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Marcelo Pavan Paiva Agradecimento especial: Dr. Fábio Freire José Queixas principais: dor, edema, instabilidade, ruídos, entesite Dor: mecânica ou inflamatória Mecânica: o doente evita o movimento. Tem melhora com o repouso, pode ter piora pela manhã, pode ter rigidez matinal fugaz Inflamatória: o doente evita o repouso. Geralmen- te é pior de manhã, com rigidez prolongada, mais facilidade de ter edema e calor local Nas queixas articulares definir : Início e duração Número de articulações afetadas Simetria e localização Como em todas as áreas da propedêutica... Inspeção Estática Dinâmica Palpação Manobras Percussão? Ausculta? - coluna Inspeção estática: postura, desvios, edema, atrofia, deformidades, desalinhamento. Inspeção dinâmica: marcha, déficits, restrições. Palpação: pontos dolorosos, edema, calor, nódulos. Inspeção estática: postura, desvios, edema, atrofia, deformidades, desalinhamento. Inspeção dinâmica: marcha, déficits, restrições. Palpação: pontos dolorosos, edema, calor, nódulos. Exame articular: Comparar articulações homólogas. A articulação é sempre mais fria que o restante do membro. Importante: Amplitude de movimento Exame articular: Comparar articulações homólogas. A articulação é sempre mais fria que o restante do membro. Importante: Amplitude de movimento Principais articulações: GALS (gait, arms, legs, spine). Anormalidades nesse rastreamento necessitam exame mais aprofundado da região. Marcha: simetria, leveza, amplitude dos passos, movimento normal, facilidade de girar. Inspeção posterior: simetria dos musculos, alinhamento de coluna, ombros, pregas glúteas, cristas ilíacas, deformidade do retropé. Inspeção lateral: lordose e cifose normais, recurvato do joelho. “toque seus pés”: testa a flexão da coluna (e quadril). Inspeção pela frente: Braços: colocar as mãos na nuca com cotovelos abertos, esticar os braços ao lado do corpo, esticar os braços à frente, antebraço pronado, fazer a supinação. Fechar as mãos, colocar a ponta dos dedos na ponta do polegar. Inspeção pela frente: Pernas: observar músculo quadríceps, edema dos joelhos, desalinhamento, deformidades do antepé e mediopé, arcos, calos. Coluna: “coloque sua orelha no seu ombro”. Pode-se também testar a mobilidade lateral e posterior. Inspeção estática: Deformidades principais: desvio ulnar dos dedos, radial do carpo, dedo em pescoço de cisne, em botoeira, punho em dorso de camelo (Artrite Reumatoide) Dedos em telescópio (Artrite Psoriásica) Contratura de Dupuytren Dedo em martelo Nódulos Heberden e Bouchard Inspeção estática: Edema Dactilite - dedo em salsicha (espondiloartropatias) Edema do dorso da mão– sinovite ou tenossinovite? Inspeção estática: Déficits neurológicos: Mão caída (nervo radial) Mão em garra (nervo ulnar) Mão de macaco (nervo mediano) Inspeção dinâmica: Extensores – nervo radial Flexores – mediano (exceto flexor ulnar do carpo e porção ulnar do flexor profundo dos dedos) Palpação: Busca de sinovites Outros pontos de interesse Tabaqueira anatômica Eminência tenar Eminência hipotenar Manobras: Teste de Allen (compressão das duas artérias e liberação de uma só) Teste de Finkelstein (punho cerrado, faz=se o desvio ulnar do punho) Testes para sd. do túnel do carpo (Tinel e Phalen) Inspeção estática: cúbito valgo ou varo, edemas na região do olécrano (bursite olecraniana) ou do epicôndilo lateral (artrite séptica, reumatoide, epicondilite lateral) Inspeção dinâmica: flexo do cotovelo, rigidez da articulação radio ulnar proximal Palpação: Lateral: epicôndilo, origem da musculatura extensora, cabeça do rádio. Sinóvia: recesso entre o olécrano e o epicôndilo lateral. Posterior: bursa olecraniana. Medial: epicôndilo medial, origem da musculatura flexora, nervo ulnar. Anterior: tendão do bíceps, pulso braquial. Manobras: Instabilidade em varo e valgo Cozen (extensão resistida do punho com cotovelo em 90° e antebraço em pronação) e Mill – tennis elbow Teste de epicondilite medial Três articulações: glenoumeral, acromioclavicular