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Anatomia Humana II (Tomaz) - Aula 3/P2: Vísceras do Abdome e Vascularização

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1 
 
ANATOMIA HUMANA II – P2 
Prof. Tomaz 
 
Aula 3: Vísceras do Abdome e Vascularização 
 
 
1. INTESTINO DELGADO 
 
O intestino delgado começa após o estômago. Então, o intestino delgado, na verdade, começa no duodeno 
logo após o piloro. Piloro é a válvula que separa o estômago do duodeno. 
O intestino delgado divide-se em duodeno, jejuno e ílio. Somente a primeira porção do duodeno que é 
intraperitoneal, ou seja, que tem mesentério - porque a segunda porção que é descendente, a terceira porção que é 
transversal e a quarta que é ascendente são retroperitoneais. Então, a 2ª, 3ª e 4ª são fixas, são retroperitoneais e 
não possuem mesentério. 
O grande lance do intestino delgado é que lá ocorre absorção. Na segunda porção do duodeno vão chegar o 
suco biliar e o suco pancreático – isso na segunda porção. O resto do intestino delgado não tem muita função não. 
Tripas são as alças do jejuno e ílio, os quais são importantes porque tem um grande mesentério e o bom é 
que topa qualquer cirurgia, aceita qualquer ponto, não costuma fistulizar (termo médico que diz respeito a uma 
comunicação feita patologicamente ou cirurgicamente entre dois órgãos) e podemos levá-la para onde quisermos. Se 
anastomosa com o intestino grosso, se anastomosa com o estômago, se anastomosa com o esôfago e dá tudo certo 
com o intestino delgado, porque é bastante vascularizado através da artéria mesentérica superior. 
É difícil saber a transição de jejuno para o ílio, mas normalmente os 2/3 iniciais é o jejuno e o terço final é o 
ílio. 
A flexura duodeno jejunal – prolongamento suspensor duodeno que é o ligamento – o músculo suspensor 
que dá origem ao ligamento de trás. Dá para perguntar a flexura duodeno jejunal na prática (isso quando não 
arrebenta). 
A partir da flexura duodeno jejunal começa as alças de jejuno e posteriormente a 4ª, 3ª e 2ª porção do 
duodeno. 
Lesão por arma branca, às vezes não dá para ver a lesão do duodeno e ao operar 2-3 dias depois tem 
peritonite e a sutura não fica legal. A sutura para dar certo: não pode ter infecção, ter boa oxigenação e ter técnica do 
ponto. 
Então, começam as alças de duodeno e ílio. A vascularização é a artéria mesentérica superior. Vai ter a 
transição entre o intestino delgado e o intestino grosso. 
Logo que vem a segunda porção do duodeno, acontece a famosa úlcera duodenal. A fisiopatologia da úlcera 
gástrica para a úlcera duodenal é totalmente diferente. Na úlcera gástrica existe uma hipercloridria - não é o aumento 
e sim a presença de ácido clorídrico na mucosa duodenal que vai gerar a úlcera. Já nas úlceras gástricas não é o 
ácido clorídrico, porque este vive normalmente na cavidade gástrica. Portanto a presença de úlcera no estômago não 
tem nada a ver com a produção de HCL. 
 
 
 
 
 
