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Curso de Medicina Veterinária Relato de Caso LEUCEMIA VIRAL FELINA (FELV) RELACIONADA AO LINFOMA – RELATO DE CASO FELINE LEUKEMIA VIRUS (FELV) RELATED TO LYMPHOMA - CASE REPORT Cristine Rocha Weber Sales1, Hetielle Harumi Hashimoto2, Diogo Ramos Leal3, Rômulo Santos Adjuto Eloi4, Mirna Ribeiro Porto5 1 Aluna do Curso de Medicina Veterinária 2 Médica Veterinária Especialista em Oncologia 3 Médico Veterinário da ULTRAVET 4 Médico Veterinário do Laboratório HISTOPATO 5 Professora Doutora do Curso de Medicina Veterinária Resumo A Leucemia Viral Felina (FeLV) é causada por um retrovírus oncogênico sendo associada a leucemias e linfomas. O vírus pode infectar felinos domésticos e selvagens, podendo persistir durante toda a vida do animal afetado. Como na maioria dos vírus, a transmissão ocorre pelas vias vertical e horizontal, sendo a principal, o contato prolongado com a saliva e as secreções nasais contaminadas. De forma geral, o vírus da FeLV pode manifestar-se de forma neoplásica (linfomas e leucemias) ou não neoplásica (imunodeficiência e anemias). A infecção pelo vírus da FeLV pode ser prevenida por meio da vacinação correta e evitando a convivência entre animais positivos e negativos. O presente trabalho tem o objetivo de relatar o caso de um gato, macho, de 1 ano de idade, que foi atendido na Clínica Veterinária da Faculdade ICESP de Brasília em abril de 2017, sendo diagnosticado FeLV positivo e, posteriormente, apresentou condições neoplásicas (linfoma) confirmadas pela histopatologia de linfonodos. Após dezenove meses, o animal foi reavaliado e constatou-se quadro clínico estável. Foi iniciada, então, a quimioterapia com o protocolo de Fondacaro (associação de Clorambucila e Prednisolona). Conclui-se que o prognóstico e qualidade de vida em animais FeLV positivos portadores de linfoma, está intimamente ligado à epidemiologia do agente etiológico, assim como, ao sistema acometido. Palavras-Chave: gatos; vírus; neoplasia; sistema linfático; intestino. Abstract Feline Viral Leukemia (FeLV) is a type of oncogenic retrovirus that is associated with leukemias and lymphomas. The virus can infect domestic and wild cats and can persist throughout the life of the affected animal. As in most cases, the movement manifested in the vertical and horizontal pathways, being a principle, the prolonged contact with a saliva and as contaminated nasal secretions. In general, the FeLV virus can manifest as neoplastic (lymphoma and leukemia) or neoplastic (immunodeficiency and anemia). The virus by the FeLV virus can be prevented by correct vaccination and avoiding a coexistence between positive and negative animals. The present work has the objective of reporting the case of a 1 year old male chauvinist who was submitted to the Veterinary Clinic of the Faculty of Health Sciences in April 2017, being diagnosed as positive and late. lymphoma) confirmed by lymph node histopathology. After nineteen months, the animal was reassessed and a stable clinical condition was observed. It was then chemotherapy with the protocol of Fondacaro (association of Chlorambucila and Prednisolone). It is concluded that the prognosis and quality of life in animals and with lymphoma, is closely linked to the epidemiology of the etiological agent, as well as to the system involved. Keywords: cats; virus; neoplasia; lymphatic system; intestine. Contato: rwscris@gmail.com; mribeiroporto@gmail.com Introdução A Leucemia Viral Felina (FeLV; do inglês, feline leukemia virus) é uma patologia causada por um retrovírus oncogênico pertencente à subfamília Oncornavírus, gênero Gammaretrovírus, e está associado à doenças degenerativas ou proliferativas tais como leucemias e linfomas. Pode infectar gatos domésticos ou felinos selvagens, e ocorre no mundo inteiro (GREENE, 2015; PERROTTI, 2009). O vírus da FeLV possui a capacidade de se tornar parte do DNA de seu hospedeiro, por meio da transcriptase reversa, que converte a informação de RNA a DNA, e esse fator é responsável pela possibilidade de que o vírus persista durante toda a vida do gato (GUTIÉRREZ et al., 2015; MATESCO, 2014). Os gatos jovens são mais suscetíveis à infecção, ao contrário dos adultos, que têm uma probabilidade menor de se infectarem pelo vírus da FeLV, pois possuem uma resistência adquirida com a idade (PAULA et al., 2014). A transmissão do vírus ocorre pelas vias vertical e horizontal, sendo a principal via de infecção, o contato prolongado com a saliva e as secreções nasais de um gato infectado; a lambedura ou o compartilhamento das fontes de água ou de alimentos comuns efetivamente resultam em infecção. Como o vírus não sobrevive no ambiente, a transmissão pelas fezes ou urina, fômites ou por aerossóis é pouco provável. A