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2 
 
SUMÁRIO 
1 HIPERTENSÃO ARTERIAL ...............................................................................................4 
2 ANATOMIA ENDOTELIAL ..................................................................................................6 
3 ÓXIDO NÍTRICO E A FUNÇÃO CARDIOVASCULAR .......................................................7 
4 FISIOPATOLOGIA ..............................................................................................................8 
5 PATOGENIA .......................................................................................................................9 
6 COMPLICAÇÕES ............................................................................................................ 10 
7 FARMACOCINÉTICA ...................................................................................................... 11 
8 DIURÉTICOS ................................................................................................................... 12 
9 INIBIDORES ADRENÉRGICOS ...................................................................................... 13 
10 BLOQUEADORES DE CANAIS DE CÁLCIO .................................................................. 13 
11 INIBIDORES DA ECA ...................................................................................................... 14 
12 BLOQUEADORES DE AT1 ............................................................................................. 15 
13 VASODILATADORES DIRETOS .................................................................................... 16 
14 EXERCÍCIO FÍSICO ........................................................................................................ 16 
14.1 HISTÓRICO DA ATIVIDADE FÍSICA................................................................................. 17 
15 ADEQUAÇÃO DO PAPEL DA HIPOTENSÃO PÓS-EXERCÍCIO, COMO FATO E COMO 
ARMA TERAPÊUTICA NA ABORDAGEM DO HIPERTENSO ............................................................. 18 
16 EXERCÍCIO DINÂMICO OU CONTRA RESISTÊNCIA .................................................. 19 
16.1 INTENSIDADE E FREQUÊNCIA DO EXERCÍCIO PARA HIPERTENSO .................................. 22 
16.2 DURAÇÃO DO EXERCÍCIO ........................................................................................... 23 
16.3 NÚMERO DE SÉRIES NO TREINAMENTO DE FORÇA ........................................................ 24 
17 MANOBRA DE VALSALVA ............................................................................................. 24 
18 MECANISMOS RESPONSÁVEIS PELA HIPOTENSÃO PÓS EXERCÍCIO ................... 25 
18.1 MECANISMOS HEMODINÂMICOS SISTÊMICOS ................................................................ 25 
18.2 MECANISMOS NEURAIS .............................................................................................. 26 
18.3 MECANISMOS NEURO-HUMORAIS................................................................................ 27 
19 PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS .................................................................... 27 
19.1 TIPO DE EXERCÍCIO ................................................................................................... 30 
19.2 INTENSIDADE ............................................................................................................. 31 
 
3 
 
19.3 DURAÇÃO ................................................................................................................. 32 
19.4 FREQUÊNCIA DO EXERCÍCIO ....................................................................................... 33 
20 RECOMENDAÇÃO DE EXERCÍCIO PARA O PACIENTE HIPERTENSO ..................... 34 
20.1 PROTOCOLO ............................................................................................................. 35 
21 CARDIOPATAS ............................................................................................................... 36 
21.1 ATIVIDADE FÍSICA PARA CARDIOPATAS ........................................................................ 38 
22 EXERCÍCIOS APÓS INFARTO ....................................................................................... 39 
22.1 COMO PRESCREVER EXERCÍCIO NA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA....................................... 40 
22.2 FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO NA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA .............................................. 42 
23 TIPO DE EXERCÍCIO...................................................................................................... 44 
23.1 EXERCÍCIOS AERÓBICOS ............................................................................................ 44 
23.2 EXERCÍCIOS RESISTIDOS............................................................................................ 45 
24 IDOSOS ........................................................................................................................... 47 
24.1 TREINAMENTO FÍSICO PARA A TERCEIRA IDADE .......................................................... 47 
24.2 RECOMENDAÇÕES DE TTREINO .................................................................................. 49 
25 OBESIDADE .................................................................................................................... 51 
25.1 EXERCÍCIOS AERÓBIOS E OBESIDADE.......................................................................... 56 
25.2 RECOMENDAÇÕES PARA A PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO EM OBESOS ............................. 58 
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................... 65 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 HIPERTENSÃO ARTERIAL 
 
Fonte: obesidade97biobio.wordpress.com 
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é conceituada como uma síndrome mul-
tifatorial, caracterizada pela presença de níveis de pressão arterial sistólicos (PAS) e 
diastólicos (PAD) elevados (RONDON e BRUM, 2003). Segundo dados do V Con-
senso Brasileiro de Hipertensão Arterial (SBC, 2006) a prevalência da hipertensão 
arterial nas cidades brasileiras mostrou-se elevada, estimando que cerca de 22,3% a 
43,9% da população brasileira adulta possa ser rotulada como hipertensa. Embora 
predomine na fase adulta, sua prevalência em crianças e adolescentes não é despre-
zível. Fatores como o sedentarismo, a obesidade, o diabetes e as dislipidemias estão 
associados ao risco cardiovascular global. O sedentarismo por si só, já é um grande 
fator de risco. 
Em 1977, um estudo conduzido por Haapanen e col. demonstrou que o risco 
de desenvolver hipertensão arterial é 60% a 70% maior em indivíduos sedentários que 
em ativos (PAFENBARGER, 1978). 
Uma forma bem aceita para tratamento da HAS é a prevenção primária (KOHL-
MANN JUNIOR. e col., 1999) com execução de exercícios físicos que segundo a lite-
ratura diminuem os níveis pressóricos de repouso em indivíduos hipertensos (POLITO 
e FARINATTI 2003). 
 
5 
 
 
Fonte: pt.wikipedia.org/ 
A hipertensão arterial é capaz de levar ao óbito aproximadamente 40% dos 
indivíduos acometidos apresentando lesão dos chamados órgãos-alvo tais como, o 
cérebro, o coração, os rins e vasos sanguíneos. Com isso, aumentam a incidência de 
Infarto Agudo do Miocárdio, Acidentes Vasculares Encefálicos e Insuficiência Cardí-
aca e Morte súbita (CHOBANIAN, 2003-FAGARD, 2001). 
Desde o início do século XX triplicou o percentual de indivíduos com idade 
acima dos 60 anos e cada vez mais nota-se os indivíduos chegando à oitava década 
de vida (OSTFELD, 1988). 
No paciente idoso a hipertensão arterial (HA) se apresenta de duas maneiras: 
A forma combinada hipertensão sistólica e diastólica; hipertensão sistólica isolada 
(HSI). A HSI é mais comum com o envelhecimento em virtude das alteraçõesestrutu-
rais das artérias, normalmente as de grosso calibre. Esta tendência também foi obser-
vada em estudos transversais em quase todas as populações, as quais mostraram 
que o nível médio da pressão sistólica aumenta de maneira linear a partir dos 50 anos, 
enquanto a pressão diastólica tende a cair a partir dos 55 anos de idade (KANNEL, 
1978). 
 
6 
 
2 ANATOMIA ENDOTELIAL 
O endotélio vascular, camada única multifuncional de células que reveste a su-
perfície de todos os vasos sanguíneos, constitui em sua extensão o maior órgão do 
corpo humano. A organização funcional do endotélio vascular demanda integridade 
estrutural e amplo contato intercelular. O endotélio vascular na década de 80 era con-
siderado como uma estrutura capaz de converter um estímulo vasoconstrictor, graças 
à síntese e liberação de óxido nítrico, o seu papel em múltiplos processos de sinaliza-
ção intracelular é manter silenciosas as cascatas trombóticas e inflamatórias pela se-
creção tônica que persiste em cada pequeno segmento da arvore vascular (FRAN-
CISCHETTI, 2005). 
Jean Leonard Marie Poiseuille (1799-1869), considerado pioneiro na hemodi-
nâmica, no começo do século XIX descobriu que o aumento do fluxo é proporcional à 
quarta potência do diâmetro do vaso. A razão disso é que a maior parte da resistência 
ocorre próxima a parede do vaso onde o sangue se arrasta contra o endotélio. Assim 
sendo, num vaso maior, uma maior quantidade de sangue pode fluir pelo meio do 
vaso, longe da parede, de modo que a resistência se torne pequena. Tal descoberta 
fundamentou suas pesquisas e ajudou na melhoria do manômetro de Hales (1677-
1761), sendo consagrado posteriormente com a medalha de ouro pela sua tese de 
doutoramento (BOOTH J, 1977). 
Outro tema de abordagem e também estudado por Poiseuille é a viscosidade 
do sangue, pois quanto maior ela for, menor o fluxo no vaso. Além disso, a viscosidade 
do sangue normal é cerca de três vezes maior que a da água (GUYTON, 1998). 
O endotélio vascular produz óxido nítrico (NO) que regula o fluxo sanguíneo e 
mantém saudável a musculatura lisa dos vasos sanguíneos. A lesão do endotélio vas-
cular prejudica a vasodilatação do vaso, e tal lesão pode estar associada com fatores 
de riscos para doenças vasculares, como na obstrução coronariana, lesão cardíaca 
crônica, e diabetes tipo 2 (MAIORANA, 2001). 
 
7 
 
3 ÓXIDO NÍTRICO E A FUNÇÃO CARDIOVASCULAR 
 
Fonte: www.resumoescolar.com.br/ 
Furchgott e Zawadzki (1980), descreveram que a vasodilatação era uma con-
sequência da ação de uma substância produzida no endotélio. Em 1987, foi sugerido 
que esse fator tinha características semelhantes ás do óxido nítrico (NO) (TATCHUM-
TALOM, 2000). 
Além de ser um potente vasodilatador, o NO exerce importante papel no con-
trole da agregação plaquetária, resistência e crescimento vascular. Ao ser sintetizado, 
o NO, por ser uma molécula altamente lipossolúvel difunde-se por meio de células 
musculares lisas e estimula a enzima guanilato ciclase e a produção da 3,5 monofos-
fato de guanosinacíclico (GMPc). O GMPc aumenta a captação de cálcio para dentro 
da célula por meio dos canais de cálcio. A proteína quinase dependente do GMPc é 
ativada, levando à desfosforilação da miosina e consequente relaxamento muscular 
(ROBERTS, 1999). 
Atualmente, três isoformas de óxido nítrico sintetase (NOS) foram identificadas: 
neuronal (nNOS) e endotelial (eNOS), sendo ambas cálcio- dependentes e expressas 
em condições fisiológicas. Entretanto, a isoforma induzida (iNOS) é ativada por estí-
mulos imunológicos e é independente do íon cálcio (TATCHUM-TALOM, 2000). 
O NO produzido no miocárdio a partir da eNOS pode exercer importante papel 
no controle da função cardíaca, quando a enzima é ativada por estímulos específicos. 
 
8 
 
Por exemplo, quando ocorre aumento da elasticidade do tecido cardíaco ele se ex-
pande mais que o esperado, tal expansão dos miócitos causa aumento do influxo de 
Ca2+ mediado pela produção de NO (SEARS, 2004). 
Mostrando a relação entre o exercício e o NO, a atividade física parece promo-
ver a liberação e aumento da biodisponibilidade de NO em vários tecidos cardíacos. 
Sendo esse efeito causado por 2 mecanismos. No primeiro ocorre aumento da ativi-
dade da eNOS no endotélio vascular, devido ao estresse hemodinâmico provocado 
pelo sangue durante o exercício. Estes efeitos melhoram o relaxamento vascular e a 
perfusão do miocárdio. No segundo verifica- se aumento do NO em correlação ao 
aumento da (nNOS) após exercício. Isso permite que o controle autonômico cardíaco 
fique mais sensível as alterações de pressão arterial e fluxo sanguíneo (BRANDÃO, 
2007). 
4 FISIOPATOLOGIA 
Durante a sístole ventricular, a pressão se eleva até atingir valores máximos, 
chamada de pressão sistólica à medida que o sangue acumulado vai sendo transfe-
rido aos capilares, a pressão das artérias vai caindo lentamente, até chagar a um valor 
mínimo (pressão diastólica), antes de se iniciar o ciclo seguinte. Em virtude da combi-
nação entre a descarga intermitente da bomba cardíaca e a alta resistência das arte-
ríolas junto à elasticidade das artérias, o organismo mantém um aporte constante de 
sangue para irrigar os tecidos (FRANCHINI, 1994). 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
 
9 
 
As artérias são permanentemente submetidas a altas pressões, se a resistência 
das arteríolas, que já é elevada, aumentar mais ainda, haverá necessidade de uma 
elevação adicional de pressão no sistema arterial para assegurar um bom fluxo nos 
capilares. A resistência das arteríolas depende basicamente do seu calibre, quando 
ele reduz, eleva a pressão arterial, sendo assim responsável pela hipertensão (KRIE-
GER, 1996). 
Aproximadamente 90 a 95% de todas as pessoas que têm hipertensão apre-
sentam “hipertensão essencial”, tal expressão significa que a hipertensão é de origem 
desconhecida. Segundo proposta de Guyton e col (1992) a hipertensão não ocorre na 
presença de rins normais e de que alguma forma de disfunção renal seria essencial 
para o desenvolvimento da hipertensão arterial. O conceito de hipertensão arterial 
essencial envolveria também a necessidade do rim de ter uma pressão arterial maior 
que a convencional para manter um volume adequado de espaço extracelular (CAR-
VALHO, 2001). 
5 PATOGENIA 
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) pode assumir um comportamento sorra-
teiro sem apresentar sintoma nenhum, por isso é chamada de “assassina silenciosa” 
pela comunidade médica (PEREIRA, 2002). 
 
