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Movimento de terra ou Terraplanagem

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AFONSO DAVID MANJATE : 2019 UNILÚRIO 
 
 
 
UNIVERSIDADE LÚRIO 
FACULDADE DE ENGENHARIA 
LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL 
 
TOPOGRAFIA APLICADA Á ENGENHARIA CIVIL 
 
GRUPO 1 
 
MOVIMENTO DE TERRA 
 
 
 
 
Discente: Docente: 
Afonso David Manjate Mualimo A. Remane, Lic 
 
 
 
 
 
 
 
Pemba Maio de 2019 
 
 
 
 
2 
AFONSO DAVID MANJATE : 2019 UNILÚRIO 
 
Indice 
1. Introdução ........................................................................................................................................................... 3 
2. Objetivos .............................................................................................................................................................. 3 
2.1. Geral ............................................................................................................................................................ 3 
2.2. Especifico. ................................................................................................................................................... 3 
3. Metodologia ......................................................................................................................................................... 3 
4. MOVIMENTO DE TERRA ............................................................................................................................... 4 
4.1. Introdução à Terraplenagem .................................................................................................................... 4 
4.2. Breve Historial ............................................................................................................................................ 4 
4.3. Tipos de terraplanagem ............................................................................................................................. 4 
4.3.1. Terraplanagem Manual .................................................................................................................... 4 
4.3.2. Terraplanagem Mecanizada ............................................................................................................. 5 
4.4. Tipos de solos para terraplanagem ............................................................................................................... 6 
4.5. Tipos de Movimento de Terra ................................................................................................................... 8 
4.5.1. Cortes.................................................................................................................................................. 8 
4.5.2. Aterro ................................................................................................................................................. 8 
4.5.3. Secção Mista ....................................................................................................................................... 9 
4.6. Equipamentos usados no movimento de terra ....................................................................................... 10 
4.6.1. Trator Esteira ou de pneus com lâmina (chamado trator de lâmina ou “bulldozer”). ............. 10 
4.6.2. Motoescreiper .................................................................................................................................. 10 
4.6.3. Escavo-Carregador e Pá-Carregadora .......................................................................................... 11 
4.6.4. Escavadora Hidráulica Sobre Esteiras .......................................................................................... 11 
4.6.5. Transporte .............................................................................................................................................. 12 
4.6.6. Descarregamento ................................................................................................................................... 14 
4.6.7. Compactação ......................................................................................................................................... 14 
4.6.8. Acabamento ........................................................................................................................................... 17 
4.7. Estudos Preliminares ...................................................................................................................................... 18 
4.8.1. Escavação .............................................................................................................................................. 19 
4.9. Execução dos Cortes .................................................................................................................................. 21 
4.12. Calculo de Área e Volume .......................................................................................................................... 24 
4.13. Empolamento ............................................................................................................................................. 24 
5. Conclusão ........................................................................................................................................................... 26 
6. Bibliografia ........................................................................................................................................................ 27 
 
3 
AFONSO DAVID MANJATE : 2019 UNILÚRIO 
 
1. Introdução 
A terra, em sua forma natural é muito irregular, e possui muitos obstáculos no caso em que se 
queira trabalhar nela para algum serviço no contexto de engenharia, e construções diversas, isto 
é, situações em que a topografia do terreno é inapropriada para implantação de um projecto. É 
neste sentido que entra o conceito de Terraplenagem ou Movimento de Terras. Este processo 
consiste em substituir a superfície natural por uma projectada, de modo a criar as condições 
necessárias para a boa implantação e implementação do projecto naquele local, salvaguardando, 
o conforto a segurança e o desempenho de todas partes envolvidas tais como os construtores 
assim como os clientes. 
No presente estudo, tem-se como tema o Movimento de Terra, mas com maior enfoque no 
estudo de Corte e aterro. 
2. Objetivos 
2.1.Geral 
 Falar sobre Movimentos de terra. 
2.2.Especifico. 
 Conhecer os equipamentos usados nas movimentações de terra; 
 Conhecer os tipos de movimento de terra; 
 Entender os processos de execução dos movimentos de terra; 
 Ter noções básicas de calculo de Área e Volume em Aterros, e Cortes. 
3. Metodologia 
Para a elaboração deste trabalho, buscou-se informações em obras publicadas de diversos autores 
e diversas fontes virtuais, com auxílio do material adquirido nas aulas. 
 
 
 
 
 
