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AULA 15 - INVALIDADE DO NEGOCIO JURIDICO

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INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS
Todo ato jurídico (e aqui, por óbvio, se inclui o negócio jurídico, pois espécie de ato jurídico), deve ser analisado, para que cumpra com seu objetivo - ou seja, a produção de efeitos -, sob três prismas: existência, validade e eficácia.
EXISTÊNCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO
A existência, como já estudado, liga-se à idéia dos elementos necessários para que um ato ou negócio possa ser tido como existente. São eles: sujeito, objeto e forma. Assim, para que um ato ou negócio exista, basta que os elementos estejam presentes.
VALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
A validade dos atos ou negócios liga-se à regularidade dos seus requisitos. Aqui, tem-se que o sujeito (elemento) deve ser capaz, o objeto (elemento) deve ser possível e lícito e a forma (elemento) deve ser prevista ou não proibida por lei. Já se tratou deste assunto, quando estudamos os elementos do negócio jurídico.
O que ocorre então, quando tratamos de invalidade do negócio, é que não temos produção de efeitos pelo negócio jurídico, pois falta regularidade em um ou mais requisitos do negócio.
1.2.1 NULIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
a) Nulidade e conseqüências
O negócio nulo não pode produzir efeito nenhum. Caso tenha produzido efeitos no mundo fático, o reconhecimento judicial dessa nulidade retira esses efeitos, pois tal reconhecimento tem eficácia ex tunc, isto é, retroativa, retroagindo à data da realização do negócio nulo. 
b) Hipóteses de atos nulos
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: 
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; 
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; 
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; 
IV - não revestir a forma prescrita em lei; 
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; 
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa; 
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
c) Natureza do ato nulo
 
O reconhecimento da nulidade é matéria de ordem pública, o que significa dizer que não está sujeita à prescrição, decadência ou preclusão. Assim, não são sanáveis pelo decurso do tempo (sendo invocáveis a qualquer tempo), nem por confirmação.
d) Legitimidade para arguição de nulidade
Pode ser alegada por qualquer pessoa que tenha legítimo interesse (econômico ou moral) para isso, inclusive um 3º. Ademais, não precisa ser argüida para ser declarada: o juiz pode declará-la de ofício, ou seja, sem a provocação de um interessado.
e) Nulidade total e nulidade parcial
A nulidade total atinge todo o ato, ou sua parte principal. É o caso do negócio realizado por absolutamente incapaz. 
Já a nulidade parcial atinge apenas parte do negócio, desde que não seja a parte principal. Opera-se aqui a conversão, de um negócio em outro.
f) Nulidade originária e nulidade sucessiva
A nulidade originária incide sobre o momento da formação do ato jurídico. De novo, usa-se como exemplo o caso do negócio realizado por absolutamente incapaz.
Já a nulidade sucessiva incide em momento posterior à realização do negócio. Por exemplo: testamento produzido por pessoa sem herdeiros que, após sua realização, é anulado porque aparece um herdeiro. 
1.2.2 ANULABILIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
a) Anulabilidade e conseqüências
O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, mediante confirmação, ressalvado interesse de 3º de boa-fé. 
b) Hipóteses de atos anuláveis
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: 
I - por incapacidade relativa do agente; 
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
c) Natureza do ato anulável
 
O reconhecimento da anulabilidade não é matéria de ordem pública, o que significa dizer que está sujeita à prescrição, decadência ou preclusão. Assim, não são sanáveis pelo decurso do tempo.
d) Legitimidade para argüição de anulabilidade
Só pode ser alegada por quem tenha interesse para isso. Ademais, precisa ser argüida para ser declarada: o juiz não pode declará-la de ofício, ou seja, sem a provocação de um interessado.
e) Anulabilidade total e anulabilidade parcial
Dá-se aqui, o mesmo que já dito com a nulidade, pois aqui o assunto é comum a ambas, pois é caso de efeitos da invalidade.
Assim, a Anulabilidade total atinge todo o ato, ou sua parte principal. É o caso do negócio realizado por absolutamente incapaz. 
Já a Anulabilidade parcial atinge apenas parte do negócio, desde que não seja a parte principal. Caso de contrato bancário de empréstimo (com regime próprio) que, sabe-se depois, a parte contratada não é precisamente um banco. Assim, temos nulidade parcial, e o contrato bancário passa a ser um simples contrato de empréstimo. Opera-se aqui a conversão, de um negócio em outro.
f) Decadência do Negócio Jurídico
O prazo para pleitear a anulação do negócio jurídico está regulado no art. 178, do CC. Todavia, caso a hipótese de anulabilidade não esteja contemplada no mencionado artigo, o prazo é determinado pelo art. 179. É de se notar que o prazo é decadencial, vale dizer, se não for pleiteada a anulação do negócio dentro do prazo estabelecido pela Lei, não mais pode ser pleiteada, nem alegada em defesa (aqui reside, substancialmente, a diferença com a prescrição).
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado: 
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar; 
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico; 
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade. 
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato.

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