Fonte: revista.hupe.uerj.br/ 
 
10 
 
A hipertensão arterial (HA) pode ser de dois tipos: Primária e secundária. 
Quanto à HA primária ou essencial, em cerca de 90% dos casos não se consegue 
evidenciar a etiologia. Já a forma secundária está aproximadamente em 10% dos ca-
sos, as causas são variáveis, mas se consegue identificar podendo ser de origem 
endócrina, renal, vascular neurogênica dentre outras causas (NOBRE, 1994). 
Na hipertensão muito grave, a pressão arterial média pode subir de 150 a 170 
mm Hg com pressões diastólicas de até 130 mmHg e pressões arteriais sistólicas 
ocasionalmente elevadas até 250 mmHg. A pressão arterial varia de acordo com o 
débito cardíaco e a resistência periférica. Se o aumento da PA for grande e frequente, 
induzirá a hipertrofia do coração e dos vasos sanguíneos. Na fase inicial da doença, 
o fluxo de sangue nos músculos está aumentado e a resistência vascular diminuída, 
enquanto que nos rins, pele e território esplâncnico acontece o inverso. Com o avanço 
da doença, o fluxo de sangue nos músculos é reduzido, aumentando a resistência 
periférica total. Consequentemente a PA aumentar para adequar a perfusãotecidual 
(SALDANHA, 1977) 
6 COMPLICAÇÕES 
 
 
11 
 
Fonte: pt.slideshare.net/ 
A hipertensão arterial causa vários efeitos letais, dentre eles estão: O excesso 
de carga de trabalho sobre o coração leva a doença cardíaca congestiva, doença 
cardíaca coronária podendo levar à morte, a pressão alta pode romper um vaso san-
guíneo importante no cérebro clinicamente chamado de “derrame”, a pressão muito 
alta causa frequentemente hemorragias nos rins levando a insuficiência renal 
(GUYTON, 1998). 
A pressão arterial diastólica tem sido tradicionalmente incriminada como fator 
de risco, pois tem sido observado que a incidência de complicações cardiocirculatórias 
é proporcional ao nível da pressão diastólica (REED, 1982). Entretanto, a hipertensão 
sistólica isolada também se correlaciona com maior incidência de coronariopatia, in-
suficiência cardíaca e acidentes vasculares cerebrais (GIFFORD, 1982). 
7 FARMACOCINÉTICA 
 
Fonte: pt.slideshare.net/ 
 
 
12 
 
O Blood Pressure Lowering Treatment Trialist Colaboration (BPLTTC) publi-
cado em 2000, mostrou que diferentes regimes de anti-hipertensivos, incluindo os ini-
bidores da enzima de conversão de angiotensina, antagonistas de cálcio e outras clas-
ses de drogas hipotensoras reduziram de 20 a 25% a incidência de infarto do miocár-
dio, de 30 a 40% os eventos cérebro vasculares e em mais de 50% a incidência de 
insuficiência cardíaca (NEAL, 2000). 
 
Classes de anti-hipertensivos: 
Diuréticos 
Inibidores adrenérgicos (Betabloqueadores) 
Bloqueadores de canais de cálcio 
Inibidores da ECA 
Bloqueadores de receptores AT1 
Vasodilatadores diretos 
8 DIURÉTICOS 
 
Fonte: www.ebah.com.br/ 
Há mais de 40 anos, os diuréticos tiazídicos eram prescritos em doses de 50 a 
100mg por dia, o que levava a situações adversas, principalmente de natureza meta-
 
13 
 
bólica, tais como hiperuricemia, elevações transitórias na glicemia e nas concentra-
ções plasmáticas de colesterol, hipopotassemia e depleção de magnésio (CARLSEN, 
1990-SISCOVICK, 1994). Isso foi motivo de preocupação por parte dos cardiologis-
tas, que acabavam prescrevendo outros anti-hipertensivos mais seguros. 
Atualmente existem evidências consistentes de que os diuréticos tiazídicos em 
doses baixas não só são eficazes na redução da pressão arterial como não induzem 
a alterações metabólicas maiores, sendo assim a prescrição de baixas doses de tia-
zídicos se acompanha de queda significativa dos níveis pressóricos, elevação discreta 
na concentração do ácido úrico plasmático e praticamente nenhuma alteração, ou al-
terações nos níveis de potássio, glicose e colesterol (CARLSEN, 1990). 
9 INIBIDORES ADRENÉRGICOS 
Os betabloqueadores têm sido utilizados como terapêutica inicial em algumas 
situações clínicas especiais. Hipertensos que se apresentam com taquicardia em re-
pouso, incluindo fibrilação atrial, portadores de insuficiência cardíaca por disfunção 
diastólica e eventualmente sistólica, enxaqueca, cefaleia, glaucoma e particularmente 
aqueles que já sofreram um episódio agudo de infarto do miocárdio ou tem angina de 
peito, podem se beneficiar muito com a prescrição desses agentes (KENDALL, 1995). 
10 BLOQUEADORES DE CANAIS DE CÁLCIO 
 
Fonte: pt.slideshare.net/ 
 
14 
 
Os antagonistas dos canais de cálcio disponíveis para uso clínico pertencem a 
duas grandes categorias: Os dipropiridínicos, que bloqueiam os canais de cálcio tipo 
L, e os não-dipropiridínicos, como o verapamil e o diltiazem. Os canais de cálcio tipo 
L estão envolvidos no controle da contratilidade miocárdica e da musculatura lisa vas-
cular, além de participarem do sistema de condução e nos mecanismos celulares que 
exercem função de marca-passo (ALBERNETHY, 1999). Tal medicamento não induz 
a dislipidemia e resistência à insulina (POLLARE, 1989), sendo efetivos em hiperten-
sos idosos e naqueles que apresentam quadro clínico com atividade plasmática 
de renina baixa (WANG, 2001). 
 
 
 
 
11 INIBIDORES DA ECA 
 
Fonte: pt.slideshare.net/ 
A introdução desses anti-hipertensivos resultou de trabalhos experimentais 
com veneno obtido da cobra Bothrops jararaca (FERREIRA, 1965). Neste veneno foi 
 
15 
 
identificada um nonapeptídeo (teprotide) capaz de impedir, quando administrado in-
travenosamente, a conversão de angiotensina I em angiotensina II, inibindo a enzima 
conversora. 
O principal mecanismo de ação dos inibidores da ECA é o de reduzir a produ-
ção de angiotensina II. Como conseqüência pode-se observar a redução da produção 
de aldosterona, entretanto essa redução não é completa, porque há outros mecanis-
mos como o potássio e o ACTH acabam sendo, os principais estimulantes na produ-
ção de aldosterona (OIGMAN, 1998). 
A inibição da ECA determina menor destruição de alguma cininas, principal-
mente da bradicinina. Como esta tem meia-vida circulante de poucos segundos, o real 
significado da elevação dos níveis sistêmicos da bradicinina ainda é desconhecido. 
Entretanto, o aumento dos níveis locais, teciduais, de bradicinina pode ter importância 
fisiológica, como na produção de óxido nítrico (GOODFRIEND, 1996-CAMPBELL, 
1987). 
12 BLOQUEADORES DE AT1 
 
Fonte: pt.slideshare.net/ 
Os antagonistas de receptor de AT1 fazem parte, com os bloqueadores beta- 
adrenérgicos e inibidores da ECA, de uma classe de medicamentos que atuam sobre 
 
16 
 
o sistema renina-angiotensina aldosterona, embora em diferentes alças deste sistema 
(FRANCISCHETTI 1995). 
13 VASODILATADORES DIRETOS 
 
Fonte: pt.slideshare.net/ 
Essa categoria de medicamentos é reservada aos pacientes portadores de hi-
pertensão resistente, a hidralizina e o minoxidil relaxam a musculatura lisa arteriolar, 
induzindo a vasodilatação periférica (FRANCISCHETTI, 2005). 
14 EXERCÍCIO FÍSICO 
 
Fonte: runningshoes77.wordpress.com/ 
 
17 
 
14.1 Histórico da atividade física 
Retornando aos primórdios da humanidade, podem dizer que durante o período 
que se convencionou pré-histórico o homem dependia de sua força, velocidade e re-
sistência para sobreviver. Suas constantes migrações em busca de moradia, fazia 
com que realizasse longas caminhadas ao longo das quais lutava, corria e saltava, ou 
seja, era um ser extremamente ativo fisicamente. Mais tarde, na antiga Grécia, a ati-
vidade física era desenvolvida na forma de ginástica que significava “a arte do corpo 
nu”. Estas atividades eram desenvolvidas com fins bélicos (treinamento para guerra), 
ou para treinamento de gladiadores. No Brasil especificamente os programas de ati-
vidade física surgem com embasamento médico procurando formar um indivíduo sau-
dável, com boa postura e aparência física. Na década de 30 com implantação do es-
tado novo, surge a tendência militar nos programas de atividade física escolar. Em 
seguida no final da década de 40, inspirada no discurso liberal da escola-nova à Edu-
cação física ingressou na área pedagógica (PITANGA, 2002). 
Atualmente, atividade física pode ser entendida como qualquer movimento cor-
poral produzido pela musculatura esquelética que resulta em gasto energético (CAS-
PERSEN, 1985). 
O exercício físico caracteriza-se por uma situação que retira o organismo de 
seu equilíbrio (homeostase), pois implica no aumento instantâneo da demanda ener-
gética da musculatura ativa e, consequentemente, do organismo como um todo. As-
sim, para suprir a nova demanda metabólica, várias adaptações fisiológicas são ne-
cessárias e, dentre elas, as referentes à função cardiovascular durante o exercício 
físico (BRUM, 2004). 
A literatura vem destacando desde a década de 80 a discussão sobre a obser-
vaçãoe mecanismos da queda nos níveis de PA, notado no período pós esforço, per-
manecendo abaixo daqueles observados em repouso, antes do início do esforço, ou 
até mesmo abaixo daqueles registrados em um dia controle, sem exposição a um 
esforço físico significativo. A esse fenômeno denominou-se hipotensão pós-exercício 
(HPE). A abordagem de fatores como os níveis iniciais de PA, o tipo, intensidade e 
duração do exercício podem determinar a expressão do HPE. Faz-se necessário en-
 
18 
 
tão um estudo mais detalhado, analisando tais fatores, além dos mecanismos envol-
vidos na origem desse fenômeno hipotensor sejam eles hemodinâmicos, neurais ou 
humorais (MARTINS, 2002). 
15 ADEQUAÇÃO DO PAPEL DA HIPOTENSÃO PÓS-EXERCÍCIO, COMO FATO 
E COMO ARMA TERAPÊUTICA NA ABORDAGEM DO HIPERTENSO 
O treinamento físico leva à diminuição da pressão arterial de repouso (SBH, 
SBC, SBN, 2002). No entanto esse efeito é mais pronunciado em indivíduos hiperten-
sos uma vez que a maioria dos estudos realizados em normotensos não mostrou mo-
dificação da pressão arterial (SILVA, 1997). 
A hipotensão pós-exercício (HPE) tem sido observada em diferentes popula-
ções tais como homens, mulheres, jovens, idosos, caucasianos e negros, em resposta 
a vários tipos de exercícios físicos dinâmicos envolvendo grandes grupos musculares 
como as pernas e a cintura pélvica com intensidades variando entre 40% e 70% do 
VO2 máximo e durações entre 20 e 60 minutos (KENNEY, 1993). 
 
Fonte: pt.slideshare.net/ 
Apesar de ser documentada em várias populações anteriormente citadas, a 
HPE mostra-se muito influenciada pela população alvo analisada, além de estudos 
mostrarem influência genética na redução da pressão arterial com o treinamento 
 
19 
 
físico. Em um estudo foram submetidos 64 japoneses com hipertensão arterial mode-
rada a treinamento físico, investigaram a associação entre o polimorfismo do gene de 
enzima conversora de angiotensina (ECA) e a resposta depressora provocada pelo 
treinamento físico aeróbio. Tais autores observaram que, após 10 semanas de treina-
mento físico em cicloergômetro, os níveis de pressão arterial sistólica, diastólica e 
média estavam significativamente diminuídos somente nos pacientes portadores do 
genótipo II ou ID da ECA, e não nos pacientes portadores de genótipo DD da ECA. 
Esses resultados evidenciam que fatores genéticos podem influenciar na heteroge-
neidade da resposta depressora da pressão arterial com treinamento físico (ZHANG, 
2002). 
16 EXERCÍCIO DINÂMICO OU CONTRA RESISTÊNCIA 
 
Fonte: pt.slideshare.net/ 
Em relação ao tipo de exercício podemos caracterizar dois tipos principais: 
Exercícios dinâmicos ou isotônicos e exercícios estáticos ou isométricos e cada um 
deles implica respostas cardiovasculares distintas (FORJAZ; TINUCCI, 2000). 
Consideram-se respostas agudas aquelas que ocorrem durante a sua realiza-
ção, em sessões isoladas de treinamento, enquanto que as respostas crônicas estão 
associados a adaptação fisiológicas que ocorrem num prazo mais longo, decorrentes 
de treinamento regular e dependentes do tipo de sobrecarga aplicada (THOMPSON, 
2001). 
No exercício dinâmico as contrações são seguidas de movimentos articulares, 
não havendo obstrução mecânica do fluxo sanguíneo, também se observa aumento 
da atividade nervosa simpática, que é desencadeada pela ativação do comando cen-
tral, mecanorreceptores musculares e, dependendo da intensidade do exercício, me-
taborreceptores musculares (BRUM, 2004). Em resposta a esse aumento de atividade 
 
20 
 
simpática, observa-se aumento da frequência cardíaca, do volume sistólico e do dé-
bito cardíaco. Além disso, outros metabólitos musculares promovem vasodilatação da 
musculatura ativa, promovendo diminuição da resistência periférica total (FORJAZ; 
TINUCCI, 2000). 
Essas respostas são tanto maiores quanto for a intensidade do exercício, mas 
não se alteram com a duração do exercício, caso ele seja realizado numa intensidade 
inferior ao limiar anaeróbio (McARDLE, 2003). Portanto, durante a atividade aeróbia 
as respostas cardiovasculares estão relacionadas com a intensidade do trabalho rea-
lizado, quanto mais próxima a intensidade estiver do VO2 máx. maiores serão os efei-
tos sobre FC e PA. 
 