4 
AFONSO DAVID MANJATE : 2019 UNILÚRIO 
 
4. MOVIMENTO DE TERRA 
4.1.Conceito de Terraplenagem ou Movimento de terra 
Segundo Melado a terraplenagem ou movimento de terras pode ser entendida como o conjunto 
de operações necessárias para remover a terra dos locais em que se encontra em excesso para 
aqueles em que há falta, tendo em vista um determinado projeto a ser implantado. 
4.2.Breve Historial 
Na antiguidade, os movimentos de terra eram executados manualmente ou com o auxílio de 
animais que carregavam ou rebocavam instrumentos rudimentares. Este quadro não se modificou 
até meados do século XIX, pois o instrumento utilizado era ainda a chamada "pá-de-cavalo", 
constituída de uma caçamba dotada de lâmina de corte, a qual, rebocada por tração animal, 
escavava e transportava o material. Com o aparecimento da máquina a vapor,surgiram as 
primeiras tentativas de utilizá-la em equipamentos de terraplenagem, a partir da segunda metade 
do século XIX. No final desse século já existiam escavadeiras providas de pás, montadas em 
vagões e usadas na construção ferroviária. O desenvolvimento dos motores a combustão interna 
ocasionou a redução do tamanho físico dos equipamentos, permitindo novas aplicações. Em 
1920 é lançado o primeiro trator movido a gasolina, ao qual desde logo foi adaptada a lâmina, 
iniciando-se desta maneira a concepção e a fabricação dos modernos equipamentos de 
terraplenagem. Nas décadas de 20 e 30, um inovador, Robert Gilmour Le Tourneau, criou o 
primeiro "Scraper" propelido, rebocado por trator. Em 1938 é introduzido o primeiro 
"Motoscraper", isto é, o "Scraper" autopropulsionado. A partir desta data, é de todos conhecido o 
rápido desenvolvimento dos equipamentos de terraplenagem, apresentando máquinas cada vez 
mais eficientes sob o aspecto mecânico, do que resultou o aumento extraordinário de sua 
produtividade. 
4.3.Tipos de terraplanagem 
A terraplanagem pode ser manual e mecanizada. 
4.3.1. Terraplanagem Manual 
É feita pelo homem, utilizando ferramentas tradicionais: pá e picareta para o corte, carroças ou 
vagonetas com tração animal para o transporte. O rendimento da terraplenagem manual é 
5 
AFONSO DAVID MANJATE : 2019 UNILÚRIO 
 
pequeno, esse serviço dependi da mão de obra abundante e barata. Mas com o desenvolvimento 
tecnológico e social a mão-de-obra foi se tornando cada vez mais escassa e, por conseqüência, 
mais cara. Para se ter uma ideia do número de operários necessários para a execução braçal do 
movimento de terra, estima se que para a produção de 50 de escavação, seriam necessários 
pelo menos 100 homens. A mesma tarefa pode ser executada por uma única escavadeira, operada 
apenas por homem. Contudo, a terraplenagem manual não significava excessiva lentidão dos 
trabalhos, desde que a mão-de-obra fosse numerosa, os prazos de execução da movimentação de 
terras em grandes volumes eram razoáveis, se comparados com os atuais. 
4.3.2. Terraplanagem Mecanizada 
De acordo com Cardão (1983), a mecanização surgiu devido a 3 fatores a considerar: 
 Escassez e encarecimento da mão-de-obra, causada pela industrialização; 
 Elevada eficiência mecânica dos equipamentos, traduzindo-se em grande produtividade, 
o que significou preços mais baixos se comparados com os obtidos manualmente, 
especialmente em razão da redução de mão-de-obra; 
 Os equipamentos mecanizados (apesar do alto custo de aquisição) tornaram competitivo 
o preço do movimento de terras, em razão de sua alta produtividade. Outro incentivo à 
terraplenagem mecanizada foi a escassez cada vez maior do trabalhador braçal, 
decorrente sobretudo da industrialização. 
4.3.2.1.Características da terraplanagem Mecanizada 
 Requerer grandes investimentos em equipamentos de alto custo; 
 Exigir serviços racionalmente planejados e executados, o que só pode ser conseguido 
através de empresas de alto padrão de eficiência; 
 Reduzir substancialmente a mão-de-obra empregada, mas por outro lado provocar a 
especialização profissional e, consequentemente, melhor remuneração; 
 Permitir a movimentação de grandes volumes de terras em prazos curtos, graças à 
eficiência de operação e, sobretudo, pela grande velocidade no transporte, o que leva a 
preços unitários extremamente baixos, apesar do custo elevado dos equipamentos. 
O movimento de terra segundo Pontes, para além de manual e mecanizado pode ser: 
6 
AFONSO DAVID MANJATE : 2019 UNILÚRIO 
 
 Motorizado: usado para o transporte caminhão e a escavação poderá ser feita 
manualmente ou por maquinas; 
 Hidráulico: quando o veiculo transportador de terra é a água. 
4.4.Tipos de solos para terraplanagem 
Para efeito dos serviços de movimento de terras são considerados os seguintes tipos de solos: 
i. Pedregulho: solo em que suas propriedades dominantes se dão pela sua parte constituída 
pelos grãos minerais de diâmetros superiores a 4,8 mm e inferiores as 76 mm; 
ii. Areia: solos cujas propriedades dominantes são devido à sua parte constituída pelos 
minerais de diâmetros máximos superiores a 0.05 mm e inferiores a 4,8 mm; 
iii. Silte: Solo que apresenta apenas a coesão para formar, quando seco, torrões facilmente 
desagregáveis pela pressão dos dedos, e suas propriedades dominantes são devidas à 
parte geralmente constituída pelos grãos de diâmetros máximos superiores a 0,005 mm e 
inferiores a 0,05 mm; 
iv. Argila: solo que apresenta características marcantes de plasticidade, quando 
suficientemente húmido, permite moldar-se facilmente em diferente formas, e quando 
seco apresenta coesão bastante para constituir torrões dificilmente desagregáveis por 
pressão dos dedos, e suas propriedades dominantes são devido à parte constituída pelos 
grãos de diâmetros máximos inferiores a 0,005 mm; 
v. Solos Com matéria Orgânica: caso um dos tipos anteriores apresente teor apreciável de 
matéria orgânica, será anotada sua presença em sua classificação. Por exemplo a argila 
arenosa; 
vi. Turfas: são solos que possuem grandes percentagens de partículas fibrosas de material 
carbonoso ao lado de matéria orgânica do estado coloidal; 
vii. Alteração de Rocha: é o solo proveniente da decomposição das rochas in situ devido a 
diversos agentes geológicos. Será descrito pelas suas características, como a plasticidade, 
textura, consistência ou compacidade, grau de alteração e se possível a rocha de origem. 
viii. Solos Superficiais: de acordo com Melado (2014, pg. 3), se designa solos superficiais, a 
zona da superficie do terreno natural, constituída de forma igual de mistura de areias, 
argilas e matéria orgânica exposta à ação dos factores climáticos e de agentes de origem 
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AFONSO DAVID MANJATE : 2019 UNILÚRIO 
 
