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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP UNIP EAD PAULO CESAR MAXIMIANO PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR VIII – PIM VIII TERRA SANTA E O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Local: MARÍLIA/SP Ano: 2018 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP UNIP EAD PAULO CESAR MAXIMIANO PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR VIII – PIM VIII TERRA SANTA E O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Nome: PAULO CESAR MAXIMIANO - RA: 1711742 Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM VIII, apresentado como um dos pré-requisitos para aprovação do bimestre vigente, no Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Agronegócio. Semestre: 8º BIMESTRE Orientação: Bruno Caputo Polo: Marília /SP Local: MARÍLIA/SP Ano: 2018 AGRADECIMENTOS Agradecimentos especiais a minha esposa que sempre me acompanhou em todas as batalhas da vida a muitos anos e que faz parte desse próximo passo! Agradeço meus pais e meus filhos, por também ser semente e fruto de minha vida. Agradeço a UNIP e aos professores da casa por me proporcionarem ótimo ensino com muita dedicação. Agradeço sempre a Deus por ter me dado tudo o que conquistei. RESUMO O projeto integrado multidisciplinar deste bimestre, composição da escola Unip interativa, procura integrar os estudos das matérias bimestrais com alguma empresa, nesse encontro das três atuais, sendo elas o Planejamento Estratégico, a Agricultura sustentável e as Cadeias produtivas, correspondendo essas ao bimestre de número oito. Dentre as três disciplinas, explicarão situações práticas de cada uma delas encontradas na empresa escolhida, de capital aberto, para a aplicação de teorias vistas durante o percurso desse bimestre. Sua intenção é analisar a atuação da empresa e refletir suas ideias em conteúdos sedimentados, para que com confiança possam ser feitos apontamentos críticos e positivos, ao passo do qual a empresa atue com excelência ou não. Palavras-chave: Planejamento, Agricultura, Cadeias produtivas. ABSTRACT The integrated multidisciplinary project of this bimester, composition of the Unip interactive school, seeks to integrate the studies of bimonthly subjects with some company, in this meeting of the current three, being these Strategic Planning, Sustainable Agriculture and Productive Chains, corresponding these to the bimester of number eight. Among the three disciplines, they will explain practical situations of each one of them found in the chosen company, open capital, for the application of theories seen during the course of this two-month period. Its intention is to analyze the performance of the company and reflect its ideas in sedimented content, so that with confidence can be made critical and positive notes, to which the company acts with excellence or not. Keywords: Planning, Agriculture, Productive Chains. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 8 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................................... 9 A TERRA SANTA AGRO SOCIEDADE LIMITADA .............................................................. 9 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ..................................................................................... 12 AGRICULTURA SUSTENTÁVEL ........................................................................................ 17 CADEIAS PRODUTIVAS .................................................................................................... 20 CONCLUSÃO...................................................................................................................... 25 REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 26 8 INTRODUÇÃO Começando as intenções do atual projeto, a introdução se reserva em adentrar e identificar os principais temas a ser tratado no presente trabalho bimestral. O primeiro passo é entender qual a empresa que vai ser analisada, e o que ela apresenta de bom para as teorias aprendidas. Essa empresa foi selecionada pelo seu capital aberto, e por isso nos permite boas explanações sobre o tema. A empresa em comento é a TERRA SANTA, a qual tem como função principal a produção agrícola, como será mais bem detalhada adiante. Seguindo no ritmo de conteúdo, a primeira e principal disciplina vai tentar identificar situações de planejamento estratégico da TERRA SANTA, no sentido de suas intenções de mercado, missão, valores, entre outros parâmetros em que marcam a postura empresarial Em segundo momento, será vista a agricultura sustentável, tentando