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DIREITO DO CONSUMIDOR- PROFESSORA FERNANDA SCHAEFER RIVABEM

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DIREITO DO CONSUMIDOR
1. Evolução Histórica e Legislativa do CDC
Maior incidência da década de 60. No Brasil na década de 70. 
Macro determinante: mensagem enviada pelo presidente Kennedy em 1962: considera o consumidor como um grupo econômico. 
1972: primeira conferência mundial do consumidor em Estocolmo
Relacione consumidor e dignidade (o ato de consumir está intrinsicamente ligada com a dignidade. Quem não tem acesso a crédito é excluído).
Primeiro país a codificar foi o Brasil, mas a primeiras leis são leis francesas, na década de 70.
Defesa do consumidor no BR
Decreto 869 e lei 1521- Tratam dos crimes contra a economia popular.
Livro V das Organizações Filipinas
Código Comercial de 1850
.....
Legislação Brasileira
1. Legislação penal
2. Legislação administrativa
3. Legislação Interesses difusos/coletivos
Especializar a relação (sujeito mais vulnerável).
Estatuto do torcedor, estatuto do plano de saúde: normas especializadas conforme a necessidade. 
Constituinte/88
· Direito fundamental
· Princípio da ordem econômica
· Determina que o legislador faça um código para regular as relações de consumo.
CDC: Publicada em 1990 e em vigor em 1991
Lei 7.347/85- Introduziu a ação civil pública
Lei 8137/90- Crime contra a ordem tributária
Lei 12.291/10- obrigatoriedade das lojas disponibilizar um CDC- sem eficácia.
Fundamento Constitucional do Direito do consumo:
· Dignidade da pessoa humana (art 1º, caput, CF)
· Sociedade livre, justa e solidária 
· .....
· Código com natureza constitucional - CDC
· Diálogo de fontes: CPC, CCB, CDC
Reconhece a vulnerabilidade do consumidor.
Direito fundamental (direitos do ser humano em ordem constitucional) + Direitos humanos (direitos fundamentais do ser humano previstos em cartas internacionais).
Pessoas sem acesso a renda- vivem dos restos- dignidade da pessoa humana (vídeo da professora).
CDC: Intervenção; ordem pública de natureza cogente, interesses sociais .
Relações entre privados, mas aplica normas de ordem pública.
Direito Privado, embora tenha grande intervenção do estado, não está regulando uma relação com o Estado. (maioria da doutrina)
Sui generis: alguns autores afirmam que seria misto, entre o direito público e privado.
Aula 13.08.18
Competência para legislar: art 22, I, CF- seria privativa da União
Mas no art 24, V e VIII, CF- prevê uma competência concorrente da União, Estados, Municípios e DF.
· STF decidiu sobre a possibilidade de competência concorrente entre União e Estados. Municípios não podem legislar a respeito de normas do consumidor.
A proteção do CDC não é apenas do consumidor, mas sim da relação de consumo.
O consumidor (indivíduo) não é dono da verdade, mas sujeito de uma relação especialmente protegida.
A proteção constitucional exige a compreensão de microssistema e constituionalização.
CDC é legislação especial.
É Norma de ordem pública e interesse social (art 1º CDC).
Princípios das relações de Consumo
Política Nacional das Relações de Consumo (arts 4º e 5º CDC).
	ONTEM 
	HOJE
	Produção pequena
Processos de produção simples 
Fornecedor próximo 
Decisões racionais 
Boca a boca
 
	Produção em larga escala
Processos de produção complexos
Fornecedor distante
Decisões emocionais
New Marketing- criar desejos de consumo
Sociedade e Consumo
· Sociedade de Massa
Impõe modelos de comportamento generalizados (“Todas as crianças querem o tênis X”).
Toda sociedade de consumo é uma sociedade de massa, mas nem toda sociedade de massa é uma sociedade de consumo, como o socialismo (comportamento generalizado, mas não é uma sociedade de consumo).
· Sociedade de Consumo (de consumidores ou líquida-moderna)
· “Mas consumption society”
· Características
· Consumo de massas x consumismo
· Consumerismo (busca de um consumo sustentável)
Princípios: 1. Planeje suas compras, 2. Separe seu lixo, 3. Avalie os impactos do que consome, 4. Consuma apenas o necessário, 5. Reutilize produtos e embalagens, 6. Valorize a responsabilidade social das empresas, 7. Não compre produtos piratas ou contrabandeados, 8. Cobre os políticos, 9. Use crédito conscientemente, 10. Reflita sobre seus valores,11. Divulgue o consumo consciente e 12. Contribua para a melhoria de produtos e serviços.
· São sociedades em que a justificação econômica supera a dimensão humanitária.
A- Acima de 20 M
B- 10-20M
C- 4 a 10M
D- 2 a 4M
E- Até 2M
· Sociedade de Informação
Expressão difundida a partir de 1993
Trata-se de forma de organização social capitalista que possui como matéria-prima a informação.
A informação é considerada recurso estruturante da sociedade com relevante valor político e econômico.
Para se ter uma ideia da valorização econômica de dados referentes á saúde, reportagem divulgada na Revista Exame em julho de 2008 afirma que a perspectiva até 2025 é que o mercado farmacêutico chegue aaproximadamente740 bilhões de dólares, sendo um dos ramos mais promissores a fabricação de medicamentos personalizados (produtos desenvolvidos com base em informações genéticas);o setor de seguros deve chegar à cifra estimada de 2,2 trilhões de dólares (Daniel Hessel TEICH e Melina COSTA).
· PÓLÍTICA NACIONAL DAS RELAÇOES DE CONSUMO: art 4º CDC 
A PNRC é a exteriorização dos objetivos do CDC.
Para a proteção dos interesses econômicos dos consumidores não se pode, no entanto, optar por seu sacrifício patrimonial ou a reparticição de sacrifícios entre consumidores e fornecedores.
O art 5º CDC estabelece a forma de execução da PNRC.
Sistema Nacional de Defesa do Consumidor- arts. 105 e 106, CDC.
Princípios que regem a PNRC:
· Atendimento das necessidades dos consumidores
· Respeito à dignidade, saúde e segurança dos consumidores.
· Proteção dos interesses econômicos dos consumidores.
· Melhoria da qualidade de vida dos consumidores.
· Transparência e harmonia das relações de consumo.
· Reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor.
· Responsabilidade do Estado em prover o consumidor de mecanismos suficientes que propiciem sua efetiva proteção.
