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GESTÃO FINANCEIRA unidade um

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GESTÃO FINANCEIRA
Esta unidade tem por objetivos:
• apresentar o ambiente da Gestão Financeira;
• demonstrar a tributação nos resultados financeiros;
• explicar as demonstrações financeiras;
• compreender e calcular os diferentes índices financeiros;
• demonstrar a importância dos fluxos de caixa;
• analisar as variáveis da Gestão Financeira.
UNIDADE 1 TOPIC 1
AMBIENTE DA GESTÃO FINANCEIRA
Juridicamente, as empresas podem se organizar em:
• Firmas individuais: Nesta modalidade, todo o patrimônio do indivíduo – único dono da empresa – pode ser utilizado para saldar as dívidas e sua responsabilidade é ilimitada. Esta é uma modalidade comum para pessoas com pequenos estabelecimentos. 
A tributação sobre os seus ganhos ocorre na sua declaração de rendimentos de pessoa física do proprietário.
• Sociedade por cotas: nesta modalidade, a própria expressão revela a situação de uma sociedade, a qual se caracteriza pela existência de dois ou mais sócios. Cada um dos sócios tem a sua responsabilidade limitada às suas cotas de participação na sociedade. A tributação é diferente da firma individual e distingue-se entre as diferentes atividades industriais, comerciais e de serviços.
• Sociedade por ações: é formada pelos seus acionistas, que compram e detêm quantidades de ações ordinárias ou preferenciais, limitando a sua responsabilidade. Os acionistas podem comprar mais ações, serem acionistas de outras empresas, negociarem suas ações a fim de maximizar os seus resultados.
As ações são negociadas nas bolsas de valores, através de seus corretores.
Em relação à teoria econômica e GF =é preciso compreender e estar atento aos diferentes níveis de atividades econômicas, às mudanças políticas, à análise da oferta e da demanda, à teoria da formação de preços etc.
Na Gestão Financeira tem que estar bem informada sobre o mercado de capitais, os custos dos juros, as perspectivas da inflação (para enxergar tendências no incremento dos insumos e preços a serem repassados aos clientes) e as perspectivas de crescimento e decrescimento do mercado onde atua a empresa.
Em relação a contabilidade e GF = relação direta, pois é desta movimentação financeira que ocorrem os registros contábeis.Isto vai auxiliar você a conhecer o seu fluxo de caixa e a tomar decisões. 
TRIBUTAÇÃO DE EMPRESAS
Ao adquirir algo, um bem móvel ou imóvel, estamos contribuindo com o pagamento de algum imposto embutido ou não no preço. 
Anualmente, a grande maioria das pessoas precisa realizar a sua declaração de Imposto de Renda. Nesta declaração constam os dados pessoais, os bens, pagamentos realizados e, principalmente, os rendimentos obtidos. A partir de uma tabela do governo federal, o sistema realiza um cálculo para determinar o quanto é possível restituir do imposto já deduzido mensalmente, na folha de pagamento. Há casos em que, além do imposto já deduzido, mensalmente, a pessoa ainda deve ao governo um pouco mais de Imposto de Renda, geralmente, nos casos de mais de um emprego ou de ter outros rendimentos.
Ao constituir a empresa é preciso definir o seu objeto social, ou seja, estabelecer o que ela vai fazer, qual a sua atuação. Em cada uma destas situações encontramos uma legislação específica de impostos e alíquotas, em todas as esferas: municipal, estadual e federal. Por exemplo, uma prestadora de serviços precisa recolher um imposto ao município onde está instalada, denominado de ISS (Imposto Sobre Serviço). Alguns municípios têm alíquota única, independente do serviço, enquanto outros têm alíquotas diferenciadas, dependendo do serviço.
#Ao decidir onde instalar a empresa ou sua unidade de negócios, avalia-se, além
de outros fatores, também a carga tributária.
O município e/ou o Estado podem conceder incentivo fiscal com o propósito de atrair empresas para a sua região, fomentando emprego, renda e desenvolvimento. Da mesma forma, a nação pode dar benefícios para que empresas internacionais se instalem no Brasil.
