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26 Re vi sã o: C ris tin a Z. F ra ra ci o/ Gi ov an na O liv ei ra - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 08 /1 0/ 20 14 Unidade II Unidade II 3 TPM – TOTAL PRODUCTIVE MAINTENANCE (MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL) 3.1 A origem da TPM Essa sigla designa a manutenção produtiva (atividades em que todos os trabalhadores de uma empresa são obrigados a participar) e suportes para manutenção produtiva total. TPM: • T – suportes para total; • P – suportes para produtivo; • M – suportes para manutenção. Recentemente, “P” conota “perfeito” ou “produção”, enquanto “M” inclui gestão, além de manutenção. A fim de ter a essência da TPM compreendida, vamos explicar a sua necessidade, história, definição e características, bem como o seu objetivo, a situação atual, o seu efeito, e assim por diante. Saiba mais Recomendamos a leitura do texto a seguir: PDCA. O que é TPM. 2012. Disponível em: <http://www.pdca.com.br/ site/portal‑tpm.html>. Acesso em: 6 out. 2014. 27 Re vi sã o: C ris tin a Z. F ra ra ci o/ Gi ov an na O liv ei ra - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 08 /1 0/ 20 14 PLANEJAMENTO E PROGRAMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL Observação Os oitos pilares do programa de TPM são: 1. Melhorias específicas. 2. Manutenção autônoma. 3. Manutenção planejada. 4. Manutenção da qualidade. 5. Controle inicial. 6. Educação e treinamento. 7. Áreas administrativas. 8. Segurança e meio ambiente. 3.2 História da TPM TPM é um sistema japonês exclusivo que foi desenvolvido a partir do conceito de PM (manutenção preventiva ou manutenção produtiva), introduzido pelos EUA. A seguir, o progresso da PM (manutenção preventiva): • Manutenção preventiva (PM – mais ou menos de 1951): pode ser considerada uma espécie de check‑up físico e também uma espécie de medicina preventiva para o equipamento, cuja vida útil pode ser prolongada por meio da prevenção de falhas, evitando a sua “morte” de antemão. • Manutenção corretiva (CM – mais ou menos de 1957): é um sistema em que a ideia de evitar falhas nos equipamentos tem sido expandida, para ser aplicada na melhoria dos mecanismos, de modo que a falha pode ser eliminada (melhorando a fiabilidade) e o equipamento pode ser facilmente mantido (melhoria da capacidade de manutenção). • Prevenção de manutenção (MP – mais ou menos de 1960): seu objetivo é aumentar a confiabilidade dos equipamentos e melhorar a eficiência das equipes de manutenção, bem como reduzir os custos envolvidos na manutenção. Dá apoio às equipes de operação para que estas adquiram condições de executar as manutenções básicas nos equipamentos. 28 Re vi sã o: C ris tin a Z. F ra ra ci o/ Gi ov an na O liv ei ra - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 08 /1 0/ 20 14 Unidade II • Evitar os três D’s – difficult, dirty e dangerous (difícil, sujo e perigoso): esse conceito trabalhou a preferência para o emprego no setor de serviços. A redução no número de horas de trabalho pode ser vista como uma tendência, por causa da redução de custos das empresas. Essa redução de custos é muito perigosa, pois, ao economizar na área de manutenção, pode‑se não utilizar equipamentos adequados para a manutenção, tornando‑a muito difícil de ser realizada. Assim, segue como um efeito avalanche, porque será um serviço sujo e perigoso de ser realizado, podendo causar acidentes de trabalho. Todas as atividades para melhorar a produtividade do equipamento, realizando MP, PM e CM, a partir do ciclo de vida de equipamento, são geralmente chamadas de manutenção produtiva ‑ PM. Assim, a introdução de TPM é necessária para reduzir as 16 grandes perdas em equipamentos, mão de obra, materiais, moldes, gabaritos, ferramentas e também para a utilização de energia zero, o que garante a sobrevivência das empresas. As 16 grandes perdas Segundo Nakazato (2001), o TPM tem como objetivo básico a redução das perdas de uma empresa para aumento do rendimento global dos equipamentos e instalações. Elas são classificadas em 16 grandes perdas, oito relacionadas a equipamentos e oito a recursos humanos e insumos. Perdas relacionadas a equipamentos: 1. Perdas por manutenção programada: perdas de tempo por desligamento decorrente de manutenção periódica, conforme calendário anual de manutenção. 