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PlanoDeAula_341377 aula 02 anal de inv

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Plano	de	Aula:	Sínteses	da	Administração	Financeira
ANÁLISE	DE	INVESTIMENTO	-	GST1232
Título
Sínteses	da	Administração	Financeira
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
2
Tema
Sínteses	da	Administração	Financeira
Objetivos
Essa	aula	visa	proporcionar	ao	aluno:
O	Conhecimento	de	Finanças;
Obter	uma	Visão	Geral	sobre	Finanças	e	sua	Evolução
Entender	as	Novas	Responsabilidades	da	Administração	Financeira;
Compreender	a	Dinâmica	das	Decisões	Financeiras;
Compreender	o	objetivo	da	empresa
Estrutura	do	Conteúdo
Introdução	às	Finanças
	 Podemos	definir	o	termo	finanças,	como	a	arte	e	a	ciência	de	administrar
o	dinheiro.	Na	pratica,	todas	as	pessoas	físicas	e	jurídicas	ganham	ou
levantam	dinheiro,	gastam	ou	investem	dinheiro.	Finanças	diz	respeito	ao
processo,	aos	mercados,	às	instituições	e	aos	instrumentos	envolvidos	na
transferência	de	dinheiro	entre	pessoas,	empresas	e	órgãos	governamentais.
A	compreensão	deste	termo	beneficiará	as	pessoas	que	atuam	nessa	área
dando	condições	a	estas,	de	tomarem	melhores	decisões	financeiras.	E	para
aquelas	que	atuam	fora	dessa	área	também	terão	o	benefício	ao	saber
interagir	de	forma	eficaz	com	administradores,	processos	e	procedimentos
financeiros	da	empresa.
	 O	campo	de	finanças	é	bem	amplo	e	dinâmico,	afetando	diretamente	a
vida	de	todas	as	pessoas	e	organizações.	Existem	muitas	áreas	e
oportunidades	de	carreira	nesse	campo.	Os	princípios	básicos	de	finanças	são
universalmente	aplicáveis	às	empresas	de	todos	os	tipos.	Além,	de	muitos
deles	também	poderem	ser	aplicados	às	finanças	pessoais.
Entendendo	as	finanças	das	empresas
	 Como	praticamente	toda	a	ciência,	as	finanças	corporativas	incorporaram
em	seu	escopo	as	grandes	evoluções	do	mundo	contemporâneo.	Seus
métodos	de	avaliação	e	conteúdo	conceitual	assumiram	um	caráter	bem	mais
abrangente,	elevando	sua	importância	para	as	empresas.	O	administrador
financeiro,	por	seu	lado,	passou	a	ser	mais	exigido,	sendo	identificada	uma
necessidade	de	especialização	e	atualização	cada	vez	maiores.
Basicamente,	podem-se	entender	as	finanças	como	área	de	conhecimento	e
subdividi-la	em	três	grandes	segmentos:	mercado	financeiro,	finanças
corporativas	e	finanças	pessoais,	conforme:
	 O	segmento	de		mercado	financeiro	estuda	os	comportamentos	dos
mercados,	seus	vários	títulos	e	valores	mobiliários	negociados	e	as	instituições
financeiras	que	atuam	nesse	segmento.	Já	a	parte	de	finanças
corporativas		estuda,	como	já	foi	mencionado	acima,	os	processos	e	as
tomadas	de	decisões	nas	organizações.	E	recentemente	um	novo	segmento
-		finanças	pessoais	-	vem	ganhando	grande	importância	com	o	estudo	dos
investimentos	e	financiamentos	das	pessoas	físicas,	encontrando	alta	relação
com	a	área	de	mercado	financeiro.
	 A	crescente	complexidade	do	mundo	dos	negócios	determinou,	ainda,
que	o	responsável	pela	área	financeira	desenvolvesse	uma	visão	mais
integrativa	da	empresa	e	de	seu	relacionamento	com	o	ambiente	externo.	O
conhecimento	restrito	às	técnicas	e	os	instrumentos	tradicionais	da
administração	financeira	já	se	mostram	insuficientes	no	atual	mundo	dos
negócios,	necessitando	o	executivo	de	maior	sensibilidade	relativa	a	outros
valores	e	informações	estratégicos.
O	gestor	financeiro	moderno	deve	possuir	uma	visão	do	todo	da	empresa,
destacando	suas	oportunidades,	tanto	internas	como	externas.	Deve	ainda
apresentar	capacidade	de	bem	interpretar	os	dados	e	informações	e	inferir,	a
partir	deles,	comportamentos	e	ações	futuros.
	 O	processo	de	tomada	de	decisões	reflete	a	essência	do	conceito	de
administração.	Reconhecidamente,	administrar	é	decidir,	e	a	continuidade	de
qualquer	negócio	depende	da	qualidade	das	decisões	tomadas	por	seus
administradores	nos	vários	níveis	organizacionais.	E	essas	decisões,	por	sua
vez,	são	tomadas	com	base	em	dados	e	informações	viabilizados	pelos
negócios,	levantamentos	do	comportamento	do	mercado	e	do	desempenho
interno	da	empresa.
Esse	processo	decisorial	básico	ao	sucesso	de	toda	empresa	vem	assumindo
complexidades	e	riscos	cada	vez	maiores	na	economia	brasileira.	Altas	taxas
de	juros,	carga	tributária	elevada,	baixo	volume	de	crédito	de	longo	prazo,
intervenções	nas	regras	de	mercado	da	economia,	comportamento	das	taxas
de	inflação,	desafios	para	o	crescimento	de	nossa	economia,	entre	outros
aspectos,	vêm	exigindo	uma	capacidade	mais	questionadora	e	analítica	das
unidades	decisórias.
Evolução	das	finanças	das	empresas	-	Visão	geral
	 As	teorias	de	finanças	vêm	descrevendo	ao	longo	do	tempo	um	processo
consistente	de	evolução	conceitual	e	técnica.	O	estudo	de	finanças	vem-se
ajustando	aos	diversos	momentos	da	economia	e	encontra	seu	maior	desafio
atualmente,	diante	das	evidências	de	fim	da	era	industrial	e	surgimento	de
uma	era	de	informação	e,	mais	adiante,	de	conhecimento.
	 Principalmente	a	partir	dos	anos	20	do	século	XX,	as	finanças	das
empresas	são	motivadas	a	evoluir	de	maneira	a	atender	à	crescente
complexidade	assumida	pelos	negócios	e	operações	de	mercado.	O	grande
desafio	das	finanças	é	a	criação	de	uma	metodologia	para	a	gestão	nesse
novo	cenário	dos	negócios.
