Prévia do material em texto
Prof. Paulo José Ribeiro Prof. Paulo José Ribeiro 2 – Medidas de produtividade ❖ Produção X produtividade ❖ Projeto e Medida do Trabalho 3 – Planejamento da Capacidade ❖ Decisões Estratégicas da Capacidade 4 - Localização da Empresa ❖ Rede de Operações 5 - Projeto de Processos, Produto e Serviços ❖ Projeto em Gestão da Produção ❖ Projeto de Rede de operações produtivas 6 - Sistemas de Planejamento e Controle da Produção 7 – Layout das instalações ❖ Decisão sobre alternativas de processamento Ementa 1 – Conceitos e evolução da Administração da Produção, processos e Operações ❖ Objetivos da Administração da produção e Operações Provas AV1, AV2 e AV3: 10 pontos. Faltas: reprovarão. Estudo de Caso, Quizzes, Atividades ... Sem pontuação adicional a Prova. Setembro – Outubro – Novembro – à combinar com todos. Importante CHIAVENATO, IDALBERTO. ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO: UMA ABORDAGEM INTRODUTÓRIA. SÃO PAULO: EDITORA ELSEVIER-CAMPUS 2005. HEIZER, J.; RENDER, B.. ADMINISTRAÇÃO DE OPERAÇÕES –BENS E SERVIÇOS. RIO DE JANEIRO: LTC, 2001. KAJEWSKI, LEE J.; MALHORTA, MANOJ; RITZMAN, LARRY P.. ADMINISTRAÇÃO DE PRODUÇÃO E OPERAÇÕES. SÃO PAULO: PRENTICE-HALL, 2009. Bibliografia Leitura obrigatória: MARTINS, P; LAUGENI, F. Administração da produção. São Paulo: Pioneira, 2006. CORRÊA, H.; CORRÊA, C. Administração de Produção e Operações: Manufatura e Serviços: uma abordagem estratégica, São Paulo: Atlas, 2004. SLACK, Nigel et al. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 2002, 2. ed. HEIZER, J.; RENDER, B. Administração de operações – Bens e Serviços. Rio de Janeiro: LTC, 2001. Leitura complementar: CHASE, Richard B.; JACOBS, F. Robert; AQUILANO, Nicholas J. Administração da Produção para a Vantagem Competitiva. São Paulo: McGraw-Hill, 2006. 11ª edição. CORRÊA, Henrique L. et al. Planejamento, programação e controle da produção: MRP II / ERP. São Paulo: Atlas, 1999. MEREDITH, J.R.; SHAFER, S.M. Administração da produção para MBA. Porto Alegre: Bookman, 2002. MOREIRA, Daniel. Administração da produção e operações. São Paulo: Thomson-Pioneira, 2000. STEVENSON, William J. Administração das operações de produção. Rio de Janeiro: LTC, 2001. Revistas/ Periódicos: Revista de Administração – USP (RA-USP) Revista de Administração de Empresas – RAE-FGV Revista da Administração Contemporânea – RAC (ANPAD) Revista de Administração – Mackenzie Revista HSM-Management Revista Tecnologista. Fábrica dedicada viabiliza just- in- time. Fev. 98 Revista Tecnologista. Merge-In-Transit. processo logístico para um novo consumo. Ago. 99. Bancos de Dados: PROQUEST EBSCO A vida é bela O poderoso Chefão O Diário de Anne Frank Skyfall O lobo de Wall Street Filmes A Qualquer Preço Jan Schlittman (John Travolta) é um advogado que, junto com seus sócios, não procura vencer causas mas sim entrar em lucrativos acordos financeiros. Mas tudo muda quando ele concorda em representar oito famílias cujas crianças morreram em virtude de duas empresas terem despejado produtos tóxicos na água que abastece Woburn, Massachusetts. (Moneyball) é um filme norte- americano de 2011 dirigido por Bennett Miller, escrito por Steven Zaillian e Aaron Sorkin, e estrelado por Brad Pitt, Jonah Hill e Philip Seymour Hoffman. O Homem que Mudou o Jogo Encantador Enron: Os mais espertos da sala O documentário de Alex Gibney trata de um dos maiores escândalos econômico-financeiros dos Estados Unidos, quando a Enron, empresa do setor de energia, chegou ao fundo do poço a partir de ações fraudulentas. Sete executivos disputam uma vaga numa empresa em Madri... Chris Cooper Best-seller 2003, da escritora Lauren Weisberger Uma das figuras mais interessantes do século XX, Howard Hughes foi um industrial esperto, um produtor de filmes glamouroso e um empreendedor americano irrefreável – mas, ele via a si mesmo em primeiro lugar, e de maneira mais importante, como um aviador. O Aviador VALORIZANDO A CULTURA ❖ A Revolução Industrial do Século XVIII transformou a face do mundo; ▪ Vários camponeses foram trabalhar nas fábricas - uma nova classe social: o proletariado. ▪ O desenvolvimento industrial arruinou os artesãos, pois os produtos eram confeccionados com mais rapidez nas fábricas. ▪ A valorização da ciência, a liberdade individual