2. Perdas por quebra/falha: perdas de tempo devido à parada inesperada do equipamento, decorrentes de quebra e falha durante o regime normal de produção. 3. Perdas por set‑up e ajustes: perdas de hora por máquina existente entre o final da produção de um produto e o início da produção do próximo, livre de defeitos – inclusive os ajustes necessários. 4. Perdas por troca de ferramental: decorridas durante a substituição de ferramentas necessárias à continuidade da produção. Podem ser causadas por desgaste normal, quebra ou fim da vida útil. 5. Perdas por partida e desligamento: causadas pelos procedimentos de partida após período planejado de inatividade e desligamento para período planejado de parada do equipamento. 6. Perdas por espera: ocasionadas pela espera por instrução de ordens de produção ou espera por materiais, mão de obra e/ou insumos, de maneira não programada. 7. Perdas por baixa velocidade, pequenas paradas e ociosidade: perdas de produção, equivalentes em tempo, devido à máquina estar trabalhando com velocidade abaixo da projetada ou a pequenas paradas por problemas temporários. 29 Re vi sã o: C ris tin a Z. F ra ra ci o/ Gi ov an na O liv ei ra - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 08 /1 0/ 20 14 PLANEJAMENTO E PROGRAMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL 8. Perdas por defeito e retrabalho: perdas de produção, equivalentes em tempo, devido à fabricação de produtos defeituosos descartados ou retrabalho de recuperação ou rebaixamento para produto de 2ª categoria. Perdas relacionadas a recursos humanos e insumos: 1. Perdas por falha administrativas: são as perdas de tempo de espera que ocorrem durante os processos administrativos, tais como: espera por materiais, espera por instruções e trabalhos extraordinários. 2. Perdas por falhas operacionais: são relacionadas ao não cumprimento dos padrões de trabalho previamente estabelecidos. 3. Perdas por falhas de logística: relacionadas ao excessivo movimento ou deslocamento (layout deficiente, falta de sistemas automatizados ou mesmo sistemas mal projetados). 4. Perdas por desorganização da produção: perdas relacionadas à desorganização da linha de produção que causam movimentos desnecessários, espera ou ainda dificuldades à realização dos trabalhos. 5. Perdas por medição e ajustes excessivos: são relacionadas à utilização de horas x homem em excessivos controles, medições e ajustes, para evitar a ocorrência de produtos defeituosos. 6. Perdas de volume: são devidas à diferença de peso entre todas as matérias‑primas e produtos finais (espessuras desnecessárias, sobremetal, refiles, rebarbas, canais de fundição etc.). 7. Perdas por desperdício de energia: são insumos desperdiçados ou utilizados em excesso, isto é, além do especificado no projeto ou processo, por exemplo: perda de ar‑comprimido, vapor (excesso de temperatura) etc. 8. Perdas por baixa eficiência de moldes e gabaritos: são perdas de custos indevidos incorridos na fabricação ou reparo de matrizes, gabaritos ou ferramentas, devido ao seu desgaste prematuro, não atingindo a vida útil esperada. Em 1971, a Nippon Denso CO. Ltda. introduziu e implementou pela primeira vez com sucessoa TPM no Japão. Eles ganharam o prêmio PM Excellent Plant Award. Esse foi o início de TPM no Japão. Desde então, a TPM se espalhou por todo o Japão, especialmente no grupo Toyota. No entanto, a TPM fez uma mudança gradual e a tendência de implementar a manutenção baseada em condição (CBM) pode ser vista a partir do início da década de 1980. 