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AULA 23 - emendatio e mutatio libelli inicio do RESE

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AULA 23:
APRESENTADOS OS MEMORIAIS, O JUIZ PROFERE A SENTENÇA. A SENTENÇA DEVE ESTAR ACORDO COM OS FATOS DESCRITOS NA DENÚNCIA. NÃO PODE SENTENÇA EXTRA PETITA = PRINCÍPIO DA CORRRELAÇÃO = A SENTENÇA DEVE ESTAR DE ACORDO COM OS FATOS DESCRITOS NA DENÚNCIA
	OBS = O JUIZ ESTÁ VINCULADO AO FATO NARRADO NA DENUNCIA, MAS NÃO À TIPIFICAÇÃO DADA PELO MEMBRO DO MP/QUERELANTE.
EMENDATIO LIBELLI = ART. 383, CPP. JUIZ MODIFICA A CLASSIFICAÇÃO DADA PELO MP NA DENÚNCIA E NÃO OS FATOS. OS FATOS O JUIZ NÃO PODE ALTERAR.
	PODE EMENDATIO NA DENUNCIA OU QUEIXA-CRIME
CONCEITO DE EMENDATIO LIBELLI: Art. 383.  O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave.
§ 1o  Se, em conseqüência de definição jurídica diversa, houver possibilidade de proposta de suspensão condicional do processo, o juiz procederá de acordo com o disposto na lei.    (SE O JUIZ VISUALIZAR QUE COM A DEFINIÇÃO JURÍDICA DIVERSA O RÉU PASSA A TER DIREITO À SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO, O JUIZ NÃO PODE CONDENAR. VAI TER QUE DAR VISTA AO MP OFERECER PROPOSTA DE SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO).
SÚMULA 337 – STJ É cabível a suspensão condicional do processo na desclassificação do crime e na procedência parcial da pretensão punitiva.
§ 2o  Tratando-se de infração da competência de outro juízo, a este serão encaminhados os autos.
SE O JUIZ MANDA OS AUTOS AO MP E O MP NÃO OFERECER A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO? JUIZ MANDA PARA O PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA.
Súmula 696 - STF
Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensão condicional do processo, mas se recusando o promotor de justiça a propô-la, o juiz, dissentindo, remeterá a questão ao Procurador-Geral, aplicando-se por analogia o art. 28 do Código de Processo Penal.
E SE O JUIZ, APLICANDO A EMENDATIO LIBELLI, NÃO DAR VISTA AO MP PARA OFERECER SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO E CONDENAR O RÉU? NULIDADE! RECURSO DE APELAÇÃO! NULIDADE DA SENTENÇA!
EM DECORRÊNCIA DA NOVA DEFINIÇÃO JURÍDICA, PODE OCORRER A MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA = JUIZ ENCAMINHA OS AUTOS AO JUÍZO COMPETENTE.
MUTATIO LIBELLI: ART. 384, CPP. MUDANÇA DOS FATOS CONTIDOS NA PEÇA ACUSATÓRIA. ENCERRADA A INSTRUÇÃO, SURGE NOVA PROVA/NOVO FATO NÃO DESCRITO NA DENUNCIA, QUE VAI MODIFICAR A DEFINIÇÃO JURÍDICA NA PEÇA ACUSATÓRIA. 
Art. 384.  Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em conseqüência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente.
§ 1o  Não procedendo o órgão do Ministério Público ao aditamento, aplica-se o art. 28 deste Código. 
§ 2o  Ouvido o defensor do acusado no prazo de 5 (cinco) dias e admitido o aditamento, o juiz, a requerimento de qualquer das partes, designará dia e hora para continuação da audiência, com inquirição de testemunhas, novo interrogatório do acusado, realização de debates e julgamento. 
§ 3o  Aplicam-se as disposições dos §§ 1o e 2o do art. 383 ao caput deste artigo. 
§ 4o  Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três) testemunhas, no prazo de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na sentença, adstrito aos termos do aditamento.
§ 5o  Não recebido o aditamento, o processo prosseguirá. 
MUTATIO LIBELLI = APÓS A INSTRUÇÃO, SURGINDO NOVOS FATOS, O JUIZ VAI DAR VISTA AO MP PARA ADITAR A DENÚNCIA. APÓS, VISTA A DEFESA. SEGUE PARA INSTRUÇÃO E, ENCERRADA, PARA SENTENÇA.
SE O JUIZ NÃO OBSERVA O ART. 384, CPP (surge fato novo em audiência e juiz não da vista ao mp e condena com base nesse fato novo) = NULIDADE DA SENTENÇA = APELAÇÃO = VIOLAÇÃO DO ART. 384 E DO CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA.
EMENDATIO LIBELLI PODE TER EM AÇÃO PENAL PÚBLICA OU PRIVADA.
A MUTATIO LIBELLI SÓ CABE EM AÇÃO PENAL PÚBLICA. NOS CRIMES DE AÇÃO PENAL PRIVADAD NÃO CABE MUTATIO LIBELLI. A QUEIXA QUE FALA NO ART. 384 É A QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA.
NÃO CABE MUTATIO LIBELLI EM 2 INSTANCIA. EMENDATIO PODE NO TRIBUNAL.
Súmula 453 STF- 
Não se aplicam à segunda instância o art. 384 e parágrafo único do Código de Processo Penal, que possibilitam dar nova definição jurídica ao fato delituoso, em virtude de circunstância elementar não contida, explícita ou implicitamente, na denúncia ou queixa.
RESE – RECURSO EM SENTIDO ESTRITO – 
MUITO USADO PARA A DECISÃO DE PRONUNCIA NO PROCEDIMENTO DO JURI
ART. 581, CPP
HIPÓTESES DE CABIMENTO:
	
	I - que não receber a denúncia ou a queixa; (SE FOR JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL, A REJEIÇÃO DA QUEIXA-CRIME/DENÚNCIA CABE APELAÇÃO – ART. 82, LEI 9099).
MP OFERECEU DENÚNCIA, JUIZ NÃO RECEBEU A DENUNCIA. PARA O MP CABE RESE. COMO O JUIZ NEM RECEBEU A DENUNCIA, NÃO HOUVE CITAÇÃO DO RÉU. MAS O RÉU TEM QUE SER CITADO, QUANDO O MP INTERPOR RESE, PARA OFERECER CONTRARRAZÕES, SOB PENA DE NULIDADE DA DECISÃO DO TRIBUNAL. TEM QUE SER INTIMADO PARA CONSTITUIR ADVOGADO PRIMEIRO, NÃO PODENDO NOMEAR DATIVO DIRETO.
Súmula 707 - STF
Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contra-razões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo.

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