolvi que ia ser escritor. 
 
 
 
Disponível em: https://www.google.com.br/?gfe_rd=cr&ei=7nc0WO2YKurM8Afi-
7noBQ#q=a+estante+de+gustavo. Acesso em: 22/11/2106. 
 
B- Antes de iniciar a leitura do livro “Contos de amor e ciúme – Machado de 
Assis, que reúne seis contos escolhidos pelo escritor, professor e crítico 
literário Gustavo Bernardo, leia o que o professor fala sobre o tema e o 
porquê das escolhas dos contos. 
 
Disponível em: http://www.gustavobernardo.com/ciumemachado.html. Acesso 
em 22/11/2016. 
 
 
 
 
Disponível em: http://www.rocco.com.br/livro/?cod=2268. 
Acesso em: 22/11/2016. 
 
 
 
 
C- Agora é a sua vez, pesquise e escolha seis contos 
(autor e tema livres) para formar a sua coletânea e 
depois apresentar aos colegas de classe. Explique 
o porquê da escolha por determinado autor (a) e 
também o porquê da escolha do tema. 
 
 
 
Contos de amor e 
ciúme reúne seis 
contos publicados 
originalmente entre 
1864 e 1884, em 
periódicos como 
o Jornal das famílias, A 
estação e a Gazeta de 
Notícias. Histórias 
famosas do escritor, 
como “A cartomante” e 
“To be or not to be”, 
convivem com outras 
menos conhecidas do 
público atual como 
“Frei Simão”, “O 
segredo de Augusta”, 
“O machete” e 
“Curiosidade”, além do 
delicado poema “A 
Carolina”, publicado 
em 1906. 
 
https://www.google.com.br/?gfe_rd=cr&ei=7nc0WO2YKurM8Afi-7noBQ#q=a+estante+de+gustavo
https://www.google.com.br/?gfe_rd=cr&ei=7nc0WO2YKurM8Afi-7noBQ#q=a+estante+de+gustavo
http://www.gustavobernardo.com/ciumemachado.html
http://www.rocco.com.br/livro/?cod=2268
Informações sobre o livro 
Título: Dom Casmurro 
Autor: Machado de Assis 
Gênero (s): Romance, Novela 
Ano de Lançamento: 1900 
Formato: .pdf 
“DOM CASMURRO” (OBRA LITERÁRIA) X “DOM” 
(FILME) 
 
D- Exibição do filme “Dom” – 
 
[...] Moacyr Goes faz uma adaptação moderna de Dom Casmurro, obra 
clássica de Machado de Assis. O ponto de partida é o nascimento de 
Bento, um menino cujos pais idolatravam Machado de Assis. [...] 
 
 
Ficha técnica do filme 
Gênero: Drama 
Direção: Moacyr Góes 
Roteiro: Moacyr Góes 
Elenco: Ana Abott, Bruno Garcia, Cláudia Ventura, Gustavo Ottoni, Isa 
Shering, Ivan Gradin, Leon Góes, Luciana Braga, MaluGalli, Marcos Palmeira, 
Maria Fernanda Cândido, Nilvan Santos, Thiago Farias, Walter Rosa 
Produção: Telmo Maia 
Fotografia: Toca Seabra 
Trilha Sonora: Ary Sperling 
Duração: 91 min. 
 
Disponível em: https://www.cineclick.com.br/dom. Acessado em 10/12/2016. 
 
 
E- Apresentação da obra “Dom Casmurro” – Machado de Assis 
 
 
// 
 
Disponível em: http://livrosonlinegratis.net/dom-casmurro-de-machado-de-
assis/. Acessado em 10/12/2016. 
https://www.cineclick.com.br/dom
http://livrosonlinegratis.net/dom-casmurro-de-machado-de-assis/
http://livrosonlinegratis.net/dom-casmurro-de-machado-de-assis/
 
Roteiro para a atividade final: DEBATE 
 
1- Formar dois grandes grupos para o debate, (os que defendem que 
Capitu traiu, e os que acreditam na sua inocência). 
 
2- Selecionem trechos do livro que sirvam de argumentos paradefender os 
pontos de vista de cada grupo. 
 
 
Leitura para reflexão: 
 
 
- Durante muito tempo, no Brasil, os leitores concordaram com Dom Casmurro e 
acreditaram que Capitu havia realmente traído o marido. No entanto, na década 
de 50, uma escritora americana, Hellen Caldwell, fez uma leitura bastante 
convincente sobre o romance. Na obra, a autora argumenta que Capitu é 
inocente do adultério e tenta provar que a visão que os leitores formaram de 
Capitu era, se não de todo, em parte, inadequada. A partir daí os leitores 
começaram a enxergar um lado do narrador que não haviam visto até então: 
Dom Casmurro é um advogado que tenta provar a culpa de Capitu. Para tanto, 
utiliza-se de argumentos bastante convincentes. 
- A ambiguidade sobre a traição ou não de Capitu, no entanto, nunca vai se 
desfazer, e um dos recursos que o narrador utilizou habilmente foi contar a 
história do ponto de vista dele. Ele é um narrador parcial e conta apenas o que 
vê e sente. 
 
