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Unidade II
Unidade II
5 FOLHA DE PAGAMENTO
Trata-se de uma relação nominal dos funcionários de uma empresa, na qual estão registrados os 
valores referentes à remuneração de cada um em um determinado período de trabalho, compreendendo 
vencimentos, salários, comissões, gratificações, deduções, abatimentos, descontos previdenciários e 
sociais, valores brutos e valores líquidos dos recebimentos.
O cálculo da folha de pagamento traduz-se na aplicação de conceitos que constarão aqui e também 
daqueles estudados nas disciplinas Direito Social e Direito Trabalhista.
A fim de restringir o estudo da folha de pagamento, consideraremos apenas os cálculos de empregados 
mensalistas.
A título de revisão, vejamos a seguir algumas definições:
 Observação
A folha de pagamento é certamente um dos trabalhos que mais 
despertam atenção, seja porque lida diretamente com os trabalhadores, 
seja pelos valores normalmente elevados que movimenta. 
Por conta da legislação e da responsabilidade trabalhista, a folha de 
pagamento é personalizada para cada empresa e para cada funcionário, o 
que exige sofisticados sistemas de TI e supervisão constante de contadores. 
Há bancos que disputam acirradamente o privilégio de cuidar da folha de 
pagamentos de um cliente! 
5.1 Salário
É a contraprestação devida ao trabalhador pela prestação de seus serviços ao empregador, em 
decorrência do contrato de trabalho existente entre as partes.
5.2 Remuneração
É a soma do salário contratual devido com outras vantagens e/ou adicionais percebidos pelo 
trabalhador, seja em dinheiro ou em utilidades, em decorrência do exercício de suas atividades.
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CONTABILIDADE FINANCEIRA
Integram a remuneração Não integram a remuneração
• Gorjetas
• Comissões
• Gratificações
• Prêmios
• Adicional de insalubridade
• Adicional de periculosidade
• Adicional noturno
• Ajuda de custo, quando exceder 50% 
do salário do empregado
• Diárias de viagem, quando excederem 
50% do salário do empregado
• Salário-utilidade, desde que habitual
• Gratificações pagas sem 
habitualidade
• Prêmios pagos sem habitualidade
• Indenizações
• Complementação de aposentadoria
• Direitos autorais
• Participação nos lucros
• Prestações, in natura, quando 
eventuais, onerosas, destinadas à 
execução do trabalho. Ex.: refeição 
ou vale fornecido dentro do PAT e 
vale transporte.
5.3 Horas extras e jornada de trabalho
Jornada de trabalho é o período no qual o empregado fica à disposição do empregador. Esse 
período é normalmente ajustado entre os contratantes. A jornada pode ser reduzida para algumas 
categorias, mas a jornada máxima estipulada pela Constituição Federal é de 8 horas diárias e 44 horas 
semanais (art. 7º, XIII, da CF).
O legislador, contudo, não fixa a carga horária mensal, somente limita a diária (8 horas) e a semanal 
(44 horas). Assim, a partir dessas limitações, a carga horária mensal é determinada da seguinte forma:
44 horas semanais ÷ 6 dias = 7,3333333333 (que equivale a 7 horas e 20 minutos no relógio).
7,333333333 x 30 (dias do mês) = 219,99999999 = 220 horas mensais.
Para os empregados mensalistas, sempre serão considerados 30 dias para cálculo de dias de trabalho 
por mês (art. 64, parágrafo único da CLT), mesmo que o mês tenha número superior ou inferior a 30.
Aquilo que excede a jornada normal é considerado hora extraordinária. A Constituição Federal 
determinou em seu art. 7º, XVI, que as horas excedentes devem ser remuneradas por valor que 
seja, no mínimo, 50% superior ao da hora normal. Porém, de acordo com a categoria profissional, o 
percentual a ser aplicado para as horas extras pode variar, mas nunca será inferior a 50%.
Exemplo:
Salário hora normal = R$4,00 x 50% = R$2,00
 R$4,00 + R$2,00 = R$6,00
Hora extra = R$6,00
3 A dízima 0,333333 é a equivalência em hora de 20 minutos, ou seja, são os décimos da hora normal, obtidos pela 
regra de três: 0,333333333 x 60 minutos = 19,9999999 que, arredondando, fica 20 minutos.
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Unidade II
A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de duas horas, mediante acordo escrito entre 
empregado e empregador, ou mediante acordo coletivo ou convenção coletiva de trabalho, devendo 
obrigatoriamente o empregador pagar, pelo menos, mais 50% sobre a hora normal.