2 
 
 
2. INTESTINO GROSSO 
 
O intestino grosso apresenta as seguintes porções: ceco, cólon ascendente (ou cólon direito), ângulo 
hepático (ou flexura hepática), cólon transverso, flexura esplênica, cólon descendente (ou esquerdo), cólon sigmoide, 
reto e canal anal. 
O cólon transverso e o cólon sigmoide possuem mesentério. O restante não possui mesentério. 
Existe uma transição entre o intestino delgado e o intestino grosso chamado de região iliocecoapêndice 
vermiforme. O iliocecoapêndice vermiforme é igual ao baço - não pertence a nada do sistema digestivo assim como o 
apêndice que não pertence nem ao intestino delgado nem ao intestino grosso. O apêndice é um prolongamento das 
fibras musculares circulares internas e longitudinais externas do sistema digestivo. O apêndice tem luz própria. O 
apendicite é a obstrução da luz apendicular através de facalismo – pequenos caroços de fezes que entram na luz e o 
obstrui. 
Então, o apêndice é um prolongamento destas fibras musculares. 
O ceco é a primeira parte do intestino grosso. Então: ceco, cólon ascendente, flexura hepática ou ângulo 
hepático, cólon transverso, flexura esplênica ou ângulo esplênico, cólon descendente ou cólon esquerdo, cólon 
sigmoide, reto e canal anal. 
A cavidade abdomino-pélvica é onde temos a bexiga, as fossas ilíacas, úteros, anexos nas meninas, etc. 
Quando o cólon sigmoide atravessa o diafragma pélvico – essa linha imaginária à nível do promontório – 
passa a se chamar reto, e é extraperitoneal, pois não possui mesentério. Então, a transição entre o reto e o sigmoide 
é no promontório que se chama diafragma pélvico. 
O ceco tem uma coisa chamada válvula ileocecal (dá para ver a válvula e o óstio da válvula). Esta válvula 
serve para evitar que o conteúdo do intestino grosso volte para o intestino delgado. Quando estamos no intestino 
delgado temos ainda líquido intestinal. Quando nós estamos “aqui” já começou a fazer fezes pastosas. 
O cólon direito tem a luz maior que o cólon esquerdo. O cólon direito tem de 8 – 9cm de luz e o cólon 
esquerdo 2 – 3cm. Por isso que tumor de cólon esquerdo obstrui e faz com que o intestino pare de funcionar. Já 
tumor no cólon direito raramente obstrui. 
Então, há uma tríade do colón direito que é a seguinte (tumor de cólon direito): 1) anemia, 2) massa palpável 
que é alteração do trânsito intestinal, 3) dor na fossa ilíaca ou no flanco direito em conjunto com a diarreia. 
Cólon esquerdo: 1) fezes com sangue, 2) perda de peso, 3) obstrução. 
 
O intestino delgado serve para fazer absorção do bolo alimentar. 
O intestino grosso serve para: 1) local de armazenamento temporário das fezes, 2) órgão excretor eficiente, 
3) local de absorção de água e alguns eletrólitos. 
 
Quais são as características que o intestino grosso possui e que o intestino delgado não possui? 
- O intestino grosso possui tênia que nada mais é que as fibras musculares do sistema digestivo do intestino 
grosso. Essas tênias confluem, se iniciam à nível do apêndice e acompanha todo o intestino grosso até ao ânus. 
Então o intestino delgado não tem tênia. As tênias do intestino grosso se iniciam à nível do apêndice. 
- Háustos (mesma coisa que sáculos), são dilatações do intestino grosso entre as tênias. Intestino delgado 
não tem. 
- Apêndice epiplóides ou omentais - que significa presença de tecido gorduroso na superfície do peritônio 
visceral de todo o intestino grosso. 
3 
 
 
3. CANAL ANAL 
 
O canal anal possui 2 esfíncteres: interno e externo. Os 2/3 superiores do canal anal é o esfíncter interno e 
ele é involuntário – é o músculo levantador do ânus. O 1/3 inferior é o esfíncter externo, é voluntário e é o músculo 
bulborretal. 
Quando o paciente opera de hemorróida pode lesar o músculo bulborretal e a pessoa fica sem controle 
esfincteriano e solta muitos gazes. 
 
 
4. VASCULARIZAÇÃO 
 
Ramos da artéria mesentérica superior: 
- Artéria pancreático-duodenal inferior vai ser responsável pela vascularização da cabeça do pâncreas, da 2ª, 
3ª e às vezes a 4ª porção do duodeno. 
- Artéria ileocólica que vai originar a artéria apendicular e vai ser responsável pela vascularização do ílio, 
apêndice, ceco e uma parte do cólon direito; 
- Artérias jejunais e ileais: 
- Artéria cólica direita: cólon direito; 
- Artéria cólica média: metade direita do cólon transverso. 
 
