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Prévia do material em texto

Disciplina: Psicologia da Educação 
Autores: M.e Fabiane Lopes 
Revisão de Conteúdos: Esp. Marcelo Alvino da Silva 
Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso 
Ano: 2016 
 
 
 
 
 
 
 
Psicologia da Educação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANO 
2016 
 
PALAVRA DA INSTITUIÇÃO 
 
Caro(a) aluno(a), 
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz! 
 
 Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier, 
nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de 
dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão 
Universitária. 
 A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e 
comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do 
desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas 
também brasileiros conscientes de sua cidadania. 
 Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar 
comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as 
ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão 
de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e 
grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e 
estudantes. 
 
 
 Bons estudos e conte sempre conosco! 
 Faculdade São Braz 
 
 
 
 
 
 
 
Apresentação da disciplina 
Nesta disciplina serão abordados os conceitos e fundamentos sobre a 
Psicologia, buscando a compreensão da Psicologia como Ciência para perceber 
a sua função no desenvolvimento, contextualizando-se as características da 
Psicologia do Desenvolvimento e da Psicologia da Educação. 
Serão evidenciadas as teorias, tendências e conceitos embasados em 
Piaget (relacionados com a prática escolar), e a tendência pedagógica 
desenvolvida a partir das ideias e concepções de Vygotsky, traçando as 
semelhanças e divergências entre ambas as teorias (de Piaget e de Vygotsky). 
Para finalizar será abordada a importância da humanização, e os seus 
reflexos positivos no processo de ensino-aprendizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 01 – Conceitos e fundamentos da Psicologia 
Apresentação da Aula 01 
 Nesta aula serão abordados os conceitos e fundamentos sobre a 
Psicologia, buscando a compreensão da Psicologia como Ciência para perceber 
a sua função no desenvolvimento, contextualizando-se as características da 
Psicologia do Desenvolvimento e da Psicologia da Educação. 
 
1. Conceitos e fundamentos da Psicologia 
O conceito de Psicologia, deriva-se de palavras gregas que significam 
“estudo da mente ou da alma”, é definida como a “Ciência que estuda o 
comportamento humano e os processos mentais”. 
A psicologia estuda: desenvolvimento humano, aprendizagem, 
consciência, percepção, memória, motivação, pensamento, linguagem, emoção, 
inteligência, personalidade, comportamento social, psicopatologia, fatores que 
estão intrinsecamente ligados ao desenvolvimento da aprendizagem. 
É através da Psicologia que os indivíduos serão constituídos, fornecendo 
elementos para o mundo social ao qual estão inseridos, nas variáveis: 
 Biológicas; 
 Históricas; 
 Culturais. 
 
Miranda (2001), afirma que: 
A psicologia, por sua vez, sob forte inspiração positivista, reduz a 
realidade social do homem ao seu componente psíquico. Assim, a 
Psicologia Moderna, que vem ao auxílio da Pedagogia Nova será, 
portanto, igualmente individualista, naturalista e biológica. (MIRANDA, 
2001, pág. 130). 
 
Tais fatores serão determinantes para conhecer o modo de ser e agir dos 
indivíduos com e para o mundo. 
Os principais temas estudados na Psicologia: 
 desenvolvimento humano; 
 aprendizagem; 
 consciência; 
 percepção; 
 memória; 
 motivação; 
 comportamento social; 
 personalidade; 
 psicopatologia; 
 pensamento; 
 linguagem; 
 emoção; 
 inteligência. 
 
A Psicologia, como é conhecida, nasceu na Alemanha, em 1875, com a 
criação de um laboratório de experimentos de Psicofisiologia, por Wilhelm 
Wundt. 
É a Psicologia que determina o objeto de estudo, através do 
comportamento, da vida psíquica e da consciência; ela delimita seu campo de 
estudo, diferenciando outras áreas do conhecimento; formula métodos de estudo 
de acordo com indivíduos que age; e formula teorias, através do conhecimento 
específico da área de atuação. 
 
Psicologia é uma Ciência e uma profissão. 
CIÊNCIA 
Disponibiliza à comunidade diferentes campos e saberes 
(saúde e educação). 
PROFISSÃO 
Contribui para o avanço do conhecimento do indivíduo, 
através de métodos observacionais e experimentais, estudos 
de caso, métodos clínicos, estudos correlacionais. 
 
Amplie Seus Estudos 
SUGESTÃO DE LEITURA 
 
Amplie seus estudos lendo o livro Psicologia, 
de autoria de Henry Gleitman; Dabiel 
Reisberg e James Gross, a obra evidencia a 
importância da psicologia em sua totalidade 
(expondo teorias, pesquisas e métodos), 
propondo a compreensão desses elementos 
e as suas interligações. 
 
1.1 Psicologia do Desenvolvimento 
Com relação à Psicologia do desenvolvimento, percebe-se por meio da 
observação das características inatas e influências externas. As pessoas podem, 
com a psicologia do desenvolvimento, entender mais a si mesmas através da 
influência dos seus atos no cotidiano. 
O homem deve ser o sujeito de sua própria educação e os saberes fazem-
se através de uma superação constante. 
A educação tem caráter permanente, já que não há seres educados e não 
educados. Estamos todos nos educando. 
Quando o homem compreende sua realidade, pode levantar hipóteses 
sobre o desafio dessa realidade e procurar soluções e a educação não é um 
processo de adaptação do indivíduo à sociedade, pois a mesma deverá estimular 
a opção e afirmar o homem como homem. Adaptar é acomodar, não transformar 
e a educação não é um processo de adaptação do indivíduo à sociedade. 
Amplie Seus Estudos 
SUGESTÃO DE LEITURA 
 
Amplie seus estudos lendo os livros O desenvolvimento 
da pessoa: da infância à terceira idade, de autoria de 
Kathleen Stassen Berger; e Psicologia do 
desenvolvimento: Infância e adolescência, de autoria de 
David R. Shafer, as obras evidenciam de maneira clara 
e importância da Psicologia no processo de 
desenvolvimento humano e como reagem aos reflexos 
externos. 
 
1.2 Psicologia da Educação 
A Psicologia da Educação, por sua vez, vai estudar todas as formas de 
manifestação e comportamento no ambiente escolar, aplicando seus métodos e 
teorias, para a comprovação da realidade na qual os alunos estão inseridos. 
A finalidade da Psicologia da Educação é oferecer o conhecimento da 
natureza humana aos estudiosos da Teoria da Educação, colocando os 
professores em contato com o estudo científico, e com o desenvolvimento mental 
dos indivíduos. 
Goulart (2000), afirma que: 
A Psicologia da Educação compreende, pois, a utilização de 
conclusões obtidas em diversas áreas das ciências psicológicas 
sobre assuntos que interessam especificamente à educação e à 
investigação de problemas relacionados às pessoas sob ação 
educativa. (GOULART, 2000, pág. 14) 
 
O saber se faz através de uma superação constante, e nesse contexto a 
escola exerce um papel importante. 
A escola apresenta funções sociais que devem ser cumpridas para 
melhorar a sociedade: 
 Atender os projetos sociais definidos pelo estado; 
 Educar o cidadão para ser parte importante na sociedade; 
 Acompanhar o desenvolvimento dos alunos e seu impacto na 
comunidade. 
 
