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Redes no Agronegócio_Cooperativa - Livro-Texto - Unidade II

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Unidade II
Unidade II
3 PRODUÇÃO NA AGRICULTURA
O modo de produção capitalista não envolve apenas a produção imediata, mas também a circulação 
de mercadorias, e inclui a troca de mercadorias por dinheiro e de dinheiro por mercadorias. Assim, 
trabalha com o princípio de que o capitalismo está em desenvolvimento constante em todo canto 
e lugar. Esse desenvolvimento é fruto do seu princípio básico: o movimento de rotação do capital. 
Entende‑se também que o chamado processo econômico é constituído de quatro momentos distintos, 
porém articulados e unidos contraditoriamente. São eles: o da produção imediata, da distribuição, da 
circulação e do consumo.
A agricultura, que já foi considerada um setor pouco atrativo ao capital, especialmente devido 
às suas especificidades naturais e econômicas, vive atualmente um processo de forte atração de 
investidores não necessariamente vinculados a tal setor. Assiste‑se a um interesse crescente e 
diversificado que vem definindo diferentes formas de relações com o território e produzindo 
novas dinâmicas sociais tanto no plano local quanto global. Considerando o caso brasileiro, 
a ocupação do seu meio rural se fez de forma bastante heterogênea, mas marcada por uma 
estrutura fundiária altamente concentrada, o que, historicamente, vem sendo motivo de muitos 
conflitos agrários (RAMOS, 2007).
O ato de produzir ou a produção de algo está relacionado com engendrar, procriar, criar, procurar, 
originar, ocasionar e fabricar. Mas a palavra e verbo “produzir”, que em latim é productĭo, refere‑se 
à ação de produzir, à coisa produzida, à forma de se produzir ou à totalidade dos produtos da terra 
ou da indústria.
Se, por exemplo, um produtor rural observa que há carência de determinado produto no mercado, 
como feijão ou alface, esse produtor, dentro do seu conhecimento e dedicação, buscará produzir 
esse artigo. Ele reunirá as melhores condições possíveis para que essa produção seja a de melhor 
qualidade, dê frutos. Mas, ao mesmo tempo, é importante que o trabalho do produtor rural traga 
retorno financeiro. 
Os dois aspectos são extremamente importantes e estão entrelaçados na motivação do produtor 
e na sua dedicação ao trabalho: se, por exemplo, o produtor observar que não conseguirá uma 
boa produção e com isso não terá lucro – e pior, talvez incorra em prejuízos – certamente não 
terá motivação para atuar. Provavelmente não irá nem plantar, arar a terra ou preocupar‑se em 
alimentar os animais. 
Para manejar a produção de modo que traga frutos e seja rentável, ou seja, tenha sucesso, 
o produtor rural precisa realizar um planejamento detalhado de suas atividades e lidar da 
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melhor forma possível com os fatores de produção da economia, que são cinco, indicados a 
seguir: 
• Terra ou recursos naturais: água, minerais e solo. 
• Recursos humanos ou trabalho: faculdades físicas e intelectuais.
• Capacidade empresarial: constitui‑se daqueles indivíduos que reúnem os capitais para adquirir 
recursos produtivos e produzir bens e serviços para o mercado. 
• Capital: engloba os bens e serviços necessários para a produção de outros bens e serviços, como 
máquinas, equipamentos, instalações, dinheiro, ferramentas e capital financeiro. 
• Tecnologia: todos os recursos tecnológicos disponíveis para a empresa.
De todos esses fatores de produção, entende‑se que, além dos tradicionais terra, trabalho e capital, 
é crucial para a agricultura a capacidade empresarial e a tecnologia. Observe a seguinte figura: 
Figura 6 – Três etapas de desenvolvimento tecnológico na produção rural
Observe que em cada quadrinho dessa figura há uma mesma propriedade rural em momentos 
históricos diferentes, que usa tecnologias distintas, aplicadas ao mesmo espaço. Entende‑se que a 
produção do terceiro quadrinho será maior e com isso, certamente, terá maior rentabilidade (embora 
nem sempre isso seja uma consequência natural: se houver muitas despesas, por exemplo, o lucro 
poderá ser menor). Assim, a tecnologia e capacidade empresarial são importantes fatores de produção 
para o agronegócio.