Exemplo:
Marcela, encarregada do setor financeiro, recebe salário mensal de $ 2.500,00. Durante o mês de 
janeiro de 20X8, fez 5 horas extras. O cálculo das horas extras efetuadas é feito da seguinte forma:
Salário mensal:
R$ 2.500,00 ÷ 220 horas = 12,00 x 50% = 6,00
 12,00 + 6,00 = 18,00
Hora extra = R$ 18,00 x 5 horas = R$ 90,00
De acordo com a Lei nº 605/49, art. 7º, alínea “b”, com redação dada pela Lei nº 7.415, de 9 de 
dezembro de 1985 (DOU de 10-12-85), computam-se no cálculo do repouso semanal remunerado as 
horas extraordinárias habitualmente prestadas.
Somam-se as horas extras prestadas e divide-se o resultado pelo número de dias trabalhados.
Sobre o valor de R$ 90,00 a receber de horas extras prestadas no mês de janeiro de 20X8, Marcela 
receberá também o reflexo do DSR sobre essas horas extras:
Hora extra = R$ 90,00
DSR = R$ 16,00 (R$ 90,00 ÷ 26 dias úteis x 4 domingos)
Total a receber = R$ 106,00
5.4 Adicional de insalubridade
O trabalho realizado em atividade que atente contra a saúde humana, acima dos limites toleráveis, 
é remunerado com adicional de 40%, 20% ou 10%, calculados sobre o salário mínimo, conforme a 
insalubridade seja classificada em grau máximo, médio ou mínimo.
Os limites de tolerância da atividade agressiva são estabelecidos por relação do Ministério do 
Trabalho. A classificação do grau de insalubridade é feita por perícia técnica.
5.5 Adicional de periculosidade
São perigosas as atividades que implicam “contato permanente com inflamáveis ou explosivos em 
condições de risco acentuado” (art. 193 da CLT). Também é reconhecida a periculosidade no setor de 
energia elétrica.
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CONTABILIDADE FINANCEIRA
O adicional é de 30% sobre o salário básico, assim entendido aquele ainda não acrescido de outros 
adicionais. No caso dos eletricitários, o percentual é calculado sobre o salário efetivamente recebido.
 Observação
Apenas e tão somente o que consta do art. 193 da CLT. Outros 
profissionais reclamam que também realizam um trabalho perigoso, mas 
devemos considerar apenas o que diz a lei. Seria interessante que houvesse 
uma atualização constante da relação de atividades perigosas, mas isso 
deve ser discutido no poder legislativo.
5.6 Décimo terceiro salário
Seu valor corresponde a 1/12 da remuneração devida em dezembro, multiplicado pelos meses de 
serviço naquele ano. Para esse cálculo, a fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será considerada 
como mês integral. Frações inferiores são desprezadas.
Se extinto o contrato antes de dezembro, o empregado terá direito à gratificação proporcional aos 
meses trabalhados no ano e mais 1/12 referente ao aviso prévio trabalhado ou indenizado.
A gratificação natalina é devida em todos os casos, com exceção de dispensa do empregado por justa 
causa.
A verba deve ser paga em duas metades: a primeira entre os meses de fevereiro e novembro e a 
segundaaté o dia 20 de dezembro.
5.7 Salário-família
Em que pese ao nome, salário-família não é salário. Trata-se de prestação previdenciária que é 
adiantada pelo empregador ao empregado com o salário.
O salário-família, conforme EC 20/98, passou a ser devido apenas em razão dos dependentes do 
trabalhador de baixa renda, assim entendido aquele que recebe remuneração mensal de até R$ 752,12, 
para auxiliar no sustento dos filhos de até 14 anos de idade ou inválidos de qualquer idade.
De acordo com a Portaria Interministerial nº 48, de 12 de fevereiro de 2009, o valor do salário-
família, a partir de 1º/2/2009, é de R$ 25,66 por filho de até 14 anos de idade ou inválido de qualquer 
idade, para quem ganha até R$ 500,41. Para o trabalhador que recebe de R$ 500,41 até R$ 752,12, o 
valor do salário-família por filho de até 14 anos de idade ou inválido de qualquer idade é de R$18,08.
Têm direito ao salário-família os trabalhadores empregados e os avulsos. Os empregados 
domésticos, contribuintes individuais, segurados especiais e facultativos não recebem salário-família.
Para concessão do salário-família, a Previdência Social não exige tempo mínimo de contribuição.
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5.8 Salário-maternidade
A licença para as gestantes é de 120 dias, com direito à manutenção do emprego e ao salário-
maternidade. A empresa paga o salário-maternidade, compensando-se depois nos recolhimentos ao 
INSS (Deduções FPAS).