O Estado cumpre uma função social importante, atuandocomo definidor 
de um projeto social por meio da educação escolar. 
A educação deve ser desinibidora e não restritiva. É necessário 
oportunizar-se para os educandos a liberdade para que sejam eles mesmos. Na 
atuação do professor, é importante verificar a transmissão de verdades que 
ampliem os conhecimentos estabelecidos. 
 
Amplie Seus Estudos 
SUGESTÃO DE LEITURA 
 
Amplie seus estudos lendo o artigo A psicologia na 
educação: dos paradigmas científicos às finalidades 
educacionais, de autoria de Marcus Vinicius da Cunha, 
o artigo aborda de forma abrangente a importância da 
Psicologia aplicada à educação. Disponível em: 
http://dx.doi.org/10.1590/S0102-25551998000200004 
 
 
 
Resumo da Aula 1 
Nesta aula abordaram-se os conceitos de psicologia, psicologia do 
desenvolvimento e psicologia da educação, enfatizando a importância do 
conhecimento dos conceitos para a plena formação de um indivíduo. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Discorra sobre a importância da educação ser desinibidora e 
quais os seus reflexos. 
 
 
Aula 2 – A Psicologia da Educação e seu papel na formação docente 
Apresentação Aula 2 
Nesta aula o foco será a Psicologia e seu papel na formação docente, 
evidenciando o seus conceitos e a sua importância. 
 
2. A Psicologia da Educação e seu papel na formação docente 
A Psicologia da Educação objetiva identificar a dimensão prática da 
Psicologia da Educação e a epistemologia subjacente, refletindo sobre as 
contribuições da Psicologia na formação dos professores. 
Faz-se importante compreender que a Psicologia da Educação, visa 
estudar os seguintes temas: 
 Aprendizagem; 
 Disciplina/indisciplina; 
 Motivação; 
 Inteligência; 
 Atenção; 
 Relação Professor – Aluno; 
 Formação de professores. 
 
 
2.1 Psicologia aplicada à Educação 
O entendimento da Psicologia da Educação como disciplina aplicada à 
Educação foi predominante até o final da década de 1950, mas continua gozando 
de aceitação até os dias de hoje. 
Concebe-se a Psicologia da Educação como mero campo de aplicação 
do conhecimento psicológico. 
Só ajuda o aluno a crescer, o educador que se propõe a crescer 
também; só ensina alguma coisa aquele que está aberto para 
aprender; e só se educa verdadeiramente quem vê diante de si uma 
trajetória de realizações criativas, buscando sempre renovar, 
demonstrando seu profundo respeito pelo outro e pela própria vida. 
(MIRA, 1976). 
 
As dimensões da Psicologia da Educação, visam: 
 Fundamento científico da Educação e da Prática Pedagógica; 
 Modalidade de atuação profissional que tem no processo de 
escolarização seu campo de ação, com foco na escola e nas 
relações que aí se estabelecem. 
 
Para Refletir 
Na sua percepção, qual é o papel da psicologia da educação 
no ambiente escolar? 
 
 
Psicologia da Educação na visão de Coll, Palacios e Marchesi (2004), “[...] 
conhecimento psicológico é o único que permite abordar e resolver de maneira 
científica as questões e os problemas educacionais”. 
Para Coll, Palacios e Marchesi (2004): 
- O comportamento humano responde a leis universais que, uma vez 
estabelecidas pela pesquisa psicológica, podem ser utilizadas para 
compreender e explicar o comportamento humano em quaisquer 
ambiente; 
- A principal tarefa consiste em selecionar, entre os conhecimentos 
proporcionados pela Psicologia científica, aqueles que em princípio 
podem ser mais úteis e relevantes para explicar e compreender o 
comportamento humano nos ambientes educacionais e neles intervir; 
- A Psicologia da Educação não é uma disciplina ou subdisciplina no 
sentido restrito (visto que não tem um objeto de estudo próprio e nem 
pretende gerar conhecimentos novos) mas, simplesmente um campo 
de aplicação da Psicologia. 
- Esse entendimento é denominado de unidirecional, ou seja, a 
educação recebe passivamente as contribuições que se originam da 
Psicologia. (2004, S/p.). 
 
Ainda Coll, Palacios e Marchesi (2004), reforçam: 
[...] que posiciona a Psicologia da Educação num âmbito de 
conhecimento com uma identidade própria, como disciplina que ocupa 
um espaço definido no concerto das disciplinas psicológicas e 
educativas. Adotando uma perspectiva o mais integradora possível, 
respeitosa da disparidade das opiniões e proposições sobre o que é e 
de que se ocupa a Psicologia da educação (2004, p. 36). 
 
2.2 Qual o papel do docente 
Quanto à educação, aprende-se e ensina-se em todos os lugares, não 
sendo somente na escola o lugar em que a educação ocorre, assim, em lugares 
como a própria casa, a educação ocorre sem intervenção do professor. Observa-
se que todos em algum momento e lugar dedicaram algum tempo aos estudos, 
tanto para aprender quanto para ensinar outras pessoas, e isso pode ocorrer até 
em ambientes informais, como em casa, na rua, na igreja ou na escola. 
Davis e Oliveira (1994), que reforçam a ideia de que: 
Cabe ao professor conhecer de perto seus alunos para estar 
familiarizado com os modos através dos quais eles raciocinam. 
Conhecendo bem o pensamento dos alunos, ele está em posição de 
organizar a situação de aprendizagem e, sobretudo, interagir com eles, 
ajudando-os a elaborar hipóteses pertinentes a respeito do conteúdo 
em pauta, por meio de constante questionamento das mesmas. 
(DAVIS e OLIVEIRA, 1994, p.90). 
 