	 Archer	e	D`Ambrosio	(1969)	discutem	essencialmente	três	abordagens	no
desenvolvimento	do	estudo	de	finanças	das	empresas.	A	primeira,	conhecida
como	Tradicional,	tem	suas	prioridades	voltadas	para	a	vida	e	operações
financeiras	descontínuas	das	empresas,	conforme	inseridas	no	ambiente	da
época.	A	ênfase	dessa	abordagem	recai	sobre	os	fatos	financeiros	das
empresas	que	costumam	ocorrer	de	tempos	em	tempos,	não	dando	maior
destaque	aos	problemas	administrativos	de	caráter	mais	rotineiro.	Todos	os
assuntos	externos	às	empresas	recebiam	grande	atenção,	principalmente	se
exerciam	influências	sobre	as	finanças,	como	práticas	monopolistas,	formas	de
financiamento	e	capitalização,	comportamento	da	concorrência	etc.
	 Outra	abordagem,	conhecida	por	Administrativa,	priorizava	as	práticas
rotineiras	das	empresas,	atribuindo	uma	natureza	cotidiana,	e	não	eventual,
como	a	abordagem	Tradicional,	às	atividades	de	Administração	Financeira.
Nessa	fase	foram	introduzidos	os	estudos	de	orçamento,	previsão	de	vendas,
controles	etc.
	 Finalmente,	uma	terceira	abordagem,	citada	por	Archer	e	D`Ambrosio,
atribui	grande	ênfase	à	importância	da	teoria	econômica	nas	Finanças	das
Empresas.	Por	exemplo,	a	partir	do	conceito	econômico	de	"Investimento
Agregado"	exposto	na	Teoria	Geral	de	Keynes,	chegou-se	ao	estudo	do	custo
de	capital	e	taxa	de	retorno	dos	investimentos	nas	finanças	das	empresas.	O
comportamento	das	variáveis	econômicas,	como	taxas	de	juros,	inflação,	renda
nacional,	crédito,	entre	outros,	é	de	fundamental	importância	para	o	estudo
do	funcionamento	das	finanças	das	empresas.
	 No	desenvolvimento	da	função	financeira,	ainda,	Weston	(1975)	considera
que	devido	ao	processo	de	consolidação	das	empresas	e	ao	crescimento	do
mercado	interno	norte-americano	o	início	do	século	XX	foi	o	marco	do	princípio
do	estudo	sistemático	em	finanças.	E,	diante	do	surgimento	de	grupos
industriais	que	demandavam	recursos	financeiros	para	financiar	as	suas
operações,	os	gestores	passaram	a	enfrentar	problemas	na	estrutura	de
capital	(composição	das	fontes	de	financiamento)	da	empresa.
	
IMPORTANTE:	o	estudo	de	finanças	das	empresas	evoluiu	bastante,	exigindo
do	administrador	a	compreensão	de	um	contexto	maior	e	mais	complexo.	São
inseridos	nessas	exigências	uma	sofisticada	avaliação	de	riscos,	novas	formas
de	atuação	no	mercado,	gestão	baseada	em	valor,	governança	corporativa,
fatores	jurídicos,	entre	outros	assuntos	importantes.
Décadas	de	1920	a	1960
	 Na	década	de	1920,	segundo	Weston	(1975),	as	indústrias	se	expandiram
e	houve	o	processo	de	fusões	das	empresas	para	completar	as	linhas	de
comercialização.	Embora	fosse	um	momento	de	apuração	de	grandes	margens
de	lucros,	os	preços	estavam	flutuando	e	havia	escassez	de	recursos,
reforçando	a	importância	da	estrutura	financeira	da	empresa.Na	década	de	1930,	verificou-se	uma	recessão	econômica	vinda	da	crise
de	1929/30,	destacando-se	na	época	os	estudos	sobre	solvência,	liquidez	e
recuperação	financeira	da	empresa.
	 Devido	à	Segunda	Guerra	Mundial,	na	década	de	1940,	a	função
financeira	atribuiu	maior	importância	à	obtenção	de	recursos	para	financiar	a
produção	de	bens;	no	início	de	1950,	houve	uma	rápida	expansão	econômica
mundial,	apesar	do	receio	quanto	à	possibilidade	de	uma	recessão	nesse
período	pós-guerra.	Tudo	isso	acarretou	uma	mudança	no	foco	do	estudo	de
Finanças,	que	passou	a	se	caracterizar	pela	predominância	das	rotinas
internas	e	pela	preocupação	com	a	estrutura	organizacional,	que	ficou
conhecida	como	abordagem	administrativa.
	 Assim,	no	final	da	década	dos	anos	1950	e	início	da	década	de	1960,
houve	uma	redução	na	rentabilidade	das	empresas	consolidadas.	O	elevado
preço	de	mercado	das	ações	de	novas	indústrias	resultou	na	escassez	de
recursos	para	as	empresas	tradicionais,	o	que	fez	com	que	os	estudos	de
custo	de	capital	ganhassem	importância	mais	destacada.	Segundo	Archer	e
D`Ambrosio	(1969),	ainda,	uma	nova	abordagem	financeira	ganhou	relevância
com	a	utilização	da	Teoria	Econômica	nas	Finanças	das	Empresas.
	 Segundo	Smith	(1984),	somente	após	a	década	de	50	é	que	se	verificou
uma	mudança	no	estudo	da	função	financeira,	procurando	compreender	as
várias	consequências	das	políticas
de	investimento,	financiamento	e	dividendos	sobre	o	comportamento	dos	fluxos
de	caixa	das	empresas,	em	seu	nível	de	risco	e	em	seu	valor	econômico,	ou
seja,	uma	abordagem	conhecida	como	positiva	da	literatura	financeira.
	 Finanças	modernas
	 Duas	correntes	são	a	base	das	finanças	modernas,	uma	inaugurada	por
Modigliani	e	Miller	(1958),	chamada	de	Finanças	Corporativas,	e	a	outra
iniciada	por	Markowitz	(1952)	e	direcionada	aos	estudos	de	portfólio	(carteira)
e	de	risco	e	retorno.
	 Portfólio,	ou	carteira,	é	um	conjunto	de	bens,	como	ações,	títulos	de
renda	fixa,	imóveis,	moedas	etc.,	de	propriedade	de	um	investidor	(pessoa
física	ou	pessoa	jurídica).	Um	portfólio	diversificado	contém	uma	variedade
desses	bens.	O	objetivo	da	formação	de	portfólios	diversificados	é	reduzir	o
risco.
