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Semiologia Neurológica Exame Neurológico II Objetivos da Aula Ao final da aula o aluno deverá ser capaz de: - estabelecer o objetivo da inspeção; - classificar funcionalmente a marcha; - avaliar o movimento voluntário; - reconhecer os reflexos profundos e superficiais; - definir tônus O que é Inspeção Inspeção: exige a utilização do sentido da visão. Tem como objetivos detectar alterações de pele, deformidades, aumento de volume, feridas, cicatrizes, uso de dispositivos, tipo de marcha, fáscies, atitude, posturas, etc Exame Físico 1. Inspeção Aspecto da pele Deformidades Aumentos de volume Feridas e cicatrizes Órteses Próteses Deambulação Marcha Postura Atitude Fáscies Aspectos da Pele Esclerose tuberosa – Adenomas sebáceos Aspectos da Pele Manchas café com leite - Neurofibromatose Deformidades MMII, MMSS, Tronco, Pés, etc Aumento de Volume Feridas e Cicatrizes Órteses Órteses: equipamentos terapêuticos de auxílio funcional, para utilização em programas de recuperação dos membros superiores, inferiores e tronco Órteses Órteses Órteses Próteses Dispositivos destinados a substituir alguma ausência, total ou parcial dos membros, seja por amputação ou malformação. Deambulação Ato de andar Deambula ou não Independente Com auxílio de terceiros Com dispositivos auxiliares de marcha Marcha Marcha humana – processo de locomoção em que o corpo ereto em movimento é apoiado sobre uma perna e, depois, sobre a outra Inman, Ralston e Todd, 2007 MARCHA: analisar o paciente caminhando, “indo e voltando”. Paciente com trajes adequados para a observação, num recinto suficientemente amplo, primeiramente observar globalmente, depois observar atentamente determinados pormenores. Marcha Algumas manobras podem ser pedidas durante o exame: - Acelerar ou lentificar os passos, até correr Executar meia-volta Andar sobre pontas de pés ou calcanhares De lado ou para trás Com olhos fechados Subir e descer escadas Observar marchas patológicas Postura Atitude Etapa importante Ajuda a diagnosticar afecções existentes e/ou quais sistemas ou estruturas estão comprometidas Afecções musculares, neuropatias periféricas, síndromes piramidais e extrapiramidais, cerebelares, sofrimento do tronco encefálico, etc. Atitude Ativa • Passiva: no coma, tetraplegia, estados psiquiátricos graves (catatonia e quadros dissociativos); • Do Parkinson; • Das paralisias; Atitude • Atitudes de descorticação são encontradas na deterioração crânio-caudal do tronco cerebral, com a escala de coma de glasgow variando entre 3 e 5. A rigidez de descorticação consiste na flexão dos braços, dos punhos e dedos com adução do membro superior e extensão do inferior (Figura 1) e são típicas de lesões destrutivas na cápsula interna e porção ventral do pedúnculo cerebral (mesencéfalo). • A rigidez da descerebração consiste em opistótono com os dentes cerrados, os braços estendidos e rígidos, aduzidos e hiperpronados e os membros inferiores estendidos (Figura 2). Tanto na clínica como experimentalmente, a rigidez descerebrada requer a separação parcial e bilateral das estruturas mesencéfalo-protuberanciais de influências mais rostrais. Quando a lesão progride no sentido caudal, verificamos atonia muscular e apnéia, hipotensão arterial, com comprometimento bulbar. Atitude Rigidez de decorticação Rigidez de descerebração Atitude Parkinson Paralisia do Plexo Braquial Fáscies Expressão fisionômica do paciente Inspeção da face não deve descartar o exame neurológico sistemático Expressão emocional, ansiedade, tristeza, euforia, indiferença, olhar inexpressivo, etc Alguns traços relacionados a algumas patologias Fáscies Parkinson: carente de expressão; perda ou diminuição da mímica facial • Coréia: exagero e inoportunismo de