transmissão transplacentária, via lactacional ou por via venérea pode ocorrer, porém, é menos importante do que o contato casual. Geralmente os machos são mais afetados em virtude de seu comportamento errante, sendo mais comum em gatos que possuem de 1 a 6 anos de idade (NELSON & COUTO, 2015; BRAZ et al., 2012). O vírus penetra no organismo através da mucosa dos olhos, do nariz e da boca, entrando na circulação sanguínea, alojando-se em vários órgãos e tecidos, onde ocorre a sua replicação. Após este processo, o vírus pode voltar novamente à circulação, atingindo vários outros órgãos (PAULA et al., 2014). Assim que é inoculado, o FeLV replica-se no tecido linfóide local e, em seguida, nos tecidos linfóides sistêmicos, como linfonodos, baço e timo. Alguns gatos expostos ao FeLV podem eliminar a infecção (forma abortiva), enquanto outros progridem para a doença clínica e viremia persistente (forma progressiva). Uma resposta imune efetiva pode debelar a infecção neste estágio ou mesmo antes que se detecte viremia (NELSON & COUTO, 2015). Caso a infecção progrida, o FeLV infecta a medula óssea, induzindo à liberação de leucócitos e plaquetas infectadas pelo vírus na circulação (viremia celular). Simultaneamente ao desenvolvimento de viremia, o vírus infecta células glandulares distribuídas por todo o corpo (glândulas salivares, glândulas lacrimais, glândulas mamárias e glândulas do epitélio das mucosas). Com isso, ocorre excreção do vírus na maior parte das secreções corporais, com quantidades especialmente altas de vírus na saliva e no leite de gatas lactantes (NELSON & COUTO, 2015; MATESCO, 2014; D’AVILA, 2009). O vírus da leucemia felina apresenta quatro subgrupos: FeLV-A, FeLV-B, FeLV-C e FeLV-T (Tabela 1). Estes subgrupos são diferenciados pelos receptores das células e parecem estar associados à ocorrência no meio ambiente e a virulência dos vírus, sendo responsáveis pela caracterização clínica e epidemiológica, e apresentando todos, uma estreita relação imunológica. A proliferação viral disseminada compromete acentuadamente a resposta imune (GREENE, 2015; BRAZ et al., 2012). Além disso, o resultado da infecção pode ser de quatro tipos: abortiva, progressiva, regressiva e focal ou atípica (Tabela 2) (ALMEIDA, 2017; LEAL & VILLANOVA, 2015; MATESCO, 2014). Em gatos adultos, as infecções geralmente resultam em viremia transitória, enquanto em gatos jovens podem causar anemia hemolítica e, eventualmente, levar ao desenvolvimento de linfoma (D’AVILA, 2009; PERROTTI, 2009). Os mecanismos exatos envolvidos nas diferentes respostas clínicas dos gatos que possuem a infecção progressiva não estão bem esclarecidos, e é evidente que a evolução clínica é determinada por uma combinação de fatores virais e do hospedeiro. Provavelmente, o fator mais importante do hospedeiro, que determina a evolução clínica dos gatos infectados pelo FeLV, seja a idade do animal por ocasião da infecção. Filhotes de gatos no períodoneonatal desenvolvem atrofia pronunciada do timo após a infecção (“síndrome de enfraquecimento dos filhotes”), resultando em imunossupressão grave, debilitação e morte precoce. À medida que crescem, os gatos adquirem resistência progressiva (GREENE, 2015). Tabela 1. Subgrupos do vírus da Felv. Subgrupo Descrição FeLV-A • Encontrado em 100% dos gatos infectados. • Altamente contagioso, porém possui baixa patogenicidade. • Está associado à indução de linfoma mediastínico. FeLV-B • Associado à ocorrência de linfoma. • Não transmissível. • Ocorre em 50% ou mais dos gatos com doença neoplásica (linfoma). • Virulento se recombinado com o subgrupo A. FeLV-C • Associado à ocorrência de anemia arregenerativa. • Não transmissível. • Raramente isolado. • Virulento se recombinado com o subgrupo A. FeLV-T • Altamente citolítico para os linfócitos T. • Associado à ocorrência de imunodeficiência. • Não transmissível. • Virulento em recombinação com o subgrupo A. Tabela 2. Tipos de resultado da infecção pelo vírus da FeLV e sua descrição. Tipo Descrição Abortiva • Número mínimo de animais desenvolvem. • Resposta imune eficaz • O vírus é eliminado Progressiva • Multiplicação ampla do vírus. • Viremia persistente. • Prognóstico desfavorável e baixa esperança média de vida. Regressiva • Viremia transitória. • Infecção latente (O genoma viral permanece na célula). • Não há replicação viral. • Alguns gatos podem eliminá-lo vários meses pós infecção. • Podem desenvolver processos tumorais ou imunodepressão. Focal/Atípica • Rara. • Replicação persistente do vírus em locais diferentes (e não na medula óssea). • Evolução variável (não apresentam a doença, nem a transmitem). • Infecção local de glândulas mamárias, olhos, bexiga urinária, entre outros órgãos. De forma geral, o vírus da FeLV pode manifestar-se de forma neoplásica