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 Saiba mais
O pensadore norte‑americano Alvin Toffler separou as fases do 
desenvolvimento humano em três “ondas”:
• Primeira onda: sociedade rural.
• Segunda onda: sociedade industrial.
• Terceira onda: sociedade do conhecimento.
O que ele diz é que essas três ondas podem ser encontradas ao mesmo 
tempo, convivendo na sociedade. Em um mesmo país ou cidade, você pode 
encontrar agricultores de primeira, segunda e terceira onda. 
Para saber mais, leia: 
TOFFLER, A. A terceira onda. Rio de Janeiro: Record, 1980.
Além dos aspectos relacionados com os fatores de produção, o agronegócio está sujeito a várias 
outras variáveis, como o clima, a qualidade do solo, a disponibilidade de crédito no mercado, a malha 
de transportes, impostos, sazonalidade, distribuição fundiária, ou seja, se torna um ramo específico da 
administração. 
Nesse sentido, as novas tecnologias, combinadas com o êxodo rural, ou seja, com a migração da mão de 
obra excedente no campo para áreas metropolitanas, gerou profundas alterações na estrutura das propriedades 
rurais, como dependência de serviços e insumos, os quais não eram produzidos na propriedade.
A produção dos bens agropecuários gera a necessidade contínua de melhoria na infraestrutura, 
como estradas e armazéns, além da necessidade de conquista de novos mercados e aumento dos lucros, 
promovendo assim a consolidação de propriedades rurais, que se tornaram os novos centros de produção, 
principalmente para o mercado urbano. Em resumo, o campo, outrora isolado e autossuficiente, hoje 
tem a sua produção condicionada ou regulada às demandas dos centros urbanos.
 Lembrete
O Brasil tem enorme potencial subutilizado. Nos últimos anos vem 
conseguindo uma produção rural invejável, com relevância em seu PIB, mas 
ainda não tem sucesso nas exportações, sendo que os produtos agrícolas 
que vende são mais baratos do que os compra. 
Assim, persegue‑se atualmente uma especialização do agronegócio em seus processos produtivos 
e nas formas de comercialização. Então, essa área renova‑se continuadamente, de modo a gerar a 
necessidade de a agricultura evoluir para um complexo de produtores de bens e prestadores de serviços.
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A seguir, expõe‑se uma situação muito interessante, da participação do Brasil na Exposição Universal 
de Paris, em 1889. 
A agricultura brasileira e seus produtos sempre tiveram muito destaque nas Exposições 
Universais. Essas exposições são uma mostra de ciência, tecnologia e indústria e ocorrem em 
diferentes países a cada cinco anos. Cada país leva para essa feira o que tem de mais moderno. 
O telefone, por exemplo, foi lançado ou divulgado ao público em uma dessas feiras.
O príncipe Albert da Inglaterra, no auge da Revolução Industrial, teve a ideia de organizar 
uma feira de ciências e tecnologia industrial para ressaltar a pujança da indústria e fazer 
negócios. A primeira Exposição Universal foi realizada em Londres, no Palácio de Cristal, em 
1851. No ano de 1889, foi organizada outra edição dessa feira em Paris, e a famosa torre 
Eiffel foi erguida para ser o portal de entrada dessa que seria uma gigantesca exposição.
O Brasil sempreparticipou das Exposições Universais e, justamente, sua tecnologia 
agrícola e seus produtos sempre foram destaque em seus pavilhões. 
Para a exposição de Paris, em 1889, foi erguido um pavilhão (que mais se parecia com um 
palacete, de tão sofisticado) para o Brasil em um lugar de destaque, bem próximo da Torre 
Eiffel. O Brasil, ainda Império, recebeu um tratamento muito melhor do que vários outros 
países e colônias francesas porque era considerado uma grande potencialidade mundial.