No cenário empresarial, o contador é o profissional que auxilia na constituição de uma empresa, bem como: na correta identificação do regime de tributação da empresa, de seus produtos e/ou serviços. Geralmente, na maioria das micro, pequenas e médias empresas, este profissional é representado por um escritório de contabilidade – prestador de serviços. Realiza todos os registros contábeis fiscais, apurando todos os impostos a serem pagos.
Alem do contador o Gestor financeiro DEVE = conhecer o regime de tributação de sua empresa e de cada um dos seus produtos, para garantir que a receita das vendas assegure o pagamento dos impostos, dos fornecedores, de todas as despesas administrativas e de pessoal, garantindo o resultado positivo[lucro]. 
Procure manter-se sempre atualizado quanto à tributação da sua empresa, pois a
legislação sofre mudanças constantes. Se neste período você tributa sobre uma alíquota, pode
no próximo período ter uma alíquota maior, menor ou, ainda, estar isento do seu pagamento.
3 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Ao receber dinheiro e efetuar os pagamentos, a empresa está tendo a sua movimentação financeira, e toda esta movimentação precisa ser registrada e demonstrada.
O demonstrativos podem ser gerados por competência ou por caixa. Um demonstrativo por competência ou regime de competência é uma análise econômica, que expressa as receitas, despesas e o resultado do período, sem considerar o momento temporal em que ocorrem os pagamentos ou recebimentos.
Já o demonstrativo por caixa ou regime de caixa expressa o momento temporal em que ocorrem os pagamentos e recebimentos. Sabe-se, exatamente, o momento em que o dinheiro entrou ou saiu, podendo ser de outras competências diferentes do período apresentado.
DRE – DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DO EXERCÍCIO
DRE é uma forma resumida de apresentar os resultados operacionais da empresa dentro de um determinado período, geralmente anual ou mensal.
DRE anual apresenta os resultados que a empresa obteve dentro do seu chamado ciclo ou exercício fiscal, enquanto que os DRE´s mensais auxiliam nas decisões de curto prazo, para que os objetivos anuais sejam alcançados.
Sabendo-se que em 2009 cada camiseta foi vendida a R$ 10,00, a ROB (Receita Operacional Bruta) considera um total de 11.400 camisetas vendidas. Mantendo-se o mesmo preço de venda de 2009, em 2010 foram vendidas 12 mil camisetas, ou seja, 5,26% a mais que no ano anterior. Como não houve aumento no preço de venda, nem mudança na carga tributária (impostos) e também não houve aumento do CMV, o aumento do lucro bruto foi proporcional às vendas (5,26%).
O lucro líquido final teve um aumento de 44,04%, de R$ 1.510,00 em 2009, para R$ 2.175,00 em 2010, que, além do aumento das vendas, também teve a contribuição das despesas administrativas e das despesas com pessoal.
Ao aumentar ou reduzir o valor de qualquer um dos itens do DRE acima, tem-se um reflexo imediato no lucro/prejuízo líquido.
 Ao aumentar apenas o preço de venda, o montante dos impostos aumentará na proporção das vendas. 
Lembre-se de que um aumento de preços pode diminuir a quantidade a ser vendida, bem como: a redução do preço pode aumentar as vendas – vai depender muito do produto e do mercado. Se houver apenas aumento da alíquota dos impostos (sem preço de venda e quantidade vendida), você irá pagar mais impostos e, consequentemente, os lucros brutos (operacional e líquido) vão ser menores, talvez até revelando prejuízo. SE o fornecer aumentar opreço e vc não, isso tbm afeta toda DRE.
3.2 BALANÇO PATRIMONIAL
O balanço patrimonial traz elementos da contabilidade e apresenta um
resumo da posição financeira da empresa numa determinada data. Tratando-se
de elementos contábeis, vale lembrar que as contas do:
• Ativo: representam os direitos e bens, agrupados em contas que estão ordenadas
pela sua liquidez. Começa com as de maior liquidez (caixa) até as de menor
liquidez. O Ativo ainda está dividido em dois grandes grupos: as contas de
recebimento de curto prazo (Ativo Circulante) e de longo prazo (Realizávelde
Longo Prazo).
.
Observe no quadro 3 que as contas estão ordenadas de maior liquidez (Caixa), até as de menor liquidez (Imobilizações). Ao necessitar efetuar pagamentos imediatamente, o dinheiro pode estar disponível no caixa, bancos ou, ainda, em aplicações financeiras, e prontamente os pagamentos podem ser feitos.
