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Apostila Tributário I

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DIREITO TRIBUTÁRIO I ( Parte Geral )
03-08-2012
A1
A4- 15 questões
Curso de Direito Tributário Esquematizado – Ricardo Alexandre - 
DEFINIÇÃO DE TRIBUTO:
Art. 3º, CTN  “ Tributo é toda prestação pecuniária COMPULSÓRIA, em MOEDA ou cujo valor nela se possa exprimir, que NÃO constitua sanção por ato ilícito, instituída em LEI e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
	Compulsória – por que? 
Independe da manifestação de vontade do contribuinte. Uma lei impôs de forma forçada. 
A cobrança independe da manifestação de vontade do contribuinte. 
MOEDA ou ...
Quer dizer moeda local. O pagamento é uma forma efetiva de extinguir o débito tributário. 
Ainda que o produto seja de origem estrangeira, se o pagamento for efetuado no Brasil, o pagamento será feito em reais e incidirá o tributo. 
No direito tributário somente se admite BEM IMÓVEL ao invés de moeda corrente. Portanto, é possível a dação em pagamento, devendo ser lido: moeda ou bens imóveis
Frisa-se que no caso de ser necessária a execução para pagamento de dívida tributária, a penhora pode ser tanto de bens móveis quanto imóveis, pois nesse caso, considera-se que o pagamento, após o leilão ou praça, será realizado em dinheiro. 
No caso de dívida de IPTU, mesmo que se trate de um imóvel que é bem de família ( que em regra é impenhorável ), este imóvel é entregue para pagamento da dívida. ( lembrar que trata-se de imóvel que pode ser aceito em dação para pagamento ).
Contudo, em se tratando de dívida de IPVA, o carro não é entregue para pagamento da dívida, contudo, em caso de ser necessária a penhora, o carro pode ser sim penhorado.
NÃO constitua sanção por ato ilícito
A finalidade do tributo não é sancionatória e sim arrecadatória. 
LEI
Somente é cabível o pagamento de um tributo se houver uma lei anterior que o defina .
E para majorar um tributo, precisa de lei? 
Em regra, SIM, mas em alguns casos ( tributo de natureza fiscal ) é possível majorar sem uma lei, em caso de real necessidade.
Frisa-se que para reduzir NÃO precisa de uma lei anterior, pois está se beneficiando o contribuinte. 
Para o aumento é preciso observar a noventena.
COBRADA MEDIANTE ATIVIDADE ADMINISTRATIVA PLENAMENTE VINCULADA
Os tributos de uma forma geral, são pagos e não se sabe para qual fim será utilizado a verba arrecadada.
A atividade é vinculada à União, Estados e Municípios, ou seja, a destinação do que foi arrecadado não é vinculada à forma que será utilizado ( não se sabe para onde será destinado o dinheiro ).
08-08-2012
	Requisitos: legalidade, não pode advir de ato ilícito, pois não pode originar de ilicitudes
Atividade administrativa plenamente vinculada, no sentido do ente que tem competência para a arrecadação do tributo. Não tem nada haver com o valor do tributo que é arrecadado, pois esse não tem vinculação com relação aonde será aplicado. 
A União pode cobrar IPVA?
Sim, desde que não seja para tributar o mesmo fato gerador do IPVA estadual. O tributo independe da nomenclatura que é dada ao mesmo, portanto, o nome do tributo pode ser igual, desde que não ocorra a bitributação, ou seja, não pode conflitar com o tributo já existente. 
IGF ( imposto sobre grandes fortunas )- para se criar este imposto é necessário, antes, definir o que é uma grande fortuna, sem esbarrar com o Imposto de Renda. Somente após definir o que é uma grande fortuna sem que se esbarre na forma como é cobrado o imposto de renda é que poderá ser criado este tributo, pois é proibida a bitributação. 
Um único fato gerador não pode ser tributado mais de uma vez, ou seja, não pode ser bitributado. 
NATUREZA JURÍDICA DO TRIBUTO
Art. 4º, CTN
A natureza jurídica do tributo INDEPENDE:
a). da definição legal de determinado tributo denominado
 
 denominação
b). da destinação legal do produto de sua arrecadação.
	
Art. 5º, CTN – ESPÉCIES DE TRIBUTO
Art. 5º, CTN
Art. 148, CF
Art. 149, CF
	Impostos, taxas e contribuições de melhorias ( art. 5º, CTN )
Empréstimo compulsório ( art. 148, CF )
Contribuições especiais e demais contribuições ( art. 149, CF )
São espécies tributárias de acordo com o CTN?
São espécies tributárias: os tributos do CTN e os da CF. 
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
Art. 6º, CTN
. CF apenas elenca quais tributos serão criados.
Art. 7º, CTN
. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA é indelegável
SALVO: funções de : . arrecadar
 . fiscalizar
 
 “criar” é indelegável
§2º- Possibilidade de revogação
§3º - Não delegação de competência tributária para entes privados.
	A CF é que cria os tributos?
NÃO. A CF NÃO CRIA TRIBUTOS, ela apenas elenca os tributos que podem ser criados, e quais são os entes federativos que são competentes para criá-los. 
Determinando a CF que um determinado tributo poderá ser criado pelo Estado, a União não poderá criar este tributo, que é de competência do Estado, mesmo que o Estado não o tenha criado. 
A competência tributária para CRIAR um tributo não pode ser delegada. Contudo, pode ser delegada aos entes públicos as funções de ARRECADAR e FISCALIZAR um tributo. Ex.: a União pode criar um tributo e delegar a função de arrecadar e a de fiscalizar para os Estados. 
A possibilidade de revogação.
Os entes federativos competentes para a criação do tributo pode revogar a qualquer momento a competência para fiscalizar ou arrecadar que foi dada a um outro ente público. 
Somente o ente que criou o tributo é que pode aumentar ou diminuir o seu valor. 
§ 3º visa deixar bem claro que somente aos entes públicos podem ser delegadas as funções de fiscalizar e arrecadar. 
10-08-2012
Continuação de COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
Ar. 8º CTN – Não exercício da competência ( “função de criar” ) não pode ser delegada aos demais entes. 
	Quer dizer que outro ente federativo, mesmo que hierarquicamente superior, pode CRIAR tributo que não é da sua competência. 
Ex.: se a CF diz que cabe ao município instituir o IPTU, nem o Estado e nem a União podem instituir tal tributo.
MAJORAÇÃO DE UM TRIBUTO
Só o ente competente para a criação do tributo pode majorar ou reduzir o seu valor. 
- É o DF que vai instituir os tributos para as cidades satélites?
 SIM, é o DF que cria os tributos das cidades satélites, e também os tributos estaduais. 
Art. 154, CF - Competência residual da União para instituir:
. Tributos novos, desde que seja por meio de lei complementar, desde que não tenha o mesmo fato gerador ou mesma base de cálculo de tributos já criados e desde que não sejam cumulativos. 
	Conforme a CF, somente a União pode criar tributos NOVOS. 
Independente de ser por motivo urgente, se a CF ou o CTN dispor que o tributo vai ser criado por meio de LEI COMPLEMENTAR, SOMENTE através de lei complementar poderá ser criado o tributo. 
Art. 62, § 1º, inciso 3- 
Possibilidade de criação do Imposto Extraordinário de guerra. 
	