 
Fonte: http://vovofitnessaude.blogspot.com.br/ 
Por outro lado, exercício estático observa-se aumento da frequência cardíaca, 
com manutenção ou até redução do volume sistólico e pequeno acréscimo no débito 
cardíaco. Em compensação observa-se aumento da resistência total periférica que 
resulta na elevação exacerbada da pressão arterial (WILMORE; COSTILL 2003). 
Esses efeitos ocorrem porque a contração muscular mantida durante a contra-
ção isométrica (estática) promove obstrução mecânica do fluxo sanguíneo muscular, 
o que faz com que, os metabólitos produzidos durante a contração se acumulem, ati-
vando os quimiorreceptores musculares, que promovem aumento expressivo da ativi-
dade nervosa simpática resultando no aumento da pressão arterial (BRUM, 2004). 
Então durante o exercício contra resistência as respostas cardiovasculares vão se dar 
 
21 
 
pelo nível de oclusão dos vasos, acarretada pela tensão muscular e pelo tempo que 
a contração é sustentada. 
A hipotensão pós-exercício (HPE) é mais frequentemente observada após 
exercícios aeróbios do que após exercícios resistidos, motivo pelo qual a maioria dos 
programas de reabilitação para pacientes hipertensos tem prevalência de exercícios 
aeróbicos. Para que a hipotensão tenha importância clínica, é necessário que ela per-
dure na maior parte das 24 horas subsequentes a finalização do exercício (BRUM, 
2004; HAMER, 2006). 
Quanto ao exercício aeróbio, a influência da duração desse exercício está bem 
demonstrada apontando para o fato de que exercícios mais prolongados possuem 
efeitos hipotensores maiores e mais duradouros, havendo uma relação direta entre a 
massa muscular envolvida e a duração do HPE (FORJAZ, 1998). 
Para analisar os exercícios contra resistência é preciso lembrar que represen-
tam um meio termo entre cargas estáticas e dinâmicas, tanto a PAS e a PAD tendem 
a se elevar ocasionando um aumento expressivo na PAM, mesmo que por um período 
curto de tempo, já que essas respostas da PA acontecem porque a atividade contra 
resistência é descontinua, tendo impactos menores do que exercícios aeróbios e é 
por este motivo, que tal tipo de atividade, tem sido cada vez mais utilizada na reabili-
tação de pacientes cardiopatas e hipertensos. Segundo MacDougall, após exercícios 
de força, a PAS deve declinar, normalmente atingindo valores próximos aos de pré-
exercício em aproximadamente 10 segundos, quando o esforço for máximo, e entre 1 
e 2 segundos, quando o esforço for submáximo (WIECEK, 1990). 
Os níveis tensionais sobem durante o esforço físico predominantemente está-
tico, e se forem monitorados através de um cateter arterial poderão ser documentadas 
pressões intra-arteriais superiores a 400/250mmHg em indivíduos jovens saudáveis, 
sem promover danos à saúde por ser uma resposta fisiológica, e com regularidade, 
ou seja, repetição periódica e frequente pelo efeito crônico o exercício estático pode 
contribuir para redução dos níveis pressóricos (ARAÚJO, 2001). Tanto exercícios ae-
róbios e exercícios resistidos podem compor um programa de treinamento para hiper-
tensos, de modo que o exercício resistido venha sempre a complementar o aeróbio 
(ACMS, 2004). 
 
22 
 
16.1 Intensidade e Frequência do Exercício Para Hipertenso 
 
Fonte: www.medicinanet.com.br/ 
A intensidade relativa do exercício aeróbio pode ser quantificada através de 
vários indicadores, entre eles podemos citar afrequência cardíaca (FC), o consumo 
máximo de oxigênio (VO2máx), o equivalente metabólico (MET) e a percepção subje-
tiva de esforço (BORG, 2000 e ACMS, 2003). Entre todos esses indicadores o mais 
prático é a FC, sendo um dos aspectos que favorecem a sua utilização seja a relação 
de linearidade com o comportamento do VO2máx em atividades aeróbias (VASCON-
CELOS, 2007). 
Ao estudarmos a influência da intensidade do treinamento físico na pressão 
arterial, pudemos constatar que, ao contrário do que imaginávamos, a ideia de que 
quanto mais exercício for realizado, maior será o seu efeito hipotensor, não passava 
de uma noção errada. Estudos realizados em laboratório com ratos, em 1997, de-
monstraram que a intensidade de treinamento físico pode ser crucial no resultado final 
alcançado sobre a hipertensão arterial; enquanto o treinamento de baixa intensidade 
(50% do consumo de oxigênio de pico) provocou diminuição significativa na pressão 
arterial sistólica, diastólica e média, em ratos espontaneamente hipertensos, o treina-
mento de alta intensidade (85% do consumo de oxigênio de pico) não modificou o 
quadro de hipertensão nesta mesma linhagem de ratos (VÉRAS-SILVA, 1997). 
Observa-se um aspecto controverso entre autores sobre a intensidade do exer-
cício sobre a hipotensão pós-exercício, porém no paciente hipertenso qualquer inten-
 
23 
 
sidade entre 40% e 70% parece provocar o efeito hipotensor desejado, o aspecto fun-
damental para esse tipo de paciente é a regularidade da atividade sendo recomen-
dada uma frequência de três ou mais sessões por semana (SBH, SBC, SBN 2006). 
No entanto, há indícios de que atividades com intensidade reduzida podem 
exercer efeitos sobre a pressão sanguínea de hipertensos, independentemente dos 
efeitos sobre a condição aeróbia (NEGRÃO, 2001). 
16.2 Duração do Exercício 
 
Fonte: https://pt.slideshare.net/ 
Os exercícios mais prolongados produzem um maior efeito hipotensor. Em ani-
mais espontaneamente hipertensos, o exercício físico com duração de 40 minutos 
provoca uma diminuição da pressão arterial maior e mais prolongada do que o exer-
cício com duração de 20 minutos. No homem normotenso, resultados semelhantes 
foram observados por (FORJAZ, 1998) em que uma sessão de exercício com duração 
de 45 minutos provocou queda da pressão arterial maior e mais duradoura quando 
comparada a sessão de exercício realizado por um período de 25 minutos. Como a 
duração do exercício físico determina a intensidade das respostas neurais e hormo-
nais durante sua execução, pode-se esperar que as respostas cardiovasculares pós-
exercício também possam ser influenciadas por esse fator (MICHEL, 1985). 
 
24 
 
Quanto à duração do exercício físico, têm sido recomendadas sessões com 
duração de 30 a 45 minutos, como sendo aquelas que mais beneficiam o paciente 
hipertenso (ACMS, 2000). 
16.3 Número de séries no treinamento de força 
A prescrição de repetições máximas como forma de treinamento de força para 
hipertensos deve ser contraindicada, em virtude de comprometimentos, como aci-
dente vascular cerebral decorrente da elevação súbita e intensa da PA durante a ati-
vidade (HYKOWSKY, 1996). 
17 MANOBRA DE VALSALVA 
Tal manobra é decorrente do bloqueio da ventilação na fase ativa do movimento 
(manobra de Valsalva), criando gradientes internos de pressão que devem ser supe-
rados por um maior trabalho cardíaco (MacDougall, 1985). 
Sendo assim, a manobra de Valsalva é um dos fatores que mais contribuem 
para o risco cardiovascular durante exercícios contra resistência. Durante a ventilação 
normal há um efeito menor sobre a pressão arterial do que se houver o fechamento 
da glote após uma inspiração profunda, com os músculos expiratórios se contraindo 
em esforço máximo. 
 
Fonte: www.clubthetrainer4u.com/ 
 
25 
 
Além do amento exacerbado da PA durante a execução desta manobra, a pres-
são intratorácica tende a elevar-se significativamente, reduzindo o retorno venoso de-
vido ao colapso provocado nas veias que atravessam o tórax. Em indivíduos de risco, 
como idosos e cardiopatas esta prática é francamente contraindicada (FARINATTI, 
2003). 
18 MECANISMOS RESPONSÁVEIS PELA HIPOTENSÃO PÓS EXERCÍCIO 
18.1 Mecanismos hemodinâmicos sistêmicos 
Sobre a fisiologia cardiovascular sabemos que a pressão arterial média (PAM) 
é o produto do débito cardíaco (DC) e da resistência total periférica (RTP), por sua 
vez o DC é o produto do volume sistólico (VS) vezes a frequência cardíaca (FC). Ra-
zão pela qual o aumento do DC ou da RTP resulta num aumento da PAM. No corpo a 
PAM depende de vários fatores fisiológicos, incluindo débito cardíaco, o volume san-
guíneo, a resistência ao fluxo e a viscosidade sanguínea. O aumento de qualquer uma 
das variáveis citadas gera aumento da PA. Já por outro lado a queda de qualquer uma 
delas causa redução da PA, logo fica evidente que estes fatores participem da gênese 
da HPE (MARTINS, 2002). 
A máxima captação de oxigênio (VO2 máx.) é definida pelo débito cardíaco 
máximo multiplicado pela máxima diferença arteriovenosa de oxigênio (aVO2). Uma 
vez que o débito cardíaco é determinado pela interação da FC e do volume sistólico, 
o VO2 no exercício é diretamente relacionado com os valores de FC (POLITO, 2003). 
A captação de oxigênio pelo miocárdio (MVO2) é determinada pela interação 
de vários fatores. Dentre eles a tensão intramiocárdica, a contratilidade do músculo 
cardíaco e a frequência cardíaca. Douglas propõe que, no esforço físico, o aumento 
do MVO2 seja compensado necessariamente pela adequação do fluxo coronariano, 
que pode aumentar até cinco vezes o seu valor de repouso (DOUGLAS, 2000). Infe-
lizmente medidas exatas do MVO2 requerem procedimento cirúrgico invasivo de risco, 
todavia pode ser estimado durante o exercício pelo produto entre a pressão arterial 
sistólica e a frequência cardíaca, obtendo-se então o duplo produto (DP) (FOSS, 
2000). 
 
26 
 
O efeito agudo do exercício físico, do ponto de vista hemodinâmico, para a di-
minuição na pressão arterial (PA) após uma única sessão de exercício físico aeróbico 
somente poderia ser explicado por uma queda na resistência vascular periférica total 
ou por uma redução no débito cardíaco (NEGRÃO, 2001; ALEX, 2007). Pode-se dizer 
que uma única sessão de exercício prolongado de baixa ou moderada intensidade 
provoca queda prolongada na PA. Essa queda depende, basicamente, de uma dimi-
nuição do débito cardíaco, associado à redução do volume sistólico (NEGRÃO, 2001). 
Os mecanismos pelos quais os exercícios crônicos, em longo prazo, atenuam a hiper-
tensão também não estão esclarecidos, porém após um programa de exercício físico 
aeróbico a redução da atividade nervosa simpática periférica contribui para a atenua-
ção da PA, visto que, observa- se que os níveis de norepinefrina circulante estão di-
minuídos (HADDAD, 1997). Também se observou à diminuição dos níveis de cateco-
laminas plasmáticas de indivíduos realizando exercício físico aeróbico, porém só após 
três semanas de treinamento. A epinefrina diminuiu de cerca de 6 ng/ml para aproxi-
madamente 2 ng/ml e a norepinefrina cerca de 1,8 ng/ml para 1,0 ng/ml (MARTIN, 
1996). 
18.2 Mecanismos Neurais 
A atividade nervosa simpática e a subsequente liberação de noradrenalina nor-
teiam respostas taquicardíacas (aumento do débito cardíaco) e vasoconstritoras (au-
mento da resistência vascular periférica). Dessa forma uma possível diminuição do 
tônus simpático para o coração e para os vasos poderia estar associada à queda dos 
níveis pressóricos. Em estudo recente realizado em laboratório demonstrou que hipe-
ratividade simpática observada em pacientes hipertensos avaliada pelamedida direta 
da atividade nervosa muscular, através da técnica de microneurografia, foi normali-
zada nesses pacientes após um período de quatro meses de treinamento físico aeró-
bio (LATERZA, 2007). Todavia, o mecanismo responsável pela diminuição da ativi-
dade nervosa simpática após o treinamento físico nos pacientes hipertensos não é 
totalmente conhecido. 
 