• Passivo: representam os deveres e as obrigações, que também estão ordenados
pelo seu prazo: do curto ao longo prazo de pagamento. O Passivo também está
dividido no curto prazo (Passivo Circulante) e no longo prazo (Exigível de
longo prazo).
O gestor financeiro necessita ter noções básicas da contabilidade
Retomando o exemplo da camisaria, o quadro 5 ilustra um balanço patrimonial, com dados de dois períodos (2009 e 2010).
 
A disponibilidade em caixa e em aplicações financeiras aumentou em 2010. Em 2010 as contas a receber são maiores, podendo ser resultado da concessão de maior prazo de pagamento aos clientes.
A quantidade de mercadorias em estoque diminui. Lembre-se de que neste exemplo não houve aumento, nem redução nos custos das camisetas. Se houvesse uma redução nos custos, pode-se ter o mesmo volume de peças, mas um custo menor.
O ativo aumentou pelos investimentos no imobilizado. Em 2010, o passivo circulante aumentou, enquanto que o ativo circulante diminuiu. Ou seja, as dívidas de curto prazo aumentaram, enquanto que as disponibilidades de curto prazo diminuíram.
4 ÍNDICES FINANCEIROS
No ambiente empresarial, “a análise de índices envolve métodos de cálculo e interpretações de índices financeiros visando analisar e acompanhar o desempenho da empresa” (GITMAN, 2004, p. 42), e funcionam como termômetros.
os índices procuram avaliar a liquidez, a atividade, o endividamento e a rentabilidade de uma empresa. Estes índices precisam ser calculados e atualizados para que se possa tomar decisões para a manutenção ou aumento dos resultados, bem como ajudar a identificar fatores que levaram ao desempenho ruim.
A partir das demonstrações, encontramos elementos que nos permitem calcular alguns índices, que vão avaliar o desempenho operacional e auxiliar na tomada de decisão. Não é meramente o resultado do cálculo de um índice que permitirá uma interpretação do seu valor, mas a partir de comparações.
Através dos índices pode-se realizar comparações pelos seguintes métodos:
• Análise Vertical (Cross-Sectional): consiste numa forma de comparar os
índices da sua empresa com a concorrência ou com o índice médio do mercado.
Nesta comparação pode-se descobrir o quanto estamos melhores ou piores em
cada um dos índices em relação ao mercado e identificar as ações que possam
corrigir o valor destes índices.
• Análise Temporal ou de Série Temporal: consiste numa análise dos índices
da empresa ao longo do tempo, de um passado até o momento presente, com
a finalidade de avaliar o desempenho no período. A análise temporal permite
ainda estabelecer uma tendência futura de desempenho.
Análise Combinada: combina a análise vertical e a temporal, trazendo a
possibilidade de comparar o desempenho da empresa com o mercado no
decorrer do tempo.
Os índices apresentados a seguir estão agrupados em quatro categorias básicas: liquidez, atividade, endividamento e rentabilidade.
### índices de LIQUIDEZ =
“A liquidez de uma empresa é medida por sua capacidade de cumprir as obrigações de curto prazo à medida que vencem”.
X >1 = índice de liquidez menor que 1, a empresa poderá ter dificuldades de realizar os seus pagamentos e sinaliza dificuldades de fluxo de caixa.
X >1 = maior que 1, sinaliza que a empresa tem condições de realizar os pagamentos.
- Índice de liquidez corrente= muito utilizado, pois mede a capacidade da empresa de saldar suas contas de curto prazo, e tudo que é curto prazo está relacionado ao Ativo Circulante e Passivo Circulante.
Índice de liquidez seca = O Índice de liquidez seca também mede a capacidade da empresa de saldar as suas contas de curto prazo, mas desconsidera os estoques.
### índices de ATIVIDADE =
Os índices de atividade medem a velocidade com que várias contas se transformam em vendas ou caixa”. As mercadorias não podem ficar paradas no estoque, precisam resultar em vendas, que, por consequência, são a receita da empresa.
Quanto maior o giro das mercadorias, melhor será o resultado dos índices de atividade: o giro de estoques, o prazo médio de recebimento, o prazo médio de pagamento e o giro do ativo total.
