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Respostas Exercícios - Métodos Alternativos de Resolução de Conflito - Lei da Mediação

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Mariana de Sousa Farias CPD:018978
Direito - 8º Semestre Campus: Águas Claras Turno: Matutino
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO - Métodos Consensuais de Resolução de Conflitos
1 - Quais os objetivos principais da Resolução 125 do CNJ?
Conforme dispõe o artigo 2º, objetiva disseminar a cultura da pacificação social, estimulando formas de resolução de conflitos fora do Judiciário por meio de acordos; criar estruturas no Judiciário para realizar conciliações e mediações e ainda promover a adequada formação e treinamento de servidores, conciliadores e mediadores.
2 - Qual a importância do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Resolução de Conflitos?
	Desenvolver a Política Judiciária de tratamento adequado dos conflitos de interesses, instalando CEJUSCs, promovendo a capacitação de magistrados, servidores, conciliadores e mediadores, mantendo cadastro de mediadores e conciliadores, podendo também fixar sua remuneração. (Art. 7º, Resolução 125, CNJ)
3 - Qual a importância dos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania?
	Os CEJUSCs são os responsáveis pela realização ou gestão das sessões e audiências de conciliação e mediação que estejam a cargo de conciliadores e mediadores, bem como pelo atendimento e orientação ao cidadão. (Art. 8º, Resolução 125, CNJ)
4 - O que há de diferente no acesso à justiça estimulado na Resolução 125 do CNJ?
	Há um estímulo a autocomposição no sentido de descontruir a cultura de litigiosidade, afim de promover a solução do conflito de maneira consensual, onde o sujeito possa se sentir ator, portador e colaborador da justiça. Além de auxiliar na redução de demandas do Judiciário, que por sua vez se encontra sobrecarregado de lides que poderiam ser facilmente solucionados por meio da mediação e da conciliação.
5 - Quais as diferenças entre mediadores e conciliadores segundo o novo CPC?
	O conciliador atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes e poderá sugerir soluções para o conflito. O mediador por sua vez, atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará os interessados a compreender as questões e os interesses no conflito, de modo que elas possam por si só identificar soluções consensuais de benefícios mútuos. (Art. 165, §§ 2º e 3º, CPC)
6 - Qual a importância do concurso público para formar mediadores e conciliadores?
	É muito importante para facilitar a valorizar a profissão, permitindo que se tenha um quadro de profissionais capacitados e não apenas voluntários, investir na qualificação do e na formação de um quadro concursado assegura um plano de carreira de modo a impedir uma precarização dessa profissão extremamente necessária no cenário atual do Judiciário.
7 - Qual sua opinião sobre conciliação e mediação voluntária?
	Acho muito importante, pois aproxima e empodera o cidadão, trazendo para ele a possibilidade de resolver seus conflitos de interesse o colocando no controle da situação e disseminando uma postura pacifista na sociedade. 
8 - Quais as desvantagens da mediação e conciliação obrigatórias?
	Quando se impõe certa obrigatoriedade as pessoas tentem a se fechar ficando menos dispostas a estabelecer um acordo, pois se sentem obedecendo alguém e não tão empoderadas e no controle como se estivessem o fazendo de forma voluntária.
9 - O tempo por sessão estipulado em 20 minutos entre uma sessão e outra é suficiente para um bom procedimento?
	Ser suficiente ou não depende de cada caso pois há questões que se resolvem em mais ou menos tempo, mas só de haver um período mínimo demonstra que há um tempo que foi reservado para aquelas pessoas, demonstrando assim respeito às partes e aos seus advogados.
10 - Quais os motivos que levaram o legislador a determinar que a citação do réu em ações de família não deve ser acompanhada de petição inicial?
	A citação deve vir desacompanhada de cópia da inicial para que a parte não se irrite a ler seu conteúdo e acabe por comparecer à audiência de mediação com raiva e indisposta a realizar um acordo. No entanto, se a parte não se sabe do que se trata exatamente, ela fica mais tranquila e aberta a estabelecer uma solução pacífica para aquele conflito.
11 - Qual a diferença entre a mediação extrajudicial e a judicial previstas na Lei 13.140/2015?
Na mediação extrajudicial o mediador é escolhido pelas partes espontaneamente, e não é necessário que o mediador seja inscrito no cadastro de mediadores. É realizado um convite, e pode ser rejeitado com fundamento no princípio da voluntariedade. Já na mediação judicial quem realiza a audiência é o mediador cadastrado e indicado pelo tribunal e não está condicionado a escolha ou aceitação das partes.