e a crença no progresso incentivaram a invenção das máquinas. ❖ Esta Revolução marca o início da produção industrial moderna: ▪ Benjamin Franklin e a eletricidade em 1752; ▪ James Watt inventou a máquina a vapor na Inglaterra em 1765; ▪ Adam Smith (pensador escocês) escreveu em 1776 o livro “A Riqueza das Nações”, nessa obra (que é considerada a obra fundadora da ciência econômica); ▪ Utilização intensiva de máquinas; ▪ Melhoria das condições de trabalho; ▪ Transformações urbanas e rurais. Histórico ❖ A Inglaterra foi o berço desta Revolução ▪ Transformou-se na grande potência econômica do XIX; ▪ No século XIX a Revolução Industrial chegou a França e com o desenvolvimento das ferrovias cresceu ainda mais. ▪ Devido a grande capacidade de produção de produtos manufaturados; ▪ Realizava trocas por alimentos, minerais e matérias-primas em geral em condições extremamente vantajosas. Histórico ❖ Em 1801, Eli Whitney sistema de produção, que posteriormente seria conhecido como “sistema americano de produção”, onde trabalhadores pouco qualificados conseguiriam fazer um produto final com a mesma qualidade que um especialista sozinho, porém com uma velocidade muito maior; ▪ As Técnicas de Administração que se tornaram populares durante a maior parte do século XX, entretanto, nasceram ou se desenvolveram nos EUA; ❖ No início do Século XX o engenheiro Frederick Taylor, introduziu o conceito da aplicação de racionalidade e métodos científicos à administração do trabalho nas fábricas, conhecida como “administração científica”. ▪ Leis científicas governam o quanto um trabalhador pode produzir por dia, é função da administração descobrir e usar estas leis na operação de sistemas produtivos (e o trabalhador de executar as desejos dos administradores sem questioná-los). ❖Os principais mecanismos de Taylor caracterizam-se pela ênfase nas tarefas, objetivando o aumento da eficiência ao nível operacional. ▪ Estudos de Tempos e Plano de Incentivos; ▪ Suas ideias são amplamente aceitas no Japão contemporâneo, e até hoje há um forte legado do taylorismo nas abordagens Japonesas à gestão da manufatura. ❖ A Produção em Massa (que continua sendo a marca registrada dos EUA) em 1913, quando começou a linha de montagem de Henry Ford; ❖ Diz-se que Ford teve a ideia, ao observar o uso que um fabricante de relógios suíço fazia da tecnologia; ▪ Todos os Ford modelo “T”, pintados de preto; ▪ A introdução da linha de montagem em agosto daquele ano, cada chassi era montado por um trabalhador em aproximadamente (12 horas) 720 minutos ou mais, oito meses depois, cada trabalhador realizava uma pequena unidade de trabalho e o chassi sendo movido mecanicamente o tempo médio era de (1 hora e 33 minutos) 93 minutos. Alfred Pritchard Sloan Jr. ❖ Assumiu a Presidência da General Motors em 1923 e permaneceu como seu líder durante quase 30 anos. ▪ Criou Planejamento Centralizado e Controle Descentralizado Instituiu um conjunto de procedimentos padrões para orçamentos, contratação, vendas, etc. Criou divisões descentralizadas encarregadas de produzirem componentes específicos e as transformou em centros de lucros. Esses centros eram administrados pela administração central que recebia, em intervalos regulares de tempo, relatórios detalhados sobre vendas, estoques, lucros, etc. Alfred Sloan também criou conselhos interdivisionaisonde os executivos poderiam compartilhar ideias e encontrar diferentes formas de explorar o negócio. O executivo ainda definiu uma nova estratégia de marketing segmentado para a GM, fazendo a crescer de 12,7% em 1921, para 26,08 em 1930 e 47,5% em 1940. Resumo: deu à empresa uma estrutura com centralização na definição de políticas e descentralização de sua aplicação, por meio de divisões coordenadas com a administração central. ❖ Eli Whitney (fins de 1700) - Intercambiabilidade de Partes ❖ Frederick Winslow Taylor (inicio 1900) - Administração científica ❖ Henry Ford (inicio 1900) - Produção em massa ❖ Alfred P. Sloan, Jr. (1920) - Planejamento Centralizado e Controle Descentralizado Pessoas chaves na História da Gestão de Operações ❖Eiji Toyoda (executivo e membro da família fundadora da Toyota Motors e o segundo chefe de engenharia da empresa), após visita à Ford Motor Co. nos Estados Unidos em 1950, reinventou o processo