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RESUMO I – Direito do Consumidor Andréa Nunes Relação de consumo: A relação de consumo só se configurará, quanto ao elemento finalístico, se o consumidor adquirir ou utilizar produto ou serviço como destinatário final. Dessa forma, não é suficiente que se tenha um consumidor, um fornecedor e um produto ou serviço para que se tenha uma relação de consumo. Faz-se necessário que o consumidor adquira ou utilize o produto ou serviço como destinatário final destes. A relação de consumo possui 2 elementos: 1. Partes: consumidor e o fornecedor Consumidor padrão, standard, contratual Art. 2º “é toda pessoa física ou pessoa jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final” Consumidor coletivo Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. Usado para questões envolvendo publicidade e propaganda onde há a exposição do consumidor. Consumidor vítima É o consumidor vítima do consumo, que sofre dano a sua saúde, a sua pessoa e ou ao seu patrimônio. Consumidor equiparado Art. 29. Equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas. Basta estar exposto à prática abusiva, não precisa ser consumidor. Dos arts.29 ao 54, estão as regras gerais de qualquer tipo de contrato. Fornecedor Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. Não são fornecedores: - locador (para o TJ-RS) - condomínios - serviços essencialmente públicos (saúde, educação...) - cooperativas em relação aos cooperativados 2. Objeto: produto ou serviço Art.3 § 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. § 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. Produtos e serviços devem ser adquiridos mediante remuneração; Política nacional das relações de consumo (arts.4º e 5º) Conjunto de normas que estabelecem diversos objetivos, princípios e instrumentos aplicáveis a todas as relações de consumo. Princípio da segurança: estabelece que o fornecedor deverá garantir ao consumidor a segurança do produto ou serviço em todos os aspectos. Princípio da transparência: O direito à informação é abrigado pelo art.5 da CF. Sua pretensão é evitar cláusulas abusivas que restrinjam direitos do consumidor. Princípio da vulnerabilidade (art.4º, I): se traduz pelo reconhecimento da fragilidade do consumidor. Não deve ser confundida com hipossuficiência. Responsabilidade no CDC O CDC adota a teoria objetiva (sem o elemento culpa) Teoria do risco do empreendimento: aceita causas de exclusão da responsabilidade que podem ser legais (CDC) ou extralegais (caso fortuito ou força maior) A responsabilidade se divide entre os fatos e os vícios do produto e do serviço Por fato do produto ou serviço (art.12 ao 17 CDC)- acidente de consumo É o dano a pessoa do consumidor (consumidor vítima). Nele, o defeito extrapola a esfera da coisa ou serviço e atinge a incolumidade física ou psíquica da pessoa, gerando dano material ou moral passível de reparação. A prescrição para pleitear a indenização é de 5 anos, contados a partir do conhecimento do dano e de sua autoria. A responsabilidade civil pelo fato do produto e do serviço, via de regra, é do fornecedor. Comerciante: Se participar ativamente na produção do dano por fato, responderá. Art. 13 I e II traz como produtor, e o § único traz a solidariedade de maneira implícita. O profissional liberal: o art.14 § 4º traz a responsabilidade subjetiva, baseada na culpa. Ocorre que a exceção se aplica somente ao profissional liberal, não se estendendo às pessoas jurídicas que integre ou para as quais preste serviço. Garante a responsabilidade pessoal. Em uma relação de consumo envolvendo profissional liberal, o juiz pode inverter o ônus da prova sem que implique em responsabilidade objetiva.
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