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resumo materiais de moldagem odontologia

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Moldagem: Ato para obtenção de um molde;
Molde: Reprodução negativa da área moldada;
Modelo: Reprodução positivo da área moldada.
O QUE SÃO OS MATERIAIS DE MOLDAGEM? Os materiais de moldagem são usados para produzir uma réplica detalhada dos dentes e dos tecidos da cavidade oral. Desta replica ou moldagem pode ser feito um modelo de estudo.
QUANTO A CLASSIFICAÇÃO, podem ser rígidos e elásticos.
Os materiais de moldagem rígidos não podem envolver retenções que podem estar presentes nos dentes ou no osso. Portanto, seu uso será restrito a pacientes edêntulos sem áreas de rebordo retentivas. 
São eles: Gesso e Godiva/pasta de zinco enólica 
Os materiais elásticos são subdivididos em materiais hidrocoloides e elastômeros. Ambos são capazes de moldar áreas retentivas e podem ser usados em pacientes edentulos, parcialmente edentados e totalmente dentados.
São eles: Hidrocolide: Ágar(reversível) e Alginato(irreversível);
Elastômeros: Polissulfeto, poliéter, silicone de adição e silicone de condensação. 
Reprodução do detalhes superficiais: A precisão da reprodução dos detalhes superficiais depende da viscosidade da mistura e da habilidade do material de moldagem em ser adaptar intimamente com os tecidos moles e duros. Portanto, um material com baixa viscosidade é desejável, mas ele não deve ser tão baixa que o material não possa ser contido na moldeira de moldagem. O ideal é que o material de moldagem a ser empregado deve ser suficientemente fluido durante sua inserção para prevenir deslocamento dos tecidos moles; tais materiais são considerados mucostáticos. 
A FIDELIDADE DIMENSIONAL E ESTABILIDADE SÃO DEPENDETES DOS FATORES:
MOLDEIRA: Sendo a moldeira propensa à distorção, então o modelo desta moldeira também será distorcido. Logo, moldeiras altamente flexíveis devem ser evitadas. Uma boa adesão entre a moldeira e o material de moldagem é muito importante. Se o material de moldagem extravasar da moldeira, isto distorcerá novamente a moldagem. 
CONTRAÇÃO DO MATERIAL DE MOLDAGEM: Quando o material de moldagem toma presa por meio de uma reação química ou por alguma mudança no estado físico, ambas geralmente resultam em alguma contração do material de moldagem. Uma vez que o material está firmemente aderido à moldeira, esta contração aumenta o espaço previamente ocupado pelos tecidos duros e moles. Além das alterações nas dimensões durante a presa, existe também uma leve contração térmica do material de moldagem na medida que ele resfria da temperatura natural da boca para temperatura ambiente. 
DEFORMAÇÃO PERMANENTE: Quando é feita a moldagem de um paciente dentado, haverá retenções devido as formas bolhosas das coroas dentarias. Nesse caso, o material de moldagem deve ser suficientemente flexível para permitir a remoção das regiões retentivas sem causar distorção; desta forma os materiais de moldagem rígidos não são adequados para esta finalidade. 
ESTABILIDADE DE ARMAZENAGEM: Geralmente, existe uma demora significativa entre a realização e a moldagem e sua chegada ao laboratório de prótese onde o modelo será vazado. É importante que o material não contraia, não expanda e nem distorça durante este período de tempo.
TÉCNICA DE MOLDAGEM: no caso dos materiais de moldagem de silicone, em particular, existe uma variedade de técnicas de moldagem a ser empregada. É importante que a técnica apropriada seja usada para cada material.
MATERIAIS DE MOLDAGEM RÍGIDOS:
GODIVA: A godiva de moldagem é um material termoplástico com uma temperatura de transição vítrea em torno de 55-60°C. Acima da temperatura de transição vítrea, ela se torna macia e toma uma nova forma. Com o resfriamento da temperatura na boca, ele endurece e pode ser removida, retendo a forma (moldagem) da cavidade oral. Portanto, não existe reação química envolvida no uso deste material. 
Composição: A composição das godivas para moldagem tende a variar de produto para produto. Elas consistem em uma combinação de resinas e ceras, plastificadores e cargas, cada um possuindo uma função especifica.