entender se a indústria em estudo obtém situações sustentáveis na seara de sua produção agrícola, diretamente com os grãos e mediante qualquer outro produto secundário que produza. Como última matéria do presente bimestre, as cadeias produtivas serão tentadas através de tabelas e resultados que no seu passo a passo serão objetos de análises para entender a cadeia produtiva e poder concluir se a mesma apresenta números expressivos e/ou razoáveis. Ao final, ponderações conclusivas serão postas a fim de apontar situações e objetos que compõem a empresa e no que a lhe permite melhorar ou continuar em suas expansões. Em que pese, os instrumentos de pesquisa serão a própria empresa no sentido prático, desde que possíveis às visitas, além de relatórios apresentados pela própria empresa, além dos conteúdos teóricos tais quais livros, apostilas da faculdade, artigos e sites com fontes confiáveis que nos permita apresentar conteúdo de alto desempenho. 9 DESENVOLVIMENTO A TERRA SANTA AGRO SOCIEDADE LIMITADA A TERRA SANTA deve ser escolhida para referido trabalho tendo em vista a sua enorme incidência sobre o tema cursado, visto trabalhar no ramo do agronegócio, principal partícula do presente curso. Nesse sentido, a sua aplicação poderá ser direta aos conteúdos buscados, cada qual em sua esfera. “A Terra Santa, é uma sociedade anônima, constituída no Brasil, possuindo o status de Companhia Aberta deferido pela CVM em 9 de novembro de 2006. Em 10 de novembro de 2006, foi realizada a Oferta Pública Inicial de Ações”. (TERRA SANTA, 2018). “A Terra Santa, é o resultado da incorporação de três empresas: Brasil Ecodiesel, Maeda Agroindustrial e Vanguarda Participações” (TERRA SANTA, 2018). Essas duas últimas empresas citadas, foram as quais deram mais ênfase no modelo de negócios voltados mais para o agronegócio de grãos e fibras que a TERRA SANTA buscou posicionar-se. (TERRA SANTA, 2018). Fonte: http://www.terrasantaagro.com/ 10 Fonte: http://www.terrasantaagro.com/ Alguns feitos durante o longo do crescimento das três empresas incorporadas devem ser destacados, tais quais, A Brasil Ecodiesel era a única e exclusiva produtora de biodiesel em 2003, permitindo em 2006 suas negociações na Bovespa, hoje chamada de B3. Em 2010, houve a incorporação da Maeda Agroindustrial com produção de soja, algodão e milho. Já em 2011 foi vez da Vanguarda fazer parte da corporação, também nos mesmos, algodão, milho e soja. Com isso, em 2012, aumentou-se consideravelmente o capital da empresa, provocando a entrada de grandes acionistas e consequentemente aumentando sua estrutura acionária, o que será vista adiante. (TERRA SANTA, 2018). “Em janeiro de 2013, a Companhia inicia seu processo de turnaround operacional, cujo objetivo era a busca pela eficiência operacional e rentabilidade dos negócios” (TERRA SANTA, 2018). Neste sentido, investiu-se pesado em maquinário, uma nova hierarquia, novas vozes de comando e de diretoria, com organização mais precisa e respeitada. Em relação aos números dos equipamentos a empresa coleciona 512 equipamentos agrícolas, sendo 437 próprios, 9 unidades de armazenagem, sendo 5 próprias e 3 algodoeiras também próprias. (TERRA SANTA, 2018). Em sentido corporativo, a empresa se posiciona como “produtora de commodities agrícolas, com foco na produção de soja, milho e algodão e valorização de terras. Possui 7 unidades de produção estrategicamente localizadas no estado brasileiro do Mato Grosso, por este apresentar condições favoráveis ao agronegócio, totalizando uma área sob gestão de aproximadamente 156,6 mil hectares.” (TERRA SANTA, 2018). Importante frisar sua atuação na bolsa de valores, a qual negocia 11 suas ações, em uma sonora quantidade de 17.914.118 milhões de ações ordinárias desde 2006. Sobre tais informações sobre as ações da empresa, abaixo quadro expositivo: Terra Santa Agro S.A. Segmento de listagem (B3) Novo Mercado Oferta Pública de Ações (IPO) 2006 Código BM&Fbovespa TESA3 Código Bloomberg TESA3 BZ Código Reuters TESA3.SA Setor de atuação (classificação da BM&FBovespa) Consumo não Cíclico / Agropecuária / Agricultura Código ISIN BRTESAACNOR2 Quantidade de ações 17.914.118 ações ordinárias Fonte: http://www.terrasantaagro.com/ Sendo assim, de uma forma bem resumida a exposição dos principais produtos da TERRA SANTA AGRO SA, no que concerne também o centro dos estudos do projeto integrado, seus produtos Agro, a fim de bem gerencia-los, bem como suas informações financeiras sobre investimentos presente na bolsa que se tornam presentes e relevantes. A seguir, passa-se à teoria de cada disciplina, cada qual abrangendo situações da mesma empresa, conforme possível e aplicável. 