ou não neoplásica, sendo que a forma neoplásica pode causar linfomas (mediastínicos, multicêntricos e alimentares são os mais comuns) e leucemias linfoides ou mieloides, e a forma não neoplásica geralmente causa imunodeficiência (infecções secundárias e oportunistas), anemias, e outros quadros como doenças imunomediadas, alterações reprodutivas e alterações neurológicas. A taxa de progressão da doença é muito variável, muitos gatos infectados permanecem numa fase de silêncio clínico durante toda a vida (GUTIÉRREZ, et al., 2015; NELSON & COUTO, 2015). Os sinais clínicos variam de acordo com o sistema afetado pelo FeLV, podendo ser classificados em tumores induzidos pelo vírus, distúrbios hematológicos, imunossupressão, doenças imunomediadas e outras síndromes (incluindo distúrbios reprodutivos, síndrome do enfraquecimento dos filhotes e neuropatias.) Dentre os principais sinais clínicos, podem ser observadas mucosas hipocoradas, dispnéia, letargia, anorexia, emagrecimento progressivo, febre, gengivite, estomatite, alterações oculares, diarréia e abscessos. Durante o exame físico, podem-se observar massas intra-abdominais palpáveis e organomegalia em baço, fígado e rins, além da hiperplasia linfóide. O FeLV pode ainda acarretar em infecções mais graves como a micoplasmose, toxoplasmose, criptococoses, Imunodeficiência Viral Felina (FIV), e Peritonite Infecciosa Felina (PIF), de forma geral, tendo relação com a baixa no sistema imune (GREENE, 2015; NELSON & COUTO, 2015; ELEUTÉRIO, 2014). Durante a viremia, o vírus pode também atravessar a barreira hematoencefálica e originar um efeito neurotóxico (GUTIÉRREZ et al., 2015). O diagnóstico da infecção da FeLV é feito pela associação do exame clínico, geralmente inconclusivo, com exames laboratoriais complementares. As técnicas mais utilizadas para detecção da proteína viral são a imunofluorescência direta (RIFD) e o teste imunoadsorção enzimática (ELISA). O teste ELISA (do inglês Enzyme Linked ImmunonoSorbent Assay) baseia-se em reações antígeno-anticorpo detectáveis por meio de reações enzimáticas, é o mais utilizado, por apresentar alta sensibilidade, especificidade e praticidade, pois é capaz de detectar o vírus precocemente no soro, plasma ou sangue, enquanto que os outros testes só o detectam a partir do desenvolvimento da viremia (PAULA et al., 2014). A triagem de rotina para o FeLV tornou-se disponível devido aos métodos com base no ELISA, que estão disponíveis para o uso como testes laboratoriais rápidos realizados no local de assistência ao animal (GREENE, 2015). Para diferenciar uma infecção progressiva de regressiva ou atípica, deve-se realizar duas provas com intervalos de 6-10 semanas. Caso queira confirmar um diagnóstico sorológico positivo, deve-se empregar a técnica de PCR (GUTIÉRREZ et al., 2015). O tratamento da FeLV é inespecífico e de suporte, visando reprimir as infecções secundárias e oportunistas, melhorando a desidratação, anemia e a desnutrição dos portadores. A terapia é feita à base de quimioterapia, transfusão sanguínea, fluidoterapia, suplementação nutricional e imunoestimulantes. Com o objetivo de recuperar a função imunológica, utilizam-se drogas imunomoduladoras que estimulam a resposta imunoprotetora, para melhorar a qualidade de vida e sobrevida do animal, e fármacos retrovirais com ação direta sobre o vírus (ELEUTÉRIO, 2014). PIND-ORF, comercialmente conhecido como Baypamun® é produzido pela marca Bayer e é um imunomodulador constituído da estirpe viral D1701 do Parapoxvírus que acomete os ovinos, e como outros imunomoduladores, ativa os mecanismos imunes antígeno-independentes, como a produção de interferon pelas células mononucleares infectadas por vírus; diferenciação de células imaturas em células maduras e proliferação dos linfócitos. Em estudos realizados, o Baypamun® foi utilizado no tratamento da Leucemia Viral Felina (FeLV), em gatos naturalmente infectados. Nestes estudos, os animais diagnosticados como FeLV positivos através do método sorológico de ELISA, foram separados em dois grupos distintos, sendo um grupo tratado por um período de sete semanas com o imunomodulador, segundo as instruções do fabricante, e o outro grupo tratado com placebo. Embora não estatisticamente significante, os animais que receberam Baypamun® apresentaram uma concentração de antígenos menor do que o grupo placebo, além de apresentarem melhora no quadro clínico geral. Este resultado entra em conflito com os resultados obtidos em experimentos realizados por outros autores, que afirmaram conseguir de 80 a 100% de conversão sorológica dos animais infectados por FeLV que receberam tratamento com Baypamun® (APPOLINÁRIO & MEGID, 2007). O tratamento sintomático consiste também na administração de antibióticos para combater infecções