vegetal e animal. Em serviços de terraplenagem, podemos ainda encontrar outras 
classificações para o tipo de solo, como a seguinte: 
a) solo arenoso: de agregação natural, constituído de material solto sem coesão, 
pedregulhos, areias, siltes, argilas, turfas ou quaisquer de suas combinações, com 
ou sem componentes orgânicos. Escavado com ferramentas manuais, pás, 
enxadas, enxadões; 
b) solo lamacento: material lodoso de consistência mole, constituído de terra 
pantanosa, mistura de argila e água ou matéria orgânica em decomposição. 
Removido com pás, baldes, "drag-line"; 
c) solo de terra compacta: material coeso, constituído de argila rija, com ou sem 
ocorrência de matéria orgânica, pedregulhos, grãos minerais, saibros. Escavado 
com picaretas, pás, enxadões, alavancas, cortadeiras; 
d) solo de cascalho: material que apresenta alguma resistência ao dessegregamento, 
constituído de arenitos compactos, rocha em adiantado estado de decomposição, 
seixo rolado ou irregular, matacões, "pedras-bola" até 25 cm. Escavado com 
picaretas, cunhas, alavancas; 
e) solo de rocha branda: material com agregação natural de grãos minerais, ligados 
mediante forças coesivas permanentes, apresentando grande resistência à 
escavação manual, constituído de rocha alterada, "pedrasbola" com diâmetro 
acima de 25 cm, matacões, folhelhos com ocorrência contínua. Escavado com 
rompedores, picaretas, alavancas, cunhas, ponteiras, talhadeiras e, eventualmente, 
com uso de explosivos; 
f) solo de rocha dura: material altamente coesivo, constituído de todos os tipos de 
rocha viva como granito, basalto, gnaisse. Escavado normalmente com uso de 
explosivos. 
Importa aqui referir que este último método de classificar os solos, foi mais praticado na época 
de terraplenagem manual, porém com o advento da mecanização, a classificação passou a se 
basear no equipamentocapaz de realizar economicamente o desmonte, agrupando-se os materiais 
de superfície, segundo Ricardo e Catalani (S.d), em categorias de materiais de escavação tais 
como: 
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AFONSO DAVID MANJATE : 2019 UNILÚRIO 
 
 1ᵃ Categoria: os solos que podem ser escavados com auxílio de equipamentos comuns 
(trator de lâmina, “motoscraper”, Pás-carregadoras); 
 2ᵃ Categoria: são os materiais removidos com os equipamentos já citados, mas que pela 
sua maior consistência exigem um desmonte prévio feito com escarificador ou emprego 
descontínuo de explosivos de baixa potência; 
 3ᵃ Categoria: materiais de elevada resistência mecânica que só podem ser tratados com 
emprego exclusivo de explosivos de alta potencia. (Ricardo e Catalani, S.d) 
4.5.Tipos de Movimento de Terra 
4.5.1. Cortes 
Segundo Melado (2014), cortes são segmentos onde a implantação da geometria projetada requer 
a escavação do material constituinte no terreno. Ou seja, é o tipo de movimento em que se torna 
necessário a retirada de material, através de escavação de modo a se obter o perfil desejado para 
implantação do projecto. Este movimento de terra também compreende as 4 operações básicas. 
 
Figura 1: Movimento de Terra do Tipo Corte. Fonte: Melado (2014). 
4.5.2. Aterro 
 De acordo com Melado (2014), aterro é o acto de preparar o terreno a fim de obter uma 
configuração desejada, através da deposição de terra, ou seja, é o tipo de movimento de terra, 
onde para se atingir o perfil desejado para implantação do projecto se torna necessário a 
deposição de material. O aterro, quando necessário deve ser realizado acompanhado dos 
processos de compactação, ou seja, passar repetidas vezes os equipamentos nos locais aterrados. 
9 
AFONSO DAVID MANJATE : 2019 UNILÚRIO 
 