produtivo da Toyota, denominando Sistema Toyota de Produção. Este revolucionário sistema conquista o mundo na década de 1970 pelos méritos dos resultados obtidos através de uma eficiente, eficaz e efetiva gestão. Insumos Processo Produtivo Máquinas Mão de Obra Matéria Prima Materiais Eficiência Produtos Acabados & Serviços Eficácia Demanda Efetividade Fonte: Fundamenta-se no processo de conversão o qual transforma insumos ou matéria-prima e mão- de-obra, em resultados na forma de produtos acabados e/ou serviços. Administração da Produção/Processos&Operações É o conjunto de atividades que conduzem a transformação de um insumo em um bem e/ou serviço com maior utilidade, dentro de um determinado cenário. Conjunto de ações de planejamento, gerenciamento e controle de atividades operacionais necessárias para se obter um produto e/ou serviço. PRODUÇÃO EM MASSA Caracteriza-se por grandes volumes de produtos extremamente padronizados, isto é, baixíssima variação nos tipos de produtos finais. Produtividade e novas técnicas definiu ENGENHARIA /ADMINISTRAÇÃO INDUSTRIAL Esses conceitos predominaram até meados da década de 1960. Engenharia Industrial Linha de montagem; Posto de trabalho; Estoques de segurança; Monotonia do trabalho; Arranjo físico ou layout; Balanceamento de linha; Produtos em processo; Motivação; Sindicatos; Manutenção preventiva; Controle estatístico da qualidade; e Fluxograma de processos. PRODUÇÃO ENXUTA Introduzida a partir de meados de 1960, com o surgimento de novas técnicas produtivas, como o JIT(Just In Time), Engenharia simultânea, Tecnologia de grupo, Consórcio modular, células de produção, desdobramento da função qualidade, comakership, sistemas flexíveis de manufatura, manufatura integrada por computador e benchmarking. ❖ JIT (Just In Time); ❖ Engenharia Simultânea; ❖ Tecnologia de Grupo; ❖ Consórcio Modular; ❖ Células de Produção; ❖ Desdobramento da Função Qualidade; ❖ Comakership; ❖ Sistemas Flexíveis de Manufatura; ❖ Manufatura Integrada por Computador; e ❖ Benchmarking. PRODUÇÃO ENXUTA o Just-In-time É o gerenciamento da produção usando o mínimo de matéria prima possível. Requer um rígido controle de abastecimento. Exemplos do Japão (fábrica de derivados de petróleo). o Engenharia simultânea Envolve a participação de todas as áreas funcionais da empresa no desenvolvimento do projeto do produto. Clientes e fornecedores são também envolvidos com objetivos de reduzir prazos, custos e problemas de fabricação e comercialização; o Engenharia Reversa* Trata-se do estudo de um objeto, seja um processador, um monitor, um programa ou até mesmo um simples relógio, desmontando-o e analisando suas peças, seus componentes, seus comandos e seu comportamento (no caso de programas). Objetivo: descobrir como ele foi fabricado, como ele pode ser melhorado e que outras funções ele poderia realizar. o Tecnologia de grupo É uma metodologia da engenharia e manufatura que identifica as similaridades físicas dos componentes – com roteiros de fabricação semelhantes – agrupando-os em processos produtivos comuns; Exemplo: Quatro famílias de peças são processadas nas máquinas A, B, C e D. Uma análise de cada família permitirá uma melhoria no processo. Como apresentado na figura ao lado, após analisadas as famílias, temos uma outra visão do processo, muito mais organizado e estruturado, com roteiros especificados. o Consórcio modular A primeira fábrica no mundo a adotar esse tipo de conceito foi a Volkswagen, na divisão de caminhões e ônibus, de Resende, no Rio de Janeiro. Diversos parceiros trabalham juntos dentro da planta da VW, nos seus respectivos módulos, para a montagem de veículos. a configuração onde alguns fornecedores, escolhidos pela empresa, estabelecem suas instalações nas adjacências de sua planta e passam a fornecer componentes ou subconjuntos completos. Assim, uma característica fundamental do condomínio industrial é a presença da empresa como diretora de todo o projeto. Isso significa que é ela quem decide que produtos serão fornecidos através do condomínio, que empresas devem fornecer esses produtos, onde elas se localizarão no condomínio e como deverão ser realizadas as entregas, além, é claro, da freqüência da entrega e das especificações técnicas do produto e seu preço. IMPORTANTE: Do ponto de