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Revisão Processo Penal

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Revisão 
Processo Penal II e Casos Concretos – Fillipe Nicolitt
- Levar caso 01 manuscrito
- Lei 9.099: Da conciliação preliminar (é obrigatória a participação do juiz?)
- Princípios CONSTITUCIONAIS aplicáveis a prova
- Interceptação telefônica 
- Características do interrogatório 
- Art. 207 do CPP
- Intimação e citação (advogado deve ou não ser intimado)
- Alteração de ordem de oitiva de AIJ
- Emendatio e Mutatio libeli 
- AIJ lei de drogas art. 57 
- HC 127900
- Procedimento Ordinário: resposta acusação, alegações finais e número de testemunhas 
____________________________________________________________
Princípios constitucionais dos meios de prova
 Publicidade – art. 93, IX;
 Publicidade restrita – art. 5º, LX;
 Inadmissibilidade de provas ilícitas – art. 5º, LVI;
 Contraditório e ampla defesa – art. 5º, LV. 
Princípios infraconstitucionais dos meios de prova 
 Da comunhão dos meios de prova;
 Da imediação;
 Da identidade física do juiz;
 Da oralidade; 
 Da concentração;
 Da não incriminação; 
 Da autoresponsabilidade; 
 Da investigação;
Meios de prova
A admissibilidade dos meios de prova é estabelecida por exclusão: em princípio, tudo aquilo que, direta ou indiretamente, possa servir para formar a convicção acerca da ocorrência de um fato é aceito como meio de prova.
Características do interrogatório
1) Ato personalíssimo, já que só o acusado (ou o querelado) pode ser interrogado, sem que haja possibilidade de ser substituído por outrem no ato (defensor, curador etc.). Na hipótese de interrogatório de pessoa jurídica acusada de crime ambiental (art. 225, § 3º, da CF), será ouvido o representante que for indicado pela ré, ainda que não seja seu representante legal, uma vez que esse pode não ter conhecimento do fato96. 
2) Ato oral, pois se perfaz, em regra, por meio de palavras. 
3) Ato não sujeito a preclusão, na medida em que pode ser praticado a qualquer tempo. 
4) Ato público, uma vez que, salvo excepcionalmente, qualquer pessoa pode presenciá-lo. 
5) Ato bifásico, porque constituído de duas partes, uma sobre a pessoa do acusado (interrogatório de qualificação), e, outra, sobre os fatos (interrogatório de mérito).
A ocasião adequada para a realização do interrogatório é a Audiência De Instrução E Julgamento, depois das declarações do ofendido, da oitiva das testemunhas de acusação e de defesa e de eventuais outras diligências probatórias (esclarecimentos dos peritos, acareações e reconhecimentos). Ou seja, o interrogatório deve ser o último ato instrutório da audiência, precedendo o requerimento de diligências complementares ou, conforme o caso, a apresentação de alegações finais orais (art. 400, caput, do CPP).
“É pacífico o entendimento, no STJ, de que é possível a realização do interrogatório por meio de carta precatória, sem que isso importe em ofensa ao princípio da identidade física do magistrado: “1. Com a introdução do princípio da identidade física do Juiz no processo penal pela Lei 11.719/08 (art. 399, § 2º do CPP), o Magistrado que presidir os atos instrutórios, agora condensados em audiência una, deverá proferir a sentença, descabendo, em regra, que o interrogatório do acusado, visto expressamente como autêntico meio de defesa e deslocado para o final da colheita da prova, seja realizado por meio de carta precatória, mormente no caso de réu preso, que, em princípio, deverá ser conduzido pelo Poder Público (art. 399, § 1º do CPP); todavia, não está eliminada essa forma de cooperação entre os Juízos, conforme recomendarem as dificuldades e as peculiaridades do caso concreto, devendo, em todo o caso, o Juiz justificar a opção por essa forma de realização do ato. 2. A adoção do princípio da identidade física do Juiz no processo penal não pode conduzir ao raciocínio simplista de dispensar totalmente e em todas as situações a colaboração de outro juízo na realização de atos judiciais, inclusive do interrogatório do acusado, sob pena de subverter a finalidade da reforma do processo penal, criando entraves à realização da Jurisdição Penal que somente interessam aos que pretendem se furtar à aplicação da Lei” (STJ — CC 99.023/PR — 3ª Seção — Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho — julgado em 10.06.2009 — DJe 28.08.2009).”
Interceptação de comunicações telefônicas e de dados telemáticos 
É importante conceituar as diversas espécies de interferência nas comunicações telefônicas: a interceptação telefônica, cuja validade se subordina à existência de ordem judicial, é a captação de conversa feita por um terceiro, sem o conhecimento dos interlocutores. A escuta, por outro lado, é a captação de conversa telefônica feita por um terceiro, com o conhecimento de apenas um dos interlocutores. Já a gravação telefônica é feita por um dos interlocutores do diálogo, sem o consentimento ou a ciência do outro. 
Na medida em que a Constituição Federal assegura a inviolabilidade das comunicações telefônicas e de dados (art. 5º , XII), a validade da interceptação de conversas ou mensagens transmitidas por esses meios pressupõe a existência de autorização judicial concedida com estrita observância aos requisitos previstos na Lei n. 9.296/96, que disciplina a forma legal de realização de diligência dessa natureza. É importante ressaltar que a interceptação de comunicações telefônicas ou de dados só é admitida para fins de produção de prova em investigação criminal ou em instrução processual penal referente a crimes apenados com reclusão e seus conexos.
 Trata-se, ademais, de providência subsidiária e excepcional, cuja realização pressupõe a impossibilidade de obtenção da prova por outros meios disponíveis, daí por que é inadmissível que seja deflagrada apenas com base em notícia anônima, que, para legitimar a medida, deve ser seguida de investigação preliminar. 
Embora seja de 15 dias, renovável por igual período, o prazo previsto para a duração da diligência, o Supremo Tribunal Federal proclamou a possibilidade de prorrogações sucessivas do monitoramento em casos complexos que exijam investigação diferenciada e contínua. 