FUNÇÕES DOS TRIBUTOS:
. FISCAL
. PARAFISCAL
. EXTRAFISCAL
IMPOSTO – art. 16 CTN
	A semelhança entre as funções dos tributos, fiscal, parafiscal e extrafiscal é que todos são fiscais. 
Todos os tributos têm o objetivo de arrecadação. 
	FISCAL- visa somente a arrecadação ( o tributo não é utilizado para intervir na economia, utiliza-os somente para arrecadação )
PARAFISCAL – são as contribuições especiais ( art. 149, CF ). 
Ex.: INSS, CID combustível, ...
As contribuições possuem a função parafiscal. 
Ex.: INSS – tudo que se paga para o INSS tem destino certo, sendo repassado para os cadastrados. 
Na função parafiscal o ente que arrecada e que fiscaliza NÃO é o mesmo que cria. 
O art. 7º do CTN não proíbe que a fiscalização e arrecadação seja feita por uma autarquia, apenas proíbe que seja por um entre PRIVADO. 
EXTRAFISCAL 
Tem função arrecadatória e também a função de extra de intervir diretamente na economia. 
I - E - IPI - IOF são os tributos extrafiscais.( Importação, Exportação, ... )
Os tributos que aumentam de uma hora para outra são tributos extrafiscais. 
17-08-2012
Continuação de FUNÇÕES DOS TRIBUTOS
. FISCAL
. PARAFISCAL
. EXTRAFISCAL
	Fiscal - visa apenas a arrecadação. O tributo meramente fiscal, é para arrecadar, sem se importar com a economia.
Ex.: IPVA, ITBI, 
Parafiscal – o ente que institui não é o mesmo que arrecada. É vedada a delegação da competência de fiscalizar e arrecadar a entes privados. 
O ente público ( pessoa jurídica de direito público ) que arrecada, em regra, fica com uma porcentagem do valor da arrecadação.
Ex.: INSS ( a União institui e delega ao INSS a arrecadação )
Extrafiscal – visa intervir na economia, daí a expressão extra, contudo, não deixa de ser fiscal. 
A função extrafiscal é extra porque extrapola, pois além de visar a arrecadação, visa, também, intervir na economia.
Ex.: imposto de importação e de exportação.
Supondo que há estímulo para a exportação do arroz. Contudo, supondo que haja uma praga na plantação de arroz, que atinja vários produtores. Os produtores que não foram atingidos continuam a exportar, mas o mercado está com falta de arroz, pois diversos fornecedores tiveram suas plantações destruídas. Assim, para suprir a demanda interna, o governo pode aumentar a alíquota da exportação do arroz, para que seja mais vantajoso, economicamente, vender o arroz para o mercado interno do que exportá-lo. Este aumento da alíquota visa estabilizar a economia interna. 
ESPÉCIES DE TRIBUTOS
	Impostos é um tributo que dependente exclusivamente da atuação contribuinte. O valor arrecadado não tem um fim específico ( não se sabe como será utilizado o valor arrecadado )
Ex.: Imposto de Renda, IPVA, IPTU ect
A taxa tem uma destinação específica. O valor da taxa é destinado para um fim específico. 
Ex.: taxa de coleta de lixo
IMPOSTOS – art. 16, CTN
É um tributo cuja obrigação tem como fato gerador uma situação INDEPENDENTE de qualquer atividade estatal.
. Os IMPOSTOS dependem da atuação exclusiva do contribuinte. ( sempre )
. Não são vinculados a NENHUMA atividade estatal.
. Os impostos não são vinculados. 
. O produto de sua arrecadação não possui destinação/finalidade específica.
. Impostos e o principio da capacidade contributiva.
	TRABALHO em sala no dia 12-08-2012
Em grupo
Com consulta
23-08-2012
ESPÉCIES DE TRIBUTO
. TAXAS ( art. 77 CTN, art. 145, II, CF )
TAXAS ≠ TARIFA
	TAXA é vinculada ao exercício de um serviço estatal, logo, está vinculado à atividade do Estado. O contribuinte paga a taxa para ter uma prestação do Estado. 
É considerada uma modalidade de tributo.
É obrigatório o pagamento. Ou paga ou não usufrui do serviço.
É relativa a um serviço público essencial. 
IMPOSTO e taxa podem observar a capacidade contributivo do contribuinte, contudo, as taxas, normalmente, não observam a capacidade contributiva do contribuinte. 
Concurso público
Observa a capacidade contributiva, para que seja dada a oportunidade para todos, independente de sua condição financeira.
É possível a isenção da taxa. Existe a taxa, mas não é cobrada daquele que apresenta baixa renda. 
Concurso é atividade essencial, portanto, a cobrança é uma taxa.
TARIFA ( também chamado de PREÇO PÚBLICO )
NÃO é tributo.
É facultativa, ou seja, NÃO É OBRIGATORIA. 
NÃO decorre de uma atividade pública essencial. 
CORREIOS
A cobrança para envio dos objetos pelos Correios é considerado TAXA, por ser considerado um serviço ESSENCIAL para a sociedade.
Para saber se é taxa deve ser analisado se o serviço é OBRIGATÓRIO e/ou ESSENCIAL. Se um ou outro, é considerado uma taxa.
BUZÃO
Trata-se de uma atividade essencial, portanto, é taxa.
TARIFA 
NÃO é tributo. Sua cobrança é facultativa em razão de uma prestaçãoo de serviço público NÃO-ESSENCIAL.
TAXAS 
É uma modalidade de tributo.
TAXAS: 
. Pela prestação do serviço público ( art. 78, CTN )
específico e divisível ( pela efetivação do serviço e/ou simplesmente pela disposição deste )
. Pelo exercício regular do Poder de polícia ( art. 79, CTN )
	Específico – no sentido de que o pagamento da taxa é devido especificamente por aquele que utiliza.
Divisível – no sentido de que a taxa é dividida igualmente para todos que utilizam o serviço, independente da sua capacidade contributivo, do tempo de utilização, etc.
As TAXAS são vinculadas a uma atividade estatal, diferente dos impostos que são vinculados a atuação do contribuinte.
Taxa cobrada em razão do poder de polícia ( pela fiscalização ) 
 