bacterianas secundárias, além de fármacos variáveis, que são recomendados de acordo com os problemas intercorrentes que se apresentarem. Ciclos de Interferon podem ser utilizados (alfa de origem humana, e ômega de origem felina), e são recomendados para limitar a replicação viral, podendo assim melhorar sensivelmente o quadro clínico (embora não elimine o agente etiológico e nem reverta a viremia persistente) (GUTIÉRREZ et al., 2015). A infecção pelo vírus da FeLV pode ser prevenida por meio da vacinação correta dos animais. Previamente à vacinação é recomendável realizar uma prova de detecção do antígeno por meio do soro sanguíneo (realizado geralmente por meio do imunoensaio cromatográfico ou ELISA). Uma vez negativo para o exame, os animais devem ser vacinados. Estão disponíveis no mercado, vacinas inativadas, que podem ser monovalentes ou polivalentes (mais utilizada). Além disso, deve-seevitar a convivência entre animais positivos e negativos, e realizar testes e vacinações periódicas, reduzindo assim, a disseminação da doença (GUTIÉRREZ et al., 2015). A prática da vacinação, tem feito diminuir a incidência de felinos positivos para vírus como a imunodeficiência viral felina e a leucemia viral felina (FIV e FeLV, respectivamente) (DALECK, 2016). Em gatos, a FIV e a FeLV, são consideradas fatores predisponentes ao linfoma (CEOLIN, 2011), pois são doenças que causam imunossupressão. Gatos infectados por FeLV têm 62 vezes mais chance de desenvolver linfoma ou leucemia do que gatos não infectados, e o vírus atua diretamente na gênese dos tumores (MATESCO, 2014). O mecanismo pelo qual o FeLV pode causar neoplasias malignas pode ser explicado pela inserção do genoma do FeLV no genoma celular próximo a um oncogene celular, resultando em ativação e hiperexpressão desses genes. Esses efeitos levam à proliferação descontrolada da célula. Consequentemente, surge uma neoplasia maligna quando não há uma resposta imune apropriada (GREENE, 2015). O linfoma ou linfossarcoma é uma neoplasia maligna hematopoiética que tem origem nas células linfóides de tecidos sólidos (por exemplo, linfonodos, fígado e intestino), diferente da leucemia, na qual as alterações surgem primariamente na medula óssea. Sendo uma das neoplasias mais comuns em felinos domésticos atualmente, os linfomas podem se desenvolver em qualquer órgão, pela contínua migração dos linfócitos pelos diferentes tecidos do organismo. São classificados de acordo com sua localização anatômica, nas seguintes formas: multicêntrica, mediastinal, alimentar, cutânea e extranodal (CHOY & BRYAN, 2015; CEOLIN, 2011; TOMÈ, 2010; BALHESTEROS, 2006). Os sinais clínicos são muito diversificados e estão relacionados com o local anatômico em que a patologia se desenvolve. O sinal clássico é o aumento dos linfonodos, inicialmente dos submandibulares, pré-escapulares e axilares, progredindo para linfadenomegalia generalizada. (DALECK, 2016). Os animais podem ainda, demonstrar sinais gastrointestinais, nervosos, cardiovasculares, renais e síndromes paraneoplásicas. O linfoma alimentar, que também pode ser manifestado, apresenta sinais clínicos como vômito, diarreia, anorexia e perda de peso. Com frequência, encontra-se massa abdominal palpável ou espessamento do trato intestinal. As localizações não alimentares de linfoma são bastante variadas e podem envolver praticamente qualquer tecido no corpo. Foram relatados linfomas em rim, mediastino, trato respiratório (particularmente nasal), SNC (cérebro e coluna vertebral), multicêntrico (linfonodo), musculatura esquelética, cutâneo, conjuntival e cardíaca, com sinais clínicos referentes à disfunção do sistema orgânico respectivo (CHOY & BRYAN, 2015; TOMÉ, 2010; BALHESTEROS, 2006) Como o linfoma felino é uma neoplasia do sistema linfoide que, em geral, acomete diversas localizações e qualquer tecido do organismo, recomenda-se a completa avaliação diagnóstica, incluindo uma série de parâmetros para determinar a localização anatômica, a extensão da doença e o estado clínico do paciente a fim de permitir uma melhor abordagem terapêutica. Em geral, o linfoma felino é classificado com base na localização anatômica e não no esquema de estadiamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) comumente empregado em cães. O local anatômico de origem é importante, já que cada tipo de linfoma mostra um comportamento clínico específico, considerações terapêuticas e prognóstico (CHOY & BRYAN, 2015; TOMÉ, 2010). O diagnóstico baseia-se na associação da anamnese, exame físico, análises sanguíneas, exames de imagem e exames citológico e histopatológico. Na maioria das formas anatômicas de linfoma no gato, o diagnóstico pode ser feito com base no exame citológico de aspirados com agulha fina de um linfonodo aumentado, de tecidos