	 No	final	da	década	de	1950,	Modigliani	e	Miller	(1958)	demonstraram	que
o	valor	de	uma	empresa	independe	de	sua	estrutura	de	capital,	ou	seja,	eles
abordaram	a	irrelevância	da	estrutura	de	capital	e	da	política	de	dividendos
sobre	o	valor	de	mercado	da	empresa.	Em	outras	palavras,	a	forma	como	a
empresa	é	financiada	(quanto	de	dívidas	e	de	recursos	próprios	está
financiando	seus	ativos),	ou	como	paga	dividendos	aos	seus	acionistas,	não
exerce	influência	sobre	o	seu	valor.	O	valor	de	mercado	da	empresa	é	o
mesmo,	independe	dessas	decisões.
	 Valor	de	mercado	expressa	o	valor	pelo	qual	um	ativo	pode	ser
negociado,	em	determinado	momento,	no	mercado.	Esse	valor	é	formado
livremente	pelas	forças	de	oferta	e	procura	dos	compradores	e	vendedores.	O
valor	de	mercado	deve	refletir	as	expectativas	de	ganhos	do	ativo.	Assim,	por
exemplo,	se	uma	empresa	prometer	bons	lucros	no	futuro,	seu	valor	de
negociação	(valor	de	mercado)	é	maior;	caso	contrário,	observa-se	uma
redução	em	seu	valor.
	 É	importante	destacar	que	a	moderna	gestão	de	risco	começou	a
desenvolver-se	a	partir	da	Teoria	do	Portfólio,	inicialmente	apresentada	por
Markowitz	e	estendida	por	Sharpe,	Fama	e	Lintner,	entre	outros	importantes
trabalhos.
	 Markowitz	apresentou	em	The	Journal	of	Finance,	em	1952,	o
artigo	Portfolio	Selection,	o	qual	difundiu	a	noção	de	que	um	investidor	deve
formar	um	portfólio	com	base	em	seu	retorno	esperado	e	na	variância	dos
retornos	(risco),	de	modo	a	maximizar	o	primeiro	e	minimizar	o	último.	A
proposta	básica	para	as	decisões	financeiras	sugeridas	está	em	elevar	o
retorno	da	empresa	para	certo	nível	de	risco,	ou	reduzir	o	seu	risco	para	um
determinado	retorno.
	 Esse	resultado	favorável	da	relação	risco-retorno	de	um	investimento	é
obtido,	segundo	ainda	Markowitz,	por	meio	da	diversificação	de	ativos	com
reduzido	nível	de	covariância.
	 A	covariância,	assim	como	a	correlação,	são	medidas	estatísticas	que
indicam	como	duas	variáveis	se	relacionam	entre	si.	Ou	seja,	quando	o	preço
de	um	ativo	se	eleva,	como	se	comporta	o	do	outro.	Se	um	acompanhar	a
subida	do	outro,	diz-se	que	a	covariância	é	positiva,	denotando	risco	maior
para	a	carteira;	caso	contrário,	tem-se	uma	covariância	negativa,	reduzindo	o
risco	de	perda	pelo	comportamento	inverso	de	um	ativo	em	relação	ao	outro.
Por	exemplo,	é	esperado	que,	diante	de	uma	subida	nas	taxas	de	juros	de
mercado,	os	índices	de	bolsa	de	valores	sofram	uma	desvalorização.	Assim,	um
investidor	que	possua	ações	e	títulos	de	renda	fixa	em	seu	portfólio	tem	sua
perda	no	retorno	das	ações	de	alguma	forma	contrabalanceada	pela	subida
dos	juros.	Se	possuísse	somente	ações	(covariância	positiva),	não	teria
como	diversificar	seu	risco.
IMPORTANTE:	a	teoria,	em	essência,	expõe	que	o	risco	de	um	ativo	deve	ser
avaliado	com	base	em	sua	contribuição	ao	risco	total	de	um	portfólio	de	ativos,
e	não	de	maneira	isolada.	Por	exemplo,	pode	ocorrer	de	determinada
mercadoria	não	ser	atraente	para	a	empresa.	No	entanto,	por	apresentar	uma
relação	de	venda	inversa	a	dos	demais	produtos	(sua	venda	maior	se	verifica
em	períodos	de	baixa	demanda),	é	capaz	de	reduzir	as	incertezas	associadas
aos	fluxos	de	caixa	da	empresa,	tornando-se	assim	interessante	seu
investimento.
	 Markowitz	(1952)	rejeitou	a	ideia	de	que	os	investidores	devem	formar
seus	portfólios	embasados	somente	no	maior	retorno	esperado.	As	decisões
devem	seguir	o	equilíbrio	da	relação	risco-retorno.
	 Na	administração	financeira,	a	teoria	formulada	orienta	que	um
investimento	deve	ser	avaliado	por	sua	contribuição	aos	resultados	de	risco	e
retorno	produzidos	por	ampla	(diversificada)	carteira	de	ativos.	Não	deve
predominar	na	gestão	de	uma	empresa	maior	preocupação	com	o
desempenho	isolado	de	um	ativo,	mas	com	o	reflexo	que	determinada	decisão
promove	sobre	toda	a	empresa	(portfólio).
	
IMPORTANTE:?	na	contribuição	de	Sharpe	(1964),6	deve	ser	destacado	o
modelo	Capital	Asset	Pricing	Model	(CAPM),	ou	?Modelo	de	Precificação	de
Ativos?.	Este	modelo	permitiu	que	se	chegasse	ao	retorno	mínimo	exigido	de
um	investimento	baseado	no	risco	apresentado.	Assim,	para	qualquer
investimento	é	possível	apurar-se,	pelo	modelo	do	CAPM,	a	taxa	de	retorno	que
remunera	o	risco	envolvido	na	decisão.
	 Foi	ainda	através	do	CAPM	que	se	introduziu	o	conceito	do
coeficiente	beta	(ß),	que	indica	o	risco	de	um	ativo	em	relação	ao	risco	de	todo
o	mercado.	Se	o	ativo	apresentar	um	risco	maior	que	o	do	mercado	(ß	>	1,0,
pois	é	admitido	que	o	beta	da	carteira	de	mercado	seja	igual	a	1,0),	deve-se
exigir	desse	ativo	um	prêmio	pelo	risco	proporcionalmente	maior	que	o
oferecido	pelo	mercado.	Caso	contrário,	conclui-se	que	o	ativo	apresenta	um
risco	menor,	sendo	oferecido	um	retorno	abaixo	da	taxa	de	mercado.