 
Figura 2: Movimento de terra do Tipo Aterro. Fonte: Melado (2014). 
4.5.3. Secção Mista 
É a secção onde os dois tipos de movimento se juntam, formando um, ou seja, existe um terreno 
que de um lado é preciso executar o aterro, e de outro é necessário executar o corte, conforme 
reforça Melado (2014): 
“Situação combinada de corte e aterro. Também exige a compactação e em pequenas 
áreas aterradas esta pode ser feita manualmente através de equipamentos, os chamados 
“sapos”, que podem ser rudimentares e fabricados em obras ou mecanizados. 
Em determinadas situações, é possível que a terraplanagem seja basicamente de acerto na 
conformação do terreno, não envolvendo nem importação nem exportação de material. 
Para tanto, utiliza-se trator de esteira para fazer tal trabalho, não devendo a 
 distância entre os centros geométricos dos volumes escavados e dos aterrados ser superior 
a 40,00 m. Caso esta distância ultrapasse os 40,00 m, recomenda-se a utilização de 
caminhões para realizar o transporte. “(pg. 4) 
Além dessas operações básicas, podem ocorrer outras de carácter mais restrito como por 
exemplo para o caso de construção de Fundações, Valas, ou Trincheiras, e em outros casos até 
pode ocorrer a necessidade de troca de solo. Assim como também poderá ser necessário 
movimentar a terra para retirada de matacões, ou seja, fragmento de rochas de grandes 
dimensões. 
 
 
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AFONSO DAVID MANJATE : 2019 UNILÚRIO 
 
4.6.Equipamentos usados no movimento de terra 
4.6.1. Trator Esteira ou de pneus com lâmina (chamado trator de lâmina ou 
“bulldozer”). 
São aquelas capazes de escavar e empurrar a terra, designados de unidades escavo-empurradoras. 
 
Figura 3: Trator Esteira. Fonte: Pina (2013). 
4.6.2. Motoescreiper 
São as que escavam o material e em seguida os carregam e os transportam designados de 
unidades escavo-transportadoras. 
 
Figura 4: Motoescreiper. Fonte: Pina (2013) 
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AFONSO DAVID MANJATE : 2019 UNILÚRIO 
 
4.6.3. Escavo-Carregador e Pá-Carregadora 
As unidades escavo-carregadoras escavam e em seguida carregam o material sobre um 
equipamento de transporte (normalmente, um caminhão), compreendendo as carregadeiras e as 
escavadeiras. As carregadeiras são também denominadas pás-carregadeiras e normalmente 
utilizam caçamba frontal, podendo ser montadas sobre esteiras ou sobre pneus. 
 
Figura 5: Escavo-Carregador e Pá-Carregadora. Fonte Pina (2013). 
4.6.4. Escavadora Hidráulica Sobre Esteiras 
As escavadeiras, também chamadas pás-mecânicas, são equipamentos que trabalham 
estacionados, podendo ser montadas sobre esteiras, pneus ou trilhos. As escavadeiras são 
providas de lanças, destinadas a efetuar certos tipos de escavação. 
12 
AFONSO DAVID MANJATE : 2019 UNILÚRIO 
 
 
Figura 6: Escavadora Hidráulica Sobre Esteiras. Fonte: Pina (2013) 
Pina informa ainda que existem demais tipos de escavadoras, tais como 
a) Shové: são as que possuem lança com pá frontal, são destinadas a escavar em taludes 
situados acima do nível do terreno em que a máquina está instalada. 
b) Drag-line: são as que que possuem caçamba de arrasto, usadas para escavar em níveis 
situados abaixo do terreno no qual estão apoiadas, sendo aplicadas no corte de materiais 
pouco compactos ou moles. 
c) Clam-shell: são as que possuem mandíbulas, e são usadas na escavação para a abertura de 
valas de pequenas dimensões, em especial quando há obstáculos como escoramentos ou 
tubulações subterrâneas. 
d) Back-shovel ou Hoe: são as que possuem lança retroescavadora, e estas são usadas para 
escavações abaixo do nível em que se encontram e quando se deseja precisão nas 
dimensões da vala. 
4.6.5. Transporte 
Ricardo e Catalani (S.d) afirmam que o transporte se dá quando o equipamento está carregado, 
isto é, a caçamba esta ocupada em sua totalidade. E Pina (2013) reforça dizendo que na 
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AFONSO DAVID MANJATE : 2019 UNILÚRIO 
 