· Princípio da garantia de qualidade e adequação, com respeito ao binômico segurança/ adequação.
· Princípio da boa-fé
· Princípio da informação tanto quanto aos produtos e serviços quanto à educação para exercício de direitos e deveres.
· Princípio do acesso à justiça.
· O direito das relações de consumo impõe ao seu intérprete e aplicador a habilidade de trabalhar com um sistema jurídico eminentemente principiológico, por isso a importância de se distinguir:
Princípios: CDC é principiológico
Regras
Valores
Cláusulas Gerais: CDC utiliza cláusulas gerais, no sentido de termos um instituto que possui um conceito aberto e as consequências vão ser fechadas no caso concreto. Diz que se aplica, mas não se diz como.
Conceitos Jurídicos Indeterminados: Já aplica a consequência que está prevista na lei, fecha o conceito no caso.
Ex: Estupro somente para mulheres honestas. Já tenho as consequências, mas determino o conceito de mulher honesta no caso concreto.
Princípios Basilares do CDC 
1. Da vulnerabilidade: art 4º, I, CDC
Espinha dorsal do sistema de defesa do consumidor brasileiro.
· Não se confunde com hipossuficiência (art 6º, VIII, CDC)- A hipossuficiência deve ser demonstrada, deve demonstrar que tem dificuldade na produção das provas do sei direito.
Espécies de vulnerabilidade: fática, técnica, jurídica ou científica, informacional, política ou legislativa, biológica ou psíquica, ambiental.
Obs: Se aplica o CDC aos correios.
Aula dia 20.08.18
Princípios da relação de consumo.
1. Vulnerabilidade: 
· Pessoa física: todo consumidor é vulnerável. Direito material. Presunção absoluta.
· Hipossuficiência: Direito processual. Nem todo consumidor é, presunção relativa, inversão do ônus da prova.
· Espécies de vulnerabilidade: fática (econômica e socialmente mais fraco), técnica, jurídica ou científica, informacional, política ou legislativa, biológica ou psíquica (decorre do marketing. Criar desejos de consumo), ambiental.
· Vulnerabilidade agravada ou hipervulnerabilidade (muitomais frágil que a média de consumidores, ex: crianças, idosos- pessoas com mais de 60 anos, doente em relação a sua doença).
2. Informação- art 46 CDC
· Informação educacional
· Informação sobre produtos e serviços
· Direito à informação x direito a não ser informado.
· A informação não deve ser uma mera formalidade legal e, por isso, exige-se uma informação qualificada cujos principais elementos são: clareza (usa signos apropriados), precisão, veracidade(a informação deve transmitir verdade, deve ser verídica), completude (utiliza signos e símbolos que representam integralmente o produto ou serviço), compreensibilidade (exige a identificação do receptor da mensagem. Aquilo que se faz entender)e adequação (adequada ao público a quem se dirige. Adequação de meios e de linguagem).
· Direito de não ser informado: única e exclusiva do consumidor. Ex: não quero receber panfleto na minha casa. 
3. Princípio da Boa-fé (art 4, III, art.51, IV do CDC)
É o princípio máximo das relações contratuais. Boa-fé objetiva (norma de conduta)x Boa-fé subjetiva (Forma de conduta. Psicológica. Interna)
Boa-fé objetiva: Como as partes se comportam entre si: lealdade, transparência, etc.
Boa-fé objetiva: analisa o comportamento entre as partes. 
Probidade: Na probidade analisamos com o meio em que a relação jurídica foi estabelecida.
Funções: a) fonte autônoma de deveres jurídicos; b) limite ao exercício de direitos subjetivos; c) critério de interpretação e integração dos negócios jurídicos.
Fonte de deveres anexos (instrumentais, funcionais, laterais)- deveres gerais de conduta.
· Violação positiva do contrato: decorre de inadimplemento de deveres anexos, que decorrem do exercício da boa-fé.
4. Princípio da Confiança
Trata-se de irradicação normativa do princípio da boa-fé cuja proteção se dará de modo positivo e negativo. 
Está diretamente ligado com a legítima expectativa (ex: se compro uma caneta, espero que ela escreva).
É determinante para a compreensão da conduta do consumidor em relação ao objeto da relação jurídica e informações prestadas ao fornecedor.
Tanto ação quanto omissão podem gerar legítima expectativa.
5. Da garantia da qualidade, prestabilidade e adequação
Transfiro ao fornecedor de garantir a qualidade, prestabilidade e adequação do serviço.
6. Do dever estatal (ou da intervenção estatal)- arts 4º, II e 5º CDC
Se indicamos que nessa relação jurídica tem um polo mais fraco, há obrigatoriedade do estado em intervir para transformar essa relação mais harmônica.
7. Do acesso à justiça (arts 81 e 104 CDC). Instrumentos facilitadores: vulnerabilidade, inversão do ônus da prova, impossibilidade de intervenção de terceiros em lides de consumo, sistema de responsabilidade objetiva (dispenso o elemento culpa), desconsideração da personalidade jurídica (basta que ela esteja prejudicando o ressarcimento do consumidor- adota a teoria menor) e antecipação de tutela.
UTILIZAR MEIOS PARA FACILITAR O ACESSO. Ex: criação do procon
Inversão do ônus da prova: se tiver hipossuficiência e/ou verossimilhança (quando os fatos narrados possuem aparência de verdade. DEVE SER FEITO NO DESPACHO SANEADOR).
8. Da reparação integral: a reparação deve atuar de maneira preventiva e repressiva. 
O dano deve ser integralmente reparado. 
9. Equidade (arts. 7º, VI e 51, CDC)- é o princípio e técnica hermenêutica.
Funções: integradoras e corretiva.
10. Da transparência (art 4., CDC)
Deriva do princípio da boa-fé
Cooperar com o bom andamento da relação de consumo.
Arts. 8, pú.9,1030,31,36,46,52, 54, §4 CDC
11. Da segurança: (arts.12, §1 e 14 CDC). Estrutura o sistema de responsabilidade das relações de consumo.
12. Riscos X Insegurança
13. Princípio da solidariedade. De entender que as relações de consumo podem ter impactos confusos.
Estipulação em favor de terceiro. Ex:seguro de vida.
Harmonizar interesses :Público e privado com o possuidor.
14. Solidariedade
15. Do Equilíbrio: A vulnerabilidade do consumidor sustenta a necessidade de reequilíbrio da situação fática de desigualdade por intermédio da tutela do vulnerável. É o princípio que alcança dois sentidos: descritivo (5º, V, 51 CDC) e normativo.