	 Por	fim,	foram	desenvolvidos	também	outros	modelos	que	procuraram
avançar	no	estudo	do	risco-retorno	além	do	conseguido	pelo	CAPM,	como
a	Arbitrage	Pricing	Theory	(APT),	formulada	por	Ross	em	1976.
	 Década	de	1970
	 Essa	década	teve	como	principal	característica	a	recessão	mundial
oriunda	do	esgotamento	do	modelo	de	crescimento	adotado	no	pós-guerra.
Além	disso,	o	cenário	econômico	mundial	enfrentou	a	crise	do	petróleo	e
paralelamente	a	bolsa	de	Nova	York	entrou	em	crise,	aumentando	ainda	mais	o
ambiente	de	risco	e	incerteza.	Assim,	diante	desse	cenário,	houve	a	retomada
dos	modelos	quantitativos	criados	antes	da	década	de	1970,	por	Markowitz,
Tobin	e	Sharpe.	Nessa	década,	a	Teoria	de	Eficiência	dos	Mercados	ganhou
relevância	com	Eugene	Fama,	sendo	essa	uma	das	mais	importantes
contribuições	à	Teoria	de	Finanças	desenvolvidas	nesse	período.
	 Década	de	1980
	 Nessa	década,	o	crescimento	da	economia	norte-americana	teve	como
característica	a	manutenção	de	altos	déficits	orçamentários,importação
generalizada	de	produtos	japoneses	e	europeus	e	adoção	de	uma	política
monetária	restritiva.	Esse	cenário	fez	com	que	as	taxas	de	juros	internacionais
aumentassem	e	determinou	que	países	em	desenvolvimento	tivessem
dificuldades	em	honrar	os	empréstimos	adquiridos	na	década	de	1970.	Nessa
década,	a	excessiva	liquidez	no	sistema	financeiro	mundial	incentivou	os
bancos	internacionais	a	concederem	crescentes	financiamentos	aos	projetos
de	investimentos	dos	países	em	desenvolvimento.
	 Nessa	década,	foram	desenvolvidas	também	novas	e	complexas
estratégias	de	mitigação	de	riscos	através	de	derivativos.	Destaque-se	da
década	ainda	a	criação	do	Comitê	da	Basileia	que,	em	1988,	produziu	o
importante	Acordo	da	Basileia	no	qual	se	estabelecia	uma	estrutura	de	cálculo
de	capital	regulamentar	mínimo	para	as	instituições	financeiras,	tornando-se
referência	para	a	supervisão	bancária.
	 Derivativos	são	contratos	cujos	valores	são	derivados	de	outros	ativos
financeiros,	conhecidos	como	"ativos	subjacentes".	Por	exemplo,	contratos
futuros	de	juros,	contratos	de	opções	de	ações	etc.	Os	derivativos	no	Brasil
são	negociados	na	BMF&BOVESPA.
	 Década	de	1990	até	início	do	século	XXI
	 Durante	a	década	de	1990,	houve	o	aumento	da	globalização	da
economia,	determinando	o	incremento	do	fluxo	internacional	de	capitais,	de
produtos	e	de	serviços.	Esse	fenômeno	levou	a	uma	interdependência	maior
entre	as	economias	dos	países,	implicando	no	incremento	da	possibilidade	de
que	um	eventual	colapso	econômico	em	um	país	resulte	no	contágio	dos
demais.	Diante	disso,	aumentou	a	preocupação	com	os	riscos,	incentivando	a
utilização	de	sofisticados	modelos	e	estratégias	de	avaliação	e	gestão	de
risco.
	 Na	década,	ganharam	destaque	ainda	os	graves	problemas	financeiros
enfrentados,	entre	outros,	pelo	banco	inglês	Barings	Bank	e	pelo	fundo	de
investimento	norte-americano	Long	Term	Capital	Management.	Além	disso,
foram	desenvolvidas	novas	técnicas	de	custeio	importantes	para	o	momento
de	reestruturação	pela	qual	passaram	as	empresas.
	 Em	períodos	mais	recentes,	ganha	destaque	a	fraude	superior	a	US$	7
bilhões	sofridos	pelo	banco	Société	Generale	em	janeiro	de	2008.
IMPORTANTE:	da	mesma	forma,	o	processo	de	mensuração	de	valor	para	o
acionista	tornou-se	mais	relevante	nesse	período.	O	início	de	uma	era	de
informação	e	conhecimento	passou	a	criar	valor	para	as	empresas,	não
demonstrado,	de	forma	explícita,	pela	contabilidade	tradicional.	Foi	importante
para	o	estudo	das	finanças	das	empresas	o	valor	da	riqueza,	medido	pela
diferença	entre	o	valor	de	mercado	e	o	valor	contábil	da	empresa.	As
empresas	passaram	a	agregar	riqueza	principalmente	pelo	valor	gerado	por
seus	ativos	intangíveis,	que	não	apresentam	forma	física,	como	marcas,
processos,	patentes,	tecnologia,	imagem	junto	aos	clientes,	sistema	de
distribuição	e	posicionamento	no	mercado	etc.
	 Esses	intangíveis	produziram	grande	riqueza	às	empresas,	criando	valores
muitas	vezes	superiores	aos	bens	tangíveis,	como	máquinas,	equipamentos,
edificações	etc.	O	valor	econômico	de	uma	empresa	é	formado	pela	soma	do
valor	de	seus	ativos	tangíveis	e	intangíveis.	Empresas	que	lastreiam	seu
crescimento	em	bens	tangíveis	tornam-se	obsoletas	mais	rapidamente,
colocando	em	risco	sua	continuidade.	Bens	tangíveis	podem	ser	copiados
facilmente,	estão	disponíveis	no	mercado;	bens	intangíveis	representam	uma
vantagem	competitiva	para	a	empresa	e	devem	merecer	maior	atenção	das
finanças.
	 Bens	intangíveis	não	possuem	forma	física.	Em	verdade,	seu	valor	físico	é
irrelevante.	O	valor	de	um	bem	intangível	é	determinado	pelos	direitos	e
benefícios	econômicos	que	podem	ser	obtidos	de	sua	propriedade.	Alguns
exemplos	de	ativos	intangíveis:	marcas,	patentes,	franquias.
	 O	total	do	valor	intangível	de	uma	empresa	pode	ser	obtido	pela	diferença
entre	o	valor	de	mercado	de	suas	ações	e	o	patrimônio	líquido.