27 
 
18.3 Mecanismos Neuro-humorais 
Neste tópico há vários fatores, estimulados pelo exercício que podem contribuir 
para gênese da hipotensão pós-exercício (HPE), através da manutenção da vasodila-
tação periférica durante de recuperação (MARTINS, 2002). Embora não haja na lite-
ratura, até o momento, estudos mostrando o efeito do treinamento físico no controle 
quimiorreflexo de pacientes hipertensos, não podemos descartar que, após o treina-
mento, a diminuição nos níveis de ativação do sistema nervoso simpático possa ser 
em função de uma possível melhora no controle quimiorreflexo desses pacientes. Ou-
tra importante adaptação provocada pelo treinamento físico é a melhora da sensibili-
dade barorreflexo arterial nos indivíduos hipertensos (LATERZA, 2007 e SOMERS, 
1991). 
Dentro dos fatores humorais de controle da pressão arterial cita-se o óxido ní-
trico (NO), definido como fator relaxante do endotélio por Furchgott e Zawadzki, em 
1980, e caracterizado posteriormente como potente vasodilatador do endotélio (MO-
EDA, 2004). O papel do óxido nítrico na função cardiovascular tornou-se importante 
após a localização das isoformas eNOS e nNOS no tecido cardíaco e nervoso (SE-
ARS, 2004; DANSON, 2005), o NO derivado do endotélio (eNOS) possui papel impor-
tante no controle do tônus vascular (WANG, 2005) por outro lado o controle autonô-
mico cardíaco feito pelo núcleo trato solitário (NTS) tem o NO derivado da nNOS como 
um de seus neuromoduladores (DANSON, 2005). 
Segundo Liu, citado por Brandão (2007) evidências sugerem que a diminuição 
de angiotensina II (mediador excitatório simpático) e aumento central da isoforma neu-
ronal do óxido nítrico (mediador inibitório simpático) promovem a redução da atividade 
nervosa simpática renal observada após a o treinamento físico em modelos experi-
mentais. 
19 PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS 
Atualmente, outras modalidades terapêuticas, além da farmacológica, têm sido 
indicadas em inúmeras propostas para o controle da HAS, entre as quais se destacam 
 
28 
 
as atividades físicas aeróbias. Embora muitas publicações demonstrem o efeito posi-
tivo substancial dos exercícios físicos aeróbicos na hipertensão, é intrigante que mui-
tas pessoas não participem de programas de exercícios diários. 
Os exercícios físicos aeróbicos estão incluídos, não somente nas medidas não 
farmacológicas de tratamento da HAS, como, também, constituem componente im-
portante de um tripé básico, em que se apóia a saúde (exercícios, alimentação ade-
quada e equilíbrio emocional), na busca do bem-estar total. 
 
Fonte: www.revistalis.com.br/ 
Muito se tem falado dos efeitos benéficos da atividade física em indivíduos sa-
dios e em indivíduos com algum distúrbio no equilíbrio de sua saúde, dentre os quais 
temos os hipertensos, os asmáticos, os obesos, os coronariopatias. Contudo, o exer-
cício físico não é um remédio para todas as doenças físicas, podendo até mesmo ser 
prejudicial, quando realizado sem supervisão adequada. 
Programas de condicionamento físico aeróbicos devem fazer parte do dia-a-dia 
dos indivíduos hipertensos. Entretanto, como em qualquer outra condição clínica, ao 
começar um programa de exercícios, principalmente em indivíduos previamente se-
dentários, faz-se necessária uma consulta médica inicial, na qual se realizará anam-
nese, exame físico e complementar, adequados. A presença de sintomas sugestivos 
de doenças cardiovasculares, tabagismo, vida sedentária, HAS, obesidade, diabetes, 
além de história familiar de doença arterial coronariana, HAS, AVE e morte súbita, 
 
29 
 
aumentam o risco de exercitar. A prática regular de exercícios deve ser bem orientada, 
visto que as complicações são raras, mas existem. 
A prescrição de exercícios da reabilitação cardiovascular na hipertensão arte-
rial deve ser individualizada, levando-se em conta as condições clínicas e cardiológi-
cas, as habilidades e aptidões, o grau sociocultural do indivíduo e as facilidades que 
a comunidade oferece. É importante que o programa a ser realizado se baseie em 
resultados obtidos em testes ergométricos, com monitorização da curva de PA, atra-
vés da qual se verificam respostas anormais ao exercício. O nível atingido de PA na 
prova de esforço é também recurso subsidiário, essencial para a determinação da 
intensidade do exercício proposto e seu acompanhamento. 
O programa proposto deve aumentar gradativamente a intensidade e/ou dura-
ção dos exercícios. O objetivo do tratamento deve ser a redução dos níveis pressóri-
cos, abaixo de 140/90mmHg. Caso o indivíduo esteja realizando exercícios sem su-
pervisão, recomendam-se algumas regras gerais, para que se evitem aumentos ma-
léficos nos níveis pressóricos. 
Os princípios gerais para a prescrição de exercícios são válidos para os porta-
dores de hipertensão. Tanto para segurança, quanto para a saúde, a atividade física 
deve sempre ser realizada, passando-se pelas seguintes fases. 
Período de aquecimento – fase na qual se aumenta a intensidade da respira-
ção, a circulação e a temperatura corporal, além de alongar os músculos, tendes e 
tecidos f conectivos. Essa fase ajuda a diminuir os riscos de lesões musculares, du-
rante os exercícios mais vigorosos, que virão a seguir. Deve durar de oito a dez minu-
tos, elevando a frequência cardíaca (FC). 
Período de condicionamento – fase de atividade que aumenta o condiciona-
mento cardiovascular. Os exercícios devem ser feitos com moderação, sem atingir a 
exaustão, com aumentos gradativos em sua intensidade e duração. Deve durar de 30 
a 60 minutos, ou mais, caso haja interrupções durante a atividade. 
 
Deve-se escolher uma atividade física que seja rítmica, repetitiva e que desafie 
os limites do sistema circulatório, em intensidade adequada e individualizada. Reco-
mendam-se atividades aeróbicas, como a corrida, a caminhada, a natação, o ciclismo, 
dentre outros. 
 
30 
 
Desaquecimento ou "volta à calma" – é a fase da desaceleração, na qual o 
indivíduo não deve ficar parado ou deitado e, sim, caminhar por alguns minutos, para 
que o corpo se reajuste, gradualmente, às menores exigências físicas. Essa fase man-
tém o retorno venoso ao coração, diminui o potencial para a hipertensão, tonteira, 
arritmias pós-exercício, e facilita a dissipação do calor e a remoção do ácido lático. 
 
Além dessas observações gerais, orientações específicas deverão ser segui-
das para o programa de reabilitação: tipo de exercício, intensidade, duração e fre-
quência de treinamento. 
19.1 Tipo de exercício 
Os exercícios estáticos impem maior carga pressórica ao coração, aumentam 
consideravelmente a pressão diastólica, com menor aumento da FC, quando compa-
rados com os exercícios dinâmicos. Em hipertensos, leves a moderados, o exercício 
isométrico resulta em aumentos, ainda maiores, na PAS e PAD, quando comparados 
com os normotensos. 
O exercício isométrico é capaz de aumentar o tamanho e a força dos músculos, 
com pouco ou nenhum benefício ao sistema cardiovascular, sendo, por isso, usado, 
na maioria das situações, em programas de treinamento de força. Os exercícios pre-
dominantemente estáticos ou resistivos não encontram subsídios para ser aplicados 
em hipertensos, pois a resposta hemodinâmica de aumento da PAS e da PAD, com 
consequente aumento da pós-carga, eleva, desproporcionalmente,o consumo de oxi-
gênio miocárdico. Além disso, existe maior potencialidade dos exercícios isométricos 
em desenvolver hipertrofia concêntrica do ventrículo esquerdo. Em indivíduos hiper-
tensos, contração isométrica da mão, por vários segundos, é capaz de gerar aumento 
perigoso da PA. 
No entanto, o American College of Sports Medicine (1996) não contraindica ab-
solutamente o exercício estático para hipertensos, desestimulando, contudo, ativida-
des e exercícios de alta intensidade, com componentes estáticos importantes. O trei-
namento com pesos, para esses indivíduos, deve ser prescrito usando-se baixas car-
gas e muitas repetições. 
 
31 
 
O treinamento aeróbico, por exercícios predominantemente dinâmicos, não al-
tera os níveis de PAS e PAD de repouso, em normotensos, muito embora a PAM 
possa sofrer queda, em função da menor FC basal, após certo período de tempo. 
Níveis de PAS máxima, geralmente, permanecem sem mudanças apreciáveis pré e 
pós-treinamento, tendendo a ser menores, em altas cargas de trabalho, quando com-
parados com os mesmos períodos. 
O exercício dinâmico, realizado regularmente em hipertensos leves a modera-
dos gera decréscimos significativos nos níveis de PAS e PAD, tanto em repouso como 
em esforço, após período de treinamento. 
Estudo de Seals et al. (1997) foi capaz de dar suporte experimental para pos-
tular que o exercício regular pode diminuir a PA de repouso, em mulheres pós-meno-
pausa, com HAS leve, incluindo nível normal alto. Estabeleceu a eficácia do exercício 
aeróbico, na população feminina, com maior prevalência em HAS. 
Na outra extremidade, Blumenthal et al., em 1991, ao compararem os efeitos 
do treinamento dinâmico/aeróbico e de força, sugerem que um programa de exercício 
aeróbico de intensidade moderada, sem alterações na dieta, em não obesos, e com 
nível médio de condicionamento físico, parece oferecer relativamente pouco benefício 
no que diz respeito a diminuições nos níveis de PA. Oferece, dessa forma, pouco 
suporte para o efeito anti-hipertensivo do exercício dinâmico. 
19.2 Intensidade 
Elemento básico da prescrição do exercício, a intensidade constitui o problema 
de mais difícil resolução, quando se planeja um programa de exercícios. É necessário 
que se individualize e monitore, adequadamente, de modo a assegurar que a intensi-
dade máxima prescrita não seja excedida. 
A intensidade do exercício pode ser expressa em termos absolutos ou relativos. 
Geralmente, é prescrita como um percentual da capacidade funcional individual, utili-
zando a FC, o índice de percepção do esforço (escala de Borg), o número de METs, 
ou o gasto energético estimado (VO2) para realizar os ajustes à intensidade desejada. 
 
 
32 
 
 
Fonte: slideplayer.com.br/ 
Habitualmente, recomendam-se intensidades de exercício na faixa de 40 a 85% 
da capacidade funcional, dependendo do estado clínico do hipertenso. A duração 
pode ser determinada, empiricamente, baseada nas respostas individuais. Contudo, 
a prescrição da intensidade deve também considerar os hábitos atuais de exercício 
do indivíduo. 
19.3 Duração 
Segundo Passaro & Godoy (1996), é consenso da Liga Mundial de Hipertensão 
que se recomende uma sessão de exercícios de 20 a 30 minutos, dependendo da 
intensidade e do tipo de atividade. O American College of Sports Medicine (1996), 
também, preconiza esse intervalo de tempo, afirmando que essa duração é importante 
para o aumento ou para a manutenção da capacidade funcional. Além disso, o ACSM 
recomenda aos indivíduos sedentários, assintomáticos, ou não, que as primeiras se-
manas de treinamento sejam de duração moderada (20 a 30 minutos) e intensidade, 
igualmente, moderada (40 a 60% da capacidade funcional). 
As alterações na duração e intensidade de um programa de exercícios devem 
ser individualizadas e baseadas na capacidade funcional, no estado de saúde, nos 
objetivos e metas e na resposta a atividades específicas. 
 
33 
 
19.4 Frequência do exercício 
A frequência das sessões depende, em parte, de sua duração e de sua inten-
sidade. Preconizam-se três a cinco sessões semanais, das quais uma ou duas podem 
ser realizadas de maneira recreativa. É importante que se atente para os resultados 
obtidos nas provas de esforço. Para indivíduos com capacidade funcional baixa (<3 
METs), sessões de cinco minutos, várias vezes ao dia, podem ser favoráveis. Pode-
se recomendar para pessoas com capacidade funcional entre 3 e 5 METs, uma a duas 
sessões diárias, ao passo que indivíduos com boa capacidade funcional (> 5 METs) 
devem exercitar-se, pelo menos, três vezes por semana, em dias alternados. Embora 
algumas pessoas possam ter mais benefícios em um programa que envolva doses 
moderadas de exercícios diários. 
Enfim, no geral, recomendam-se aos hipertensos exercícios aeróbicos periódi-
cos por, pelo menos, 30 a 40 minutos, três a quatro vezes por semana, que incluam, 
entre outros, a caminhada, a corrida, a natação e a bicicleta estacionária. 
O controle dos níveis pressóricos de repouso, apenas com medicação anti-hi-
pertensiva, pode não oferecer proteção adequada contra o aumento excessivo na PA, 
durante exercício físico. Entretanto, a adição do exercício aeróbico à terapia pode pre-
venir elevações excessivas da PA durante exercício físico, mesmo com modesta re-
dução na PA de repouso. 
 