expressão; • Paralisia facial tipo central: perda dos movimentos involuntários, predominante do território inferior da face; não perde movimento de piscar os olhos; déficit ao movimento voluntário da fronte; desvio contralateral da rima bucal e apagamento do sulco nasogeniano • Paralisia facial tipo periférica: não consegue piscar, lagoftalmia, apagamento dos sulcos da hemiface comprometida,desvio da rima bucal contralateralmente Fáscies PACIENTE COM PARKINSON Paralisia facial central Paralisia facial periférica Exame Físico 2.Seções principais do exame neurológico Estado mental Nervos cranianos Motor Sensorial Reflexos Função cerebelar, coordenação Marcha e postura Estado Mental Aspectos devem ser observados Estado da Consciência (coma, torpor, sonolência, estado confusional, estado delirante) Atitude e comportamento geral ( aparência, modo de vestir-se, mímica facial, modo de expressar-se, comportamento e reações durante o exame) Estado Mental Conhecimentos gerais (testes para avaliação da capacidade intelectual) Estado emocional (apatia, depressão, ansiedade, hiperemotividade) Orientação auto e alopsíquica, atenção, memória para fatos antigos e recentes (memória de fixação, conservação e de evocação), associação de idéias, julgamento e raciocínio (idéias delirantes), percepção (ilusões e alucinações) Nervos Cranianos I – OLFATIVO Apresentar ao paciente para analise olfativa unilateral substancias de odores conhecidos (café). Nervos Cranianos II – ÓPTICO 1. Fundoscopia a)verificar a retina, papila óptica e vasos retinianos 2. Acuidade visual a) permitir o uso de óculos para longe ou lente de contato b) posicionar o paciente a 6 metros da Tabela de Snellen ou a 35 cm da Tabela de Rosenbaum c) cobrir um dos olhos e ler a Tabela d) registrar a menor linha que o paciente consegue ler 3. Campimetria por confrontação a) posicionar-se a distância de 1 braço à frente do paciente b) paciente e examinador olhando “um dentro dos olhos do outro” c) abrir os braços e movimentar um dos dedos de uma mão d) solicitar que indique qual lado está movendo, sem desviar o olhar dos olhos do examinador e) testar os 4 quadrantes f) se suspeitar de anormalidade, testar cada olhos separadamente Nervos cranianos II, III – ÓPTICO E OCULOMOTOR 1. Verificar tamanho das pupilas 2. Pequisar reflexos pupilares Nervos Cranianos III, IV E VI - OCULOMOTOR, TOCLEAR E ABDUCENTE 1.Verificar simetria das fendas palpebrais e protusão ocular 2. Movimentação extraocular a) manter fixa a cabeça do paciente, solicitar que siga apenas com o olhar o dedo do examinador, e informar quando não estiver vendo nítido b) movimentar o dedo nas 6 direções, em forma de H c) observar nistagmo, assimetria da movimentação e queixa de diplopia d) checar convergência movendo o dedo na direção da ponta do nariz 3. Reação pupilar à luz a) em ambiente escuro, pedir que olhe para a frente e longe b) alternadamente iluminar com um foco de lanterna colocado obliquamente (90º) cada pupila c) observar a reação pupilar do lado iluminado (fotomotor direto) e da outra pupila (fotomotor consensual) d) registrar o diâmetro pupilar e qualquer assimetria ou irregularidade Nervos Cranianos V – TRIGÊMIO 1. Sensibilidade de face a) explicar ao paciente o teste b) com um objeto ponteagudo tocar as regiões frontal, malar e mandibular, comparando a sensação dolorosa a direita e a esquerda e entre cada uma das regiões estimuladas 2. Reflexo corneano a) explicar ao paciente o teste (retirar lente de contato) b) solicitar que olhe para o lado e para cima c) tocar a borda externa inferior da cornea do lado oposto com um pedaço de algodão d) observar a reação de piscamento normal em ambos os olhos e) repetir no outro lado Nervos Cranianos VII – FACIAL 1. Pequisar reflexo