terraplenagem manual, a operação de transporte pode ser realizada directamente pelo proprio 
operário ou com a utilização de carroças de tração humana ou animal. 
Na terraplenagem mecanizada, são usados os seguintes tipos de equipamento: 
a) “scraper” rebocado ou “motoscraper”, quando a distância de transporte é de até em 
torno de 600 m. Acima dessa distância, o transporte com esses equipamentos se torna 
antieconômico; 
b) unidades transportadoras, que abrangem: 
1. caminhão basculante comum.: no transporte de material escavado, não é adequado o uso 
de caminhão de caçamba fixa, pelo custo decorrente da operação de descarga. Os caminhões 
comuns usados em terraplenagem possuem capacidade para transportar de 4,5 a 6,0 m³ e a 
descarga do material é feita por basculagem da caçamba. 
2. vagão: Os vagões são unidades de grande capacidade, carregadas por unidades 
escavocarregadoras. 
Executam apenas as operações de transporte e descarga e são geralmente rebocados por 
tratores de pneus. A descarga do material pode ser feita de três maneiras, o que diferencia o tipo 
de vagão: fundo móvel (“bottom-dump”), traseira, por basculagem da caçamba (“rear-dump”) ou 
lateral (“side-dump”). O volume da caçamba é em torno de 40 m³. 
3. “dumper”: Os “dumpers” são unidades transportadoras assemelhadas aos caminhões 
basculantes comuns, porém são mais robustos e apresentam uma característica para eliminar 
manobras na carga e na descarga. É que eles podem se deslocar tanto para frente quanto para trás 
sem executar movimentos de ré, pois dispõem de comandos duplos e o assento do motorista e o 
volante de direção são giratórios, com ângulo de 180°. A descarga do material é feita por 
basculagem da caçamba, que possui capacidade da ordem de 4 a 6m³. 
4. caminhão “fora-de-estrada”: Os caminhões denominados “fora-de-estrada” são veículos 
utilizados na execução de serviços pesados de construção. As suas dimensões são muito 
superiores às dos caminhões convencionais, o queos impede de circular nas estradas de tráfego 
normal. A sua utilização fica, portanto, restrita aos canteiros de obras. Os volumes das caçambas 
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AFONSO DAVID MANJATE : 2019 UNILÚRIO 
 
dos caminhões “fora-de-estrada” são superiores a 10 m3. Pelo seu elevado custo de aquisição, o 
seu emprego só é justificado em trabalhos de terraplenagem com grandes volumes. 
 
Figura 7: Camião Fora-de-Estrada ou out off road. Fonte: Pina (2013). 
4.6.6. Descarregamento 
A descarga assim como o espalhamento constituem a execução do aterro propriamente dito, pois 
quando as especificações determinam a obtenção de certo grau de compactação no aterro, 
haverá, ainda, a operação final de adensamento do solo até os índices mínimos estabelecidos. 
(Ricardo e Catalani, S.d). 
A descarga, se for feita manualmente, a operação é realizada com a utilização de pá, visando 
fazer assentar o material transportado do equipamento de transporte ao terreno no local de 
destino, mas também a descarga do material transportado costuma ser realizada por meio da 
operação de basculagem da caçamba do camião como afirma Pina (2013). 
4.6.7. Compactação 
Existe ainda uma outra operação que geralmente, em classificações normais está associada a 
descarga mas também pode estar associada como uma etapa singular, de acordo com pina (2013) 
15 
AFONSO DAVID MANJATE : 2019 UNILÚRIO 
 
é a operação que visa reduzir os vazios do solo e em consequência disso, aumentar a sua 
resistência. O aumento da densidade de um solo, por efeito da compactação depende muita do 
teor de humidade do solo e da energia gasta. São feitos ensaios e de compactação em 
laboratórios denominados proctor, em homenagem ao engenheiro norte-americano que o 
concebeu em 1933. 
Assim como as demais operações de terraplenagem, a compactação também podem ser 
realizadas manual ou mecanicamente. Na compactação manual, são utilizados pilões, soquetes 
ou até mesmo o compactador tipo “sapo”. Na compactação mecanizada, são utilizadas as 
unidades compactadoras, que abrangem os rolos lisos vibratórios, os rolos “pé-de-carneiro”, os 
rolos pneumáticos, os rolos combinados e os rolos especiais. 
Os rolos lisos vibratórios são indicados para a compactação de solos arenosos. Possuem 
tambor(es) de aço liso e um dispositivo vibratório que provoca a aproximação das partículas dos 
solos não-coesivos. 
 
Figura 8: Rolo Compactador liso. Fonte: Serra Betume (2008). 
 
4.6.7.1.Rolo Compactador Pé-de-carneiro 
Os Rolos Pé-de-carneiro, possuem como elementos activos um cilindro metálico contornado de 
saliências fixas, que em geral apresentam forma de troncos de pirâmide a que se chama pés-de-
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AFONSO DAVID MANJATE : 2019 UNILÚRIO 
 
carneiro. Pina (2013), afirma que a função do compactador é a mesma que as pegadas de um 
rebanho, onde suas inúmeras patas penetram no solo e o compactam. As versões antigas deste 
equipamento vinha atrelado por tratores de pneus, no entanto, actualmente os modelos recentes 
são Auto propelidos. E os rolos pé-de-carneiro são recomendados para a compactação de solos 
coesivos, ou seja, os que apresentam uma razoável percentagem de argila e silte, pois se fossem 
solos arenoso, apenas iriam reenvolver o material, sem compactá-lo. 
O tambor do rolo do compactador tem diâmetro de 1,0 a 2,0 m e pode ser enchido com água, 
areia ou pó de pedra, visando aumentar o seu peso e, consequentemente, a pressão de contato e a 
energia de compactação transmitida. 
Quando se faz a compactação com rolo “pé-de-carneiro”, aparecem inicialmente sulcos 
profundos e, com as passadas sucessivas, a profundidade desses sulcos vai diminuindo. 
 