A interceptação de que trata o art. 5º, XII, da CF, não é demais repetir, é a captação de conversa feita por terceiro, sem o consentimento dos interlocutores, razão pela qual não há ilicitude a contaminar os elementos de informação obtidos por policial que, durante diligência, atende ao telefone de pessoa suspeita e, em conversa com quem fez a chamada, tem conhecimento de informações relacionadas à infração. A esse respeito, confira-se: 
“Na espécie, o policial militar atendeu ligação efetuada para o celular do denunciado, tendo como interlocutor um usuário de drogas que desejava comprar substância entorpecente. Em nenhum momento o paciente teve qualquer conversa interceptada pelas autoridades, de modo que a hipótese não se amolda às determinações da Lei n. 9.296/96. O ato do policial configura, em verdade, procedimento policial escorreito, que não se desenvolveu às escondidas e foi instrumento necessário para salvaguarda do interesse público em detrimento do direito individual à intimidade do réu. Ordem denegada” (STJ — HC 55.288/MG — 6ª Turma — Rel. Min. Alderita Ramos de Oliveira (Desembargadora convocada do TJ/PE) — Julgamento: 02.04.2013 — Public.: DJe 10.05.2013).
HABEAS CORPUS 127.900: STF decide que interrogatório ao final da instrução criminal se aplica a processos militares.
“Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que se aplica ao processo penal militar a exigência de realização do interrogatório do réu ao final da instrução criminal, conforme previsto no artigo 400 do Código de Processo Penal (CPP). Na sessão desta quinta-feira (3), os ministros negaram o pedido no caso concreto – Habeas Corpus (HC) 127900 – tendo em vista o princípio da segurança jurídica. No entanto, fixaram a orientação no sentido de que, a partir da publicação da ata do julgamento, seja aplicável a regra do CPP às instruções não encerradas nos processos de natureza penal militar e eleitoral e a todos os procedimentospenais regidos por legislação especial.
O caso em análise trata de dois soldados da ativa surpreendidos na posse de substância entorpecente (artigo 290 do Código de Processo Militar) no interior do 1º Batalhão de Infantaria da Selva em Manaus/AM. A Defensoria Pública da União (DPU) sustentava, em síntese, a incompetência da Justiça Militar para processar e julgar o caso, tendo em conta que os acusados já não se encontram mais na condição de militares. Alegava ainda a nulidade do interrogatório dos réus – realizado no início da instrução – e defendia a aplicação do artigo 400 do CPP, na redação dada pela Lei 11.719/2008, ao procedimento especial da Justiça Militar, como garantia do contraditório e da ampla defesa.”
Citação 
Citação é o ato processual que tem a finalidade de dar conhecimento ao réu da existência da ação penal, do teor da acusação, bem como cientificá-lo do prazo para a apresentação da resposta escrita (10 dias).
“Uma vez constatado o vício de citação, impõe-se seja anulado o processo a partir do momento em que praticado o ato respectivo, expedindo-se, em benefício do paciente, o alvará de soltura. O vício de citação é o pior a macular o processo, já que inviabiliza o lídimo direito de defesa” (STF — HC 74.577 — Rel. Min. Marco Aurélio — DJU 28.02.1997 — p. 4.066).
CITAÇÃO POR MANDADO
Quando o réu estiver no território sujeito à jurisdição do juiz que a houver ordenado (art. 351 do CPP). Em suma, tem vez quando o réu reside ou está preso na própria Comarca por onde tramita a ação penal. 
Esta citação é feita por oficial de justiça.
A citação pode ser feita em qualquer dia, inclusive fins de semana e feriados, e a qualquer hora, do dia ou da noite.
Deve constar do mandado o juízo ao qual o acusado deve apresentar sua resposta escrita no prazo de 10 dias, sob pena de nomeação de defensor dativo caso não o faça.
CITAÇÃO DE MILITAR 
Se o acusado for militar, a citação será feita por intermédio de seu chefe de serviço (art. 358 do CPP). O juiz remete um ofício ao chefe de serviço e este executa o ato de citação. Cuida-se aqui de militar acusado de crime comum, e não de crime militar cujo rito é previsto em lei especial (Código de Processo Penal Militar).
CITAÇÃO DE FUNCIONÁRIO PÚBLICO 
O funcionário público é citado por oficial de justiça, por meio de mandado (art. 359 do CPP), exigindo-se que o chefe da repartição seja comunicado da data em que ele deverá comparecer em juízo. 
CARTA PRECATÓRIA 
Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz processante, será citado mediante carta precatória (art. 353 do CPP). A hipótese aqui é de pessoa que reside em comarca diversa daquela em que tramita a ação ou que está presa em outra Comarca. Se o réu não estiver cumprindo pena definitiva e não estiver preso provisoriamente por outro crime no juízo deprecado, o juiz deprecante deverá determinar sua remoção no prazo de 30 dias a contar da prisão (art. 289, § 3º, do Código de Processo, com redação da Lei n. 12.403/2011).
Expedida a carta pelo juízo deprecante, e sendo ela recebida no deprecado, será determinada a citação, para que o réu seja cientificado da acusação e do prazo para a resposta escrita. Será, então, expedido mandado no juízo deprecado para que o oficial de justiça proceda à citação do réu. Cumprida a carta precatória, será ela devolvida ao juízo de origem. 
Efetuada a citação, passa a correr o prazo de 10 dias para a apresentação da resposta escrita. Esse prazo corre do cumprimento do mandado, e não de sua juntada aos autos. Com efeito, segundo a Súmula n. 710 do Supremo Tribunal Federal “no processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem”. 
Se no juízo deprecado verificar-se que o réu mudou-se para uma terceira localidade, a precatória será remetida diretamente a tal juízo, comunicando-se o fato ao juízo deprecante. Esta é a chamada carta precatória itinerante. Depois de ouvidas as testemunhas no juízo deprecante, será expedida nova precatória para o interrogatório do réu no juízo deprecado, salvo se ele tiver comparecido no juízo deprecante na data da oitiva das testemunhas, hipótese em que será também interrogado em tal oportunidade.
CARTA ROGATÓRIA