O professor deve interessar-se pelo progresso dos alunos, demostrando 
esse interesse fará com que os mesmos tenham confiança em si próprios, tendo 
maior ênfase em realizações, caso ocorra a impessoalidade, a indiferença ou 
intolerância por parte do docente, a tendência é que aconteça o contrário. 
Davis e Oliveira (1994, p.89), afirmam que "na interação professor-aluno, 
supõe-se que o primeiro ajude inicialmente o segundo na tarefa de aprender, 
porque essa ajuda logo lhe possibilitará pensar com autonomia". O aluno 
necessita de um referencial e alguém ao seu lado que acompanhe e entenda o 
processo pelo qual está passando e o ajude a evoluir. 
Através da troca e do diálogo o docente deverá buscar o entendimento 
dos motivos, dificuldades, ações e reações dos alunos, tornando a interação 
mais produtiva, forma a qual o aluno possa sentir maior segurança para expor 
suas ideias, interagindo e contribuindo para o seu crescimento. 
É necessário que o aluno possa relacionar fatos, conceitos e princípios do 
objeto estudado, para que assim ele atribua um significado à própria 
aprendizagem. (COLL, 1995). 
Vale reforçar que “o homem não nasce humanizado”, e que a prática 
social é humanizadora e intencional, cuja finalidade é transmitir a cultura 
construída historicamente pela humanidade. 
Falar de afetividade é, de certa forma, falar da essência da vida humana 
no sentido de que o ser humano, social por natureza, se relaciona e se vincula a 
outras pessoas desde sempre, sendo feliz e sofrendo em decorrência dessas 
inter-relações. Evidentemente, algumas crianças enfrentam sérias dificuldades 
em seu desenvolvimento cognitivo e emocional. Não lhes é fácil aprender, 
abstrair e generalizar; elas sofrem inúmeros medos, perdas e problemas de 
relacionamento com outras crianças, adultos e os próprios pais. É prudente não 
se concluir que todas as crianças com problemas de aprendizagem escolar são 
crianças difíceis ou “anormais”. Mas alguns alunos apresentam tais problemas 
devidos, sobretudo, a desajustes emocionais e familiares. 
Para Freire (1986): 
O querer bem não significa a obrigação a querer bem a todos os alunos 
de maneira igual. Significa, na verdade, que a afetividade não é 
assustadora, que não é preciso ter medo de expressá-la. Significa essa 
abertura ao querer bem o modo de autenticamente selar o 
compromissocom os educandos, numa prática específica do ser 
humano, separando como falsa a separação radical entre a seriedade 
docente e afetividade. (FREIRE, 1986, p.45). 
 
Vale enfatizar que a afetividade não deverá ser excluída da 
cognoscibilidade. Entretanto, o que não se pode permitir é que a afetividade 
interfira no cumprimento ético do dever de professor e no exercício da sua 
autoridade. 
Os alunos precisam ser tratados como indivíduos capazes de construir, 
modificar e integrar ideias; para tanto, precisam ter a oportunidade de 
interagir e relacionar-se com outras pessoas, com objetos e situações 
que exijam envolvimento, dispondo de tempo para pensar e refletir 
acerca de seus procedimentos. Estimular o aluno a controlar e corrigir 
seus erros, refletir sobre seus atos, rever suas respostas e observar 
seu progresso permite que ele identifique os pontos em que falhou e 
aqueles em que foi bem-sucedido, procurando entender por que isso 
ocorreu. Na interação que professor e aluno estabelecem na escola, 
os fatores afetivos e cognitivos de ambos exercem influência decisiva 
que permitem relacionar várias áreas em que as tendências cognitivas 
específicas de cada indivíduo podem sofrer de modo significativo a 
falta de afetividade, sobretudo quando se trata de alunos com 
dificuldades de aprendizagem. (SMOLE, 1999, p. 41-42). 
 
Resumo da Aula 2 
Nesta aula o foco foi na importância da Psicologia da Educação na 
Formação dos Professores, buscando evidencias a importância da Psicologia da 
Educação nos processos educativos e na Formação de um professor consciente 
e preparado. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Discorra sobre a importância da afetividade no processo de 
ensino e aprendizagem. 
 
 
Aula 3 – Fases do Desenvolvimento Cognitivo da Criança 
Apresentação Aula 3 
Nesta aula, pretende-se conceituar o desenvolvimento segundo Jean 
Piaget, relacionando sua teoria com a prática escolar. Além disso, será também 
estudada a tendência pedagógica desenvolvida a partir das ideias e concepções 
de Vygotsky, sendo então traçadas as principais semelhanças e divergências 
entre ambas as teorias (de Piaget e de Vygotsky). 
 
3. Fases do Desenvolvimento Cognitivo da Criança 
 3.1 Teoria comportamentalista 
 A teoria comportamentalista se preocupa em descobrir quais são os 
estímulos que provocam determinados resultados. A teoria de Skinner é 
denominada de Comportamentalista ou Behaviorista. Portanto, o behaviorismo 
restringe seu estudo ao comportamento (behavior, em inglês), tomado como um 
conjunto de reações dos organismos aos estímulos externos, os quais provocam 
determinado resultado (estímulo-resposta). Aborda o desenvolvimento cognitivo, 
procurando medir a inteligência (e sua quantidade de aprendizagens). 
COMPORTAMENTO 
Sempre uma resposta do organismo a algum estímulo 
presente no meio ambiente. 
ESTÍMULO 
Toda modificação do ambiente, a qual pode ser 
captada pelo organismo por meio dos sentidos. 
 
 Os hábitos e habilidades são sempre aprendidos a partir da influência do 
ambiente e serviu de base para pesquisas psicológicas, e a maioria dos nossos 
comportamentos são aprendidos por condicionamentos. 
 O docente tem a responsabilidade de planejar, organizar e executar (com 
sucesso) as situações de aprendizagem. Para isso deve fazer uso de diversos 
artifícios para reforçar positivamente os comportamentos: elogios, notas, 
quadros de honra ao mérito etc. 
 
Importante 
Aprendizagem dá-se por meio da manipulação dos estímulos 
que antecedem e sucedem o comportamento. 
 
 
Em sala de aula deve-se privilegiar o planejamento. A organização das 
condições para que a aprendizagem ocorra, exige: 
 clareza com respeito aos objetivos que se quer alcançar 
(instrucionais ou operacionais); 
 a estipulação da sequência das atividades que levarão ao objetivo 
proposto; 
 a especificação dos reforçadores que serão utilizados. 
 
A teoria comportamentalista propõe que as situações de ensino devam 
ser estruturadas e planejadas previamente, recorrendo-se, sempre que possível, 
à presença de computadores, televisão e outros recursos audiovisuais. Não há 
nessa teoria, preocupação em explicar os processos através dos quais a criança 
raciocina e que estariam presentes na forma como ela se apropria de 
conhecimentos. 
Para Refletir 
Você já presenciou uma aprendizagem com a perspectiva 
comportamentalista? 
 
 
 
 
3.2 Teoria Cognitivista 
 A Teoria Cognitivista, estudou o desenvolvimento da inteligência, do 
nascimento à maturidade do ser humano, analisando a evolução do raciocínio. 
 Sua teoria embasa-se na epistemologia genética (construtivista), refere-
se à busca das origens e dos processos de formação do pensamento e do 
conhecimento. 
CONHECIMENTO 
Procede da ação, e desta forma, toda ação que se 
generaliza por aplicação a novos objetos gera um 
esquema, uma espécie de conceito prático. 
INTELIGÊNCIA 
É o mecanismo de adaptação do organismo a uma 
situação nova, e como tal, implica a construção 
contínua de novas estruturas. As estruturas se 
formam mediante uma organização de ações 
sucessivas exercidas sobre os objetos. 
COMPORTAMENTO 
Não é inato, nem resultado de condicionamentos. É 
construído numa interação entre o meio e o indivíduo. 
 