 Atos realizados pela Administração Pública. 
Taxa pela prestação de serviço público:
  . Específico
 . Divisível
 
 utilização efetiva OU potencial
	Utilização efetiva – serviços essenciais que são pagas apenas com a efetiva utilização.
Potencial – está tendo o serviço público, não preciso dele no momento, mas tenho que pagar
Iluminação Pública ? taxa ou tarifa - Súmula 670 do STF
	Súmula 670: O serviço de iluminação pública não pode ser considerado como taxa. ( ou seja, o STF não considerou o serviço de iluminação pública como um serviço essencial, por isso, não o classificou como taxa )
VAI CAIR NA PROVA
Limpeza Pública ? taxa ou tarifa - Súmula vinculante nº 19
	Súmula vinculante nº 19: A taxa cobrada exclusivamente pelos serviços de coleta de lixo...
Buzão? Taxa ou tarifa – 
	Buzão é considerado serviço essencial, portanto, é taxa.
Bancos? Taxa ou tarifa
	A atividade bancaria NÃO é considerada essencial, portanto, as cobranças bancárias NÃO são taxas. Trata-se de tarifas bancarias. 
FIM DA AULA
Pedágio? Taxa ou tarifa
Art. 145, II, CF
 Art. 150, V, CF
 cobrada pela conservação das rodovias
	
Nos pedágios é obrigatória a existência de vias alternativas para aqueles que não quiserem passar pelo pedágio. 
COMPETÊNCIA PARA INSTITUIR AS TAXAS
Art. 149, CF
24-08-2012
Continuação TAXAS
	Taxas se diferenciam dos impostos, por aquelas dependerem de uma contraprestação de serviços pelo Estado. 
Taxas podem ser em razão de serviço público específico e divisível ( é possível saber
E a taxa em razão do exercício regular de polícia, ligado à FISCALIZAÇÃO, podendo ser tanto realizado pela UNIÃO, ESTADOS ou MUNICÍPIOS.
TAXA x TARIFA
Tarifa NÃO é modalidade tributária. 
Taxa é tributo
Tarifa é facultativa
Taxa é obrigatória ( o ente é obrigado a cobrar, em que pese possa haver isenção em determinados casos específicos )
Taxas podem ser instituídas por qualquer ente federativo, assim como as contribuições de melhoria. 
PEDÁGIO
Ainda não há uma definição pelo STF quanto a ser taxa ou tarifa a cobrança do pedágio. Contudo, a doutrina majoritária entende tratar-se de taxa, por considerarem a sua natureza: por ser específico, divisível, obrigatória a cobrança. 
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA ( CAI NA PROVA )
Tem que ter 2 requisitos:
Obra pública E valorização imobiliária ( verificação dos dois requisitos )
O valor a ser cobrado pela contribuição de melhoria não pode ser superior ao valor da valorização do imóvel de cada contribuinte, sendo que não pode ultrapassar o valor total da obra, ou seja, o valor da cobrança está limitado ao valor da obra, para que não ocorra enriquecimento ilícito do Estado. O objetivo da cobrança da contribuição de melhoria é apenas a de suprir o valor gasto pelo Estado para a realização da obra.
Pedágio – TAXA ou TARIFA?
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA ( art. 81, 82, CTN )
Art. 145, III, CF
- FATO GERADOR/REQUISITOS:Obra pública + valorização imobiliária
. Relação direta entre a obra pública e a valorização do imóvel
. Contribuição de melhoria não é imposto nem é taxa.
. Limitações de cobrança:
LIMITE INDIVIDUAL – valorização de cada contribuinte específico
LIMITE TOTAL – não pode ultrapassar o valor total da obra
POSSO COBRAR CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA QUANDO:
houver recapeamento “tapa buraco”  ? não, pois não há valorização do imóvel
nos casos de asfaltamento  ? sim, pois há valorização do imóvel
nos casos em que a obra pública trouxer qualquer benefício ao contribuinte ? Não, pois somente quando há valorização do imóvel, e não quando há qualquer outro benefício, tipo aumento da clientela. Tem que ser especificamente a valorização do imóvel.
nos casos de obras futuras  ? não, ainda não houve valorização imobiliária
nos casos em que parte da obra pública é concluída  ? não, pois não se tem a limitação do valor total da obra.
Em se tratando de uma prova aberta, pode-se acrescentar que se a obra for dividida em etapas, seria possível, mas se não foi, somente quando for concluída a obra inteira.
29-08-2012
Continuação de ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
	Contribuição de melhorias
NÃO pode ser recolhido o valor antes da obra, somente, após realizada a obra. 
Se não ficar constatada a valorização imobiliária, não há porque cobrar a contribuição de melhoria
É instituída por lei, e previsto na licitação, devendo estar expresso o valor da obra na licitação
Caso a pessoa não queira pagar a contribuição de melhoria, que, normalmente, é cobrada junto com o IPTU, a pessoa não é obrigada a efetuar o pagamento, pois é proibido vincular um tributo ao outro. 
Um contribuinte não quer pagar a contribuição que está incluída na guia de IPTU. 
Art. 4º do CTN dispõe que não é possível impor o pagamento de um tributo condicionado ao pagamento de um outro tributo. Portanto, mesmo que a contribuição de melhoria esteja incluída na guia do IPTU, não é possível condicionar a obrigação de pagar o IPTU somente se houver o pagamento também da contribuição de melhoria. O fisco teria que receber o IPTU. 
Frisa-se que não se trata de pagar valor do IPTU diverso do cobrado, mas tão somente de não vincular o pagamento do IPTU ao pagamento conjunto da contribuição de melhoria. 
ATENÇÃO
A falta do pagamento da contribuição de melhoria não permite a penhora do imóvel impenhorável ( bem de família ). Somente o IPTU é uma exceção para a possibilidade de penhora do bem de família.
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO – Art. 148, CF = Art. 15, CTN
Art. 62, § 1º, III, CF
Art. 148, CF:
	despesas extraordinárias de guerra externa OU sua iminência 
despesas extraordinárias de calamidade pública
	+ URGENTE
( não observam a noventena e a anterioridade )
	II- investimento público de caráter relevante 
	( OBS.: observam noventena e anterioridade )
 NOVENTENA – esperar 90 dias para entrar em vigor
ANTERIORIDADE – uma vez instituído o empréstimo compulsório pela lei complementar, somente no próximo ano poderia entrar em vigor. 
O empréstimo compulsório possui o caráter restitutivo.
Deve ser instituído mediante lei complementar.
O valor arrecadado é vinculado a despesa que fundamentou a sua instituição.
CUIDADO, o art. 15, III, do CTN, não foi recepcionado pela CF/88. 
“ conjunta que exija absorção temporária...”
	A CF é mais recente que o CTN. CF dispõe que, desde que não contrarie a CF, as demais leis ficam valendo. Logo, o CTN, que é anterior a CF, tem dispositivos que continuam valendo e dispositivos que foram revogados. 
Assim, no inciso III, art. 15, CTN
No caso Collor foi utilizado o inciso III, do art. 15 do CTN. 
Investimento público de caráter relevante 
Os aeroportos foram privatizados. Por que não se instituiu o empréstimo compulsório?
Devido à insegurança jurídica que cria na população. O empréstimo compulsório não é para se fazer uma reserva, é para se utilizar o dinheiro imediatamente. 
Prazo do empréstimo
condições de resgate
Competência
	O empréstimo compulsório não tem um fato gerador específico, e sim se estiver diante dos casos previstos no art. 148, CTN. 
Não está vinculado a uma atividade do contribuinte e nem a uma prestação de serviços por parte do Estado.
Somente poderá ser instituído se a União NÃO tiver verba para atender à necessidade. 
Somente a União poderá instituir o empréstimo compulsório ( competência exclusiva ) 
Somente se for para casos que demandem urgência
Somente pode ser instituído através de lei complementar. ( CAI NA PROVA )
Somente o empréstimo compulsório tem o caráter RESTITUTIVO. 
ATENÇÃO
Há a possibilidade de instituir o empréstimo compulsório em caso de guerra externa e também na IMINÊNCIA DE GUERRA, ou seja, na AMEAÇA DE GUERRA.
A lei complementar terá que definir o prazo de devolução do empréstimo às pessoas. 
 