acometidos ou de líquidos cavitários (p. ex., derrames pleurais no linfoma mediastinal). Quando os achados citológicos não forem conclusivos, recomendam-se histopatologia e imuno- histoquímica (CHOY & BRYAN, 2015; TOMÉ, 2010; BALHESTEROS, 2006). Os linfomas podem ser caracterizados através da imunofenotipagem como sendo de células B ou células T. Esta é efetuada através da citometria de fluxo ou de técnicas imunohistoquímicas e imunocitoquímicas. A imunofenotipagem, além de representar um guia para decisões terapêuticas, fornece informação sobre o prognóstico. A citometria de fluxo é um método rápido, sensível e quantitativo e tem por base a utilização de anticorpos marcados com substâncias que coram moléculas expressas na superfície dos leucócitos. Outro método para avaliar o fenótipo é a utilização de imunocitoquímica para amostras citológicas, ou imunohistoquímica para cortes de tecidos. Nesta última, diferentes painéis de anticorpos são aplicados à amostra em estudo, revelando a natureza biológica da neoplasia (TOMÉ, 2010). A avaliação laboratorial deve envolver hemograma, perfil bioquímico sérico, urinálise com cultura e sensibilidade (para avaliar infecções preexistentes do trato urinário que podem representar um nicho para sepse durante quimioterapia imunossupressora) e sorologia para FIV e FeLV. Devem ser realizadas radiografias torácicas em três incidências (lateral direita, lateral esquerda e ventrodorsal) para avaliar linfonodos e estruturas pulmonares, mediastinais e pleurais. O exame ultrassonográfico do abdome é útil para avaliar a espessura da parede gastrintestinal, o tamanho de linfonodos mesentéricos e o tamanho e a ecotextura de órgãos (fígado, baço, rim). O estadiamento completo com a classificação anatômica orientará a seleção apropriada do tratamento, minimizará os efeitos tóxicos e reduzirá as complicações associadas ao tratamento (CHOY & BRYAN, 2015). A quimioterapia é o tratamento indicado para as formas sistêmicas de linfoma nos felinos, enquanto a radioterapia e a cirurgia (em associação ou não com quimioterapia) são os tratamentos indicados para as formas localizadas. A escolha do protocolo de quimioterapia deve levar em conta a classificação do linfoma quanto ao tipo celular e à localização. O prognóstico desta doença é variável, consoante o estado clínico do animal, o tipo e o estágio do linfoma e a resposta ao tratamento. Sem o tratamento clínico, os índices de mortalidade em gatos com linfoma são próximos a 40 e 75% com 4 e 8 semanas após o diagnóstico, respectivamente (TOMÉ, 2010). Hemogramas completos são realizados antes e semanalmente após cada dose de quimioterapia, para ver a evolução clínica do animal, e ter o parâmetro de avaliação do organismo, podendo ser observadas anemias, leucopenias, entre outras alterações. A bioquímica sérica e a urinálise deverão ser verificadas mensalmente, a fim de monitorar nefrotoxicidade potencial associada ao tratamento (CHOY & BRYAN, 2015). A confecção do presente trabalho tem o objetivo de relatar o caso de um gato, com exame positivo para Leucemia Viral Felina, apresentando condições neoplásicas (linfoma) diagnosticado por exames laboratoriais. Relato de Caso Um gato, macho, castrado, sem raça definida (SRD), de 1 ano de idade, pesando 3,8 kg, foi atendido na Clínica Veterinária ICESP de Brasília em abril de 2017, por apresentar aumento dos linfonodos poplíteos. Durante a anamnese, a tutora relatou que o animal estava com o comportamento normal e que não havia notado nenhuma outra alteração. Foi relatado também, que as vacinas e a vermifugação estavam atrasados, e que o animal teria livre acesso à rua. No exame físico observou-se que o animal apresentava um aumento significativo nos linfonodos poplíteos, sem apresentar outras alteraçõesdignas de nota. Foram solicitados hemograma, teste rápido FIV/FELV, ultrassonografia abdominal, radiografia de tórax, e citologia aspirativa dos linfonodos poplíteos (CAAF). Após o resultado da citologia aspirativa, foram coletadas amostras para biópsia dos linfonodos mesentéricos (por meio de celiotomia exploratória) e poplíteos, que posteriormente foram submetidos à análise histopatológica. Foi realizada uma segunda avaliação do animal entre os meses de outubro e novembro de 2018, e foram repetidos os exames de sangue, ultrassom abdominal e radiografias de tórax, sendo então, avaliados pela médica veterinária especialista em oncologia para analisar a progressão da doença. Resultados Na primeira avaliação, no ano de 2017, o hemograma indicou trombocitopenia, porém havia presença de fibrina na amostra. O eritrograma e o leucograma não tiveram alterações dignas de nota. O Teste de Imunoensaio Cromatográfico apresentou resultado negativo para FIV (método indireto) e positivo para FELV (método