Cabe também licença-maternidade no caso de adoção.
5.9 Faltas ao trabalho
Havendo falta não justificada, o empregador está autorizado a descontar do salário os valores 
referentes ao dia da ausência e ao do descanso semanal remunerado daquela semana.
As causas de justificação são aquelas expressamente previstas no contrato de trabalho, na 
convenção coletiva, no regulamento da empresa e na lei.
São consideradas faltas justificadas:
1. Até 2 dias consecutivos em caso de falecimento do cônjuge, ascendente ou descendente, 
irmão ou pessoa que, declarada em sua CTPS, viva sob sua dependência econômica (art. 473, 
I, da CLT).
2. Até 3 dias consecutivos em virtude de casamento (art. 473, II, CLT).
3. No caso de nascimento de filho, por 5 dias, na primeira semana (art. 473, III, c/c o art. 10 do ADCT 
da CF).
4. Por 1 dia, em cada 12 meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue (art. 473, IV, 
CLT).
5. Até 2 dias para alistamento ou transferência eleitoral (art. 473, V, e art. 48 do Código Eleitoral).
6. Para cumprir as exigências do Serviço Militar Obrigatório (art. 473, VI).
7. Para realizar exame vestibular de ingresso em estabelecimento de ensino superior (art. 473, VII).
8. Pelo tempo que se fizer necessário quando tiver que comparecer a juízo (art. 473, VIII).
9. Pelo tempo que se fizer necessário quando, na qualidade de representante de entidade sindical, 
estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro 
(art. 473, IX).
10. Por motivo de doença do empregado, comprovada por atestado médico, nos primeiros 15 dias.
11. Para servir como testemunha em juízo.
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CONTABILIDADE FINANCEIRA
12. Para servir como jurado.
13. Para comparecer à Justiça do Trabalho, quando necessário, como parte.
5.10 Descanso semanal remunerado
A cada semana trabalhada é assegurado ao empregado um descanso remunerado de 24 horas 
consecutivas. O repouso semanal deverá coincidir com o domingo. Para a aquisição do direito ao DSR, 
é necessário que não haja falta injustificada durante a semana. Se houver, sobrevive o direito ao dia 
de descanso, mas haverá perda do direito à remuneração daquele dia.
A remuneração do descanso semanal será a mesma de um dia normal de trabalho, incluídas as horas 
extras habitualmente prestadas.
5.11 Cálculo de horas extras
1º Definir o valor do salário-hora normal.
Para o mensalista, o salário mensal deve ser dividido por 220, que é o número de horas da jornada 
mensal.
2º Definido o salário-hora normal, deve-se somar o adicional referente à hora extra e multiplicar 
pelo número de horas extras.
Exemplo:
Salário mensal = $ 1.100,00
Percentual para HE = 50% 
DSR = 05 domingos
• 1.100,00/ 220h = 5,00 x 10 x 1,5 = $ 75,00
HE = 10:00
1.100,00 / 220h = 5,00 x 10 x 50% = $ 75,00
DSR = 75,00 /25 dias x 5 dias = $ 15,00
5.12 Férias
Após cada período de 12 meses de trabalho, o empregado terá direito a um período de descanso que 
corresponderá a 30, 24, 18 ou 12 dias, conforme o número de faltas não justificadas durante o período 
aquisitivo de férias.
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Unidade II
Não serão consideradas faltas as ausências legais previstas no art. 473 da CLT e as abonadas pela 
empresa, previstas no art. 131 da CLT.
A remuneração dos dias de férias será aquela correspondente aos dias de gozo, acrescida dos 
adicionais a que o empregado tenha direito. Sobre essa remuneração soma-se 1/3 determinado 
pela Constituição Federal (art. 7º, XVII).
Exemplo:
Elenice recebe salário mensal de R$ 2.385,00. A empresa lhe concederá férias referentes ao período 
aquisitivo de 1º/11/20X7 a 31/10/20X8, e seu período de gozo será de 1º/10/20X9 a 30/10/20X9. Não 
possui dependentes.
A remuneração base para fins de cálculo de férias é de R$ 2.385,00.
Retenções
Valor da remuneração de férias: R$ 2.395,00
Acréscimo de 1/3 R$ 799,00
Total da remuneração R$ 3.194,00
INSS de 11% s/ 3.194,00 R$ 352,00
IRRF R$ 159,00*
Total de descontos R$ 511,00
Líquido a receber: R$ 2.683,00
* Cálculo do IRRF sobre férias = R$ 3.194,00 - R$ 352,00 (INSS) = R$ 2.842,00 x 15% (alíquota – vide 
tabela) = R$ 427,00 – R$ 268,84 (parcela a deduzir).