Resinas e ceras: As resinas são substancias orgânicas amorfas que são insolúveis em água. É caracteristicamente sem sabor, inodoras, sem cor e grudentas ao toque. As ceras usadas nas godivas para moldagem incluem a cera de abelha e a colofônia. 
Plastificadores: As ceras e as resinas, se usadas isoladamente, tendem a produzir um material frágil com tendência à pegajosidade. 
Cargas: Para superar a pegajosidade, controlar a fluidez e minimizar a contração devido à contração térmica, adiciona-se carga ao material. 
Propriedades: A godiva para moldagem é mucocompressiva, já que é o material de moldagem utilizado com viscoso. Ela se torna rígida quando resfriada, possui uma alta viscosidade, de forma que a reprodução dos detalhes superficiais não é muito boa. A reprodução poderá ser melhorada pelo aquecimento do material de moldagem após a primeira moldagem, reposicionando-o na boca do paciente. Mesmo assim, a qualidade de detalhes superficiais não é tão boa. Portanto, é mais indicada como uma maneira simples e rápida de se reproduzir uma moldeira individual. 
A condutividade térmica da godiva de moldagem é muito baixa, significando que durante o amolecimento o lado externo sempre amolecerá primeiro. Isto pode dar a impressão de que o material está pronto para uso, quando a parte interna ainda pode estar rígida. 
Aplicação: Sua principal aplicação é para o registro de moldagens preliminares de arcadas edentadas. Isto fornece um modelo no qual uma moldeira individual pode ser construída, e que depois será usada com um material de moldagem de baixa viscosidade para o registro do fino detalhamento superficial. 
PASTA ZINCO-ENÓLICA: Esse material de moldagem é na forma de duas pastas. Existe tipicamente uma pasta base, consistindo em óxido de zinco, óleo de oliva, óleo de linhaça, acetato de zinco e um traço de água e uma pasta catalisadora, consistindo em eugenol e cargas. O óxido de zinco e eugenol são componentes reativos que participam da reação de presa. A água inicia a reação de presa, e o acetato de zinco está presente para acelerar o processo de presa. Os óleos e as cargas substâncias inertes, que permitem que o material seja usado numa formulação pasta-pasta e auxilia à alcançar características de manipulação adequadas. 
Propriedades: O liquido é muito fluido, isto é, mucostático, e, sendo um sistema à base de agua, rapidamente se adapta aos tecidos moles. Portanto, ele fornece uma reprodução detalhada dos tecidos moles sem causar o seu deslocamento. No entanto este material é rígido após reação de presa e, desta forma, é inadequado para registrar áreas retentivas. Isso limita sua aplicação às bocas edentadas, onde é usado com uma moldeira individual. Ela possui a vantagem de ser dimensionalmente estável e apresenta pouca contração de presa. Contudo, como o material é usado com uma moldeira individual, ela pode impor limitações na estabilidade dimensional de toda a moldagem. Embora o material seja atóxico, o eugenol pode causar sensação de queimação na boca e deixar um gosto persistente que pode ser desagradável ao paciente. A pasta tende a aderir à pele, por isso, a pele em torno dos lábios deve ser protegida por vaselina. 
GESSO: Consiste em um pó ao qual é adicionada água para produzir uma pasta macia. O material de moldagem consiste tipicamente em sulfato de cálcio, sulfato de potássio para reduzir a expansão, bórax para reduzir a velocidade de presa, e amido para auxiliar na desintegração da moldagem na separação do gesso para moldagem do gesso-pedra para modelo. 
Propriedades: O gesso para moldagem é de fácil mistura, mas deve-se tomar muito cuidado para evitar o aprisionamento de bolhas de ar, pois elas dão origem a defeitos superficiais. O material possui características de trabalho e de presa bem-controladas, que são governadas pelas quantidades relativas de bórax e sulfato de potássio. O sulfato de potássio age como expansor e acelerador da presa, o bórax é necessário para compensar essa aceleração. O tempode trabalho é na ordem de 2 a 3 minutos, assim como o tempo de presa. O material misturado possui viscosidade muito baixa e, por isso, é mucostático. Ele é hidrofílico e, portanto, adapta-se facilmente aos tecidos moles, registrando seu detalhamento superficial com precisão. O material é rígido após a presa e, portanto, incapaz de registrar áreas retentivas, o que limita a sua aplicação aos pacientes edêntulos. Do ponto de vista do paciente, não é um material desagradável, embora exista a tendência de ele deixar uma sensação de secura na boca por algum tempo após a realização da moldagem.