córneopalpebral, cuja aferência ocorre pelo V par, e a eferência, pelo VII 2. Examinar o paladardos 2/3 anteriores da língua 3. Mobilidade da Face a) solicitar que enrugue a testa ou olhe para cima b) solicitar que feche os olhos com força. Tente abri-los e teste a força do músculo orbicular dos olhos c) peça para mostrar os dentes ou dar um sorriso d) observar presença de assimetrias e ausências de pregas faciais Nervos Cranianos VIII – ACÚSTICO 1. Ramo Coclear a) Teste de Rinne: o diapasão é colocado sobre o mastóide. Quando o doente deixa de perceber as vibrações, o diapasão (ainda vibrando) é colocado em frente ao conduto auditivo externo. O individuo normal é capaz de ouvir as vibrações do segundo tempo da manobra – teste de Rinne positiva. Caso contrario, a suspeita deve ser de surdez de condução. Na surdez nervosa o paciente consegue ouvir, embora mal, a vibração da segunda etapa da manobra não tendo, no primeiro tempo da prova, escutado as vibrações. b) Teste de Weber: o diapasão é colocado sobre o vértice do crânio, tapando-se um ouvido e, em seguida, o outro. Normalmente, ouvem-se melhor as vibrações no lado do ouvido coberto. Quando não se ouvem as vibrações no lado tapado, suspeita-se de surdez nervosa – lesão do ramo coclear. c) Audição a) em um ambiente silencioso, provoque um ruído esfregando as pontas dos dedos colocados ao lado de um dos ouvidos do paciente b) gradualmente distancie a mão do ouvido do paciente c) peça para informá-lo quando deixar de ouvir o ruido d) repita no lado oposto e compare os resultados 2. Ramo Vestibular a) Equilibro estático: lesão vestibular provoca queda unilateral b) Marcha: a lesão provocara desvios unilaterais c) Prova dos braços estendidos, com os olhos fechados: desvios de ambos os braços para um dos lados do corpo d) Observar a existência de nistagmos Nervos Cranianos IX E X - GLOSSOFARINGEO E VAGO 1. Sensibilidade especial: gustação de 1/3 posterior da língua. 2. Voz e Deglutição a) indague se apresenta dificuldade de deglutição ou alteração de voz b) solicite ao paciente que mantenha a boca aberta e diga EHHHHHHHHHHH ! c) observe a simetria da elevação do palato e a ausência de desvio lateral da rafe mediana d) se houver suspeita de lesão em algum dos pares, realiza-se o reflexo do vômito (cuja eferência é vagal) Nervos Cranianos XI – ACESSÓRIO 1. Força do músculo Trapézio e Esternocleidomastoideo a) solicitar para manter os ombros elevados b) tentar abaixar os ombros c) solicitar que mantenha a cabeça virada para um dos lados d) tentar virar a cabeça para o lado oposto, fazendo resistência no queixo, enquanto palpa o esterno-clidomastoideo oposto e) observe assimetrias e atrofia dos músculos pesquisados Nervos Cranianos XII – HIPOGLOSSO 1. Motilidade da Língua a) observar a língua dentro e fora da boca b) registrar assimetrias, desvios e atrofia da língua no interior da boca e fora dela Motor Motricidade Voluntária Movimentos Seletivos 3. Motricidade Automática Motor Motricidade voluntária Movimentos ativos Força Muscular Segmentar Manobras de Sensibilização Motor Motricidade voluntária Movimentos ativos – realização de todos os movimentos possíveis em cabeça e pescoço, membros superiores, tronco e membros inferiores. Avaliar: - habilidade - amplitude de movimento - coordenação - compensações - velocidade - energia Motor Motricidade voluntária Força Muscular Segmentar Força Muscular Depende de: Número de unidades motoras (UMs) recrutadas Frequência de disparo das Ums FRAQUEZA – diminuição da potência muscular em relação ao padrão normal da pessoa. FOCAL ou GENERALIZADA ? Motor Motricidade voluntária Força Muscular Segmentar - Força muscular proximal, intermediária e distal – Teste de Kendall - Avaliação dos Miótomos Motor Grau de Eficiência