O pagamento da remuneração das férias será efetuado até dois dias antes do início do respectivo 
período.
 Saiba mais
A CLT é a legislação que rege as leis do trabalho no Brasil e foi promulgada 
pelo Presidente Getúlio Vargas em um momento muito tumultuado da 
história brasileira. Conheça um pouco desse ambiente político e da vida 
pessoal do Presidente Getúlio Vargas no filme: 
GETÚLIO. Direção de João Jardim. Brasil: Globo Filmes, 2013. 100 min.
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CONTABILIDADE FINANCEIRA
6 RESPONSABILIDADE PELO RECOLHIMENTO DO INSS, IRRF E CONTRIBUIÇÃO 
SINDICAL DO EMPREGADO
A responsabilidade da retenção e do recolhimento tanto dos encargos sociais quanto dos tributos 
oriundos das remunerações aos empregados será sempre do empregador. E este, por sua vez, atenderá 
a legislação em vigor quanto às alíquotas e bases de cálculos.
 Sendo assim, para fins didáticos, não vemos a necessidade de atualizarmos as tabelas fornecidas 
pelo órgão competente; porém, deixamos registrados que tais tabelas sofrem alterações anualmente, e 
o caro aluno, futuro profissional de contabilidade, terá como uma das missões manter-se atualizado em 
todos os aspectos legais.
O empregador calculará e descontará do funcionário o valor do INSS e IRRF devido conforme as 
tabelas progressivas abaixo:
INSS
Salário de contribuição Alíquota
Até R$ 965,67 8,00%
De R$ 965,68 a R$ 1.609,45 9,00%
De R$1.609,46 até R$ 3.218,90 11,00%
Há um limite máximo para o desconto do INSS. Quando o empregado ganharum valor superior ao 
limite máximo (teto), só se poderá descontar-lhe do salário o limite estabelecido. Conforme a tabela 
acima, o teto é de R$ 3.218,90, sendo o valor máximo de desconto de INSS igual a R$ 354,08.
O limite máximo aplica-se apenas ao empregado segurado. A empresa recolhe a contribuição 
previdenciária sobre o total da folha de salários.
IRRF
Base de cálculo Alíquota Parcela a deduzir
Até R$ 1.434,59 - Isento
De R$ 1.434,60 até R$ 2.150,00 7,5% R$ 107,59
De R$ 2.150,01 até R$ 2.866,70 15% R$ 268,84
De R$ 2.866,71 até R$ 3.582,00 22,5% R$ 483,84
Acima de R$ 3.582,00 27,5% R$ 662,94
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 Observação
As tabelas de Imposto de Renda e INSS estão sempre sendo modificadas, 
as que estão neste livro-texto são apenas para demonstração, acompanhe 
sempre pelo Diário Oficial quais são as tabelas em vigor.
Deduções:
• R$ 144,20 por dependente;
• pensão alimentícia integral;
• contribuição ao INSS;
• aposentado com 65 anos ou mais tem direito a uma dedução extra de R$ 1.434,59 no benefício 
recebido da previdência pública ou privada.
O não recolhimento das respectivas guias dos tributos citados acima caracteriza apropriação indébita 
do empregador, que fica sujeito às penas cominadas no Código Penal.
6.1 sociais por parte do empregador
A folha de pagamento de uma empresa onera sua carga tributária em uma média de 36,8%. São 
encargos sociais da empresa:
• FGTS: corresponde a 8% da remuneração do empregado;
• INSS: corresponde a 20% sobre a remuneração do empregado e de seus administradores que 
recebem Pró-labore;
• SAT: corresponde ao Seguro de Acidente do Trabalho;
• Terceiros: contribuição devida, por lei, a terceiros, como SESI, SESC, SENAI.
O empregador deverá calcular e recolher em sua guia de INSS o valor correspondente, geralmente 
de 20% ou 22,5%, de acordo com o enquadramento da atividade da empresa no Fundo de Previdência e 
Assistência Social (FPAS), sobre o rendimento bruto de seus empregados e administradores que recebem 
Pró-labore.
Ainda sobre os rendimentos dos trabalhadores, deverá calcular um percentual referente ao 
Risco de Acidente do Trabalho – RAT, que, conforme o grau de risco ao qual estão submetidos seus 
trabalhadores, poderá variar entre 1%, 2% e 3% (leve, médio e alto, respectivamente). Trata-se de 
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CONTABILIDADE FINANCEIRA
seguro obrigatório, instituído por lei, mediante uma contribuição adicional a cargo exclusivo da 
empresa, que se destina à cobertura de eventos resultantes de acidente do trabalho.