direto). Na segunda avaliação, no ano de 2018, os exames de sangue apresentaram aumento da creatinina (2,10 mg/dl), presença de monócitos vacuolizados, linfócitos reativos e basofilia relativa e absoluta. A citologia aspirativa do linfonodo poplíteo direito (CAAF), teve diagnóstico sugestivo de linfoma. Obteve-se a confirmação na análise histopatológica das amostras colhidas para a biópsia (linfonodo poplíteo e linfonodo mesentérico), sendo classificada como Linfoma folicular de células pequenas/de baixo grau (Figura 1). Na ultrassonografia abdominal feita em 2017, foram observados: distensão moderada da vesícula biliar, baço com dimensões aumentadas (esplenomegalia) (Figura 2A) e alças intestinais com paredes espessadas (0,30 cm) nos segmentos jejunais (Figura 3A). Além disso, foram observadas dimensões aumentadas nos linfonodos mesentéricos - 2,85 cm de comprimento x 0,89 cm de espessura (Figura 4A). A ultrassonografia abdominal feita em 2018, mostrou alterações parecidas com as do primeiro exame, porém apresentou aumento em algumas dimensões. Observou-se uma distensão moderada da vesícula biliar, baço ainda com dimensões aumentadas (Figura 2B), alças intestinais com paredes espessadas (0,35 cm em segmentos jejunais e 0,38 em duodeno) (Figura 3B), e linfonodos aumentados (3,74cm e 0.89cm) (Figura 4B). Os exames radiográficos foram realizados nas projeções Latero-Lateral-Direita (LLD), Latero- Lateral-Esquerda (LLE) e Ventro-Dorsal (VD) e mostraram-se dentro da normalidade, em ambos os anos. Na celiotomia exploratória foi observada esplenomegalia, e distensão da alça intestinal na porção íleo-cecal. Figura 1. Imagem histológica de linfonodos mesentérico e poplíteo. A- Mantos de linfócitos neoplásicos expandindo folículos germinativos (estrela preta). B- População predominantemente composta por linfócitos pequenos bem diferenciados. Fonte: HISTOPATO. Figura 2. Imagem ultrassonográfica mostrando aumento esplênico entre os anos de 2017 (A) e 2018 (B). Fonte: ULTRAVET. Figura 3. Imagem ultrassonográfica mostrando espessamento das alças intestinais entre os anos de 2017 (A) e 2018 (B). Fonte: ULTRAVET. Figura 4. Imagem ultrassonográfica mostrando aumento dos linfonodos mesentéricos entre os anos de 2017 (A) e 2018 (B). Fonte: ULTRAVET. Para uma melhor escolha do protocolo de tratamento e o prosseguimento do caso do animal, foi solicitado pela oncologista, a realização dos exames de urinálise, relação proteína/creatinina urinária, imunoistoquímica e imunofenotipagem de linfoma por PCR. Porém não foi possível a realização dos exames de imunoistoquímica e imunofenotipagem. A coleta da urina foi realizada por meio de cistocentese e enviada ao laboratório para a realização da análise. Os resultados podem ser observados na Tabela 3. A análise comparativa dos resultados de todos os exames e avaliações nos anos de 2017 e 2018, pode ser observada na Tabela 4. Tabela 3. Resultados da urinálise. Tabela 4. Comparação das alterações observadas nos anos de 2017 e 2018. URINÁLISE VALOR DE REFERÊNCIA RESULTADO COR Amarelo NORMAL ODOR Sui generis NORMAL ASPECTO Límpido NORMAL DENSIDADE 1.035 – 1.055 NORMAL PH 5.5 – 7.5 NORMAL EXAME QUÍMICO (Proteína Glicose, Bilirrubina, Sangue Oculto, Cetonas) Ausentes NORMAL SEDIMENTOS-COPIA (Células, Eritrócitos, Leucócitos Cristais, Cilindros, Bactérias, Muco, Gordura) Ausentes/Raros NORMAL Relação Proteína Creatinina Urinária <0,5 NORMAL (0,05) EXAME REALIZADO 2017 2018 COMPARAÇÃO EXAME FÍSICO • Peso corporal: 3,8kg; • Linfonodos poplíteos reativos; • Peso corporal: 5,2kg; • Linfonodos não reativos; • Aumento de 1,4kg no peso corporal; • Linfonodos poplíteos fisiológicos EXAMES DE SANGUE • Trombocitopenia (131.000) *Presença de fibrina na amostra. • Eritrograma e Leucograma fisiológicos • Bioquímicos não realizados; • Trombocitopenia (129.000) *Presença de agregado plaquetário. • Presença de monócitos vacuolizados • Linfócitos reativos; • Basofilia relativa e absoluta (2% - 0,210 μℓ); • Creatinina elevada (2,10 mg/dl); • Intensificação da Trombocitopenia; • Alta atividade fagocitária; • Estimulação antigênica; • Creatinina aumentada; ULTRASSONOGRAFIA ABDOMINAL • Distensão moderada da vesícula biliar; • Esplenomegalia; • Espessamento da parede jejunal (0,30 cm); • Linfonodos mesentéricos aumentados (2,85 x 0,89 cm); • Distensão moderada da vesícula biliar; • Esplenomegalia; • Espessamento da parede jejunal (0,35 cm) e duodenal (0,38 cm); • Linfonodos mesentéricos aumentados (3,74 x 0,89cm); • Dimensão biliar inalterada; • Persistência da esplenomegalia • Aumento da parede intestinal em 0,05cm (jejuno) e 0,38cm (duodeno) • Aumento dos linfonodos mesentéricos em 0,89 cm de comprimento; RADIOGRAFIA DE TÓRAX • Fisiológico; • Fisiológico; • Fisiológico; URINÁLISE E RELAÇÃO PROTEÍNA/ CREATININA URINÁRIA • Não realizada; • Fisiológico; • Fisiológico; Discussão De acordo com os resultados obtidos nos exames, dezenove meses após o diagnóstico, o animal apresentou uma redução no tamanho dos linfonodos poplíteos, porém um aumento no comprimento nos linfonodos mesentéricos. Nos exames de sangue, houve intensificação da trombocitopenia, aparecimento de monócitos vacuolizados, linfócitos reativos e basofilia relativa e absoluta, além do aumento na creatinina. Com a ultrassonografia abdominal foi possível observar a persistência das dimensões aumentadas da vesícula biliar, a persistência da esplenomegalia e o discreto aumento da parede intestinal. Não se obtiveram alterações visíveis em nenhuma das radiografias de tórax realizadas e nem alterações nas análises urinárias. Além disso foi possível observar a ausência de dores à palpação abdominal, polifagia, e ganho de peso corporal. À medida que os gatos crescem, eles adquirem resistência progressiva ao vírus da FeLV, assim, tendem a apresentar infecção abortiva ou regressiva, e, se houver desenvolvimento de infecção progressiva, os sinais serão mais leves e haverá um período mais prolongado de saúde aparentemente boa. Esse fator poderia explicar a ausência de alguns sinais clínicos esperados em um gato FeLV positivo como o do relato, que, provavelmente, apresenta o tipo B do vírus da FeLV (associado ao A), e que está associado à ocorrência de linfomas (GREENE, 2015; LEAL & VILLANOVA, 2015; MATESCO, 2014). A infecção pelo vírus da FeLV, uma das causas de linfoma, geralmente apresenta linfadenopatiaantigênica em gatos, podendo ser classificada em linfadenopatia inflamatória e proliferativa na forma infecciosa (FeLV) e linfadenopatia infiltrativa neoplásica (linfoma). De acordo com Vieira & Gomes (2015), os órgãos que apresentam aglomerados de células de defesa são chamados de órgãos linfóides, sendo os linfonodos e baço os principais, justificando a esplenomegalia e a linfadenomegalia mesentérica. De acordo com Choy & Bryan (2015), o linfoma de pequenas células em gatos, apresenta- se comumente na forma alimentar. Isso é confirmado pelo diagnóstico histopatológico, de linfoma folicular de células pequenas/de baixo grau, juntamente com as alterações ultrassonográficas de aumento dos linfonodos mesentéricos, e espessura das alças intestinais. A distensão da vesícula biliar pode ser característica fisiológica individual do animal, ou ser consequência da diminuição do lúmen entérico pelo espessamento da parede. Os sinais clínicos observados em linfomas (principalmente na forma alimentar), são letargia e inapetência ou, também, polifagia. E a perda de peso pela anorexia, diarreia e vômito são sinais frequentes em animais FeLV positivos portadores de linfoma (CRISTO, 2018; CHOY & BRYAN, 2015; BADO, 2011). A polifagia, associada à ausência de vômito e diarreia, relatada no caso, pode explicar o aumento no peso do animal. A ausência de alterações nos exames radiográficos torácicos é outra característica dos linfomas alimentares. Ao contrário de linfomas mediastínicos por exemplo, que podem envolver o timo e os linfonodos mediastínicos e esternais, podendo ocorrer efusão pleural e manifestar alterações em radiografias de tórax (TOMÉ, 2010). A trombocitopenia pode ser explicada pelo comprometimento da medula óssea devido ao linfoma ou à FeLV, levando à redução da hematopoiese e/ou destruição imunomediada das células (ARAÚJO, 2009). Já a reatividade leucocitária mononuclear, é em resposta à estimulação antigênica, devido à FeLV (GUTIÉRREZ et al.,2015). Em ambas as avaliações sanguíneas do animal, obteve-se a presença de fibrina e/ou agregado plaquetário na amostra. De acordo com Coelho (2006), os agregados plaquetários podem ocorrer em qualquer espécie, mas são mais comuns em amostras de felinos. Para a avaliação laboratorial, a amostra deve ser coletada de forma não traumática, pois o trauma pode causar alteração plaquetária com formação de fibrinas e agregados, que podem falsamente diminuir o número de plaquetas. Podendo-se, assim, resultar em laudos não fidedignos. Entretanto, a trombocitopenia verdadeira em felinos é, principalmente, ocasionada por doenças virais, como a FeLV (SILVA, 2017) ou à esplenomegalia e ao linfoma (VIEIRA & GOMES, 2015). Segundo Tomé (2010), as alterações bioquímicas nos felinos com linfoma refletem, muitas vezes, os órgãos envolvidos, embora não sejam específicas para diagnóstico. O aumento dos níveis séricos de creatinina pode ocorrer secundariamente à infiltração tumoral do rim, à nefrose ou ainda à desidratação. Hipoproteinemia e anemia são sinais comuns em animais com linfoma digestivo, podendo estar associados à má absorção entérica. O ganho de peso sugere que o paciente está conseguindo absorver os nutrientes