16. Da harmonia das relações de consumo (art 40, III, CDC)
17. Da efetividade (arts. 4, VI, e 6°, CDC).
O QUE É UMA RELAÇÃO DE CONSUMO?
Sujeito:
Ativo: facultas agendi- faculdade de agir. Faculdade de exigir um comportamento do sujeito passivo. Dessa forma, surge a norma agendi (dever de atender o sujeito ativo).
Sujeito Ativo: Consumidor
Sujeito Passivo: Fornecedor
Objeto: Produto/Serviço
Relação Jurídica= elemento material + elemento formal
CDC não traz definição específica, delimitando apenas quais são seus elementos constitutivos.
Sérgio Cavalieri Filho define: “é a relação jurídica contratual ou extracontratual, que tem num polo o fornecedor de produtos e serviços e no outro o consumidor; é aquela realizada entre o fornecedor e o consumidor, tendo por objeto a circulação de produtos e serviços”.
Segundo Antonio Carlos Efing: 1) envolve basicamente o adquirente de um produto ou serviço. 2) destina-se a satisfação de uma necessidade privada do consumidor.....
CONSUMIDOR
a. Art 2º, caput, CDC: define o consumidor padrão ou standard.
“Consumidores são pessoas naturais ou jurídicas que adquirem produto ou utilizam serviço como destinatário final”.
· Natural ou Pessoa Jurídica
· Destinatário final (retirar do mercado de consumo, estancar o seu repasse. É o destinatário fático). 
3 teorias para explicar quem é o destinatário final:
· Maximalista: para ser destinatário final basta ser destinatário fático do produto ou serviço (aquele que retira de circulação o produto).
· Finalista/ Subjetivista: Não basta ser destinatário fático, é preciso ser também destinatário econômico (não posso utilizar aquele serviço na minha atividade fim) .
· Finalista Mitigada: Embora a pessoa muitas vezes não seja a destinatária econômica, se for vista a sua vulnerabilidade frente o outro fornecedor, deve ser equiparada a um consumidor.
STJ: O nosso código tem origem maximalista. Década de 90, início dos anos 2000 o STJ adotava a maximalista.
Por muitos anos o STJ adotou a teorista finalista. 
Recentemente: Adota a finalista mitigada. 
Questão Prova: identificar se é consumidor ou não de acordo com a teoria que escolher.
· É destinatário final aquele que adquirir bens ou produtos.
Deve ser interpretado no sentido genérico: obtenção gratuita ou onerosa.
· Utilizar bens ou produtos
- O CDC não teria limitado a fruição, isso porque a equiparação por aquisição
-Aquele que um bem seria consumidor tanto aquele que compra...
Consumidor equiparado:
Art 2º, pú, CDC-coletividade (terceiro interveniente).
Art 17, CDC- vítimas de acidentes de consumo (“bystander”- vítimas de fato do produto e fato do serviço). Ex: explosões de shopping center em SP. Aqueles que estão dentro o estabelecimento são consumidores? Sim. Mas aquela pessoa que estava andando na rua e foi atingida por um estilhaço? Também é consumidor por equiparação.
Art 29, CDC- terceiros expostos a determinadas práticas comerciais. Ex: cobrança, publicidade, oferta. 
Aula dia 03.09.18
FORNECEDOR
Fornecedor real: é o fabricante, produtor ou construtor do produto.
Fornecedor aparente (quase fornecedor): é o que empresta aos produtos comercializa o seu nome, marca ou sinal distintivo assumindo perante o consumidor a posição de real fabricante. EX: arroz carrefour
Fornecedor Presumido: Importador e o comerciante de produto anônimo ou com identificação imprecisa.
 Conceito de fornecedor não se confunde com o de empresário. “Todo empresário é fornecedor, mas nem todo fornecedor é empresário”.
Produto ou serviço
O objeto da relação de consumo é a prestação à qual tem direito o consumidor.
Art 3º, §1, CDC- produto é qualquer bem móvel ou imóvel, material (tangíveis, existência física) ou imaterial. 
· Produto x Bem
· Bens incorporados são abrangidos por definição? Sim, tanto o bem principal quanto os seus acessórios, inclusive os incorporados.
· Aplica-se às relações locatícias o CDC. A maioria dos autores dizem quenão. Locador e locatário sendo locação residencial não se aplica.
Acessórios : 
Frutos: Se retirarmos do principal, não diminui seu valor econômico, pois se reproduz constantemente.
Produtos: Quando retiramos, diminui a substância ou valor econômico. Ex: ouro para mina. CONCEITO JURÍDICO
Benfeitorias
CONCEITO NO CDC: Tudo que é colocado do mercado de consumo, conceito mais econômico do que jurídico.
PRODUTO OU SERVIÇO
Art 3°, §2, CDC- serviço é qualquer atividade fornecida ao mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes de relações trabalhistas.
Abrangência do CDC e serviços públicos. 
Tipos de serviços públicos: próprios (remunerados através de impostos ou taxas; uti universi) e impróprios (remunerados por preços públicos, prestados por consórcio, delegação, etc. Uti Singuli).
Próprios: Não se aplica o CDC (SUS)
Impróprios: se aplica o CDC (sanepar, copel, transportes públicos, rodovias pedagiadas).
· Essencialidade do serviço x interrupção (água, luz são serviços essenciais. O corte deveria ser a última medida de cobrança)
· Delegação a empesas públicas ou sociedades de economia mista.
Remuneração é contraprestação, vantagem econômica obtida pelo fornecedor..... (não é pagamento).
Remuneração direta: Paga diretamente ao fornecedor
Remuneração indireta: Fornecedor é remunerado indiretamente
Ex: serviço aparentemente gratuito, como as amostras grátis. Plano de saúde (médico recebe indiretamente). Estacionamento de mercado (chamariz de clientela- se aplica o CDC).
Propriamente gratuito: não se aplica o CDC. EX: estacionamento da federal. 
· Súmula 297/ STJ
· Súmula 321/ STJ
· Súmula 608/STJ
Médico- paciente (aplica-se o CDC)
Advogado- cliente aplica-se o CDC para a professora, mas ela é minoria.
STJ deixou de aplicar o CDC na Advocacia com fundamentos na essencialidade a administração da justiça e pelo fato de não poder ser mercantilizada.