12 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO O planejamento estratégico é a primeira disciplina do projeto integrado. Essa disciplina pretende definir direções para a empresa, coligando missões, valores e estratégias que a indústria possui com a finalidade futura. Neste intento, serão buscadas situações de melhora e de efetividade nas questões que se relacionam intimamente com o crescimento da TERRA SANTA AGRO. A primeira análise a se fazer é perceber quais são as missões, os valores e os princípios inerentes à indústria em enfoque. Nessa sistemática, a partir daí buscar associar ações da empresa com as balizas encontradas. Sobre a missão, essa visiona principalmente demonstrar o foco da empresa em relação ao seu mercado atuante, sua comunidade, de uma forma que aquilo se torne algo agarrado as características mais intrínsecas daquele grupo empresarial. (MORAES, 2012) Nesse sentido, a missão da TERRA SANTA é “Atuar com excelência e de forma sustentável na produção agrícola e no desenvolvimento de terras, contribuindo para a prosperidade de nossos clientes, fornecedores, colaboradores e acionistas” (TERRA SANTA, 2018), ou seja, demonstra aqui um compromisso com a sustentabilidade como perfil da empresa, além de se preocupar com seus parceiros e clientes de forma a aperfeiçoar a excelência. Neste intento, a visão da TERRA SANTA é a de “Ser até 2020 a melhor empresa de produção agrícola e de desenvolvimento de terras do Brasil”. (TERRA SANTA, 2018) Ao que se conhece pelo conceito de visão, é uma pretensão adequada e possível, no sentido de direcionar a empresa para um futuro próximo, conforme recorda Moraes nas palavras de Oliveira quando reforça que “é a maneira pela qual a empresa vê a si própria no futuro, dentro do mercado e da comunidade, no meio ambiente no qual atua, tanto como entidade isolada como na comparação com as demais empresas, concorrentes ou não”. (OLIVEIRA, 1998, p. 63 apud MORAES, 2012, p. 43) Já em relação aos princípios, esses foram detalhados com mais robustez pela TERRA SANTA AGRO, conforme previstos a seguir: 13 - Relacionamento Privilegiamos uma relação de longo prazo, íntegra, direta e transparente com nossos clientes, colaboradores, acionistas, fornecedores e a sociedade. Honramos os compromissos assumidos. - Comprometimento Somos comprometidos. Nós nos sentimos "donos do negócio". Temos paixão e orgulho pelo nosso trabalho. Sabemos que as nossas ações estão diretamente associadas ao desenvolvimento e sucesso da Terra Santa Agro. Valorizamos o trabalho em equipe, acreditamos no compartilhamento de informações e responsabilidades. Celebramos as vitórias e os resultados sustentáveis da Companhia e o nosso esforço para alcançá-los. Somos eternos inconformados. Sabemos que no nosso ramo as variáveis são dinâmicas e as conquistas de hoje não garantem o sucesso de amanhã. Sempre teremos algo a mais a buscar. Visamos a permanente melhoria dos resultados, processos e pessoas, através de planejamentos integrados, utilização das melhores tecnologias, delegação responsável, disciplina na execução, com coerência e simplicidade. - Simplicidade Somos diretos e francos e utilizamos uma linguagem acessível à todos. Nossos processos e estrutura simples aceleram a tomada de decisão, nos permitindo transformar ideias em resultados, atingindo as expectativas. Na Terra Santa Agro somos todos VOCÊ, desde que seja com educação e respeito. Não temos medo de fazer o simples. Evitamos a burocracia e fazemos o que tem que ser feito. - Valorização de Pessoas Sabemos que as pessoas que compõem nossa equipe são o capital mais importante para a perpetuação do nosso negócio. Sua realização, seu bem estar e contínua capacitação, tanto individual como em equipe, em todas as etapas do percurso profissional, é o caminho para a nossa perenidade. Promovemos o desenvolvimento das pessoas, valorizamos e reconhecemos o desempenho e as competências. Celebramos e reconhecemos o desempenho individual e coletivo. - Perenidade Temos um mundo em franco crescimento. Acreditamos que a cultura de grãos em grande escala é primordial para alimentar a todos de uma forma digna e respeitosa. Tudo o que fazemos impacta no todo. Nossos produtos, nossas ações e nossas relações geram repercussões nas pessoas, no meio e em nós mesmos. Acreditamos que o nosso relacionamento proativo, respeitoso para com elas é uma relação ganha-ganha. Temos vontade de fazer junto para criar riqueza e contribuir para a evolução da sociedade e seu desenvolvimento sustentável. Acreditamos que todas as formas de vida