Segundo o art. 368 do CPP, “estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante carta rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até o seu cumprimento”. Também será expedida carta rogatória no caso de citação a ser realizada em legações estrangeiras — embaixadas ou consulados (art. 369 do CPP). Em ambos os casos, a carta rogatória deverá ser encaminhada ao Ministério da Justiça, que solicitará o cumprimento ao Ministério das Relações Exteriores. 
CARTA DE ORDEM 
Quando o acusado goza de foro por prerrogativa de função, o Tribunal a quem incumbe o julgamento em grau originário emite carta de ordem determinando que o juízo da comarca onde reside o réu providencie sua citação.
CITAÇÃO POR HORA CERTA 
De acordo com o disposto nos arts. 252 a 254 do CPC, é necessário que o oficial de justiça tenha procurado o acusado em sua residência ou domicílio por pelo menos duas vezes, sem encontrá-lo. Nesse caso, o oficial, se suspeitar que o réu está se ocultando, deverá intimar qualquer pessoa da família do acusado, ou, em sua falta, qualquer vizinho, de que, no dia seguinte, voltará a fim de concretizar a citação, em determinada hora, que deverá ser mencionada. Nos condomínios edilícios e nos loteamentos com controle de acesso, a intimação poderá recair sobre funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência. Desse modo, no dia e hora designados, o oficial comparecerá novamente ao local com o intuito de concretizar o ato. Se o réu estiver presente, será realizada a citação pessoal. Caso contrário, o oficial buscará informar-se das razões da ausência, dando por feita a citação ainda que o citando tenha se ocultado em outra comarca, seção ou subseção judiciárias. Da certidão da ocorrência, o oficial deixará contrafé com pessoa da família ou vizinho, declarando-lhe o nome. A citação com hora certa será aperfeiçoada mesmo que o familiar ou vizinho anteriormente intimado esteja ausente ou se, embora presente, recusar-se a receber o mandado. Após a efetivação da citação com hora certa, o escrivão enviará ao réu, no prazo de 10 dias, carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.
CITAÇÃO POR EDITAL 
Quando o réu não for encontrado para citação pessoal (art. 363, § 1º, do CPP). É necessário que o acusado tenha sido procurado em todos os endereços que tenham constado anteriormente nos autos, inclusive locais de trabalho e nos números telefônicos existentes, sob pena de nulidade da citação por edital. A propósito: “Processual penal. Citação edital. Nulidade. Apelação. Habeas corpus. Concessão. Reputa-se induvidosa a comprovação factual da nulidade da citação editalícia, reparável por habeas corpus independentemente da pendência da apelação do revel, se do próprio mandado constou a dualidade de endereços e só num deles foi procurado o citando” (STJ — 5ª Turma — RHC 66/MG, Rel. Min. José Dantas — DJ 19.11.1990 — p. 13.265). A prova de que o réu está em local desconhecido é a certidão elaborada pelo oficial de justiça.
Quando inacessível o local em que o réu se encontra: quando o oficial de justiça não tem condições de efetuar a citação pessoal por ter sido deflagrada uma guerra, por exemplo, e o acusado está em local impossível de ser contatado, será necessária a citação por edital para que se suspendam o processo e o prazo prescricional nos termos do art. 366 do CPP, até que a situação se normalize. Não é viável que, diante da impossibilidade de acesso ao réu, não se tome nenhuma providência, continuando a correr o prazo prescricional. Assim, apesar de o art. 363, I, do Código de Processo, que tratava expressamente desta hipótese, ter sido revogado pela Lei n. 11.719/2008, entende-se que ele continua aplicável porque permanece em vigor o art. 364 queregulamenta o prazo do edital em tal situação e, principalmente, por aplicação analógica do art. 256, II, do Novo Código de Processo Civil, que prevê referida citação por edital quando inacessível o lugar onde se encontra o réu.
Emendatio Libeli
O juiz pode diretamente condenar o réu na classificação que entenda ser a correta, sendo dispensável qualquer formalidade como aditamento da denúncia ou queixa, ainda que com a nova classificação tenha o juiz de fixar pena mais grave (art. 383 do CPP).
“É pacífica a jurisprudência desta Corte Superior de Justiça no sentido de que o réu defende-se dos fatos narrados na denúncia, não da capitulação legal a eles atribuída pelo Ministério Público” (STJ — HC 89.232/SP — 6ª Turma — Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura — DJe 13.09.2010).
Agravantes podem ser reconhecidas pelo juiz nos crimes de ação pública mesmo que não tenham constado da descrição fática da denúncia, uma vez que o art. 385 do CPP admite tal providência, nos crimes dessa natureza. Caso, porém, se trate de ação privada, o juiz só poderá reconhecer aquelas que constem expressamente na narrativa da queixa. Caso contrário, apenas se houver aditamento o juiz poderá reconhecê-las.
Aplicação da emendatio libelli em grau recursal
A emendatio libelli pode ser aplicada inclusive pelos tribunais em grau de recurso, desde que respeitado o princípio que veda a reformatio in pejus, ou seja, não será cabível a alteração na capitulação pelo tribunal se importar agravação da pena caso o recurso seja exclusivo da defesa.
Suspensão condicional do processo em razão de emendatio libelli
Se, em consequência da definição jurídica diversa dada pelo juiz na sentença, houver a possibilidade de suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei n. 9.099/95), o juiz dará vista dos autos ao promotor de justiça para que efetue a proposta da suspensão, caso não tenha ele recorrido da sentença. É o que diz o art. 383, § 1º, do CPP.
Mutatio Libeli
O instituto da mutatio libelli pressupõe que, durante a instrução em juízo, surja prova de elementar ou circunstância não descrita explícita ou implicitamente na denúncia ou queixa. Assim, enquanto na emendatio libelli a descrição fática contida na denúncia ou queixa coincide com as provas colhidas durante a instrução, na mutatio há descrição de determinado fato, mas as provas apontam que o fato delituoso praticado é diverso. Nesta última hipótese, a atual redação do art. 384, caput, do Código de Processo Penal, com a redação dada pela Lei n. 11.719/2008, estabelece que o promotor deverá aditar a denúncia ou a queixa (na ação privada subsidiária da pública) para que seja efetuada a correção.