 
3.2.1 Fases do Desenvolvimento Cognitivo da Criança 
Para todo educador ou profissional da área da Educação, é fundamental 
refletir sobre algumas questões, tais como: 
 Como a criança aprende? 
 Como se desenvolve a inteligência? 
 Como se desenvolvem os processos de cognição durante a 
aprendizagem? 
 
 Essas questões têm sido levantadas ao longo do tempo por diversos 
pesquisadores, que buscam compreender e desenvolver formas de otimizar o 
processo de ensino-aprendizagem. 
 Um desses pesquisadores, que marca a história do estudo do 
desenvolvimento infantil, é Jean Piaget. O centro do trabalho de Piaget se focou 
em estudar a modificação do ambiente por meio de seu próprio comportamento 
e essa modificação que vai influenciar seu comportamento futuro. 
Possui três princípios básicos: 
 respeito à produção do aluno; 
 espaço para o aluno testar suas hipóteses; 
 trabalho em grupo para facilitar o aprendizado. 
 
3.3 Conhecendo Jean Piaget 
 Biólogo de formação, Jean Piaget compreendia que a inteligência não era 
inata, mas podia ser desenvolvida e ampliada. Em seu entendimento, o 
desenvolvimento intelectual age do mesmo modo que o desenvolvimento 
biológico. A partir de suas influências biológicas, Piaget desenvolveu sua 
psicogênese (estudo de como se formam e se desenvolvem os processos e 
funções mentais). 
Saiba Mais 
Jean Piaget (1869-1980), nasceu em 
Neuchâtel (Suíça), biólogo e filósofo, 
destacou-se nos estudos desde criança; 
aos onze anos de idade publicou seu 
primeiro trabalho: o relato da observação 
de um pardal albino. Piaget foi aluno de 
Carl Jung e trabalhou como psicólogo 
experimental e como psiquiatra. Trabalhou também com 
Alfred Binet, e as influências de suas pesquisas repercutiram 
em seu trabalho posterior, voltado ao estudo da inteligência 
e do desenvolvimento cognitivo do ser humano. Jean Piaget 
foi o nome mais influente no campo da educação durante a 
segunda metade do século XX, quase tornando-se sinônimo 
de pedagogia, mesmo nunca tendo atuado como pedagogo. 
Piaget dedicou observações rigorosas no processo de 
aquisição ao conhecimento pelo ser humano e em especial 
na criança, estudando as concepções de tempo, espaço, 
causalidade física, movimento e velocidade na infância 
(criando um campo investigativo denominado epistemologia 
genética, a qual focava no desenvolvimento natural da 
criança). 
 
ParaPiaget a teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento 
natural da criança e o pensamento infantil passa por quatro estágios, desde o 
nascimento até o início da adolescência, quando a capacidade plena de 
raciocínio é atingida. 
 
3.4 Esquemas de aprendizagem 
 Segundo Piaget, a inteligência é construída ao longo do tempo, através 
de etapas constantes e sequenciais que denominou de estádios. 
 Para ele, as estruturas do pensamento são produto de uma construção 
contínua do sujeito que age e interage com o meio, assumindo um papel ativo 
em seu próprio desenvolvimento cognitivo. 
 
PRINCIPAIS FATORES DE DESENVOLVIMENTO 
A maturação biológica; 
A experiência com objetos (Seriação); 
A transmissão do social (informações que o adulto passa à criança nos 
estágios de desenvolvimento); 
A equilibração (assimilação e acomodação). 
Fonte: elaborado pelo autor (2014). 
 
 No início da vida, conforme Piaget, a criança apresentaria esquemas 
reflexos inatos, que são movimentos reflexos como a sucção. 
 À medida que cresce, evidenciam-se os esquemas de aprendizagem. 
Para Piaget, esses esquemas são a assimilação, a acomodação e a 
equilibração. 
 A assimilação é um processo adaptativo que consiste em incorporar 
novas informações nos esquemas cognitivos que a pessoa já possui. 
 A acomodação é um processo adaptativo que consiste em ajustar os 
esquemas existentes a novas situações, alterando os sistemas anteriores de 
forma a incorporar novas informações. 
 A equilibração é o mecanismo regulador da assimilação e acomodação, 
que permite a adaptação do indivíduo ao meio, permitindo uma progressão no 
sentido de um pensamento cada vez mais complexo. 
 Ferrari (s/d) exemplifica a aplicação desses conceitos da seguinte forma: 
Com Piaget, ficou claro que as crianças não raciocinam como os 
adultos e apenas gradualmente se inserem nas regras, valores e 
símbolos da maturidade psicológica. Essa inserção se dá mediante 
dois mecanismos: assimilação e acomodação. 
O primeiro consiste em incorporar objetos do mundo exterior a 
esquemas mentais preexistentes. Por exemplo: a criança que tem a 
ideia mental de uma ave como animal voador, com penas e asas, ao 
observar um avestruz vai tentar assimilá-lo a um esquema que não 
corresponde totalmente ao conhecido. Já a acomodação se refere a 
modificações dos sistemas de assimilação por influência do mundo 
externo. Assim, depois de aprender que um avestruz não voa, a criança 
vai adaptar seu conceito "geral" de ave para incluir as que não voam. 
(FERRARI, s/d). 
 
 Dessa forma, para Piaget, cada novo conhecimento é sempre 
estabelecido sobre um conhecimento anterior, sendo a desequilibração é o 
mecanismo que leva ao avanço da construção do conhecimento. Os períodos de 
desequilibração levam o sujeito a buscar novamente o equilíbrio de suas 
estruturas, acomodando novas informações ao seu campo de saber. 
 
 
 
3.5 Os estágios do desenvolvimento segundo Piaget 
 Para Jean Piaget, os estágios de desenvolvimento cognitivo são definidos 
da seguinte forma: 
 Sensório-motor (0 a 2 anos); 
 Pré-operatório (2 a 7 anos); 
 Operações concretas (7 a 12 anos); 
 Operações formais (a partir dos 12 anos). 
 
