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PRATICA SIMULADA II - AULA 8

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PRATICA SIMULADA II – AULA 8			04/05/2015
CONTESTAÇÃO TRABALHISTA
41º Exame da OAB
 
Lauro, representante legal da empresa Rápido Distribuidora de Alimentos Ltda., com sede na cidade do Rio de Janeiro, local de prestação de serviços, procurou auxílio de profissional de advocacia, ao qual relatou ter sido citado para manifestar-se a respeito de reclamação trabalhista ajuizada por ex-empregado que desenvolvia a função de vendedor externo da empresa. Disse que o vínculo empregatício em questão ocorrera entre 17/3/2000 e 15/12/2009.
 
A contrafé apresentada por seu interlocutor demonstra, além da data de propositura da demanda (12/3/2010), a elaboração de pedido de pagamento de horas extraordinárias por todo o liame empregatício, dada a alegação de prestação de serviços das 8 h às 20 h, de segunda-feira a sexta-feira. Também estão relatados descontos efetuados no salário do empregado, relativos a multas de trânsito a ele atribuídas quando em uso de veículo da empresa na realização de seu mister. Em face disso, o empregado requereu a devolução dos valores deduzidos do salário, alegando que tais penalidades são ínsitas ao risco da atividade econômica a cargo do empregador. Lauro apresentou contrato de trabalho firmado entre as partes, no qual constam a data de contratação, a função que deveria ser exercida, o valor salarial pactuado e a forma de responsabilização do empregado quanto aos danos que viessem a ser praticados, por culpa ou dolo deste, no uso do veículo da empresa. Após a fotocópia da CTPS e a folha de registro do empregado reclamante, na qual constam as informações do contrato. Apresentou, ainda, multas de trânsito que demonstram ter sido o empregado flagrado, por três vezes, conduzindo veículo a 100 km/h em vias em que a velocidade máxima permitida era de 60 km/h.
 
Considerando essa situação hipotética, redija, na condição de advogado(a) contratado(a) pelo empregador, a peça processual adequada aos interesses de seu cliente.
 
Considere que a ação trabalhista foi distribuída para 100ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, sob o número 000.
EXECELENTISSIVO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 10 VARA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROCESSO N° .......
RAPIDO DISTRIBUIDORES DE ALIMENTOS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o nº ...., com sede na rua...., rio de Janeiro – RJ, CEP.: ...., neste ato apresentado por LAURO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade nº ...., inscrito no CPF sob o nº ...., com endereço profissional na rua ...., CEO.: ...., onde recebe notificações e intimações, conforme art. 39, I do CPC, nos autos do processo em referencia, pelo qual tramita ação trabalhista proposta por .... oferecer
CONTESTAÇÃO
Pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
MÉRITO
DA PRESCRIÇÃO
	O reclamante ajuizou a presente demanda no dia 12/03/2010, tendo os eu contrato de trabalho rescindido no dia 15/12/2009, embora tenha ajuizado a ação em tempo hábil a reclamar os seus direitos boa parte do lapso temporal de seu contrato de trabalho é atingida pela prescrição, consoante dispõe o art. 7º, XXIX da CF.
	Assim, não cabe mais ao reclamante postular quaisquer parcelas ou valores devidos no período compreendido entre 17/03/2000 a 11/03/2005, pois tornaram-se inexigíveis.
DAS HORAS EXTRAS
	O reclamante postula o pagamento de horas extras durante todo o período trabalhado, sob a alegação de que exerceu uma jornada diária de 8 as 20h de segunda a sexta, dizendo que faz jus as x horas diárias.
	Todavia o art. 62, I da CLT estabelece que o empregado externo na função de vendedor não está sujeito a jornada de trabalho, sendo atividade externa incompatível com o controle de frequências inclusive, a função externa consta no seu contrato de trabalho e da anotação de sua CTPS.
	Logo, não tem cabimento o pleito formulado pelo reclamante a este titulo.
DA DEVOLUÇÃO DOS VALORES RETIDOS POR INFRAÇÃO DE TRANSITO
	O reclamante postula ainda a devolução pela reclamada, dos valores descontados de seu salário por inflações de transito por ele cometidas no uso do veiculo da empresa.
	Segundo o reclamante, o empregador que fornece o veiculo para atividade laboral externa, assume o risco de ter de pagar por eventuais infrações de transito que venham a ocorrer.
	No entanto, prevê o contrato de trabalho celebrado entre as partes que os danos patrimoniais no exercício das atividades de trabalho, em decorrência do uso do veiculo pelo reclamante reter os valores devidos descontando-os em folha de pagamento.
	Tal pacto é perfeitamente licito e encontra previsão no art. 462 § 1º da CLT.
	Novamente, sem razão não cabe a procedência de tal pedido.
DOS PEDIDOS
	Diante do exposto, o reclamado vem requerer
1 – Seja reconhecida e declarada a prescrição das parcelas eventualmente devidas ao reclamante no período acima informado;
2 – Seja julgado improcedente o pedido de horas extras postulado pelo reclamante;
3 – Seja julgado improcedente o pedido de devolução das quantias descontadas do reclamante por infração de transito.
DAS PROVAS
	Requer a produção de todas as provas em direito admitidas na amplitude do art. 332 do CPC, em especial prova documental.
Nestes termos pede deferimento
LOCAL/ DATA
ADV/OAB

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