Quando a denúncia descreve crime tentado e fica demonstrado que o crime se consumou, faz-se necessário o aditamento, porque a denúncia não descreve o momento consumativo. Todavia, se a denúncia imputa um delito consumado e a prova colhida demonstra que o crime não passou da esfera da tentativa, não se faz necessário aditamento.
Procedimento da mutatio libeli
Se o aditamento tiver sido feito de forma oral, ao término da audiência de instrução, será reduzido a termo. 
O defensor terá, então, prazo de 5 dias para se manifestar a respeito (salvo se preferir fazê-lo de imediato na própria audiência), e, em seguida, os autos irão conclusos para o juiz receber ou rejeitar o aditamento. 
É possível que o Ministério Público tenha requerido vista dos autos para apresentar o aditamento por escrito. Em tal caso, o art. 384 do CPP lhe confere prazo de 5 dias para a providência. Igual prazo será concedido ao defensor para se manifestar. 
Caso seja recebido o aditamento, o juiz designará nova audiência em continuação para a inquirição de testemunhas, novo interrogatório do réu e realização de debates e julgamento. O art. 384, § 4º, do Código de Processo Penal, estabelece que na hipótese em estudo cada parte pode arrolar até três novas testemunhas (o Ministério Público no próprio aditamento e a defesa dentro do prazo de 5 dias a ela conferido). 
Ao sentenciar o feito, o juiz ficará adstrito aos termos do aditamento recebido, ou seja, não poderá condenar o réu além dos limites do aditamento.
Se for efetuado aditamento que modifique o próprio tipo penal (e não apenas qualificadoras ou causas de aumento), o juiz não mais poderá condenar o réu pela imputação originária. 
OBS: O procedimento explicado não precisa ser adotado, e tampouco há a possibilidade de novas testemunhas serem arroladas, quando o aditamento é feito apenas a fim de serem corrigidas eventuais omissões da denúncia ou queixa que não impliquem alteração na acusação. Ex.: aditamento para corrigir a data ou o local do crime.
OBS 2: O art. 569 do mesmo codex permite que o aditamento seja feito em qualquer fase do processo (desde que antes da sentença). Caso o aditamento provoque alteração na tipificação e, por conseguinte, na pena aplicável, o juiz deverá intimar a defesa. 
Impossibilidade de aplicação da mutatio libelli em grau recursal 
A Súmula n. 453 do Supremo Tribunal Federal veda a adoção da mutatio libelli durante pendência de recurso no tribunal, pois é evidente que não é mais possível o aditamento da denúncia após a prolação da sentença de 1ª instância. 
“... 2. Segundo o enunciado sumular 453/STF, ‘Não se aplicam à segunda instância o art. 384 e parágrafo único do Código de Processo Penal, que possibilitam dar nova definição jurídica ao fato delituoso, em virtude da circunstância elementar não contida explícita ou implicitamente na denúncia ou queixa’. 3. Na hipótese, o Tribunal a quo, ao condenar o paciente, reconheceu a causa de aumento de pena prevista no art. 226, inciso II, do Código Penal (agressor que tem autoridade sobre a vítima), sem que a denúncia tenha descrito tal circunstância fática, o que causa evidente constrangimento ilegal, por cerceamento de defesa” (STJ — HC 149.139/DF — 5ª Turma — Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima — DJe 02.08.2010).
Em suma:
“Dá-se mutatio libelli sempre que, durante a instrução criminal, restar evidenciada a prática de ilícitos cujos dados elementares do tipo não foram descritos, nem sequer de modo implícito, na peça de denúncia. Em casos tais, é de se oportunizar aos acusados a impugnação também desses novos dados factuais, em homenagem à garantia constitucional da ampla defesa. Verifica-se emendatio libelli naqueles casos em que os fatos descritos na denúncia são iguais aos considerados na sentença, diferindo, apenas, a qualificação jurídica sobre eles (fatos) incidente. Ocorrendo emendatio libelli, não há que se cogitar de nova abertura de vista à defesa, pois o réu deve se defender dos fatos que lhe são imputados, e não das respectivas definições jurídicas. Sentença condenatória que nada mais fez que dar novo enquadramento jurídico aos mesmos fatos constantes da inicial acusatória, razão pela qual não há que se exigir abertura de vista à defesa. Ordem denegada” (STF — HC 87.503 — Tribunal Pleno — Rel. Min. Carlos Britto — DJ 18.08.2006 — p. 19).
Audiência de instrução e julgamento na lei de drogas
A audiência de instrução e julgamento deverá ser realizada dentro do prazo de 30 dias, a contar do despacho em que foi recebida a denúncia, salvo se tiver sido determinada a realização de exame para verificar a dependência toxicológica de drogas por parte do acusado, hipótese em que deverá ser realizada no prazo de 90 dias. 
De acordo com a redação do art. 57 da Lei n. 11.343/2006, na audiência, o juiz, inicialmente, interrogará o acusado, na forma estabelecida no Código de Processo Penal. 
Deverá o magistrado indagar-lhe acerca de eventual dependência de drogas, caso ainda não tenha sido determinado o respectivo exame, providência necessária mesmo no crime de tráfico. 
Se o réu declarar-se dependente e existirem indícios nesse sentido, o juiz deverá determinar a realização do exame. Aliás, mesmo que o acusado não se declare dependente, o juiz deverá determinar o exame se, diante das provas colhidas ou de outras evidências, perceber que ele é viciado. 
A possibilidadede as partes fazerem perguntas ao réu no final do interrogatório, sempre, porém, por intermédio do juiz. 
Após o interrogatório, o juiz ouvirá as testemunhas, primeiro as de acusação, e depois as de defesa. 
OBS: O depoimento de policiais (militares ou civis) tem o mesmo valor que em qualquer outro processo penal (furto, roubo, porte de arma etc.).
Ouvidas as testemunhas, as partes terão, cada qual, tempo de 20 minutos, prorrogáveis por mais 10 (a critério do juiz), para a sustentação oral. 