Finalmente, sobre os rendimentos dos trabalhadores, o empregador deverá aplicar um percentual 
de 0,2 a 7,7 a título de contribuição para terceiros (vide tabela FPAS). Esse percentual varia conforme a 
atividade da empresa. São considerados terceiros beneficiados por tais contribuições da empresa o SESI, 
SESC, SENAI, SEBRAE, INCRA.
6.1.1 Vale-transporte
O empregado, ao ser admitido, deverá assinar declaração informando se utilizará ou não o 
vale-transporte. Ainda que o empregado não queira ser beneficiário do vale-transporte, deverá a 
empresa possuir tal declaração como meio de prova de que a opção foi do empregado e não que 
a empresa não quis fornecê-lo, evitando-se desse modo transtornos no âmbito da fiscalização, 
como também de reclamações trabalhistas, em que seja postulado o pagamento referente às 
despesas com transporte.
Na declaração, constará o endereço, o número de conduções utilizadas diariamente e o transporte 
utilizado, devendo ser atualizada anualmente ou sempre que ocorrerem alterações.
O vale-transporte constitui benefício que o empregador antecipará ao trabalhador para utilização 
efetiva em deslocamento residência-trabalho e vice-versa, devendo ser fornecido por meio de recibo.
Não estão obrigados à concessão do vale-transporte os empregadores que proporcionam por 
meios próprios ou contratados, adequados ao transporte coletivo, o deslocamento residência-
trabalho e vice-versa de seus empregados. Contudo, quando o transporte fornecido pelo 
empregador não cobrir integralmente os trajetos dos empregados, a empresa é obrigada a fornecer 
o vale-transporte para a cobertura dos segmentos não abrangidos pelo referido serviço.
O vale-transporte será custeado: a) pelo beneficiário, na parcela equivalente a 6% de seu salário 
básico ou vencimento, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens e, b) pelo empregador, no que 
exceder à parcela descontada do empregado.
A empresa, portanto, poderá descontar do empregado, mensalmente, o equivalente a 6% de seu 
salário-base quando conceder-lhe o vale-transporte.
Exemplos:
1. Um empregado recebe salário mensal de R$ 600,00 e utiliza quatro conduções diárias, sendo o 
valor unitário da passagem de R$ 2,30. Durante o mês de fevereiro, trabalhou 22 dias. Logo,
Despesa com transporte = R$ 2,30 (valor do transporte) x 4 (conduções diárias) = R$ 9,20.
R$ 9,20 x 22 (dias trabalhados) = R$ 202,40 (total da condução do mês de fevereiro).
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Desconto do empregado = R$ 600,00 (salário mensal) x 6% = R$ 36,00
Parte custeada pelo empregador = R$ 202,40 – R$ 36,00 = R$166,40
2. Um empregado recebe salário mensal de R$ 3.200,00 e utiliza duas conduções diárias de valor 
unitário R$ 2,30. Durante o mês de fevereiro, trabalhou 22 dias. Logo,
Despesa com transporte = R$ 2,30 (valor do transporte) x 2 (conduções diárias) = R$ 4,60.
R$ 4,60 x 22 (dias trabalhados) = R$ 101,20 (total da condução do mês de fevereiro).
Desconto do empregado = R$ 3.200,00 (salário mensal) x 6% = R$ 192,00
Neste caso, como os 6% do salário do empregado é superior ao seu gasto com transporte, o empregado 
sofrerá desconto de R$ 101,20. O empregador não terá, portanto, custo com o vale-transporte desse 
funcionário. Não poderá o empregador descontar o equivalente a 6% do salário desse funcionário.
6.1.2 Alimentação
A alimentação constitui benefício que pode ser concedido por liberalidade da empresa ou por 
determinação contida no documento coletivo do sindicato representativo da respectiva categoria 
profissional, havendo ainda possibilidade de a empresa, para assegurá-la a seus empregados, valer-se 
das normas que regulamentam o Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT).
A empresa pode conceder o benefício da alimentação por ato de sua vontade. Assim, a cesta básica, 
o vale-refeição ou o valealimentação se caracterizará como verba de natureza salarial, integrando a 
remuneração do empregado para todos os efeitos legais.
Por outro lado, caso a alimentação seja concedida por imposição de convenção ou acordo coletivo, 
deverá a empresa observar rigorosamente o estabelecido no documento.
