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CAPÍTULO 7 DO LIVRO TEORIAS DA PERSONALIDADE

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CAPÍTULO 7
PERSPECTIVAS COGNITIVAS E SOCIOCOGNITIVAS DA PERSONALIDADE
RESUMO
JENNIFER RESENDE
AVANÇOS NOS PONTOS DE VISTA COGNITIVO
Apesar dos filósofos terem se preocupado o suficiente a respeito da mente humana, foi a partir da teoria de Charles Darwin (evolução das espécies) que a psicologia cognitiva foi levada a sério, ou seja, depois de considerar a mente humana como um organismo biológico em vez de uma criação do divino. Onde os cientistas passaram a investigar como o pensamento mudava durante seu desenvolvimento, assim como era influenciado pelas circunstancias e modelado pela cultura. 
A psicologia da Gestalt deu inicio na Alemanha, mas foi levada aos EUA na década de 30, pois fugiam do fascismo. Três princípios centrais:
O homem busca significado em seu ambiente
Organizamos as sensações que extraímos do mundo em percepções significativas
Estímulos complexos não são redutíveis à soma de suas partes
A palavra alemã Gestalt significa forma ou configuração. A visão da teoria da Gestalt é de que a configuração de um estímulo complexo é a sua essência, ou seja, os elementos que fazem parte de um estímulo ou de uma experiência não podem se somar para recriar o original. A essência do original reside em suas complexas relações e em sua configuração geral, o que é perdido quando as subpartes são analisadas separadamente. 
A TEORIA DE CAMPO DE KURT LEWIN
Provem diretamente da tradição da Gestalt, mas se concentrou em áreas totalmente diferentes dos teóricos gestaltistas. Ele focaliza no espaço vital – são as forças internas e externas que atuam sobre o individuo – e as relações estruturais entre a pessoa e o meio ambiente.
Todos os indivíduos tem uma forma distinta, constante e cognitiva para lidar com suas tarefas diárias de percepção, soluções de problemas e tomadas de decisão; os indivíduos diferem-se em uma miríade de dimensões. Dentro dessa perspectiva, temos um estilo de cognição que se chama de dependência de campo nas quais pessoas que são altamente dependentes de campo são muito influenciadas por aspectos contextuais (ou de campo) quando vão solucionar algum problema. Porém, temos também os que são independentes de campo que não são influenciados pelos fatores contextuais, ou seja, elas se esquivam da influencia do campo ao solucionar problemas.
O estilo independente de campo é mais analítico (parte critica) e admite níveis mais complexos de reestruturação na solução de problemas. O comportamento desses indivíduos é mais influenciado pelos aspectos internos da situação. Já as pessoas dependentes de campo, tem uma sensibilidade maior ao contexto de um problema e tendem a ser mais holística e intuitiva ao solucioná-lo. As pessoas dependentes de campo são mais sensíveis ao contexto social e interpessoal.
Outra variável de estilo de cognição é a complexidade cognitiva – a extensão com que uma pessoa percebe, utiliza e sente-se a vontade com uma quantidade maior de elementos isolados em que um evento é analisado, e até que ponto essa pessoa pode integrar esses elementos estabelecendo conexões ou relações entre eles.
A TEORIA DO ESQUEMA DE JEAN PIAGET (NASCEU NA SUÍÇA, EM 1896)
Segundo ele, as crianças progridem ao longo de uma série de estágios cognitivos à medida que amadurecem. Em cada estagio o conteúdo de seu conhecimento torna-se mais sofisticado. E as novas estruturas cognitivas, denominadas esquemas, aproveitam-se de estruturas já adquirida anteriormente. O esquema, ativado em determinada situação, é o principal determinante das suposições, inferências e ações de um individuo nessa situação. Esses esquemas existem em vários níveis e podem atuar simultaneamente para influenciar nosso comportamento. 
Em geral para Piaget, há dois princípios importantes que fundamentam sua teoria: (1) o modo de entendimento se desdobra em uma sequência razoavelmente lógica, e (2) os novos conhecimentos aproveitam-se de conhecimentos anteriores. 
Uma característica poderosa relacionada a cognição humana é a tendência a organizar a experiencia pela distribuição de acontecimentos, objetos e pessoas em diferentes categorias. E o poder da categorização na condução das interpretações e expectativas das pessoas relacionadas a algum objeto ou a uma pessoa, levando-nos a ter julgamentos antecipados (preconceitos) quando há o estereotipo prejudicial.