 
Fonte: slideplayer.com.br/ 
 
34 
 
Além do aumento do VO2, o exercício físico, também, gera diminuições nos 
fatores de risco de hipertensão, incluindo queda no peso corporal, nos níveis de cate-
colaminas e insulina. O controle dos fatores de risco auxilia a redução do risco da 
hipertensão. 
Os hipertensos, sem evidentes contraindicações clínicas ao exercício, devem 
ser encorajados a entrar num programa de exercícios aeróbicos de intensidade leve 
a moderada, mesmo quando a PA de repouso é bem controlada com drogas. Ativida-
des de lazer periódicas, de intensidade leve a moderada, como a caminhada, jardina-
gem, dança, ginástica calistênica, golfe, boliche, andar a cavalo, tênis, bicicleta, hidro-
ginástica, natação, dentre outras, também apresentam importante papel. Corrida, Co-
oper, handebol, squash, aeróbica são consideradas atividades de lazer de alta inten-
sidade e devem ser evitadas. 
A atividade física aeróbia regular é capaz de promover aumento na capacidade 
física em nível pelo menos moderado, pode ser benéfica, tanto para a prevenção, 
como para o tratamento da hipertensão. No entanto, os efeitos do treinamento não 
persistem por mais de duas semanas, após a interrupção da atividade física regular. 
20 RECOMENDAÇÃO DE EXERCÍCIO PARA O PACIENTE HIPERTENSO 
A prescrição do exercício para hipertensos é, em geral, semelhante ao que se 
recomenda para desenvolver e manter a aptidão cardiorrespiratória de adultos normo-
tensos (ACMS, 2000). Os princípios gerais para a prescrição de exercícios são válidos 
para os portadores de HAS com o intuito de se obter manter segurança, devendo 
sempre ser realizada, passando-se pelas seguintes fases: período de aquecimento, 
período de condicionamento e período de desaquecimento. O período de aqueci-
mento corresponde à preparação dos músculos, tendões e tecidos conectivos que 
serão requisitados durante o exercício; o período de condicionamento é a fase de 
atividade que aumenta o condicionamento cardiovascular, ou seja, é a execução do 
exercício propriamente dito e o período de desaquecimento ou fase da desaceleração, 
é onde o corpo se reajuste, gradualmente, mantendo o retorno venoso ao coração e 
facilita a dissipação do calor e a remoção do ácido lático (CHOBANIAN et.al. 2003). 
 
35 
 
A Sociedade Brasileira de Cardiologia recomendaque indivíduos hipertensos 
iniciem programa de exercício físico regular, desde que submetidos à avaliação clínica 
prévia. Os exercícios devem ser de intensidade moderada, de três a seis vezes por 
semana, em sessões de 30 a 60 minutos de duração, realizados com frequência car-
díaca entre 60% a 80% da máxima ou entre 50% e 70% do consumo máximo de 
oxigênio (HARWATZ, 1993 e HASFORD, 1992). 
Quanto aos exercícios de resistência muscular localizada, a sobrecarga reco-
mendada não deve ultrapassar 50% a 60% da contração voluntária máxima e esses 
exercícios devem ser empregados de forma complementar ao exercício aeróbio (SBC, 
SBH, SBN, 2006). 
É extremamente útil incentivar um estilo de vida mais ativo fisicamente, porque 
pode provocar um impacto significativo na morbidade e mortalidade cardiológica, o 
que acarretará numa redução acentuada nos custos do sistema de saúde (KAVANA-
GHT, 2001). O efeito do exercício físico sobre os níveis de repouso de pressão 
arterial de grau leve a moderado é especialmente importante, uma vez que o paciente 
hipertenso pode diminuir a dosagem dos seus medicamentos anti-hipertensivos ou 
até ter sua pressão arterial controlada sem a adoção de medidas farmacológicas 
(RONDON, 2003). 
20.1 Protocolo 
 Caminhada de intensidade leve a moderada (60-80% da FC estimada pela 
fórmula de KARVONEN). 
 Frequência mínima de três vezes por semana. 
 Duração de 30 minutos por sessão. 
 A reavaliação dos pacientes seria feita a cada dois meses, tendo por objetivo 
acompanhar sua evolução, bem como adaptar as cargas da prescrição às suas novas 
condições de treinamento. 
 
36 
 
21 CARDIOPATAS 
As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte nos 
países desenvolvidos e sua ocorrência tem aumentado de forma epidêmica nos paí-
ses em desenvolvimento (GARBOSSA et al., 2009). Essas doenças, na realidade bra-
sileira, ocupam a liderança das causas de morte e de internação hospitalar, corres-
pondendo a 32,6% dos óbitos de causa determinada (KEENAN et al.,2005; RENAULT 
et al., 2008). 
As doenças cardiovasculares (DCV) lideram os índices de morbidade e morta-
lidade no Brasil e no mundo, sendo a DAC a causa de um grande número de mortes 
e de gastos em assistência médica (STOCKER e KEANEY, 2004). 
No Brasil, segundo a Síntese de Indicadores Sociais de 2002, realizado pelo 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as DCV se destacam como a 
principal causa de mortes no país (28,8% para homens e 36,9% para mulheres), em 
todas as regiões e estados. A região Sul e o estado do Rio Grande do Sul, em parti-
cular, registram as maiores proporções, sendo responsáveis por 40% das mortes de 
mulheres3. O fumo, a obesidade, o diabetes mellitus, a hipertensão, os níveis eleva-
dos de colesterol, a história familiar de DAC e a falta de exercícios aumentam o risco 
da doença (FRANCO e MATOS, 2005; STOCKER e KEANEY, 2004). 
 
 
Fonte: www.clinicaabecedent.es/ 
Hermann e Lerman, (2001) sugerem que vários fatores de risco para a DAC 
estão diretamente relaciona- dos à disfunção endotelial. A presença desses fatores 
 
37 
 
de risco causa um grande número de mudanças prejudiciais à biologia vascular, in-
cluindo a diminuição da biodisponibilidade de óxido nítrico (NO), aumento da formação 
de radicais livres (RL) e aumento da atividade endotelial. Essas mudanças podem 
levar a uma capacidade vasodilatadora prejudicada (TSAO et al., 1998; ANTONIADES 
et al., 2003; SINGH e JIALAL, 2006). 
Introduzidos no Brasil na década de 1960, os programas de reabilitação cardi-
ovascular, tendo como ele- mento central a prática de exercício físico, têm sido consi-
derados um processo de restauração das funções físicas e psicossociais em indiví-
duos com doença coronariana prévia, e seu amplo papel na prevenção de eventos 
cardiovasculares e redução da mortalidade estão bem documentado (POLOCK e WIL-
MARK, 1993; Diário Oficial da União. Portaria, 2001). 
A atividade física é um fator importante na prevenção primária e secundária, 
bem como no tratamento das várias doenças cardiovasculares (POLOCK e WIL-
MARK, 1993). 
A inatividade física tem sido considerada um fator de risco importante das do-
enças cardiovasculares (Diário Oficial da União. Portaria, 2001). 
Estudos têm demonstrado que pacientes com doenças cardíacas, que partici-
pam de programas de treinamento físico regular, e que recebem orientação sobre 
controle dos fatores de risco para doenças cardiovasculares, apresentam menor nú-
mero de eventos pós-operatórios e de reinternações hospitalares, além de redução 
da mortalidade (CHARL- SON e ISOM, 2003; HEDBÄCK, et al., 2001). 
Na década de 40, surgiram os primeiros questionamentos sobre a conduta en-
tão preconizada do repouso prolongado no leito no manejo de pacientes portadores 
de doenças cardiovasculares. Juntamente com os resultados obtidos das pesquisas 
sobre os benefícios da atividade física para o sistema cardiovascular, houve uma mu-
dança em relação à atividade física no tratamento dos pacientes cardiopatas (SILVA 
e CATAI apud REGENGA, 2000). 
Kellerman criou, em 1962, em Washington, o primeiro programa de exercícios 
físicos direcionados a pacientes infartados e de cirurgia valvar, com duração de 16 
semanas. Este estudo tornou-se um marco inicial para criação de programas de rea-
bilitação cardíaca (SILVA e CATAI apud REGENGA, 2000). 
 
38 
 
Nas últimas décadas, a atividade física tem sido incorporada como uma con-
duta terapêutica no tratamento do paciente portador de cardiopatia, associado ao tra-
tamento medicamentoso e as modificações de hábitos alimenta- res e comportamen-
tais (HEDBÄCK, et al., 2001; TAYLOR, et al, 2004). 
Em recente meta-analise, foi confirmado o efeito benéfico da reabilitação car-
díaca independente do diagnóstico da doença arterial coronariana, do tipo de reabili-
tação e da dose de intervenção do exercício. Foi ainda evidenciado que os programas 
baseados no treinamento físico reduzem a mortalidade cardíaca e por todas as cau-
sas, apesar de não ter sido completamente elucidado o mecanismo preciso pelo qual 
a terapia com exercícios melhora o índice de morbidade e mortalidade em paciente 
com doenças cardiovasculares. (CHARLSON e ISOM, 2003; HEDBÄCK, et al., 2001; 
TAYLOR, et al, 2004). 
21.1 Atividade física para cardiopatas 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
Por mais que a prática diária de exercícios seja boa para controlar diabetes, 
níveis de colesterol e triglicérides e prevenir doenças cardíacas, indivíduos que já pos-
suem determinadas cardiopatias devem ficar atentos. A prescrição para esse grupo 
deve ser individualizada, já que alguns tipos de atividade física podem fazer mais mal 
do que bem ao coração. 
 
39 
 
De acordo com o médico Jomar Souza, presidente da SBMEE (Sociedade Bra-
sileira de Medicina do Exercício e do Esporte), pessoas com cardiomiopatia hipertró-
fica (CMH) têm forte restrição em relação à prática de atividades esportivas. A doença, 
que não tem cura, acomete uma em cada 300 pessoas em todo o mundo. É caracte-
rizada pelo espessamento do músculo cardíaco, o que o torna mais rígido que o nor-
mal. A hipertrofia dificulta a saída de sangue do coração, forçando-o a trabalhar mais 
para conseguir fazer o bombeamento adequado. 
“Neste caso, o ideal é fazer atividades de bem baixa intensidade, como jogar 
sinuca, boliche, golf, bocha, pesca e tiro ao alvo. A pessoa não pode praticar ativida-
des competitivas, como vôlei, futebol e natação. Na realidade, o médico cardiologista 
irá determinar o que esse paciente pode ou não fazer, pois até para atividades como 
pilates, ioga e tai-chi-chuan o indivíduo pode ficar restrito, jáque algumas posições 
podem causar aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca, levando a arrit-
mias graves”, esclarece Jomar. 
22 EXERCÍCIOS APÓS INFARTO 
Aqueles que já enfartaram podem fazer atividades físicas (em geral 60 dias 
após a alta hospitalar), mas é imprescindível acompanhamento médico. A recomen-
dação é fazer um teste ergométrico e um ecocardiograma antes de iniciar qualquer 
atividade, com o intuito de ver o nível de condicionamento físico do paciente e também 
analisar de perto o funcionamento do coração. 
Segundo Jomar, exercícios fazem parte da recuperação pós-infarto. “Mas é ne-
cessário ir aos poucos. É recomendável fazer atividades como caminhadas, que não 
levam o coração a mais que 150 batimentos por minuto, para não desgastar o músculo 
cardíaco”. 
Os exercícios ideais são os aeróbicos, como caminhar ou andar de bicicleta. A 
grande vantagem é que tais atividades aumentam a capacidade cardiorrespiratória, 
ao mesmo tempo elevando a oferta de oxigênio e diminuindo o consumo do gás pelo 
coração. A intensidade e duração deverão ser estabelecidas pelo médico, de acordo 
 
40 
 
com o histórico do paciente. Em uma segunda etapa da recuperação, a critério mé-
dico, pode ser incluída musculação, para ampliar a resposta muscular, a força e a 
potência do indivíduo. 
 
 
Fonte: saudenacomida.com.br/ 
22.1 Como prescrever exercício na insuficiência cardíaca 
Até os anos 60-70, recomendava-se repouso de três semanas aos pacientes 
que se recuperavam de IAM baseando-se no pressuposto de que o repouso facilitaria 
o processo de cicatrização do miocárdio. 
Entretanto, observou-se que o repouso prolongado no leito resultava em alguns 
efeitos deletérios e a atividade física promovia vantagens. 
 
Efeitos deletérios do repouso prolongado no leito 
 
 Redução da capacidade funcional 
 
41 
 
 Redução da volemia 
 Redução do rendimento cardíaco 
 Alteração dos reflexos cardíacos 
 Predisposição ao tromboembolismo pulmonar 
 Redução da massa muscular 
 Aumento da depressão e ansiedade 
 
Efeitos benéficos do condicionamento físico 
 
 Redução da pressão arterial 
 Aumento da lipoproteína de alta densidade (HDL) 
 Redução de triglicerídeos 
 Auxílio na redução do peso corporal 
 Melhora da intolerância à glicose 
 Redução de catecolaminas circulantes 
 Aumento do leito arterial coronário 
 Diminuição da adesividade plaquetária 
 Promoção de efeitos psicológicos benéficos 
 Diminuição da depressão 
 Redução da ansiedade 
 
Efeitos Fisiológicos do Exercício 
 
Efeitos Diretos 3 Bradicardia em repouso 3 Redução da PA (8 a 10 mmhg da 
PA sistólica e diastólica) 3 Aumento do tônus venoso periférico 3Expansão do vo-
lume plasmático 
 
Efeitos Indiretos 
 
 Redução dos fatores de risco cardiovasculares 
 Fortalecimento muscular esquelético 
 Mudanças no estilo de vida 
 
42 
 
22.2 Fisiologia do Exercício na Insuficiência Cardíaca 
 
Fonte: www.mdsaude.com 
Programas de condicionamento físico resultam em melhora da capacidade fun-
cional, redução da frequência cardíaca, pressão arterial sistólica e concentração plas-
mática de catecolaminas em intensidades submáximas de exercício. 
Após programas de treinamento, o consumo de oxigênio do miocárdio é menor 
a uma mesma intensidade de exercício e os pacientes podem tolerar intensidades 
maiores de esforço sem apresentar evidências de isquemia miocárdica 
 Alterações vasculares 
 Musculoesqueléticas e reflexas 
 Redução atividade simpática. 
 