Muscular– Teste de Kendall Grau de Força Muscular Descrição 0 - zero Não há evidência de contratilidade 1 – Dificultado Evidência de pouca contratilidade, não havendo mobilidade articular 2 – Sofrível Movimento completo eliminando a gravidade 3 – Mediano Movimento completo contra a gravidade 4 – Bom Movimento completo contra a gravidade e uma pequena resistência 5 – Normal Movimentação completa contra a gravidade e contra resistência Motor Avaliação dos Miótomos – Avaliar o Músculo Chave -Miótomo: Grupos de músculos inervados a partir de um único segmento medular; Motor Motricidade voluntária Manobras de Sensibilização - Objetivam evidenciar déficits motores mínimos Manobra de Raimiste Manobra de Mingazzini Manobra de Barré Manobra dos Braços Estendidos Prova da Queda do Membro Inferior em Abdução Motor Motricidade voluntária Manobras de Sensibilização Manobra de Raimiste Decúbito dorsal, antebraços fletidos sobre braços (90 graus), mãos estendidas e dedos separados – déficit motor – mão e antebraço do lado comprometido caem sobre o tronco rápido ou lento – teste positivo Motor Motricidade voluntária Manobras de Sensibilização Manobra de Mingazzini POSITIVA: Queda da perna: acometimento do quadríceps Queda da coxa: acometimento do psoas Motor Motricidade voluntária Manobras de Sensibilização Manobra de Barré POSITIVA: Membro parético oscilará para baixo Motor Motricidade voluntária Manobras de Sensibilização - Manobra dos Braços Estendidos POSITIVA: Membro parético oscilará para baixo Motor Motricidade voluntária Manobras de Sensibilização Prova da Queda do Membro Inferior em Abdução - Decúbito dorsal, pernas fletidas sobre as coxas mantendo o apoio plantar bilateral sobre o leito, membros inferiores formam com o tronco um ângulo de 90 graus – déficit motor – queda do membro em abdução do lado comprometido , progressiva ou imediata – teste positivo Motor 2. Movimentos seletivos Ativação dos agonistas, antagonistas e os correspondentes sinergistas que levam a um movimento em uma ou várias articulações, com estabilização das articulações adjacentes. Motor 3. Motricidade automática Movimentos que inicialmente eram voluntários e que com a repetição constante promovem a formação duradoura de conjuntos neuronais. Leva a economia e rapidez do movimento. Movimentos automáticos normais (mímica, adaptações posturais, gesticulação expressiva) Movimentos automáticos anormais (acinesia e bradicinesia, movimentos coréicos, movimentos atetóticos, balismos, tremor de repouso, tremor cinético) Motor 3. Motricidade automática Acinesia – perda dos movimentos Bradicinesia – lentidão dos movimentos Ex. Parkinson Movimentos coréicos – movimentos sem finalidade aparente, desordenados, bruscos, breves e arrítmicos – grande amplitude, podem surgir em qualquer segmento corporal Ex. Coréia de Sydenham e Coréia de Huntington Motor 3. Motricidade automática - Movimentos atetóticos – movimentos lentos, ondeantes, irregulares e arrítmicos, sucedendo-se quase continuamente – extremidades distais dos membros, mas podem atingir segmentos proximais – dá a impressão que o gesto é laborioso. Ex. paralisia cerebral Motor 3. Motricidade automática - Balismos – movimentos de grande amplitude, contínuos, rápidos e ritmados – predominantemente nos segmentos proximais dos membros – estereotipados e violentos, em descargas que arremessam o membro em várias direções Ex. AVEH, metástases, etc Motor 3. Motricidade automática Tremor de repouso – ritmo relativamente lento e regular, aparecimento durante o repouso do segmento e diminuição ou desaparecimento durante o movimento voluntário – predominantemente nos MMSS, mas podem aparecer em outros segmentos. Ex Parkinson Tremor cinético – aparece durante a atividade gestual, seja ela dinâmica ou estática. Um dos elementos da síndrome cerebelar Sensorial Modalidade extereoceptiva: tato, pressão, dor e temperatura. Modalidade proprioceptiva: vibratória (palestesia) e cineticopostural. 