Relação de Consumo: Consumidor (destinatário final); fornecedor (habitualidade) e presta serviço por remuneração.
DIREITOS DO CONSUMIDOR
Art 4º CDC: Princípio da política nacional das relações de consumo
Art 6º CDC: Direitos
· Personalização das relações de consumo: 
· “Direitos básicos dos consumidores são aqueles interesses mínimos, materiais ou instrumentais, relacionados a direitos fundamentais universalmente consagrados que diante da sua relevância.... ”
· O art 6º é a espinha dorsal do CDC.
· Qual a finalidade dos direitos básicos do consumidor:
· Trata- se de preservar a pessoa humana consumidora.
1. Direito à vida: Art 6º, I, CDC
Abrange tanto a dimensão individual, quanto a transindividual.
Cria para o fornecedor o dever de segurança (qualidade-segurança)
Princípio da preservação (arts. 8 a 10, CDC)
2. Direito à saúde e segurança: A violação do dever de segurança importa dever de indenizar por fato do produto ou serviço.
Selecionar um caso que tenha havia algum problema com a relação de consumo. Trazer a cópia da reportagem impressa. Grupos de 4 a 5 pessoas.
Teoria da Perda de uma chance: a chance perdida que se interrompe por um fato alheio também é indenizável. Ex: Menino foi abrir uma garrafa de gatorade (na época que a garrafa era de vidro) e a garrafa acabou se quebrando e ele fraturou o pulso. Estava indo para um torneio de tênis.
Publicidade abusiva: Se favorece da vulnerabilidade de alguma categoria.
Abusiva: questões de moralidade
3. Direito de proteção contra cláusulas abusivas e práticas abusivas
Práticas Abusivas: Deixa de dar retorno, impõe a aquisição de um produto, casas noturnas cobrar consumação.
Tempo de internação hospitalar limitado pelos planos de saúde: cláusula abusiva- transmite o risco do contrato para o consumidor. 
4. Direito ao equilíbrio contratual.
Efeito do princípio da boa-fé e da vulnerabilidade e visa garantir: a) equilíbrio econômico do contrato; equiparação ou equidade informacional das partes; equilíbrio de poder na direção da relação contratual.
CDC: Revisão do contrato quando há onerosidade excessiva. A condição de revisão não é o teoria da imprevisão, basta mostrar que tem onerosidade excessiva.
CC: Prevalência da resolução do contrato quando há onerosidade excessiva decorrente de imprevisão.
Resilição: decorre da vontade das partes, pode ser unilateral ou bilateral/distrato. Ex: Renúncia, demissão.
Resolução: causa é o inadimplemento
Recisão; Quando a extinção do contrato é decorrente de uma invalidade.
Vício de consentimento: Erro, dolo, coação, estado de perigo.
· O consumidor tem direito a manutenção do contrato, privilegiando a manutenção do contrato.
· Súmula 286/STJ: A renegociação de contrato bancário ou a confissão de dívida não impede a possibilidade de discussão sobre eventuais ilegalidades anteriores.
· Súmula 380/STJ: A simples propositura da ação de revisão de contrato não inibe a caracterização da mora do autor.
Se havia a possibilidade do Banco de cobrança e não o fez, deixou para fazer quase no prazo final da prescrição, os juros de mora não incide nesse período.
5. Direito à prevenção de danos (art 6, VI, CDC)
A prevenção impõe deveres positivos e negativos aos fornecedores.
6. Direito à efetiva reparação de danos (art 6º, VII, CDC)
Princípio da reparação integral.
Inaplicabilidade da regra contida no art.944,CC
7. Direito de acesso à justiça (art 6, VII, CDC)
Direito Fundamental- art 5º- XXXV, CF
Validade de cláusulas compromissórias de arbitragem? 
Se colocadas como condição do exercício do contrato são consideradas abusivas.
Foro competente: domicílio do consumidor.
8. Direito à falicitação da defesa (art, 6º, VIII)
Inversão do ônus da prova: verossimilhança e/ou hipossuficiência.
Em que momento o juiz deve declarar a inversão? No despacho saneador.
Inversão do ônus da prova: Inversão das custas para produção desta prova.
9. Direito à prestação adequada e eficaz dos serviços públicos em geral (art 6º, X, CDC);
STJ: entende que o CDC aplica-se somente nos Serviços Públicos Impróprios.
LER OS ARTS 4 E 6 DO CDC.
DIREITO DO CONSUMIDOR – 2º BIMESTRE	- Sistema de Garantia 
Objetiva: Não precisa da prova de culpa.
Subjetiva: Exige a prova de culpa.
Regra Resp. Objetiva: Consumo (dano e nexo de causalidade)
Exceção: art 14 CDC- Responsabilidade Subjetiva dos profissionais liberais/ acidentes de consumo (fato do serviço).
Quando for vícios do serviço é resp. objetiva. Ex: O cabelereiro cortou o cabelo errado. 
· Violação decorrida de contrato ou extracontratual: Para o CDC não importa. Não deferência resp. contratual e extracontratual.
Proteção do Consumidor
Sistema de Proteção: arts 8º a 11 CDC. 
Fundamento: proteção da saúde e segurança.
Diferença entre nocividade e periculosidade: 
A nocividade, produto ou serviço, por si só causa dano.
A periculosidade, produto ou serviço, pode vir a causar dano. 
a) Podem ser intrínseca ao produto ou serviço.
b) Decorrente de má utilização por falta, insuficiência ou inadequação da informação.
c) Decorrente de má conservação.
A nocividade ou periculosidade é intrínseca, mas o defeito será extrínseco (manifestação externa).
1. Periculosidade inerente: aquela que integra a zona de expectativa do consumidor, portanto, o risco é normal e previsível. Art 8º, CDC.
Ex: Faca, pode cortar? Sim, é previsível. Normalidade e previsibilidade é o que se analisa aqui. Não gera responsabilidade.
2. Periculosidade Adquirida: Resulta de um defeito do produto ou serviço. Imprevisibilidade para o consumidor. Art 9º CDC.
Ex: bolha de ar na fabricação no pneu que pode causar acidente.
 Responsabilização pelos danos decorrentes daquele defeito.
STJ: se a reação adversa está prevista na bula gera periculosidade inerente. 
3. Periculosidade Exagerada: Não é suprida sequer pelas informações adequadas dadas pelo fornecedor.
Ex: Bala Soft: a bala foi projetada errada e fazia vácuo e grudava na garganta. Crianças sufocavam.
