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Sistema Hematopoético Profª Márcia Lidianne Amorim Sistema hematopoiético Medula óssea Órgãos linfoides : Timo, Linfonodos, Baço, MALT Fígado: hematopoiese fetal Sinais e sintomas podem se manifestar em vários órgãos e sistemas Anamnese Início dos sintomas: Insidioso ou agudo Antecedentes familiares - Coagulopatias: Hemofilia - Anemias: Talassemia, esferocitose Antecedentes pessoais: -Aspecto sócio-econômico História de sangramento fácil Uso de medicamentos Exposição ambiental (agrotóxicos, benzeno) História de fototerapia ao nascimento Diferenciar: Agudo x crônico Hereditário x adquirido Doença hematológica: abordagem geral Anamnese Época do aparecimento -Nascimento -Infância ou adolescência (verminoses, desnutrição, hemólises) - Adulto ou idoso (neoplasias, doenças crônicas) Forma de início Sintomas associados Ritmo Fatores de alívio ou agravo Situações de exposição Comorbidades Antecedentes pessoais e familiares -Hemoglobinopatias, nefropatias, doenças crônicas -Púrpuras ou coagulopatias - Amenorréia Doença hematológica: abordagem geral Anamnese / Exame físico Sinais vitas Causas x consequências? Cardíacas Prótese metálica Colagenoses Def. complexo B Cardiopatia anêmica Infiltrações cardíacas Somatoscopia Estado geral (febre?) Síndrome consuptiva Carências nutricionais Pele, mucosas e fâneros Hemorragias Adenomegalias Palidez Edema Úlcera de MMII Eritrodermia Cianose / Pletora Petéquias, equimoses e hematomas Pulmonar Gastrointestinais Genitourinários Mudanças de padrão Evidência de massas Icterícia Sangramentos 5 Doença hematológica: abordagem geral Neurológicos Anamnese / Exame físico Cefaléia, tonteira, deficiência sensitivo-motora, polineuropatia Osteoarticulares Dor óssea Deformidades ou fraturas patológicas Artrites Tumorações Hepatoesplenomagalia, infiltração de pele e mucosas (gengiva) SÍNDROMES ANÊMICAS Síndrome anêmica O termo anemia designa: Resultado do desiquilíbrio entre a produção e a perda ou destruição de hemácias ou da hemoglobina Estado em quehá diminuição da concentração de hemoglobina (Hb) por unidade de sangue, abaixo da média considerada normal para idade, com redução da capacidade de transporte de oxigênio. Síndrome anêmica: abordagem prática Anamnese Tempo de instalação Agudo Insidioso Hemorrágica, hemolítica auto-imune Ferropriva, Megaloblástica, Aplásica, Mielodisplasia, Doença crônica, Mieloma História ocupacional (solventes, inseticidas)l Hemolítica, aplásica Histórico transfusional Hemolítica / Anemia de doença crônica (HIV) Raça e história familiar Falciforme, Talassemia Síndrome anêmica: abordagem prática Cefaléia, vertigem, síncope Tontura, palidez cutaneomucosa Cardiopatia anêmica - Dispnéia aos esforços - Palpitações, taquicardia e alterações hemodinâmicas - Astenia, fadiga - Insuficiência cardíaca de alto débito Descompensação de doenças prévias Manifestações neurológicas, orais e gastrointestinais Sinais urinários Indícios de sangramento Comorbidades e sintomas associados Hábitos nutricionais, intestinais e diurese História ocupacional Uso de drogas e fármacos Como investigar a etiologia “A síndrome anêmica” Síndrome anêmica: abordagem prática Avaliação Inicial Há ou houve perda de sangue (taquicardia, hipotensão postural) História menstrual, perda de peso, alternância de hábitos intestinais Há evidência de hemólise (icterícia, esplenomegalia) Há supressão medular (hepatoesplenomegalia, infecções, reticulopenia) Há carência de ferro (sintomas de doenças dispépticas, alteração do hábitos intestinais, perversão do apetite) Há deficiência de ácido fólico ou vitamina B12 (parestesias, ataxia) Síndrome anêmica: abordagem prática Anemia ferropriva Anemia por deficiência de ferro. Associada a fatores como aumento de consumo, excesso de perda, má-absorção ou eliminação