A integração ou não ao salário do valor correspondente à alimentação dependerá, única e 
exclusivamente, de como ocorreu o fornecimento do benefício ao empregado. Se por liberalidade 
da empresa ou por imposição de documento coletivo de trabalho, sem a aprovação ou em 
desacordo com as normas estabelecidas pelo PAT, esse benefício integrará a remuneração do 
empregado para todos os efeitos da legislação trabalhista, inclusive para fins de incidência de 
encargos sociais (INSS, FGTS e IRF).
Se, por outro lado, a concessão da alimentação se der por intermédio do PAT, seu valor não integrará 
a remuneração do trabalhador para qualquer efeito legal, sendo irrelevante a forma pela qual o benefício 
é concedido, se a título gratuito ou a preço subsidiado.Quanto à possibilidade de desconto da alimentação do trabalhador, a Lei nº 8.860/94 autorizou ao 
empregador descontar até o limite de 20% do salário dos empregados beneficiados.
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CONTABILIDADE FINANCEIRA
6.2 Contribuição sindical dos empregados
Os empregadores ficam obrigados a descontar, na folha de pagamento do mês de março de cada 
ano, a contribuição sindical de um dia de trabalho de todos os empregados.
O recolhimento da contribuição sindical referente aos empregados será efetuado no mês de abril de 
cada ano aos seus respectivos sindicatos.
No ato da admissão de qualquer empregado, o empregador deverá exigir a apresentação da prova 
de quitação da contribuição sindical do corrente ano. Os empregados que não estiverem trabalhando no 
mês destinado ao desconto da contribuição sindical serão descontados no primeiro mês subsequente ao 
do início do trabalho. Exemplo: funcionário admitido em maio (e que não esteve empregado durante o 
corrente ano) deverá sofrer o desconto sindical no mês de junho. Exceção à regra é o caso do funcionário 
admitido em janeiro; sua contribuição sindical será descontada não no mês subsequente ao de sua 
admissão (fevereiro) e sim no mês de março.
Exercício resolvido
Calcule e contabilize a folha de pagamento do mês de junho/2008, considerando as informações 
abaixo:
Funcionários Salário mensal Dependentes
Anézio Batista $ 850,00 0
Edvaldo Oliveira $ 900,00 0
Genivaldo Silva $ 1.544,00 0
José Cândido $ 1.268,00 2
Administradores
Fernanda Santos $ 1.195,00
Lourdes Santos $ 2.497,00
SAT = Médio risco
Terceiros = 5,8%
INSS
Salário de contribuição Alíquota
Até R$ 1040,22 8,00%
De R$ 1040,22 a R$ 1.733,70 9,00%
De R$ 1.733,70 até R$ 3.467,40 11,00%
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Unidade II
IRRF
Base de cálculo Alíquota Parcela a deduzir
Até R$ 1.499,15 - Isento
De R$ 1.499,15 até R$ 2.246,75 7,5% R$ 112,43
De R$ 2.246,75 até R$ 2.995,70 15% R$ 280,94
De R$ 2.995,70 até R$ 3.743,19 22,5% R$ 505,62
Acima de R$ 3.743,19 27,5% R$ 692,78
Deduções:
• R$ 150,69 por dependente;
• pensão alimentícia integral;
• contribuição ao INSS;
• aposentado com 65 anos ou mais tem direito a uma dedução extra de R$ 1.499,59 no benefício 
recebido da previdência pública ou privada.
Resolução
 Lembrete
O Cálculo da Folha de Pagamento deve ser feito sempre de forma 
individualizada, para cada funcionário. Não é possível realizar um cálculo 
coletivo, por mais homogêneo que seja o corpo funcional.
Anézio
Salário = R$ 850,00 INSS = R$ 850,00 x 8% = R$ 68,00
Líquido a receber = R$ 850,00 (-) R$ 68,00 = R$ 782,00
FGTS = R$ 850,00 x 8% = R$ 68,00
Edvaldo
Salário = R$ 900,00 INSS = R$ 900,00 x 8% = R$ 72,00
Líquido a receber = R$ 900,00 (-) R$ 72,00 = R$ 828,00
FGTS = R$ 900,00 x 8% = R$ 72,00
Genivaldo
Salário = R$ 1.544,00 INSS = R$ 1.544,00 x 9% = R$ 138,96
Líquido a receber = R$ 1.544,00 (-) R$ 138,96 = R$ 1.405,04
FGTS = R$ 1.544,00 x 8% = R$ 123,52
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CONTABILIDADE FINANCEIRA
José
Salário = R$ 1.268,00 INSS = R$ 1.268,00 x 9% = R$ 114,12
Líquido a receber = R$ 1.268,00 (-) R$ 114,12 = R$ 1.153,88
FGTS = R$ 1.268,00 x 8% = R$ 101,44
 Lembrete
O funcionário José Cândido tem dois dependentes, mas neste caso não 
deve receber o salário-família que é restrito a funcionários que recebem 
menos de R$ 752,14 e tem filhos de até 14 anos de idade ou inválidos de 
qualquer idade.