1. Sensibilidade superfical consciente: ao frio, calor, tato e dor. • Protopática (primitiva e não discriminativa): dor, frio, calore tato grosseiro. • Epicrítica (fina e discriminativa): tato fino, pequenas diferenças térmicas e capacidades de discriminação de dois pontos. 2. Sensibilidade profunda consciente: originada nos músculos, tendões, articulações e ossos. • Vibratória • Pressão • Peso • Artrocinética 3. Estereognosia: identificar através de diversos tipos de sensibilidade, objetos conhecidos e sem o auxilio de sentidos (visão olfação ou audição). Sensorial Vias de condução da sensibilidade Sensibilidade profunda consciente: cordões posteriores da medula. Sensibilidade tátil: feixe espinotalâmico ventral. Sensibilidade térmica e dolorosa: feixe espinotalâmico dorsal. Sensorial Termos Parestesia: sensação desagradável que não dor, de formigamento, agulhadas, cãibras, etc. Anestesia: perda total de uma ou mais formas de sensibilidade. Hiperestesia: exagero da sensibilidade. Analgesia: perda da sensibilidade dolorosa. Apalestesia: perda da sensibilidade vibratória. Abarestesia: perda da sensibilidade à pressão. Abatiestesia: perda da sensibilidade artrocinética. Abarognosia: perda da sensibilidade ao peso. Sensorial Dermátomos -área cutânea inervada por uma única raiz nervosa dorsal (raízes sensitivas) Reflexos REFLEXO – resposta motora ou secretora a estímulo adequado, externo ou interno. Reflexos Reflexos ALTERAÇÕES ARREFLEXIA – ausência de resposta reflexa HIPORREFLEXIA – depressão da resposta reflexa HIPERREFLEXIA – aumento da resposta reflexa CLÔNUS – série de contrações reflexas rítmicas TREPIDAÇÕES – clônus de todo o membro REFLEXO POLICINÉTICO – várias respostas quando da aplicação de um estímulo único ASSIMETRIA DOS REFLEXOS – depressão ou exacerbamento localizado ou unilateral Reflexos Tendão percutido com martelo de reflexos – para os reflexos tendinosos Reflexos Utilização de um objeto rombo para os reflexos cutâneos Reflexos c Quantitativa Descrição Ausente 0 Mesmo com manobras facilitadorasnão é possível obter o reflexo. Diminuido + O reflexo é conseguido com alguma dificuldade ou o movimento da articulação é de pequena intensidade Normal +++ O reflexoé obtido com facilidade e intensidade normais. Vivo +++ O reflexo é obtido com facilidade aumentada, sendo amplo e brusco. Exaltado ++++ O reflexo é obtido em uma área maior do que a quese consegue habitualmente (aumento da áreareflexógena), sendopolicinético(com uma percussão ocorrem várias contrações), amplo e brusco. Reflexos Reflexos Profundos 2. Reflexos Superficiais Reflexos Reflexos Profundos Reflexo bicipital (C5-C6):n. musculocutâneo, flexão e supinação do antebraço Reflexos Reflexos Profundos Reflexo tricipital (C7 – C8): n. radial, extensão do antebraço com contração do tríceps Reflexos Reflexos Profundos Reflexo estilo-radial (C5 – C6): n. radial , flexão do antebraço e pronação Reflexos Reflexos Profundos Reflexo dos flexores dos dedos (C8 – T1): n. mediano e ulnar Reflexos Reflexos Profundos Sinal de Hoffman Reflexos Este sinal indica a presença ou ausência de problemas no trato corticoespinhal. Ele é realizado com o pinçamento da falange distal do dedo médio, exercendo pressão sobre a unha. Uma resposta positiva é observada com a flexão da falange distal do polegar .O sinal de Hoffmann é geralmente considerado o equivalente, no membro superior, ao sinal de Babinski, porque, assim como Babinski, indica disfunção do neurônio motor superior. Entretanto, o mecanismo difere consideravelmente entre os dois reflexos. Um teste positivo é a