esternoclavicular. Inspeção estática: escápula alada, (lesão do n. torácico longo, m. serrátil anterior), luxações, retração da cabeça longa do bíceps. Inspeção dinâmica: ritmo escapulotorácico, elevação no plano da escápula Palpação :corredeira bicipital; articulação acromioclavicular. Manobras: Sd. do impacto: Neer (elevação passiva do braço no plano da escápula), Hawkins (rotação interna passiva com braço abduzido 90°), Yocum (mão sobre o ombro oposto, elevação passiva do cotovelo) Tendões: Supraespinhal (Jobe) Subescapular ( Gerber) Infraespinhal e redondo menor (rotação externa com cotovelo 90°; teste de Patte, da cancela, da queda do braço) Bíceps (Speed) Manobras: Instabilidade: Teste de recolocação Gaveta anterior e posterior Sd. do desfiladeiro torácico Adson (hiperextensão, rotação externa, cabeça rodada ipsilateralmente e manobra de Valsalva, enquanto o examinador palpa o pulso) Roos (braços 90°abdução, cotovelos em 90° de flexão, abrir e fechar as mãos por 2 a 3 min.) Frouxidão ligamentar: Teste do sulco Na inspeção deve ser dada ênfase a presença de desalinhamentos de membros inferiores. Palpação: espinha ilíaca anterossuperior, ligamento inguinal, artéria femoral, trocânter maior, cristas ilíacas, articulação sacroilíaca, bursa subtrocantérica. Manobras. Contraturas musculares: Thomas (decúbito dorsal, abraçando uma das pernas, checa-se a capacidade de extensão da outra) Teste de Ober (retração iliotibial) Flexo-adução Síndrome do m. piriforme (ciatalgia) Teste de Ely (decúbito ventral, flexiona-se passivamente o joelho do paciente. Flexão do quadril elevando a pelve demonstra tração sobre o reto femoral) Manobras. Manobras especiais: Patrick (FABER – quadril ipsilateral ou sacroilíaca contralateral) Trendelenburg (flexão do joelho em ortostase, queda do quadril ipsilateral – músculo glúteo médio contralateral) O joelho é a maior articulação do corpo.É sujeito a grande sobrecarga mecânica. Seus contornos óssesos são proeminentes e é facilmente acessível a procedimentos diagnósticos. Inspeção: alinhamento articular. Valgismo, varismo, flexo e recurvato. Notar aumento das bursas que compoem o joelho. Palpação: espessamento sinovial, derrame articular (sinal da tecla). Crepitação. Cisto de Baker. Mobilização da patela. Pontos de interesse: inserção da pata de ganso, face poplítea (cisto de Baker), pólos da patela, interlinhas articulares, bursa suprapatelar. O joelho tem três movimentos básicos Flexão (110 ) Extensão (30) Rotação interna e externa (45) Manobras Instabilidade: Estresse lateral Estresse medial Meniscos Mc Murray, Appley, (rotação interna e externa da perna em diferentes posições, com compressão da perna contra a coxa). Marcha de pato (corno posterior do menisco medial) Manobras Ligamentos Lachman (joelho em 30°, anteriorização e posteriorização da perna) Testeda gaveta anterior (joelho em 80-90°, quadril 45°, examinador fixa o pé e anterioriza a perna) Teste da gaveta posterior Pivot-shift (joelho estendido faz-se a rotação interna da perna, pressionando a coxa para dentro. Inicia-se a flexão do joelho, e o estalido em 30 a 50° indica lesão do LCA) Na inspeção atentar para desvios da curvatura normal e contratura da musculatura paravertebral. Hipercifose torácica com perda da lordose lombar é muito sugestivo de microfraturas por osteoporose Inspeção dinâmica: giba dorsal, modo de retorno à posição inicial, desencadeamento/acentuação de dor irradiada. Combinar os movimentos. Na palpação averiguar os processos espinhosos, nervo ciático em todo o seu trajeto, musculatura paravertebral A percussão dos processos espinhosos é de valia para diagnóstico de fraturas vertebrais. Realização do teste de Schober, rotação cervical, elevação da cabeça, lateralização da cabeça. O exame neurológico é de grande valia. Estas possuem pequena amplitude de movimento e são testadas por testes indiretos pouco sensíveis e específicos. “Quem não sabe o que procura não reconhece o que acha.” --Claude Bernard
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