 
Figura 9: Rolo Compactador “Pé-de-carneiro”. Fonte: Santos 2008. 
4.6.7.2.Rolos Pneumáticos 
Estes são formados por uma plataforma metálica apoiada em dois eixos que possuem de três a 
até mais de seis pneumáticos cada. Neste caso, a compactação do terreno, depende da pressão de 
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AFONSO DAVID MANJATE : 2019 UNILÚRIO 
 
contacto entre os pneus e o terreno. Este equipamento, conforme afirma Pina (2013), é muito 
usado, em serviços de acabamento, assim como na compactação de maciços terrenos. 
 
Figura 10: Rolos Pneumáticos. Fonte: Santos 2008. 
Ainda existem outros compactadores denominados combinados, pois estes são obtidos a partir da 
combinação de mais que um tipo de compactador, onde os fabricantes tem o objectivo de atender 
ao maior numero de tipos de solo, como exemplo tem-se os rolos pé-de-carneiro que combinado 
com dispositivo vibratório são exemplos desse tipo de unidade compactadora. 
4.6.8. Acabamento 
De acordo com Pina (2013), o acabamento da terraplenagem, é realizado pelas unidades 
aplainadoras, que compreendem as motoniveladoras. Esse equipamento é constituído por uma 
lâmina e permite conformar o terreno às cotas finais do projecto. Esta máquina possui um 
escarificador denominado também de ripper utilizado para o desmonte de material que oferece 
ligeira dificuldade de escavação. 
As motoniveladoras são consideradas a maquina mais versátil utilizada em terraplenagem de 
rodovias e ferrovias. São empregadas na conservação das estradas de terra de um modo geral e 
dos caminhos de serviço percorridos pelos camiões durante uma obra de terraplenagem e ainda 
na operação de acabamento de superfícies e no taludamento de cortes. 
18 
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Figura 11: Motoniveladora. Fonte: Pina (2013). 
4.7.Estudos Preliminares 
4.7.1. Sondagem de terreno 
Este tipo de dado que traz as camadas de a serem atravessadas e também a posição do nível de 
água será importante para a definição do tipo de equipamento a ser utilizado bem como de plano 
de execução de terraplenagem. 
4.7.2. Controle da cota de fundo da escavação 
Este tipo de controle poderá ser feito com a utilização de topografia (dispondo-se de teodolito) 
ou ainda de uma maneira mais rudimentar servindo-se de uma mangueira de nível com a ajuda 
de estacas auxiliares (pontaletes de madeira). 
4.7.3. Níveis da vizinhança 
Caso não haja estruturas de contenção de vizinhança este será o ponto de partida para início dos 
taludes periféricos. Projeto de canteiro: compatibiliza a escavação no canteiro; exemplos: 
posição de rampa de acesso, recuo de início de escavação para possibilitar instalação dos 
alojamentos, sanitários. 
 
19 
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4.7.4. Grau de compactação 
É necessária a análise do grau de compactação do solo pois quando se corta um terreno, este 
perde a consistência inicial e aumenta de volume. A este fenômeno dá-se o nome de 
empolamento. Quanto maior o volume de terra retirado, por caminhão, maior a produtividade da 
máquina e consequentemente maior será o seu benefício. 
De acordo com Shimizu, (2002), qualquer que seja a configuração do terreno encontrada de 
inicio assim como a que se deseja, o movimento de terra deve ser precedido por uma fase que 
geralmente se denomina de Preparação do Terreno. Esta fase contém algumas etapas que por 
vezes podem ser desnecessárias consoante as características que o terreno pode já apresentar. As 
etapas são: 
 Desmatamento (retirada da vegetação de grande porte): Pode ser feita com moto-
serra ou, eventualmente, com processos mecânicos, no caso de existência de poucas 
árvores (como dozer, pá carregadora, etc.). 
 Destocamento: No caso de ser utilizada moto-serra para o corte das arvores, o 
destocamento pode ser feito manualmente ou através do fogo. 
 Limpeza: Retirada da vegetação rasteira. 
 Remoção da Camada Vegetal: A camada de solo que pode ser considerada um banco 
genético, deve ser retirada particularmente pois não pode ser utilizada em aterros. 
4.8.OperaçõesFundamentais da Terraplenagem 
A execução dos trabalhos de movimento de terras (terraplenagem) possui quatro operações 
básicas, sendo elas a Escavação, Carregamento do Material Escavado, Transporte, e Descarga do 
mesmo (material escavado), ainda estas operações de acordo com Ricardo e Catalani (S.d.) 
podem ocorrer em sequencia ou, às vezes, com simultaneidade. 
4.8.1. Escavação 
Sempre que se inicia o processo de construção, a primeira fase a executar é a escavação, pois 
esta é sempre necessária, mesmo que seja só pelo facto da construção das fundações. 
Ricardo e Catalani (S.d) afirmam que escavação “é o processo empregado para romper a 
compacidade do solo em seu estado natural, através do emprego de ferramentas cortantes, como 
20 
AFONSO DAVID MANJATE : 2019 UNILÚRIO 
 