Figura 7 – Pavilhão do Brasil na Exposição Universal de Paris, 1889. Atrás do pavilhão, a Torre Eiffel 
No trabalho de Barbuy (1996, p. 222) é possível ver uma descrição desse pavilhão por 
dentro, com grande destaque aos produtos agrícolas: 
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Mate, algodões brutos, tabaco em folhas, fibras vegetais, têxteis, 
cereais e outros produtos agrícolas alimentares, esponjas, cortiças 
completavam, no andar térreo, um quadro das riquezas naturais 
do Brasil, da prodigalidade de seu solo e subsolo. Com exceção de 
poucas vitrines que exibiam produtos manufaturados como telhas 
e tijolos ou produtos químicos ou de processamento relativamente 
mais elaborado, como a borracha e o açúcar de cana, a exposição 
organizada pelos brasileiros no andar térreo respondia bem às 
expectativas criadas por tantos discursos e alegorias como os que 
vimos acima, isto é, mostrava a riqueza natural do Brasil em seu 
estado bruto e a fertilidade do solo para a agricultura.
Mas conquanto nesse andar térreo, assim como nos ornamentos 
arquitetônicos do edifício concebido, construído e decorado por 
arquitetos e artistas franceses, a tônica estivesse toda nas riquezas 
naturais, nas matérias‑primas, a exposição organizada pelos brasileiros 
procurava exibir, além daquele, também um outro Brasil, o da indústria 
nascente e da civilização em progresso. Se à parte algumas poucas 
vitrines, o andar térreo espelhava, ainda, mais essencialmente, apenas 
o país da natureza pródiga, no 1º andar o panorama já mudava de 
figura, revelando esforços manufatureiros, e no 2º avançava ainda 
mais, buscando mostrar requintes culturais.
Figura 8 – Produtos rurais brasileiros expostos no Pavilhão do Brasil na Exposição Universal 
de Paris, 1889. Aspecto do andar térreo: vitrine de ervas‑mate (maté, boisson aromatique) 
Esse é então, um exemplo da produção do agronegócio brasileiro que sempre teve 
grande prestígio internacional. 
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4 AGRICULTURA FAMILIAR
Não se deve pensar que o agronegócio é algo apenas para os grandes produtores rurais. Há e deve 
haver a participação dos agricultores altamente competitivos até os agricultores familiares. A principal 
diferença está na escala de produção, e os pequenos só sobreviverão caso participem ativamente do 
processo de cooperação entre diversos atores que formam a cadeia produtiva, principalmente entre os 
próprios agricultores familiares.
Segundo a Food and Agriculture Organization of the United Nations – FAO – (2013a, p. 11), a definição 
de agricultura familiar (traduzida pelo Prof. Alexandre Saramelli) é a seguinte: 
Agricultura familiar são meios de organização das atividades de produção 
da agricultura, floresta, pesca, pastoreio e aquacultura que são gerenciados 
e executados por uma família e o trabalho é predominantemente vinculado a 
essa família, o que inclui ambos, homens e mulheres. A família e a terra estão 
vinculados e entrelaçados e combinam desenvolvimento econômico, meio 
ambiente, ações sociais e cultura. 
Figura 9 – Agricultor familiar no Tajiquistão prepara a terra para plantar trigo
É importante destacar que só resistirão os agricultores, os pecuaristas e os agroindustriais que 
se adequarem às novas exigências do mercado, o que significa incorporar inovações tecnológicas e 
conhecimentos que os tornem mais competitivos.
 Lembrete
O agronegócio enseja atividades em rede, antes, dentro e depois da porteira. 
Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB, 2015), a agricultura familiar 
gera mais de 80% da ocupação no setor rural, responde no Brasil por sete de cada dez empregos 
no campo e por cerca de 40% da produção agrícola. Atualmente, a maior parte dos alimentos que 
abastecem a mesa dos brasileiros vem das pequenas propriedades. 
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A agricultura familiar favorece o emprego de práticas produtivas ecologicamente mais equilibradas, 
como a diversificação de cultivos, o menor uso de insumos industriais e a preservação do patrimônio 
genético. Em 2009, cerca de 60% dos alimentos que compuseram a cesta alimentar distribuída pela 
Conab originaram‑se da agricultura familiar.
4.1 Agricultura familiar no Brasil
Uma grande conquista para os agricultores familiares no Brasil foi a entrada em vigor da Lei nº 
11.326/2006, conhecida como Lei da Agricultura Familiar. Ela estabelece as diretrizes para a formulação da 
Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais no Brasil, reconhecendo a 
importância social e econômica desse tipo de agricultura, por meio de políticas públicas permanentes, seja 
de crédito, assistência técnica, comercialização de seguro agrícola e igualdade para as mulheres, por exemplo.