 O estágio sensório-motor é marcado pela construção prática das noções 
de objeto, espaço, causalidade e tempo. A partir de reflexos neurológicos 
básicos, o bebê começa a construir esquemas de ação para assimilar 
mentalmente o meio. As noções de espaço e tempo são construídas pela ação, 
configurando assim, uma inteligência essencialmente prática. 
No estágio pré-operatório, surge na criança a capacidade de substituir 
um objeto ou acontecimento por uma representação. Em substituição é possível, 
conforme Piaget, graças à função simbólica. Assim, esse estágio é também 
muito conhecido como Inteligência Simbólica. Algumas características da 
criança nesse estágio são: 
 É egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se colocar, 
abstratamente, no lugar do outro. 
 Não aceita a ideia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é fase 
dos "porquês"). 
 Já pode agir por simulação, "como se". 
 Possui percepção global sem discriminar detalhes. 
 Deixa-se levar pela aparência sem relacionar fatos (por exemplo: 
mostra-se para a criança, duas bolinhas de massa iguais. Em 
seguida, afina-se uma das bolinhas, deixando-a com a forma de 
salsicha. Se for perguntado à criança se as bolinhas ainda tem a 
mesma quantidade de massa ela responderá que não, pois as 
formas são diferentes – a forma de salsicha é mais comprida e, 
portanto, parece ter maior quantidade de massa). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Piaget desenvolvendo experimentos com crianças 
Fonte: https://www.emaze.com/@ATOILLZ/jean-piaget- 
 
 No estágio das operações concretas, a criança desenvolve noções de 
tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade, sendo então capaz de 
relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Apesar de não se 
limitar mais a uma representação imediata, a criança ainda depende do mundo 
concreto para abstrair. 
 Um importante conceito dessa fase é o desenvolvimento da 
reversibilidade, ou seja, a capacidade da representação de uma ação no sentido 
inverso de uma anterior, anulando a transformação observada. Como exemplo, 
pode-se citar a seguinte experiência: mostra-se para a criança um copo com 
água. Em seguida, na frente da criança, despeja-se essa água em dois outros 
copos, de formatos diferentes, para que a criança diga se as quantidades 
continuam iguais. Nesse estágio de desenvolvimento, a criança já é capaz de 
responder afirmativamente, pois já diferencia aspectos e é capaz de "refazer" a 
ação. 
 O estágio das operações formais é o momento em que as estruturas 
cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento e 
tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas. A 
representação agora permite à criança uma abstração total, não se limitando 
mais à representação imediata e nem às relações previamente existentes. 
 Nesse estágio a criança é capaz de pensar logicamente, formular 
hipóteses e buscar soluções, sem depender mais só da observação da realidade. 
Assim, por exemplo, se for solicitado à criança para analisar um provérbio como 
"de grão em grão, a galinha enche o papo", ela já é capaz de trabalhar com a 
lógica da ideia (metáfora) e não com a imagem de uma galinha comendo grãos. 
Amplie Seus Estudos 
Aprofunde seus conhecimentos acerca dos estágios de 
desenvolvimento de Jean Piaget através da leitura do artigo 
Reflexões sobre a Teoria do Desenvolvimento da 
Inteligência Humana, de Jean Piaget, de autoria de Glaucius 
Décio Duarte. Disponível no acesso: 
http://www.academia.edu/8490713/Reflex%C3%B5es_sobr
e_a_teoria_do_desenvolvimento_da_intelig%C3%AAncia_h
umana_de_Jean_Piaget 
3.6 Teoria Interacionsita 
Pioneiro na teoria interacionista, Piaget apresenta uma tendência “hiper 
construtivista”, a qual enfatiza o papel estruturante do sujeito, já Vygotsky, 
apresenta ênfase no aspecto interacionista, o qual considera decorrente do 
plano intersubjetivo (na troca entre as pessoas, que as funções mentais 
superiores têm origem). (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2002, p. 107). 
A teoria de Piaget apresenta uma dimensão interacionista, com ênfase na 
interação do sujeito com o objeto físico. E a teoria de Vygotsky apresenta um 
aspecto construtivista, buscando explicar o aparecimento de inovações e 
mudanças no desenvolvimento decorrentes da internalização. (SANTOS, 2002). 
 
3.7 O desenvolvimento cognitivo segundo Vygostsky 
 O psicólogo russo Lev Semenovich Vygotsky (1896-1934) tem um 
enfoque de uma psicologiasócio-histórica, caracterizada fundamentalmente pela 
tentativa de reunir dialeticamente, num mesmo modelo explicativo, tanto os 
mecanismos cerebrais subjacentes ao funcionamento psicológico, quanto o 
desenvolvimento do indivíduo e da espécie humana, ao longo de um processo 
sócio-histórico, de forma a se constituir de importância inegável à apreciação da 
temática em curso. 
 
Saiba Mais 
Lev Semenovich Vygotsky (1896-
1934), nasceu em Orsha (Bielorrússia), 
psicólogo o qual sua obra está em 
processo de debate em vários pontos do 
mundo, incluindo o Brasil, pensador 
complexo que abordou diversos pontos 
sensíveis da pedagogia contemporânea. 
Pensador complexo, como obras que convergem os temas 
da criação e cultura, particularmente sobre o 
desenvolvimento intelectual, nas quais atribuía um papel 
preponderante às relações sociais nesse processo, 
originando a vertente pedagógica chamada de 
socioconstrutivismo ou sociointeracionismo. 
 Vygotsky desenvolveu o conceito de zonas de desenvolvimento. 
 A zona de desenvolvimento real refere-se ao desenvolvimento atual do 
indivíduo, ou seja, aquilo que ele é capaz de realizar sem auxílio de outras 
pessoas. 
 A zona de desenvolvimento potencial refere-se àquilo que o sujeito é 
capaz de realizar com o auxílio de outra pessoa. 
 Explicando melhor as zonas de desenvolvimento de Vygostky, Paganotti 
(S/d) ressalta: 
 
Nas primeiras décadas do século 20, o psicólogo bielorrusso Lev 
Vygotsky (1896-1934) já defendia o convívio em sala de aula de 
crianças mais adiantadas com aquelas que ainda precisam de apoio 
para dar seus primeiros passos. Autor de mais de 200 trabalhos sobre 
Psicologia, Educação e Ciências Sociais, ele propõe a existência de 
dois níveis de desenvolvimento infantil. O primeiro é chamado de real 
e engloba as funções mentais que já estão completamente 
desenvolvidas (resultado de habilidades e conhecimentos adquiridos 
pela criança). Geralmente, esse nível é estimado pelo que uma criança 
realiza sozinha. Essa avaliação, entretanto, não leva em conta o que 
ela conseguiria fazer ou alcançar com a ajuda de um colega ou do 
próprio professor. É justamente aí - na distância entre o que já se sabe 
e o que se pode saber com alguma assistência - que reside o segundo 
nível de desenvolvimento apregoado por Vygotsky e batizado por ele 
de proximal. [...] 
 
Nas palavras do próprio psicólogo, "a zona proximal de hoje será o 
nível de desenvolvimento real amanhã". Ou seja: aquilo que nesse 
momento uma criança só consegue fazer com a ajuda de alguém, um 
pouco mais adiante ela certamente conseguirá fazer sozinha (leia um 
trecho de livro na terceira página). Depois que Vygotsky elaborou o 
conceito, há mais de 80 anos, a integração de crianças em diferentes 
níveis de desenvolvimento passou a ser encarada como um fator 
determinante no processo de aprendizado. (PAGANOTTI, S/d., S/p.). 
 