deficiente. Anemia megaloblástica Anemia por deficiência deficiência de ácido fólico ou vitamina B12, ocasionando defeito na síntese de DNA em células precursoras da medula óssea. Anemia aplásica Deficiência na formação de percursores eritroblásticos medulares a partir da célula tronco. Causas: medicamentosas, agentes tóxicos (benzeno), radiações, infecções, metabólicas e neoplásicas (timoma). Anemia hemolítica Anemia por hemólise aumentada dos eritrócitos, com tempo de sobrevida menor que 20 dias. Podem ser de natureza constitucional ou adquirida. Talassemias Doença com falhas genéticas na síntese das cadeias globínicas alfa e beta. Anemia falciforme Doença genética e hereditária, com hemácias que perdem seu formato adquirem forma de foice e tronam-se endurecidas. 12 Síndrome anêmica: abordagem prática Exame físico Pele e mucosas Palidez de pele e mucosas Alopécia Cabelos finos com perda do brilho Glossite atrófica, queilose angular – anemia ferropriva de longa duração Coiloníquia, unhas quebradiças – anemia ferropriva Lingua lisa e despapilada – anemia megaloblástica Síndrome anêmica: abordagem prática Exame físico Sistema cardiovacular Taquicardia, hipotensão postural, choque hipovolêmico e hipoperfusão periférica – Hemorragia ou hemólise aguda Sopro sistólico Ritmo de galope Quadros crônico Arritmias / Sinais de IC – crises de falcização Síndrome anêmica: abordagem prática Exame físico Trato gastrointestinal Hepatoesplenomegalia – anemias hemolíticas em geral / talassemias Icterícia Hemorragias das mucosas bucais – anemias aplásticas Baço reduzido de tamanho – anemia falciforme Síndrome anêmica: abordagem prática Exame físico Sistema musculoesquelético Necroses ósseas, assépticas – anemia falciforme Crescimento da região maxilar superior, dentes incisivos de grande tamanho – Talassemia Perda de massa muscular – anemias de causa nutricional Síndrome anêmica: abordagem prática Exame físico Neurológico Sinais variáveis: parestesias leves até hiporreflexia Sinal de romberg Sinal de babinsk Ataxia Fraqueza muscular Anemia perniciosa Manifestações neurológicas relacionadas a formação de trombos – anemia falciforme Síndrome anêmica: abordagem prática Padrões clínicos que orientam o tipo de anemia Anemia / Icterícia / Esplenomegalia = Anemia Hemolítica Anemia / Perversão do apetite /Coiloníquia = anemia ferropriva Anemia / Múltiplas petéquias = Anemia aplástica Anemia / Diminuição da sensibilidade vibratória / Romberg Positivo = deficiência de Vit. B12 Síndrome anêmica: AVALIAÇÃO HEMOGRAMA E agora? Qual próximo passo? Definição (OMS): Hb < 12g/dl em mulheres, < 13g/dl em homens, < 11g/dl em gestantes e crinças entre 6 meses e 6 anos SOLICITAR UM HEMOGRAMA Avaliação Inicial: Hemograma completo, reticulócitos e esfregaço de sangue periférico Esfregaço: Avaliar alterações na morfologia das hemácias Síndrome anêmica: AVALIAÇÃO HEMOGRAMA VCM (Volume corpuscular médio): Orienta sobre o tamanho da hemácia. Utilizado para classificar as anemias quanto ao volume. Dados do HEMOGRAMA Tipos de anemia pelo VCM: Microcítica: se VCM < 80fl Macrocítica: se VCM > 96 fl Hemoglobina: indica a gravidade da anemia Síndrome anêmica: AVALIAÇÃO HEMOGRAMA HCM (Hb corpuscular média) / HCH (Concentração de HB corpuscular média): Orienta sobre a coloração da hemácia. Dados do HEMOGRAMA Hipercromia ou Hipocromia Valores de referência (VR): HCM (pg): 27,6 – 33,2 CHCM (g/dl): 33,3 – 35,5 Síndrome anêmica: AVALIAÇÃO HEMOGRAMA RDW (Red Distribution Width): Mede o coeficiente de variação do VCM. Avalia anisocitose. VR(%): 11,7 – 14,5 Dados do HEMOGRAMA Diferencia anemias microcíticas hipocrômicas: RDW aumentado: anemia ferropriva RDW normal: Talassemia Síndrome anêmica: AVALIAÇÃO HEMOGRAMA Contagem de reticulócitos: número de células imaturas da série vermelha. Reflete capacidade regenerativa da medula. Dados