vista da análise da cadeia automotiva, a montadora é cada vez mais explicitamente a orientadora das estratégias de todas as empresas a montante, e, consequentemente, são as estratégias da montadora que definem a configuração do tecido industrial da região onde ela se instala. o Condomínio industrial o Condomínio industrial de Xerém o Células de produção São pequenas unidades de manufatura e/ou serviços com mecanismos de transporte e estoques intermediários entre elas. São dispostas em “U” com o objetivo de haver maior produção. Exige que o funcionário seja polivalente. Visa também obter um melhor controle de qualidade pois o defeito é, muitas vezes, detectado na própria estação. o Desdobramento da função qualidade (QFD) ( Quality Function Deployment-QFD): como o próprio nome sugere, a qualidade é desdobrada em funções que primam por procedimentos objetivos em cada estágio do ciclo de desenvolvimento do produto, desde a pesquisa até a sua venda o Comakership O termo pode ser traduzido como “Co-fabricação” , pois o fornecedor participa ativamente, envolvendo-se com as várias fases do projeto, como seu planejamento, custos e qualidade, pois possui a garantia de contratos de fornecimento de longo prazo. O COMAKERSHIP representa o mais alto nível de relacionamento entre cliente e fornecedor o Sistemas flexíveis de manufatura São máquinas de controle numérico interligadas por um sistema central de controle e por um sistema automático de transporte; o Manufatura integrada por computador Integração total da operação manufatureira por meio de sistemas de computadores Computer Integrated Manufacturing - CIM Automated Guided Vehicles (AGV`s) o Benchmarking São as comparações das operações realizadas em uma unidade produtiva com os indicadores apresentados por empresas líderes em seus segmentos. MANUFATURA X SERVIÇOS ❖ ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO o Até 1950, a indústria de transformação era a que se destacava no cenário político e econômico mundial. As chaminés das fábricas eram símbolos de poder, pois empregavam um grande número de pessoas e eram responsáveis por 90 % do Produto Interno Bruto dos países industrializados. o Os manuais acadêmicos sobre produção referiam-se ao chão de fábrica ( termo usadopara designar os trabalhadores ou os processos relativos à fase de produção propriamente dita) e abordavam temas relativos à fabricação de bens tangíveis: arranjo físico, processos de fabricação, planejamento e controle da produção, controle de qualidade, manutenção das instalações fabris, manuseio e armazenamento de materiais. Gerir todos esses elementos era denominado Administração da Produção. MANUFATURA X SERVIÇOS ❖ ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO/OPERAÇÕES o O setor de serviços hoje emprega mais pessoas que qualquer outro e é responsável pela maior parcela do PIB dos maiores países do mundo. Dessa forma, todas as técnicas utilizadas na Administração Industrial tradicional foram transportadas para a administração de serviços. Houve uma ampliação do conceito de produção, que passou a incorporar os serviços. Hoje o termo Operações é considerado amplo e compõe o conjunto de todas as atividades da empresa relacionadas com a produção de bens e/ou serviços. No Brasil os autores abordam esse conjunto de técnicas como ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES MANUFATURA X SERVIÇOS ❖ FLUXO DE MATERIAIS, SERVIÇOS E CAPITAIS o As empresas mundiais necessitam cada vez mais de esquemas de distribuição rápidos e eficazes. A logística empresarial, parte integrante da ADM de Operações constitui um conjunto de técnicas de distribuição e transporte de produtos. Exemplos: carros mundiais, que são idênticos e produzidos em países diferentes. FLUXO DE SERVIÇOS = o volume tende a ser ainda maior que o de materiais, devido à melhoria dos meios de comunicação. FLUXO DE CAPITAIS = os fluxos de dinheiro, como uma “nuvem”, vagam sobre o mundo, à procura de locais onde possam “descer” e obter o máximo de rendimento possível. Características Indústria de bens Indústria de serviços Produto Físico Intangibilidade Estoques Comum Perecibilidade Mão-de-obra (influência) Média / Pequena Inseparabilidade Padronização Comum Variabilidade Consumo Avalição e compra - separados Avaliação e compra – simultânea OBJETIVO DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO/OPERAÇÕES ❖ OBJETIVO o Desenvolver a gestão eficaz, eficiente e efetiva das atividades. As atividades desenvolvidas por uma empresa visam transformar insumos (mão-de-obra e matéria-prima) em produto acabados e/ou serviços, consomem recursos que nem sempre agregam valor ao produto final. o A função produção - É o conjunto de atividades que levam à transformação de recursos - bem e/ou serviço em um outro com maior utilidade. A execução de uma ação, as atividades desenvolvidas pelas empresas sejam elas de produção – produto e/ou serviço. Produção O resultado obtido por uma determinada produção comparado com critérios, tendo como exemplo a quantidade de produtos ou serviços em um mês Produtividade RESPONSABILIDADES DOS GERENTES DE PRODUÇÃO ❖ Indiretas – Informar as restrições da capacidade instalada de produção. – Discutir a otimização dos planos de produção e da empresa. – Buscar sugestões de melhoria em outra funções da empresa. ❖ Diretas – Entender os objetivos estratégicos da produção. – Desenvolver uma estratégia de produção para a organização. – Desenhar produtos, serviços e processos de produção. – Planejar e controlar a produção. – Melhorar o desempenho da produção. Voltando um pouco – exatamente 250 anos – as melhorias de James Watt para a máquina a vapor de Newcomen no século 18 rapidamente iniciaram a primeira revolução industrial. Watt não inventou a máquina a vapor, mas numerosas inovações que aumentaram a produtividade da indústria têxtil em três ordens de magnitude. As fabricas mecanizadas haviam chegado. A segunda revolução industrial veio com a introdução da linha de montagem por Henry Ford em 1913, a qual resultou num grande aumento na produção do modelo T – perto de 15 milhões de unidades até a época em que o modelo deixou de ser feito em 1927. Logo, outras indústrias da manufatura estavam usando as linhas de montagem para aumentar a eficiência e produtividade assim como cortar custos. Os dias da produção em massa haviam chegado. A Terceira Revolução Industrial resultou na introdução do computador no chão de fábrica nos anos 70, resultando no crescimento da montagem automatizada. Para o trabalho mecânico, os computadores gradualmente substituíram os humanos, outro ponto de inflexão maior na produtividade, hoje, espelhando praticamente qualquer função que pode ser automatizada, fábricas altamente automatizadas fazem os produtos eletrônicos complexos que usamos a um preço que podemos pagar. A visão da Indústria 4,0 é para os sistemas “de Produção Ciber- Físicos” nos quais, sensores espertos dizem para as máquinas como elas devem ser processadas; os processos devem governar a si mesmos num sistema modular descentralizado. Sistemas embutidos espertos começam a trabalhar juntos comunicando-se sem fio, tanto diretamente como via uma ”nuvem” na Internet – A Internet das Coisas (Thing Internet ou IoT) – para uma vez revolucionar a produção. Os sistemas centralizados rígidos de controle das fábricas cedem agora seu lugar para inteligência descentralizada, com a comunicação máquina com máquina (M2M) no chão de fábrica. Esta é a visão da indústria 4,0 da Quarta Revolução Industrial. Entende-se como trabalho o conjunto específico de tarefas de cada empregado. Qualquer organização tem, portanto, um conjunto de trabalhos, espalhados de acordo com certos critérios pelas várias unidades funcionais. O projeto do trabalho diz respeito exatamente à especificação dos conteúdos e dos métodos associados a cada um desses trabalhos. O objetivo do projeto do trabalho é criar um ambiente produtivo e eficiente, e, onde cada um saiba o que fazer e como fazê-lo. Projeto do trabalho: 1) quais os requisitos do projeto do trabalho em relação à satisfação, conforto e bem-estar dos funcionários; 2) como sistematizar a busca por métodos de trabalho, isto é, quais são as técnicas disponíveis tanto para documentar um método atual como para propor outros métodos alternativos; como efetuar a medida do trabalho, ou seja, os registros do tempo necessário para fazer o trabalho, de maneira que possas ser estabelecidos padrões de tempo (no final das contas, de eficácia) contra os quais comparar o desempenho dos empregados Ao longo do século passado, pode-se