a faca da lâmina ou os dentes da caçamba de uma carregadora, desagregando-o e tornando 
possível o seu manuseio.”(pg. 24) 
Pina (2013) apenas ressalta que a escavação é a operação necessária para se fazer sentir o 
desmatamento ou desagregação do material. Ainda afirma que a escavação manual é feita com a 
utilização de pá, enxada, ou picareta enquanto que a mecanizada é realizada com o uso de 
equipamentos adequados e essa finalidade, que utilizam ferramentas cortantes, tais como a faca 
de lâmina ou os dentes da caçamba de uma carregadora. Mais adiante focar-se-á nas máquinas 
usadas em terraplenagem de uma forma mais resumida. 
4.8.1.1.Tipos de Escavação 
Existem Vários Tipos de Escavação, tais como: 
a) A toda Largura : retira-se o solo que está a ocupar o espaço necessário para a realização 
do edifício, isto é, o movimento de terras geral de toda superfície a construir, onde a 
superfície esta limitada pela cave; 
b) Em sulco ou regueira: consiste numa trincheira com uma largura mínima de 40 cm e 
profundidade variável, destinada a alojar muros, as fundações, canalizações, etc; 
c) Poços : é um movimento de terra de pequena largura e grande profundidade, mas estas 
dimensões dependem dos meios de realização da escavação, estas normalmente são feitas 
para albergar os pilares e determinado tipo de fundações.; 
d) Galeira: faz-se sob a terra sendo necessário o emprego de escoramentos à medida que a 
escavação avança; 
e) Escavação em Terreno Rochoso: Os terrenos rochosos não podem ser extraídos sem 
desagregação prévia. Esta desagregação pode ser realizada pelos martelos pneumáticos, 
gatos hidráulicos, até mesmo por explosivos, este último tendo em conta a natureza dos 
materiais a extrair, o estado de fragmentação desejado, grau de humidade da rocha e as 
condições de segurança. 
 
 
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4.9.Execução dos Cortes 
4.9.1. Locação Topográfica dos Cortes 
De Acordo com Ricardo e Catalani (S.d.), para a execução dos cortes, em primeiro lugar, é 
preciso a locação topográfica que delimitará de maneira precisa a área a ser trabalhada pelas 
maquinas, e ao executor da obra, cabe a marcação dos pontos extremos da secção transversal dos 
cortes (podendo ser também dos aterros) chamados de pontos de off-set. 
Ainda afirmam que estes pontos são muito importantes para execução dos trabalhos pois, se 
houver qualquer erro de locação ocorrerá o alargamento ou diminuição da boca do corte e daí 
ocorrerá a formação de superfícies côncavas ou convexas no talude, ao invés de superfícies 
planas e inclinadas, com graves prejuízos no aspecto estético do corte, assim como na 
modificação dos volumes e dimensões previstas no projecto. 
Para Locação desses pontos é necessário saber os seguintes elementos do projecto: 
a) Nota do serviço: indicação de estaca por estaca, das alturas de corte (ou de aterro), ou seja, 
a cota vermelha; 
b) Largura da Plataforma; 
c) Ângulo de talude de corte (ou aterro) adotado. 
Consideremos a posterior figura, da secção transversal do terreno, numa estaca qualquer, na qual 
é possivel determinar o angulo “i” de inclinação do terreno natural. 
 
Fig 12: : Elementos para locação dos cortes. Fonte: Ricardo e Catalani, (S.d). 
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H – altura do corte no eixo (cota vermelha do projecto; 2 L – largura da plataforma; 
he – diferença de cotas entre o eixo e off-set esquerdo; hd – diferença de cotas entre o eixo e off-
set direito 
Xe – distância horizontal do eixo ao off-set esquerdo; Xd – distância horizontal do eixo ao off-set 
direito 
α – angulo de talude de corte ; i – angulo de inclinacao do terreno natural, na secção 
4.10. Execução dos Aterros 
4.10.1. Locação topográfica dos aterros 
Da mesma forma que se fez para os cortes, nos aterro também se iniciará com a marcação dos 
pontos de off-set dos aterros. 
No caso dos terrenos com declividade constante, ou seja, onde é possivel definir o ângulo “i” 
pode-se usar expressões deduzidas. Numa analise nao muito profunda, percebe-se que o a figura 
do aterro, é a mesma, do corte, mas invertida. Assim, a distancia do off-set esquerdo do corte é 
identica à do off-set da direita do aterro, e vice–versa 
 
Figura 15: Determinação dos off-sets dos aterros. Fonte: Pina (Ricardo e Catalani, S.d) 
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Figura 16: Determinação topográfica dos aterros. Fonte: Pina (Ricardo e Catalani, S.d) 
 
4.11. Precauções em Aterros ou Reaterros 
Melado (2014) diz que “a terra a ser usada, pode ser da mesma origem, porém de boa qualidade, 
livre de matéria orgânica, dando-se preferência à argila-arenosa”(pg. 6). 
Continua afirmando que os aterros e/ou reaterros, independentemente de área e volume, devem 
ser executados em camadas com espessura máxima de 20 cm de terra empolada. E cada camada 
cobrirá uniformemente toda a área, após o que se iniciará a compactação. Esta compactação, 
camada por camada, será executada juntamente com o umedecimento total da terra. Este 
humedecimento não poderá provocar encharcamento ou lama. 
Em locais junto a prédios vizinhos, muro de arrimo, cortinas de concreto ou taludes existentes, a 
compactação não poderá ser pelo processo de soquetes, por provocar fortes vibrações que 
ocasionarão abalos ou solapamentos nas estruturas próximas. 
A terra não deve ser depositada sobre vegetação, principalmente em terrenos de forte 
declividade, visto que a vegetação passa a se constituir em objeto de separação entre o terreno 
natural e o aterro, o que é inconveniente. Nestes casos, para que o aterro não deslize, é 
necessário, além da capina, fazer pequenas escavações, que se constituem em verdadeiros 
degraus entre duas camadas. 
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Em geral, o aterro deve ficar com seu talude natural. Nas cidades, porém, isto é quase 
impossível, sendo indispensável construir um muro de arrimo, diminuindo assim, a declividade 
da terra. 
4.12. Calculo de Área e Volume 
De uma forma resumida, para calcular a área e volume, procedemos da seguinte forma: 
 1º Passo: Achar a cota media (CM) dada pela expressão abaixo indicada. 
 