Gesso para Moldagem (Tipo I): Estes materiais para moldagem são compostos de gesso Paris, ao qual foram adicionados modificadores para regular o tempo de presa e a expansão de presa.
Gesso para Modelo (Tipo II): Usado principalmente para preencher a mufla na construção de uma dentadura, quando a expansão de presa não é crítica e a resistência é adequada.
Gesso-Pedra (Tipo III): Indicado para a construção de modelos, na confecção de próteses totais que se ajustam aos tecidos moles, pois apresentam uma resistência adequada para este propósito e é fácil remover a prótese após sua conclusão.
Gesso-Pedra de Alta Resistência (Tipo IV): Os principais requisitos de um troquel são resistência, dureza e um mínimo de expansão de presa. A dureza deste gesso aumenta mais rapidamente que a resistência à compressão, uma vez que a secagem da superfície é mais rápida. Esta é uma vantagem pois a superfície resiste mais a abrasão enquanto o corpo do troquel é menos sujeito a uma fratura acidental.
Gesso-Pedra, Alta Resistência, Alta Expansão (Tipo V): Tem uma resistência à compressão superior à do gesso tipo IV. Este aumento é conseguido pela diminuição da relação água: pó. A razão para aumento da expansão de presa é que certas ligas novas, com a base de metal, apresentam uma grande contração de solidificação diferente das ligas de metais nobres.
MATERIAIS DE MOLDAGEM ELÁSTICOS:
COLOIDES: O Estado coloidal representa uma fase de partículas finas altamente dentro de uma outra fase, algo entre uma solução e uma suspensão:
Uma solução é uma mistura homogênea composta de apenas uma fase;
Uma suspensão é uma mistura de duas faces distintas.
Um coloide é uma mistura heterogênea de duas fases, em que as duas fases não são facilmente diferenciadas. 
A diferença entre coloide e uma suspensão é que em um coloide a fase dispersa não é prontamente detectável microscopicamente. Exemplos de coloide de uso odontológico são:
Sílica coloidal na resina;
Gotículas de óleo no sistema das turbinas;
Cargas nos materiais de moldagem.
O coloide pode existir na forma de um líquido viscoso, conhecido como sol, ou um sólido, descrito como um gel. Se as partículas estão suspensas em água, então, a suspensão é chamada de hidrocoloide, com o líquido sendo um hidrosol, e o sólido, um hidrogel. No caso do hidrogel, existe uma trama entrelaçada das partículas sólidas com o líquido aprisionado nos interstícios. As partículas sólidas estão na forma de fibrilas ou cadeias de moléculas. 
Os materiais hidrocoloides para moldagem se apresentam de duas formas:
Reversível, por exemplo, ágar;
Irreversível, por exemplo, alginato.
ÁGAR: O agar é um sulfato galactose, que forma um coloide com a água. Ele se liquefaz entre 71°C e 100°C e se torna gel novamente entre 30°C e 50°C. Os grupamentos hidroxilas (OH) formam pontes de hidrogênio, levando à formação de uma estrutura helicoidal. Quando aquecido, essas pontes de hidrogênio são quebradas, a hélice é desenroscada e o gel é transformado num fluido viscoso. Esse processo é, portanto, reversível na maneira mostrada a seguir:
Gel sol gel
 AQUECIMENTO RESFRIAMENTO
Esses materiais são análogos aos termoplásticos e possuem a vantagem de poder ser utilizados repetidamente. 
O ágar é aquecido em banho-maria até se tornar um fluido. Ele é colocado numa moldeira metálica especial pela qual a água circula quando a moldeira é levada à boca do paciente. A água resfria o ágar, que então se solidifica novamente como um gel, adquirindo a forma dos tecidos orais. 
Apresentação e aplicação: O material é fornecido em sachets na forma de tubo para carregar a moldeira ou em seringa para fácil adaptação aos dentes. O conteúdo de ágar no material fornecido em seringas é menor que aquele do material empregado para carregar a moldeira, de forma a se tornar mais fluido e mais fácil de ejetar da seringa para aplicar em volta do dente. Quando imergidos em banho-maria com temperatura controlada, ambos os materiais tornam-se líquidos viscosos depois de aproximadamente 8 a 12 minutos e pode permanecer assim por várias horas. É importante que o material não seja superaquecido, pois isso causará a ruptura do polímero.