dizer que o projeto do trabalho recebeu grande influência de duas grandes diferentes correntes de pensamento, baseadas em duas concepções do homem em si e quase que radicalmente opostas: ➢ a corrente mecanicista ou objetiva, inspirada nos trabalhos de Frederick W. Taylor: o movimento da racionalização do trabalho, através de uma adequação perfeita entre o homem e a máquina; ➢ a corrente comportamental ou humanista: o movimento de relações humanas a partir do foco no próprio indivíduo, suas necessidades físicas e psicológicas, seu bem-estar e sua satisfação com o trabalho que faz. Trabalhos que são muito especializados, consistindo de algumas poucas atividades e altamente repetitivos, tendem a gerar insatisfação, absenteísmo e, às vezes, baixa produtividade, embora sejam projetados principalmente para aumentar a eficácia do trabalhador. Para motivar o funcionário, apela-se para aumentos salariais e prêmios por produção e aumento de produtividade. Esta opção não pode ser usada indefinidamente. Outras técnicas motivacionais: a) técnicas que aumentam a variedade do trabalho: ampliação do trabalho (dar ao trabalhador uma porção maior da tarefa total); rotação do trabalho (trabalhadores trocam periodicamente de funções entre si) e enriquecimento do trabalho (aumenta o nível de envolvimento do trabalhador no planejamento e coordenaçãodo trabalho); a) técnicas que atuam sobre a duração do trabalho: a técnica do tempo flexível (dá ao trabalhador a oportunidade de programar suas próprias horas de trabalho. Estudos indicam três elementos psicológicos da motivação: 1. o trabalho deve ser sentido pelo trabalhador como útil, atraente e com sentido; 2. o trabalhador deve assumir responsabilidades pelos resultados; 3. o trabalhador deve ser informado sobre esses resultados. A existência de dois sistemas nas organizações (um social e outro técnico) abre uma nova discussão. O sistema técnico refere-se ao aparato físico (máquinas, equipamentos e conhecimento tecnológicos envolvidos nos processos da produção), enquanto que o sistema social incorpora as organizações formal e informal dos grupos de trabalho O sistema sócio técnico, fusão dos dois sistemas, diz respeito a um projeto de trabalho que procure equilibrar as qualidades sociais e humanas dos trabalhadores com as pressões e necessidades tecnológicas do ambiente. Isso leva a uma relativa necessidade de liberdade para que os trabalhadores possam opinar sobre a forma de fazer o trabalho e também para que se auto organizem. Nem todas as empresas estão preparadas para conceder esta liberdade, assim como nem todos os trabalhadores estão preparados para tê-la. Há, ainda, o receio dos gerentes em compartilhar de sua autoridade com os empregados. MEDIDA DO TRABALHO Medir o trabalho: determinar o intervalo de tempo que uma operação leva para ser completada. Para cada operação pode-se definir um tempo padrão, obtido após uma série de considerações, tanto sobre o operador como sobre o método de trabalho seguido. A determinação do tempo padrão para se realizar uma tarefa possui duas grandes utilidades: a) serve para estudos posteriores que visem determinar o custo industrial associado a um dado produto; b) serve para avaliar, pela redução ou não do tempo padrão, se houve melhoria no método de trabalho, quando se faz um estudo de métodos. MEDIDA DO TRABALHO Determinação do tempo padrão de uma operação: 1. estudo de tempos com cronômetros; 2. tempos históricos; 3. dados padrão pré-determinados; 4. amostragem do trabalho. Cada uma dessas formas possui suas vantagens e desvantagens, adaptando-se melhor ou pior às situações práticas. Fonte: Moreira, Daniel A. Administração da produção e operações. São Paulo: Pioneira, 1996 Sistemas de Planejamento e Controle da Produção Planejamento é a busca à respostas, de perguntas simples, cujo propósito é atingir um objetivo definido. Perguntas: O que fazer? Quando fazer? Como fazer? Com que recursos? Com que velocidade? Com que qualidade? Com que controle? As respostas aos questionamentos são a base para execução do planejamento e das atividades relacionadas a produtos e/ou serviços. Na fase de execução ou operacional se faz necessário do Planejamento um Plano - visão mais detalhada, ao incorporar informações que possibilitem uma melhor execução