30 Re vi sã o: C ris tin a Z. F ra ra ci o/ Gi ov an na O liv ei ra - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 08 /1 0/ 20 14 Unidade II 3.3 A evolução da TPM Manutenção não era fundamental 1ª Geração: até a 2ª Guerra 2ª Geração: da 2ª Guerra aos anos 60 3ª Geração: dos anos 70 até 2000 4ª Geração: anos 2000 em diante • Indústria pouco mecanizada • Equipamentos simples e superdimensionados • Aumento da mecanização • Aumento da complexidade das instalações • Mudanças aceleradas • Surge a terotecnologia na Grã‑Bretanha • Surge a TPM no Japão • Sistemas “inteligentes“ • Tecnologia da Informação Planejamento e sistemas de controle Novas expectativas Nova visão das falhas Novas técnicas de análise Tomada de decisão Redes neurais, sistemas especialistas, lógica nebulosa, sistemas Neuro-Fuzzy Figura 3 Evolução dos sistemas de produção 1960 MRP CCQ Ocidente Japão 1970 PM, Preditativa TPM TQC 1980 Automação JIT KANBAN CEP 1990 Reengenharia Células ISO 9000 RCM II ERP 2000 M an uf at ur a en xu ta Figura 4 31 Re vi sã o: C ris tin a Z. F ra ra ci o/ Gi ov an na O liv ei ra - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 08 /1 0/ 20 14 PLANEJAMENTO E PROGRAMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 Manutenção corretiva Primeiras técnicas de manutenção preventiva (Japão) MPT ‑ Manutenção preventiva total (início em 1971 na Nippondenso no Japão) 1981 - Introdução da MPT no Brasil por Nakagima MPT 1ª geração MPT 2ª geração MPT 3ª geração Figura 5 Logística de controle e administração de matéria‑ prima Logística de produção Logística de armazenagem Logística de descarte e reciclagem de produtos Logística de distribuição (logística de transportes) Logística de peças de reposição Fo rn ec ed or es Cl ie nt es Figura 6 Manutenção corretiva (Após falha total ou quebra do equipamento) Realizada pelo departamento de manutenção Manutenção preventiva (Antes de falhas ou quebras de máquinas) Realizada pelo departamento de manutenção Manutenção em confiabilidade (Antes de falhas ou quebras de máquinas) Realizada pelo departamento de manutenção e outros especialistas MPT Realizada pelo departamento de máquinas Ev ol uç ão d a m an ut en çã o Tempo Figura 7 32 Re vi sã o: C ris tin a Z. F ra ra ci o/ Gi ov an na O liv ei ra - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 08 /1 0/ 20 14 Unidade II Manutenção industrial Manutenção corretiva Manutenção rotineira Manutenção baseada em inspeções do estado das máquinas Manutenção baseada em confiabilidade (RCM‑Reliability Centred) Manutenção preventiva Figura 8 Av ar ia s Tempo de vida Início do funcionamento da máquina Final da vida útil do equipamentoAvarias normais Figura 9 Fase de projeto e construção do equipamento Dados e informações de manutenção realimentam o ponto de partida para novos projetos Fase de monstagem, instalação e primeiros testes do equipamento no chão‑de‑ fábrica Fase de funcionamento do equipamento na fábrica Figura 10 33 Re vi sã o: C ris tin a Z. F ra ra ci o/ Gi ov an na O liv ei ra - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 08 /1 0/ 20 14 PLANEJAMENTO E PROGRAMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL Custos com manutenção preventiva Ponto ótimo Custos decorrentes de falhas Nível de manutenção Cu st os Figura 11 No início dos trabalhos na década de 1960, as atividades eram desenvolvidas manualmente e isso acarretava perdas exorbitantes, devido à falta de treinamentos e desgastes dos colaboradores. Essas atividades acabavam também causando doenças nas articulações, peles, mãos, pés, olhos, pulmões etc. O uso de EPIs também não existia; dessa forma, um colaborador era facilmente afastado, outro era colocado em seu lugar e, assim, voltava‑se à estaca zero das atividades, e os erros voltavam a acontecer na mesma frequência ou em frequência maior do que com o antigo operador. Observação Segundo a Norma Regulamentadora 6 – NR‑6, considera‑se equipamento de proteção individual – EPI todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador e destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Devido a esses problemas, as empresas tinham alto índice de absentismo e gastos exorbitantes com despesas médicas, remédios, prejuízos na produção e perda de matéria‑prima. Dessa forma, viam seus lucros serem reduzidos ou até mesmo extintos. Com o passar do tempo, estudos foram sendo realizados, testes foram feitos e, nos dias atuais, ainda se faz uso e é necessária a mão de obra humana, mas com menos frequência. 