Giro de estoques= Quanto maior este índice, significa que mais rápido as vendas ocorrem; Quanto menor, pode indicar que os produtos ficam muito tempo parados no estoque. 
Há empresas que apresentam um giro com poucas oscilações mensais, enquanto que outras podem apresentar um giro muito alto em alguns meses do ano e praticamente nulo noutros.
Prazo médio de recebimento = É fundamental conhecer o prazo médio de recebimento, para saber em quanto tempo estamos recebendo o dinheiro das vendas, para avaliar as políticas de crédito e cobrança.
Nos últimos anos, no Brasil, vivenciamos uma política de crédito muito forte. Os
brasileiros puderam adquirir seus bens móveis e imóveis pagando em diversos meses e/ou anos.
A partir de 2011, o governo vem aplicando medidas para frear um pouco o consumo, elevando
algumas taxas de juros e impostos para conter a inflação.
Prazo médio de pagamento = é necessário realizar o pagamento aos fornecedores pelos estoques que formamos. Neste caso, é fundamental saber em quanto tempo ocorrem os pagamentos aos fornecedores,
Giro do ativo total = indica a eficiência com que a empresa usa seus ativos para gerar vendas. Para que este índice apresente bons resultados é fundamental o crescimento das vendas e/ou a manutenção do ativo total.
O giro do ativo total de 3,03 em 2010 apresentou-se menor que em 2009 (3,06). Ao avaliar o quadro 5, percebe-se que em 2010 a loja aumentou o seu ativo imobilizado, acima do crescimento das vendas. Desta forma, o giro do ativo total em 2009 era de 3,06, melhor que em 2010 (3,03). As imobilizações comprometeram este índice.
ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO =Ao possuir dívidas, estamos utilizando um dinheiro que não é nosso; daí a expressão “capital de terceiros”.
Segundo Gitman (2004, p. 49), “os índices de endividamento indicam o volume de dinheiro de terceiros que usamos para gerar lucros”.
# Índice de endividamento geral: mede a proporção dos ativos totais que são financiados por terceiros. Quanto maior este índice, maior a quantidade de dinheiro que a empresa tem emprestado.
#Índice de cobertura de juros: 
ÍNDICES DE RENTABILIDADE
A palavra rentabilidade lembra o quão rentável algo é, ou seja, os resultados que estão sendo apurados. Este ganho – a rentabilidade de uma empresa – pode ser analisado conhecendo a margem de lucro bruto, a margem de lucro operacional, a margem de lucro líquido, o retorno do ativo total e o retorno do capital próprio.
#Margem de lucro bruto
A margem de lucro bruto é a diferença do preço de venda de nossos produtos, descontados os impostos e custos destes produtos (quadro 2). Quanto maior a margem, maiores são as disponibilidades para as despesas administrativas, de pessoal e financeiras.
#Margem de lucro operacional: A margem de lucro operacional é a diferença do preço de venda dos produtos, descontados todos os impostos, custos das mercadorias vendidas, despesas administrativas e de pessoal. Apenas não são consideradas as despesas ou receitas financeiras.
#Margem de lucro líquido: A margem de lucro líquido é a diferença do preço de venda dos produtos, descontados todos os impostos, custos, despesas administrativas, de pessoal e financeiras. Agora são consideradas as despesas ou receitas financeiras.
#Retorno do ativo total: retorno do investimento, mede a eficácia geral da empresa em obter lucros com os seus ativos. Quanto maior, melhor o retorno.
#Retorno do capital próprio: O capital próprio representa o montante de recursos investidos pelo sócio ao negócio. O dono do capital analisa as diferentes oportunidadesno mercado para investir o seu dinheiro e deste espera o retorno. O retorno do capital próprio é o índice que mede o retorno que os donos têm sobre o seu capital investido no empreendimento.
4.4.6 Análise completa
Uma análise completa da situação financeira da empresa poderá ser feita por:
• Análise Geral: de vários índices, para reunir todos os aspectos das atividades da empresa, identificando as principais necessidades ou áreas de responsabilidade. Para se chegar a este resultado é necessário realizar uma análise dos quatro grupos, isoladamente, avaliando: liquidez, atividade, endividamento e rentabilidade. Na sequência, avaliar o risco (liquidez, atividade e endividamento) com as possibilidades de retorno (rentabilidade).