31-08-2012
	EMPRESTIMO COMPULSÓRIO
É o único tributo que é devolvido ao contribuinte. Assim sendo, apesar de não constituir receita para a União, ele consta no art. 148 e 149, por que está no capitulo de ordem tributária da CF. 
ATENÇÃO ( CAI EM PROVA )
De acordo com o art. 5º do CTN, são considerado tributos: imposto, taxa e contribuições de melhoria.
Contudo, são considerados tributos: imposto, taxa, contribuições de melhoria, empréstimo compulsório, contribuições ( ver todos os tributos )
ATENÇÃO
Noventena são 90 DIAS, não são 3 meses.
ATENÇÃO
O inciso II, do art. 148 observa a anterioridade e a noventena. 
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
Tem a mesma natureza jurídica dos empréstimos compulsórios
Tem função parafiscal, ou seja, o ente que institui não é o mesmo que arrecada e fiscaliza. 
INSS – contribuição social
As contribuições que estão no caput do art. 149 da CF são de competência da UNIÃO e têm função parafiscal ( União cria, mas não é ela que arrecada, como no caso do INSS ( o ente que arrecada e fiscaliza é o que irá ficar com o dinheiro ))
CIDE- é parafiscal e também extrafiscal, pois não é arrecada pela União e, por outro lado, a União pode aumentar ou diminuir as alíquotas da CIDE para beneficiar o mercado interno. Não observa a anterioridade e a noventena.
 
05-09-2012
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS OU DEMAIS CONTRIBUIÇÕES
. QUESTÃO DA PARAFISCALIDADE
	No caput do 149 vai determinar todas as competências da União, o § 1º as competências dos Estados e Municípios, e o art. 149-A 
As contribuições especiais são somente de competência da UNIÃO? Não, o caput fala da União, mas o § 1º e o art. 149-A fala das competências dos Estados e Municipios.
PARAFISCALIDADE
O ente que cria não é o que arrecada e fiscaliza.
. COMPETÊNCIA DA UNIÃO – caput do art. 149, CF
. COMPETÊNCIA DO ESTADO, DF e MUNICÍPIOS, art. 149-A, CF
	