devem ser respeitadas. Cuidamos para que o nosso impacto no mundo seja ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável no longo prazo. (TERRA SANTA, 2018) Sobre a conceituação de princípios e valores coligados ao planejamento, estes “são o entendimento e as expectativas que descrevem o que a empresa 14 valoriza e pautam o comportamento e a conduta de seus profissionais”. (MORAES, 2012, p. 43) Feito os parâmetros sobre as missões, valores e visão da TERRA SANTA, deve-se confrontar a gama de informações mediante a postura da empresa. E a primeira grande oportunidade é perante a missão de ser uma empresa sustentável em sua atividade. Fazendo um parênteses, a agricultura sustentável é tema da próxima disciplina e é uma das missões da empresa. Desta forma, será intentada posteriormente. O relacionamento com os clientes é ponto relevante, ao passo de possuir acionistas investindo na bolsa de valores, e por isso a TERRA SANTA disponibiliza informativos de resultados, planilha de eventos, cotações e gráficos, demonstrações financeiras, comunicados e fatos relevantes, além de atas de assembleias da diretoria, entre outros. Isso corrobora o comprometimento e o relacionamento demonstrados também como princípios da referida empresa. Sobre a visão de futuro da empresa, alguns dados revelam o crescimento em sentido ao pretendido da empresa, no que tange se tornar a melhor empresa do agronegócio sustentável do Brasil. A seguir, pode-se concluir que mais uma premissa do planejamento almejado pela TERRA SANTA está se realizando conforme a apresentação dos resultados em notícia veiculada em 2018, sendo a primeira apresentando lucros obtidos no atual momento, bem como a segunda como pretensão de lucro para 2019, a seguir cada uma delas: Lucro da Terra Santa Agro aumenta 31,5%, para R$ 38 milhões – Revista Istoédinheiro (09/05/2018) São Paulo, 09 – A Terra Santa Agro, uma das maiores produtoras de grãos e fibras do País, obteve lucro líquido de R$ 38 milhões no primeiro trimestre de 2018, disse a companhia nesta quarta-feira, 9. O resultado representa aumento de 31,5% ante igual período do ano passado, quando a companhia lucrou R$ 28,9 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado cresceu 24,6% na mesma comparação, para R$ 54,2 milhões. A margem Ebitda ajustada subiu 1,8 ponto porcentual, passando de 16,9% para 18,7%. A receita líquida aumentou 5,7%, para R$ 359,6 milhões. A companhia atribuiu o resultado à safra “excelente” de soja. A produtividade média das lavouras ficou em 3.558 quilos por hectare, ou 59,3 sacas/ha, 7,6% acima da média estimada para o Mato Grosso pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “As culturas de 2ª safra de algodão, milho e girassol apresentam-se em fase de desenvolvimento, com expectativas de produtividade dentro do planejado pela companhia”, 15 informou. (Fonte: https://www.istoedinheiro.com.br/lucro-da-terra-santa- agro-aumenta-315-para-r-38-milhoes/) Terra Santa Agro: plantio de algodão deve crescer 10% na safra 2018/19 – Revista Istoédinheiro (01/11/2018) São Paulo, 1 – A Terra Santa Agro revisou para cima a intenção de plantio de algodão na safra de 2018/19. Em teleconferência para análise dos resultados do terceiro trimestre, o diretor presidente e de Relações com Investidores da companhia, Jose Humberto Prata, estimou crescimento da lavoura de 10%. Em agosto, a expectativa era de um aumento de 2,4%. Nesta temporada, o plantio da cultura deve atingir 35,9 mil hectares e a projeção para produtividade é de 271,4 arrobas por hectare. O custo de produção estimado para o algodão de segunda safra é de R$ 7.504 por hectare, 13% acima do verificado na safra de 2017/18. “Apesar de ser cedo para prever, a estimativa de produtividade do algodão é positiva e os preços internacionais somados ao prêmio para a safra de 2018/19 estão melhores em relação ao mesmo período do ano passado”, afirmou o executivo.No ciclo anterior, de 2017/18, a produtividade do algodão bateu recorde de 287,9 arrobas por hectare, 7,34% superior ao rendimento registrado em 2016/17. No terceiro trimestre do ano fiscal de 2018, o volume faturado com algodão em pluma atingiu 7.272 toneladas, aumento de 1,6% no comparativo anual. Já a receita líquida da cultura cresceu 36,9%, para R$ 46,39 milhões. O desempenho é resultado do aumento no preço médio da cultura, que subiu 34,8%, para R$ 6.380 por tonelada. No segmento de algodão em caroço, a quantidade faturada alcançou 33.112 toneladas, 37,2% mais que no terceiro trimestre de 2017. Em contrapartida, a receita líquida caiu 10,7%, para R$ 10,59 milhões, já que o preço médio baixou 