• Análise DuPont: visa identificar as principais áreas responsáveis pelo retorno do patrimônio líquido, ou seja, pelo desempenho financeiro; a partir do desdobramento do: lucro sobre as vendas, eficiência na utilização do ativo e uso da alavancagem.
UNIDADE 1 TOPIC 2
FLUXOS E PLANEJAMENTO
Na Gestão Financeira, os fluxos expressam os recebimentos e os pagamentos, ou seja, as entradas e as saídas de dinheiro do caixa.
Planejamento é indispensável, pois, ao planejar você estará criando um cenário futuro do que poderá acontecer. Neste momento, você também pode avaliar a possibilidade de novos investimentos ou, ainda, tomar decisões para enfrentar uma crise.
2 FLUXOS DE CAIXA
O fluxo de caixa apresenta as entradas e saídas, bem como as necessidades diárias ou de um período. Nos fluxos de caixa também aparecem os investimentos e sua depreciação – desvalorização que ocorre em função da idade e do uso do bem.
Ao elaborar a demonstração do fluxo de caixa, consideramos:
• Fluxos operacionais: consideram todas as entradas e saídas diretamente
relacionadas à produção e comercialização dos produtos e/ou serviços.
• Fluxos de investimentos: expressam as aquisições de imobilizado (terrenos,
edificações, máquinas, equipamentos, móveis, utensílios e veículos) e
participações societárias.
• Fluxos de financiamentos: demonstram os recebimentos e pagamentos de
capital próprio (dinheiro dos sócios) e ainda do capital de terceiros (dinheiro
emprestado de não sócios).
é preciso conhecer cada um dos detalhes dos fluxos: operacionais, de investimento e de financiamentos; pois destes detalhes chegamos aos resultados, revelando lucro ou prejuízo do período.
Um gestor financeiro não vai se limitar apenas aos resultados apresentados, mas irá realizar o planejamento financeiro, considerando as ações de:
• Longo Prazo: geralmente, as decisões tomadas pelos dirigentes estratégicos em cada uma das áreas da empresa. Podemos exemplificar como: construção de uma nova fábrica, expansão para novos mercados, criação de uma nova linha de produtos, novos investimentos na produção, ou até mesmo a redução de quaisquer itens.
• Curto Prazo: são as providências operacionais do dia a dia, conforme ilustradas na Figura 1 – nos fluxos operacionais.
O fluxo de caixa é controlado em detalhes, identificando todas as receitas e despesas, apontando, ao final de cada dia, a disponibilidade ou necessidade de dinheiro. Uma demonstração deste fluxo está representada no quadro a seguir:
3 ORÇAMENTOS DE CAIXA
É uma demonstração que apresenta as entradas e as saídas de caixa planejadas da empresa, que a utiliza para estimar suas necessidades de caixa no curto prazo, com especial atenção para o planejamento do uso de superávits e a cobertura de déficits. 
Procuram projetar em torno de um ano.
A atividade de prever as vendas deve considerar as capacidades internas de produção da empresa, para que não se venda mais do que efetivamente é possível produzir ou entregar.
Observar o mercado, com a finalidade de compreendermos se nosso produto terá aceitação, verificar a existência de produtos substitutos ou, ainda, a concorrência. Em tempos de turbulência, não é uma tarefa fácil.
O orçamento de caixa revelará a evolução dos números no decorrer do ano, mês a mês. Através dele também pode-se tomar algumas decisões para que os resultados finais sejam alcançados, realizando ajustes no decorrer dos meses. Pode-se ainda constatar determinado mês com uma falta muito grande de dinheiro, mas em alguns meses poderá haver o excedente (superávit).
As atividades de planejamento precisam levar sempre em consideração as três condições:
• Pessimista: onde muitas coisas podem dar errado, poucas vendas, inadimplência
alta e muitos pagamentos a serem realizados.
• Mais provável: geralmente é reproduzido dentro daquilo que vem ocorrendo
nos últimos períodos.
• Otimista: geralmente consideramos altas vendas, além do pagamento de todos
os compromissos.
Um bom gestor financeiro dá os seus primeiros passos controlando
o seu dinheiro, procurando aumentar os seus ganhos, diminuir as despesas e
acumulando alguma riqueza.