CONTRIBUIÇÕES DA UNIÃO
 . Contribuições Sociais
. Contribuições de intervenção no domínio econômico ( CIDE’s ) não incide sobre a exportação
 incide na importação
a)- combustíveis
b)- royalties
. Contribuições de interesse das categorias profissionais e econômicas
§ 1º - Contribuições dos servidores públicos
	Servidores públicos estadual paga para o Estado, o federal paga para a União, e o municipal para o Município.
Serviço de iluminação pública ( será arrecadado mediante remuneração, art. 149-A, § único. Poderá ser recolhido junto a fatura de energia elétrica. )
	A arrecadação é mediante contribuição, pois não é taxa, uma vez que não se pode definir quem será beneficiado com o serviço de iluminação pública ( qualquer um que passa na rua ).
A contribuição, quando é instituída, sabe-se onde vai ser aplicado aquele dinheiro ( tem uma finalidade específica ), assim como a taxa.
§ único... fala da possibilidade de cobrança da contribuição relativa ao serviço de iluminação pública junto com a conta de energia elétrica.
	Já foram instituídas duas CIDEs, a de combustível e a de royalties.
CIDES, além de parafiscais, são extrafiscais também.Tudo que está relacionado ao combustível paga CIDE, EXCETO, com relação à EXPORTAÇÃO, pois não há cobrança da CIDE na importação. Contudo, incide sobre a importação. 
A União incentiva a exportação. 
	PROVA DIA 19
Até EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
QUARTA-FEIRA trabalho em sala 
Com consulta e em grupo
TRABALHO 1
QUESTIONÁRIO
	A prefeitura de Betim concluiu a 1ª parte da obra. 
Requisitos para a contribuição de melhoria: obra pública + valorização do imóvel.
Quando a obra é contratada em etapas, é possível fazer a cobrança da contribuição de melhoria
Na TAXA não é obrigatória na cobrança das taxas a avaliação da capacidade contributiva do contribuinte. Pode avaliar, mas não é obrigatório, assim, em alguns serviços é feita a avaliação, mas em outros não há esta avaliação, e todos os envolvidos são obrigados a pagar a taxa, independente da capacidade econômica da pessoa.
3 ( VAI CAIR NA PROVA )
A cobrança do tributo deve ser vinculada a algum ente federativo?
Os impostos não tem arrecadação vinculada, mas as taxas têm. 
A capacidade dos entes 
As atividade administrativas são vinculadas a entes federativos
4- em regra a atividade tributária
instituir/criar é indelegável
arrecadar e fiscalizar pode ser delegada.
OBS.: a função de executar equivale à função de fiscalizar.
5- CAI NA PROVA
Como se define a natureza jurídica de um tributo?
A natureza jurídica é definida pelo fato gerador
Independe da nomenclatura
6- Pode ter tributos com a mesma nomenclatura?
Sim, desde que tenham fato gerador distinto
é invasão de competência?
Não, desde que não tenha o mesmo fato gerador.
7- iluminação pública não pode ser cobrada mediante taxa. A cobrança é con
8 – quais as 2 modalidade de taxa?
Em razão do serviço regular do poder de polícia e em razão da prestação de um serviço público ou posto a disposição.
9- qual a diferença de tributo para multa
tributo é um tributo e não tem a finalidade sancionatória
multa não é considerada tributo e tem a finalidade sancionatória
ATENÇÃO
Do contrabandista não é tributada a sua atividade ilícita, mas as atividades lícitas que o mesmo realiza são tributadas.
	12- O que difere os impostos das taxas? Em qual das modalidades tributárias eu tenho vinculação e quando eu não tenho vinculação?
Os impostos dependem da atuação exclusiva do contribuinte, não são vinculados a nenhuma atividade estatal e o produto da sua arrecadação não possui destinação/finalidade específica. 
Por outro lado, a taxa é vinculada ao exercício de uma atividade estatal e o valor da taxa tem uma destinação específica.
	13- Eu posso cobrar contribuição de melhoria quando:
a)- Uma parte da obra foi concluída e trouxe benefícios ao contribuinte?
NÃO. A cobrança da contribuição de melhoria somente pode ser efetuada quando a obra foi totalmente concluída, uma vez que não se tem o valor desta parcela da obra que foi concluída.
b)- Quando a obra foi dividida em etapas e uma das etapas concluídas constatou valorização imobiliária?
SIM. Nesta hipótese é possível, considerando que a obra foi dividida em etapas, e, portanto, é possível precisar o valor total desta etapa da obra.
c)- Quando o município adota políticas públicas para melhorar a segurança do meu bairro e isto valoriza o meu imóvel?
NÃO. Somente cabe a cobrança de contribuição de melhoria quando o fato gerador é uma obra pública que resulta na valorização do imóvel. Neste caso não há uma obra pública, mas apenas políticas públicas.
	14- Por que eu não posso repassar para os moradores que tiveram valorização imobiliária em razão da obra pública um valor superior ao valor total da obra? Qual a justificativa?
O valor da cobrança da contribuição de melhoria está limitado ao valor da obra para que não ocorra o enriquecimento ilícito do Estado.
A contribuição é para cobrir o gasto que o ente teve com a realização da obra. 
A obra já tem que ter sido realizada, e somente após, quando realizado uma avaliação por perícia, e constatado que efetivamente houve uma valorização do imóvel. 
	15- Qual a explicação para os impostos não serem tributos de arrecadação vinculada?
	16-A cobrança de tributos é vinculada aos entes federativos? Somente estes exercem atividade administrativa que lhe confere o poder de arrecadar?
Não. A competência tributária para criar um tributo não pode ser delegada e é de competência dos respectivos entes federativos, contudo, pode ser delegada aos entes públicos as funções de arrecadar e fiscalizar um tributo. 
	17- As normas gerais do IPTU podem ser instituídas pela União ou isto seria uma invasão de competência?
A CF preceitua que cabe ao município instituir o IPTU, assim sendo, nem o Estado e nem a União pode instituir tal tributo, pois seria uma invasão de competência.
INÍCIO DA PROVA A2
26-09-2012
PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO TRIBUTÁRIO
Art. 150, CF/88
I-LEGALIDADE
Precisa de lei para redução dos tributos?
. Majoração X Redução
e no que tange a majoração dos tributos extrafiscais?
	Todos os princípios tributários são com o objetivo de proteger o contribuinte.
Sem os princípios o contribuinte seria pego de surpresa. 
IPI
Qualquer alteração no IPI, majoração ou redução, tem que observar a novententa.
Falar em principio da legalidade se pensa na obrigatoriedade de uma lei para se exigir uma ação, logo, qualquer tributo que for criado obrigatoriamente precisa de uma lei para ser instituído. E toda lei tem que falar: o fato gerador, as alíquotas, os prazos, se vai ser delegada a fiscalização e arrecadação do tributo etc.
ATENÇÃO
A majoração e redução do tributo.
Para majorar um tributo é obrigatório que seja através de lei, EXCETO, os tributos de natureza extrafiscal. Os tributos extrafiscais podem ser majorados através de decreto, e, consequentemente, terão efeito imediato.
Contudo, para reduzir um tributo NÃO é necessária uma nova lei. A redução tem aplicabilidade imediata, pois é para favorecer o contribuinte.
ISONOMIA
Capacidade contributiva ≠ de capacidade econômica
	Isonomia – é dar tratamento igual aos iguais e desigual aos desiguais. 
Capacidade contributiva NÃO é a mesma coisa que CAPACIDADE ECONÔMICA ( vai cair na prova )
Há tributos que não é possível considerar a capacidade contributiva do contribuinte, como por exemplo o IPVA, contudo, há tributos em que se considera o poder aquisitivo do contribuinte como por exemplo o Imposto de Renda.
a) IRRETROATIVIDADE
b) ANTERIORIDADE
c) NOVENTENA – também chamada de ANTERIORIDADE NONAGESIMAL
 
EC nº 42/2003
	Uma vez criada a lei, deverá ser observado o exercício financeiro seguinte.
Anterioridade e noventena andam juntas. Assim, devem ser observados, quando da criação de uma lei, tanto a anterioridade ( início da arrecadação somente no exercício financeiro seguite ), quanto a noventena ( início da arrecadação somente 90 dias após a publicação da lei ).
NÃO são 3 meses e sim 90 dias. ( vai cair na prova )
NÃO CONFISCO
	Principio do não confisco – o tributo não pode ser cobrado com o objetivo de sanção. O tributo tem caráter arrecadatório e a multa caráter sancionatório.
O principio do não confisco pode ser adotado para os tributos e para as multas.
28-09-2012
NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
pedágio não fere este principio
	Princípio da não limitação ao tráfego de pessoas e bens – 
O pedágio não considerado limitação ao tráfego de pessoas e bens, uma vez que o pedágio é para a manutenção das vias. 
Art. 151 da CF/88 – A União não pode:
Desrespeitar o princípio da uniformidade geográfica  cuidado art. 170, inciso IX, CF/88 ( visando promover o equilíbrio econômico ) 
 Incentivos fiscais
Vamos estudar depois
A União pode instituir isenção de tributos de competência de outros entes federativos?Principio da uniformidade geográfica – os entes federativos não podem cobrar tributos com valores muito discrepantes. 
Observa este principio o ente que cobra o tributo dentro da faixa de valor do índice estabelecido na lei referente ao tributo. Por exemplo, se a lei estabelece que o índice de cobrança do tributo deve estar entre 2 e 5%, os entes que cobrarem este tributo com índice dentro desta faixa está obedecendo o principio da uniformidade geográfica.
( VAI CAI NA PROVA SOBRE ESTE PRINCIPIO )
Art. 152, CF/88
Não discriminação em razão da procedência e do destino.
03-10-2012
CONTINUAÇÃO DE PRINCÍPIOS – art. 150, CF
não limitação ao tráfego de pessoas e bens.
Art. 151
UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
	Cai muito em prova
A CF no art. 151, explica o que é uni
A União não pode instituir impostos que não sejam da sua competência.
III- Impossibilidade de isenção de tributos de competência de outros entes
Art. 152, CF
Não discriminação em razão da procedência e do destino.
	Não é permitido reduzir tributos ou conceder benefícios limitado a contribuintes de determinados Estados, pois seria discriminação em razão da procedência e do destino.
ISENÇÃO ≠ IMUNIDADES ≠ NÃO INCIDÊNCIA
	ISENÇÃO
	IMUNIDADES
	NÃO INCIDÊNCIA
	. o tributo existe, o contribuinte participa do fato gerador, mas a legislação do local isenta o contribuinte do pagamento do tributo
. a isenção pode ser total ou parcial
. pode ser revogada a qualquer tempo
. As isenções são tratadas nas leis infraconstitucionais
	. O tributo existe, mas o contribuinte não participa do fato gerador, isto porque a lei exclui determinadas pessoas do pagamento de determinados tributos, assim, para esta pessoa não há que se falar em tributo.
. Não pode ser revogada
. A imunidade é tratada na CF.
Todas as imunidades existentes estão previstas na CF
	