no intestino, explicando a ausência de tais alterações. Dentre os métodos diagnósticos de eleição, os microscópicos, como a histopatologia, imunohistoquímica e imunofenotipagem, são essenciais para um protocolo terapêutico e prognóstico mais preciso. No presente relato, mesmo não tendo o perfil imunohistoquímico e de imunofenotipagem, optou-se por iniciar a quimioterapia indicada para linfoma intestinal de pequenas células, com a associação de Clorambucila e Prednisolona via oral (protocolo de Fondacaro). A justificativa, é que um agente como a Clorambucila, é mais apropriado para uso nos linfócitos de divisão lenta que provocam a doença, atuando no DNA e impedindo a multiplicação das células malignas (CHOY & BRYAN, 2015; TILLEY & SMITH JR., 2015). Conclusão A progressão lenta da doença, pode ter relação com a epidemiologia do agente etiológico e a resposta imune do hospedeiro. Provavelmente, o animal relatado é portador de um subgrupo menos agressivo do vírus da FeLV, apresentando infectividade, virulência, patogenicidade e resistência baixas, retardando assim, a proliferação da doença neoplásica. Pode-se concluir então, que o prognóstico e a qualidade de vida em animais FeLV positivos portadores de linfoma, está intimamente ligado à epidemiologia do agente etiológico, assim como, ao sistema acometido. Portanto, um diagnóstico com informações completas auxilia o médico veterinário em um melhor protocolo de tratamento, e consequentemente, em um melhor prognóstico. Agradecimentos Agradeço primeiramente a Deus, por me guiar até aqui e me proporcionar tantas conquistas. Aos meus pais e ao meu namorado Henrique, por todo o carinho, suporte, incentivo, e por me lembrarem sempre que sou muito mais capaz do que eu imagino. Sem eles, eu nada seria. A todos os mestres, por me proporcionarem tanto conhecimento, em especial às veterinárias Luciana Adjuto, Aline Daudt, Aline Coelho e Natalli Martins, por serem sempre tão solícitas, dedicadas, e contribuírem para meu crescimento como profissional. Sou grata à minha orientadora, Mirna Porto, pela atenção, cooperação e parceria na escrita desse trabalho, e agradeço também à veterinária Hetielle Hashimoto, pela generosidade, carinho e dedicação com o caso clínico do Fred. Por fim, aos animais, minha maior paixão, a aqueles que já fizeram parte da minha vida, aos que fazem, e aos que ainda vão fazer. Em particular ao Fred, minha inspiração de cada dia! Não posso imaginar uma vida sem eles, que sempre nos proporcionam o amor mais puro, e deixam a certeza de que não há profissão melhor! Referências 1 – ALMEIDA, T.M. de. Alterações Citológicas da Medula Óssea e Sangue Periférico de Gatos (Felis catus) Anêmicos Naturalmente Infectados Pelo Vírus da Leucemia Felina. 94f. Dissertação – Mestrado Acadêmico – Universidade Estadual do Ceará – Faculdade de Veterinária, Fortaleza, 2017. 2 – APPOLINÁRIO, C.M.; MEGID J. Uso de imunomoduladores nas enfermidades infecciosas dos animais domésticos. v. 28, n. 3, p. 437- 448. Artigo Semina: Ciências Agrárias. Londrina, 2007. 3 – ARAÚJO, G.G. Linfoma Felino. 45f. Monografia [Graduação em Veterinária] – Faculdade de Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2009. 4 – BADO, A.S. Linfoma Alimentar em Gatos. 38f. Monografia [Graduação em Veterinária] – Faculdade de Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011. 5 – BALHESTEROS, M. Linfoma de Cães e Gatos. 84f. Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba. 2006. 6 – BRAZ, G.F.; RAJÃO, D. de S.; PUERTO, H.L. del; ALMEIDA, N.R. de; MAZUR, C. Leucemia Viral Felina. Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia, nº 64, p.25, 2002. 7 – CEOLIN, B. E. M. de C. 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Monografia [Especialização em Análises Clínicas Veterinárias] – Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul, Porto Alegre, 2009. 12 – ELEUTÉRIO, D.A.S. Linfoma Relacionado ao Vírus da Leucemia Felina (FELV) – Relato de Caso. 37f. Trabalho de Conclusão de Curso [Graduação em Veterinária] – Faculdade Dr. Francisco Maeda, Ituverava, São Paulo, 2014. 13 – GUTIÉRREZ, M. del. M.B.; GUTIÉRREZ, J.A.O.; SIMÓN, M.T.C. de; GOMEZ, A.D.; BEMAL, G.D.; PRIETO, A.G.; DUATO, E.G-L.; CORRALES, G.M.; FERNANDEZ, I.S. Manual Gráfico de Imunologia e Enfermidades Infecciosas do Cão e do Gato. 1. ed. São Paulo: Editora MedVet, 2015. 14 – GREENE, C.E. Doenças Infecciosas em Cães e Gatos. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2015. 15 – LEAL, E. de S.; VILLANOVA F. Retrovírus. Em: JERICÓ, M.M.; NETO, J.P. de A.; KOGIKA, M.M. Tratado de medicina interna de cães e gatos. 1. ed. Rio de Janeiro: Roca, 2015. 16 – CHOY, K. e BRYAN, J.N. Linfoma. Em: LITTLE, S.E. O gato: medicina interna. 1. ed. 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