Fernanda
Pró-labore = R$ 1.195,00 INSS = R$ 1.195,00 x 11% = R$ 131,45
Líquido a receber = R$ 1.195,00 (-) R$ 131,45 = R$ 1.063,55
Lourdes
Pró-labore = R$ 2.497,00 INSS = R$ 2.497,00 x 11% = R$ 274,67
IRRF = 2.497,00 (-) R$ 274,67 = R$ 2.222,33 x 7,5% = R$ 166,67 (-) R$ 112,43 = IRRF de R$ 54,24
Líquido a receber = R$ 2.497,00 (-) R$ 274,67 (-) R$ 54,24 = R$ 2.168,09
Resumo
Salários = R$ 4.562,00 INSS = R$ 393,08
Pró-labore = R$ 3.692,00 INSS = R$ 406,12
INSS s/ segurados = R$ 393,08+ R$ 406,12 = R$ 799,20
INSS empresa = R$ 4.562,00 + R$ 3.692,00 = R$ 8.254,00 x 20% = R$ 1.650,80
SAT = R$ 4.562,00 x 2% = R$ 91,24
Terceiros = R$ 4.562,00 x 5,8% = R$ 264,60
INSS a recolher = R$ 2.805,84
FGTS = R$ 4.562,00 x 8% = R$ 364,96
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Unidade II
 Observação
Esta é a hora! Caso você sinta dificuldades em definir e entender 
por que as contas estão a débito e a crédito, ou seja, o “mecanismo” das 
partidas dobradas, entre em contato com os tutores, simule os lançamentos 
contábeis passo a passo no caderno. É tempo de estudar! 
Contabilização
D – Despesas de salários R$ 4.562,00
C – Salários a pagar R$ 4.562,00
D – Salários a pagar R$ 393,08
C – INSS a recolher R$ 393,08
D – INSS R$ 2.006,64
C – INSS a recolher R$ 2.006,64
D – Pró-labore R$ 3.692,00
C – Pró-labore a pagar R$ 3.692,00
D – Pró-labore a pagar R$ 406,12
C – INSS a recolher R$ 406,12
D – FGTS R$ 364,96
C- FGTS a recolher R$ 364,96
 Saiba mais
Conheça as motivações e um pouco da história da Consolidação das 
Leis do Trabalho em: 
DOLME, D. Vargas criou Justiça do Trabalho para administrar tensão entre 
patrão e empregado. Última instância (Especial 70 anos da Justiça do Trabalho), 
1 maio 2011. Disponível em: <http://ultimainstancia.uol.com.br/justica-do-
trabalho/vargas-criou-justica-do-trabalho-para-manter-tensao-entre-patrao-
e-empregado-sob-controle/>. Acesso em: 25 jul. 2014. 
BULLA, B. Aos 93 anos, criador da CLT continua na ativa. Última 
instância (Especial 70 anos da Justiça do Trabalho), 1 maio 2011. Disponível 
em: <http://ultimainstancia.uol.com.br/justica-do-trabalho/aos-93-anos-
criador-da-clt-continua-na-ativa/>. Acesso em: 25 jul. 2014.
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CONTABILIDADE FINANCEIRA
 Resumo
Nesta unidade estudamos o que talvez seja um dos tópicos mais 
“sensíveis” para o profissional de contabilidade. É “sensível” porque envolve 
um complexo, intricado e vasto arcabouço jurídico das relações trabalhistas 
da CLT; abrange altos valores e, também, não podemos nos esquecer, em 
muitos aspectos a CLT está desatualizada em relação ao que seria necessário 
para uma economia moderna. 
Observe aqui com especial atenção o quanto o contador está no centro 
de interesses divergentes. Precisa ao mesmo tempo atender a legislação, os 
interesses dos empregadores, dos trabalhadores e dos anseios da própria 
sociedade por uma economia moderna e punjante. Não é fácil conciliar 
tudo isso. 
Contudo, há um procedimento! Você aprendeu exatamente como 
é esse procedimento que com algumas modificações será sempre o que 
você estudou aqui. Aprendemos então o quanto é importante as ciências 
jurídicas para a contabilidade, e mais do que simplesmente aplicar a lei, 
saber entender e agir de forma interdisciplinar. 