do HEMOGRAMA Reticulócitos Aumentados (se houver elementos necessários à síntese): Estado de hemorragia ou hemólise. VR (%): 0,5 – 2,0 Síndrome anêmica: AVALIAÇÃO HEMOGRAMA Classificação das anemias pelos dados hematimétricos Classificação das anemias Anemias hipocrômicas microcíticas Anemias normocíticasnormocrômicas Anemias macrocíticas Ferropriva Mieloma múltiplo Megaloblástica Talassemia Doença crônica Hipotireoidismo Sideroblástica Hemolítica Alcoolismo Doença crônica Hemorragia aguda Mielodisplasias SÍNDROMES PROLIFERATIVAS Hematopoese Síndromes proliferativas / neoplasias Neoplasia mielóides Resultam de alterações no precursor mielóide Neoplasia mielóide aguda: Leucemia mielóide aguda > 20% de células imaturas. Características mielóides. Neoplasia mielóide crônica Hipercelularidade medular + hipercelularidade periférica de 1 ou mais linhagens Ex: policitemia vera, leucemia mielóide crônica SÍNDROMES PROLIFERATIVAS/ NEOPLASIAS Neoplasias linfoides Alteração em células da linhagem linfoide B, Linfóide T e Linfóide NK. Classificação depende do ponto de maturação do linfócito onde ocorreu a alteração. Neoplasias de células precursoras: leucemias linfoides Neoplasias de células maduras - Linfomas Não Hodgkin (LNH) - Linfoma de Hodgking Síndrome proliferativa: abordagem prática Síndrome constitucional Fraqueza (astenia), febre, anorexia, emagrecimento; Hemorragias e palidez cutâneo-mucosas Prurido cutâneo; Adenomegalia, hepatoesplenomegalia; Dor óssea; tumores ósseos e/ou subcutâneos (gengiva); Tosse, dispnéia; Sinais de hipertensão intracaniana, déficits neurológicos; Priapismo Estagiamento Extensão da linfadenopatia: LOCALIZADA X GENERALIZADA Linfonodomegalia escalena ou supraclavicular sugere patologia Sintomas compressivos nas adenomegalias não-superficiais Doenças imunológicas, infecciosas, malignas, de depósito, endócrinas ou metabólicas Baço palpável Hiperesplenismo, outros (infiltração leucêmica, aplasia medular com metaplasia mielóide, reacional) Avaliação Inicial Anamnese / Exame físico “A síndrome proliferativa” Síndrome proliferativa: EXAME FÍSICO Exame físico Hipertrofia ganglionar Linfomas Dor e aumento da bolsa escotral Priapismo Hiperplasia da gengiva (infiltração) Leucemia / Linfomas Atenção: Sem dor local e sem sinais flogísticos Pode haver necrose, flutuação e fistulização Leucemia e linfomas Infecções de mucosa vaginal / Hematúria macroscópica Quadro meningítico (neuroleucemia) / Sinais de HIC Leucemia agidas / Linfomas leucemizados Leucemias / Linfomas Leucemia crônica SÍNDROME PROLIFERATIVA: HEMOGRAMA Leucócitos Principais células do sistema imune e atuam tanto de forma direta (neutrófilos, linfócito T e células NK) quanto de forma indireta (Linfócitos B) Polimorfonucleares: neutrófilos, basófilos e eosinófilos; Mononucleares: monócitos e linfócitos; Aumento ou diminuição: Capacidade da produção medular e/ou linfonodal Aumento primário (neoplasia) ou resposta a trauma, patógeno, inflamação SÍNDROME PROLIFERATIVA: HEMOGRAMA Leucócitos Leucocitose: aumento na contagem de leucócitos, geralmente às custa de linhagem única. SÍNDROME PROLIFERATIVA: HEMOGRAMA Neutrofilia - Aumento da contagem de neutrófilos. Causas primárias (doenças mieloproliferativas) ou secundárias (tabagismo, quadros infecciosos, estresse, etc). Leucemias: Neutrófilos hipogranulares e números desproporcionais de mieloblastos. Desvio à esquerda: aumento da quantidade de bastonetes. Quanto mais intenso o desvio maior células imaturas. Reação leucemóide: Leucocitose intensa (> 50.000/mm3), com desvio à esquerda escalonado. Células morfológicas e funcionalmente normais. SÍNDROME PROLIFERATIVA: HEMOGRAMA LEUCEMIAS AGUDAS: VARIA DE PANCITOPENIA A DISCRETA PLAQUETOPENIA OU ATÉ ANEMIA COM PLAQUETOPENIA E HIPERLEUCOCITOSE
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