Do ponto de vista cognitivo, o grau em que a atenção está sob controle intencional difere de modo surpreendente nos indivíduos. Pessoas, cujos processos de atenção em geral são atípicos são diagnosticadas com TDAH (Transtorno Deficit de Atenção e Hiperatividade) e esse termo é utilizado tanto para pessoas com ou sem componente hiperativo; essa distinção é feita mediante uma subcategorização em três tipos distintos de transtorno: O tipo hiperativo/impulsivo (Não há falta de atenção), o tipo desatento (não há hiperatividade/impulsividade), o tipo combinado (há desatenção e hiperatividade).
TEORIA DO CONSTRUCTO PESSOAL DE GEORGE KELLY
De acordo com Kelly na perspectiva da personalidade, refere-se de que cada pessoa tenta interpretar e compreender o mundo e construir suas próprias versões dos fatos, de modo distinto uns dos outros. A postulação fundamental de Kelly (1955) é de que “Os processos de uma pessoa são canalizados psicologicamente pelo modo como ela antevê os acontecimentos” (p.46). As pessoas mudam à medida que reorganizam seus sistemas de constructo. E o que guia o comportamento de uma pessoa é a sua interpretação do ambiente ao seu redor e as expectativas resultantes disso. 
Segundo a teoria de Kelly, todos nós temos nosso próprio sistema de constructo, usado para compreender e predizer comportamentos (tanto nossos quanto dos outros), ou seja, toda pessoa é mais ou menos teórico da personalidade, com um sistema pessoal para explicar o comportamento humano.
A teoria de Kelly ajudou a preparar o caminho para as abordagens mais modernas sobre cognição social, como as atribuições e as teorias de aprendizagem social, que tentam explicar o modo como o individuo percebe o mundo social e antevê acontecimentos ao considerar esses processos centrais para a compreensão do comportamento humano. Contudo, é importante lembrar que as explicações de cada pessoa dependem do contexto interpessoal, cultural, situacional e histórico de cada individuo. 
O estilo explicativo refere-se a um conjunto de variáveis cognitivas da personalidade que depreendem os meios habituais empregados por uma pessoa para interpretar acontecimentos em sua própria vida. 
Há várias abordagens de estilos explicativos, um dos primeiros são os pólos (otimista e pessimista) no qual pessoas otimistas tendem a perceber e interpretar todos os acontecimentos como sendo positivo, porém pessoas pessimistas tendem a apenas observar o lado negativo de cada situação. 
“Martin Seligman (1975) usa o termo desamparo aprendido para descrever uma situação em que a exposição repetida a punições inevitáveis leva o organismo a aceitar punições posteriores mesmo quando evitáveis.” Durante esse processo a personalidade era vista como uma habilidade cognitiva (ensinando as pessoas a mudar ou a duvidar dos seus próprios pensamentos pessimistas).
ABORDAGEM DE JULIAN ROTTER SOBRE CENTRO DE CONTROLE
Rotter unificou pontos importantes entre as teorias de aprendizagem social e os processos cognitivos. A sua ideia centrava-se de que a teoria da personalidade levasse em conta o esforço das pessoas em atingir seus objetivos pelas suas consequências (expectativa de resultado) e pelos seus pensamentos e percepções sobre os resultados futuros, a sua probabilidade (valor do reforçamento).
As pessoas têm em seu repertório uma variedade de comportamentos possivelmente relevantes. Rotter chamou a probabilidade de um comportamento em particular ocorrer em uma situação específica de potencial de comportamento. 
Há expectativas específicas de que uma recompensa especial siga-se a um comportamento em determinada situação (não gostar de festa de natal da empresa da família), e expectativa generalizadas relacionem-secom um grupo de situações (Gostar de festas). Rotter afirma que tendemos a atribuir peso maior a expectativa generalizada em situações novas e a usar expectativas especificas quando a situação torna-se mais familiar.
Rotter propôs que quanto maior for valor subjetivo do reforço, maior a probabilidade de a pessoa ter um comportamento associado com esse reforçamento valorizado. O valor de qualquer reforçamento é ponderado em relação aos valores de outros reforçamentos disponíveis. De acordo com Rotter, o reforçador de valor mais alto, que é o que esperamos, desencadeia outras coisas que valorizamos. Reforços secundários têm valor por causa de sua associação com a satisfação de necessidades psicológicas importantes. 
Rotter descreve seis necessidades psicologias:
Reconhecimento-status: Necessidade de realização, de ser considerado competente e posição social específica.
Domínio: Necessidade de controle, de poder e influência. 
Independência: Necessidade de tomar as próprias decisões.
Proteção-dependência: Necessidade de segurança dos outros e de sua ajuda na realização das tarefas.
Amor e Afeição: Necessidade de ser agradado e cuidado pelos outros
Conforto físico: Necessidade de evitar o sofrimento, busca de prazer, desfrutar segurança física e sentimento de bem-estar.