A Lei nº 11.326/2006 define como agricultores familiares aqueles que praticam atividades 
no meio rural, e que atendam, simultaneamente, aos seguintes requisitos:
• Não deter área maior do que quatro módulos fiscais, que é a unidade‑padrão para todo 
o território brasileiro, que representa uma unidade de medida instituída pelo Instituto 
Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra –, para indicação da extensão 
mínima das propriedades rurais consideradas áreas produtivas economicamente 
viáveis, o que depende do município em que cada uma está localizada, e varia de 5 a 
110 hectares, conforme o município.
• Utilizar predominantemente mão de obra da própria família nas atividades 
econômicas do seu empreendimento.
• Ter renda familiar predominantemente originada de atividades econômicas 
vinculadas ao próprio estabelecimento ou empreendimento.
• Dirigir o estabelecimento ou empreendimento com auxílio de pessoas da família.
Algumas mudanças ocorridas com a Lei nº 11.326/2006:
• A agricultura familiar passa a ser reconhecida como um segmento produtivo e se 
encerram as dúvidas sobre a sua conceituação legal.
• Garante‑se a participação de agricultores e agricultoras familiares na formulação e 
implementação das políticas públicas.
• As relações de trabalho e organizacionais nesse segmento se fortalecem com a 
aplicação de diversas políticas fundamentais para os agricultores familiares, como a da 
Previdência Social.
• Os órgãos governamentais podem adotar esse conceito para aplicar outras medidas 
em benefício do setor, para além do Programa Nacional de Fortalecimento da 
Agricultura Familiar (Pronaf).
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No Brasil, o último Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE), realizado em 2006, revelou que os agricultores familiares respondem por 84,4% dos 
estabelecimentos do país, ocupam 24,3% da área cultivada e empregam 74,4% da mão de 
obra do setor agropecuário. 
Mesmo com pequena disponibilidade de área cultivável, a agricultura familiar é 
responsável pela produção de 70% dos alimentosdo Brasil, sendo de 87% da mandioca, 
70% do feijão, 46% do milho, 34% do arroz, 38% do café, 21% do trigo, além de 58% do 
leite, 50% das aves e 59% dos suínos, 30% dos bovinos, dentre outros produtos. 
Responde, ainda, por 9% (R$ 173,47 bilhões) do Produto Interno Bruto (PIB) total do 
país, que foi naquele ano de 2006, R$ 1,94 trilhão ‑ desta forma, o PIB da agricultura 
familiar é responsável por 32% do PIB do agronegócio brasileiro, que no mesmo ano chegou 
a R$ 540,19 bilhões.
Adaptado de: Comitê Brasileiro Ano Internacional da Agricultura Familiar e Indígena (2014). 
 Observação
Para afirmar que “70% dos alimentos do Brasil são produzidos pela 
agricultura familiar”, somaram‑se as quantidades em toneladas de 
diferentes produtos agrícolas diferentes entre si. Somar toneladas de 
soja com toneladas de arroz e toneladas de feijão ou toneladas de 
açúcar e toneladas de cana‑de‑açúcar é um procedimento altamente 
questionável. 
É praticamente impossível avaliar, com precisão razoável, qual é a parcela da matéria‑prima usada 
na produção dos alimentos consumidos no Brasil que se origina da produção da agricultura familiar. 
Seria necessário analisar, pormenorizadamente, os canais de comercialização de todos os alimentos e 
das respectivas matérias‑primas. Além disso, de um ponto de vista econômico, não é correto considerar 
apenas os fluxos físicos de mercadorias.
Dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa – informam que, no Brasil, o setor 
engloba 4,3 milhões de unidades produtivas (84% do total) e 14 milhões de pessoas ocupadas, o que 
representa em torno de 74% do total das ocupações distribuídas em 80.250.453 hectares (25% da área 
total). A produção que resulta da agricultura familiar se destina basicamente às populações urbanas 
locais, o que é essencial para a segurança alimentar e nutricional.