	ISENÇÃO
	IMUNIDADES
	NÃO INCIDÊNCIA
	
	Art. 150, CF
Não pode ser tributado:
V: a) patrimônio, renda e serviços dos entes federativos
templos de qualquer culto
patrimônio, renda, serviços das entidades sindicais, dos partidos políticos, fundações, instituições de educação
livros, jornais, revistas e periódicos.
	Ex.: não incide IPVA nas aeronaves e embarcações e bicicletas.
Ex.: veículos aquáticos e aéreos não incidem IPVA
05-10-2012
IMUNIDADE X ISENÇÃO X NÃO INCIDÊNCIA
	IMUNIDADE
	ISENÇÃO
	NÃO INCIDÊNCIA
	Todas imunidades estão na CF. Logo, somente poderá ser retirada a imunidade por emenda constitucional ou nova constituição 
	Está nas normas infraconstitucionais. O tributo existe, mas pode ser concedida isenção, total ou parcial, a determinados contribuintes.
O ente competente para instituir o imposto é que pode conceder a isenção.
	
SUJEITOS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
. Sujeito Ativo --- entes federativos – art. 119, CTN
. Sujeito Passivo: 
contribuinte --- aquele que participa diretamente do FATO GERADOR
responsável --- aquele que a lei determina como responsável pelo pagamento do tributo.
	Sujeito ativo é aquele que quer cobrar
Sujeito passivo ( podem ser de dois tipos: contribuinte e responsável )
O responsável é aquele que não participa diretamente pelo fato gerador, mas a lei determina que ele é o responsável pelo pagamento o tributo.
Art. 121 CTN
CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ( art. 126 CTN )
INDEPENDE:
. da capacidade das pessoas naturais
. da capacidade da pessoa jurídica estar legalmente registrada/constituída
. da pessoa estar em dia com sua obrigações civis.
	Se uma criança de 3 anos tem um imóvel no seu nome, o pai, responsável pela criança, não paga o imposto relativo ao imóvel. Sobre quem recairá a cobrança pelo não pagamento do tributo? Quem terá o nome em dívida ativa?
O responsável pelo não pagamento é a criança de 3 anos, e será o nome da criança que será inserido em dívida ativa.
Se não estar em dia com as obrigações civis resultasse em não tributação da pessoa enquadrada neste hipótese, todos deixaria de cumprir suas obrigações civis para que não fossem tributados.
	IPTU é semelhante a ITR, contudo o IPTU é para imóveis urbanos e o ITR é para imóveis rurais
As imunidades são para tributos diretos, para os tributos indiretos não há imunidade.
Ex.: iluminação pública não tem imunidade.
Taxas podem ter isenção.
Exemplo:
Uma bateria de carro descarrega, a sua recarga incide IPI?
Sim, pois trata-se de uma transformação do produto industrializado. 
A transformação do produto é uma transformação.
Cursinho preparatório não é imune a tributos, pois não dá um diploma, não avalia o aluno. Considera-se que não há a finalidade educativa, tratando-se de uma empresa. Não se trata de uma instituição de ensino, isto é, não é uma instituição educacional.
MAÇONARIA – não é considerado um templo de qualquer culto, pois a maçonaria não é religião. Para participar de uma maçonaria não há necessidade de ser de determinada religião, os maçons podem pertencer a qualquer religião. 
10-10-2012
SUJEITO DE DIREITO TRIBUTÁRIO
. Contribuinte - art. 121, CTN
. Responsável tributário
	
