Cáculo de Medicação

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Cálculo de medicação 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este material resgatará algumas operações matemáticas básicas que são 
premissas para a realização dos cálculos de medicação dos pacientes. Assim 
como, o passo a passo dos cálculos mais frequentes durante sua atuação, as 
métricas de medida e equivalência, as drogas padronizadas em unidades, o 
gotejamento de soro e a rediluição pediátrica. 
 
 
1 
Índice 
Índice..................................................................................... 1 
Revisão de operações matemáticas ................................................ 2 
Relevância do conhecimento ..................................................... 2 
Principais operações matemáticas .................................................. 2 
Multiplicação de números decimais................................................. 3 
Divisão de números decimais ....................................................... 4 
Relação de porcentagem ............................................................ 6 
Regra de três ........................................................................ 7 
Cálculo de medicação ............................................................... 9 
Introdução .......................................................................... 9 
Principais cálculos ................................................................. 9 
Métricas e medidas de equivalência ................................................ 9 
Cálculo de drogas padronizadas em unidades ..................................... 10 
Cálculo de gotejamento soro ...................................................... 12 
Diluição pediátrica ................................................................. 14 
Conclusão ........................................................................... 17 
Referências bibliográficas ............................................................ 18 
 
 
 
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Revisão de operações matemáticas 
Relevância do conhecimento 
O cálculo da dosagem de medicamentos é fundamental no exercício da 
enfermagem, e a realização dos cálculos de medicações se faz necessária para 
a administração da dose correta aos pacientes. 
O conhecimento técnico sobre o medicamento e seu mecanismo de ação é 
essencial para determinar a dose indicada a um paciente determinado. 
Um fator que torna o cálculo de medicação difícil para muitos profissionais é a 
falta de conhecimento das operações básicas de matemática, como adição, 
multiplicação, divisão, subtração e regra de três. 
A falta de conhecimento durante a execução dos cálculos pode levar a eventos 
adversos graves durante a terapia medicamentosa. 
Principais operações matemáticas 
O domínio destas operações matemáticas são premissas para a realização 
correta dos cálculos de medicação dos pacientes: 
 
 
 
 
 
3 
Multiplicação de números decimais 
Para multiplicar um número decimal por outro, proceda como se eles fossem 
números naturais, ou seja, um número inteiro não negativo como 1, 2, 3, 4 
etc. 
Por fim, dê ao produto o número de casas decimais dos fatores. 
Exemplo 
Acompanhe o passo a passo de um exemplo de multiplicação com números 
decimais: 3,75 x 2,9. 
Passo 1 
 
Passo 2 
 
Passo 3 
 
 
 
 
4 
Passo 4 
 
Passo 5 
 
Divisão de números decimais 
A regra para divisão dos números decimais afirma que você precisa igualar as 
casas decimais com zeros para, logo em seguida, retirar as vírgulas e operar a 
divisão. 
Exemplo 
Acompanhe o passo a passo de um exemplo de divisão com números 
decimais: 4 ÷ 9. 
Passo 1 
 
 
 
 
5 
Passo 2 
 
Passo 3 
 
Passo 4 
 
Passo 5 
 
Passo 6 
 
 
 
6 
Relação de porcentagem 
Existem medicações em que a dosagem é apresentada em porcentagem. 
Isso significa que, para calcular a dose correta, você deve saber que o número 
antes da porcentagem é sempre equivalente à grama (soluto), já o valor da 
porcentagem equivale a 100 mililitros (solvente). 
Exemplo 
Acompanhe um exemplo em que a dosagem é apresentada em forma de 
porcentagem: SG 5%. 
Passo 1 
 
Passo 2 
 
Passo 3 
 
 
 
 
7 
Regra de três 
A regra de três simples é um processo prático para resolver problemas de 
razão e proporção, que envolvam quatro valores dos quais conhecemos três. 
Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos outros já conhecidos. 
Esse método requer uma constante na primeira linha, uma pergunta na 
segunda linha e o cruzamento das informações, onde o X deve ficar sozinho. 
Exemplo 
Acompanhe o passo a passo de um exemplo de utilização de regra de três. 
Imagine que, em uma festa, cada convidado consome 15 doces. Se uma pessoa 
convidasse 45 pessoas para sua festa, quantos doces ela deveria encomendar? 
Passo 1 
 
Passo 2 
 
Passo 3 
 
 
 
 
8 
Passo 4 
 
Passo 5 
 
 
 
 
9 
Cálculo de medicação 
Introdução 
Compreender o sistema métrico, as medidas de equivalência e o passo a passo 
dos cálculos básicos envolvidos na medicação é fundamental para o 
tratamento correto dos pacientes. 
Garantir a aplicação correta da medicação e, consequentemente, a segurança 
da pessoa medicada também é uma das principais responsabilidades do 
profissional de enfermagem. 
Principais cálculos 
Os principais cálculos envolvidos na medicação dos pacientes são: 
 
Métricas e medidas de equivalência 
Os medicamentos vêm rotulados e especificam a solução e a sua quantidade 
por mg, ml ou UI. 
Nem sempre o que foi prescrito pelo médico coincide com o que tem no 
frasco, que pode ter maior ou menor quantidade. 
Então, é preciso ficar atento. 
 