Pode decorrer do própria projeto, informação que seja ao consumidor, defeito que se manifestou após a inserção no mercado. Também gera responsabilidade. Art 10 CDC. 
Ex: álcoollíquido 100%. O estado decidiu que a informação não supria o perigo. Hoje só pode álcool líquido até 40%.
Fiscalização: É EFETIVA NO BRASIL? FUNCIONA?
Recall: O fornecedor é obrigado, mas o consumidor não é obrigado a aderir, mas não aderindo, se esse defeito causar dano, mesmo assim não isenta de responsabilidade o fornecedor. Substituiu todo o produto ou a peça. Ex: Samsung 7 que explodia.
A informação de que houve recall e se aderiu deve ser descrito no documento do caso de venda.
Sistema de Responsabilidade- a partir do art 12 CDC
Teoria da Qualidade
Vícios aparentes ou ocultos não importam para fins de responsabilidade.
· Vícios de qualidade por insegurança
· Vícios de qualidade por inadequação
Elementos da responsabilidade no CDC:
· Conduta: projeção de um comportamento que gera um dano. 
Conduta humana voluntária. Qual foi a conduta que causou o dano?
Concorrência de causas: 
· Defeito
· Dano
· Nexo de causalidade
AULA DIA 22.10.18
RC acidentes de consumo (defeitos) segurança/ saúde. Fato do produto
 Fato do serviço
 
 Vícios (econôm.) Produto de qualidade ou quantidade
 Serviço
Defeito é algo mais grave, coloca em risco a saúde do consumidor. Violação do dever de segurança.
Vício: Violação do dever de adequação. 
DEFEITOS
· De projeto ou de concepção
· Defeito de execução, fabricação ou produção (afeta um lote do produto)
· Defeito de informação ou comercialização. (ex: falha no manual de instrução).
NEXO DE CAUSALIDADE
· É o pressuposto lógico que vincula a conduta a um dano indenizável.
· Concausas- teorias (mais de uma causa que levou ao dano):
1. Equivalente dos antecedentes: Condicio sine qua non – leva em consideração todas as causas que contribuíram para o dano. Problema: Cadeia de responsabilidade infinita. Cadeia muito abrangente de responsáveis. Adotada no direito penal.
2. Causalidade adequada: juízo de probabilidade. Qual a causa provável para realização do dano.
3. Dano direto e imediato: Juízo de necessariedade. Qual a causa gerou o dano. Juízo de causa-efeito. Analiso a consequência direta. (alguns afirmam que o CDC afirmou essa teoria).
4. Causalidade alternativa
DANO
· Materiais: danos ao patrimônio. “perdas e danos”- danos emergentes (efetivamente perdeu) e lucro cessantes (razoavelmente deixou e lucrar). Custas processuais, correção monetária, honorários contratuais (dentro dos danos emergentes)
Teoria da perda de uma chance: não são danos morais, nem lucros cessantes. 
· Morais: danos extrapatrimoniais, ligados a danos existenciais. Sofrimento psíquico. Dano a um interesse juridicamente protelado.
· Individuais: atinge a pessoa individualmente
· Coletivos
Dano moral presumido: 
a. Inclusão em cadastro de inadimplentes (indevida e ter ficha limpa)
b. Pagamento de multa de trânsito por erro do órgão
c. Atraso de vôo
d. Credibilidade desviada. (ex: professores que são coagidos a emprestar seu nome para abertura de curso).
e. Diploma sem reconhecimento.
No CDC a responsabilidade civil dos fornecedores divide-se em:
· Responsabilidade por fato do produto ou do serviço (acidente de consumo)- proteção da incolumidade física do consumidor. 
· Responsabilidade por vício do produto ou do serviço (vícios de adequação)- proteção da incolumidade econômica do consumidor
Profissionais liberais: Subjetivas em caso de acidente de consumo 
· Culpa Lato Sensu Dolo
 Culpa Stricto Sensu- negligência, imprudência e imperícia + técnica.
Exclusão da responsabilidade por fato do produto: 
· Não colocação do produto no mercado
· Defeito inexistente
· Culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
Exclusão da responsabilidade por fato do serviço:
· Defeito inexistente
· Culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
Caso fortuito: a própria causa não é prevista as vezes e as consequências são inafastáveis.
· Fortuito interno: não exclui a responsabilidade. Quando monto aquela atividade sei dos riscos.
· Fortuito externo: exclui a responsabilidade. Escapa a qualquer previsibilidade. Não posso imputar como risco do negócio.
Força maior: eventos da natureza. Previsíveis, mas com consequências inafastáveis.
· Fortuito interno: não exclui a responsabilidade. Quando monto aquela atividade sei dos riscos.
· Fortuito externo: exclui a responsabilidade. Escapa a qualquer previsibilidade. Não posso imputar como risco do negócio.
Risco do desenvolvimento: são os que se constatam apenas após o ingresso do produto ou do serviço no mercado de consumo.
· Estado da ciência. Tem como saber que aquele produto causaria aquele dano no momento que aquele produto foi colocado no mercado. Se sim, será responsabilizado. 
· Estado desconhecimento e da técnica
Compra feita fora do estabelecimento comercial, como internet, possui 7 dias para desistir da compra, sem multa.
Compras feita dentro do estabelecimento comercial: não é obrigado a trocar. Se for por defeito deve trocar.
AULA DIA 29/10/18- RESPONSABILIDADE POR FATO DO PRODUTO OU SERVIÇO
Acidentes de consumo: risco a saúde e a proteção do consumidor. Pelo fato do produto ou serviço.
Vícios do produto ou serviço: situações menos graves, patrimônio econômico do consumidor.
FATO DO PRODUTO: art 12 CDC
Vício intrínseco da coisa. Defeito que vai ultrapassar o próprio objeto da relação de consumo. 
Risco a saúde e a segurança do consumidor: tipos de perigo. 
O dano decorre de um risco
· Concreto
· Abstrato
Defeito: é o vício acrescido de um problema extra, alguma coisa extrínseca ao produto ou serviço....
Responsabilidade do fornecedor- Objetiva
Vícios do Produto
· Origem no projeto
· Fabricação- uma série específica
· Construção
· Montagem
· Fórmulas
· Manipulações
· Apresentação e acondicionamento
· Informações-manual não é claro, não é preciso. 
· ESSE ROL NÃO É TAXATIVO
O produto não é considerado defeituoso simplesmente porque outro melhor foi colocado no mercado.