Por	exemplo,	ao	final	de	2007,	o	Banco	Bradesco	apresentava	os	seguintes
resultados:
-	valor	de	mercado	das	ações:	R$	109,5	bilhões;
-	valor	do	patrimônio	líquido:	R$	30,4	bilhões.
O	valor	do	intangível	do	Bradesco	atingiu,	na	época,	R$	79,1	bilhões.
	
	 Já	no	início	do	século	XXI,	houve	escândalos	contábeis	nos	EUA
envolvendo	empresas	reconhecidas,	demonstrando	a	existência	de	conflitos
de	interesse	nas	organizações	e	a	necessidade	de	se	ampliarem	os
mecanismos	de	controle.	Perante	essa	situação,	as	concepções
de	governança	corporativa	e	de	maior	transparência	nas	relações	entre
gestores	e	acionistas	ganharam	maior	destaque.	Paralelo	a	isso,	em	2002,	foi
aprovada	pelo	congresso	norte-americano	a	lei	Sarbanes	Oxley	(SOX),	com	a
finalidade	de	oferecer	maior	proteção	aos	investidores.
	 A	teoria	de	stakeholders	foi	ressaltada,	favorecendo	a	expansão	da
técnica	do	Balanced	Scorecard	(BSC),	desenvolvida	por	Kaplan	e	Norton	em
1990.	Através	do	BSC,	as	empresas	podem	alinhar	suas	estratégias	com
medidas	de	desempenho	sob	várias	perspectivas:	financeira,	do	cliente,	dos
processos	internos	e	de	aprendizagem	e	crescimento,	possibilitando	o
atendimento	da	demanda	dos	acionistas	e	dos	demais	stakeholders.
	 Stakeholders	são	todas	as	partes	envolvidas	(interessadas,
intervenientes)	no	ambiente	da	empresa,	como	acionistas,	fornecedores,
empregados,	credores,	clientes,	comunidade	e	governo.	São	partes	que,	de
alguma	forma,	influenciam	ou	são	influenciadas	pelas	decisões	tomadas	pela
empresa.
	 Correntes	que	discutem	a	validade	do	modelo	do	CAPM	e	da	Hipótese	de
Eficiência	do	Mercado	começaram	a	ganhar	destaque	também	na	década	de
1990.	Adicionalmente,	vêm	ganhando	relevância	os	estudos	que	procuram
relacionar	o	comportamento	humano	com	os	conceitos	econômicos,	de	forma
a	entender	a	influência	do	fator	humano	nas	decisões	financeiras,	formando,
assim,	um	novo	ramo	de	pesquisa	conhecido	como	finanças	comportamentais.
	
Finanças	pessoais
	 No	mundo	de	hoje	e,	principalmente,	no	Brasil,	com	uma	relativa
estabilidade	da	moeda,	as	pessoas	estão	aprendendo	a	dimensionar	o	valor
do	dinheiro	que	ganham	e,	com	isso,	dar	bom	uso	às	eventuais	sobras
financeiras	que	possuem,	visando	uma	melhor	comodidade	no	futuro.	Gerir	de
forma	eficaz	os	ganhos	e	as	despesas	individuais	de	cada	pessoa	é	o	que	se
conhece	atualmente	por	finanças	pessoais.
	 Quantas	vezes	você	já	fez	a	pergunta	"onde	está	meu	dinheiro"	ou	teve	a
sensação	de	que	seu	dinheiro	simplesmente	"evaporou"	Poucos	brasileiros
têm	o	hábito	de	colocar	no	papel	suas	receitas	e	despesas.	Organizar	as
contas	significa	ter	real	dimensão	de	sua	saúde	financeira.	Feito	isso,	você
pode	ter	uma	agradável	surpresa	e	descobrir	que	tem	mais	dinheiro	do	que
pensa	ou	tomar	um	baita	susto	com	o	tamanho	da	sua	dívida.
	 Sem	um	planejamento	realista,	fica	difícil	reservar	algo	para	investir.
Portanto,	você	deve	aprender	a	organizar	sua	vida	financeira,	para	descobrir
como	transformar	os	sonhos	de	hoje	em	uma	realidade	futura.
	 Antes	de	começar	a	procurar	os	caminhos	mais	rentáveis	para	a
organização	das	finanças	pessoais	-	consultorias
financeiras,	sites	especializados,	livros	e	guias	sobre	o	assunto	e	até	o	gerente
de	seu	banco	podem	ajudar	muito	nessa	missão	-,	o	primeiro	passo	é	visualizar
e	entender	os	seus	gastos	mensais	para	começar	a	controlá-los.	Para	tal,
considere	a	seguinte	-	e	simples	-	fórmula:	sobras	(poupança)	=	receita	-
despesas.
	 O	grande	desafio	para	quem	quer	investir	em	geral	é	saber	onde	está	o
dinheiro.	Existe	até	uma	crença:	"Comece	cedo".	Mas	o	que	lhe	falta	é	um
planejamento	que	ajudará	a	fechar	os	ralos	por	onde	escoa	hoje	boa	parte	de
sua	renda,	daí	o	comportamento	do	que	se	conhece	hoje	por		finanças
pessoais.
As	novas	responsabilidades	da	administração	financeira
	 A	administração	financeira	é	um	campo	de	estudo	teórico	e	prático	que
objetiva,	essencialmente,	assegurar	um	melhor	e	mais	eficiente	processo
empresarial	decaptação	(financiamento)	e	alocação	(investimento)	de
recursos	de	capital.	Nesse	contexto,a	administração	financeira	envolve-se
tanto	com	a	problemática	da	escassez	de	recursos,	quanto	com	a	realidade
operacional	e	prática	da	gestão	financeira	das	empresas,	assumindo	uma
definição	de	maior	amplitude.
	 A	própria	evolução	das	finanças	imprimiu	no	administrador	uma
necessidade	maior	de	visualizar	toda	a	empresa,	realçando	suas	estratégias
de	competitividade,	continuidade	e	crescimento	futuro.	Em	verdade,	o
administrador	financeiro	no	contexto	atual	não	pode	assumir	posições	menos
envolventes	de	centrar	suas	preocupações	unicamente	nos	mecanismos	de
captação	de	fundos	e	aplicações	na	atividade	da	empresa.	Deve,	outrossim,
gerenciar	esses	recursos	de	forma	a	manter	a	saúde	financeira	e	econômica
da	empresa	e	lograr	ainda	alcançar	suas	metas	estabelecidas	e	criar	valor	aos
seus	proprietários	(acionistas).