Ramos da artéria mesentérica inferior: 
- Artéria cólica esquerda: cólon esquerdo; 
- Artéria sigmoide superior: vai vascularizar todo o sigmoide; 
- Artéria retal superior: vai vascularizar o reto superior e também uma parte do sigmoide; 
OBS: artéria retal média vai vascularizar o reto médio e o reto inferior e também o canal anal. Ela é ramo da artéria 
ilíaca interna. 
 - Artéria retal inferior: é o mesmo sítio da retal média. A retal média e a retal inferior são responsáveis pelos 
mesmos sítios de vascularização. Só que a retal média é ramo da “ilíaca”interna e a retal inferior é ramo da pudenda 
interna. 
 
 
5. TRONCO CELÍACO 
 
O tronco celíaco dá 3 ramos: artéria esplênica ou artéria lienal; artéria hepática comum; e artéria gástrica 
esquerda. 
Ramos da artéria esplênica ou lienal: 
- Ramos gástricos curtos que vão para o fundo gástrico; 
- Ramos para o corpo e cauda do pâncreas; 
- Artéria gastromental esquerda ou “gastroepiplóide” esquerda. 
A artéria esplênica é responsável pelo fundo do estômago, corpo e cauda do pâncreas e pela grande 
curvatura do estômago. 
 
4 
 
Ramos da artéria hepática comum: 
- Artéria gastromental direita (ramo da gastroduodenal); 
- Artéria gástrica direita; 
- Artéria hepática própria; 
- Artéria gastroduodenal. 
 
Ramos da gastroduodenal: 
- Artéria supraduodenal; 
- Artéria retoduodenal; 
- Artéria pancreática duodenal superior. 
Obs: a artéria pancreática duodenal inferior é ramo da mesentérica superior. 
 
Na realidade a vascularização da cabeça do pâncreas e da 2ª, 3ª porção do duodeno são feitas pelas 
seguintes artérias: artéria pancreática duodenal superior, artéria pancreática duodenal superior e inferior, artéria 
supra e retoduodenal. 
O tronco celíaco é responsável nada mais que todo o andar supramesocólico direta ou indiretamente. 
 
Ao lesar o tronco celíaco, quais artérias serão comprometidas? R: 
 
Infarto intramesentérica é uma obstrução da a. mesentérica superior que necrosa todo o sistema digestivo. 
 
 
6. BAÇO 
 
É a maior massa de tecido linfoide que nós temos na cavidade abdominal. O baço pertence a 2 sistemas: 
hematopoiético e sistema reticuloendotelial. O baço sintetiza imunoglobulinas e faz hematopoiese (filtra os elementos 
sanguíneos e material estranho para o organismo). 
Quando o baço fica doente, ele tem hiperesplenismo (ele começa a filtrar qualquer hemácia – tudo) e a 
pessoa começa a ficar com anemia (falciforme, esferocítica, talassemia, etc). Quando o baço está doente, faz-se 
esplenectomia. Porém, a retirada do baço inadivertidamente pode gerar uma diminuição da opsonização. Entretanto, 
onde a lesão for pequena, não faz-se retirada do baço, faz-se apenas uma pequena retirada. 
A vascularização é feita pela artéria esplênica. Localiza-se no hipocôndrio esquerdo. 
 
Limites do baço: 
- Superior e externamente: diafragma; 
- Internamente: estômago; 
- Inferiormente: cólon esquerdo; 
- Posteriormente: rim esquerdo. 
 
Ele possui polpa vermelha (sangue) e polpa branca (células de defesa). 
Quando a artéria esplênica vem do tronco celíaco, ela chega ao hilo esplênico e se divide em: “?olar?” 
superior, médio e inferior. Se acidentar o superior, retira-se apenas o superior, não precisa tirar tudo. 
 