Fato do Serviço
Acidentes de consumo com serviços.
Ex: O cabelereiro aplicou o produto inadequadamente o e queimou o cabelo da cliente
Responsabilidade por fato do produto ou do serviço- Arts 12 a 17 do CDC
Reais ou imediatos: fabricante, produtor e construtor
Presumido: importador
Aparente ou imediato
Importante: a responsabilidade entre os fornecedores será solidária, conforme o disposto no art 7º, pú, do CDC.
Responsabilidade do comerciante: art 13. É igualmente responsável. Resp. objetiva. 
Doutrina: controvérsia: se seria solidariamente responsável ou subsidiariamente.
Minoritária: não exclui a solidariedade
STJ entende que a responsabilidade do comerciante é subsidiária. Só responde por fato do produto se o fabricante for de difícil fabricação ou pelo mal acondicionamento do produto.
SÓ SE APLICA A FATOS DO PRODUTO. VÍCIOS DO PRODUTO É RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA.
Exclui a responsabilidade da operadora pelo vício quando o fornecer é conhecido, ex; Samsung, Apple. Procede essa fundamentação? Não, pois só se aplica ao fato do produto e não vício do produto.
Art 13- causas de exclusão de responsabilidade
FATO DO SERVIÇO: 
Seção III- art 14 CDC. -vícios (defeitos) dos serviços. O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele poderia esperar.
Todo prestador de serviço responde independentemente de culpa pelo fato do serviço. 
Exceção: profissional liberal em acidentes de consumo.
Vícios por insegurança. 
Erro médico é sempre fato do serviço. 
Responder perante culpa afasta a inversão do ônus da prova se tiver hipossuficiência ou verossimilhança? Não afasta.
OBRIGAÇÃO DE MEIO OU DE RESULTADO
Obrigação de meio: aquele em que o prestador se compromete a utilizar todos os meios para se atingir um fim, mas não promete resultado.
Obrigação de resultado: Me comprometo a atingir um resultado. Se eu não atingir, vou responder.
Essa discussãoenvolve bastante em casos médicos. 
Cirurgia plástica estética: de resultado.
Cirurgia plástica reparadora: de meio.
Para professora na medicina a obrigação sempre é de meio e não resultado.
· Exclusão de responsabilidade por defeitos de serviços:
· Prova de que o defeito não existe
· Culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro
· Caso fortuito
· Força maior
Art 17. Se aplica tanto ao fato do serviço como fato do produto
A todas as vítimas de acidente de consumo se aplica ao fato do produto e ao fato do serviço. Consumidor por equiparação.
· Órgãos da Adm Pública direta e indireta resp objetiva
· Quando forem produtos públicos impróprios- uti singulari
Prazo prescricional: Art 27 CDC- de 5 anos contados do conhecimento do dano e da sua autoria. SÓ SE APLICA A ACIDENTES DE CONSUMO.
VÍCIOS
VÍCIOS DO PRODUTO (economicamente).
Vícios por inadequação.
Vícios do produto------- art 18 (por qualidade).
Artigo 18. 
AULA DIA 05.11.18
Vícios do produto. 
· Por qualidade. Art 18 CDC. Não sendo sanados em no máximo 30 dias (corridos) o consumidor pode, à sua escolha:
- Pedir a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso
- Pedir a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada se prejuízo de eventuais perdas e danos
- Pedido abatimento proporcional do preço.
Obs: A escolha é do consumidor, o fornecedor não pode suprimir a escolha. (ex: irei efetuar somente a troca por outro igual). 
Embora tenha essas opções, isso não afasta eventuais perdas e danos demonstrados no caso concreto.
- Prazos reduzidos ou ampliados, §3. Só é válida se houver consentimento das partes. Nos contratos de adesão na cláusula de prazo deverá ter feita em separado mediante consentimento do consumidor. Não poderá ainda ser menor que 7 e maior que 180 dias. 
Uso imediato das alternativas- art 18,§3. Se a substituição das peças for intervir na qualidade do produto ou o produto for de primeira necessidade, o consumidor pode exigir uma dessas alternativas sem precisar esperar 30 dias.
Produto essencial. Ex: fogão, geladeira. (cel e carro tem julgados que consideraram).
Mas se não houver produto de mesma espécie, pode pedir por outro semelhante? Sim. Se for maior o valor, paga-se a diferença e se for menos, retorna-se parte do valor.
Produtos in natura: a regra é que será responsável perante o consumidor o fornecedor imediato. 
Isso difere das garantias, isso é apenas prazo para solucionar um problema. Os prazos de garantia contratual se somam aos prazos de garantia legal.
Bens duráveis: 90 dias para reclamar do vício oculto ou aparentes, contando no caso do vício oculto a partir da aparição do vício.
· Por quantidade. Art 19 CDC.- O consumidor pode imediatamente a à sua escolha:
- Pedir o abatimento proporcional do preço.
- Pedir a complementação do peso ou da medida.
- Pedir a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios.
- Pedir a restituição imediata da quantia paga, monetariamente, sem prejuízo de eventuais perdas e danos.
In natura: quem tem o dever é o fornecedor imediato.
· Vícios do serviço: art 20, CDC- o consumidor pode a sua escolha. A solução deve ser imediata:
- pedir a reexecução dos serviços, sem custo adicional, quando cabível.
- Reexceução por terceiros- art 20, §1, CDC.
- Pedir a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos.
- Pedir o abatimento proporcional do preço.
Em Serviços Públicos aplicamos essa mesma regra? Sim (ver isso)
Pode o fornecedor empregar no conserto peças não originais ou manufaturadas no conserto? Sim, se tiver manifestação expressa do consumidor. Art 21
“Não conseguir enxergar o palco durante show é mero aborrecimento”.
Art 26. Prazos pra reclamação administrativa (comunicar o fornecedor que houve o problema)”.
Bens Duráveis (o uso se prolonga no tempo): 
· 90 dias para vícios aparentes ou de fácil constatação a partir da entrega efetiva do produto ou término do serviço.
· 90 dias para vícios ocultos a partir do momento em que ficar evidenciado o vício.
Prazo para propor a ação depois do consumidor não ter solucionado o problema? CDC não prevê prazo da propositura por vício.
Possibilidades:
 Art 206 CC: 3 anos
Art 205 CC: 10 anos. 
Analogia aplicar o art 27 do CDC: 5 anos contados dano.