OBS 2: O Superior Tribunal de Justiça já se manifestou de acordo com esse entendimento: “Nos termos do art. 394, § 2º, salvo disposições em contrário do Código de Processo Penal ou de lei especial, o procedimento comum será aplicado a todos os processos. Logo, possuindo a Lei 11.343/06 rito próprio, afastadas estão, em regra, as normas do procedimento comum. O art. 57 da Lei 11.343/06 dispõe que o interrogatório inaugura a audiência de instrução e julgamento, ao contrário do rito do Estatuto Processual Penal que o fixou como último ato da instrução, nos termos do seu art. 400. In casu, denota-se que o interrogatório foi realizado nos termos estabelecidos no rito especial da Lei de Drogas, razão por que não se verifica a existência de nulidade em face da alegada inobservância do art. 400 do CPP” (STJ — HC 152.776/RS — 5ª Turma — Rel. Min. Jorge Mussi — Julgamento: 08.11.2011 — DJe 17.11.2011). 
O Supremo Tribunal Federal, por órgão fracionário, também já decidiu pela aplicação do princípio da especialidade, no tocante ao momento de realização do interrogatório: “Habeas corpus. Processual penal. Paciente condenado pelo delito de tráfico de drogas sob a égide da Lei n. 11.343/2006. Pedido de novo interrogatório ao final da instrução processual. Art. 400 do CPP. Impossibilidade. Princípio da especialidade. Ausência de demonstração do prejuízo. Ordem denegada. Se o paciente foi processado pela prática do delito de tráfico ilícito de drogas, sob a égide da Lei n. 11.343/2006, o procedimento a ser adotado é o especial, estabelecido nos arts. 54 a 59 do referido diploma legal. II — O art. 57 da Lei de Drogas dispõe que o interrogatório ocorrerá em momento anterior à oitiva das testemunhas, diferentemente do que prevê o art. 400 do Código de Processo Penal” (STF — HC 121.953/MG — 2ª Turma — Rel. Min. Ricardo Lewandowski — julgado em 10.06.2014 — DJe 01.07.2014). 
Audiência/conciliação preliminar 
Esta audiência é realizada no mesmo dia em que cometida a infração de menor potencial ofensivo quando o autor da infração for apresentado de imediato ao Juizado após a lavratura do termo circunstanciado ou, quando isso não for possível, no dia designado pelo juiz após receber o termo. Neste último caso, do mandado de intimação do autor da infração deverá constar a necessidade de seu comparecimento acompanhado de advogado, com a advertência de que, na sua falta, ser-lhe-á designado defensor público (art. 68 da Lei n. 9.099/95). Nos termos do art. 72 da Lei n. 9.099/95 devem estar presentes à audiência o JUIZ e o conciliador, o representante do Ministério Público, o autor da infração e seu defensor (constituído ou nomeado pelo juiz para o ato) e a vítima. Desse modo, instalada a audiência, o procedimento seguirá fases específicas, de acordo com o tipo de ação penal prevista para o delito.
Intimação do advogado 
O advogado deve ser intimado para tomar conhecimento de qualquer ato da instrução criminal. (art. 370, CPP).
A intimação do advogado deverá ser feita por órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca, incluindo o nome do acusado, sob pena de nulidade (art. 370, § 1º, CPP).
Não havendo órgão de publicação far-se-á pelo escrivão, por: Mandado ou via postal com AR (art. 370, § 2º, CPP).
Ministério Público se intima pessoalmente (art. 370, §4º, CPP).
Adiada a instrução criminal o juiz lavrara em termo nova data nos autos (art. 372, CPP).
Intimação da sentença (art. 392, CPP)
O art. 392 do Código de Processo Penal estabelece em relação ao réu uma série de regras para sua intimação acerca da sentença, dependendo da espécie de infração penal. Atualmente, entretanto, em virtude do princípio constitucional da ampla defesa, entende-se que, qualquer que seja o delito, deverá sempre ser tentada sua intimação pessoal (ainda que tenha sido decretada a revelia no transcorrer da ação). 
Caso ele não seja encontrado, será intimado por edital com prazo de 90 dias, se tiver sido imposta pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a 1 ano, e de 60 dias, nas demais hipóteses. O prazo para recurso somente correrá após o término do prazo do edital (art. 392, § 2º). 
O defensor dativo deve ser intimado pessoalmente e o constituído, pela imprensa. 
Na hipótese de o réu e seu defensor serem intimados em datas diversas, o prazo para recorrer somente começará a ser contado a partir da última intimação. 
Ressalve-se, por sua vez, que as sentenças prolatadas em audiência ou em plenário do Júri consideram-se publicadas no ato, e que, de acordo com o art. 798, § 5º, b, do Código de Processo Penal, os prazos recursais fluem a partir de tal data em relação às partes que estejam presentes. Tal regra tem aplicação plena para os defensores (constituídos ou dativos), querelantes e assistentes de acusação, bem como para o réu. 
A ausência de intimação da sentença é causa de nulidade mencionada no art. 564, III, o, do Código de Processo Penal (a sentença, portanto, não transita em julgado). 
O art. 201, § 2º, do CPP, dispõe que a vítima deverá ser comunicada do teor da sentença e do respectivo acórdão — que mantenha ou modifique a decisão anterior. As comunicações ao ofendido devem ser feitas no endereço por ele indicado ou, por opção deste, pela utilização de meio eletrônico (art. 201, § 3º). 
Procedimento Ordinário 
Apenas para crimes com pena máxima em abstrato igual ou superior a 4 anos (leva-se em conta qualificadoras e causas de aumento e de diminuição de pena).
No caso de concurso de crimes que sejam conexos e devam ser apurados conjuntamente.
Se houver conexão entre dois delitos que, individualmente, adotariam o rito sumário adota-se o rito mais amplo, que confere maiores possibilidades de defesa, ou seja, o ordinário.
1º- Inquérito policial
2º- Ministério Público
3º- Oferecimento de denúncia 
O juiz tem prazo de 5 dias para proferir a decisão recebendo ou rejeitando.
4º-Recusa (art. 395)
Inepta;
Falta de pressuposto processual ou condição para exercício da ação penal;
Justa causa para exercício da ação.
5º-Recebimento (art. 396)
Interrompe a prescrição e citação para apresentar resposta escrita em 10 dias.
6º-Resposta escrita (art. 396-A): 
a) arguir preliminares; 
b) alegar tudo o que interesse à sua defesa; 
c) apresentar documentos; 
d) apresentar justificações; 