34,9%, a R$ 320 por tonelada. (Fonte: https://www.istoedinheiro.com.br/terra-santa-agro-plantio-de-algodao-deve- crescer-10-na-safra-2018-19/) Essa é uma preocupação evidente com sua clientela, bem como com sua própria objetividade, tanto que a tem isso como visão para 2020 almejar um patamar além do atual. Desta forma, relevante dizer que esses resultados e essas prospecções são comprovações seguras do bom direcionamento das visões e missões da empresa. Outro quesito que ganha relevância é em relação à valorização das pessoas. A agroindústria em comento tem trabalhos sociais que relevam não só os próprios funcionários, mas a comunidade em torno da indústria, como forma de inserção no mercado de trabalho e de não marginalização do jovem aprendiz. Outro ponto é a seleção de pessoas com deficiência para os quadros de funcionários da empresa, como estímulo da inclusão social daqueles que não possam competir por uma vaga com pessoas com aspectos mais vantajosos que aquelas. 16 Ao que se percebe é que a empresa, perante a estrutura montada em diversos focos de mercado, posição acionária e sustentabilidade como preocupação industrial, se pauta em um planejamento demasiadamente bem estruturado. Aparenta partir em ações sistêmicas, devido ao seu leque de áreas e leque de produções, cada qual possuindo um ritmo e uma sistemática de segmento. Sendo assim, conclui-se que devido a um bom planejamento estratégico feito pela empresa, conforme uma análise feita em alguns pontos oriundos da missão, visão, valores e princípios coletados da empresa, há uma sintonia entre os resultados e a postura da empresa, perante ao que foi visto e apresentado pela mesma. Os resultados são expressivos quanto a fome de crescimento, a postura sustentável corrobora perante as ações da empresa e sua preocupação com a reposição ambiental, bem como outros pequenos exemplos, como a própria contratação de pessoal com um cunho mais social e pensando sempre na sociedade como um todo. A partir daqui, merece a atenção voltada para o tema da agricultura sustentável, algo bem destacado na TERRA SANTA AGRO quando de sua atuação no mercado agroindustrial. 17 AGRICULTURA SUSTENTÁVEL Iniciando os ensinamentos da agricultura sustentável, esse tema busca entender em como a produtividade da área agrícola pode contribuir ao meio ambiente e não ser degradante no que tange a extração de seus recursos, sem uma devida reposição. Nesse sentido, é necessário buscar dentro da TERRA SANTA técnicas que justifiquem essa atitude sustentável. O primeiro grande exemplo e não poderia ser diferente é em relação ao cultivo de árvores na extração de madeiras que se pretende na fazenda Iporanga, na cidade de Nova Maringá, em Mato Grosso. Conforme a própria empresa explica, há um cuidado especial para que haja um licenciamento ambiental na área de mais de 12 mil hectares para que essa extração seja permitida: A Fazenda Iporanga é composta por uma área coberta de vegetação nativa inserida no Bioma da Floresta Amazônica. A Companhia preparou um Projeto de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) licenciado pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Mato Grosso (SEMA-MT) no intuito de explorar as árvores existentes de forma sustentável. Antes de atingir a fase da comercialização, existem alguns importantes processos que já estão em andamento, sendo eles: - Licenciamento Ambiental (Cadastro Ambiental Rural - CAR e Licença Ambiental Única - LAU) - Levantamento de Campo: seleção e identificação das espécies, cálculo de volume de cada espécie em metros cúbicos e confecção de mapas para o acompanhamento do Projeto de Manejo Florestal Sustentável (PMFS). Com a conclusão do demonstrado acima, o projeto será autorizado pela SEMA-MT e a Companhia poderá comercializar madeira de forma sustentável conforme as devidas aprovações dos órgãos ambientais. (TERRA SANTA, 2018) Essa medida é apontada pelo professor Adilson Camacho como uma das dez práticas sustentáveis a fim de adaptar a empresa para que apresente resultados não degradantes ao passo que essa sempre recompõe o meio ambiente ao seus status quo ante da extração. Nas sábias palavras de Camacho, além da exemplificada acima, algumas vistas na agroindústria em foco: 2. Plantio direto. Método de manejo em que a palha e os restos vegetais são deixados na superfície do solo. A terra é revolvida apenas no sulco no qual são depositados sementes e fertilizantes. As plantas infestantes são 18 controladas por herbicidas. Não existe preparo do solo, além da mobilização no sulco de plantio. O SPD brasileiro é indicado pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) como modelo de agricultura. 