Criar	valor	está	geralmente	focado	no	acionista.	O	conceito	resume-se
em	obter	um	ganho	dos	investimentos	(alocação	de	capital)	superior
ao	custo	do	financiamento.	Em	outras	palavras,	uma	empresa	cria
valor	quando	for	capaz	de	apurar	um	ganho	em	seus	ativos	maior	que
o	custo	total	de	seus	passivos	e	patrimônio	líquido.	Criar	valor	é	uma
missão	da	empresa.
	 Essas	responsabilidades	são	mais	intensas	ainda	nos	últimos	tempos,
quando	se	tem	observado,	no	atual	ambiente	de	globalização,	o	acelerado
processo	de	abertura	dos	mercados	e	acirramento	da	concorrência.	Inúmeros
projetos	outrora	atraentes	são	inviabilizados	na	nova	ordem	econômica
mundial,	exigindo	cuidados	especiais	no	uso	e	interpretação	dos	modelos
financeiros.	Em	verdade,	as	decisões	financeiras	de	levantamento	e	aplicação
de	recursos	requerem,	nos	tempos	atuais,	maior	nível	de	conhecimento	e
especialização	do	administrador	financeiro,	além	de	uma	visão	estratégica	e	de
sinergia	com	relação	ao	futuro	dos	negócios.
	 Diante	da	crescente	complexidade	que	o	mercado	e	os	negócios	vêm
apresentando,	o	administrador	financeiro	hoje	não	pode	ater-se
exclusivamente	aos	modelos	mais	teóricos	e	restritivos	de	solução	dos
problemas.	É	cada	vez	mais	relevante	que	desenvolva	uma	visão	crítica	mais
acurada	e	global	da	empresa.	Suas	atividades	tornam-se	mais	importantes,
assumindo	maiores	níveis	de	responsabilidade,	prevendo-se	grandes	desafios
para	o	futuro.
	 Do	ponto	de	vista	organizacional,	pode-se	ter	a	seguinte	estrutura	da
função	financeira	em	uma	empresa:
	
	 	 	
																																																																							
	 Na	figura	acima,	tem-se	o	Diretor	Presidente	como	a	função	do	Executivo
da	empresa,	que,	em	inglês,	seria	o	CEO	(Chief	Executive	Officer),	sendo	o
responsável	pela	condução	dos	negócios.	Em	seguida,	o	Diretor	Financeiro,	ou
CFO	(Chief	Financial	Officer),	responsável	pela	tesouraria	e	controladoria.
Muitas	vezes,	a	função	do	Diretor	de	Finanças	é	transferida	ao	tesoureiro	na
administração	da	empresa.	À	tesouraria	cabe	a	gestão	do	caixa,	do	crédito,
das	despesas	de	capital,	às	decisões	de	investimentos.	À	controladoria	cabe	a
gestão	de	custos,	tributos,	contabilidade	gerencial,	usos	de	sistemas	de
informações	gerenciais.
	 Em	suma,	a	administração	financeira	tem	demonstrado	ao	longo	do
tempo	notável	evolução	conceitual	e	prática.	De	uma	posição	inicial	menos
ambiciosa,	em	que	se	distinguia	um	posicionamento	mais	descritivo	dos
fenômenos	financeiros,	a	área	financeira	tem	apresentado	no	mundo
contemporâneo	uma	postura	mais	questionadora	e	reveladora	em	relação	ao
comportamento	do	mercado	em	geral	e	ao	processo	de	tomada	de	decisões
empresariais.	Esse	posicionamento	tem	contribuído	bastante	para	o
fornecimento	de	explicações	mais	lógicas	e	completas	dos	vários	fenômenos
financeiros,	tornando	mais	evidente	sua	compreensão	e	ampliando
sobremaneira	sua	esfera	de	atuação	e	importância.
A	dinâmica	das	decisões	financeiras
	 Dentro	do	ambiente	empresarial,	a	administração	financeira	volta-se
basicamente	para	as	seguintes	funções:
a)	planejamento	financeiro,	o	qual	procura	evidenciar	as	necessidades	de
crescimento	da	empresa,	assim	como	identificar	eventuais	dificuldades	e
desajustes	futuros.	Por	meio	desse	planejamento,	ainda,	é	possível	ao
administrador	financeiro	selecionar,	com	maior	margem	de	segurança,	os
ativos	mais	rentáveis	e	condizentes	com	os	negócios	da	empresa,	de	forma	a
estabelecer	uma	rentabilidade	mais	satisfatória	sobre	os	investimentos;
b)	controle	financeiro,	o	qual	se	dedica	a	acompanhar	e	avaliar	todo	o
desempenho	financeiro	da	empresa,	como	custos	e	despesas,	margens	de
ganhos,	volume	de	vendas,	liquidez	de	caixa,	endividamento	etc.	Análises	de
desvios	que	venham	a	ocorrer	entre	os	resultados	previstos	e	realizados,
assim	como	propostas	de	medidas	corretivas	necessárias,	são	algumas	das
funções	básicas	da	controladoria	financeira;
c)	administração	de	ativos,	que	deve	perseguir	a	melhor	estrutura,	em
termos	de	risco	e	retorno,	dos	investimentos	(ativos)	empresariais	e	proceder
a	um	gerenciamento	eficiente	de	seus	valores.	A	administração	dos	ativos
acompanha	também	as	defasagens	que	podem	ocorrer	entre	entradas	e
saídas	de	dinheiro	de	caixa,	o	que	é	geralmente	associado	à	gestão	do	capital
de	giro;
d)	administração	de	passivos,	que	se	volta	para	a	aquisição	de	fundos
(financiamentos)	e	o	gerenciamento	de	sua	composição	(proporção	entre
capital	próprio	e	capital	de	terceiros),	procurando	definir	a	estrutura	de	capital
mais	adequada	em	termos	de	liquidez,	redução	de	seus	custos	e	risco
financeiro.
IMPORTANTE	?	ao	se	basear	nas	funções	financeiras	apresentadas,	qualquer
que	seja	a	natureza	de	sua	atividade	operacional,	uma	empresa	é	avaliada
como	tomadora	de	duas	grandes	decisões	financeiras:	decisão	de
investimento	?	aplicações	de	recursos	"e	decisão	de	financiamento"	captações
de	recursos.
	
A	administração	financeira	e	o	objetivo	da	empresa
	 No	 processo	 de	 seleção	 das	 decisões	 financeiras,	 a	 empresa	 deve
delinear	 seu	 objetivo	 a	 perseguir,	 de	 maneira	 que	 essas	 decisões	 sejam
tomadas	segundo	critério	mais	racional.	A	definição	de	seu	objetivo	deve	ainda
permitir	 que	 as	 empresas	 possam	 avaliar	 os	 vários	 resultados	 provenientes
das	 decisões	 financeiras	 tomadas,	 o	 que	 não	 é	 tarefa	 fácil,	 requerendo
algumas	 reflexões	 diante	 de	 seu	 caráter	 controvertido	 e,	 muitas	 vezes,
complexo.