 
 
 Para Vygotsky, os fatores sociais desempenham um papel fundamental 
no desenvolvimento intelectual. Segundo o autor, a cultura estabelece um 
conhecimento que é internalizado e construído pelas crianças. 
 
 
 
 
 
Importante 
PRINCIPAIS ASPECTOS 
 As funções psicológicas têm um suporte biológico, 
pois são produtos da atividade cerebral; 
 O funcionamento psicológico fundamenta-se nas 
relações sociais entre o indivíduo e o mundo 
exterior, as quais se desenvolvem num processo 
histórico; 
 A relação homem/mundo é uma relação mediada 
por sistemas simbólicos. 
 
MEDIAÇÃO SIMBÓLICA 
 Processo de intervenção de um elemento 
intermediário numa relação, que deixa de ser direta 
e passa a ser mediada; 
 A relação do homem com o mundo não é direta e 
sim mediada e apresenta dois elementos 
mediadores: os instrumentos e os signos; 
 Há, também, um sistema simbólico e o processo 
de internalização. 
 
PENSAMENTO E LINGUAGEM 
 Desenvolvimento do pensamento e da linguagem; 
 Fase pré-linguística do pensamento: utilização dos 
instrumentos, inteligência prática; 
 Fase pré-intelectual da linguagem: alívio 
emocional, função social; 
 Pensamento verbal e linguagem racional: 
transformação do biológico no sócio-histórico; 
 O significado das palavras; 
 Discurso interior e fala egocêntrica. 
 
DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM 
 Zonas de desenvolvimento: real, potencial e 
proximal; 
 O papel da intervenção pedagógica; 
 Brinquedo e desenvolvimento. 
 
FATORES BIOLÓGICOS E SOCIAIS 
 Neuropsicologia; 
 Funcionamento cerebral como suporte biológico do 
funcionamento psicológico; 
 Influência da cultura no desenvolvimento cognitivo; 
 Atividade do homem no mundo inserida num 
sistema de relações sociais. 
 
 Dessa forma, como se pode perceber, a teoria de Vygotsky é uma teoria 
de transmissão do conhecimento da cultura para a criança, por isso a linguagem 
é tão importante, os indivíduos interagem com agentes sociais mais lecionados, 
como professores e colegas. 
A contribuição de Vygotsky à Psicologia da Educação é valiosa, pois ele estudou 
como a aprendizagem ocorre e se desenvolve. 
Amplie Seus Estudos 
As Contribuições Teóricas de Lev Vygotsky para a 
Aprendizagem 
 
Em Vygotsky, o homem possui natureza social, visto que 
nasce em um ambiente carregado de valores culturais. 
Nesse sentido, a convivência social é fundamental para 
transformar o homem de ser biológico em ser humano social 
(VYGOTSKY, 1991). A criança nasce apenas com funções 
psicológicas elementares e, a partir do aprendizado da 
cultura, estas funções transformam-se em funções 
psicológicas superiores (VYGOTSKY, 1991). Essa evolução 
é mediatizada pelas pessoas que interagem com as 
crianças, e é essa intermediação que dá ao conhecimento 
um significado social e histórico. 
[...] 
Nesse processo de construção social e histórica do homem, 
a linguagem possui dupla importância na construção do 
saber. É ela que intermedeia a relação entre os homens. 
(Oliveira, 1992, p. 27) "a linguagem simplifica e generaliza a 
experiência, ordenando os fatos do mundo real em conceitos 
cujo significado é compartilhado pelos homens que, 
enquanto coletividade, utilizam a mesma língua”. 
Como se sabe, para Vygotsky, existem três momentos 
importantes da aprendizagem da criança: a zona de 
desenvolvimento potencial, que é tudo que a criança ainda 
não domina mas que se espera que ela seja capaz de 
realizar; a zona de desenvolvimento real, que é tudo que a 
criança já é capaz de realizar sozinha; a zona de 
desenvolvimento proximal, que é tudo que a criança somente 
realiza com o apoio de outras pessoas. É na zona de 
desenvolvimento proximal, segundo Oliveira (1993, p. 61) 
que a "interferência de outros indivíduos é mais 
transformadora. Isso porque os conhecimentos já 
consolidados não necessitam de interferência externa". 
 Isso significa que o ensino-aprendizagem deve ter como 
ponto de partida o desenvolvimento real da criança e, como 
ponto de chegada, os conhecimentos que estão latentes, 
mas ainda não desabrocharam. "a escola tem o papel de 
fazer a criança avançar em sua compreensão do mundo a 
partir de seu desenvolvimento já consolidado e tendo como 
etapas posteriores, ainda não alcançadas". (OLIVEIRA, 
1993, p. 62). Nesse processo, o professor deve ser o 
estimulador da zona de desenvolvimento proximal, 
provocando avanços nos conhecimentos que ainda não 
aconteceram. A interferência do professor não pressupõe, no 
entanto, uma pedagogia diretiva, autoritária e, menos ainda, 
uma relação hierárquica entre professores e alunos 
(OLIVEIRA, 1993; VYGOTSKY, 1991; GOULAR, 1995). 
Para Vygotsky, o erro deve ser visto pelo professor como 
parte do processo ensino-aprendizagem, mas jamais deve 
ser ignorado. A correção é importante para que o aluno 
perceba a necessidade de melhorar ede dedicar-se mais 
aos conhecimentos que ainda não domina. Nesse sentido, o 
trabalho em grupo, além de estimular a interação social, 
pode ser um bom momento para o amadurecimento de ideias 
e aprimoramento dos conhecimentos. Entretanto, o contato 
individualizado entre professor e aluno não pode ser 
dispensado, pois é o momento em que o professor pode 
detectar o desenvolvimento real e proximal dos alunos 
(OLIVEIRA, 1993, 1992). 
 
Disponível na integra no acesso: 
http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/32650/
as-contribuicoes-teoricas-de-lev-
vygotsky#ixzz3n8WD6DVQ 
 
 
3.8 Considerações acerca das teorias de Piaget e Vygotsky 
Como semelhanças entre as teorias de Piaget e Vygotsky, pode-se 
apontar que ambos entenderam o conhecimento como adaptação e como 
construção individual e concordaram que a aprendizagem e o desenvolvimento 
são autorregulados. Além disso, ambos compreenderam o desenvolvimento e 
aprendizagem da criança como participativa, não ocorrendo de maneira 
automática. Embora ambos estivessem preocupados com o desenvolvimento 
intelectual, cada um começou e perseguiu por diferentes questões e problemas. 
Enquanto Piaget estava interessado em como o conhecimento é construído, e 
com isso, a teoria é um acontecimento da invenção ou construção que ocorre na 
mente do indivíduo, Vygotsky estava interessado na questão de como os fatores 
sociais e culturais influenciam o desenvolvimento intelectual. 
Jean Piaget escreveu sobre a interação entre indivíduo e meio constituída 
através de dois processos: organização interna das experiências e adaptação ao 
meio. Piaget não deu ênfase aos valores sociais e culturais no desenvolvimento 
da inteligência, pressupostos escritos por Vygotsky. Este último, por sua vez, 
estudou sistematicamente a psicologia e seu projeto principal foi compreender 
os processos de transformação do desenvolvimento nas dimensões histórica e 
social. 
Amplie Seus Estudos 
SUGESTÃO DE LEITURA 
Leia o livro Desenvolvimento e 
Aprendizagem em Piaget e Vygotsky – a 
Relevância do Social, de autoria de Isilda 
Campaner Palangana, a obra permite 
aprofundar os conhecimentos acerca de 
como Piaget e Vygotsky compreendiam a 
aprendizagem e o desenvolvimento 
infantil. 
 