 A MAIORIA DAS SENTENÇAS APLICAM 3 OU 5. O STJ POR ANALOGIA VEM APLICANDO 5.
Bens não duráveis (o uso causa deterioração ou extinção):
· 30 dias para vícios aparentes ou de fácil constatação a partir da entrega efetiva do produto ou término do serviço.
· 30 dias para vícios ocultos a partir do momento em que ficar evidenciado o vício.
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA.
· A desconsideração da personalidade jurídica é exceção ao princípio da separação da pessoa jurídica da pessoa de seus sócios o constituintes (“societas distat a singuli”).
· Origem: “disregard of legal entiny” ou “disregard theorie”. No brasil: Rubens Requião, 1969.
· Não se trata de considerar ou declarar nula a personalidade jurídica, mas sim, de torna-la eficaz em determinadas ocasiões.
CC: considera a teoria maior: somente nos casos de confusão patrimonial ou desvio de finalidade.
CDC: considera a teoria menor. Se a personalidade jurídica está atrapalhando a reparação do consumidor, já é suficiente.
Art 28 CDC: é norma sancionatória e protetiva.
· Abuso de direito
· Excesso de poder
· Infração da lei ou prática de ato ilícito.
· Violação dos estatutos ou contrato social
· Falência: estado de insolvência, encerramento ou (...) 
PRÁTICAS COMERCIAIS NO CDC
Art 29 CDC-> consumidor por equiparação.
· A nova disciplina para os contratos, em especial para os contratos de consumo, representa a afirmação de uma nova espécie de autonomia em matéria contratual, a autonomia racional. 
· Novo regime das relações contratuais;
Concepção social e principiológica dos contratos proteção de interesses úteis e legítimos dos contratantes.
Relação obrigacional como um processo.
Fases:
· Pré-contratual (negociações preliminares; oferta)
· Contratual (autonomia privada-poder de auto-regulamentação das partes contratantes)
· Pós contratual
· Efeitos da nova realidade contratual
O CDC sedimenta uma nova concepção social (...)
Práticas comerciais são os procedimentos, mecanismos, métodos e técnicas utilizadas pelos fornecedores para, mesmo indiretamente, fomentar, manter, desenvolver e garantir a circulação de seus produtos e serviços até o destinatário final, ou seja, são todos os mecanismos, técnicas e métodos que servem, direta ou indiretamente, ao escoamento da produção.
OFERTA
Fases contratuais
A oferta prevista no CDC é bem mais flexível do que a policitação prevista no CC.
Declaração unilateral de vontade que visa à propositura de um negócio jurídico.
Oferta não cria vínculo. No entanto tem obrigatoriedade. Se a pessoa recebeu essa oferta, o fornecedor é obrigado a cumprir. 
Natureza jurídica da oferta
Função da oferta.
· Mas deve pautar-se na razoabilidade. Se destoa muito da realidade, indicando problema de digitação por exemplo, entra a boa-fé.
· Posso limitar a oferta em dias? Sim
· Quantidade por pessoa? Sim
· Limitar a quantidade existente em estoque? Sim
· Posso retificar a minha oferta? Sim. Regra geral deve ser feita pelos mesmos meios utilizados no anúncio. 
Art 30 CDC.
Art 31 CDC
Art 35 CDC
AULA DIA 12. 11.18
PUBLICIDADE NO CDC
Conceito de Publicidade. É toda a atividade destinada a estimular o consumo de bens ou serviços, bem como promover instituições, conceitos ou ideias. 
Em sua função persuasiva, a publicidade cumpre muitas vezes papel decisivo para o desenvolvimento da economia, dai a necessidade de regulamentar a sua atuação, evitando efeitos danos à sociedade de consumo. 
Não temos uma lei que regulamenta a publicidade no brasil, mas sim o código de auto regulamentação publicitária.
Toda informação ou comunicação difundida com o fim direto ou indireto de promover junto aos consumidores a aquisição (...)
Tipos de propaganda
· Promocional: Destina-se a promoção de produto ou serviço.· Institucional: promoção de marca ou atividade empresarial.
Funções da publicidade
· Apresentar ao mercado de consumo os produtos e serviços 
· Incentivar (...)
· Veicular....
Quadro normativo: Compete a União legislar sobre a publicidade. 
Art 6.
Art 67. Pena para publicidade enganosa e abusiva.
Art 68 CDC. 
Resolução 163/14- conselho nacional da criança e do adolescente. 
São abusivas os anúncios que contem linguagem infantil, trilhas sonoras de músicas infantis, desenho animado, promoção de distribuição de prêmios ou brides colecionáveis com amplo ao público infantil...
A publicidade dirigida a criança deve ser limitada. 
Também não pode propagandas para o público adulto utilizando apelo infantil. EX: pôneis malditos. 
PUBLICIDADE E CDC
O regime de CDC se aplica tanto a promocional quanto a institucional.
Patrocínio é forma de publicidade? Sim. Se submete ao código de defesa do consumidor.
PRINCÍPIOS
1) Princípio da identificação: não se permite a publicidade clandestina (subliminar-é vedada, teaser, puffing, etc)- é o que consta do art 36 CDC. 
Publicidade dissimulada (redacional), oculta. “Escondida”. Pode passar uma mensagem subliminar ao nosso cérebro.
Teaser: técnica publicitaria preparatória com campanha promocional enigmática em torno de produtos que serão lançados. Instigar a curiosidade do consumidor. NÃO É PROIBIDA VIA DE REGRA. 
PUFFING
Exagero sobre as características de determinado produto ou serviço com o emprego de expressões lacunosas e subjetivas. NÃO É PROIBIDO.
“deixe seu dente mais branco”
“Panetonne- exagero de chocolate”
“deixe o liso mais liso”
“O melhor hambúrguer do mundo- Madero”
MERCHANDISING
Conjunto de técnicas responsáveis pela exposição destacada dos produtos favorecendo a venda e aumentando a rentabilidade do espeço no ponto-de-venda.
Em programas televisivos ainda é questionado; 
2) PRINÍPIO A VINCULAÇÃO DA OFERTA. O que foi anunciado deve ser cumprido. 
3) PRINCÍPO DA INFORMAÇÃO: o consumidor deve ser corretamente informado a respeito das características do produto ou do serviço- art 6, III, CDC.
4) Transparência: todas as informações relevantes para a formalização da relação de consumo devem constar na publicidade.