No entanto, em uma análise econômica, podemos agregar produtos heterogêneos considerando o 
seu valor de mercado. Os dados do Censo Agropecuário de 2006 tabulados pelo IBGE mostram que o 
valor anual da produção da agricultura familiar é 54,5 bilhões de reais (33,2% do total) e o da agricultura 
não familiar é 109,5 bilhões (66,8% do total). 
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Selo da Identificação da Participação da Agricultura Familiar – Sipaf
Governos de diversos países vêm fazendo esforços no sentido de auxiliar a produção 
familiar. Esses esforços são importantes porque muitas vezes não é possível diferenciar o 
produto da agricultura tradicional daquele da agricultura familiar. Como exemplos, temos o 
Selo da Identificação da Participação da Agricultura Familiar (Sipaf), iniciativa do Ministério 
do Desenvolvimento Agrário, reproduzido a seguir. 
A intenção é a de que esse selo seja afixado nos alimentos e embalagens, para que o 
consumidor saiba que os produtos que comprou foram produzidos em um ambiente de 
agricultura familiar. 
Além disso, o governo federal realiza campanhas publicitárias incentivando o 
uso de produtos orgânicos, o que é importante também para a agricultura familiar, 
uma vez que dadas as características da produção de produtos orgânicos, famílias 
de agricultores podem realizar um manejo mais adequado. A seguir, um cartaz que 
circulou em 2014:
 Saiba mais
Para saber mais sobre o Sipaf, leia: 
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Agrário. SAF. Brasília, 2015. 
Disponível em: <http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf‑sipaf/sobre‑o‑
programa>. Acesso em: 14 maio 2015.
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf
É um programa de crédito que permite acesso a recursos financeiros para o 
desenvolvimento da agricultura familiar, beneficiando agricultores familiares, assentados 
da reforma agrária e povos e comunidades tradicionais, que podem fazer financiamentos 
de forma individual ou coletiva, com taxas de juros abaixo da inflação. 
Tem o propósito de facilitar a execução das atividades agropecuárias, ajuda na compra 
de equipamentos modernos e contribui com o aumento da renda e melhoria da qualidade 
de vida no campo.
São as linhas de crédito do Pronaf:
• Pronaf Custeio: financia atividades agropecuárias e de beneficiamento ou 
industrialização e comercialização de produção própria ou de terceiros agricultores 
familiares enquadrados no Pronaf. 
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• Pronaf Investimento (Mais Alimentos): financia máquinas e equipamentos visando 
à melhoria da produção e de serviços agropecuários ou não agropecuários, no 
estabelecimento rural ou em áreas comunitárias rurais próximas. 
• Microcrédito Rural: atende os agricultores de menor renda. Permite o financiamento 
das atividades agropecuárias e não agropecuárias, podendo os créditos cobrirem 
qualquer atividade que possa gerar renda para a família atendida. 
• Pronaf Agroecologia: financia investimentos dos sistemas de produção 
agroecológicos ou orgânicos, incluindo os custos relativos à implantação e 
manutenção do empreendimento. 
• Pronaf Mulher: linha oferecida especialmente para as mulheres. Financia investimentos 
de propostas de crédito, independentemente do estado civil da mulher. Pode ser usado 
para investimentos realizados nas atividades agropecuárias, turismo rural, artesanato 
e outras atividades no meio rural de interesse da mulher agricultora.
• Pronaf Eco: investimento para implantação, utilização ou recuperação de tecnologias 
de energia renovável, biocombustíveis, armazenamento hídrico, pequenos 
aproveitamentos hidroenergéticos, silvicultura e recuperação do solo.
• Pronaf Agroindústria: financia investimentos, inclusive em infraestrutura, que visam 
ao beneficiamento, processamento e comercialização da produção agropecuária e 
não agropecuária, de produtos florestais e do extrativismo ou de produtos artesanais, 
e à exploração de turismo rural.
• Pronaf Semiárido: financia projetos de convivência com o Semiárido, focados 
na sustentabilidade dos agroecossistemas, que priorizem infraestrutura 
hídrica e implantação, ampliação, recuperação ou modernização das demais 
infraestruturas, inclusive aquelas relacionadas com projetos de produção e 
serviços agropecuários e não agropecuários, de acordo com a realidade das 
famílias agricultoras da região Semiárida. 