A expectativa é a de que neste momento você tenha desenvolvido 
condições de lidar eficazmente e eficientemente com o tópico folha de 
pagamento. 
Muito importante: observe que também aqui nesta unidade há partidas 
dobradas com naturalidade, e volto a dizer que caso esteja sentindo 
dificuldades com o débito e crédito, não deixe de entrar emcontato com 
os tutores. 
Agora, convido-o(a) a ir para a unidade III deste livro, onde você irá 
estudar a Demonstração do Valor Adicionado.
Vamos lá!
 Exercícios
Questão 1. A constituição das provisões para férias, décimo terceiro salário e dividendos propostos 
é uma conduta profissional que atende a qual princípio contábil?
A) Competência.
B) Consistência.
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Unidade II
C) Continuidade. 
D) Entidade. 
E) Prudência. 
Resposta correta: alternativa A.
Análise das alternativas
A) Alternativa correta. 
Justificativa: o princípio da competência estabelece que os efeitos das transações são 
efetivamente reconhecidos nos períodos a que se referem, sem guardar, obrigatoriamente, relação 
direta com os respectivos momentos de recebimentos ou pagamentos. No parágrafo único da 
Resolução CFC nº 750/1993, alterado pela Resolução CFC nº 1.282/2010, é considerado que esse 
princípio admite a simultaneidade do confronto entre as receitas e as despesas que lhes são 
relacionadas.
As provisões indicadas na questão atribuem os efeitos das receitas e das despesas ao exercício/
período contábil a que se referem, registrando as pendências de futuros recebimentos ou pagamentos 
de caixa.
Os salários devidos, por exemplo, pelos trabalhos dos funcionários no último mês do exercício social 
(dezembro) são acrescidos às despesas desse período, restando a provisão de seu pagamento para os 
primeiros dias do mês imediatamente posterior (janeiro).
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: o princípio da consistência considera que a entidade deve ser mantida de tal sorte que 
os usuários de suas demonstrações contábeis possam julgar sua tendência com o menor grau possível 
de dificuldade.
As preocupações relacionadas com o cumprimento desse princípio não estão relacionadas com as 
providências sobre as respectivas receitas e despesas.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: o princípio da continuidade estabelece que a entidade normalmente tem “vida” 
indeterminada, independentemente da existência de seus fundadores ou participantes. Deve-se ressaltar 
que há situações que podem não ocorrer exatamente de acordo com essa premissa.
As preocupações relacionadas com o cumprimento desse princípio não estão relacionadas com as 
providências sobre as respectivas receitas e despesas.
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CONTABILIDADE FINANCEIRA
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: segundo o princípio da entidade, o patrimônio é objeto da contabilidade. Esse princípio 
estabelece a autonomia patrimonial, diferenciando um patrimônio particular dentre os patrimônios 
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, a um conjunto de pessoas, a uma sociedade 
ou instituição, com ou sem fins lucrativos. 
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: o princípio da prudência estabelece que deve ser utilizado o menor valor quando se 
tratar de elementos do ativo e o maior para os do passivo, nos casos em que existam alternativas 
que possam quantificar de forma válida as mudanças de patrimônio (indicado no caput do art. 10 da 
Resolução CFC nº 7 750/93).
As preocupações relacionadas com o cumprimento desse princípio não estão relacionadas com as 
providências sobre as respectivas receitas e despesas.
Questão 2. Um empregado foi registrado em 16 de janeiro de X6 e demitido em 30 de setembro do 
mesmo ano, com dispensa de aviso prévio pelo empregador.
Considerando-se que a empresa antecipa 50% do 13º salário para todos os seus empregados, no dia 
30 de junho de cada ano, a rescisão contratual do empregado foi composta por quais parcelas?
A) Aviso prévio igual a 30 dias trabalhados, 9/12 de férias, 4/12 de 13º salário, 40% de multa do FGTS.
B) Aviso prévio proporcional aos meses trabalhados, férias e 13º no valor do último salário, 40% de 
multa do FGTS.
C) Saldo de salário, aviso prévio indenizado, 9/12 de férias indenizadas + 1/3 sobre férias, 3/12 de 13º 
salário, 40% de multa do FGTS.
D) Saldo de salário, aviso prévio indenizado, 10/12 de férias + 1/3 sobre férias, 4/12 de 13º salário, 
40% de multa do FGTS.
E) Saldo de salário, férias de igual valor do último salário, metade do 13º salário, 40% de multa do FGTS.
Resolução desta questão na plataforma.

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