5) Principio da inversão do ônus da prova- art 38 CDC. O ônus da prova da veracidade e correção da cabe a quem os patrocina. Quem oferece deve demonstrar a veracidade, adequação do conteúdo publicitário.
6) Princípio da transparência da fundamentação publicitária
7) Correção do desvio publicitário- contrapropaganda (art 56 CDC). A correção daquele anuncio errado. 
PUBLICIDADE ABUSIVA X PUBLICIDADE ENGANOSA
ENGANOSA: ART 37 CDC. Pretende falsear a verdade, feita de má-fé. Quero enganar o meu consumidor. 
 ABUSIVA: Discriminatória de qualquer natureza, que incite à violência, explore o medo, se aproveite de deficiência de julgamento e experiencia da criança, .....
PROCON
ANVISA
CONAR
Atores que participam de publicidade podem responder? Se o atos defende algo que leva seu nome ou serviço sim, mas se apenas fez a propaganda não. 
A propaganda abusiva a empresa pode manter a propaganda do seu site. Em canais abertos não tem essa opção. 
PUBLICIDADE COMPARATIVA- não é proibida
Consiste na técnica de comparar com outros da mesma categoria. Mas não pode denegrir a outra marca, o seu objetivo deve ser de esclarecimento, objetividade da comparação, passível de comprovação técnica, não pode incentivar confusão entre os produtos, não pode caracterizar concorrência desleal. 
	QUESTÕES DA PROVA
1. Discursiva- 3 pontos. Notícia sobre um caso. Identificar de se é fato ou vício do produto. Prazo para propositura da ação. Possibilidade de inversão do ônus da prova. Saber apontar dois princípios que foram violados. Responsabilidade do fornecedor nesse caso se é objetiva ou subjetiva.
2. Um anuncio publicitário. Dizer se é enganosa ou abusiva- 1 ponto
3. Saber os prazos do art 26 CDC- 0,5. Prazos para reclamar sobre vícios do produto do serviço;
4. Práticas abusivas. Precisa saber o art 39 CDC. Elenca de forma não taxativa práticas consideradas abusivas
5. Situação concreta. Saber se é fato ou vício e a consequência disso. Art 12,18 e 19. 
6. Versa sobre a diferença entra publicidade enganosa e abusiva, ônus da prova de anúncios publicitários (o nunciantes, patrocinar que tem que provar a veracidade do ser conteúdo). Publicidade editorial (inserida em textos, artigos ) e o princípio da identificação DA PUBLICIDADE (toda publicidade deve ficar clara que é uma publicidade)
7. Versa sobre oferta. Oferta precisa saber art 31. Peças de reposição, devem garantir? Sim. Mas se parar de produzir? deve disponibilizar peças de reposição pelo tempo de vida útil do produto. A lei estabelece ou orientação jurisprudencial.
8. Oferta feita pelo preposto vincula o fornecedor? Sim, vinculam os empregadores e fornecedores de produtos ou serviços.
9. É permitido publicidade por telefone? Sim, desde que o custo da chamada não seja transferida ao consumidor. 
10. Caso concreto. Perguntar se a pratica feita naquele ato de contratação é um ato possível ou não. Saber as práticas abusivas.
AULA 19.11.18
PRÁTICAS ABUSIVAS
Art 39 CDC. – exemplificativa e não exaustiva.
I- Proíbe a venda casada. OS “COMBOS”. Para aquisição de um preciso comprar o outro. EX: Cinema que proíbem comprar comida de outro lugar, para assistir tenho que comprar a comida do cinema; “Assine o cartão e junto colocam um seguro”.
II- Proíbe a recusa ao atendimento às demandas dos consumidores em função das disponibilidades de estoque.
O que não é proibido é limitar a quantidade. O que não pode é haver estoque e recusar atendimento
III- Veda a prática de envio ou entrega ao consumidor, sem solicitação prévia, de qualquer produto ou serviço. Ex: cartão de crédito enviado, mas não solicitado. 
IV- Não pode o fornecedor explorar eventual fraqueza do consumidor advinda de sua idade, saúdem conhecimento e condição social para forçar a aquisição de um produto ou serviço. Ex: financeiras com o pulico alvo sendo o idoso.
Consumação mínima é considerada prática abusiva, pois obriga o consumidor a consumir.
Práticas abusivas comuns:
· Prestar serviço sem apresentar orçamento. Orçamento tem prazo de validade de 10 dias se outro não for o prazo estabelecido no próprio orçamento.
· Hotéis e pousadas que fornecem pacotes em feriado- venda casada
· Retenção de documentos para forçar o pagamento
· Comida deixada no prato em rodízio- desconta valor
· Troco em bala. Reduzir o preço ao valor que ele consiga dar o troco.
· Cartão não passou por problema na maquininha, não pode reter documento. 
· Recusar pagamento em dinheiro é prática abusiva em qualquer situação.
· Pagamentos em cartão, cheque podem ser recusados? Sim, mas deve deixar claro de antemão. 
· Não pode estabelecer pagamento mínimo. Ou aceita cartão ou não aceita cartão. A única coisa que não pode ser recusada como pagamento é o dinheiro. 
· Pode cobrar taxas diferenciadas para cartão de crédito, débito e a vista. O que não pode é querer que o consumidor compre um produto a mais para passar no cartão.
· Gorjeta não é obrigatório. São obrigações naturais, uma vez que eu pago voluntariamente não posso exigir a devolução.
· Perda da comanda
· Cobrança diferenciada para homens e mulheres. Se entendeu que cobrança diferenciada é prática abusiva. Princípio da igualdade.” mulheres como chamariz para clientela masculina”. 
V- Veda a exigência de vantagem manifestamente excessiva- aquela que contraria o disposto nos art. 4, I,III, art 6, II. Art 52,§1, CDC.
VI- Proíbe o fornecedor de executar serviços sem prévia elaboração do orçamento e expressa autorização do consumidor.
VII- Veda que.....
VIII- Veda ao fornecedor recusar a venda de bens ou prestação de serviços diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação regulados em lei especial...... ex: pagamento em dinheiro é obrigado a aceitar. 
IX- Veda a elevação sem justa causa do preço de produtos e serviços.
X- É vedada a aplicação de fórmula ou índice de reajuste diversodo legal ou contratualmente estabelecido.
XI- É vedado deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério.
OBS; houve um acréscimo recente dento das práticas abusivas depois do incêndio. Também é prática abusiva admitir consumidores maiores que a capacidade.

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