Se por qualquer motivo, o material não for usado, ele poderá ser utilizado novamente numa data posterior. O tempo necessário para a nova liquefação do material pode ser maior, de modo que o processo pode demorar em até quatro minutos a mais. Cada vez que o material é aquecido, ele sofre alguma ruptura da estrutura polimérica, o que torna o ágar consideravelmente mais rígido. Portanto, ele não deve ser reaquecido mais que quatro vezes.
Propriedades: Como ele é um líquido altamente fluido quando colocado na boca ele adapta-se rapidamente aos contornos dos tecidos duros e moles por causa da sua natureza hidrofílica; assim esse material fornece uma reprodução muito precisa do detalhamento superficial. Além disso, o material mais próximo da moldeira resfriada se geleifica primeiro, enquanto que o material em contato com os tecidos permanece líquido por mais tempo e pode com pensar quaisquer imperfeições devido à contração ou ao movimento sem intenção da moldeira. O modelo deve ser vazado na moldagem imediatamente, e se isso não for possível, o material de moldagem deve ser mantido em umidade relativa de 100% envolvido em uma toalha molhada. Em qualquer caso, o modelo precisa ser vazado dentro de uma hora, pois o material sofre de dois problemas potenciais:
1. Sinérese. Este é um processo pelo qual a água é forçada para fora da superfície da moldagem na medida em que as moléculas do gel se aproximam umas das outras, com o objetivo principal de aliviar as tensões internas. A água evapora da superfície causando a contração do material de moldagem.
2. Embebição. Refere-se à absorção de água que ocorre se o material se torna seco, possivelmente devido à técnica inadequada de armazenamento. Se isso ocorrer, haverá a distorção da moldagem, por causa do alívio das tensões internas que estão sempre presentes durante o processo.
ALGINATOS: Os alginato são baseados no ácido algínico, que é derivado de uma alga marinha. Algumas das moléculas de hidrogênio dos grupos carboxílicos são substituídas pelo sódio, formando então um sal solúvel. A reação de presa desse material ocorre pela criação de ligações cruzadas entre as cadeias poliméricas do alginato de sódio.
Reação de presa: quando misturada com a agua, ocorre uma reação química que leva à formação de ligações cruzadas entre as cadeias poliméricas do alginato de sódio. 
Reação de presa: Quando misturada com a água, ocorre uma reação química que leva à formação de ligações cruzadas entre as cadeias poliméricas, formando uma estrutura reticulada tridimensional. Como essas reações cruzadas não podem ser quebradas uma vez formadas, isto é um processo irreversível, de modo que o material só pode ser usado uma vez:
Sol gel
 Reação química 
Propriedades: Esses materiais são fornecidos na forma de pó livres de poeira para superar qualquer irritação potencial devido às pequenas partículas de poeira que entram na atmosfera e são inaladas.
O pó deve ser misturado completamente antes do uso, para eliminar a segregação dos componentes que pode ocorrer durante a armazenagem e para incorporar a camada superficial, que em geral é contaminada com umidade da atmosfera. A embalagem deve serfechada logo após a remoção da quantidade desejada. A proporção correta de pó e água é importante, e os fabricantes fornecem uma colher-medida adequada. A mistura é feita mais facilmente numa cuba de borracha com uma espátula semelhante à usada para misturar gesso-pedra. Esse material possui um tempo de trabalho controlado, mas ele varia de um produto para outro. Podem ser alterados os tempos de trabalho e de presa com o uso de água morna, mas é preferível optar por um produto com tempo de trabalho e de presa adequado para as necessidades individuais e usar água em temperatura entre 18°C e 24°C.
A reprodução de detalhes da superfície obtida com estes materiais não é tão boa como aquela alcançada com ágar ou com elastômeros. No entanto, estes materiais são muito populares para trabalhos de próteses totais e parciais. Os alginatos sofrem dos mesmos problemas do ágar, pois são suscetíveis a sinérese e embebição, resultado em baixa estabilidade dimensional. Assim como com o ágar, o modelo deve ser vazado dentro de uma hora e mantido úmido durante tal período, enrolando uma toalha molhada no modelo. Como o ágar, o alginato é altamente viscoelástico, e é necessário o emprego de uma técnica de remoção rápida e instantânea com o objetivo de obter uma resposta elástica. A quantidade de deformação compressiva que o material pode experimentar durante sua remoção das áreas retentivas pode ser tão alta quanto 10%. A deformação permanente em tais circunstâncias pode ser na ordem de 1,5%, que é aceitável para o tipo de aplicações no qual esses materiais são usados. A deformação permanente é um tanto maior que a do ágar de moldagem, que, nas mesmas condições, seria na ordem de 1%. A deformação permanente pode ser minimizada, assegurando-se que não exista nenhuma área retentiva profunda, já que quanto mais profunda a retenção, maior a quantidade de deformação compressiva.