Fundamento	da	definição	do	objetivo	da	empresa:
	 O	ponto	de	partida	sugerido	para	essa	discussão	é	se	o	objetivo	da
empresa	deve	estar	voltado	para	a	satisfação	do	retorno	exigido	por	seus
proprietários	ou	por	algum	parâmetro	de	desempenho	mais	abrangente,	que
incorpora	o	bem-estar	de	toda	a	sociedade.
	 Em	economia	de	mercado,	as	empresas	são	atraídas	 fundamentalmente
pelas	possibilidades	de	lucros	e	seus	preços	de	venda	são	regidos	livremente
segundo	 comportamento	 de	 oferta	 e	 procura	 dos	 bens	 e	 serviços.	 Nesse
sistema,	 ainda,	 as	 decisões	 financeiras	 são	 tomadas	 de	 forma	 bastante
descentralizadora,	 segundo	 os	 desejos	 e	 os	 critérios	 de	 cada	 unidade
empresarial.	 Ou	 seja,	 inexiste	 nesse	 tipo	 de	 mercado	 qualquer	 forma	 de
planejamento	 centralizado,	 ficando	as	diversas	unidades	econômicas	guiadas
por	seus	próprios	objetivos	e	estratégias	de	atuação.
	 A	 ideia	 central	 dessa	 questão	 é	 se	 os	 princípios	 do	 sistema	 de	 livre
empresa	atendem	aos	interesses	sociais	mais	amplos	da	economia,	ou	seja,	o
bem-estar	social	do	público	em	geral.
	
	 A	administração	financeira	orienta-se	geralmente	pelos	princípios	de	livre
empresa,	conforme	propostos	por	Adam	Smith.	Para	Smith,	o	empresário,	ao
procurar	isoladamente	maximizar	sua	riqueza,	propicia	automaticamente	a
realização	dos	objetivos	de	toda	a	sociedade.
Aplicação	Prática	Teórica
Questão	1:
								Cada	vez	mais	as	finanças	das	empresas	vêm	evoluindo	e	se	adequando
ao	mundo	contemporâneo.	Como	área	de	conhecimento,	as	finanças	estão
divididas	em	três	segmentos:	mercado	financeiro,	finanças	corporativas	e
finanças	pessoais.	As	finançascorporativas	compreendem:
a)	o	estudo	dos	financiamentos	e	investimentos	das	pessoas	físicas
encontrando	uma	forte	relação	com	a	área	de	mercado										financeiro.
b)	a	apresentação	de	uma	capacidade	de	interpretação	de	dados	e
informações,	para	obter	um	ganho	dos	investimentos	superior		ao	custo	do
financiamento.
c)	os	processos	e	as	tomadas	de	decisões	das	organizações	a	partir	de	uma
visão	do	todo	da	empresa.
d)	os	comportamentos	dos	mercados,	títulos	e	valores	mobiliários	negociados
e	instituições	financeiras	atuantes	neste																segmento.
e)	o	acompanhamento	e	avaliação	de	todo	o	desempenho	financeiro	da
empresa,	como	custos,	despesas,	margens	de	ganhos,										volume	de
vendas,	endividamento,	etc.
Questão	2:
								A	administração	financeira	é	um	campo	que	objetiva,	essencialmente,
assegurar	um	melhor	e	mais	eficiente	processo	empresarial	de	tomada	de
decisões.	Dentro	do	ambiente	empresarial,	a	administração	financeira	volta-se
para	algumas	funções	financeiras.	Escolha	a	alternativa	correta	que
corresponde	a	uma	dessas	funções.
a)	O	Planejamento	Financeiro	é	onde	a	empresa	procura	definir	o	objetivo
empresarial	e	busca	avaliar	resultados	provenientes		de	decisões	financeiras
tomadas	como	aplicações	e	captações	de	recursos.
b)	A	Administração	de	Ativos	se	volta	para	a	aquisição	de	fundos
(financiamentos)	e	o	gerenciamento	de	sua	composição,	ou		seja,	a	proporção
entre	o	capital	próprio	e	o	capital	de	terceiros.
c)	A	Decisão	de	Investimentos	consiste	na	captação	de	recursos.
d)	A	Administração	de	Passivos	acompanha	as	defasagens	que	podem	ocorrer
entre	entradas	e	saídas	de	dinheiro	de	caixa,	que		é	geralmente	associado	à
gestão	do	capital	de	giro.
e)	O	Controle	Financeiro	tem	como	atribuição	acompanhar	e	avaliar	todo	o
desempenho	financeiro	da	empresa,	analisar												desvios	entre	resultados
previstos	e	realizados	que	venham	a	ocorrer	e	propor	medidas	corretivas
necessárias.
Procedimentos	de	Ensino
Esse	 campo	 se	 configura	 como	 um	 espaço	 onde	 sugestões	 de
procedimentos	são	 feitas	com	o	 intuito	de	serem	utilizadas	na	disciplina	de
Análise	de	 Investimentos	por	entender	que	se	bem	trabalhada	em	conjunto
por	 professores	 e	 aluno	 pode	 se	 configurar	 como	 um	 facilitador	 para	 as
disciplinas	 seguintes.	 Nesse	 sentido	 é	 importante	 que	 usem	 o	 SGC	 para
incluir	sugestões	e	socializar	as	boas	práticas	que	usam	e	são	eficazes.
Os	procedimentos	de	ensino	devem	ser	adotados	dentro	da	melhor	adaptação
ao	 conteúdo	 ministrado	 utilizando	 aulas	 expositivas	 dialogadas,	 exercícios,
estudos	dirigidos	e	estudos	de	casos.
Cabe	 o	 método	 de	 aula	 expositiva	 dialogada,	 ou	 seja,	 a	 exposição	 do
conteúdo,	com	a	participação	ativa	dos	alunos,	cujo	conhecimento	deve	ser
considerado	e	pode	ser	tomado	como	ponto	de	partida.	O	professor	leva	os
alunos	a	questionarem,	interpretarem	e	discutirem	o	mercado	de	trabalho	e
as	mudanças	do	meio,	bem	como	as	habilidades	valorizadas	pelo	mercado,	a
partir	do	reconhecimento	e	do	confronto	com	a	realidade.	Deve	favorecer	a
análise	 crítica,	 resultando	 na	 produção	 de	 novos	 conhecimentos.	 Propõe	 a
superação	da	passividade	e	imobilidade	intelectual	dos	estudantes.