 
 
 
Sugestão de plano de aula – NET Educação. Para ver na íntegra: 
 
Disponível em: http://neteducacao.com.br/experiencias-educativas/ensino-
medio/literatura/dom-casmurro---machado-de-assis. Acessado em 10/12/2016. 
 
http://neteducacao.com.br/experiencias-educativas/ensino-medio/literatura/dom-casmurro---machado-de-assis
http://neteducacao.com.br/experiencias-educativas/ensino-medio/literatura/dom-casmurro---machado-de-assis
REFERÊNCIAS 
 
ABAURRE, Maria Luiza M. Português: contexto, interlocução e sentido/ 
Maria Luiza M. Abaurre, Maria Bernadete M. Abaurre, Marcela Pontara. – 
2ª. Ed. – São Paulo: Moderna, 2013. p. 334 – 345. 
BORDINI, Maria da Glória; AGUIAR, Vera Teixeira. Literatura: a formação 
do leitor: alternativas metodológicas. 2ª. Ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 
1993. 
GOTLIB, Nádia Battella. Teoria do Conto. 5ª. ed. São Paulo: Ática,1990. 
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da 
Educação Básica – Língua Portuguesa. Paraná, 2008. 
ZILBERMAN, Regina. Estética da Recepção e História da Literatura. São 
Paulo: Ática, 1989. 
_________. A Leitura e o ensino da Literatura. São Paulo: Contexto, 1991. 
 
Sites consultados 
Imagens 
Disponível em:< http://dorquemata.blogspot.com.br/2010/09/ciume-
sentimento-inutil.html>. Acesso em: 15/08/2016. 
Disponível em: <http://dorquemata.blogspot.com.br/2010/09/ciume-
sentimento-inutil.html>. Acesso em: 15/08/2016. 
Disponível em: <https://pixabay.com/pt/cemit%C3%A9rio-assustador-lua-
lobo-395953/>. Acesso em 27/11/2016. 
Disponível em: 
<http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php? 
Foto=486&evento=9>. Acesso em 22/11/2016. 
Disponível em: http://livrosonlinegratis.net/dom-casmurro-de-machado-de-
assis/. Acessado em 10/12/2016. 
http://dorquemata.blogspot.com.br/2010/09/ciume-sentimento-inutil.html
http://dorquemata.blogspot.com.br/2010/09/ciume-sentimento-inutil.html
http://dorquemata.blogspot.com.br/2010/09/ciume-sentimento-inutil.html
http://dorquemata.blogspot.com.br/2010/09/ciume-sentimento-inutil.html
https://pixabay.com/pt/cemit%C3%A9rio-assustador-lua-lobo-395953/
https://pixabay.com/pt/cemit%C3%A9rio-assustador-lua-lobo-395953/
http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?%20Foto=486&evento=9%3e.
http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?%20Foto=486&evento=9%3e.
http://livrosonlinegratis.net/dom-casmurro-de-machado-de-assis/
http://livrosonlinegratis.net/dom-casmurro-de-machado-de-assis/
Textos 
PARANÁ. Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE. Disponível 
em:<http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteud
o.php?conteudo=20/>. Acesso em 26/03/2106. 
Disponível em: <https://www.letras.mus.br/robson-biollo/so-minha/>. 
Acessado em 15/08/2016. 
Disponível em: 
<http://educacao.globo.com/literatura/assunto/autores/manuel-
bandeira.html>. Acesso em 23/08/2016. 
Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/manuel-
bandeira/poemas-manuel-bandeira.php#64>. Acesso em: 15/08/2016. 
Disponível em: 
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22430>. 
Acesso em 19/11/2016. 
Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/biografias/drummond.htm>. 
Acessado em 03/09/2016. 
Disponível em: <http://www.citador.pt/poemas/as-sem-razoes-do-amor-
carlos-drummond-de-andrade. Acesso em 03/09/2016>. 
Disponível em: <http://keylapinheiro.blogspot.com.br/2009/09/venha-ver-o-
por-do-sol-de-lygia.html>. Acesso em 22/08/2016. 
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lygia-fagundes-telles/>. Acesso em:15/08/21016. 
Disponível em: 
<http://educacao.globo.com/literatura/assunto/autores/guimaraes-
rosa.html>. Acesso em:15/08/2016. 
Disponível em: <http://contobrasileiro.com.br/desenredo-conto-de-
guimaraes-rosa/ >. Acesso em: 15/08/2016. 
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https://www.letras.mus.br/robson-biollo/so-minha/
http://educacao.globo.com/literatura/assunto/autores/manuel-bandeira.html
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