Contraindicações para reabilitação cardíaca 
 
 Angina instável 
 Pressão arterial sistólica em repouso > 180 mmHg ou pressão arterial 
diastólica de repouso > 110 mmHg 
 
 Hipotensão ortostática com queda sintomática da pressão sistólica > 20 
mmHg 
 Estenose aórtica grave 
 Enfermidade sistêmica aguda ou febre 
 Arritmias não controladas 
 
43 
 
 Frequência cardíaca de repouso > 100 bpm 
 Insuficiência cardíaca descompensada 
 Bloqueio atrioventricular de segundo grau e avançados (sem marca-
passo) 
 Pericardite ou miocardite em atividades 
 Tromboembolismo embolismo recente 
 Trombose venosa profunda 
 ECG com desnivelamento do segmento ST > 2 mm 
 Problemas ortopédicos graves 
 Diabete melito não controlado 
 Outros problemas metabólico 
Pacientes de risco elevado 
 
 Dois ou mais infartos do miocárdio 
 Classe funcional > III da New York Heart Association 
 Capacidade funcional < 6 METs 
 Disfunção ventricular esquerda em repouso. 
 Depressão do segmento ST > 3 mm ou angina durante o exercício 
 Queda da pressão arterial sistólica durante o exercício 
 Episódio prévio de parada cardiorrespiratória 
 Taquicardia ventricular durante o exercício em intensidade < 6 METs 
 Incapacidade de autoavaliação de esforço. 
 Outras condições clínicas com risco de vida 
 
Princípios gerais da sessão de reabilitação 
 
 Período de aquecimento - consiste de 5min de caminhadas, exercícios 
de flexibilidade e exercícios localizados de baixa intensidade e utilizando 
pequenas massas musculares 
 Período aeróbico -duração de 20-30min ou mais de atividade física com 
intensidade constante ou variada, utilizando grandes grupos musculares 
 
44 
 
 Período de desaquecimento - objetiva um retorno gradativo às condições 
de repouso através de exercício de alongamento e caminhadas leves, 
durando cerca de 5 a 10min. 
 
Como prescrever exercício na Insuficiência Cardíaca 
Recursos terapêuticos plenos: 
 IECA 
 Diurético 
 Espironolactona 
 Betabloqueador - carvedilol/ metoprolol 
 Digital se necessário 
 Compensado i.e. seco 
 Prescrição de exercício e acompanhamento individualizado - avaliação 
acurada 
23 TIPO DE EXERCÍCIO 
23.1 Exercícios aeróbicos 
 Movimentos cíclicos que envolvam grandes grupos musculares 
 Exercícios do tipo resistido localizado 
 
Duração 
 
Gradualmente aumentada de acordo com a resposta clínica. 
 Iniciar com 15 minutos 
 Aumentar semanalmente 5 minutos conforme a tolerância 
 Introduzir exercícios resistidos após 2-3 semanas - 3-4 séries de 15 repetições 
ou 60 segundos. 
 
 
 
 
45 
 
Frequência 
 
 Na fase inicial recomenda-se duas sessões diárias. 
 Fase plena uma sessão diária 3-5 vezes por semana. 
 
Intensidade 
 
 Carga de trabalho correspondente a 50-80% do pico de consumo de oxigênio 
ou da carga máxima. 
 70-85% da frequência cardíaca máxima (FC máxima) 
 Percepção de esforço de 12 a 16 pela escala de Borg (10 bpm abaixo do ponto 
em que correram alterações no teste de esforço) 
 Limitação com base no limiar anaeróbico e -10% do ponto de descompensação 
respiratória. 
23.2 Exercícios resistidos 
Sugere-se trabalhar na faixa de 60% e 80% da força máxima atingida. 
Progressão da atividade leva em consideração: 
 Frequência cardíaca 
 Pressão arterial 
 Escala de percepção de Borg 
 
Como prescrever exercício na Insuficiência Cardíaca 
 
 Aquecimento - 5-10 minutos de alongamento 
 Fase aeróbica - 20-25 minutos de caminhada ou cicloergômetro com intensi-
dade de acordo com o limiar anaeróbico, com 2-5 minutos de recuperação. 
 Exercícios localizados - sessão de 10 a 15 minutos de exercícios de resistência 
muscular localizada, envolvendo os membros superiores, inferiores e tronco 
 Relaxamento - 5 minutos 
 
 
46 
 
 
Fonte: pt.slideshare.net/ 
 
Remodelamento VE e exercício 
 
Os efeitos da isquemia aguda e recorrente na função ventricular estão bem 
estabelecidos 
No entantoos efeitos da isquemia, que ocorre durante exercício, sobre o remo-
delamento ventricular após IAM são temas polêmicos. 
 Estudos publicados com Remodelamento adverso 
 Jugdutt et al. J.Am.Coll.Cardiol, 1988 
 Estudos publicados sem remodelamento adverso 
 Gianuzzi, et al (EAMI) J.Am.Coll.Cardiol. 1993 
 Gianuzzi, et al (ELVD) Eur.Heart J 1995 
 Cannistra, et al Circulation 1995 
 Dubach, et al Circulation 1997 and JACC 1997 
 Belardinelli R, et al Circulation 1999 
 
 
 
47 
 
Custo efetividade da reabilitação 
 
A reabilitação cardíaca é intervenção classificada em < $ 5.000/ QUALY 
Comparada com outras intervenções após IAM, como: revascularização mio-
cárdica, trombólise, tratamento com b -bloqueadores, inibidores da enzima de conver-
são, estatinas e antiplaquetários. 
Somente a cessação do tabagismo é mais custo efetiva do que a reabilitação 
cardíaca. 
24 IDOSOS 
24.1 Treinamento Físico para a Terceira Idade 
Nos últimos anos, o número de idosos cresceu significativamente, atingindo, 
nos dias atuais, um contingente nunca visto. Informações do Ministério da Saúde su-
gerem que, em 2025, o Brasil será o 6º país com maior número de pessoas idosas do 
mundo. Acredita-se que, até 2020, a população de idosos no país aumentará aproxi-
madamente 175%, que corresponde, em números absolutos, a uma população de 
aproximadamente 28 milhões de pessoas. 
Se, o número de idosos e a longevidade estão aumentando, significa que o sis-
tema de vida da terceira idade pode estar tendo diversas mudanças, podendo até ser 
um indicativo de melhora na qualidade de vida. Por outro lado, o processo de enve-
lhecimento além de estar atrelado à longevidade, também pode estar atrelado ao de-
clínio nas capacidades funcionais e na independência do idoso. 
 
 
48 
 
 
Fonte: www.efdeportes.com/ 
 
Com o envelhecimento, a tendência é que as pessoas se tornem cada vez me-
nos ativas, com base na ideia equivocada de que o exercício (esforço) é uma tarefa 
apenas para os jovens. 
Mas, vamos driblando esse preconceito aí, minha gente… 
Olhem o que a atividade física pode promover, em qualquer idade, mas em 
especial, para o público da terceira idade, conforme o resumo a seguir (SBME e 
SBGG, 1999): 
 Aumento do VO2 máx. (capacidade cardiorrespiratória); 
 Maiores benefícios circulatórios periféricos; 
 Aumento da massa muscular; 
 Melhor controle da glicemia; 
 Melhora do perfil lipídico (colesterol e triglicerídeos); 
 Redução do peso corporal; 
 Melhor controle da pressão arterial de repouso; 
 Melhora da função pulmonar; 
 Melhora do equilíbrio e da marcha; 
 Menor dependência para realização de atividades diárias; 
 Melhora da autoestima e autoconfiança; 
 Significativa melhora na qualidade de vida. 
 
49 
 
24.2 Recomendações de ttreino 
Treinamento de Força 
O adulto que não está engajado em um programa de treinamento de força pode 
perder, aproximadamente, 400 a 500g de massa muscular por ano depois da quinta 
década de vida (Nelson et al., 1994) 
No entanto, para a efetivação dos resultados provenientes do treinamento de 
força, alguns aspectos precisam ser observados, os quais serão apresentados a se-
guir: 
 Exercícios: dependem dos objetivos e de alguma eventual limitação clínica 
do idoso. Na fase inicial do treinamento, que a duração deverá ser, aproximada-
mente, 2 a 3 semanas, é interessante que os exercícios sejam em máquinas e para 
grandes grupos musculares. Após a adaptação, os exercícios poderão ser prescritos 
com pesos livres. 
 Intensidade: na fase inicial do treinamento, a carga inicial deve ser, aproxi-
madamente, 50% de 1 RM. Após esta fase, a carga poderá ser aumentada até 80% 
de 1 RM. Em termos práticos, em razão da relativa dificuldade para a determinação 
de carga máxima em idosos, pode-se utilizar valores correspondentes à sensação 
subjetiva de esforço. 
 Séries e repetições: No período inicial de treinamento, é suficiente um nú-
mero entre 1 e 3 séries. Depois desta fase, a quantidade de séries pode permanecer 
em 3. Na fase de adaptação ao treinamento, realizado com menos carga, as repeti-
ções podem estar entre 8 a 15. Após esta fase, quando a carga tende a aumentar, as 
repetições realizadas podem estar entre 8 a 12. 
 Intervalo de recuperação entre as séries: A fim de que não ocorra uma ele-
vação desnecessária das respostas cardiovasculares durante o exercício, recomen-
dam-se intervalos de recuperação entre 1 e 2 min. 
 Respiração: a atenção para o aspecto respiratório baseia-se, somente, 
para evitar a manobra de Valsalva e, como consequência, aumentar as respostas car-
diovasculares desnecessariamente. 
 
 
 
50 
 
Treinamento aeróbio 
 
Fonte: www.solarisnutrition.com.br/ 
Um dos principais benefícios do treinamento aeróbio é a diminuição dos riscos 
para doenças cardiovasculares. Sua aplicabilidade para a melhoria das AVD’s (Ativi-
dades de Vida Diária) é pequena, em se tratando do aumento da densidade mineral 
óssea, somente será benéfico se houver impacto. É uma prescrição relativamente 
simples e deve abordar os seguintes aspectos: 
 Intensidade: Quando houver teste ergométrico, deve estar entre 50% a 80% da 
FCres, dependendo do estado de treinamento. Na ausência de teste específico, 
pode-se ainda utilizar uma escala de sensação de esforço, desde que a inten-
sidade permaneça em um ponto consideravelmente abaixo do máximo de es-
forço. 
 Duração: Deve estar compreendida entre 20 a 60 min, podendo ser realizada 
de forma contínua ou em intervalos. Frequência semana pode ser entre 3 a 4 
vezes de preferência em dias alternados. 
 
 
 
 
51 
 
Treinamento de flexibilidade 
 
A perda da flexibilidade com o aumento da idade pode elevar as chances de 
queda e, consequentemente, comprometer a qualidade de vida. Por isto, deve ser 
incluído em um programa de exercícios físicos do idoso. Recomendações: 
 Tipo de alongamento: o alongamento estático passivo é o mais seguro, por 
isto, é o mais utilizado em pessoas idosas; 
 Intensidade: o exercício de alongamento deve ser conduzido até uma am-
plitude próxima da máxima; 
 Duração: tempo entre 10 e 30 segundos parece ser suficiente para possi-
bilitar resultados significativos. Frequência semanal mínimo sugerida é de 3 vezes; 
 Número de séries: Não estabelecido. Normalmente, são prescritas até 3 
séries para cada alongamento; 
 Quantidade de exercícios: Em idosos, o grupo muscular solicitado é mais 
importante do que a quantidade de exercícios. Nesse sentido, a ênfase maior deve 
estar nos membros inferiores e na musculatura posterior do tronco. 
P.S = qualquer prescrição de treinamento deve ser feita após criteriosa avalia-
ção médica e física. 
25 OBESIDADE 
A obesidade é uma doença crônica definida pelo excesso de gordura corporal, 
como resultado de um desequilíbrio energético influenciado por fatores que podem 
estar vinculada a características genéticas, nutricionais, endócrinas, hipotalâmicas, 
farmacológicas, ambientais e comportamentais (principalmente a inatividade física), 
que se inter-relacionam e se potencializam mutuamente.1 Na prática clínica, é comu-
mente diagnosticada através do índice de massa corpórea (IMC), calculado através 
da razão entre o peso (kg) e o quadrado da altura (m). Para utilização do IMC, deve-
se assumir que ocorre uma distribuição igual de gordura no corpo inteiro do indivíduo. 
Contudo, esta análise não leva em conta a heterogeneidade da deposição regional de 
gordura, sendo está um fator importante na correlação da obesidade com distúrbios 
metabólicos que levam a doenças cardiovasculares, diabetes mellitus dotipo 2 (DM2), 
 