MATERIAIS DE MOLDAGEM ELASTOMÉRICOS: 
Comparado aos hidrocoloides, eles não são bons o suficientes para a realização de moldagens precisas de pacientes dentados. Os alginato são materiais inerentemente fracos e fornecem reprodução deficiente dos detalhes de superfície; o ágar é dimensionalmente instável e adequado somente se os recursos laboratoriais estiverem próximos; e os materiais rígidos de moldagem não podem ser removidos de áreas retentivas mais profundas.
OS MATERIAIS DE MOLDAGEM ELASTOMEROS SÃO ENCONTRADOS EM TRÊS TIPO:
POLIÉTER
POLISSULFETO
SILICONAS
RÍGIDEZ: A rigidez do material de moldagem após a reação de presa pode ser uma consideração importante no que tange à facilidade de remoção de áreas retentivas. Os polissulfetos são os mais flexíveis e a rigidez relativa dos materiais após a presa pode ser classificado seguinte forma quando se comparam materiais de viscosidade similares: PS < SC < SA < PE
No entanto, no caso das siliconas de adição, existem problemas com as massas muito densas, nas quais a remoção pode ser muito difícil caso se permita que esta penetre em amplos espaços interdentais. Novas versões de massa densa com menor rigidez após a presa foram introduzidas e são chamadas de massas densas macias.
DEFORMAÇÃO PERMANENTE: O ideal é que, quando a moldagem é removida de áreas retentivas, a deformação resultante deve ser totalmente e imediatamente recuperada. Todos os materiais de moldagem elastoméricos possuem comportamento viscoelástico, portanto, é importante que sejam removidos da boca por um rápido movimento. Isso assegurará que o material de moldagem seja deformado apenas por um curto período e que uma resposta praticamente elástica seja obtida. Se a moldagem é removida lentamente, o material terá a oportunidade de escoar e nem toda a deformação induzida será liberada. As siliconas são particularmente bons materiais por não apresentar quase nenhuma deformação permanente, enquanto que os polissulfetos possuem um grau relativamente alto de escoamento viscoso. Os materiais de moldagem podem ser ordenados da seguinte forma: PS > PE > SC > SA 
Sendo os polissulfetos mais propensos à deformação permanente, e as siliconas de adição, os menos propensos. 
RESISTÊNCIA AO RASGAMENTO: A resistência ao rasgamento do material de moldagem é também uma propriedade importante, quando uma moldagem de um paciente dentado é realizada. Os polissulfetos possuem a maior resistência ao rasgamento, seguidos de longe pelos poliéteres e finalmente pelas siliconas. No entanto, uma alta resistência ao rasgamento não é necessariamente uma boa propriedade, já que uma altíssima resistência ao rasgamento pode dificultar na remoção da moldagem da boca, quando o material de moldagem escoa nos espaços interdentais. Além disso, uma quantidade considerável de deformação pode ocorrer nos materiais com uma alta resistência ao rasgamento antes do material sofrer o rasgamento, e esta deformação pode não ser totalmente recuperada.
REPRODUÇÃO DOS DETALHES SUPERFICIAIS: Todos os materiais de moldagem elastoméricos, quando empregados em baixa viscosidade, são capazes de reproduzir os detalhes da superfície de maneira muito precisa. A habilidade de reproduzir o detalhamento superficial está diretamente relacionada com a viscosidade do material de moldagem: quanto menor a viscosidade, melhor a reprodução. Na verdade, a reprodução de detalhes é em geral tão boa que os modelos de gesso são incapazes de reproduzi-la. Os fatores que causam imperfeições na reprodução dos detalhes superficiais são geralmente relacionados à técnica deficiente. Por exemplo, deve-se tomar muito cuidado durante a mistura das duas pastas para minimizar a presença de bolhas de ar. Outro problema que pode se manifestar é a ocorrência de áreas onde o material de moldagem não reagiu adequadamente, mantendo um aspecto pegajoso. Isso é geralmente devido à manipulação inadequada, resultando numa mistura não homogênea. Todos os materiais de moldagem elastoméricos são hidrofóbicos, e se a superfície dentária se contaminar com saliva, o material de moldagem é incapaz de cobri-la adequadamente ⎯ isso pode causar perda de cópia dos detalhes superficiais. 