5 
 
 
7. PÂNCREAS 
 
Tem uma posição na retrocavidade dos epíplons (ou na cavidade omental) uma posição fixa, não possui 
mesentério. Então o pâncreas se localiza na retrocavidade, à nível de primeira vértebra lombar (L1), tem posição 
fixa. 
Suas relações anatômicas (limites) são: o hilo esplênico à esquerda, o forame omental à direita, o estômago 
anteriormente e posteriormente o retroperitôneo. 
Ele é importante, pois possui 2 funções: uma endócrina e uma exócrina. 
A endócrina ocorre nas células betas nas ilhotas de Langhans com a produção de insulina. 
A função exócrina produz sulco pancreático através das enzimas pancreáticas, as que mais nos interessam: 
tripsina, amilase e lipase. A produção de suco pancreático é de 2 – 3L a cada 24h. 
O pâncreas se divide em cauda do pâncreas, corpo do pâncreas, cabeça do pâncreas (que tem intimidade 
grande com a 2ª porção do duodeno), e esse morrinho é chamado de processo uncinado do pâncreas. Por trás do 
processo uncinado do pâncreas passam os vasos mesentéricos. 
A vascularização do corpo e cauda do pâncreas é feita pela artéria esplênica que vai dando ramos. Já a 
vascularização da cabeça e da 2ª e 3ª porção do duodeno é feita pela artéria pancreática duodenal inferior que é 
ramo da artéria mesentérica superior. Então, a mesentérica superior vai vascularizar também a 2ª e 3ª porção do 
duodeno e a cabeça do pâncreas através da artéria pancreática duodenal inferior. A artéria pancreática duodenal 
superior é ramo da gastroduodenal assim como a retoduodenal e supra duodenal. 
Resumindo, a vascularização da cabeça do pâncreas, 2ª e 3ª porção do duodeno é feita pela mesentérica e 
artéria hepática, porque a mesentérica vai dar a. pancreática inferior e a hepática vai dar a gastroduodenal. 
“”Se houver patologia na cabeça do pâncreas, teremos que sacrifica o antro, quase todo o duodeno 
praticamente. Esta cirurgia é gastroduodenopancreatectomia (GDP). “” 
Temos que sabre a vascularização e as divisões anatômicas. 
 
Escoamento do suco pancreático: 
Canal (ou ducto) 
 
Uma vez sintetizado o suLco pancreático, ele tem que chegar na 2ª porção do duodeno num lugar chamado 
papila duodenal que vai até à ampola de Vater “e ciclo de Odde”. Então, esse canal está dentro da substância 
pancreática, ele está dentro do pâncreas. Portanto, o canal pancreático se forma no canal de WIRSUNG e vai ser 
responsável por 90% do escoamento do suco pancreático até a 2ª porção do duodeno. 
O canal pancreático acessório de SANTORINI em torno de 10%. Esse canal vai desembocar na papila menor 
e o colédoco na papila maior. 
Então, este ducto pancreático principal vai direitinho na 2ª porção do duodeno. É difícil de ver no cadáver, 
mas dá para ver. 
Quando há trauma do pâncreas, temos pancreatite. A pancreatite: a causa mais importante é a libação 
alcoólica (s.f. Ação ou efeito de libar (beber). Que se baseia na ação de aspergir ou de oferecer um líquido a uma 
divindade. Ação de ingerir bebidas alcoólicas, geralmente para brindar, por deleite e/ou por prazer. Essa bebida e/ou 
esse líquido. pl. libações.) 
Então a pancreatite pode ser crônica, aguda, crônica recidivada e aguda recidivada. 
6 
 
A pancreatite necro-hemorrágica – pancreatite grave – onde há necrose de todo o pâncreas o paciente não 
resiste. 
A pancreatite biliar: cálculo grande de vesícula não precisa de pressa para operar, mas quando for 
microcálculos (lama biliar) é para operar ontem, porque esses canais são pequenos (0,05cm) e, desta forma, há 
obstrução e provoca uma pancreatite biliar. Outra coisa, os cálculos pequenos migram para à ampola de Vater “e 
para o colédoco”, mais complicações ainda. Então, microcálculos ou cálculos pequenos (lama biliar) deve-se operar 
rápido. 
 
 
8. FÍGADO 
 
É a maior glândula (órgão) intra-abdominal. Pesa 5% nos lactentes e 2% nos adultos. Localiza-se no 
hipocôndrio direito na região epigástrica (em baixo do rebordo costal direito – invadido a região epigástrica). Possui 4 
lobos: direito, esquerdo, caudado e quadrado. 
 