e atenda todos os questionamentos e perguntas anteriores de forma eficiente, eficaz e efetiva. O PCP – Planejamento e Controle da Produção, tem como apoio em sua estrutura central um Sistema de Informações, cujo papel principal é centralizar os diversos setores e sistemas para que o gerenciamento possa ser realizado de forma a atender a demanda e as necessidades de produção, até a última etapa que é a entrega final. O PCP – Planejamento e Controle da Produção e as várias ferramentas, auxiliarão nesta fase, a principal sem dúvida o - Controle, que irá atuar continuamente para que a execução seja realizada dentro do planejado. O PCP adiciona a tarefa de retroalimentar o sistema inclusive quando da necessidade de atender a demandas futuras, é ferramenta fundamental, as informações estratégicas da produção estão contidas. A realidade de todo processo de produção é que todo o planejamento acaba sendo constantemente atualizado, pois temos sempre realidades diferentes a todo o momento que nos obriga ao replanejamento. Nas ações do dia a dia ou comumente chamado de chão de fábrica, são constantes estes ajustes, pois temos ali concentrado todas as alterações externas e internas, das quais temos que rapidamente solucionar e superar, tais como: Equipamento em manutenção; Equipamento danificado; Alteração na mão-de-obra; na demanda; na capacidade etc. Planejamento Agregado (conhecido como Programação Agregada) - muito empregado em períodos de planejamento de 3 a 15 meses, utilizado para balanceamento da produção e atender as variáveis na Capacidade e na Demanda. Três opções de influenciar a Demanda, sendo: • Influenciar a demanda, com atrativos (preços variáveis, promoções, propagandas e/ ou publicidade); • Pedido não atendido de imediato (atrasos propositais, mesmo correndo o risco de perda do cliente); • Mix de produtos (aumentar as opções de produtos); São normalmente realizadas simulações e construção de cenários, à melhor opção: no cálculo de estoque; de capacidade; de recursos e de custos. Após as simulações a possibilidade de escolha da melhor opção. Em cinco opções na Capacidade, sendo: •Mudança nos níveis de estoque; •Variação nas horas trabalhadas (hora extra); •Variação nos colaboradores (contratação e demissão); •Trabalho temporário (trabalho em tempo parcial); •Subcontratação; Exemplo: Uma empresa de produção de postes de concreto possui sua capacidade de produção diária de 100 postes e tem uma demanda semestral conforme o quadro a seguir: Numa rápida análise chegamos a conclusão que teremos nos meses de Janeiro, Fevereiro e Março uma demanda menor que sua capacidade e nos meses de Abril, Maio e Junho uma demanda maior que sua capacidade. Temos, portanto que tomar decisões de como atender e solucionar esta realidade. Se calcularmos a demanda em função da capacidade de produção teremos a seguinte realidade: Mas para atingirmos estes números de produção temos que optar o que fazer, dentro das oitos opções que temos para trabalharmos, ou teremos que fazer hora extra, ou subcontratar, ou não entregar alguns pedidos. Se a decisão tomada for a de atender, temos que estar atentos, pois teremos também reflexos no estoque, isto implica em tamanho de estoque, seguro, etc... veja como ficaria a posição do estoque em relação ao inicial. Um nível mais complexo e detalhado deste modelo de Planejamento Agregado nos levará ao seguinte modelo. Programa Mestre de Produção (Planejamento Mestre de Produção) muito empregado em períodos de planejamento de 6 a 12 meses. Deve estar alinhado com o que chamamos de plano de produção onde estará incluso todas as variáveis possíveis para a produção. Para se produzir qualquer item temos que tornar esta tarefa viável e para atingirmos este objetivo os planos devem ser o mais precisos possível. O PMP nos fornece o que é necessário para se cumprir os prazos e atendermos a demanda. Exemplo: Um fabricante de escadas de alumínio apresenta para a produção, conforme a previsão de demanda, seu Planejamento Agregado, transformado em plano Mestre de Produção. IMPORTANTE: Nestas duas interfaces não se define em detalhes como será a fabricação, eles possuem uma visão mais ampla e totalizadora. Para que de fato a produção seja executada realmente termos outras interfaces que serão estudadas a seguir.