• Pronaf Jovem: financia propostas de crédito de jovens agricultores e agricultoras 
com idade entre 16 e 29 anos. Os recursos são destinados à implantação, ampliação 
ou modernização de produção e serviços nos estabelecimentos rurais. 
• Pronaf Floresta: financia projetos para sistemas agroflorestais, como exploração 
extrativista ecologicamente sustentável, plano de manejo florestal, recomposição e 
manutenção de áreas de preservação permanente e reserva legal e recuperação de 
áreas degradadas. 
• Pronaf Custeio e Comercialização de Agroindústrias Familiares: destinada aos 
agricultores e suas cooperativas ou associações, para que financiem as necessidades 
de custeio do beneficiamento e industrialização da produção própria ou de terceiros.
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• Pronaf Cota‑Parte: financia investimentos para a integralização de cotas‑partes dos 
agricultores familiares filiados a cooperativas de produção ou para aplicação em 
capital de giro, custeio ou investimento.
Adaptado de: Brasil ([s.d.]b, p. 9‑12). 
 Saiba mais
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa – disponibiliza 
na internet um arquivo com dados de módulos fiscais, por município:
LANDAU, E. C. et al. Variaçãogeográfica do tamanho dos módulos 
fiscais no Brasil. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2012. (Embrapa 
Milho e Sorgo. Documentos, 146). Disponível em: <http://www.infoteca.
cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/949260/1/doc146.pdf>. Acesso 
em: 14 maio 2015. 
4.2 Agricultura familiar no mundo 
Durante a 38a Conferência da Food and Agriculture Organization of the United Nations – FAO –, 
a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura definiu o conceito de “agricultura 
familiar” que, segundo o Comitê Brasileiro para o Ano Internacional da Agricultura Familiar, Camponesa 
e Indígena (2014), tem a seguinte redação: 
[...] forma de organizar a produção agrícola, florestal, pesqueira, pecuária 
e aquícola que é gerenciada e administrada por uma família e depende 
principalmente da mão de obra de seus membros, tanto mulheres quanto 
homens. A família e o estabelecimento estão relacionados entre si, evoluem 
conjuntamente e combinam funções econômicas, ambientais, reprodutivas, 
sociais e culturais.
Há, atualmente, mais de 570 milhões de estabelecimentos da agricultura no mundo, sendo 500 
milhões de agricultura familiar, responsáveis por 56% da produção agrícola e pecuária do planeta, 
e incluindo pequenos e médios agricultores, camponeses, povos indígenas, comunidades tradicionais, 
pescadores, pequenos pecuaristas, coletores e diversos outros grupos. Juntos, três bilhões de agricultores 
familiares camponeses e indígenas constituem mais de um terço da humanidade e produzem cerca de 
70% dos alimentos no mundo. Apesar disso, a maioria das pessoas em situação de insegurança alimentar 
vive no campo: dos 850 milhões de pessoas subnutridas no mundo, 75% vivem em áreas rurais. Na 
América Latina e Caribe, são 47 milhões de pessoas (COMITÊ BRASILEIRO ANO INTERNACIONAL DA 
AGRICULTURA FAMILIAR E INDÍGENA, 2014).
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REDES NO AGRONEGÓCIO/COOPERATIVAS
 Saiba mais
Sugerimos a leitura do relatório da FAO (disponível em inglês) sobre o 
estado da insegurança alimentar no mundo, de 2013:
FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS – 
FAO. The state of food insecurity in the world: the multiple dimensions of 
food security. Roma: FAO, 2013a. Disponível em: <http://www.fao.org/3/a‑
i3434e.pdf>. Acesso em: 14 maio 2015. 
4.3 Selo do Ano Internacional da Agricultura Familiar da FAO
Por ocasião do Ano Internacional da Agricultura Familiar da FAO, em 2014, os Correios brasileiros 
imprimiram uma série de selos comemorativos.
Entre as diversas formas de produção rural, durante muito tempo, a agricultura familiar – entendida 
como a agricultura de pequenas e eficientes propriedades mantidas por famílias – foi abandonada em 
prol de alternativas na cadeia do agronegócio que contavam com tecnologia para produção em grande 
escala. A História nos mostra que essa decisão não foi das mais acertadas; porém, houve um novo 
despertar para a agricultura familiar, que, com tecnologia e conhecimento, também é capaz de produzir 
em quantidade e com excepcional qualidade.