Ligamentos do fígado: 
- Falciforme: vai ligar o fígado à parede abdominal (ao peritônio parietal). 
- Redondo: é a veia umbilical obliterada. A veia umbilical se fecha e fica fibrótica e vira o ligamento redondo. 
Portanto ligamento redondo liga o fígado à cicatriz umbilical 
- Hepato-duodenal e hapato-gástrico ou gastro-hepático: nada mais é que o omento menor. Então, o omento 
menor são os ligamentos hepato-duodenal e hapato-gástrico. 
- Coronários: são em número de 4 e os triangulares em número de 2. Os ligamentos coronários são 2 à 
direita (anterior) e 2 à esquerda (posterior). Estes ligamentos coronários ligam o fígado ao diafragma. 
Os 2 ligamentos triangulares estão à direita e à esquerda. Fixam o fígado ao diafragma. Estes ligamentos 
triangulares surgiram da fusão dos ligamentos coronários direito e esquerdo. 
 
O fígado é o centro do metabolismo. Tudo é metabolizado no fígado e é responsável por nossa homeostase(equilíbrio-hidroeletrolítico de ácido-base). Tudo é aproveitado e reaproveitado no fígado. 
 
O fígado, assim como todos os órgãos abdominais, apresenta seu peritônio visceral, mesmo os órgãos 
retroperitoneais tem o peritônio visceral, nada mais é que a última camada histológica (mucosa, submucosa e 
serosa). A cápsula de Glisson tem um nome especial que é o peritônio visceral do fígado. Mas em 3 locais da 
superfície hepática não tem a cápsula de Glisson: 
- Fossa (leito) da vesícula biliar. Aqui tem peritônio visceral, mas é da vesícula biliar, não é do fígado; 
- Fossa (leito) da veia cava inferior. A gente observa no cadáver que a veia cava inferior passa em baixo da 
tríade hepática e passa posterior ao fígado, mas encostado nele recebendo a supra hepática logo que sai do fígado. 
Então, onde passa a veia cava também não passa a cápsula de Glisson. 
- Área nua do fígado: o local de reflexão dos ligamentos coronários direito e esquerdo está formando os 
ligamentos triangulares - é a área nua do fígado. 
Os ligamentos coronários, triangulares, o redondo, falciforme e omento menor. 
 
Bile é um líquido isotônico formado pelas “...?...” de células epiteliais dos ductos biliares. A bile tem 
fosfolipídeos, pigmentos biliares, tem “lecitina”, eletrólitos, etc. 
7 
 
A bile serve para destruir gordura. O hormônio colecistocinina vai liberar a bile que fica armazenada na 
vesícula biliar. É produzida dentro dos ductos biliares intra-hepáticos chamado de células epiteliais dos ductos. Uma 
vez sintetizada, ela tem que sair do fígado para participar da destruição das gorduras. 
 
O sistema porta é uma particularidade do fígado. O fígado tem 2 aportes de vascularização: um através do 
sistema arterial que é através da artéria hepática própria em torno de 30% (O2) da vascularização do fígado. Os 
outros 70% (CO2) é venoso através do sistema porta através da veia porta. Este sistema é venoso. Isto é explicado 
por causa da função do fígado que é a metabolização do nosso organismo. 
Este sistema porta, a veia porta é formada pela união da veia mesentérica superior mais a veia esplênica. A 
veia faz retorno venoso, carrega CO2. 
A veia esplênica vai trazer as impurezas para serem metabolizadas no fígado vindo dos seguintes locais: 
- Grande curvatura do estomago, fundo gástrico, corpo e cauda do pâncreas. 
 
Então a mesentérica superior traz impurezas vindo da: 
- Cabeça do pâncreas, 2ª e 3ª porção do duodeno, todo o jejuno, todo o ílio até metade ....? 
 
Grande maioria das vezes a veia mesentérica inferior desemboca na mesentérica superior. Então tudo é 
metabolizado no fígado, por isso que as metástases aparecem primeiro no fígado. Primeiro porque ele é grande... 
Então, essa vascularização do sistema porta através da veia porta. 
 
Os lobos do fígado, o quadrado e o caudado (dá para ver lá). Cada segmento hepático tem a sua própria veia 
porta, sua própria artéria hepática, o seu próprio canal biliar, ou seja, se houver um tumor no segmento 1, só se retira 
o segmento 1. A segmentação hepática mostra que pode haver transplante hepático, ressecções hepáticas sem 
nenhum problema. 
 