O	estudo	dirigido	que	é	o	ato	de	estudar	sob	a	orientação	e	diretividade	do
professor,	 visando	 sanar	 dificuldades	 específicas.	 Prevê	 atividades
individuais,	grupais,	podendo	ser	socializadas:
1.						Leitura	individual	a	partir	de	um	roteiro	elaborado	pelo	professor;
2.						Resolução	de	questões	e	situações-problema,	a	partir	do	material
estudado;
3.	 	 	 	 	 	 No	 caso	 de	 grupos	 de	 entendimento,	 debate	 sobre	 o	 tema
estudado,	 permitindo	 à	 socialização	 dos	 conhecimentos,	 a	 discussão
de	soluções,	a	reflexão	e	o	posicionamento	crítico	dos	estudantes	ante
a	realidade	vida.
O	método	com	a	utilização	de	seminário	é	um	espaço	em	que	as	ideias	devem
germinar	 ou	 ser	 semeadas.	 Portanto,	 espaço	 onde	 um	 grupo	 discuta	 ou
debata	temas	ou	problemas	que	são	colocados	em	discussão.
Utilizando	 uma	 análise	 minuciosa	 e	 objetiva	 de	 uma	 situação	 real	 que
necessita	ser	investigada	e	é	desafiador	para	os	envolvidos	o	professor	estará
colocando	em	prática	o	método	do	estudo	de	caso	desenvolvendo	o	senso	de
criticidade	dos	alunos.
Cada	 professor	 pode	 e	 deve	 ter	 ações	 específicas	 de	 ministrar	 as	 suas
disciplinas.	 O	 intuito	 das	 sugestões	 é	 de	 que	 tenhamos	 unidade	 no
direcionamento	dos	estudos	dos	alunos.	Devemos,	por	exemplo,	salientar	que
para	um	melhor	aproveitamento	da	disciplina	o	aluno	deverá	se	preparar	antes
da	próxima	aula	com	a	leitura	do	Plano	de	Aula	disponibilizado.	
Recursos	Físicos
Indicar	os	recursos	pertinentes	ao	tema,	à	estratégia	de	ensino	e	aos
procedimentos	adotados	na	aula,	considerando	a	viabilidade	do	recurso.
Exemplos	de	indicações:	projetor,	TV	digital,	quadro	branco,	tablet,	celulares,
aplicativos,	objetos	de	aprendizagem	multimídia,	material	didático	(livros,
apostilas	etc.),	filmes,	vídeos,	games,	simuladores,	simulacros,	realidade
aumentada	(RA),	experimentos,	equipamentos	de	laboratório	(disciplinas
práticas),	jornais,	revistas,	provas	de	ENADE,	artigos,	papel	milimetrado,
réguas,	esquadros	etc.	
Avaliação
A	 avaliação	 da	 aprendizagem	 tem	 como	 princípio	 o	 desenvolvimento	 de
competências,	 da	 capacidade	 de	 construir	 conhecimentos	 técnicos,
tecnológicos	 e	 gerenciais,	 a	 partir	 das	 necessidades	 observadas	 na	 prática
social	 e	 profissional.	 Utilizando-se	 de	 critérios	 claramente	 explicitados,	 são
avaliados	os	 conhecimentos	e	o	modo	como	os	alunos	 fazem	uso	deles.	 Isso
permite,	quando	necessário,	uma	reorientação	no	processo	de	 formação	dos
alunos,	 com	 atividades	 de	 apoio,	 de	 forma	 a	 permitir	 o	 suprimento	 de	 suas
dificuldades.	 Outro	 aspecto	 relevante	 é	 o	 princípio	 da	 autoavaliação	 como
instrumento	 que	 favorece	 o	 exercício	 de	 análise	 crítica,	 de	 percepção	 do
crescimento	do	aluno,	permitindo	a	aquisição	de	uma	autonomia	intelectual	e
uma	visão	real	de	sua	própria	formação.
O	processo	de	avaliação	será	composto	de	três	etapas,	Avaliação	1	(AV1),
Avaliação	2	(AV2)	e	Avaliação	3	(AV3).
As	avaliações	poderão	ser	realizadas	através	de	provas	teóricas,	provas
práticas,	e	realização	de	projetos	ou	outros	trabalhos,	representando
atividades	acadêmicas	de	ensino,	de	acordo	com	as	especificidades	de	cada
disciplina.	A	soma	de	todas	as	atividades	que	possam	vir	a	compor	o	grau	final
de	cada	avaliação	não	poderá	ultrapassar	o	grau	máximo	de	10,	sendo
permitido	atribuir	valor	decimal	às	avaliações.	Caso	a	disciplina,	atendendo	ao
projeto	pedagógico	de	cada	curso,	além	de	provas	teóricas	e/ou	práticas
contemple	outras	atividades	acadêmicas	de	ensino,	estas	não	poderão
ultrapassar	20%	da	composição	do	grau	final.
A	AV1	contemplará	o	conteúdo	da	disciplina	até	a	sua	realização,	incluindo	o
das	atividades	estruturadas.
As	AV2	e	AV3	abrangerão	todo	o	conteúdo	da	disciplina	geradas	pelo	Banco	de
Questões	da	Estácio.
Para	aprovação	na	disciplina	o	aluno	deverá:
1.				Atingir	resultado	igual	ou	superior	a	6,0,	calculado	a	partir	da
média	aritmética	entre	os	graus	das	avaliações,	sendo	consideradas
apenas	as	duas	maiores	notas	obtidas	dentre	as	três	etapas	de
avaliação	(AV1,	AV2	e	AV3).	A	média	aritmética	obtida	será	o	grau	final
do	aluno	na	disciplina.
2.				Obter	grau	igual	ou	superior	a	4,0	em,	pelo	menos,	duas	das	três
avaliações.
3.				Frequentar,	no	mínimo,	75%	das	aulas	ministradas.
Respostas:
Questão	1:
c)	os	processos	e	as	tomadas	de	decisões	das	organizações	a	partir	de	uma
visão	do	todo	da	empresa.
Questão	2:
e)	O	Controle	Financeiro	tem	como	atribuição	acompanhar	e	avaliar	todo	o
desempenho	financeiro	da	empresa,	analisar												desvios	entre	resultados
previstos	e	realizados	que	venham	a	ocorrer	e	propor	medidas	corretivas
necessárias.
Considerações	Adicionais

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