flexão-adução do polegar e do dedo indicador ipsilateral com pinçamento passivo da unha na falange distal do dedo médio. Reflexos Reflexos Profundos Reflexo patelar (L2-L4) Reflexos Reflexos Profundos Reflexo aquileu (L5-S2) Reflexos Reflexos Profundos Observar a presença de clônus (ocorre quando há lesões da via piramidal) Reflexos 2. Reflexos superficiais São obtidos pela excitação de receptores localizados em regiões cutâneas ou mucosas Apresentam maior facilidade de entrar em fadiga Encontram-se diminuídos ou abolidos na síndrome piramidal Reflexos 2. Reflexos superficiais Reflexo cutâneo-abdominal (nervos intercostais) SUPERIOR (supra-umbilical) T6 – T9 MÉDIO (umbilical) T9 – T11 INFERIOR (infra-umbilical) T11 – T12 Retração da cicatriz umbilical para o lado estimulado. Pode estar ausente no abdome muito flácido. Importante avaliar simetria da resposta, pois assimetrias devem ser patológicas. A pesquisa é feita pela estimulação cutânea com estilete ou agulha da parede abdominal ao nível da região epigástrica, umbilical e hipogástrica, obedecendo-se como resposta o desvio da linha alba e da cicatriz umbilical para o lado estimulado; Reflexos 2. Reflexos superficiais Reflexo cutâneo-plantar a resposta patológica do reflexo cutâneo-plantar é chamada de sinal de Babinski. Portanto, não é correto atribuir positividade ou negatividade à este sinal. A simples presença dele já denota uma situação patológica. O mais relevante reflexo a ser pesquisado. Se há flexão do grande artelhos se diz reflexo plantar normal. Quando a manobra provoca a extensão do grande artelho com abertura em leque dos demais podáctilos estamos diante de um reflexo plantar anormal, ou Sinal de Babinski. O Sinal de Babinski esta presente em crianças até 12 meses de vida, devido a mielinização incompleta do SNC. Reflexos 2. Reflexos superficiais Reflexo cutâneo-plantar Reflexos 2. Reflexos superficiais Reflexo anal Presença de contração do esfíncter anal em consequência da estimulação da região perianal, que pode estar abolido em casos de lesões medulares ou aumentado em casos e fissuras anais. Reflexos 2. Reflexos superficiais Reflexo cremastério (patológico se ausente ou deprimido) Contração do músculo cremastérico e elevação do testículo ipsilateral após estímulo na face medial da coxa. Integração: L1 e L2 (nervos ilio-inguinal e ilio-hipogástrico). Reflexos 2. Reflexos superficiais Reflexo glabelar Realizado especialmente em bebês, no qual se faz uma leve e rápida percussão sobre a glabela (leve toque). A resposta normal é ocorrer o fechamento imediato, simultâneo e simétrico das pálpebras. Este reflexo examina a função dos nervos trigêmeo e facial. – Normal no bebë Glabela é um ponto de referência anatômico que fica localizado no osso frontal, logo acima da raiz do nariz, no espaço entre as sobrancelhas A resposta de pestanejamento é normalmente inibida após 3 ou 4 percussões Ocorre na Doença de Parkinson e na demência Reflexos 2. Reflexos superficiais Reflexo do orbicular dos lábios Percussão do lábio superior na linha axial, havendo projeção dos lábios para adiante pela contração do músculo orbicular dos lábios. Reflexo Trigêmio-ponte-facial. - positivo Reflexos 2. Reflexos superficiais Reflexo de sucção Quando toca-se suavemente a boca do bebê ele abre e começa a sugar ou chupar. Presente ao nascimento e por volta dos 4 meses torna-se voluntário. Reflexos 2. Reflexos superficiais Reflexo palmo-mentoniano Aplicar uma pressão firme e razoavelmente aguda na palma da mão ao longo da eminência tenar. Contração do mento ipsilateral levando a uma protusão do queixo indicam uma resposta positiva. Pode ser observado em indivíduos normais, mas sua hiperatividade mostra lesões piramidais. Reflexos Pacientes com lesões frontais podem