Vale ressaltar que tanto Vygotsky como Piaget reconheceram a 
importância dos fatores sociais no desenvolvimento cognitivo. No entanto, a 
abordagem de Piaget volta-se mais ao estudo do desenvolvimento conforme os 
estádios, sugerindo uma maior aproximação com a Biologia (sua área de 
formação), enquanto que Vygotsky reforça a influência das questões históricas 
e sociais sobre o desenvolvimento e a aprendizagem da criança. 
 
Resumo da Aula 3 
Nesta aula, estudou-se como ocorre a aprendizagem e o desenvolvimento 
cognitivo da criança, a partir das importantes contribuições de Jean Piaget e Lev 
Semenovich Vygotsky. Traçou-se, ainda, um paralelo entre os autores, 
buscando compreender quais os principais pontos de concordância e de 
divergência entre suas teorias. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Discorra sobre as diferenças entre a Teoria Construtivista e a 
Teoria Interacionsita. 
 
 
Aula 4 – Processo de ensino e aprendizagem 
Apresentação da Aula 4 
Nesta aula serão abordados os processos de ensino e aprendizagem, 
mostrando de que forma as teorias de aprendizagem de autores como Piaget e 
Vygotsky influenciam nesses processos e compreender a forma com que os 
indivíduos organizam a sua aprendizagem. 
 
4. Processos de ensino e aprendizagem 
Hoje sabe-se que o mundo está em constante mudança, em constante 
evolução, em decorrência disso, o ensino deve ser adequado para conseguir 
suprir as necessidades dos seres humanos, tanto em relação de conteúdo como 
de aprendizado de vida. 
Um fato que influencia muito como o aluno irá encarar seu aprendizado 
e seu comportamento em frente as situações da vida é através da interação que 
se tem entre professor-aluno. 
A interação professor-aluno: “Essa relação deve estar baseada na 
confiança, afetividade e respeito, cabendo ao professor orientar o aluno para seu 
crescimento interno, isto é, fortalecer-lhe as bases morais e críticas, não 
deixando sua atenção voltada apenas para o conteúdo a ser dado”. (MÜLLER, 
2002, p. 1). 
 
4.1 Conhecimento 
O conhecimento se forma e evolui através de um processo de 
construção. “A criança aprende por si, construindo e reconstruindo suas próprias 
hipóteses sobre a realidade que a cerca, e que o erro em vez de denunciar uma 
não aptidão, é uma etapa necessária do processo de construção do 
conhecimento.” 
O conhecimento procede da ação, e desta forma, toda ação que se 
generaliza por aplicação a novos objetos gera um esquema, uma espécie de 
conceito prático. Conclui-se então que conhecimento não é apenas uma simples 
associação entre objetos, mas a assimilação dos objetos aos esquemas do 
indivíduo. 
Não existe um novo conhecimento sem que o organismo tenha já um 
conhecimento anterior para poder assimilá-lo e transformá-lo. 
A inserção de um objeto de conhecimento ocorre, fundamentalmente, 
por meio da ação do indivíduo sobre o objeto. 
Dessa forma, as teorias de aprendizagem falam sobre o assunto, 
visando responder questões pertinentes a esses “erros”. 
O conhecimento irá proceder a ação, e desta forma, toda ação que se 
generaliza por aplicação a novos objetos gera um esquema, uma espécie de 
conceito prático. 
 
 
O conhecimento vem após a ação. 
 
 
 
Como exemplo podemos citar a aprendizagem do conteúdo de 
matemática. Na matemática não se deve apenas deixar os alunos decorarem os 
resultados sem entender a forma com que ocorrem, deve-se aprender como 
acontece as operações e cálculos, então, se tem a ação do fazer, para então se 
ter o conhecimento do conteúdo, após a prática. Depois que age, de se ter a 
ação, é que então se terá o conhecimento internalizado. 
Assim, conclui-se que conhecimento não é apenas uma simples 
associação entre objetos, mas a assimilação dos objetos aos esquemas do 
indivíduo. Ou seja, o indivíduo já possui certo conhecimento, e ao receber novos 
conhecimentos irá agregá-los aos antigos, e fazer esse conhecimento melhor 
consolidado. 
Um fato muito importante que não pode ser deixado de lado é saber que 
muitas crianças tem medo de perguntar, de se colocar frente a outras, pois 
muitas vezes a criança foi muito reprimida em sua capacidade de interagir, pode 
ser por pensar de forma diferente do que o esperado por exemplo, pois sabe-se 
que ainda há muitos professores que apenas querem a reprodução do que foi 
ensinado, e não a inovação, e não ensinar o aluno a pensar por eles mesmos, 
dessa forma, o professor deverá incentivá-los a voltar a argumentar e a buscar 
realmente entender os conteúdos que forem ensinados. 
 
4.2 Inteligência 
A inteligência é o mecanismo de adaptação do organismo a uma situação 
nova, e como tal, implica a construção contínua de novas estruturas. As 
estruturas se formam mediante uma organização de ações sucessivas exercidas 
sobre os objetos. 
 
Saiba Mais 
 
O conhecimento é o ato de conhecer, compreender as 
coisas por meio da razão e experiência, ou seja, ele é 
aumentado conforme o tempo e experiências da pessoa. 
Já inteligência é a capacidade de alguém para com a 
lógica, abstração, memorização, compreensão, 
autoconhecimento, comunicação, aprendizado, controle 
emocional, planejamento e resolução de problemas, 
assim, já é intrínseco a pessoa, porém necessita ser 
estimulado para alcançar sua completa utilização. 
 