3.4 Objetivos da TPM Como principais objetivos da TPM, podemos citar: • reduzir custos; 34 Re vi sã o: C ris tin a Z. F ra ra ci o/ Gi ov an na O liv ei ra - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 08 /1 0/ 20 14 Unidade II • reduzir gastos; • aumentar a vida útil de equipamentos; • reduzir o tempo de máquina parada; • maximizar os ganhos; • aumentar a eficiência da produção; • ajudar no histórico da manutenção. Quadro 2 P Produtividade Aumento do rendimento das máquinas Redução nas paradas não planejadas Q Qualidade Melhoria da capacidade do processo Menor índice de refugo Diminuição de reclamações dos clientes C Custos Redução dos custos industriais Menor consumo de peças de reposição nas máquinas e equipamentos Redução de retrabalho L Entrega Redução de estoque Mais confiabilidade nos prazos de entrega S Segurança e meio ambiente Redução dos acidentes de trabalho Diminuição de sujeira e desperdícios Economia de material e energia M Motivação dos funcionários Aumento do número de sugestões de melhoria Motivação para trabalhos em grupo Criação de mentalidade de melhoria contínua Observação A manutenção produtiva total tem como características três importantes fatores: • busca da economicidade, ou seja, deve proporcionar lucros; • sistema integrado; • manutenção espontânea, executada pelo próprio operador. 35 Re vi sã o: C ris tin a Z. F ra ra ci o/ Gi ov an na O liv ei ra - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 08 /1 0/ 20 14 PLANEJAMENTO E PROGRAMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL 3.5 Resultados da TPM Em outras palavras: • Produtividade: as máquinas, tendo seu histórico de manutenção em dia e suas paradas programadas respeitadas e executadas com êxito, veem a sua produtividade aumentada e a redução das paradas por quebras por falta de manutenção ou desgastes de peças. • Qualidade: com um índice menor de parada ou quebra da máquina, o número de erros devido aos problemas citados também diminui. Isso melhoraa capacidade do processo, deixando a máquina com um número muito reduzido de refugo e também reduz a quantidade de defeitos na produção, o que deixa os clientes mais satisfeitos e reduz o número de reclamações sobre defeitos ou insatisfação do produto. • Custos: com a maior precisão das máquinas, os custos diminuem, pois há menos desgastes de peças e equipamentos, o valor gasto com a manutenção é menor e, como a confiabilidade do equipamento aumenta, há uma redução de gasto com o retrabalho. • Entrega: as datas de entrega são mais pontuais e há uma redução significativa no estoque, quase zero, dando, assim, início ao just in time (na hora certa). • Segurança/meio ambiente: há redução dos acidentes de trabalho. Como as máquinas fazem os trabalhos, ficou mais barato produzir e têm‑se menos colaboradores afastando‑se por lesões. Dessa forma, o desperdício de matéria‑prima e energia elétrica também diminui. O local de trabalho fica mais limpo e organizado, tirando a poluição visual e os riscos de acidentes por áreas obstruídas. • Motivação dos funcionários: é possível realizar treinamentos dos colaboradores com as máquinas e ferramentas necessárias para um bom desenvolvimento das atividades, evitando afastamentos por acidentes e, nessa mesma linha, motivam‑se os trabalhadores para que desenvolvam bem suas tarefas e faz‑se com que eles se sintam importantes na empresa e conscientizem‑se sobre a melhoria contínua. Portanto, aquelas frases prontas do tipo: “Eu sempre fiz assim e sempre deu certo, não é por isso que vou mudar agora”, são próprias de pessoas que nos tempos atuais não se encaixam mais no mercado de trabalho. Lembrete O Programa TPM é sustentado por oito pilares básicos. 36 Re vi sã o: C ris tin a Z. F ra ra ci o/ Gi ov an na O liv ei ra - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 08 /1 0/ 20 14 Unidade II 3.6 Conclusão A implementação do programa TPM trouxe vários benefícios para empresas e funcionários, assim como para o setor de manutenção, que era considerado o gargalo da empresa. Entre os melhores benefícios adquiridos com a TPM estão: • redução das manutenções corretivas emergenciais; • redução de horas extras; • melhor controle dos equipamentos; • melhor uso das ferramentas da qualidade; • indicadores mais fiéis. Mesmo tendo toda essa gama de recursos, o que mais dificulta a implantação das atividades da TPM é o fator humano. Lembrete A TPM serve para deixar os processos organizacionais mais eficientes e eficazes. Saiba mais Recomendamos a leitura do texto a seguir: QUADROS, L. TPM – manutenção produtiva total. Administradores, maio 2010. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/ tpm‑manutencao‑produtiva‑total/45081/>. Acesso em: 6 out. 2014. 37 Re vi sã o: C ris tin a Z. F ra ra ci o/ Gi ov an na O liv ei ra - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 08 /1 0/ 20 14 PLANEJAMENTO E PROGRAMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL 4 OS PROFISSIONAIS DA MANUTENÇÃO Gerente geral Subcomitês pilares Monitores Operadores Líderes Supervisores Gerentes Grupo executivo Grupo gerencial Grupo autônomo Grupo de operacional Manutenção autônoma Manutenção planejada Manutenção da qualidade Controle inicial Educação e treinamento Segurança, higiene e meio ambiente Áreas administrativas Melhoria específica Secretaria ‑ TPM Figura 12 De acordo com a figura anterior, podemos explicar como funciona a hierarquia da TPM dentro de uma indústria. Começaremos da base: • Operadores: executam as atividades solicitadas. • Monitores: recebem as atividades e o cronograma e transmitem e acompanham as execuções. • Líderes: cobram os resultados e, por meio do desempenho de sua equipe, incentivam o crescimento e preservam a harmonia e o bem‑estar do grupo. O papel do líder é fundamental no gerenciamento do capital humano e é por esse motivo que existe uma expectativa muito grande quanto ao desempenho desse profissional. • Supervisores: têm como principal objetivo planejar, organizar, liderar e controlar. Portanto, como planejadores, distribuem o plano de trabalho. Atuando como organizadores, designam tarefas, verificam horários e estabelecem rotinas de trabalho. • Engenharia de manutenção: administram estratégias e gerenciam, planejam, controlam e executam a manutenção, associando às técnicas usuais e avançadas de todas as ferramentas como TPM, 5s, Ciclo PDCA etc., com fiel observância aos sistemas integrados de qualidade, meio ambiente, segurança e saúde, otimização de custos e gestão de recursos. 38 Re vi sã o: C ris tin a Z. F ra ra ci o/ Gi ov an na O liv ei ra - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 08 /1 0/ 20 14 Unidade II • Gerente: é o principal responsável por toda a infraestrutura necessária. Sua principal tarefa é zelar para que os recursos da empresa sejam utilizados de maneira objetiva e eficaz, evitando o desperdício e visando à melhor satisfação tanto dos clientes quanto dos funcionários da empresa. • Gerente geral: transmite as informações de seus superiores para funcionários administrativos. A tomada de decisão precisa ser rápida e é muito importante, porque o gerente tem de analisar situações e determinar o melhor rumo a ser tomado. Isso ocorre para garantir que a sua empresa mantenha funcionários competentes, ajude os funcionários a melhorarem ou elimine aqueles que não cumprem as normas da organização. Ele é responsável pela supervisão de todas as funções administrativas em sua empresa. Resumo Nesta unidade, falamos sobre a manutenção preventiva total – TPM, que é a evolução de todas as demais técnicas de manutenção e engloba as técnicas administrativas para o adequado planejamento, controle e execução de todas as atividades referentes à manutenção, visando sempre à melhoria da produtividade e à confiabilidade dos equipamentos para que, dessa forma, seja possível garantir maior competitividade para as empresas. A TPM está entre os métodos mais eficazes para que a empresa se transforme em uma operação com gerenciamento orientado para o equipamento. Esse tipo de manutenção faz com que todos foquem suas atenções em todos os componentes da fábrica e, dessa forma, reconheçam a importância e o valor gerencial orientado para o equipamento, sendo a confiabilidade, a segurança e a manutenção fatores decisivos para que se atinja a eficiência na qualidade, quantidade e custo.
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