SOLIDARIEDADE NO DIREITO TRIBUTÁRIO
Art. 124, CTN
pessoas que tenham interesse em comum no que constitui fato gerador da obrigação principal
pessoas designadas pela lei
	Se a lei determinar solidariedade, independente
A solidariedade no direito tributário comporta benefício de ordem?
NÃO. Só o fato de serem solidários no direito tributário, entende-se que todos querem pagar. Assim, não tem como entrar de forma regressiva contra aquele que não pagou sua parte no tributo. É diferente do direito civil. Só na esfera cível há a possibilidade de regresso contra aquele que também deveria ter pago, mas não pagou.
( VAI CAIR )
	A regra é que quem participa do fato gerador é responsável pelo pagamento do tributo, contudo, há EXCEÇÕES ( art. 124, CTN ), nos casos de substituição tributária.
As multas são consideradas obrigações acessórias por descumprimento da obrigação principal.
Art. 123, CTN – convenções particulares ( contratos particulares ) podem ser opostos a fazenda pública?
	NÃO, em nenhuma hipótese. 
Ex.: ... por excepcionalidade, o contrato pode ser oposto a fazenda pública. ( nem se estiver previsto no contrato poderá a fazenda pública
Art. 125, CTN – EFEITOS DA SOLIDARIEDADE
o solidário que paga libera os demais da obrigação principal
isenção ou remissão do crédito exonera todos os solidários, salvo nos casos de outorga pessoal.
Interrupção da prescrição favorece ou prejudica os demais.
	O fisco pode exigir a integralidade de qualquer dos solidários. Dos solidário se pode cobrar tudo ou parte do tributo, à escolha do fisco.
Remissão – tributo existe, você tem que pagar o tributo, mas o ente perdoa a dívida.
Remissão ou isenção é uma particularidade em que o fisco está fornecendo um benefício.
Após 5 anos da cobrança, se esta não for efetuada, ocorre a prescrição.
Art. 126, CTN – Capacidade tributária, independe:
da capacidade civil das pessoas naturais
independe da pessoa estar privada no exercício de suas atividades civis, comerciais ou profissionais
independe da pessoa jurídica estar regularmente constituída.
	Na cobrança do tributo independentemente da idade ( 3 anos, 1 mês etc ) do contribuinte. Se for o caso, o tributo será cobrado 
Art. 127, CTN – DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO
Se o contribuinte não definir o seu domicílio tributário:
será considerado sua residência habitual ou no caso de incerto o lugar será considerado seu local de trabalho.
Pessoas jurídicas será seu estabelecimento
Pessoas jurídicas de direito público será sua repartição.
	A regra é os contribuintes definirem o seu domicílio tributário, contudo, se não o fizer, será definido conforme o art. 127, CTN.
FIM DA MATÉRIA PARA A PROVA A2
17-10-2012
	O fato da empresa existir já tem que pagar os tributos, INDEPENDENTE da sua situação, se regular ou irregular.
Para que o fisco possa exigir qualquertributo é necessário que exista um crédito tributário, que é feito com o lançamento. 
Ex.: a emissão da nota fiscal de um carro por uma concessionário seria o lançamento.
ATENÇÃO
Só pode ser cobrado um tributo após o lançamento e a inscrição
VAI COBRAR NA PROVA
. é o lançamento que constitui o crédito tributário
se não há o lançamento não há que se falar em crédito tributário, pois ele se constitui com o lançamento.
Se não houve lançamento o fisco não pode cobrar o pagamento do tributo.
As modalidades de lançamento depende de cada tributo.
CRÉDITO TRIBUTÁRIO E LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO
OBRIGAÇÃO PRINCIPAL E OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA ( art. 113 e 114, CTN )
Posso ter obrigação acessória sem ter obrigação principal?
* no direito tributário, diferentemente do direito civil, em regra, o acessório não segue o principal.
Tudo que está relacionado a pagamento de tributo é considerado obrigação principal de pagar o tributo. Se não existe obrigação principal não existe pagamento
Obrigação acessória não está relacionada com o pagamento do tributo.
Ex.: na declaração do imposto de renda a entrega seria uma obrigação acessória. Todas as informações do imposto de renda também é uma obrigação acessória, pois não está obrigando a nenhum pagamento.
PERGUNTA:
No exemplo de IR: fez os lançamentos acessórios, emitiu a guia, mas esqueceu de efetuar o pagamento da guia. Não pagou no prazo e gerou uma multa. A multa é obrigação principal ou acessória?
R: É principal. No caso, com a existência da multa, passariam a existir duas obrigações principais.
Ex.2: Na hipótese de não ser feito o lançamento das informações do imposto de renda, o descumprimento desta obrigação acessória gerará uma multa. Assim, o contribuinte passa a ter uma obrigação acessória ( lançamento das informações no imposto de renda ), e duas obrigações principais: 1ª - obrigação de pagar a guia do imposto de renda; 2ª - a multa gerada pelo atraso no lançamento e pagamento da guia do imposto de renda.
Ou seja, o descumprimento de uma obrigação acessória poderá resultar em uma nova obrigação principal, pois vai gerar uma multa. 
VAI CAIR:
Atenção, a obrigação principal não se transformou em principal, é o descumprimento da acessória que gerou uma obrigação principal. Permanece a obrigação de cumprir a obrigação acessória, e, devido ao atraso, passa a existir também a obrigação de pagar a multa ( 2ª obrigação principal ) + a 1ª obrigação principal, que é o obrigação de pagar a guia sem a multa. 
Portanto, é também possível existir só a obrigação acessória sem que exista a principal.
CRÉDITO TRIBUTÁRIO – art. 139, CTN
. Como é constituído o crédito tributário?
Com o lançamento. Com o lançamento é que fica demonstrada a existência do crédito tributário. Antes do lançamento existe apenas uma expectativa de cobrança do crédito tributário. 
Feito o lançamento o fisco já pode exigir o pagamento do tributo. 
OBS.: se estiver sendo cobrada uma multa de um contribuinte, se deduz que já houve o lançamento do crédito tributário. 
NÃO é possível fazer a compensação de um crédito tributário que se tem com o fisco, com um outro crédito que o contribuinte venha a ter, exceto, quando já houve o fato gerador, já houve o lançamento, 
Lançamento é uma formalidade para demonstrar que existe o crédito tributário.
. EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
. Uma vez constituído o crédito tributário ou posso modificá-lo?
Em regra, SIM. Por exemplo, no caso do fisco efetuar uma cobrança acima do que seria devido. IPTU muito alto, IPVA muito caro etc. 
FIM DA AULA
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO ( art. 142 a 150, CTN )
. Modalidades de lançamento
ofício
por declaração
por homologação
19-10-2012
	1- União, Estados, DF e Municípios são competentes para instituir impostos extraordinários, em caso de calamidade pública.
Somente a União é competente para instituir impostos extraordinários em caso de calamidade pública. 
2- Aos Estados é permitido tributar a renda, o patrimônio e os serviços Municipais?
Entre os entes federais há a imunidade recíproca, por isso, é proibido entre eles a cobrança de impostos sobre a renda, o patrimônio e os serviços ( art. 9º, IV, a ).
3- A imunidade tributária sobre os livros, jornais e periódicos abrange a aquisição de máquinas e aparelhos destinados à sua impressão?
NÃO (SÚM 657 ), pois, conforme a súmula 657 do STF, as máquinas e aparelhos destinados à impressão não estão abrangidos pela imunidade tributária, somente há imunidade nos filmes e papéis para impressão.
A isenção é causa de não incidência tributária?
Não, na isenção há incidência tributária, contudo, o ente competente para a elaboração da lei concede, na lei, o benefício de não pagamento do tributo à determinadas pessoas.
5-Imunidade é a hipótese de não incidência tributária prescrita por norma infraconstitucional?
R: NÃO, a imunidade é causa de não incidência tributária prescrita na Constituição Federal.
JORNAL BALCÃO
As publicidades existentes nos jornais são tributadas. Assim, as informações em geral são imunes de tributo, contudo, sobre as publicidades os jornais têm que pagar o tributo. 
. as imunidades sempre serão totais, mas as isenções podem ser totais ou parciais.
Na imunidade não há que se falar em tributo, nas isenções o tributo existe, incide, mas há um benefício de não pagamento. 
. Não-incidência – quando não há a incidência tributária sobre determinado bem.
Em regra, as isenções podem ser retiradas a qualquer tempo, contudo, existe uma hipótese de isenção onerosa, do tipo de somente ser concedida a isenção SE o contribuinte cumprir determinada obrigação, que, em razão da onerosidade, a isenção não pode ser retirada a qualquer tempo ( sum 544, STF )
31-10-2012
CRÉDITO TRIBUTÁRIO E LANÇAMENTO
CRÉDITO TRIBUTÁRIO – art. 142 a 146, CTN
	é o lançamento que constitui o crédito tributário. Assim, se falar que foi feito o lançamento, constata-se que antes do lançamento ainda não havia o crédito tributário. Por outro lado, se falar alguém está sendo executado, conclui-se que: já houve o lançamento do crédito tributário, logo, que a pessoa participou do fato gerador, 
Nos casos em que vai haver lançamento por declaração ou por homologação, caso não seja feito, o lançamento é feito de ofício.
Exemplo de lançamento de ofício: lançamento do IPTU, IPVA etc
LANÇAMENTO DE OFÍCIO – quando a cobrança do tributo é lançada sem a necessidade do contribuinte prestar nenhuma informação. O ente competente é que faz todos os lançamentos. 
O Imposto de Renda é um lançamento por homologação, pois é o contribuinte que preenche todos os lançamentos, e o fisco tem 5 anos para homologar. Se no prazo de 5 anos não houver a homologação do imposto de renda, considera-se que houve homologação tácita, e não mais é possível o ente executar o contribuinte. 
Lançamento por declaração – ente e contribuinte participam do lançamento.
MODALIDADES DE LANÇAMENTO:
. POR DECLARAÇÃO – art. 147, CTN
. POR HOMOLOGAÇÃO – art. 150, CTN
. DE OFÍCIO – art. 149, CTN:
quando a lei determina
quando o contribuinte deixou de declarar
quando o contribuinte declarou mas não atendeu a todas as formalidades legais
quando houver fraude/falsidade por parte do contribuinte
quando houver omissão por parte do contribuinte
quando houver fraude ou simulação do sujeito passivo ou do responsável tributário.
07-11-2012
SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Art. 151, CTN
Suspende a exigibilidade do crédito tributário:
moratória
depósito do montante integral
reclamações e recursos administrativos
Súmula vinculante 21/28
concessão de liminar em mandado de segurança;
concessão de medida liminar ou tutela antecipada em qualquer outra ação judicial.
Fato gerador  Lançamento  Crédito Tributário  Suspensão da exigibilidade do crédito
	