 
A inteligência difere do conhecimento em alguns aspectos, a inteligência 
é inerente à pessoa, e pode ser estimulada, o conhecimentoprecisa ser 
experimentado ou ensinado. 
A inteligência procura compreender e explicar o que se passa a sua 
volta, só que embora as funções do interesse sejam comuns a todos os estágios, 
os interesses variam de um nível para outro. 
Pode ser exercitada, buscando um aperfeiçoamento de potencialidades. 
Assim, na presença de um novo objeto, o bebê tende a incorporá-lo a seus 
esquemas de ação (agitar, esfregar, balançar, sugar) tentando compreendê-lo 
pelo seu uso. 
Piaget foi um estudioso que através da psicologia da inteligência buscou 
compreender como se desdobra a gênese do pensamento humano. Seu estudo 
foi sobre a “Epistemologia Genética”, a qual é o conjunto dos fatores intrínseco 
(natural da pessoa) e dos fatores externos (meio que a cerca), formando assim 
sua inteligência. Para esse pesquisador, a inteligência se dá por meio de 
assimilações, acomodação e equilibração, visando a organização e 
reorganização mental, sendo o processo de pensar sobre o mundo e como deve 
ser sua ação em relação a ele (RIBEIRO, 2013). Dessa forma, inteligência não 
seria saber mais que outra pessoa, e sim saber aplicar aquilo que foi aprendido. 
 
 
Para Piaget, ninguém nasce sabendo utilizar sua inteligência, 
sendo necessário haver estímulo alcançar sua completa 
utilização. 
 
 
 
Meneses (2012) reafirma os 4 estágios definidos por Piaget: 
 
- Sensório-Motor: 0 aos 2 anos de idade – de funcionamento reflexo 
passa para uma organização perceptiva motora e sensorial simples, 
iniciando suas representações simbólicas. Sua consciência sobre o 
meio externo de expande lentamente. 
- Pré-Operatório: 2 aos 6 anos de idade – Nesta fase a criança 
consegue internalizar o meio, representando-o mentalmente. Há o 
desenvolvimento da linguagem e é marcado pelo egocentrismo, ou 
seja, não conseguem pensar através das consequências de uma ação 
e compreender a lógica. Ainda não tem desenvolvida a capacidade de 
manipular informações mentalmente. 
- Operatório Concreto: 6 aos 12 anos de idade – Nesta fase há um 
desenvolvimento cognitivo das operações mentais na criança, 
começando a compreender logicamente eventos concretos, porém 
com dificuldade em conceitos hipotéticos e abstratos. 
- Operatório Formal: aproximadamente 12 anos a diante – É 
desenvolvida a capacidade de pensar em conceitos abstratos e sobre 
como o processo do pensamento se concretiza. Consegue se utilizar 
de hipóteses e dedução. (MENESES, 2012, S/p.). 
 
 
A inteligência procura compreender e explicar o que se passa a volta da 
pessoa, embora as funções do interesse seja comum em todos os estágios 
vistos, os interesses variam de um nível para o outro. 
Pode ser exercitada, buscando um aperfeiçoamento de potencialidades. 
Assim, na presença de um novo objeto, o bebê tende a incorporá-lo a seus 
esquemas de ação (agitar, esfregar, balançar, sugar) tentando compreendê-lo 
pelo seu uso. 
 
4.3 Comportamento e Maturação 
O comportamento não é inato, nem resultado de condicionamentos. É 
construído numa interação entre o meio e o indivíduo. 
 
 
“Não existe estrutura sem Gênese, nem Gênese sem 
estrutura” 
 
 
 
A estrutura de maturação do indivíduo sofre um processo genético e a 
gênese depende de uma estrutura de maturação. O indivíduo só recebe um 
determinado conhecimento se estiver preparado para recebê-lo. Ou seja, se 
puder agir sobre o objeto de conhecimento para inseri-lo num sistema de 
relações. Assim, não existe um novo conhecimento sem que o organismo tenha 
já um conhecimento anterior para poder assimilá-lo e transformá-lo. 
A inserção de um objeto de conhecimento ocorre fundamentalmente por 
meio da ação do indivíduo sobre o objeto. 
 
Para Refletir 
 
Você já esteve frente à questões que lhe instigavam sobre 
como o ser humano aprende? 
 
 
 
4.4 Teoria da Instrução e do Ensino e Metodologia 
As teorias de aprendizagem falam que a educação deve ser uma 
educação sociopolítica, em que o governo tem obrigação de auxiliar com 
políticas públicas, e dar apoio para que as diretrizes e leis sejam cumpridas. As 
teorias são o intermédio entre o que a sociedade quer e os conteúdos 
curriculares trabalhados com os alunos, influenciando: 
 Comportamento; 
 Inteligência; 
 Conhecimento. 
O ambiente influencia na relação que se tem com a aprendizagem, um 
bom ambiente, organizado, limpo e bem planejado irá proporcionar a 
socialização do indivíduo, será um lugar prazeroso e deverá transmitir alegria, 
favorecendo os alunos a fazerem escolha de estarem lá. 
Dessa forma, o intermediador entre os alunos e o ambiente de sala de 
aula, que deverá fazer a correlação da importância desse ambiente, os cuidados, 
as relações sociais e com o mundo fora de sala de aula é o professor. Sua tarefa 
não é fácil e deve ser bem executada, para preparar os alunos para a vida em 
sociedade. 
A metodologia utilizada deve fazer ponte com: 
 Consciência na sala; 
 Ter início, meios e fins; 
 Materiais que auxiliam; 
 Assimilação e retorno. 
 
O ensinar e aprender, ambos determinam a estratégia e metodologia a 
ser utilizada, ou seja, tanto professor como o aprendiz em conjunto que irão 
demonstrar a metodologia mais adequada, o professor ao observar a reação de 
seus alunos conforme a técnica utilizada, e se perceber haver dificuldade, deverá 
se adequar para então facilitar o processo pelos alunos. 
Dessa forma, o ensinar e o aprender são a finalidade da Educação. 
 
Resumo Aula 4 
Na aula abordaram-se as distintas maneiras de aprendizado a partir das 
teorias de aprendizagem, passando por conceitos de inteligência e 
conhecimento. Evidenciou-se a importância do aprofundamento desse 
conhecimento para olhar o aprendente de maneira diferente ter subsídios para 
auxiliá-lo melhor no desenvolvimento de sua capacidade de aprendizado. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Discorra sobre a diferença entre conhecimento e inteligência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo da disciplina 
 Nesta disciplina abordaram-se os conceitos e fundamentos da Psicologia 
aplicada a educação, visando a elucidação das tendências de aprendizado 
embasadas teoricamente em Piaget, Skinner e Vygotsky. 
Foram aprofundadas as diferenças entre conhecimento e inteligência, 
buscando a compreensão da Psicologia como Ciência para perceber a sua 
função no desenvolvimento, contextualizando-se as características da Psicologia 
do Desenvolvimento e da Psicologia da Educação. 
Através da elucidação das tendências e conceitos relacionados com a 
prática escolar, contextualizou-se a importância da prática docente e da 
humanização no processo de ensino-aprendizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
 
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introdução ao estudo de psicologia. São Paulo: Saraiva, 2002. 
 
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psicológico e educação: psicologia da educação escolar. 2.ed. Porto 
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2004. v.1. 
 
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