8. Manejo Integrado de Pragas (MIP). Implantado no país há 40 anos, o MIP é uma técnica que consiste em manter as pragas abaixo do nível em que causam danos econômicos para as lavouras. O manejo é uma alternativa proposta pela comunidade científica para diminuir o uso de agrotóxicos, que torna os insetos mais resistentes e causam contaminação dos alimentos e do lençol freático quando aplicados indiscriminadamente. 10. Tratamento de resíduos. Não é só o setor canavieiro que teve que achar destino correto para seus resíduos, como a vinhaça, que poluiu rios e matou peixes no passado. Desde 2003, a suinocultura investe no tratamento dos dejetos dos animais. A técnica mais eficiente provém dos biodigestores. Nestes equipamentos ocorre a fermentação da biomassa que dá origem ao biogás, usado na geração de energia, e no biofertilizante que tem eficiência comprovada nas lavouras. (CAMACHO, 2015, p. 92-94) O tratamento de resíduos é uma das ações promovidas pelo departamento de gestão ambiental dentre outras que se encaixam perfeitamente nos casos encontrados na TERRA SANTA. Algumas merecem menção, tais como a “Redução de resíduos sólidos por meio da verticalização da produção, na qual os subprodutos do processo produtivo, tais como resíduos de casquinha de soja, algodão e milho, são comercializados para empresas de fabricação de ração animal”, ou outras como “Destinação adequada dos resíduos sólidos gerados no processo de produção agrícola”, dentre outros dois bons exemplos, sendo o “Cultivo de eucaliptos, para suprir a demanda por lenha dos armazéns da Companhia” e a “Implantação de Projeto de Manejo Florestal Sustentável (P.F.M.S.) na ‘Fazenda Iporanga’, com área total de aproximadamente 12.200 hectares, visando à manutenção da floresta nativa existente na propriedade.” (TERRA SANTA, 2018) Em se tratando ainda sobre as práticas sustentáveis, cabe conceituar o que fora ensinado por Camacho, no sentido de apontar a TERRA SANTA como tendo um modelo “Plantations” que é aquele voltado à agroindústria, com grandes propriedades e alta produção. Se utiliza da forma de exploração de terra voltada ao agronegócio, geralmente com lavoura temporária, devido os grãos em comento serem de safra única por plantio, o que o autor repete o conceito de “Culturas temporárias”, exemplificando justamente com o milho, a soja e o algodão, produções da TERRA SANTA (CAMACHO, 2015, p. 62-65) 19 Neste apreço, se tem a crença de que alguns outros meios são usados como agricultura sustentável. Em que pese a TERRA SANTA foi o que encontrou-se sobre o tema, sentindo a falta um pouco de situações onde a tecnologia participasse também dessa preocupação agrícola sustentável. Em sentido de eficiência da coleta, do manejo a tecnologia desponta com ótima utilização, contudo em relação à preocupação de sustentabilidade isso não fora muito notado. Portanto, como ponto avaliativo, em sentido positivo, algumas medidas claras de agricultura sustentável, no que se refere ao replantio, tratamento de resíduos sólidos, reaproveitamento dos chamados subprodutos, etc. Nesse intento, a TERRA SANTA toma destaque. Em apreço negativo, a empresa deixa a desejar no uso da tecnologia como forma de intensificar as formas existentes ou até novas formas de se poupar o meio ambiente, destituindo-o ao seu estado inicial quando da não degradação. Ainda que demonstre uma preocupação ambiental fortíssima, com o uso de certificações ambientais inclusive, a empresa não amplia o leque de possibilidades dessa agricultura sustentável em linhas gerais. 20 CADEIAS PRODUTIVAS A última e destacada disciplina vai tratar precisamente do produto ofertado pela empresa, ou aqueles ofertados e cultivados na seara da TERRA SANTA AGRO. As cadeias produtivas aqui se enquadra no perfil dos grãos, ou seja, milho, soja e algodão, quem provém destes o álcool e o combustível e a energia elétrica, como produtos secundários. Aqui a tentativa será mostrar alguns momentos da cadeia produtiva desses grãos como sendo produtos primários da indústria ora estudada. De primeira, convém expor os três produtos e analisar cada qual com sua abrangência de produção, a seguir: Fonte: http://www.terrasantaagro.com/ De primeiro foco, a soja da TERRA SANTA tem alto índice do uso da tecnologia produtiva, “desde o preparo do solo até a utilização do maquinário destinado à colheita, além disso, possui curto período de produção quando comparado com outras culturas”. (TERRA SANTA, 2018) “O Brasil é um dos principais produtores e exportadores de soja do mundo e conta com padrões de eficiência e destaque, tornando a produção de soja economicamente importante para o país”. (TERRA SANTA, 2018) “O plantio, a colheita, a padronização e a armazenagem dos grãos são realizados pela Companhia em conformidade com elevados padrões de qualidade que contribuem para a excelência do produto final”. (TERRA SANTA, 2018). 