	
	Somente após o lançamento do crédito tributário é possível a exigibilidade do crédito, e lançamento do crédito em dívida ativa pelo fisco.
	
	Enquantoestiver suspensa a exigibilidade do crédito tributário NÃO corre a prescrição.
O PARCELAMENTO é uma das formas de suspensão da exigibilidade do crédito ( quando há exigibilidade do crédito o fisco pode inserir o contribuinte na dívida ativa )
. Súmula vinculante 21 do STF:
É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.
. SÚMULA VINCULANTE 28 DO STF:
É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário.
09-11-2012
Formas de SUSPENSÃO do crédito tributário:
MORATÓRIA – art. 151, CTN:
. Caráter Geral  lei específica
. Caráter individual  não gera direito adquirido e pode ser revogada de ofício.
	A moratória individual não gera direito adquirido. 
Contudo, a moratória de caráter geral gera direito adquirido. 
Moratória  é a dilação do prazo para pagamento do tributo.
não aproveita os casos de dolo, fraude ou simulação.
não aproveita a casos futuros.
Formas de extinção do crédito tributário – art. 156, CTN:
pagamento
compensação ( não pode compensar créditos futuros e tem que ser tributos da mesma natureza )
a transação
a remissão ( perdão )
a prescrição e decadência
conversão do depósito em renda  art. 164, § 2º, CTN ( a única hipótese de conversão do depósito em renda é quando há a consignação em pagamento em juízo, e, após o juiz definir a quem caberá o crédito, há a conversão do valor que foi consignado em pagamento em depósito em renda para o ente beneficiário do tributo )
pagamento antecipado
consignação em pagamento
decisão administrativa irreformável
decisão judicial transitada em julgado
dação em pagamento de bens imóveis, desde que previsto em lei.
14-11-2012
FORMAS DE EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
ISENÇÃO – dispensa legal do pagamento do tributo.
ANISTIA – perdão das infrações
ANISTIA ≠ REMISSÃO
ANISTIA não é cabível nos casos de dolo, fraude e simulação
★as infrações, objeto de anistia, não podem ser concedidas se forem posteriores a vigência da lei. ( CAI MUITO EM PROVA )
	Assim, se houver uma lei de 2012 que concede anistia aos contribuintes com relação às infrações anteriores a 2012, os contribuintes que cometerem infrações posteriores a esta lei não serão beneficiados com a anistia.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
. Resp. do contribuinte ou responsável tributária pelo pagamento do tributo.
. Cuidado, responsável tributário tem que ter pelo menos uma relação com o fato gerador.
MUNICÍPIO  ISS nos hotéis  Posicionamento do STJ ( Resp. 55.346/RJ)
RESPONSABILIDADE DOS SUCESSORES  art. 129 a 133
. São aqueles que passam a ocupar o espaço de pessoas que eram contribuintes ou responsáveis. Os sucessores não participaram do fato gerador. Ex.: os herdeiros na sucessão.
★ não é substituto tributário e sim sucessor tributário.
★ IPTU e os débitos pendentes – art. 130 CTN ( CAI MUITO EM PROVA )
EX.: A deve o IPTU. B compra o imóvel de A, que deve o IPTU.
Se A fornecer uma certidão para B, de não ter dívidas do IPTU, e após 1 ano da compra, vem a cobrança dos IPTUs atrasados de responsabilidade de A. Neste caso, como foi concedida a certidão, A será o responsável pelo pagamento dos IPTUs pendentes. B chama A ao processo. 
★ Arrematação em hasta pública.
O objetivo da hasta pública é que o ente receba no mínimo o valor do débito do contribuinte, ou seja, o valor mínimo da arrematação tem que ser o do valor do crédito tributário.
RESPONSABILIDADE DE TERCEIRO : 
pais
tututores/curadores
inventariantes
síndicos
sócios da empresa
 Somente nos casos em que o próprio contribuinte não pode responder
RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES
. independe da intenção do agente, ou seja, independente da boa fé ou má fé, da vontade do contribuinte, o agente responde pelas infrações que comete. Cometeu a infração o agente tem que pagar, independente de ter cometido com dolo ou sem dolo.
Art. 137, CTN  RESPONSABILIDADE PESSOAL DO AGENTE ( Resp. Subjetiva ). 
21-11-2012
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Art. 105 a 111, CTN
. Aplicam-se a eventos futuros ou fatos geradores com incidência posterior.
Art. 106, CTN – A lei pode retroagir nos seguintes casos:
em qualquer caso quando for interpretativa e benéfica para o contribuinte(*VER)
	Uma lei interpretativa é aquela que faz uma definição mais detalhada do fato gerador, de maneira a se tornar mais clara, tanto para os contribuintes quanto para o ente arrecadador.
. quando ainda não foi definitivamente julgado ( referindo-se à via administrativa ) ( cuidado existem exceções )
. quando deixa de ser tributo
. quando deixa de ser infração ( cuidado aqui não é anistia ) (*VER)
( anistia é perdão da infração, portanto, ocorre depois da lei. Anistia é quando vem uma lei concedendo o perdão aos contribuintes devedores. O fato gerador continua a existir.)
. quando há ação ou omissão na exigência do tributo, desde que não seja casos em que o contribuinte atuou com dolo/fraude.
. quando as penalidades da lei nova forem mais benéficas para o contribuinte.
 Na ausência de norma vão ser aplicados os seguintes institutos:
analogia ( desde que observe os princípios do direito )
princípios gerais do direito tributário
princípios gerais do direito público
equidade ( desde que observe o principio da legalidade )
A interpretação será literal nos casos de:
suspensão ou exclusão
dispensa no cumprimento das obrigações acessórias. 
	Aplica-se a lei vigente à época da ocorrência do fato gerador.( VAI CAIR NA PROVA )
	MATÉRIA DA PROVA FINAL – A4
Imunidade para frente -

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