 
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Medidas 
As principais métricas são o comprimento, o volume e o peso. 
 O metro é uma medida básica de comprimento. 
 O litro é uma medida básica de volume. 
 O grama é uma medida básica de peso. 
Abreviações 
As medidas podem ser abreviadas da seguinte forma: 
 
Equivalência 
Também existe uma relação de equivalência entre essas medidas. Isso significa 
que: 
 1 l equivale a 1.000 ml; 
 1 g equivale a 1.000 mg; 
 1 mg equivale a 1.000 mcg. 
Em situações em que a quantidade prescrita pelo médico for maior ou menor 
do que o conteúdo do frasco é fundamental que você esteja preparado para 
determinar a quantidade correta a ser administrada ao paciente. 
Cálculo de drogas padronizadas em unidades 
Algumas drogas são padronizadas em Unidades Internacionais (UI). 
Para efetuar o cálculo, é necessário relacionar a UI com a unidade de volume 
(ml). 
Ao realizar o cálculo de medicação, é importante estar atento à prescrição 
receitada e a apresentação do medicamento. 
 
 
 
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Exemplo 
Observe o exemplo para entender quais fórmulas devemos utilizar nos cálculos 
de medicação. 
 
De acordo com a prescrição do médico e da apresentação do medicamento, 
precisamos saber quantos mililitros da penicilina devemos administrar. 
Passo 1 
 
Passo 2 
 
 
 
 
12 
Passo 3 
 
Passo 4 
 
Cálculo de gotejamento soro 
Os soros são prescritos em tempos que variam de minutos até 24 horas e com 
volumes conhecidos de mililitros a litros. Sua infusão é contínua e controlada 
através do gotejamento. 
Para calcular o gotejamento do soro, você deve conhecer o volume e o tempo. 
Você viu que para calcular corretamente a medicação, é necessário conhecer a 
prescrição e a apresentação do medicamento. O próximo passo é saber qual o 
gotejamento adequado para a administração desse medicamento. 
Exemplo 
O controle do gotejamento é dado em gotaspor minutos e em microgotas por 
minutos. 
 
 
 
13 
Gotas/minuto 
 
Microgotas/minuto 
 
De acordo com o exemplo já apresentado, veja como deve ser calculado o 
tempo de gotejamento. 
 
Exemplo 
Veja como deve ser feito o cálculo do gotejamento. 
Passo 1 
 
 
 
14 
Passo 2 
 
Passo 3 
 
Diluição pediátrica 
Quando a quantidade da droga prescrita é pequena em relação à droga 
disponível na unidade, a ponto de ser difícil de aspirar na seringa, você precisa 
efetuar a diluição do medicamento. Essa situação é muito comum na 
medicação de crianças. 
A diluição é utilizada no preparo de medicações em Neonatologia e Pediatria, 
pois as doses prescritas são calculadas em relação ao peso ou da superfície 
corpórea da criança. 
Devido a não disponibilidade desses medicamentos, a diluição se faz 
necessária para conseguir a medicação exata. 
Ao realizar a diluição, utiliza-se um padrão de costume para avaliar quantas 
mg contém cada 1 ml. Feito isso, dilui-se em 9 ml de água destilada, quantas 
vezes forem necessárias para que se possa aspirar a dose prescrita com 
exatidão. 
 
 
 
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Exemplo de diluição 
Veja um exemplo de como a diluição é feita. 
Paciente 
Criança, 3 meses, 4 kg, internada em unidade pediátrica com quadro de IRA 
(Infeção Respiratória Aguda). 
Prescrição médica 
Penicilina cristalina 30.000 UI. 
Apresentação do medicamento 
Frasco ampola de penicilina cristalina com 5.000.000 UI. 
Foi prescrito 30.000 UI de penicilina cristalina e você tem uma ampola com 
5.000.000 UI/ml. Sendo assim, quantos mililitros você deve aspirar? 
Passo 1 
 
Passo 2 
 
Passo 3 
 
 
 
16 
Observe que o resultado da equação foi 0,06 ml e esse volume é quase 
impossível de aspirar. Sendo assim, precisaremos realizar a rediluição para 
chegarmos à quantidade exata prescrita. 
 
Exemplo de rediluição 
Vamos descobrir quantas UI há em 1 ml, pois sabemos que 5.000.000 UI estão 
em 10 ml. 
Passo 1 
 
Passo 2 
 
 
 
 
17 
Passo 3 
 
Desta forma, ao realizar a rediluição, você terá em 0,6 ml, que é possível de 
aspirar, as 30.000 UI de penicilina cristalina conforme prescrição médica. 
 
Após isso, identifique a seringa correta com os 5 certos (medicação correta, 
dose correta, via de administração correta, hora correta e paciente correto) de 
acordo com o prontuário. 
Conclusão 
Como você pôde perceber, volumes maiores podem ser aspirados com mais 
precisão e, consequentemente, facilitam a medicação do paciente. 
 
 
 
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Referências bibliográficas 
1. SILVA, Marcelo Tardelli da; SILVA, Regina L. P. Cálculo e 
administração de medicamentos na enfermagem. 3. ed. São 
Paulo: Martinari, 2011. 
2. VIANA, Dirce Laplaca. Boas práticas de enfermagem. São Caetano 
do Sul, SP: Yendis, 2011.