52 
 
dislipidemia, hipertensão, câncer, apneia do sono e síndrome metabólica. 
 O excesso de gordura visceral acelera a mobilização dos ácidos graxos pelo 
sistema porta devido ao aumento de lipólise neste sítio. A elevada concentração de 
ácidos graxos livres no fígado e o excesso de gordura corporal estão associados à 
maior incidência de distúrbios metabólicos, hormonais, inflamatórios e cardiovascula-
res, como intolerância à glicose, dislipidemia, hiperinsulinemia, resistência à insulina 
e estresse oxidativo, com redução crônica da disponibilidade do óxido nítrico. Todos 
estes em conjunto implicarão em maior acometimento do sistema cardiovascular e 
impacto negativo sobre os órgãos-alvo, particularmente sobre o eixo cardiorrenal. 
 Atualmente, o tecido adiposo tem sido reconhecido como um órgão multifunci-
onal, produtor e secretor de vários peptídeos e proteínas bioativas, denominadas adi-
pocitocinas, que estão envolvidas na inflamação e na resposta do sistema imune. De 
acordo com sua localização, o adipócito apresenta características metabólicas dife-
rentes, sendo que o excesso de gordura, principalmente localizado na região abdomi-
nal, apresenta maior risco para o desenvolvimento de DM2 e de doença cardiovascu-
lar (DCV). Quando comparado à gordura corporal total, o tecido adiposo visceral (TAV) 
apresenta maior correlação com os triglicerídeos (TG), pressão arterial (PA) sistólica, 
PA diastólica, e está associado com a resistência insulínica e inflamação de baixo 
grau. Logo, o excesso ou a distribuição desfavorável de gordura devem ser combati-
dos devido aos elevados riscos impostos à saúde. 
 A obesidade tem assumido proporções epidêmicas em vários países no 
mundo, o qual tem sido considerada um importante problema de saúde pública. Con-
comitantemente à obesidade, a inatividade física tem sido considerada um fator de 
risco independente para DCV. Por isso, a prática de exercícios físicos vem sendo re-
comendada como uma das principais intervenções não farmacológicas, com o objetivo 
de prevenção primária e tratamento da obesidade e dos fatores de risco associados. 
 Os exercícios físicos são recomendados como componente indispensável de 
um programa de controle, redução e prevenção do ganho de massa corporal. Para 
que tais objetivos sejam atingidos, a prática regular dos treinamentos aeróbio e com 
exercícios resistidos (ER) tem sido recomendada, devido às modificações favoráveis 
no gasto calórico, massa corporal magra e gordura corporal, concorrendo para o ema-
grecimento. Desse modo, o presente artigo tem como objetivo revisar a atuação des-
sas formas de treinamento na obesidade, bem como detalhar algumas diretrizes que 
 
53 
 
podem ser usadas para prescrição de exercícios em indivíduos obesos. 
 A inclusão dos ER como parte integrante de um programa de atividade física 
vem sendo recomendada por organizações de saúde como a American Heart Associ-
ation. Embora essas recomendações sejam baseadas principalmente nos efeitos dos 
ER sobre a força muscular, estudos transversais têm demonstrado que a massa mus-
cular está inversamente associada com todas as causas de mortalidade e prevalência 
da síndrome metabólica, independentemente dos níveis de aptidão cardiorrespirató-
ria. 
 Variáveis metodológicas como sobrecarga ou intensidade, duração e volume 
de treinamento, ordem dos exercícios, tempo de intervalo entre as séries, exercícios 
e sessões, número de séries e repetições, frequência semanal e velocidade de movi-
mento estão envolvidas na elaboração de um programa de ER. Estas podem ser ma-
nipuladas de acordo com a especificidade do treinamento, objetivos e necessidades 
individuais. Tais variáveis podem desencadear diferentes respostas fisiológicas du-
rante sua realização, tendo impacto direto na segurança cardiovascular. 
 Os ERs ainda são pouco estudados como parte integrante de um programa 
de exercícios para o tratamento e prevenção da obesidade. O fato pode ser explicado, 
em parte, pelo menor gasto energético e mobilização de gordura quando comparado 
ao exercício aeróbio (EA). No entanto, diferenças na resposta hormonal ao (potencial 
para a estimulação aguda da taxa metabólica e oxidação de gordura após a atividade) 
e de melhoria do balanço proteico muscular (potencial para aumentar o gasto energé-
tico total cronicamente) podem justificar a investigação dos benefícios. 
 O treinamento aeróbio é considerado como uma modalidade de exercício efi-
caz para aumentar o gasto energético e o consumo de oxigênio pós-exercício, entre-
tanto, estudos têm demonstrado que a prática de ER também pode exercer uma in-
fluência positiva sobre estas variáveis. Evidências sugerem que os ER possam de-
sencadear um EPOC significativo para o controle do peso corporal e, adicionalmente. 
 Farinatti e colaboradores, por exemplo, investigaram os efeitos dos ERs rea-
lizados com diferentes intervalos de recuperação, utilizando séries múltiplas em pe-
quenos e grandes grupamentos musculares sobre o consumo de oxigênio e gasto 
energético em homens saudáveis. Os autores demonstraram que o consumo de oxi-
gênio durante e após uma sessão de ER realizada com número de repetições e so-
brecarga similares pode ser influenciado pela massa muscular exercitada, assim como 
 
54 
 
pelo intervalo de recuperação utilizado na sessão de treinamento. O consumo de oxi-
gênio foi maior na sessão de ER composta por grandes grupamentos musculares 
quando comparado à sessão de ER executada com pequenos grupamentos muscu-
lares. Além disso, os autores também observaram que os intervalos de recuperação 
influenciaram a demanda metabólica no decorrer das séries. 
 De acordo com as diretrizes para prescrição de exercícios para a perda de 
peso e prevenção do reganho de peso corporal em adultos até o momento, as evidên-
cias científicas existentes na literatura não suportam que a prática de ER seja eficaz 
para perda de peso, com ou sem restrição alimentar. No entanto, alguns estudos têm 
sugerido que a prática regular dos ERs pode ser eficaz na promoção da perda de peso 
em indivíduos obesos. Recentemente, em revisão sobre o potencial clínico dos ERs 
no tratamento da obesidade, Strasser e colaboradores demonstraram que a prática 
dos ERs esteve associada com uma diminuição da massa de gordura e um concomi-
tante aumento da massa corporal magra e, portanto, com pouca ou nenhuma mu-
dança efetiva no peso corporal. 
 Embora os efeitos dos ERs sobre a massa corporal total e a composição cor-
poral possam ser modestos, a prática dos ERs tem sido associada com melhorias em 
fatores de risco cardiovascular na ausência de perda de peso significativa. Há ainda 
estudos que demonstram redução no colesterol total. 
 Recentemente, evidências têm sugerido que programas de ER supervisiona-
dos, desde que sejam bem elaborados, podem ser tão ou mais seguros do que muitos 
esportes de contato ou de alto impacto, principalmente para crianças e adolescen-
tes. Dessa forma, o treinamento da força muscular foi incluído como um componente 
essencial de aptidão física nas recentes recomendações de jovens para a prática de 
atividade física. Alguns estudos realizados com crianças e adolescentes têm demons-
trado alterações positivas em seus perfis metabólicos, independentemente da perda 
de peso ou até alterações na composição corporal. Benson e colaboradores realiza-
ram uma revisão sistemática com objetivo de investigar o efeito dos ERs sobre o perfil 
metabólico de crianças e adolescentes, na qual foram incluídos 12 estudos de inter-
venção com ER. Os autoresnão observaram diferenças significativas para o IMC, 
composição corporal, colesterol total, LDL-c, HDL-c e TG. No entanto, foram demons-
tradas melhorias para a glicemia de jejum e sensibilidade à insulina, independente-
mente de mudanças na composição corporal. 
 
55 
 
 Em outro estudo, Van der Heijden e colaboradores reportaram aumento na 
força muscular, massa corporal magra, sensibilidade à insulina e redução na taxa de 
produção de glicose após 12 semanas de intervenção exclusivamente com ER em 
adolescentes obesos. Em contraste, a mesma intervenção não foi capaz de promover 
mudanças na gordura total, visceral, hepática e intramiocelular dessa população. 
 Em recente revisão, Dietz e colaboradores investigaram o efeito da prática ex-
clusiva de ER sobre a composição corporal e fatores de risco cardiovasculares. Dos 
seis estudos incluídos na revisão, quatro reportaram mudanças significativas na com-
posição corporal, com aumento da massa magra e IMC e diminuição na massa de 
gordura. Três estudos analisaram o efeito da prática dos ER sobre os fatores de risco 
cardiovascular, e apenas um demonstrou redução significativa na PA sistólica. 
 Os dados relacionados ao efeito de um treinamento exclusivo com ER em cri-
anças e adolescentes obesos ainda permanecem inconclusivos. Estudos randomiza-
dos controlados ainda são insuficientes para definir a prescrição de um programa de 
ER com eficácia clínica para prevenção e tratamento de doenças. 
 
 
Fonte: treinomestre.com.br 
 
 
 
56 
 
25.1 Exercícios aeróbios e obesidade 
 
 Os benefícios da prática de atividade física ou engajamento em programas de 
exercício físico, acarretando mudanças no estilo de vida sedentário, estão bem docu-
mentados na literatura, constituindo importante intervenção no tratamento da obesi-
dade. Outro fator primordial na tentativa de reversão do quadro da obesidade é a mo-
dificação dos padrões alimentares. Portanto, é fácil de pensar que dietas hipocalóricas 
parecem ser a melhor medida adotada para quem deseja perder peso. No entanto, a 
associação de ingestão alimentar balanceada com aumento relevante do dispêndio 
energético diário total parece ser ainda mais benéfica, pois além de uma redução da 
massa gorda, há uma manutenção da massa magra. 
 O exercício aeróbio vem sendo amplamente utilizado em programas de ema-
grecimento como forma de exercício físico mais eficaz para perda de massa corporal, 
principalmente da massa de gordura. Isto se justifica pelo aumento do deficit energé-
tico gerado por tal exercício, tanto durante como após o término do mesmo. O aumen-
tado consumo de oxigênio mesmo após o término do esforço é um dos fatores positi-
vos do exercício aeróbio em relação à perda e/ou manutenção do peso. 
 Imediatamente após o término do exercício aeróbio, um EPOC rápido parece 
acontecer decorrente da ressíntese de ATP-CP, da remoção do lactato sanguíneo, do 
aumento na temperatura corporal e do metabolismo lipídico. Este consumo de oxigê-
nio parece ainda permanecer aumentado por horas decorrente principalmente do ciclo 
dos triglicerídeos/ácidos graxos. Porém, a magnitude e duração parecem ser relacio-
nadas linearmente com o tempo e exponencialmente com a intensidade do es-
forço. Em resumo, exercícios aeróbios de alta intensidade e longa duração parecem 
promover um maior gasto energético e, além disso, podem causar aumento da aptidão 
cardiorrespiratória. 
 Outro fator positivo do EA sobre a obesidade se dá pela estreita relação entre 
o impacto deste sobre a ingestão alimentar e queima de gordura, pois o trabalho cor-
poral requer energia fornecida pelos nutrientes para que haja restauração dos esto-
ques de combustível. 
 Whybrow e colaboradores analisaram o efeito do exercício aeróbio em diferen-
tes intensidades verificadas em grupos que não realizaram nenhum exercício (grupo 
 
57 
 
controle) e grupos que realizaram exercícios com moderada e elevada intensidades, 
sobre o apetite, ingestão alimentar, dispêndio e balanço energético em homens e mu-
lheres. Os autores constataram que o dispêndio energético gerado pelo exercício ae-
róbio começa a ser compensado ou contrabalanceado pela ingestão alimentar, num 
curso de uma a duas semanas. Nesse sentido, mais recentemente, King e colabora-
dores esclareceram que o efeito do EA sobre a regulação do apetite envolveria um 
aumento em todos os sinais orexígenos e um concomitante aumento na eficiência de 
sinais de saciedade. No entanto, os mesmos autores alegaram que estes processos 
não operam com a mesma força e eficácia em todos os indivíduos praticantes de exer-
cícios. Juntas, as forças destes dois processos podem determinar se indivíduos per-
derão peso com a prática de exercício, ou se o peso corporal será mantido através do 
efeito compensatório do aumento da ingestão alimentar após a sessão de exercício 
aeróbio. 
 Em relação às respostas compensatórias ao deficit energético gerado pelo exer-
cício aeróbio, King e colaboradores sugeriram que a influência das respostas compen-
satórias metabólicas (respostas automáticas ou obrigatórias, como a taxa metabólica 
de repouso e o dispêndio energético gerado por outras atividades fisiológicas) e com-
portamentais (respostas voluntárias ou facultativas, como a ingestão alimentar) seria 
um ponto-chave no tocante à barreira para perda de peso induzida pela prática de 
exercício aeróbio. As respostas compensatórias comportamentais possuiriam maior 
poder influenciador sobre o balanço energético do que as respostas metabólicas. Por-
tanto, as contribuições do exercício físico nas perturbações ao balanço energético são 
menos expressivas do que as contribuições dadas por meio da ingestão alimentar. 
 No tocante às variações do EA destinadas à perda ou manutenção do peso cor-
poral, o EA intervalado de alta intensidade tem ganhado bastante notoriedade nos 
últimos anos. Os HIITs são uma forma aperfeiçoada de treinamento intervalado que 
utilizam estratégias de alternância entre curtos períodos de exercícios intensos com 
períodos de recuperação ativa. Esta modalidade de treinamento físico, quando com-
parada ao exercício aeróbio contínuo tradicional, vem apresentando satisfatórios re-
sultados sobre o desempenho físico, bem como um aumentado metabolismo de gli-
cose, ao mesmo tempo que favorece a oxidação lipídica e consequentemente o rápido 
emagrecimento. Além disso, Gremeaux e colaboradores relataram que os HIITs vêm 
 
58 
 
demonstrando ser uma forma segura, eficiente e bem tolerada por indivíduos normo-
ponderais e obesos, com taxas de 97% de aderência e nenhum evento adverso con-
tabilizado durante o treinamento físico nestas populações. 
 A partir das evidências acima expostas, parece que o efeito de sessões agudas 
de exercícios aeróbios sobre o gasto calórico e emagrecimento depende extrema-
mente da intensidade do exercício empregado. Exercícios aeróbios com intensidades 
de moderada a extenuante (>60%VO2máx) parecem ser mais eficazes no tocante ao 
efeito supressor da ingestão alimentar, bem como sobre a magnitude do dispêndio 
energético gerado durante e após o exercício. Além disso, os exercícios intervalados 
de alta intensidade parecem ser uma excelente estratégia para otimização dos resul-
tados em um programa de emagrecimento. 
 