12 - A mediação pode ser empregada em qualquer tipo de direito? Exemplifique.
	Não, a mediação pode ser utilizada quando se trata de direitos disponíveis ou indisponíveis passíveis de transação, podendo versar em todo ou em parte, como por exemplo nas ações de divórcio e alimentos.
13 - Quais são os impedimentos do mediador em relação às partes e ao processo em que atuou?
	Aos mediadores se aplicam as mesmas causas de impedimento e suspensão dos magistrados. Durante 1 ano a partir da última audiência eles ficam impedidos de assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes. (Art. 172)
14 - O que é co-mediação em que circunstâncias é utilizada?
	 A co-mediação consiste na utilização de mais de um mediador na resolução de um conflito a fim de ampliar a visão da controvérsia. É utilizada sempre que for cabível pela natureza ou complexidade do conflito, a qual deverá ser realizada por profissional especializado na área de conhecimento a que concerne o litígio. Prevê-se ainda a figura da co-mediação obrigatória nas controvérsias “que versem sobre o estado da pessoa e direito de família”, casos em que o co-mediador deverá ser um psiquiatra, psicólogo ou assistente social. 
15 - Quais as exceções ao princípio da confidencialidade?
	O princípio da confidencialidade pode ser excepcionado quando as partes autorizem o uso das informações (art. 166, §1º, CPC), quando a lei exigir sua divulgação ou que ela seja necessária para o cumprimento do acordo (art. 30, CPC). Ainda se pode divulgar essas informações obtidas durante a mediação quando esteja relacionada com ocorrência de crime de ação pública.
16 - Fale sobre os princípios jurídico-constitucionais para a resolução adequada de conflitos na administração pública.
	Princípio do acesso à justiça e razoabilidade da duração do processo, surge no intuito de garantir celeridade a resolução das lides, uma vez que a administração é responsável por grande parte do contencioso do país, ela deve utilizar da mediação para efetivar esse princípio.									Em obediência ao princípio da eficiência, a mediação pode trazer melhor relação custo-benefício para administração na resolução de conflitos. 			O princípio democrático por sua vez é um fundamento da República, onde estabelece que Estado não é um fim em si mesmo, e deve dialogar com os particulares para encontrar soluções para os problemas.
17 - Fale sobre os limites para aplicação da resolução adequada de conflitos na administração pública.
	Na resolução de conflitos que envolvam a administração pública deve ser observado: a indisponibilidade do interesse público, pois este se sobrepõe ao interesse do particular; o princípio da confidencialidade na mediação, que em regra não há confidencialidade nos conflitos que envolvem a administração pública, aplicando o princípio da publicidade na administração (art. 37, caput da CF); deve ser aplicado o princípio da impessoalidade (art. 37, caput da CF) para que tanto a administração quanto os administrados estejam em patamar igual (isonomia) no conflito, e ainda há o poder para realizar acordos vantajosos para a administração, visto o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado.
18 - O que é a transação por adesão no âmbitoda administração pública?
Consiste em um acordo que põe fim a uma demanda utilizando-se de regras já criadas e aplicadas aos casos concretos e iguais. É um acordo já pacificado jurisprudencialmente, ou seja, conflitos repetitivos, basta que o particular se enquadre na situação fática. Facilita a celebração de acordos em massa, mas no entanto perde a oportunidade de diálogo entre o cidadão e o poder público.
19 - Qual o papel do Advogado-Geral da União na resolução adequada de conflitos na administração pública.
	 Conforme o artigo 35 da Lei nº 13.140/2015 o AGU deve autorizar a transação por adesão das controvérsias que envolvam a administração pública federal direta, suas autarquias e fundações com base na jurisprudência pacífica do STF ou Tribunais Superiores e ainda dar parecer, aprovado pelo Presidente da República.
20 - Quais os outros tipos de mediação previstos nas disposições finais da Lei 13.140/2015?
	A lei ainda prevê outras formas de mediação, como a comunitária onde própria comunidade produz e utiliza o conhecimento local para construção de uma solução para o problema que a afeta, com o fortalecimento dos laços sociais. Também há a mediação escolar se busca lidar com conflitos ocorridos dentro ou fora da escola sentidas no ambiente escolar, por meio do diálogo cooperativo, e quem atua como usuário ou mediador são os próprios alunos. (Art. 42, Lei nº 13.140/2015)

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