e) requerer a produção de provas que entenda relevantes; 
f) arrolar testemunhas, em um número máximo de 8.
7º-Absolvição sumaria (art. 397):
Causa excludente de ilicitude;
Excludente de culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; 
Fato narrado não constituir crime; 
Extinção da punibilidade do agente. 
8º- Audiência de instrução e julgamento (art. 400):
Deverá marcar a audiência de instrução e julgamento para data não superior a 60 dias (art. 400 do CPP). 
Intimados: Ministério Público, acusado, de seu defensor e, se for o caso, do querelante e do assistente de acusação (art. 399 do CPP). 
Se faltar o réu solto, o assistente de acusação ou o advogado do querelante, desde que notificados, não ocorrerá o adiamento (art. 457 do CPP). 
A falta do representante do Ministério Público importará adiamento do ato. 
A audiência será também adiada se, por motivo justificado, o defensor não puder comparecer (art. 265, § 1º, do CPP). 
Incumbe ao defensor provar seu impedimento até a abertura da audiência. Se não o fizer, o juiz determinará a realização do ato, devendo nomear defensor substituto (ad hoc), ainda que provisoriamente, ou só para o efeito do ato (art. 265, § 2º, do CPP). 
Se oréu estiver preso será requisitada sua apresentação para o dia da audiência. 
A não apresentação ou a falta de requisição impedem a realização do ato. 
Na audiência de instrução serão realizados os seguintes atos: 
1) oitiva da vítima; 
2) oitiva das testemunhas de acusação; 
3) oitiva das testemunhas de defesa; 
4) interrogatório do réu; 
5) oportunidade para requerimentos; 
6) debates orais; 
7) julgamento.
9º- Alegações finais e memoriais (art. 403):
Caso não haja requerimento de diligência no fim da audiência, ou se eventualmente tiverem sido indeferidos os pedidos feitos, o juiz declarará finalizada a instrução e dará a palavra às partes para a apresentação oral de alegações finais por 20 minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 minutos, proferindo, em seguida, a sentença (art. 403 do CPP). Se houver mais de um acusado, o tempo para as alegações orais de cada defensor será individual (art. 403, § 1º), ou seja, cada um terá o prazo de 20 minutos, prorrogáveis por mais 10, para fazer sua sustentação oral.
Em razão da complexidade dos fatos ou do número excessivo de acusados, pode o juiz, de ofício ou a pedido das partes, conceder prazo de 5 dias para que cada uma apresente memoriais por escrito com suas alegações finais.
____________________________________________________________
CASO CONCRETO – AULA 01 
Na tentativa de identificar a autoria de vários arrombamentos em residências agrupadas em região de veraneio, a polícia detém um suspeito, que perambulava pelas redondezas. Após alguns solavancos e tortura físico-psicológica, o suspeito, de apelido Alfredinho, acabou por admitir a autoria de alguns dos crimes, inclusive de um roubo praticado mediante sevícia consubstanciada em beliscões e cusparadas na cara da pessoa moradora. Além de admitir a autoria, Alfredinho delatou um comparsa, alcunhado Chumbinho, que foi logo localizado e indiciado no inquérito policial instaurado. A vítima do roubo, na delegacia, reconheceu os meliantes, notadamente Chumbinho como aquele que mais a agrediu, apesar de ter ele mudado o corte de cabelo e raspado um ralo cavanhaque. Deflagrada a ação penal, o advogado dos imputados impetrou habeas corpus, com o propósito de trancar a persecução criminal, ao argumento de ilicitude da prova de autoria. Solucione a questão, fundamentadamente, com referência necessária aos princípios constitucionais pertinentes.
R: Trata-se de questão controvertida na doutrina. A 1º corrente defende a ampliação do princípio da proporcionalidade do bem jurídico, relativizando o jus libertati em relação a segurança pública e a paz social, aproveitando-se a prova derivada contaminada de ilicitude na origem. Uma 2ª corrente defende a admissibilidade da prova subsequente se independente daquela de origem ilícita, o que seria a hipótese do caso concreto. Há um terceiro posicionamento adotado pelo STF, inadmitindo de forma absoluta a prova ilícita, quer originária ou derivada.
Questão objetiva 
(OAB FGV 2010.2) Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com uma faca, causando-lhe sérias lesões no ombro direito. O promotor de justiça ofereceu denúncia contra Joaquim, imputando-lhe a prática do crime de lesão corporal grave contra Pedro, e arrolou duas testemunhas que presenciaram o fato. A defesa, por sua vez, arrolou outras duas testemunhas que também presenciaram o fato. Na audiência de instrução, as testemunhas de defesa afirmaram que Pedro tinha apontado uma arma de fogo para Joaquim, que, por sua vez, agrediu Pedro com a faca apenas para desarmá-lo. Já as testemunhas de acusação disseram que não viram nenhuma arma de fogo em poder de Pedro. Nas alegações orais, o Ministério Público pediu a condenação do réu, sustentando que a legítima defesa não havia ficado provada. A Defesa pediu a absolvição do réu, alegando que o mesmo agira em legítima defesa. No momento de prolatar a sentença, o juiz constatou que remanescia fundada dúvida sobre se Joaquim agrediu Pedro em situação de legítima defesa. Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta.
(C) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. No caso, como o juiz ficou em dúvida sobre a ocorrência de legítima defesa, deve absolver o réu.
	(XV EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Matheus foi denunciado pela prática dos crimes de tráfico de drogas (Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/2006) e associação para o tráfico (Art. 35, caput concurso material. Quando da realização da audiência de instrução e julgamento, o advogado de defesa pleiteou que o réu fosse interrogado após a oitiva das testemunhas de acusação e de defesa, como determina o Código de Processo Penal (Art. 400 do CPP, com redação dada p 11.719/2008), o que seria mais benéfico à defesa. O juiz singular indeferiu a inversão do interrogatório, sob a alegação de que a norma aplicável à espécie seria a Lei nº 11.343/2006, a qual prevê, em seu Art. 57, que o réu deverá ser ouvido no início da instrução. Nesse caso,
		