ESTABILIDADE DIMENSIONAL E FIDELIDADE: É importante que o modelo da cavidade oral seja uma réplica tridimensional precisa, pois todo o trabalho laboratorial será baseado nesse modelo. Além do problema da distorção, existe também o perigo da expansão e da contração da moldagem. Com o advento das siliconas de adição e dos poliéteres, os materiais de moldagem estão provavelmente tão precisos quanto necessitam ser. 
CONTRAÇÃO DE PRESA E CONDUÇÃO TÉRMICA: Em geral, a contração de presa dos materiais de moldagem elastoméricos é muito baixa. A formação de ligações cruzadas resulta numa contração consideravelmente menor em geral que a associada à polimerização, já que envolve apenas um processo de ligação das cadeias poliméricas preexistentes umas às outras. O poliéter e as siliconas de adição possuem a menor contração de presa, seguidos dos polissulfetos. As siliconas de condensação possuem o maior grau de contração devido à contração de presa. Portanto, os materiais de moldagem podem ser ordenados da seguinte forma, em relação à contração de presa: PE = SA < PS < SC 
A contração térmica é importante já que a moldagem se resfria da temperatura da boca para a temperatura ambiente. Os poliéteres possuem a maior contração térmica (320 ppm/°C), seguidos pelos polissulfetos (270 ppm/°C) e depois pelas siliconas (200 ppm/°C). Eles podem ser ordenados da seguinte forma: SC = SA < PS < PE 
É claro que tanto a contração de presa como a contração térmica são afetadas pela quantidade de carga presente de forma que quanto maior a quantidade de carga, menor a contração.
ESTABILIDADE DIMENSIONAL: Os polissulfetos tendem a se contrair na armazenagem, especialmente se forem mantidos em ambiente com baixa umidade, já que o subproduto da reação de presa é a água. Assim o modelo será sempre levemente maior que o dente, deixando espaço adequado para o agente cimentante. Os modelos devem ser vazados logo após a realização da moldagem.
Os poliéteressão muito estáveis na armazenagem, a menos que sejam colocados em ambiente altamente úmido, onde absorverão água e sofrerão expansão. Se isso ocorrer, o modelo resultante será menor que o dente original, e a coroa produzida sobre tal modelo não se adaptará sob nenhuma circunstância. Como esse material de moldagem absorve prontamente água dos alginatos, os dois nunca devem ser colocados em contato direto.
As siliconas de adição são muito estáveis após a presa e mostram quase nenhuma alteração dimensional na armazenagem. Portanto, estes materiais são particularmente úteis em situações em que é necessária a duplicação de troquéis de gesso.
TÉCNICA DE MOLDAGEM: O polissulfeto e as siliconas de condensação apresentam uma pequena contração, de modo que o modelo vazado da moldagem é invariavelmente um pouco maior que o dente.
Portanto, a quantidade de espaço criada para o agente cimentante dependerá do tempo que transcorreu entre a tomada da moldagem e a confecção do modelo. Para o poliéter e as siliconas de adição, a contração é tão pequena que existe pouco espaço para o agente cimentante. A alta estabilidade dimensional das siliconas de adição pode causar problemas se for utilizada a técnica de moldagem errada.
A grande variedade de apresentações das siliconas para moldagem fornece a oportunidade de se utilizar várias técnicas de moldagem. A mais popular é a que emprega massa densa/massa de baixa viscosidade (pasta leve), que permitem o uso de uma moldeira de estoque.
• Indicação: 
– Moldagens de unitárias (prótese e dentística) 
– Moldagens de quadrantes 
– Moldagens totais 
• Próteses parciais fixas
• Próteses parciais removíveis 
• Próteses totais (moldagem funcional) 
• Classificação física: (propriedades elásticas): 
Pesada (moldeira); 
Densa (moldeira); 
Média ou regular (moldeira e seringa); 
Leve (moldeira e seringa). 