 
Fonte: dicassobresaude.com 
 
25.2 Recomendações para a prescrição do exercício em obesos 
 
 Como já destacado, sobrepeso e obesidade estão relacionados a diversas do-
enças crônicas incluindo-se as doenças cardiovasculares, diversas formas de câncer, 
além de numerosos problemas musculoesqueléticos.Associados a estes, somam-se 
 
59 
 
ainda problemas de ordem psicológica como a depressão e a ansiedade, entre outros. 
 Se por um lado diversas doenças estão associadas ao excesso de peso, a 
prática regular do exercício está relacionada à redução ou controle desta condição, e 
consequentemente, à promoção da saúde. Contudo, para que um programa de exer-
cícios exerça um papel positivo no controle do peso corporal, ele deve ser prescrito 
com bases metodológicas consistentes, envolvendo os seguintes componentes: du-
ração do esforço, intensidade do esforço, frequência semanal das atividades, tipo de 
atividade executada e forma de progressão do treinamento. Estes componentes de-
vem ser organizados de modo a provocar um balanço energético negativo e uma me-
lhora na composição corporal dos praticantes, incluindo-se a redução da gordura cor-
poral e o aumento da massa corporal magra. 
 Como destacado pelo ACSM, a quantidade de atividade física que poderá ser 
necessária para preservar a perda de peso e prevenir a recuperação do mesmo deve 
envolver as seguintes considerações: 
 
 - A modalidade de atividade deve ser preferencialmente aeróbia, que envolva grandes 
grupamentos musculares, seja simples e, preferencialmente, possa ser mantida du-
rante um maior período. Nesse caso, atividades como a caminhada, o ciclismo esta-
cionário ou ao ar livre e a corrida são preconizadas. Outras atividades como patinação, 
natação e remo podem ser realizadas. Contudo, por exigirem maior técnica para sua 
execução, necessitam de maior período de tempo para o aprendizado, o que pode 
desencorajar os praticantes. O acréscimo do trabalho contra resistência também deve 
ser encorajado devido aos seus efeitos positivos nas estruturas da composição cor-
poral (gordura corporal e principalmente massa corporal magra) e na aptidão física 
geral, destacando-se aí a força e a resistência muscular; 
- A frequência semanal de treinamento deve ser de cinco a sete dias. Em alguns 
casos, pode-se iniciar a prescrição com uma frequência de três dias e, com a evolução 
do condicionamento, evoluir para sete dias na semana. É importante destacar que a 
frequência do treinamento está estritamente relacionada à duração e intensidade do 
esforço. O somatório desses aspectos, associado às respostas individuais do prati-
cante, é que norteou o delineamento da frequência semanal trabalhada 
- Inicialmente, levando-se em conta que os indivíduos geralmente não são bem con-
dicionados, a duração das atividades deve ser de 30 minutos. Com o aprimoramento 
 
60 
 
do condicionamento, deve-se buscar atingir 60 minutos de atividades físicas diárias. 
Os adultos com sobrepeso e obesidade podem acumular essa quantidade de ativi-
dade em múltiplas sessões de dez minutos de duração ou através de aumentos em 
outras formas de atividades relacionadas ao estilo de vida com intensidade moderada. 
Em alguns casos, para que ocorram perdas mais significativas do peso corporal, pro-
gramas com duração de 60 a 90 minutos ao dia podem ser realizados; 
 - Para indivíduos mal condicionados que estão iniciando um programa de exercícios, 
a intensidade do esforço deve ser baixa ou moderada. Nesse sentido, preconiza-se 
adotar 40 a 60% do consumo de oxigênio de reserva ou da frequência cardíaca de 
reserva. A progressão para uma intensidade mais elevada deve ser alvo com a evo-
lução do condicionamento. Nesse caso, deve-se trabalhar em uma faixa de esforço 
entre 50 a 75% do VO2R ou da FCR. A percepção do esforço é outro indicador de 
intensidade que pode ser usado para quantificar a intensidade do exercício aeróbio, 
devido a sua praticidade e relação com o VO2R e a FCR. Nesse caso, deve-se traba-
lhar numa faixa com variação de quatro a sete em uma escala de dez pontos. É im-
portante destacar que o sucesso da aplicação da Escala de Borg está relacionado à 
ambientação do indivíduo com sua utilização para uma dada modalidade de atividade 
(por exemplo: caminhada, bicicleta etc). Por isso, uma pessoa treinada em usar a 
escala no cicloergômetro, não obrigatoriamente a usará corretamente na corrida ou 
na natação; 
- A progressão do treinamento é um aspecto muito individual e depende do somatório 
envolvendo frequência, duração e intensidade do esforço. Como regra básica, pode-
se assumir que um indivíduo, ao perceber que o esforço imposto por uma sessão de 
exercícios não está forte, pode aumentar ligeiramente este esforço na sessão seguinte 
e assim por diante. Outra forma bastante eficiente de se trabalhar para aumentar a 
sobrecarga de treinamento é alternar sessões de intensidade mais elevada e menor 
duração com sessões de intensidade menos elevada e maior duração, ao longo da 
semana. O importante é progredir na frequência, duração e intensidade do esforço 
conforme o praticante for se adaptando às sessões anteriores. Como destacado por 
McArdle e colaboradores, progressões excessivamente rápidas revelam-se contra-
producentes, pois a maioria dos indivíduos com excesso de peso se opõe a esse tipo 
de progressão no início. Além disso, progressões muito acentuadas podem tornar o 
 
61 
 
exercício menos prazeroso, o que pode levar à redução na adesão aos programas de 
exercícios. 
 
Fonte: minhavida.com.br 
 
 No que diz respeito ao trabalho contra resistência, as variáveis de prescrição 
do treinamento são as seguintes: seleção dos exercícios, número de séries, número 
de repetições por série, cargas utilizadas, intervalos entre séries e exercícios, 
frequência semanal e forma de condução do treinamento. Assim como no trabalho 
aeróbio, o resultado alcançado depende da forma pela qual as variáveis serão 
combinadas. Logo, os objetivos com a prescrição e o condicionamento do praticante 
determinarão a melhor combinação. Antes de falar especificamente de cada variável 
de prescrição é importante ressaltar que as normas de prescrição existentes são 
preconizadas para indivíduos que desejam aprimorar a aptidão física geral e, por isso, 
também se aplicam aos indivíduos obesos ou com sobrepeso. 
 Na seleção dos exercícios, geralmente são executados aqueles que recrutam 
os principais grupamentos musculares acionados nas atividades cotidianas. Em geral, 
de oito a 12 exercícios são executados para grupamentos musculares 
variados.13 Dentre os mais utilizados, destacamos o desenvolvimento supino, a 
puxada pela frente, as remadas altas e ao peito, o desenvolvimento pela frente, as 
 
62 
 
cadeiras extensora e flexora, adutora e abdutora, o leg press e os abdominais. 
Exercícios mais específicos envolvendo menores grupamentos musculares como 
roscas, bíceps e tríceps e a flexão plantar também são muito usados. Uma descrição 
desses exercícios, bem como alguns cuidados a serem adotados na execução dos 
mesmos podem ser vistos em literatura complementar.34 Como os exercícios contra 
resistência geralmente são realizados na mesma sessão em que os exercícios 
aeróbios, a quantidade de exercícios realizada poderá sofrer influência das 
características e do tempo destinado à prescrição do treinamento aeróbio. 
 Quanto ao número de séries, geralmente são conduzidas de duas a quatro. 
Essas séries poderão ser derivadas do mesmo exercício ou de uma combinação de 
exercícios que incidam no mesmo grupamento muscular.13 Indivíduos mal 
condicionados, em alguns casos, podem começar o programa de treinamento 
executando de uma a duas séries, mas na prática, isso não é muito comum. As 
repetições máximas em cada série variam de 8 a 12. Essa faixa é amplamente 
empregada devido às possibilidades de obtenção da força e resistência muscular. 
Contudo, ressaltamos que em uma fase deaprendizado do exercício, o conceito de 
repetição máxima não necessita ser enfatizado. Nesse caso, repetições submáximas 
podem ser realizadas e, a partir do momento em que o aprendizado for efetivado, o 
praticante passará a trabalhar adotando repetições máximas nas séries. 
 As cargas usadas dependem do número de repetições máximas realizadas e, 
geralmente, situam-se entre 60 e 80% de uma repetição máxima. Os intervalos entre 
séries e exercícios, comumente, variam de dois a três minutos e devem ser aplicados 
de modo a promover uma adequada recuperação para realização das séries 
subsequentes com as repetições propostas. Logo, uma variação mais ou menos 
acentuada na duração dos intervalos pode ser verificada nas primeiras ou últimas 
séries realizadas em um dado exercício, assim como em exercícios para distintos 
grupamentos musculares. 
 No que concerne à forma de condução, o treinamento pode ser realizado 
através de vários sistemas. Monteiro e Farinatti descrevem certos aspectos 
metodológicos da aplicação de alguns sistemas, cujas principais características são 
descritas a seguir. Um dos sistemas mais tradicionais consiste em realizar os 
exercícios na forma de circuito. Nesse sistema, os exercícios são realizados 
sequencialmente, com pouco intervalo entre cada um (geralmente 30 segundos a 1 
 
63 
 
minuto). Em alguns casos, quando os grupamentos musculares são variados de um 
exercício para o outro, pode-se realizar a sequência sem intervalos. Contudo, no caso 
dos indivíduos obesos ou com sobrepeso, seria prudente aplicar ao menos um 
pequeno intervalo entre os exercícios para evitar a fadiga e não desmotivar os 
praticantes. Outra forma de trabalho bastante usual consiste no sistema de séries 
múltiplas, no qual ao menos três séries são realizadas para cada exercício. A 
sequência de aplicação dos exercícios nesse sistema pode ser bem variada. Podem 
ser realizadas séries em sequência para um mesmo exercício (ou exercícios distintos 
para um mesmo grupamento muscular), com intervalos de dois a três minutos. 
Quando essa forma de trabalho é aplicada, intervalos de dois a três minutos devem 
ser executados para evitar a fadiga na musculatura exercitada. Na realidade, uma boa 
estratégia para estabelecer os intervalos entre séries e exercícios consiste na 
utilização da percepção do esforço do praticante. Quando ele se sentir apto, uma nova 
série será então realizada. Alternar os segmentos também é uma boa estratégia de 
trabalho para os praticantes que executam o sistema de séries múltiplas, notadamente 
os obesos que iniciam o treinamento ou aqueles que não são bem condicionados. 
Nesse caso, pode-se conduzir o trabalho de forma alternada por segmento corporal 
(por exemplo: primeiro exercícios para braços e depois exercícios para pernas ou 
abdômen), ou agonista-antagonista (por exemplo: primeiro exercício para o 
quadríceps e depois para os músculos posteriores da coxa). Os intervalos entre séries 
e exercícios podem ser de dois a três minutos, mas, como já dito, isso pode ficar a 
cargo do praticante em função da percepção do esforço após a realização de cada 
série. 
 Como descrito, a perda de peso envolve um aspecto multifatorial, cujas 
recomendações extrapolam a redução no aporte calórico e o aumento no gasto 
energético. É importante que recomendações comportamentais sejam adicionadas 
para o sucesso no programa de exercícios. Com esse propósito, o ACSM propôs 
algumas recomendações: 
 
 incorporar oportunidades para melhorar a comunicação entre os profissionais 
da assistência de saúde, os nutricionistas, os profissionais do exercício e as pessoas 
com sobrepeso e obesidade após o período inicial de perda de peso; 
 
64 
 
 ter como alvo uma mudança nos comportamentos alimentar e relacionados 
ao exercício, pois as mudanças sustentadas em ambos resultam em uma perda de 
peso significativa em longo prazo; 
 ter como alvo uma redução na ingestão de 500 a 1.000 kcal/dia para conse-
guir a perda de peso. Essa redução deve ser combinada com uma diminuição de 30% 
na gordura ingerida; 
 ter como alvo um aumento progressivo para um mínimo de 150 min/semana 
de atividade física de intensidade moderada para aprimorar os benefícios de saúde e 
aptidão física para os adultos com sobrepeso e obesos; 
 progredir para quantidades mais altas de exercício (de 200 a 300 min/semana 
ou maior ou igual a 2.000 kcal/semana) de atividade física para promover o controle 
do peso em longo prazo; 
 incorporar as estratégias de modificação comportamental, a fim de facilitar a 
adoção e a manutenção das mudanças desejadas no comportamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
65 
 
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