	
	C) o juiz não agiu corretamente, pois é cabível a inversão do interrogatório, devendo ser automaticamente reconhecida a nulidade em razão da adoção de procedimento incorreto.
	 
	B) o juiz agiu corretamente, eis que o interrogatório, em razão do princípio da especialidade, deve ser o primeiro ato da instrução nas ações penais instauradas para a persecução dos crimes previstos na Lei de Drogas.
	 
	A) o juiz não agiu corretamente, pois o interrogatório do acusado, de acordo com o Código de Processo Penal, é o último ato a ser realizado.
	
	E) Nenhuma das alternativas anteriores.
	
	D) o juiz agiu corretamente, já que, independentemente do procedimento adotado, não há uma ordem a ser seguida em relação ao momento da realização do interrogatório do acusado.
	
	
	
	2a Questão (Ref.:201603516495)
	Pontos: 0,1  / 0,1  
	(MPDFT - 2013 - MPDFT - Promotor de Justiça) - Assinale a alternativa INCORRETA:
		
	
	O ônus da prova, na ação penal condenatória, recai sobre a acusação.
	
	O Código de Processo Penal faz distinção entre provas e elementos informativos.
	 
	Nos termos do Código de Processo Penal, o juiz não pode determinar, de ofício, a produção antecipada de provas urgentes e relevantes, no curso do inquérito policial
	
	A prova oral pode, em dadas situações, prevalecer sobre a prova pericial, na avaliação judicial dos fatos que são o objeto da imputação
	
	O Código de Processo Penal considera a fonte independente como exceção à proibição de utilização das provas ilícitas por derivação
	
	
	
	3a Questão (Ref.:201603771891)
	Pontos: 0,1  / 0,1  
	Assinale a alternativa INCORRETA:
		
	 
	Nos termos do Código de Processo Penal, o juiz não pode determinar, de ofício, a produção antecipada de provas urgentes e relevantes, no curso do inquérito policial.
	
