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AO DOUTO JUÍZO DE DIREITO DA -- VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MATIAS, nacionalidade, estado civil, profissão, RG, CPF, residente e domiciliado na Rua, nº, bairro, cidade/UF, vem por sua bastante procuradora, in fine, que recebe intimação/ notificação no seu escritório profissional na Rua, nº, bairro, cidade/UF, CEP, Tel., e-mail, requerer
 
RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE
 
Com fulcro no artigo 5º, inciso LXV da Constituição Federação e artigo 310, I do CPP, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
 
 
1.    DOS FATOS
 
Trata-se de auto de prisão em flagrante em que foi imputada ao réu a conduta descrita no artigo 180 do Código Penal, porque trafegava na condução de veículo automotor que ora sabe ser produto de crime.
Ocorre que, a suposta vítima, proprietária do veículo reconheceu o requerente como autor do roubo que teria acontecido dois dias antes.
Logo, não a que se falar em flagrante de receptação, muito menos em flagrante improprio do roubo, tendo em vista o tempo decorrido.
2.    DO DIREITO
 
A prisão em flagrante improprio só pode ocorrer logo após o crime, ou quando o agente é perseguido. Nenhuma das hipóteses ocorreu nos presentes autos.
Não houve flagrante nenhum com relação ao Requerente, e nem poderia, pois, o ato de conduzir veículo automotor, por sí só, não caracteriza o fato ao mesmo imputado.
O entendimento jurisprudencial segue no mesmo sentido, conforme ementa a seguir: 
	
0261428-69.2015.8.19.0001 - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
	 
	Des(a). SIDNEY ROSA DA SILVA - Julgamento: 06/10/2015 - SÉTIMA CÂMARA CRIMINAL
	 
	
	APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE ROUBO COM EMPREGO DE ARMA POR SEIS VEZES. PRISÃO EM FLAGRANTE. CONVERSÃO EM PRISÃO PREVENTIVA. PLANTÃO JUDICIÁRIO. REANÁLISE PELO JUÍZO COMPETENTE. RECONHECIMENTO DA ILEGALIDADE DA PRISÃO EM FLAGRANTE. RELAXAMENTO DA PRISÃO. INCONFORMAÇÃO. ACUSADO PRESO MAIS DE 19 HORAS APÓS O COMETIMENTO DO CRIME DE ROUBO. AUSÊNCIA DE IMEDIATIDADE DA PRISÃO. INEXISTÊNCIA DE FLAGRANTE IMPRÓPRIO OU IMPERFEITO. ARTIGO 302 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. RECURSO NÃO PROVIDO. DECISÃO CONFIRMADA. O suposto autor imediato do delito, aqui representado pelo ora Recorrido, apenas foi preso pelos Policiais Militares depois de decorrido mais de 19 (dezenove) horas do cometimento do crime de roubo. Estamos, por via de conseqüência, diante de um flagrante impróprio ou imperfeito e, para essa hipótese, a lei estabelece um limite para a adequação do momento posterior ao cometimento do crime para a finalidade de se entender ter realmente ocorrido esse estado flagrancial. Não se pode aquilatar uma elasticidade para a situação dada ao flagrante impróprio ou imperfeito, pois, caso contrário, estaríamos autorizando a perseguição de qualquer pessoa apontada como suspeita. Sendo assim, mesmo que o acusado, ora Recorrido, tenha sido preso na posse dos bens subtraídos e do reconhecimento das vítimas, de modo algum essa situação fática, por si só, faz concluir a presença de um estado flagrancial impróprio ou imperfeito, em razão do lapso temporal bastante considerável entre a prática do crime e da prisão dele, conforme elencado na norma do artigo 302 do Código de Processo Penal, o que suscita realmente o reconhecimento da ilegalidade da prisão em flagrante, justificando o seu relaxamento.
 
Desta forma fica evidente que não houve prisão em flagrante, e portanto a prisão foi ilegal. Sendo assim, e em conformidade com art. 5º, LXV da CRFB, a prisão ilegal deverá ser imediatamente relaxada pela autoridade judiciária.
Pelo exposto, requer-se a Vossa Excelência que seja concedida ao requerente o relaxamento da prisão, expedindo-se o competente alvará de soltura.
3. DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, requer o recolhimento da ilegalidade da prisão em flagrante, com consequente RELAXAMENTO DA PRISÃO expedindo-se o competente ALVARÁ DE SOLTURA em favor do Requerente, por ser medida de justiça.
Pede deferimento,
Local e Data
Advogado
OAB/UF

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