21 Essas informações vem de encontro com o que a Embrapa Soja vem proponho no que tange à eficiência do manejo da soja no Brasil, tais exemplos como o melhoramento genético, técnicas de manejo que reduziram pestes nas plantações da TERRA SANTA, etc., além de muita tecnologia em maquinário capaz de alavancar a colheita da safra, com uma capacidade média de colheita de 4.000 ha/dia, mediante as colheitadeiras de grãos. Nessas lições, corrobora o professor Aldo Francisco Alves Neto, com os exemplos coletados da empresa: Trabalhos realizados pela Embrapa Soja sobre manejo de solos e rotacionamento de culturas resultaram em alteração total no processo de semeadura convencional, isto trouxe reflexos positivos na sustentabilidade dos sistemas produtivos. Esta, por exemplo, tem participado de forma decisiva no avanço dessa cultura nas regiões mais tropicais do Brasil, com parcerias, associando-se a produtores de sementes, através do programa de melhoramento genético, aumentando a capacidade de desenvolvimento de novas cultivares de soja. Essas cultivares respondem por mais de 50% do mercado brasileiro de sementes de soja. O desenvolvimento de técnicas de manejo integrado de invasoras e de pragas possibilitou uma redução na quantidade de pesticidas utilizados no controle de pragas. Junto a isso, o zoneamento climático, também desenvolvido pela Embrapa, permitiu indicar as áreas mais aptas para a produção de soja no País, aliado à caracterização dos principais fatores responsáveis por perdas ao longo do processo de colheita, junto com um programa de conscientização dos produtores sobre o volume dessas perdas (e quais fatores eram responsáveis por elas) que possibilitou uma redução significativa de perdas de quatro para dois sacos por hectare. Essas informações demonstram o quanto o desenvolvimento da pesquisa do cultivo de soja, assim como das demais produções agrícolas no País, são importantes para garantir sucesso nessas produções, gerando riqueza e desenvolvimento nacional. (ALVES NETO, 2015, p. 105) Em se tratando do milho como segundo elemento de produção da indústria abordada, este se destaca pelo baixo custo de produção, além de possuir uma cadeia muito simples e barata para a TERRA SANTA. “O milho constitui também importante cultura para formação de matéria orgânica no solo e na rotação de culturas, buscando assim um controle biológico das pragas de solo, muito comuns na monocultura.” (TERRA SANTA, 2018) “O Brasil é um dos maiores produtores de milho do mundo, destinando praticamente toda a produção ao consumo interno”. (SANTA TERRA, 2018) A seguir, algumas fotos da colheita do milho feito na unidade de produção “Mãe Margarida”, em Santa Rita do Trivelato, em Mato Grosso, região forte no cultivo do milho. 22 Fonte: http://www.terrasantaagro.com/ Já em relação ao algodão, essa linha de produção tem alto índice de utilização, por ter diversos meios de extrair do grão vários nichos de produto. Nesse sentido: Cultura de ciclo mais longo e com alta rentabilidade, o algodão também é de suma importância na agricultura brasileira, da qual se extrai como principal produto a pluma e, como subproduto, o caroço, que é rico em proteína e é utilizado na alimentação de bovinos. Além disso, a partir do caroço de algodão é obtido farelo, óleo e línter, produtos que têm demanda crescente no mercado interno e externo. O algodão cultivado nas unidades de produção da Terra Santa Agro é plantado principalmente em 2ª safra. O beneficiamento do algodão é realizado em 3 algodoeiras (próprias) e grande parte do produto final é destinada à exportação para países asiáticos e europeus. (TERRA SANTA, 2018) Os próximos gráficos e dados serão referentes ao cronograma da safra nos últimos dois anos, e em seguida, as informações da quantidade de área plantada por 23 safra, nos dois últimos dois anos, a fim de entender um pouco da cadeia produtiva da empresa, nos períodos e na dimensão em que atua. Plantio (ha) Mix de Culturas 2016/17 2017/18 Realizado Part. (%) 3ª Intenção de Plantio Part. (%) Realizado Part. (%) Soja 106.562 57% 103.869 61% 100.655 57% 1ª Safra 106.562 57% 103.869 61% 100.655 57% Algodão 27.144 15% 32.076 19% 31.861 18% 1ª Safra - - - - 3.206 0% 2ª Safra 27.144 15% 32.076 19% 28.655 16% Milho 51.204 28% 33.621 20% 41.261 23% 1ª Safra 