	O ônus da prova, na ação penal condenatória, recai sobre a acusação.
	
	A prova oral pode, em dadas situações, prevalecer sobre a prova pericial, na avaliação judicial dos fatos que são o objeto da imputação.
	
	O Código de Processo Penal considera a ¿fonte independente¿ como exceção à proibição de utilização das provas ilícitas por derivação.
	
	O Código de Processo Penal faz distinção entre provas e elementos informativos.
	
	
	
	4a Questão (Ref.:201603767567)
	Pontos: 0,1  / 0,1  
	(DPE/PA/Defensor/2009) No processo penal a defesa apresenta-se sob dois aspectos: defesa técnica e autodefesa. Há manifestação da autodefesa nos seguintes atos:
		
	
	e) defesa preliminar, interrogatório, comparecimento no ato de produção de prova e possibilidade de recurso.
	
	d) defesa preliminar, interrogatório, comparecimento à audiência de instrução e julgamento.
	 
	a) interrogatório, comparecimento no ato de produção de prova e possibilidade de recurso.
	
	b) interrogatório, comparecimento à audiência de instrução e julgamento e possibilidade de recurso.
	
	c) defesa preliminar,interrogatório e possibilidade de recurso.
	
	
	
	5a Questão (Ref.:201603344221)
	Pontos: 0,0  / 0,1  
	Acerca dos institutos da mutatio e emendatio libelli, marque a alternativa incorreta:
		
	
	A emendatio libelli pode ser aplicada tanto em 1ª quanto em 2ª instância.
	
	Segundo entendimento prevalente, a mutatio só é aplicável aos crimes de ação pública.
	 
	Na emendatio libelli é imprescindível a superveniência de fato não descrito na denúncia ou queixa.
	 
	Não se admite mutatio libelli em segunda instância.
	
	A mutatio libelli exige, para seu reconhecimento, a apresentação de aditamento por parte da acusação.
	
	1a Questão (Ref.:201602808728)
	Pontos: 0,1  / 0,1  
	Considerando as disposições processuais penais previstas na Lei federal n.º9.099/1995 (Lei dos Juizados Especiais), assinale a opção correta.
		
	
	O juizado especial criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos, tem competência apenas para a conciliação e o julgamento das infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência.
	
	Os processos referentes aos juizados especiais criminais devem orientar-se pelos critérios de oralidade, documentação, simplicidade, formalidade, economia processual e celeridade, em busca, sempre que possível, da conciliação ou da transação.
	
	Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrente da aplicação das regras de conexão e continência, serão observados os institutos da transação penal, excluindo-se os da composição dos danos civis.
	 
	Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno e em qualquer dia da semana, conforme dispuserem as normas de organização judiciária.
	
	
	
	2a Questão (Ref.:201603307006)
	Pontos: 0,0  / 0,1  
	(FCC - 2011 - TRE-AP - Analista Judiciário - Área Judiciária) No que se refere à suspensão do processo prevista no artigo 89, da Lei no 9.099/95, é INCORRETO afirmar que:
		
	
	a suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta.
	
	expirado o prazo de suspensão do processo, sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade.
	 
	a decisão judicial que homologa a suspensão condicional do processo interrompe a prescrição e, durante o prazo de suspensão do processo, não correrá a prescrição.
	 
	a suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime.
	
	além das condições obrigatórias estabelecidas por lei o Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado.
	
	
	
	3a Questão (Ref.:201603304221)
	Pontos: 0,1  / 0,1  
	A respeito do procedimento ordinário, previsto no Código de Processo Penal a partir do art. 394, é correto afirmar que:
		
	
	as alegações finais orais serão oferecidas no prazo de duas horas.
	 
	será aplicado quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade.
	
	a defesa prévia será apresentada até três dias após o interrogatório.
	
	serão ouvidas, na instrução, até cinco testemunhas.
	
	terá início com o interrogatório do réu.
	
	
	
	4a Questão (Ref.:201603569492)
	Pontos: 0,0  / 0,1  
	(2014 - FCC - MPE-PA - Promotor de Justiça) De acordo com o disposto no Código de Processo Penal,
		
	 
	na inquirição das testemunhas arroladas pela defesa no plenário do júri, o defensor do acusado formulará as perguntas antes do Ministério Público e do assistente.
	
	no plenário do júri, os jurados, por meio do juiz presidente, podem formular perguntas às testemunhas, mas não ao ofendido.
	
	mesmo que desobrigadas pela parte interessada, permanecem proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão devam guardar segredo.
	 
	no procedimento comum ordinário, as perguntas serão formuladas pelas partes diretamente ao interrogando, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem na repetição de outra já respondida, e o juiz poderá completar a inquirição somente sobre os pontos não esclarecidos.
	
	a expedição de carta precatória suspende a instrução criminal.
	
	
	
	5a Questão (Ref.:201602817419)
	Pontos: 0,1  / 0,1  
	Quanto ao procedimento comum ordinário disciplinado no Código de Processo Penal, é CORRETO afirmar que
		
	
	tem por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a dois anos de pena privativa de liberdade.
	 
	depois de apresentada a resposta à acusação, o Juiz deverá absolver sumariamente o acusado, se verificadas as hipóteses previstas na lei.
	
	na instrução deverão ser inquiridas, no mínimo, oito testemunhas arroladas pela acusação e oito pela defesa.
	
	produzidas as provas, e não sendo requeridas diligências, serão oferecidas alegações finais escritas, pela acusação e pela defesa.
	
	o acusado poderá responder à acusação, por escrito, no prazo de quinze dias.
The end.

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