Viscosidade do material 
 POLISSULFETO (mercaptana) 
Polímero de Polissulfeto + Dióxido de chumbo Borracha de polissulfeto + Óxido de chumbo + Água 
• Manipulação: 
– Moldeira individual com adesivo 
– Placa de vidro ou bloco fornecido pelo fabricante 
– Comprimento de pastas iguais 
– Espátula larga e rígida 
– Espatulação (45 a 60seg.) 
– homogeneização 
– Reação de polimerização exotérmica (não sensível) 
– Verter gesso imediatamente POLISSULFETO (mercaptana) 
Vantagens: 
• Boa reprodução de detalhes (precisão) 
• Resistência a rasgamento 
• Custo 
• Tempo de τ longo 
• Vida útil longa 
Desvantagens: 
• Moldeira individual 
• Sabor e odor 
• Verter Imediatamente 
• Estabilidade dimensional 
• Deformação 
• Mancha a roupa MARCAS COMERCIAIS 
• PERMELASTIC 
• COE-FLEX 
• UNILASTIC 
• Etc. POLIÉTER 
• “Primeiro material desenvolvido com a função específica de material de moldagem odontológico”. Reação de Vulcanização Polímero de Poliéter Borracha + de Sulfonato Poliéter alquílico 
Manipulação:
 – Moldeira individual (casquete) com adesivo 
– Placa de vidro ou bloco fornecido pelo fabricante 
– Comprimento de pastas iguais 
– Espátula larga e rígida 
– Espatulação vigorosa e rápida Tempo de trabalho: 2,0min (Curto) Tempo de presa: 2,5min 
Vantagens: 
• Boa reprodução de detalhes 
• Estabilidade dimensional 
• Vazamento em até 7 dias
Desvantagens: 
• Alto custo 
• Baixo tempo de τ. 
• Remoção difícil (rigidez) 
• Moldeira individual 
• Sabor desagradável 
• Resistência ao rasgamento moderada 
Silicone de Condensação 
• Tipos
– Pesado (consist. pesada): massa/pasta ou líquido 
– Regular (consist. regular): pasta/pasta ou líquido 
• Indicações
 – Moldagens unitárias 
– Moldagens de quadrantes 
– Moldagens totais 
• Dentados 
• Desdentados 
• Parcialmente desdentados 
Manipulação: 
– Moldeira tipo Vernes (Pesado e Leve)
– Placa de vidro ou bloco fornecido pelo fabricante 
– Comprimento de pastas iguais 
– Espátula larga e rígida 
– Espatulação vigorosa e rápida 
– Verter gesso imediatamente 
– Tempo de trabalho: 2,5 a 3,0min 
 Silicone de Condensação 
Vantagens: 
• Alta resistência a deformação 
• Boa reprodução de detalhes 
• Adequada resistência a rasgamento 
• Tempos de trabalho e de presa adequados 
Desvantagens: 
• Estabilidade dimensional 
• Vazamento imediato 
• Custo relativamente alto 
Silicone de Adição 
• Tipos:
– Pesado (consist. pesada): massa/pasta ou pasta 
– Regular (consist. regular): pasta/pasta 
– Leve (consist. leve): pasta/pasta 
• Indicações: 
– Moldagens unitárias 
– Moldagens de quadrantes 
– Moldagens totais 
• Dentados 
• Desdentados 
• Parcialmente desdentados 
• Manipulação 
– Moldeira tipo Vernes (Pesado e Leve) 
– Placa de vidro ou bloco fornecido pelo fabricante 
– Comprimento de pastas iguais ou sistema “auto-mix” 
– Espátula larga e rígida 
– Espatulação vigorosa e rápida (30 a 40 seg.) 
– Verter gesso até 7 dias 
– Para o material pesado: Luvas de vinil 
Vantagens: 
• Alta resistência a deformação 
• Excelente reprodução de detalhes 
• Moderada resistência a rasgamento 
• Tempos de trabalho e de presa adequados 
 Pode ser vertido gesso tardiamente 
• Estável na maioria das soluções desinfetantes 
Desvantagens: 
• Maior dificuldade de remoção do molde da boca (menor flexibilidade) 
• Alto custo 
• Enxofre da luva inibe a polimerização 
• Sulfato de alumínio e enxofre férrico podem inibir a polimerização (soluções hemostáticas) 
• Verter gesso, no mínimo, depois de 1 hora de obtido o molde

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