3.640 2% 1.252 1% 380 0% 2ª Safra 46.523 25% 32.369 19% 31.361 18% Milho Alternativo 1.041 1% - - 9.520 5% Girassol 1.128 1% - - 1.862 1% Total 186.038 100% 169.566 100 % 175.639 100% Fonte: http://www.terrasantaagro.com/conteudo_pti.asp?idioma=0&conta=45&tipo=61531 24 Sendo assim, após uma análise de dados inerentes à safra, aos produtos, às cadeiras produtivas e estilos de manejo, criterioso concluir que a estrutura tecnológica da empresa permite que a grandeza na produção continue efetiva, conquiste bons resultados como os apresentados na última safra 2017/2018 com produtividade realizada de 287,9 @/ha de algodão, 7,3% superior à safra anterior e recorde da companhia, em uma área de 31,9 hectares com custo 1% inferior à safra anterior. A pretensão para a próxima temporada de safra é de um aumento de 13% de área cultivada com produtividade de 271,4 @/ha. (TERRA SANTA, 2018) No tocante aos resultados sobre o milho, em uma área de 31,2 mil hectares, houve o cultivo de 126,6 scs/ha na última safra, obtendo um aumento de 8% sobre os resultados anteriores e com previsão de diminuição na próxima safra em 18%, em se tratando do milho de alto potencial. (TERRA SANTA, 2018) Já em relação à soja, essa colheu em uma área de 101 mil hectares cerca de 59,3 scs/ha, com 1,2% percentual abaixo da última colheita, contudo com 3,5% acima da média do Estado do Mato Grosso, com estimativa de plantação pra safra 2018/2019 um pouco abaixo da anterior, no montante de 59,1 scs/ha. (TERRA SANTA, 2018) Alguns resultados mostram preocupação pois o custo da produção aumentou e isso pode e deve ser compensado através de novas técnicas de manejo a fim de alcançar mais economia. Contudo nem tudo pode ser resolvido tão somente com eficiência no campo, devido ao fato de alguns fatores de aumento serem provenientes de alta de impostos, armazenagem, transporte e novos investimentos em maquinários que serão fruto de melhora em safras futuras. De toda forma, a apresentação de resultados serviu para elucidar a grandeza da produtividade e o controle de como isso se dá, através de safras bem delineadas, plantações imensas e controle sobre toda essa produtividade, além de muita tecnologia. Entende-se, portanto, viabilizado o estudo das cadeias produtivas, com alguns detalhes sobre as produção, frente aos resultados das safras e da demonstração dos produtos e suas técnicas. 25 CONCLUSÃO Ao término do presente trabalho, cabem aqui algumas opiniões sobre a pesquisa e teoria apresentada referente à agroindústria TERRA SANTA AGRO S.A. Mencionando a primeira disciplina, o Planejamento estratégico trouxe os ensinamentos voltados para os princípios, missões e visões da empresa e com isso fora possível se a empresa era realmente direcionada aos focos propostos. A indagação é positiva ao passo que muitos exemplos de ações, práticas e resultados inerentes ao que a empresa entende para seu futuro. Ações positivas na maioria das vezes que confirma o bom planejamento proposto inicialmente, que vem sendo acolhido e colhendo bons resultados. Nesse seguimento, a Agricultura sustentável buscou inovação na postura da empresa na sua produção de grãos, no sentido de exemplificar situações em que a empresa pratica a agricultura sustentável. Nesse sentido uma crítica fora tecida, na área de implantação de tecnologia com essa finalidade, ou seja, sentiu-se pouco investimento tecnológico para buscar formas sustentáveis na produtividade, e tão somente tecnologia para eficiência produtiva, facilidades que não muito tinham a ver com a finalidade ecológica. A dica é a exploração desse campo tecnológico para outros momentos empresariais, inclusiva a agricultura sustentável. Sobre o tema das cadeias produtivas essas foram demonstradas através de informativos da empresa, bem como tabelas de safras e manejo, como forma de entender essas cadeias e concluir que são muito bem estruturadas frente às necessidades e possibilidades da empresa, principalmente após a demonstração dos resultados, embora alguns tenham pontuações negativas por motivos fora do contexto produtivo. 26 REFERÊNCIAS ALVES NETO, Aldo Francisco. Cadeias Produtivas II – Apostila UNIP - São Paulo: Editora Sol, 120 p. – 2015. CAMACHO, Adilson Rodrigues. Agricultura Sustentável. – Apostila UNIP - São Paulo: Editora Sol, 112 p. – 2015. MORAES, Renato Bulcão de. Planejamento Estratégico. – Apostila UNIP – São Paulo: Editora Sol, 136 p. – 2012. TERRA SANTA. Demonstrações de resultados. Disponível em: <http://www.terrasantaagro.com/default_pti.asp?idioma=0&conta=45> - Acesso em 03/11/2018.
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