4 DEMONSTRAÇÕES E BALANÇOS PROJETADOS
É fundamental que no planejamento financeiro possamos projetar as demonstrações e os balanços. Com estas projeções conseguimos, inclusive, avançar na análise dos índices. Geralmente, tem-se como base os dados do exercício anterior e incorporam-se às previsões para o período ou exercício seguinte.
O planejamento, projetando as vendas mensais, deve considerar esta variação mensal nas vendas, a fim de projetar os resultados próximos da sua realização.
Quanto mais detalhada for esta projeção, melhor pode-se acompanhar o realizado, revendo algumas decisões a fim de alcançar os resultados projetados.
Para que micro e pequenas empresas cresçam, é necessário projetar os seus resultados. Muitas desconhecem os seus fluxos e não apresentam orçamentos, da mesma forma que um barco vai para a direção em que sopra o vento.
UNIDADE 1 TOPIC 3
VARIÁVEIS NA GESTÃO FINANCEIRA
2 VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
O dinheiro tem o seu valor ajustado no decorrer do tempo, ilustrado com a seguinte situação: relacione 10 itens que podem ser comprados hoje com R$ 500,00. Se você guardar este dinheiro em sua carteira durante um ano, com certeza daqui a um ano não poderá mais comprar estes itens pelo mesmo preço.
Este hoje e amanhã nos remete ao presente e ao futuro distante por um intervalo de dias, meses ou anos, denominado de linha do tempo. Nesta linha do tempo, entre um valor presente e outro futuro, os montantes são corrigidos por uma taxa preestabelecida.
As taxas podem ser expressas nos diferentes intervalos:
ao dia (a.d.), ao mês (a.m.), ao ano (a.a.) etc.
A Matemática Financeira ensina como converter as taxas de um período a outro.
As expressões a seguir são fundamentais para o gestor financeiro:
• Valor Presente (VP): corresponde ao montante de dinheiro que temos neste exato momento (valor presente) - hoje. Em algumas literaturas e calculadoras, também podemos encontrar, do inglês, a sigla PV (Present Value).
• Valor Futuro (VF): corresponde ao montante de dinheiro que teremos em data futura. Do inglês, temos a sigla FV (Future Value).
imagine ter
aplicado R$ 1.000,00 numa conta-poupança no dia 10 do mês passado. Neste mês, no dia 10, a sua aplicação completa um mês, e você terá direito ao rendimento destes últimos 30 dias.
Diariamente, o BACEN (Banco Central do Brasil) divulga a taxa de rendimento da poupança. Supondo que o rendimento, considerando juros e correção monetária, foi de 0,60% a.m. (ao mês), agora o saldo é de R$ 1.006,00, sendo que R$ 6,00 foi o rendimento. Para o próximo mês, a base de cálculo será o saldo de R$ 1.006,00 – tecnicamente a aplicação tem como base a capitalização composta (juros sobre juros).
Geralmente, o rendimento das aplicações financeiras costuma ser inferior à taxa de juros paga nos empréstimos.
Ao realizar o orçamento, prever resultados futuros, o gestor financeiro precisa projetar uma taxa de juros para corrigir o valor presente num valor futuro.
3 RISCO E RETORNO
Segundo Gitman (2004, p.184), “fundamentalmente, o risco é a possibilidade de perda financeira”, e em nossas açõesnão queremos perder dinheiro.
Os recursos financeiros estão expostos a algum risco. Estes riscos devem ser conhecidos, a fim de se manter o retorno esperado. “Retorno é o total de ganhos ou de perdas de um proprietário ou aplicador sobre investimentos realizados” (LEMES, 2005, p. 123).
Segundo Gitman (2004), as atitudes dos administradores diferem quanto ao risco:
• Indiferente ao risco: é uma atitude que não faz sentido em nenhuma situação empresarial. O administrador indiferente ao risco entende que o retorno não varia em relação ao risco – independente do risco, o retorno é o mesmo. Sabe-se que o risco afeta o retorno.
• Avesso ao risco: o administrador tem medo do risco e, por isso, quanto mais alto o risco, mais alto o retorno exigido. Geralmente, este administrador procura retorno em investimentos conservadores.
• Propenso ao risco: o administrador está disposto a abrir mão de algum retorno para assumir riscos maiores, onde este comportamento não beneficiaria a empresa. O retorno cai se o risco aumenta.	