O selo representativo da agricultura familiar dos Correios, de autoria da artista Isa Frantz, mostra 
a rotina de agricultores dedicados à produção de alimentos e é repleto de informações visuais sobre a 
produção agrícola em ambiente familiar.
 Saiba mais
Para conhecer mais detalhes sobre o selo comemorativo ao Ano 
Internacional da Agricultura Familiar e filatelia em geral, leia:
SELOS E FILATELIA. 2 de junho de 2014: 2014 – Ano Internacional 
da Agricultura Familiar (Emissão especial). 2014. Disponível em: <http://
www.selosefilatelia.com/PastaLancamentos2014/011.html>. Acesso em: 
14 maio 2015.
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Unidade II
 Resumo
Nesta unidade tivemos a oportunidade de estudar o conceito de 
produção, que é o ato de produzir, engendrar, procriar, criar, procurar, 
originar, ocasionar e fabricar, mas que também leva à rentabilidade, ou 
seja, ao lucro.
Os fatores de produção da economia são cinco, mas dentro deles a tecnologia 
e a capacidade empresarial são cada vez mais cruciais ao agronegócio. 
Relembramos a participação do Brasil em uma das primeiras 
Exposições Universais, na França em 1889, onde o País, ainda Império, já 
se mostrava um grande produtor de artigos agrícolas, abrigando o que 
hoje denominamos agronegócio. 
E passamos a estudar a agricultura familiar, que na definição da 
FAO (2013a) é um meio de produção que combina trabalho familiar, 
desenvolvimento econômico, meio ambiente, ações sociais e cultura. 
A agricultura familiar, presente em todos os países, com economia 
desenvolvida ou em desenvolvimento, vinha nos últimos anos sendo 
ignorada pelas autoridades públicas, apesar de empregar, segundo 
dados da FAO (2013a), cerca de 2,6 bilhões de pessoas em todo o 
mundo. O setor de agricultura familiar sozinho ocupa 30% população 
do planeta!
O problema é que a agricultura familiar, que ocupa cerca de 99% 
das pessoas que se dedicam à agricultura, é formada por famílias 
pulverizadas, que possuem pequenas propriedades rurais e têm 
produção limitada com baixo agregado tecnológico. Essas características 
dificultam ou mesmo impedem que essas famílias entrem nas redes e 
cadeias do agronegócio. 
Verificamos que no Brasil está ocorrendo um esforço para que os 
produtos originados da agricultura familiar sejam identificados e para 
que se valorizem os artigos naturais, a educação ambiental e, sobretudo, 
os produtos orgânicos, pelos quais os consumidores não se importam em 
pagar um pouco a mais. Valoriza‑se cada vez mais a agricultura familiar, 
mas ainda há muito que avançar. 
Como profissional do agronegócio, talvez a agricultura familiar seja um 
dos segmentos com o qual você poderá contribuir, ajudando no sucesso 
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dessas famílias, o que beneficia a sociedade e diminui as limitações ao 
crescimento dos negócios rurais e, em consequência, ao desenvolvimento 
autêntico do Brasil. 
Estudaremos agora o mercado e o conceito de cadeia de produção.
 Exercícios
Questão 1. A agricultura familiar é comumente encontrada no Brasil. Há um senso comum de que 
na atualidade, para ser rentável, a produção agrícola deve ser realizada sempre na forma de um negócio 
de grande porte, com a mesma organização da indústria e do comércio. Nesse sentido, parece que a 
agricultura familiar é sempre destinada à subsistência da família, com poucas sobras para vender em 
feiras pelo interior. Para poder ter uma opinião mais segura sobre o assunto, é necessário compreender 
que a agricultura familiar é aquela:
I – Desenvolvida por uma família consanguínea, normalmente composta de pai, mãe e filhos. A 
integração de parentes distantes ou de agregados descaracteriza a unidade de produção familiar para 
os efeitos da lei.
II – Que utiliza mão de obra predominantemente familiar na produção, não excluindo, porém, a 
possibilidade de a família contar com algum tipo de contratação ou parceria de pessoas que não sejam 
da família.