 
Hilo hepático: 
O fígado, do ponto de vista funcional e fisiológico, tem 2 lobos: direito e esquerdo. Então, as secreções 
biliares do lobo direito vão vir para o canal do lobo direito do fígado. O canal hepático direito vai trazer a bile para o 
canal hepático direito do fígado. O canal hepático esquerdo vai trazer a bile para o lado esquerdo do fígado. Vão 
formar o canal hepático comum que vai receber o canal cístico e o canal colédoco. 
A árvore biliar extra-hepática: tem o canal hepático direito, esquerdo e comum, recebe o cístico e vira canal 
colédoco. O colédoco vai chegar na 2ª porção do duodeno, passando por trás do pâncreas. Vai chegar o Wirsung. 
Então, na 2ª porção do duodeno vai chegar o canal Wirsung e o canal colédoco cada um com sua papila, cada um 
com seu orifício. 
Este conjunto aqui chama-se de ampola de Vater. É o conjunto que se chama ampola de Vater. E isso tem o 
esfíncter de Oddi. Então o conjunto das papilas na 2ª porção do duodeno chama-se de ampola de Vater, a qual tem o 
esfíncter de Oddi. Esfíncter porque se contrai e isso se chama de papila duodenal. 
Isso aqui mede no máximo 0,5cm e em idoso 0,7cm. Se houver um grande cálculo de vesícula, não vai 
passar para o cístico, mas se houver lama biliar (microcálculos) aí sim vai passar e vai impactar aqui. Ele vai fazer 
obstrução da papila e vai fazer uma pancreatite e várias complicações. 
Então, quando nós estamos no hilo hepático.... a tríade portal não tem colédoco. A tríade portal: veia porta, 
artéria hepática própria e canal hepático. Na tríade portal eles se bifurcam: artéria hepática esquerda, artéria hepática 
8 
 
direita, veia porta esquerda e direita, canal hepático direito, canal hepático esquerdo. O colédoco está longe daqui. 
Ele existe depois da junção do canal cístico. 
O colédoco apresenta 4 porções: 
- Retroduodenal (colédoco atrás do duodeno); 
- Infraduodenal (colédoco em baixo do duodeno); 
- Intraduodenal (colédoco dentro do duodeno); 
- Supraduodenal (colédoco em cima do duodeno). 
 
As lesões de colédoco (coledocianas) são ... 
 
Quais estruturas estão dispostas anteriormente no hilo hepático? R: veia porta, artéria hepática e canal 
hepático comum. Não é o canal colédoco, atentem para isto. 
 
Qual é a drenagem do fígado? R: supra-hepáticas. As veias hepáticas formam as supra-hepáticas que 
desembocam na cava (dá para ver). 
 
 
Limites do trígono de calot: 
- Canal hepático comum; 
- Canal cístico; 
- O próprio fígado; 
- Conteúdo: ramo direito da veia porta, artéria cística (ramo da artéria hepática direita) e um gânglio linfático. 
 
 
9. VESÍCULA BILIAR 
 
Tem forma de pera e serve para armazenar a bile e liberá-la durante as fases ativas da digestão. Possui em 
torno de 70mL. 
Qual é o volume de suco bileopancreático por dia? R: de 4 – 5 litros. 
As fístulas da 2ª porção do duodeno é uma coisa de doido. 
(...) O colédoco desemboca na 2ª porção do duodeno levando bile. Pega-se uma alça de jejuno e leva lá 
dentro e vai continuar passando o bolo alimentar. O jejuno existe para salvar a gente. Obstrução da 4ª porção do 
duodeno, vomita-se muito (...) 
 
Existe uma diferença entre hepatite... 
Paciente com mais de 60 anos com icterícia devemos sempre pensar em tumor de vesícula ou tumor de 
pâncreas, raramente será cálculo ou hepatite. Se for jovem pensa-se em hepatite. Quando for icterícia deve-se 
pensar em tumor nos pacientes com mais de 60 anos. 
 
 
 
Daniele

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