 
 
 
 
Onde: 
CM = Cota Media 
N = Numero de pontos cotados 
 2º Passo: Representar os perfis; 
 3º Passo: Identificar a zona de corte e aterro; 
 4º Passo: Identificar a figura que se formou em cada perfil e calcular a área de corte; 
 5º Passo: Identificar a figura 
 que se formou em cada perfil e calcular a área de aterro; 
 6º Passo: Calcular o volume de aterro, que será a soma das áreas de aterro pelo produto 
da distância entre os perfis. 
 7º Passo: Calcular o volume de corte, que será a soma das áreas de corte pelo produto daa 
distância entre os perfis 
 8º Passo: Calculo das diferenças entre corte e aterro, que será dado pela expressão abaixo.V = Vtotal (Corte) -Vtotal (Aterro) 
4.13. Empolamento 
É o aumento do volume, que é variável segundo a natureza do terreno, motivado pela 
desagregação das terras removidas. 
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Conforme Ricardo e Catalani, empolamento é um fenómeno característico dos solos, importante 
na terraplenagem. Explicam adiante que quando se escava o terreno natural, a terra que se 
encontrava num certo estado de compactação, proveniente do seu próprio processo de 
informação, experimenta uma expansão volumétrica que chega a ser considerável em certos 
casos., então, após o desmonte a terra assume um volume solto (Vs) maior do que aquele em que 
se encontrava em seu estado natural (Vn) e, consequentemente, com a massa especifica solta (γs) 
correspondente ao material solto, obviamente menor do que a massa específica natural (γn). 
Tendo: γs< γn, pois Vs> Vn. 
Chama-se factor de empolamento φ à relação: 
 
 
 
Mas pela defição de massa especifica 
 
 
, teremos: 
 
 
 
 
 
= 
 
 
 
e o Vn passa a ser Vc pois a terraplenagem é paga pelo volume medido no corte 
convém sempre referir-se o volume em seu estado natural. 
Já a percentagem de empolamento (f) é dada pela relação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AFONSO DAVID MANJATE : 2019 UNILÚRIO 
 
5. Conclusão 
Conclui-se assim o trabalho, onde se deu conta do Processo de Movimentação de Terras, 
ressaltar que este é um processo muito importante, pois todos projectos, todos trabalhos que se 
fazem em um terreno devem ter um perfil padronizado de acordo com o projecto que vai ser 
implementado. Somente com o movimento de terra é que se pode conseguir, projectar perfis 
adequado, ao nosso projecto. 
O processo de Movimento de Terras também conhecido por terraplenagem é um processo que 
vem desenvolvendo tanto quanto o Homem também desenvolve, vimos como prova, que antes 
era feito a mão, depois passou a ser feita através de animais e instrumentos auxiliares, e mais 
tarde com mais evoluções passou a ser mecânico, e ate hoje podemos ver a parte de 
terraplenagem mecânica desenvolvendo, possibilitando satisfazer de melhor forma as 
necessidades dos utentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. Bibliografia 
 Cardão, C. (1983). Técnica da Construção. (6ªed). Engenharia e arquitetura. Belo 
Horizonte; 
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 Pinto, Carlos Sousa. (2008). Curso Básico de Mecânica dos Solos. (3. ed.). Editora 
Oficina de Textos, 2006. Revista Geoserv. Serviço de Geotécnica e Construção LTDA. 
Setor Coimbra – Goiás. São Paulo; 
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Disponível em:https://pt.scribd.com/document/330285863/Manual-Pratico-de-
Escavacao-Terraplenagem-e-Escavacao-de-Rocha-Helio-de-Souza-e-Guilherme-
Catalani-pdf acesso em 21/04/2019 às 17h:32; 
 Shimizu, J. Y. (2002) Movimento de Terra [S.l.]: Departamento de Engenharia de 
Construção Civil da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Disponível em: 
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAepZUAE/movimento-terra-usp acesso em 
21/04/2019 às 18h:03; 
 Melado B. De A. M. (2014) Movimento de Terra. [S.l]:Faculdade Sudoeste Paulista 
Disponível em: https://engenhariacivilfsp.files.wordpress.com/2014/08/aula-4-
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 Oliveira R. (2015) Trabalhos Preliminares: Movimeto de Terra. [S.l.]: Universidade 
Potiguar Disponível em: https://pt.scribd.com/document/289222016/Aula-5-Movimento-
de-Terra acesso em 21/04/2019 às 18h:15.

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