O desafio consiste em encontrar uma oportunidade de alto retorno e baixo risco.
4 TAXAS DE JUROS
Segundo Gitman (2004, p. 226), “a taxa de juros ou retorno exigido representa o custo do dinheiro”.
Neste contexto, a inflação é outra variável a ser considerada com a taxa de juros. Em resumo, a inflação representa o aumento relativo dos preços quando o poder relativo da população cai. Aqui podemos encontrar as situações de:
Inflação: quando o nível geral de preços aumenta e o poder de compra do
dinheiro precisa acompanhar este nível geral de preços;
Estabilidade: momento em que o nível geral de preços não tem variação
ou está muito próximo de zero.
Num momento econômico de estabilidade, sem inflação ou deflação, a taxa de juros seria estabelecida e mantida – denominada de taxa de juros real. A partir do momento em que esta estabilidade é rompida, a taxa precisa ser ajustada ao momento da inflação ou deflação – denominada de taxa de juros nominal ou corrente.
Deflação: momento em que há uma queda no nível geral de preços.
A taxa de rendimento da aplicação do dinheiro é menor que o juro pago pelo
uso do limite do cheque especial – que varia conforme a instituição financeira.
5 AÇÕES
A ação é a menor parte
de uma empresa acionária. Então, quanto maior a quantidade de ações, maior será a participação acionária da pessoa na empresa.
Na sociedade por ações, quanto ao capital social, podem ser classificadas em:
• Capital Aberto: as ações são negociadas publicamente por corretores nas
bolsas de valores, sem a necessidade de escrituração pública da propriedade.
Uma parte ou, ainda, a totalidade das ações, podem estar nas mãos de pessoas
muitas vezes desconhecidas. Por exemplo: eu posso comprar um lote de ações
de uma determinada empresa hoje da qual me torno sócio e vendê-las amanhã;
e, assim, a rotatividade de papéis de ações pode se tornar muito alta.
• Capital Fechado: quando as ações estão em poder de um grupo de pessoas
distintas que as mantêm em seu meio. As negociações destas ações ocorrem
entre os membros deste grupo e não na bolsa de valores, pois não possuem
o registro junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Geralmente, as
empresas de Capital Fechado representam casos familiares, onde um grupo
da(s) família(s) detém e mantém estas ações.
O valor de uma ação é influenciado por uma série de variáveis, das quais destacamos: a empresa, a sua situação, o mercado em que está inserida, a conjuntura econômica e financeira da região ou ainda do mundo, e ainda, “a lei da oferta e da procura”.
Esta lei da oferta e da procura aponta que quando a procura é grande, o valor das ações pode aumentar. Quando a procura é pequena, o valor das ações pode diminuir.
No mercado de ações você pode comprar ações de uma determinada empresa ao preço de R$ 10,00 e daqui a um intervalo de tempo pode valer apenas R$ 2,00; bem como, no dia seguinte, esta ação estar valendo R$ 30,00. A história de negociar ações tem revelado altos ganhos, bem como perdas. As ações ainda estão classificadas em:
• ON – Ordinárias Nominativas: são ações que dão direito ao voto nas assembleias da empresa e proporcionam participação nos resultados econômicos. Os detentores destas ações não têm direito preferencial no recebimento dos
dividendos, preferência dos detentores das ações nominativas (PN).
Os detentores das ações ordinárias (ON) são os acionistas que elegem um
Conselho de Administração – este conselho tem autoridade máxima para decidir
os assuntos da sociedade e formular as suas políticas gerais.
• PN – Preferenciais Nominativas: os detentores destas ações têm preferência
no recebimento dos dividendos e/ou no reembolso de capital para os casos de
dissolução da empresa. Estas ações não dão direito ao voto.
Uma empresa, ao tornar-se uma sociedade por ações, ou seja, fracionar o
seu capital social em ações, também pode fazê-lo com o objetivo de aumentar o
seu capital social.
As ações são classificadas, pela sua liquidez, como:
• Primeira Linha ou Blue Chips: caracterizam-se pelo grande volume negociado,
bem como pelo grande volume de compradores e vendedores.
• Segunda Linha: são as ações menos negociadas.
As ações ainda podem ser classificadas pelo seu grau de capitalização:
alta, média ou baixa capitalização.

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