III – Que não é proprietária de mais de quatro módulos fiscais, medida estabelecida pela lei para 
caracterizar a quantidade de terra que uma unidade de agricultura familiar pode utilizar para desenvolver 
sua produção.
IV – Valorizada pelo poder público, porque favorece o emprego de práticas produtivas ecologicamente 
mais equilibradas, como a diversificação de cultivos, o menor uso de insumos industriais e a preservação 
do patrimônio genético.
V – Que, mesmo se tratando de uma unidadede produção familiar, não tem impedimentos em 
incorporar conhecimento e tecnologia capazes de tornar a pequena área produtiva e competitiva na 
produção agrícola.
Assinale a alternativa que contém apenas as afirmativas corretas: 
A) I, III e V. 
B) II, III e V.
C) I e V.
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Unidade II
D) II, III, IV e V. 
E) I, II, III, IV e V. 
Resposta correta: alternativa D.
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta. 
Justificativa: a afirmativa I está incorreta porque a agricultura familiar não se caracteriza pelo 
trabalho apenas de membros consanguíneos de uma família. Também parentes não consanguíneos, 
como sogras, cunhados podem trabalhar na unidade de produção, assim como empregados ou 
parceiros, aqueles que receberão parte da produção para utilizarem ou para comercializarem. A 
afirmativa III está correta, porque esse limite foi criado pelo Instituto Nacional de Colonização e 
Reforma Agrária – Incra, órgão oficial do governo federal para administrar questões referentes à terra 
no Brasil. A afirmativa V está correta porque a tecnologia e o conhecimento podem ser incorporados 
por unidades familiares de produção e, assim, permitirem maior quantidade e qualidade dos produtos 
agrícolas, o que facilitará sua comercialização. 
B) Alternativa incorreta. 
Justificativa: as afirmativas II, III e V estão corretas, mas faltou mencionar a afirmativa IV, que 
também está correta.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: a afirmativa I está incorreta e as afirmativas III e V estão corretas, conforme 
explicitado. 
D) Alternativa correta. 
Justificativa: as afirmativas II, III e V estão corretas conforme explicitado anteriormente, e a afirmativa 
IV também está correta, porque a agricultura familiar é analisada como forma de favorecer a utilização 
de práticas produtivas ecologicamente mais equilibradas, como a diversificação de cultivos, o menor uso 
de insumos industriais e a preservação do patrimônio genético.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: a afirmativa I está incorreta e as afirmativas II, III, IV e V estão corretas, conforme 
já explicitado.
Questão 2. Você é administrador de um supermercado no interior de Pernambuco, numa cidade 
pequena com cerca de 40 mil moradores, em uma região em que a atividade econômica é marcada 
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REDES NO AGRONEGÓCIO/COOPERATIVAS
pela produção agrícola familiar. Em um encontro da Associação Comercial da cidade, o secretário de 
economia do município manifesta preocupação com a produção agrícola e pede apoio dos comerciantes 
para que contribuam com ideias para incentivar a produção do município, de forma a aumentar o ganho 
da população e, consequentemente, o consumo, o que será bom para todos: empresários, moradores 
e comerciantes. O secretário esclarece que a prefeitura tem poucos recursos para investir em políticas 
públicas e precisa de boas ideias. Você então levanta a mão e sugere aos participantes da reunião:
A) Que o governo municipal peça recursos para o governo estadual e invista em indústrias para 
a região.
B) Que o governo municipal procure conhecer melhor o trabalho do Pronaf – Programa Nacional de 
Fortalecimento da Agricultura Familiar –, que tem linhas de crédito muito interessantes, inclusive 
para que as mulheres desenvolvam atividades com artesanato, o que poderia ser um diferencial 
econômico para a região.
C) Que os comerciantes reduzam os preços dos produtos que comercializam para poder atingir um 
nível de consumo maior.
D) Que o governo municipal incentive o superendividamento da população junto aos bancos para 
aumento do consumo, porque eventual inadimplência afetará somente aos bancos, que são 
economicamente mais poderosos do que o comércio local.
E) Que o governo municipal reduza a tributação para que os trabalhadores possam consumir mais.
Resolução desta questão na plataforma.

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