Potenciais de comportamento, expectativa de resultado e potencial de reforçamento, todos se juntam para formar o que Rotter chamou de a situação psicológica. E essa situação psicológica representa a combinação exclusiva que o individuo faz de comportamentos em potencial com o valor que esses comportamentos têm para ele. 
A característica mais notável da teoria de Rotter é o conceito de controle externo versus interno do reforçamento ou do centro de controle. Mais recentemente, descobriu-se que o centro de controle tem três dimensões – internalidade, sorte ou oportunidade e pessoas influentes. Ou seja, pessoas cujo controle é externo não só acredita que os acontecimentos não estão sob seu controle, mas têm essa convicção tanto em função da oportunidade quanto de pessoas influentes. 
TEORIA DA APRENDIZAGEM SOCIOCOGNITIVA DE ALBERT BANDURA
Bandura atribui um papel importante na personalidade ao que ele chama de auto-sistema – conjunto de processos cognitivos por meio do qual uma pessoa percebe, avalia e regula o próprio comportamento, de modo que ele seja apropriado ao meio e eficaz para que ela alcance suas metas. O comportamento, além de ser influenciados pelos reforçamentos do ambiente, mas também é determinado por expectativas, reforçamentos esperados, pensamentos, planos e metas, ou seja, uma pessoa pode imaginar e antecipar os efeitos do ambiente. A teoria de Bandura assume que os efeitos de um reforçamento anterior são internalizados e o comportamento de fato muda em decorrência de alterações no conhecimento e expectativas da pessoa. 
APRENDIZAGEM OBSERVACIONAL OU VICARIANTE (ALBERT BANDURA)
Uma das principais contribuições de Bandura (1973) foi a sua explicação sobre como novos comportamentos podem ser adquiridos na ausência do reforçamento. Formulou a teoria de os mecanismos pelos quais as pessoas podem aprender apenas observando o comportamento de outras – aprendendo sem levar a cabo o comportamento e sem serem diretamente recompensadas ou punidas por esse comportamento. Pode ser chamada de modelagem ou modelação, que significa que uma pessoa modela-se à imagem de outra. 
Entretanto, segundo a visão de Bandura, as pessoas não copiam descuidadamente o comportamento dos outros, mas decidem de modo consciente se vão ou não se comportar de acordo com o comportamento aprendido pela observação. 
Segundo a afirmação de Bandura, os indivíduos podem reunir informações provenientes de várias observações distintas, de modo que novos modelos de comportamentos um tanto distintos dos demais pode ser desenvolvido. 
Na visão de Bandura, o que mais influencia um observador a reproduzi ou não um comportamento visto são as consequências esperadas desse comportamento – sua expectativa de resultado: as pessoas tendem a imitar um comportamento que acreditam desencadear resultados positivos. A expectativa de resultado baseia-se nas consequências observadas de reforço ou punição e também de consequências antecipadas. 
Processos subjacentes à aprendizagem observacional de Bandura
De acordo com Bandura, a aprendizagem observacional compreende que há processos cognitivos ativos que englobam quatro componentes:
Atenção – influenciada pelas características do modelo e da situação (O que atraí!)
Retenção – Capacidade cognitiva de decodificar o comportamento
Reprodução motora – Capacidade de transformar uma representação mental em ação física, e de ensaiar mentalmente esse comportamento.
Motivação – A manifestação do comportamento observado.
O reconhecimento do conceito de auto-reforçamento ou autopunição – de que pensamos sobre as possíveis consequências dos nossos atos – leva ao constructo de auto-regulaçao, que é o processo pelo qual as pessoas conseguem controlar suas próprias realizações e ações: estabelecem metas para si, avaliam seu sucesso ao alcançar essas metas e se auto-recompensam por tê-las alcançado. 
 Bandura (1997) acrescenta elementos cognitivos importantes a sua formula: a característica da personalidade conhecida por auto-eficácia. Essa auto-eficacia é uma expectativa – uma crença sobre quanto competente alguém é apto a manifestar um comportamento em determinada situação. A auto-eficacia é a convicção de que alguém está apto a manifestar com sucesso um comportamento. O conceito de auto-eficacia difere do conceito de centro de controle, pois a auto-eficacia é uma convicção sobre nossa própria capacidade de manifestar com êxito determinado comportamento, enquanto o centro de controle é uma convicção sobre a probabilidade de que a manifestação de determinado comportamento afetará o resultado final.
Nossas convicções sobre auto-eficacia provem de quatro fontes.
De experiências próprias de manifestar um comportamento, que temos em mente ou um comportamento semelhante.
Observando outras pessoas.
Persuasão verbal.
E como nos sentimos em relação ao comportamento (reações emocionais)

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