apresentar reflexos muito primitivos devido a liberação da influência frontal sobre os mesmos. Ex. sucção, palmo-mentoniano, glabelar. Função Cerebelar, coordenação Dissinergia ou assinergia da marcha Perda da coordenação na inervação dos grupos musculares, funcionam de modo independente, sendo incapazes para a execução de padrões motores complicados (marcha) decompondo assim a marcha Decomposição do movimento - Movimentos separados em componentes individuais, não é homogêneo Disdiadococinesia -Incapacidade de realização de movimentos que exigem alternância rápida entre agonistas e antagonistas (lentos, difíceis e arrítmicos) Discronometria - alteração da coordenação temporal do movimento simples – retardo na iniciação do movimento Dismetria - Incapacidade para avaliar corretamente a distância, de modo que o movimento cessa precocemente, ou ultrapassa o alvo Assinergia -Ausência de coordenação entre os movimentos musculares. Perda da coordenação na inervação dos grupos musculares, necessária para a realização de movimentos exatos Função Cerebelar, coordenação Tremor intencional - Tremor de ação, quando aponta-se um objeto, aumenta a medida q o dedo se aproxima do mesmo Hipotonia - Flacidez e esgotamento rápido na musculatura ipsilateral, reflexos tendinosos lentos, tipo pendulares Nistagmo cerebelar Disartria cerebelar – fala escandida - Assinergismo dos músculos que participam da fala. Fala mal articulada, lenta, hesitante acentuação imprópria de algumas sílabas Marcha ebriosa - Não anda em linha reta sem cair, comprimento dos passos desigual, pés podem ficar próximos demais ou distantes demais e podem levantar sem um ritmo ou altura regulares, balanço dos braços não existe 92 Função Cerebelar, coordenação Dismetria Função Cerebelar, coordenação Marcha Ebriosa Função Cerebelar, coordenação Provas para coordenação motora Elevação dos braços – queda lenta e gradativa dos braços Índex-nariz-índex Rechaço- Prova de Stewart-Holmes – por incapacidade do paciente para se adaptar prontamente às alterações da tensão muscular (assinergia muscular) Ex. braço do paciente faz pressão contra a mão do examinador, ele não relaxa imediatamente no momento q ele retira sua mão, seguindo-se com mov. descontrolado e violento Movimentos alternados Calcanhar-joelho Gráfica - macrografia Marcha Movimento para frente do corpo ereto, usando as extremidades inferiores para propulsão, e que há um mínimo de energia sendo gasta durante esta atividade. Marcha Adam & Victor (1998), concluíram que, quando analisados em maiores detalhes, os requisitos para a locomoção em uma postura bípede, ereta, podem ser reduzidos aos seguintes elementos: 1) sustentação antigravitacional do corpo; 2) a passada; 3) a manutenção do equilíbrio e; 4) um meio de propulsão. Marcha Classificação da marcha Marcha não funcional Marcha domiciliar Deambula nas cercanias de casa ou na vizinhança Marcha comunitária Marcha normal Viosca E, Martínez JL, Almagro PL, Gracia A, González C. Proposal and validation of a new functional ambulation classification scale for clinical use. Arch Phys Med Rehabil. 2005;86(6):1234-8 Postura Avaliar qual a postura do paciente – anterior, posterior, lateral, etc. Tônus Tônus: é o grau mínimo de contração muscular apresentado mesmo durante o repouso e que está diretamente relacionado com o nível de necessidade funcional do indivíduo. Sofre influências tanto de modulações do próprio sistema nervoso como também do meio externo. Ex: dor, estresse, ansiedade, temperatura, velocidade do movimento. Pode apresentar-se aumentado ou diminuído dependendo da lesão (hipertonia e hipotonia). É avaliado através da palpação muscular, movimentação passiva, balanço passivo das articulações)
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